Calculo II Derivadas e Aplicacoes

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Cálculo II - Derivadas e Aplicações 0 Faculdade de Tecnologia de Tatuí “Prof. Wilson Roberto Ribeiro de Camargo” Calculo II Sumário 1. Derivação Implícita ...................................................................................................................... 1 2. Taxas Relacionadas ...................................................................................................................... 7 3. Estudos da função .......................................................................................................................... 15 3.1. Análise do Comportamento das Funções ............................................................................ 15 3.2. Valor funcional Máximo ..................................................................................................... 15 3.3. Valor máximo e mínimo absoluto num intervalo p(220) ........................................................ 20 3.4. Extremo absoluto .................................................................................................................... 21 3.5. Teorema do valor Extremo ..................................................................................................... 22 3.6. Concavidade e pontos de inflexão (p241) ............................................................................... 23 3.7. Pontos de inflexão ................................................................................................................... 24 3.8. Teste da derivada segunda para extremos relativos ................................................................ 26 4. Teorema de Rolle e Teorema do Valor Médio (p.231) .................................................................. 31 5. Aplicações Envolvendo extremos absolutos num intervalo fechado ............................................. 35

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Derivadas e Aplicacoes

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  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 0

    Faculdade de Tecnologia de Tatu

    Prof. Wilson Roberto Ribeiro de Camargo

    Calculo II

    Sumrio

    1. Derivao Implcita ...................................................................................................................... 1

    2. Taxas Relacionadas ...................................................................................................................... 7

    3. Estudos da funo .......................................................................................................................... 15

    3.1. Anlise do Comportamento das Funes ............................................................................ 15

    3.2. Valor funcional Mximo ..................................................................................................... 15

    3.3. Valor mximo e mnimo absoluto num intervalo p(220) ........................................................ 20

    3.4. Extremo absoluto .................................................................................................................... 21

    3.5. Teorema do valor Extremo ..................................................................................................... 22

    3.6. Concavidade e pontos de inflexo (p241) ............................................................................... 23

    3.7. Pontos de inflexo ................................................................................................................... 24

    3.8. Teste da derivada segunda para extremos relativos ................................................................ 26

    4. Teorema de Rolle e Teorema do Valor Mdio (p.231) .................................................................. 31

    5. Aplicaes Envolvendo extremos absolutos num intervalo fechado ............................................. 35

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 1

    1. Derivao Implcita

    A equao 0122 yx como sabemos, a equao da circunferncia de centro na

    origem C (0,0) e raio r = 1.

    Tal circunferncia no grfico de uma funo, pois existe uma reta vertical que encontra a

    circunferncia em dois pontos. Isto fica tambm evidente se explicitarmos y:

    0122 yx 22 1 xy

    21 xy

    Podemos obter uma funo g escolhendo um arco da circunferncia acima do eixo Ox, caso

    em que ela tem por expresso:

    21)( xxgy

    Escolhendo um arco abaixo do eixo Ox, obteremos uma funo h, que tem por expresso: 21)( xxhy

    Note que: 01))((22 xgx e 01))(( 22 xhx

    Chamando 1),(22 yxyxF , essas relaes ficam:

    0))(,( xgxF e 0))(,( xhxF

    Com os exemplos introduzidos, acreditamos que fica inteligvel a seguinte definio:

    Definio:

    Seja 0),( yxF uma equao em x e y. Se existir uma funo f tal que para todo x do seu

    domnio se tenha 0))(,( xfxF , diz-se que f dada implicitamente por essa equao.

    De acordo com essa definio, as funes g e h vistas so dadas implicitamente pela equao

    122 yx

    Observao:

    No exemplo que vimos para motivar a definio acima, pudemos explicitar g e h em termos

    de x. Mas isto no ocorre em geral.

    a

    brC

    P(x,y)

    y

    x

    222 )()( rbyax

    a

    brC

    P(x,y)

    y

    x

    222 )()( rbyax

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 2

    Por exemplo:

    Sendo 1),( 2244 yxyxyxyxF ,

    A equao 0),( yxF : 012244 yxyxyx ,

    E neste caso no h como explicitar y em termos de x.

    Mas pode suceder que exista uma funo f que satisfaz a equao, no sentido que:

    1)())(())(( 2244 xfxxfxxfx para todo x do domnio. Alias, o nosso interesse que

    exista tal funo com a qualidade de ser derivvel, pois queremos calcular sua derivada. Isto de fato

    ocorre, porm no temos meios no momento para justificar a afirmao, pois usa conceitos relativos

    a funes de duas variveis, e por isso no ser dado no momento. Nos exemplos e exerccios, ser

    sempre admitida a existncia de uma tal funo.

    Exemplos:

    1) Dada equao abaixo, derive implicitamente. Achedx

    dy.

    a) 122 yx

    )1()( 22

    dx

    dyx

    dx

    d

    022 dx

    dyyx

    y

    x

    dx

    dy

    2

    2

    y

    x

    dx

    dy

    b) 12244 yxyxyx

    )1()( 2244

    dx

    dyxyxyx

    dx

    d

    012244 33 dx

    dy

    dx

    dyyx

    dx

    dyyx

    024124 33 dx

    dy

    dx

    dyy

    dx

    dyyxx

    0)124(124 33 dx

    dyyyxx

    124

    1243

    3

    xx

    yy

    dx

    dy

    c) 352 yyx

    )3()( 52 ydx

    dyx

    dx

    d

    dx

    dyx

    dx

    dyyxy 152 245

    dx

    dyyx

    dx

    dyxy 425 52

    dx

    dyyxxy 425 512

    42

    5

    51

    2

    yx

    xy

    dx

    dy

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 3

    d) 2566 32 yyyxx

    yyy

    x

    dx

    dy

    2518

    2645

    5

    ) 342 73 = 4 8

    3[(4) 2 + [(2) 4]] 7[() 3 + (3) ] = (4) (8)

    3 [432 + 2

    4] 7 [3 + 32

    ] = 0 8

    1232 + 64

    73 212

    = 8

    64

    212

    + 8

    = 73 1232

    (64 212 + 8) = 73 1232

    =

    73 1232

    64 212 + 8

    ) ( + )2 ( )2 = 4 + 4 2( + )21[() + ()] 2( )21[() ()] = (4) + (4)

    2( + ) [1 +

    ] 2( + ) [1

    ] = 43 + 43

    ( 2)

    ( + ) (1 +

    ) ( + ) (1

    ) = 23 + 23

    +

    + +

    +

    +

    = 23 + 23

    2

    + 2 = 23 + 23

    ( 2)

    + = 3 + 3

    3

    = 3

    ( 3)

    = 3

    =

    3

    3

    g) 1coscos xyyx [() cos + [(cos ) ]] + [() cos + [(cos ) ]] = (1)

    [1 cos + [(sen )

    ]] + [

    cos + [(sen ) ]] = 0

    cos sen

    + cos

    sen = 0

    (cos sen )

    = sen cos

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 4

    =

    sen cos

    cos sen

    2) Dada equao 922 yx ache:

    a) dx

    dy por derivao implcita;

    Vamos derivar implicitamente.

    022 dx

    dyyx

    xdx

    dyy 22

    y

    x

    dx

    dy

    b) As duas funes definidas pela equao;

    922 yx

    29 xy

    Sejam f1 e f2 as duas funes para as quais:

    21 9)( xxf e

    22 9)( xxf

    c) A derivada de cada funo obtida na parte;

    2

    1

    )9()( 21 xxf 22

    21

    992

    2)2()9(

    2

    1)( 2

    1

    x

    x

    x

    xxxxf

    2

    1

    )9()( 22 xxf 22

    22

    992

    2)2()9(

    2

    1)( 2

    1

    x

    x

    x

    xxxxf

    d) Comprove que o resultado obtido na parte (a) esta de acordo com os resultados obtidos na parte

    (c).

    - Para 21 9)( xxfy , segue da parte (c) que: y

    x

    x

    xxf

    21

    9)(

    - Para 22 9)( xxfy , segue da parte (c) que: y

    x

    y

    x

    x

    xxf

    22

    9)(

    O que tambm esta de acordo com o resultado obtido na parte (a).

    3) Ache uma equao da reta tangente e normal curva 3 + 3 = 9 no ponto (1,2) e o ngulo de inclinao da reta tangente e normal.

    Vamos derivar implicitamente em relao a x.

    32 + 32

    = 0

    32

    = 32

    =

    32

    32

    =

    2

    2

    Logo, no ponto (1,2),

    =

    2

    2=

    12

    22=

    1

    4

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 5

    A equao da reta tangente no ponto ),( oo yx , ento:

    )( oo xxdx

    dyyy (Guidorizzi, 204)

    )1(4

    12 xy

    )1(24 xy 184 xy

    094 yx

    A equao da reta normal no ponto ),( oo yx , ento:

    )(1

    oo xx

    dx

    dyyy (Guidorizzi, 204)

    )1(1

    241

    xy

    )1(42 xy

    442 xy

    0424 xy

    024 xy

    O ngulo de inclinao da reta tangente.

    = (

    ) = (

    1

    4) = 165,96

    O ngulo de inclinao da reta normal.

    = (1

    ) = (1

    14

    ) = (4)

    = 75,96

    4) Ache uma equao e funo da reta tangente e normal curva 164 + 4 = 32 no ponto )2;1( e

    o ngulo de inclinao da reta tangente e normal.

    16 43 + 4 3

    = 0

    =

    643

    43

    =

    163

    3

    Logo, no ponto (1,2),

    =

    16 13

    23=

    16

    8

    = 2

    Angulo da tangente

    = (

    ) = (2)

    = 116,57

    Equao da reta tangente

    )( oo xxdx

    dyyy

    )1(22 xy

    222 xy

    042 xy

    Funo da reta tangente

    42 xy

    ngulo da normal.

    = (1

    )

    = (1

    2)

    = (1

    2) = 26,56

    A equao da reta normal

    )(1

    oo xx

    dx

    dyyy

    )1(2

    12

    xy

    )1(2

    12 xy

    1)2(2 xy

    142 xy

    032 xy

    Funo da reta normal

    2

    3

    2

    xy

    5) Ache uma equao da reta tangente e normal curva 2 + + 2 3 = 10

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 6

    no ponto (2;3).

    (2) + [() + ()] + (2) (3) = (10)

    2 + 1 + 1

    + 2

    3

    = 0

    (2 + 3)

    = (2 + )

    =

    2 +

    2 + 3

    Logo, no ponto (2,3),

    =

    2 2 + 3

    2 3 + 2 3=

    4 + 3

    6 + 2 3

    =

    7

    5

    O ngulo de inclinao da reta

    tangente.

    = (

    ) = (

    7

    5)

    = 125,54

    O ngulo de inclinao da reta

    normal.

    = (1

    75

    )

    = (5

    7)

    = 35,54

    Equao da reta tangente

    )( oo xxdx

    dyyy

    )2(5

    73 xy

    )2(735 xy 147155 xy

    0141575 xy

    02975 xy

    Em funo

    5

    297

    xy

    5

    29

    5

    7

    xy

    A equao da reta normal

    )(1

    oo xx

    dx

    dyyy

    )2(

    5

    7

    13

    xy

    )2(7

    53 xy

    )2(537 xy 105217 xy

    0211057 xy

    01157 xy

    Em funo

    7

    11

    7

    5

    xy

    6) Ache uma equao da reta tangente e normal curva 1933 yx no ponto (1,2).

    Respostas:

    A equao da reta tangente no ponto ),( oo yx , ento: 0194 xy

    A equao da reta normal no ponto ),( oo yx , ento: 02249 xy

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 7

    2. Taxas Relacionadas

    Um problema envolvendo taxas de variao de variveis relacionadas chamado de

    problema de taxas relacionadas.

    Os passos a seguir representam um procedimento possvel para resolver problemas

    envolvendo taxas relacionadas.

    1 Faa uma figura, se isso for possvel; 2 Defina as variveis. Em geral defina primeiro t, pois as outras variveis usualmente dependem de t.

    3 Escreva todos os fatos numricos conhecidos sobre as variveis e suas derivadas em relao t. 4 Obtenha uma equao envolvendo as variveis que dependem de t. 5 Derive em relao a t ambos os membros da equao encontrada na etapa 4. 6 Substitua os valores de quantidades conhecidas na equao da etapa 5 e resolva em termos da quantidade desejada.

    Comearemos nossa discusso com um exemplo que descreve uma situao real.

    Exemplos:

    1) Uma escada com 25 unidades de comprimento est apoiada numa parede vertical. Se o p da

    escada for puxado horizontalmente, afastando-se da parede a 3 unidades de comprimento por

    segundo, qual a velocidade com que a escada est deslizando, quando seu p esta a 15 unidades de

    comprimento da parede?

    - Figura (desenho esquemtico) - Definio das variveis:

    t tempo decorrido desde que a escala comeou a deslizar pela

    parede em segundos.

    y distncia do cho ao topo da escada.

    x distncia do p da escada ate a parede.

    z comprimento da escada.

    - Fatos numricos

    conhecidos:

    = 3

    =? Quando x = 15

    = 0

    - Equao envolvendo as

    variveis que dependem de t:

    Teorema de Pitgoras:

    2 + 2 = 2

    - Derivando em relao a t:

    2 + 2 = 2

    2

    + 2

    = 2

    ( 2)

    +

    = 0

    =

    =

    - Substituindo os valores de quantidades conhecidas:

    Devemos encontrar y para x = 15, substituindo na

    equao:

    2 + 2 = 2

    = 2 22

    = 252 152 = 400 = 20

    ] =

    =

    15

    20 3 = 2,25

    Logo o topo da escada esta deslizando a uma taxa de 2,25 unidades de comprimento por segundo. O

    sinal negativo significa que y decrescente, quanto t cresce.

    x

    y

    25

    x

    y

    25

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 8

    2) Um tanque tem a forma de um cone invertido com 16m de altura e uma base com 4m de raio. A

    gua flui no tanque a uma taxa de 2 3 . Com que velocidade o nvel da gua estar se elevando quando sua profundidade for de 5m?

    1- Figura (desenho esquemtico) 2- Definio das variveis:

    t tempo em (min) com que a gua flui no tanque.

    V volume em m3 de gua.

    h nvel em (m) com que a gua esta se elevando no tanque.

    r raio em (m) do nvel da gua no tanque.

    3- Fatos numricos conhecidos:

    min

    3

    2 m

    dt

    dV

    min? m

    dt

    dh quando mh 5

    4- Equao envolvendo as variveis que dependem de t:

    mh 16 para mr 4 4

    4h

    rrh

    hrV 2

    3

    3

    2

    16343hh

    hV

    5- Derivando em relao a t:

    3

    163hV

    dt

    dhh

    dt

    dhh

    dt

    dV

    163

    163

    22

    dt

    dV

    hdt

    dh

    2

    16

    6- Substituindo os valores de quantidades conhecidas:

    Encontrando agora 5

    hdt

    dh

    min225 25

    322

    5

    1616 m

    dt

    dV

    hdt

    dh

    min5

    407,0 m

    dt

    dz

    4m

    r m

    h m

    16 m

    4m

    r m

    h m

    16 m

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 9

    3) Dois carros esto se encaminhando em direo a um cruzamento, um seguindo a direo leste a

    uma velocidade de 90km/h e o outro seguindo a direo sul, a 60km/h. Qual a taxa segundo a qual

    eles se aproximam um do outro no instante em que o primeiro carro est 0,2km do cruzamento e o

    segundo a 0,15km?

    Resoluo:

    1- Figura (desenho esquemtico)

    2- Definio das variveis:

    t tempo em (h) desde que os carros comearam a se aproximar.

    x distncia em (km) do primeiro carro em relao a P (direo leste).

    y distncia em (km) do segundo carro em relao a P (direo sul).

    z distncia em (km) entre os dois carros.

    3- Fatos numricos conhecidos: 4- Equao envolvendo as variveis que dependem de t:

    x = 0,2km

    = 90

    Pelo teorema de Pitgoras temos:

    2 = 2 + 2 y = 0,15km

    = 60

    - Encontrando z:

    = 2 + 22

    = 0,22 + 0,1522

    = 0,06252

    = 0,25 z = (?) km

    = (? )

    5- Derivando em relao a t:

    2

    = 2

    + 2

    = ( 2)

    =

    +

    6- Substituindo os valores de quantidades

    conhecidas:

    ] =

    0,2(90) + 0,15(60)

    0,25

    ] = 108/

    4) Um avio voa a 152,4m/s paralelamente ao solo, a uma altitude de 1.220m no sentido oeste,

    tomando como referncia um holofote fixado no solo que o focaliza e que se encontra esquerda da

    projeo vertical do avio em relao ao solo. Sabendo-se que a luz do holofote dever permanecer

    iluminando o avio, qual dever ser a velocidade angular (de giro) do holofote, no instante em que a

    distncia horizontal entre ele e a projeo vertical do avio for de 610m?

    Norte

    Sul

    Leste Oeste

    P

    y (km)

    x (km)

    z (km

    )

    direo

    sul

    direo

    leste

    P

    y (km)

    x (km)

    z (km

    )

    direo

    sul

    direo

    leste

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 10

    1- Figura (desenho esquemtico) 2- Definio das variveis:

    t tempo em (s) com que o avio se desloca na direo oeste.

    ngulo de elevao (em radianos) do feixe luminoso emitido pelo holofote em relao ao solo.

    x distncia em (m) medida horizontalmente entre o holofote e a projeo vertical do avio em relao

    ao solo.

    y distncia em (m) medida verticalmente entre o holofote e a projeo vertical do avio no solo.

    3- Fatos numricos conhecidos:

    x = 610m

    = 152,4

    y = 1220km

    = 0

    = (?) km

    = (? )

    4- Equao envolvendo as variveis que dependem de t:

    tan =

    2 = 1 + 2

    5- Derivando em relao a t:

    (tan ) = (12201)

    2

    = 1220 (1)11

    2

    = 1220 2

    2

    =

    1220

    2

    =

    1220

    2 2

    6- Substituindo os valores das grandezas

    conhecidas temos:

    tan =1220

    =

    1220

    610= 2

    2 = 1 + 22 = 1 + 4 = 5

    =

    1220

    6102 5(152,4)

    = 0,1

    5) Um tanque cbico horizontal tem aresta medindo 2m, e a vazo de gua constante, valendo

    0,5m3/s. Determine a velocidade de subida do nvel da gua.

    1- Figura (desenho esquemtico) 2- Definio das variveis:

    t tempo em (s) com que a gua esta sendo vazada no tanque.

    h altura em (m) do tanque cbico (aresta vertical).

    V volume do tanque cbico.

    P (avio)

    holofote

    x = 610m

    y = 1220m

    Direo

    oeste

    P (avio)

    holofote

    x = 610m

    y = 1220m

    Direo

    oeste

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 11

    3- Fatos numricos conhecidos:

    sm

    dt

    dV 35,0 hhAV b

    22

    sm

    dt

    dh(?) mh 2

    4- Equao envolvendo as variveis que dependem de t:

    hV 4

    5- Derivando em relao a t:

    dt

    dh

    dt

    dV 4

    dt

    dV

    dt

    dh

    4

    1

    6- Substituindo os valores das grandezas conhecidas temos:

    sm

    dt

    dh125,0

    4

    5,05,0

    4

    1

    6) Uma pipa esta voando a uma altura de 40m. Uma criana esta empinando-a de tal forma que ela

    se mova horizontalmente, a uma velocidade de 3m/s. Se a linha estiver esticada, com que

    velocidade a linha estar sendo dada, quando o comprimento da linha desenrolada for de 50m?

    1- Figura (desenho esquemtico) 2- Definio das variveis:

    t tempo em (s) com que a criana empina a pipa

    x distncia em (m) medida horizontalmente entre a criana e a projeo vertical da pipa no solo.

    y distncia em (m) medida verticalmente entre a pipa e o solo.

    z distncia em (m) medida entre a pipa e a criana.

    3- Fatos numricos conhecidos:

    sm

    dt

    dx3 mx (?)

    sm

    dt

    dy0 my 40

    s

    m

    dt

    dz(?) mz 50

    4- Equao envolvendo as variveis que dependem de t:

    Pelo teorema de Pitgoras temos: 222 yxz

    5- Derivando em relao a t:

    dt

    dyy

    dt

    dxx

    dt

    dzz 222

    z

    dt

    dyy

    dt

    dxx

    dt

    dz

    x

    y

    z

    P

    x

    y

    z

    P

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 12

    6- Substituindo os valores de quantidades conhecidas:

    Devemos encontrar z, substituindo na equao: 222 yxz

    900160025004050 2222 yzx

    30x

    Encontrando agora 50

    zdt

    dz

    50

    90

    50

    040330

    dt

    dz

    sm

    dt

    dz

    5

    9

    7) Um balo esfrico est sendo inflado de tal forma que seu volume aumente a uma taxa de

    5m3/min. Qual a taxa de crescimento do dimetro quando ele mede 12m?

    1- Figura (desenho esquemtico) 2- Definio das variveis:

    t tempo (em min.) com que o balo esta sendo inflado.

    d dimetro (em m) do balo esfrico.

    V volume (em m3) do balo esfrico.

    3- Fatos numricos conhecidos:

    .min(?)

    d m

    dt

    d md 12

    .mine 35

    V m

    dt

    d mVe (?)

    4- Equao envolvendo as variveis que dependem de t:

    333

    3

    683

    4

    23

    4

    3

    4d

    ddrVe

    22

    drrd

    5- Derivando em relao a t:

    3

    6dVe

    dt

    dd

    dt

    dd

    dt

    dVe d

    2

    d3

    6

    22

    dt

    dV

    dt

    d e2d

    12d

    6- Substituindo os valores de quantidades conhecidas:

    Encontrando agora 12

    d

    ddt

    d

    .min22 72

    5

    144

    105

    21

    12

    d

    12d me

    dt

    dV

    dt

    d

    .min.min022,0

    72

    5d mm

    dt

    d

    dd

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 13

    8) Uma bola de neve est se formando de tal modo que seu volume cresa a uma taxa de 8cm3/min.

    Ache a taxa segundo a qual o raio esta crescendo quando a bola de neve tiver 4cm de dimetro.

    1- Figura (desenho esquemtico) 2- Definio das variveis:

    t tempo (em min.) com que a bola de neve esta se formando.

    r raio (em cm) com que a bola de neve esta crescendo.

    V volume (em cm3) da bola de neve que esta se formando.

    3- Fatos numricos conhecidos:

    .min(?)

    r cm

    dt

    d cmr 2

    2

    4

    .mine 38

    V cm

    dt

    d cmVe (?)

    4- Equao envolvendo as variveis que dependem de t:

    3

    3

    4rVe

    5- Derivando em relao a t:

    3

    3

    4rVe

    dt

    dr

    dt

    dr

    dt

    dVe r4r

    33

    4 22

    dt

    dV

    rdt

    d e

    24

    1r

    6- Substituindo os valores de quantidades conhecidas:

    Encontrando agora 2

    r

    rdt

    d

    2

    1

    16

    8

    44

    88

    24

    1r

    2

    dt

    d

    .min2

    1r cm

    dt

    d

    9) Suponha que quando o dimetro da bola de neve do exerccio anterior (exerccio 8) for de 6cm,

    ela pare de crescer e comece a derreter a uma taxa de 1/4cm3/min. Ache a taxa segundo a qual o

    raio estar variando, quando o raio for de 2cm.

    .min64

    1r cm

    dt

    d

    10) Uma certa quantidade de areia despejada a uma taxa de 10m3/min, formando um monte

    cnico. Se a altura do monte for sempre o dobro do raio da base, com que taxa a altura estar

    crescendo quando o monte tiver 8m de altura?

    11) Suponha que um tumor no corpo de uma pessoa tenha a forma esfrica. Se, quando o raio do

    tumor for 0,5cm, o raio estiver crescendo a uma taxa de 0,001cm por dia, qual ser a taxa de

    aumento do volume do tumor naquele instante?

    dd

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 14

    diacm

    dt

    dV 3001,0

    12) Suponha que um tumor no corpo de uma pessoa tenha a forma esfrica. Se, quando o raio do

    tumor for 0,5cm, o raio estiver crescendo a uma taxa de 0,001cm por dia, qual ser a taxa de

    crescimento da sua rea?

    diacm

    dt

    dA 2004,0

    13) Uma pedra jogada em um lago, provocando uma onde circular de raio r, o qual varia com o

    tempo a uma taxa constante de 3cm/s. Calcule a taxa de variao, com o tempo, da rea do circulo

    limitado pela onda, no instante em que o raio vale 20cm. {PB e9.6}

    scm

    dt

    dA 21203202

    14) Um balo esfrico, que esta sendo inflado, mantm sua forma esfrica. Seu raio aumenta a uma

    taxa constante de 0,05m/s. Calcule a taxa da variao do seu volume, no instante em que seu raio

    vale 2m.

    sm

    dt

    dV 38,0

    15) Um cubo de metal, que esta sendo aquecido, mantm sua forma. Uma aresta aumenta a uma

    taxa que, no instante t0, vale 0,05cm/s, instante no qual a aresta mede 10cm. Calcule a taxa de

    expanso do volume do cubo no instante t0.

    scm

    dt

    dV 315

    16) Uma moeda que esta sendo aquecida, mantm sua forma. Calcule o quociente entre a taxa de

    variao com o tempo da rea de uma face e a taxa de variao com o tempo do dimetro, num

    instante em que o dimetro mede 1cm.

    cm

    dt

    dddt

    dA

    2

    17) Uma escada, de comprimento 2m, desliza no cho, mantendo-se apoiada em uma parede. Em

    um determinado instante, sua base dista 0,6m da parede e se afasta da mesma razo de 0,3m/s.

    Calcule a velocidade com que seu topo desliza parede abaixo, no instante em questo.

    smdt

    dy/094,0

    18) Uma escada, 6m de comprimento, apia-se durante seu movimento, no cho e na parede

    vertical. Em um instante t0, o seu topo dista 3,6m do cho, e a sua base afasta-se da parede vertical

    taxa de 1m/s. Calcule a velocidade escalar do topo no instante t0.

    smdt

    dy/

    3

    4

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 15

    3. Estudos da funo

    3.1. Anlise do Comportamento das Funes

    Dada uma curva y = f(x) usaremos a derivada para obter alguns dados acerca da curva.

    Discutiremos os pontos de mximos e mnimos, os intervalos onde a curva crescente ou

    decrescente. A interpretao geomtrica da derivada de uma funo a inclinao da reta tangente

    no grfico da funo em um ponto. Esse fato possibilita aplicar derivadas como recurso auxiliar no

    esboo de grficos. Por exemplo, podemos usar a derivada para determinar os pontos onde a reta

    tangente horizontal, ou seja, onde a derivada zero. Antes de empregar a derivada para fazer

    esboos de grficos, precisamos de algumas definies e teoremas.

    s

    t

    A

    By

    y0

    x0 x

    x

    y

    C

    Figura 1 Interpretao geomtrica da derivada de uma funo.

    3.2. Valor funcional Mximo

    Definio 1

    A funo f ter um valor mximo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual

    f(x) esteja definida, tal que )()( xfcf para todo x nesse intervalo.

    As Figuras 2 e 3 mostram o esboo de parte do grfico de uma funo, tendo um valor

    mximo relativo em c.

    Figura 2 Valor mximo relativo para

    f(c) = 0.

    Figura 3 Valor mximo relativo para o qual f(c) no existe.

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 16

    Definio 2

    A funo f ter um valor mnimo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual

    f(x) esteja definida, tal que )()( xfcf para todo x nesse intervalo.

    As Figuras 4 e 5 mostram o esboo de parte do grfico de uma funo, tendo um valor

    mnimo relativo em c.

    Figura 4 Valor mnimo relativo para f(c) = 0.

    Figura 5 Valor mnimo relativo para o qual f(c) no existe.

    Se a funo f tiver um mximo relativo em c ou um mnimo relativo ento diz que f tem um

    extremo relativo em c. O seguinte teorema ser usado para localizar os valores possveis de c para

    os quais existe um extremo relativo.

    Observao:

    c numero critico esta no domnio da funo f(c) = 0 ou f(c) no existe f(c) extremo relativo esta na imagem da funo valor mximo ou mnimo

    Teorema

    Se f(x) foi definida para todos os valores de x no intervalo aberto (a,b) e se f tiver um

    extremo relativo em c, onde a < c

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 17

    Figura 6 Esboo de uma funo com pontos de extremo relativo.

    Exemplos:

    1) Consideremos a funo definida por 3)1()( xxf . Um esboo da funo esta na figura 7.

    Figura 7 Esboo de f(x) = (x-1)3

    2)1(3)( xxf , e sendo assim,

    0)1(3)( 2 xxf

    Somente quando:

    0)1(3 2 x 1x

    Ou seja:

    0)1( f

    Mas:

    0)( xf se 1x e

    0)( xf se 1x .

    Sendo assim, f no tem um extremo relativo em 1, apesar da derivada primeira ser igual a zero.

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 18

    2) Seja a funo definida por:

    3 xsex -8

    3 xse 12)(

    xxf

    A funo f tem um valor mximo relativo em 3. Apesar de no ser derivvel em 3.

    A derivada esquerda em 3 dada por: 2)3( f

    A derivada direita em 3 dada por: 1)3( f

    Logo conclumos que f(3) no existe.

    Figura 8 Esboo da funo

    3 xsex -8

    3 xse 12)(

    xxf

    Definio

    Se c for um nmero do domnio da funo f e se 0)( cf ou )(cf no existir, ento c ser

    chamada de nmero crtico de f.

    Dessa definio e da discusso anterior, um condio necessria (mas no suficiente) existncia

    de um extremo relativo em c que c seja um nmero crtico de f.

    Exemplo:

    1) Ache os nmeros crticos extremos relativos da funo f definida por:

    () = 43

    + 43

    Soluo:

    () = 43

    + 43

    = 43 + 4

    13

    () =4

    3

    431 + 4

    1

    3

    131 =

    4

    3

    13 +

    4

    3

    23 =

    4

    3(

    13 +

    23)

    () =4 (

    13 +

    23)

    23

    323

    =4 (

    13 +

    23)

    23

    323

    =4 (

    13+

    23 +

    23+

    23)

    323

    =4 (

    33 + 0)

    323

    () =4( + 1)

    323

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 19

    Quando 4( + 1) = 0 = 1, () = 0

    Quando 323

    = 0 = 0, () no existe.

    Ambos -1 e 0 esto no domnio de f; Logo os pontos crticos de f so -1 e 0.

    Figura 9 Esboo da funo () = 4

    3+ 4

    3

    2) Ache os nmeros crticos da funo g definida por xsenxxg cos )(

    Figura 10 Esboo da funo xsenxxg cos )(

    Resoluo:

    Como: cosx 22 senxxsen

    xsenxg 2)(21

    2)2(cos)(21 xxg x2cos

    Desde que )(xg exista para todo x, os nicos nmeros crticos so aqueles para ao quais 0)( xg .

    Como 02cos x , quando: kx 212 onde k um inteiro qualquer.

    Os nmeros crticos de g(x) so:

    kk

    x21

    412

    1

    2

    -4

    -3

    -2

    -1

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    -2 -1 0 1

    -0,5

    -0,4

    -0,3

    -0,2

    -0,1

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0 90 180 270 360 450 540 630 720

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 20

    3.3. Valor mximo e mnimo absoluto num intervalo p(220)

    Seja uma funo dada num certo intervalo, onde queremos encontrar o maior ou o menor

    valor da funo.

    O maior valor da funo no intervalo chamado de valor mximo absoluto. O menor valor

    da funo chamado de valor mnimo absoluto.

    Definio 1

    A funo f ter um valor mximo absoluto num intervalo, se existir algum nmero c no

    intervalo, tal que )()( xfcf para todo x no intervalo. Em tal caso, f(c) ser o valor mximo

    absoluto de f no intervalo.

    Definio 2

    A funo f ter um valor mnimo absoluto num intervalo, se existir algum nmero c no

    intervalo, tal que )()( xfcf para todo x no intervalo. Em tal caso, f(c) ser o valor mnimo

    absoluto de f no intervalo.

    Um extremo absoluto de uma funo num intervalo um valor mximo ou mnimo

    absoluto da funo no intervalo. Uma funo pode ou no ter um extremo absoluto num intervalo

    dado.

    Exemplos:

    1) Suponha que f seja a funo definida por xxf 2)( no intervalo )4,1[ .

    Um esboo grfico da funo:

    No h valor mximo absoluto de f em )4,1[ ,

    pois 8)(lim4

    xfx

    , mas f(x) sempre menor

    do que 8 no intervalo dado.

    A funo tem um valor mnimo absoluto

    de 2 em f em [1,4).

    2) Consideremos a funo definida por 2)( xxf no intervalo ]2,3(

    Um esboo do grfico:

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 21

    02)( xxf 0 x

    Portanto a funo tem um valor mximo

    absoluto em 0.

    No h valor mnimo absoluto pois

    9)(lim3

    xfx

    , mas f(x) sempre maior

    do que 9 no intervalo dado.

    3.4. Extremo absoluto

    Podemos falar de um extremo absoluto de uma funo, mesmo que no seja especificado o

    intervalo. Em tal caso, estamos nos referindo ao extremo absoluto da funo em todo o seu

    intervalo.

    Definio 1

    f(c) ser o valor mximo absoluto da funo f se c estiver no domnio de f e se )()( xfcf

    para todos os valores de x no domnio de f.

    Definio 2

    f(c) ser o valor mnimo absoluto da funo f se c estiver no domnio de f e se )()( xfcf

    para todos os valores de x no domnio de f.

    Exemplo:

    1) Seja o grfico da funo f definida por 84)(2 xxxf :

    uma parbola, e o ponto mais baixo da parbola esta em (2,4) e a parbola abre-se para cima.

    042)( xxf

    242 xx e

    4824284)2( 22 xxf

    A funo tem um valor mnimo absoluto

    em x =2.

    No h valor mximo absoluto em f.

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 22

    3.5. Teorema do valor Extremo

    Se a funo f for contnua no intervalo fechado ],[ ba , ento f ter um valor mximo absoluto

    e um valor mnimo absoluto em ],[ ba

    O teorema assegura que a continuidade de uma funo em um intervalo fechado condio

    suficiente para garantir que a funo tenha no intervalo ambos os valores, mximo e mnimo,

    absolutos.

    Um extremo absoluto de uma funo contnua num intervalo fechado deve ser um extremo

    relativo, ou um valor de funo num extremo do intervalo.

    Como uma condio necessria para que uma funo tenha um extremo relativo num

    nmero c que c seja um nmero critico o valor mximo absoluto e o mnimo absoluto de uma

    funo contnua f num intervalo fechado ],[ ba podem ser determinados pelo seguinte

    procedimento:

    1 Ache os valores da funo nos nmeros crticos de f em (, ). 2 Ache os valores de f(a) e f(b). 3 O maior dentre os valores das etapas 1 e 2 ser o valor mximo absoluto e o menor ser o valor mnimo absoluto.

    Exemplo:

    1) Ache os extremos absolutos de f em [2,1

    2] se () = 3 + 2 + 1

    Soluo:

    Como f continua em 21,2 , o teorema do valor extremo pode ser aplicado.

    Para achar os nmeros crticos de f, vamos calcular primeiro f:

    () = 32 + 2 1

    16124)1(34)2(4 22 acb

    3

    1

    6

    2

    6

    42

    16

    6

    6

    42

    6

    42

    32

    162

    22

    1

    x

    x

    a

    bx

    Como )(xf existe para todos os nmeros reais, os nicos nmeros crticos de f sero os valores de

    x para os quais () = 0

    0)1)(13(123)( 2 xxxxxf 31

    1 c e 12 c

    Os valores nos extremos so:

    1)( 23 xxxxf

    112481)2()2()2()2( 23 f

    211111)1()1()1()1( 23 f 81,011

    2722

    2727931

    31

    91

    271

    312

    313

    31

    31 f

    875,01187

    88421

    21

    41

    81

    212

    213

    21

    21 f

    - O valor mximo absoluto de f em 21,2 2 ,que ocorre no nmero crtico c = -1.

    - O valor mnimo absoluto de f em 21,2 -1, que ocorre no nmero crtico c = 2.

    x -2 -1 1/3 1/2

    f(x) -1 2 0,81 0,875

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 23

    3.6. Concavidade e pontos de inflexo (p241)

    O conceito de concavidade muito til no esboo de uma curva. Analisando

    geometricamente a figura 1, e figura 2 observamos que dada um ponto qualquer c no intervalo (a,b)

    o grfico de f esta acima da tangente curva no ponto P(c,f(c)). Dizemos que a curva tem

    concavidade voltada para cima no intervalo (a,b). Geometricamente, isto significa que a reta

    tangente gira no sentido anti-horrio medida que avanamos sobre a curva da esquerda para a

    direita.

    Figura 1 concavidade voltada para cima. Figura 2 reta tangente gira no sentido anti-

    horrio.

    Na figura 3 e 4 descrevemos uma funo que tem concavidade voltada para baixo no

    intervalo (a,b). Neste caso vemos que a tangente gira no sentido horrio quando deslocamos sobre a

    curva da esquerda para a direita.

    y = f(x)

    b

    y

    P

    a x

    y = f(x)

    b

    y

    a x

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 24

    Figura 3 concavidade voltada para baixo. Figura 4 reta tangente gira no sentido horrio.

    Observando as figuras podemos propor as seguintes definies:

    Definio 1:

    Uma funo f dita cncova para cima no intervalo (a,b) se f(x) crescente neste intervalo.

    Definio 2:

    Uma funo f dita cncova para baixo no intervalo (a,b) se f(x) decrescente neste intervalo.

    Podemos determinar a concavidade de uma curva analisando o sinal da derivada segunda f(x).

    Teorema:

    Seja f uma funo diferenciavel at segunda ordem em algum intervalo aberto contendo c.

    Ento:

    (i) se 0)( cf , o grfico de f cncavo para cima em (c,f(c))

    (ii) se 0)( cf , o grfico de f cncavo para baixo em (c,f(c))

    3.7. Pontos de inflexo

    Podem existir pontos no grfico de uma funo nos quais a concavidade muda de sentido.

    Esses pontos so chamados pontos de inflexo.

    Definio:

    O ponto ))(,( cfc ser um ponto de inflexo do grfico da funo f se o grfico tiver nele

    uma reta tangente e se existir um intervalo aberto I contendo c, tal que se x estiver em I, ento:

    (i) 0)( xf se cx e 0)( xf se cx , ou

    (ii) 0)( xf se cx e 0)( xf se cx .

    Teorema:

    Se a funo f for derivvel em algum intervalo aberto contendo c e se ))(,( cfc for um ponto

    de inflexo do grfico de f, ento 0)( cf ou )(cf no existe.

    Exemplos:

    1) Dada a funo. () = 3 62 + 9 + 1

    y = f(x)

    b

    y

    P

    c a x

    y = f(x)

    b

    y

    a x

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 25

    a) Ache os mximos e mnimos relativos de f, aplicando o teste da derivada segunda;

    b) Ache os pontos de inflexo do grfico de f;

    c) Determine onde o grfico cncavo para cima e onde cncavo para baixo;

    d) Faa um esboo do grfico;

    Soluo:

    () = 32 12 + 9 () = 6 12

    Encontrando os nmeros crticos, ou seja, () = 0 () = 32 12 + 9 = 0 32 12 + 9 = 0 ( 3) 2 4 + 3 = 0

    = 2 4 = (4)2 4 1 3 = 16 12 = 4

    =

    2=

    (4) 4

    2 1=

    4 2

    2= {

    1 =4 2

    2=

    2

    2= 1

    2 =4 + 2

    2=

    6

    2= 3

    Encontrando o ponto de inflexo, ou seja, () = 0 () = 6 12 = 0 6 = 12

    =12

    6= 2

    )(xf )(xf )(xf Concluso

    x = 1 5 0 - Cncavo para baixo, ponto de mximo.

    x = 2 3 0 Ponto de inflexo

    x = 3 1 0 + Cncavo para cima, ponto de mnimo.

    Grfico da funo () = 3 62 + 9 + 1.

    2) Dada funo () = 3

    .

    Ache o ponto de inflexo do grfico de f.

    Determine onde o grfico cncavo para cima e onde cncavo para baixo.

    Faa um esboo do grfico.

    Soluo:

    3 221 1

    2

    1)( 3

    2

    xxxf

    3 592 1

    9

    2)( 3

    5

    xxxf

    2

    4

    1 2 3

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 26

    )(xf )(xf )(xf Concluso

    0x + + f crescente e cncava para cima

    0x 0 no existe no existe Ponto de inflexo

    0x + - f crescente cncava para baixo

    Na figura mostramos que o eixo y a reta tangente ao grfico da funo em (0,0) e um ponto de

    inflexo. A concavidade do grfico determinada pelo sinal de )(xf .

    Grafico da funo () =

    3.

    3.8. Teste da derivada segunda para extremos relativos

    Teorema

    Seja c um nmero critico de uma funo f, no qual 0)( cf e suponhamos que f exista para

    todos os valores de x em algum intervalo aberto contendo c. Se )(cf existe e:

    i) Se 0)( cf , ento f tem um valor mximo relativo em c;

    ii) Se 0)( cf , ento f tem um valor mnimo relativo em c;

    Exemplo:

    1) Dada funo 23344 4)( xxxxf :

    a) Ache os mximos e mnimos relativos de f, aplicando o teste da derivada segunda;

    b) Ache os pontos de inflexo do grfico de f;

    c) Determine onde o grfico cncavo para cima e onde cncavo para baixo;

    d) Faa um esboo do grfico;

    Soluo:

    Calculando as derivadas primeira e segunda de f.

    xxxxf 844)( 23

    8812)( 2 xxxf

    Equacionando 0)( xf temos:

    0)2(4)(0

    2

    xxxxf

    022 xx

    981)2(1414 22 acb

    -1

    1

    -2 2

    -1

    1

    -2 2

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 27

    22

    31

    12

    31

    2

    31

    12

    91

    2

    1

    x

    x

    x

    1

    2

    0

    0)1)(2(4)(

    x

    x

    x

    xxxxf

    Sendo assim os nmeros crticos de f so -2, 0, 1.

    Vamos determinar os pontos de inflexo

    08812)( 2 xxxf

    44838464)8(12484 22 acb

    548,0

    215,1

    3

    71

    38

    788

    122

    728

    2

    16

    x

    xx

    Vamos determinar os extremos relativos entre estes nmeros crticos, encontrando o sinal de

    derivada segunda neles.

    x )(xf )(xf )(xf Concluso

    -2 67,103

    32 0 + Valor mnimo relativo

    -1,215 -6,12 8,4 0 Ponto de inflexo

    0 0 0 - Valor mximo relativo

    0,548 -0,89 -2,5 0 Ponto de inflexo

    1 67,13

    5 0 + Valor mnimo relativo

    2) Dada funo 33 2 22)( 31

    32

    xxxxxf :

    Ache os extremos relativos de f, aplicando o teste da derivada segunda, quando possvel;

    Use a derivada segunda para encontrar os pontos de inflexo do grfico de f e;

    Determine onde o grfico cncavo para cima e onde cncavo para baixo;

    Faa um esboo grfico de f.

    Soluo:

    Calculando as derivadas de primeira e segunda de f.

    3 2332

    32

    3

    2

    3

    2)( 3

    231

    xxxxxf

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 28

    3 53 494

    92

    9

    4

    9

    2)( 3

    534

    xxxxxf

    Como )0(f no existe, 0 um nmero critico de f.

    Encontramos os demais nmeros crticos equacionando 0)( xf

    032

    31

    3

    2

    3

    2 xx

    03

    232

    32

    31

    32

    32

    xx

    032

    32

    32

    31

    xx

    0032

    31

    xx

    0131

    x

    131

    x

    1x

    Assim 1 ponto critico tambm.

    Podemos determinar se h um extremo relativo em 1 aplicando o teste da derivada segunda.

    Como )0(f no existe, (0,0) um possvel ponto de inflexo. Para achar outras possibilidades

    equacionamos 0)0( f .

    035

    34

    9

    4

    9

    2

    xx

    042 35

    35

    35

    34

    xx

    042 031

    xx

    42 31

    x

    2

    431

    x

    32x 8x

    A tabela abaixo resume nossos resultados.

    f(x) f(x) f(x) Concluso

    x < 0 - - decrescente; cncavo para baixo.

    x = 0 0 no existe no existe f no tem extremo relativo; ponto de inflexo.

    0

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 29

    3) Dada funo 3)21()( xxf .

    Ache o ponto de inflexo do grfico de f.

    Determine onde o grfico cncavo para cima e onde cncavo para baixo.

    Faa um esboo do grfico.

    Soluo: 2)21(6)( xxf

    )21(24)( xxf

    Como )(xf existe para todos os valores de x, o nico ponto de inflexo possvel onde

    0)( xf . Ou seja: 0)21(24)( xxf

    021 x 2

    1x

    O grfico tem uma reta tangente horizontal no ponto de inflexo pois 021 f .

    )(xf )(xf )(xf Concluso

    21x + cncavo para cima

    21x 0 0 0 Ponto de inflexo

    21x - cncava para baixo

    4) Ache os pontos de inflexo do grfico da funo seno.

    Ache as inclinaes das tangentes nos pontos de inflexo.

    Faa o grfico da funo seno num intervalo de 2 de comprimento, contendo o ponto de inflexo

    com menor abscissa positiva.

    Mostre um segmento da tangente nesse ponto de inflexo.

    Soluo:

    senxxf )(

    xxf cos)(

    senxxf )(

    )(xf existe para todo x. Para determinar os pontos de inflexo, equacionamos 0)( xf

    0 senx Pontos de inflexo: kx onde k um inteiro qualquer.

    Inclinao dos pontos de inflexo:

    impar inteirok se 1

    par inteirok se 1 cos)( kkf

    Logo, as inclinaes das tangentes nos pontos de inflexo so +1 ou -1.

    -1

    1

    0,5 1

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 30

    -1

    1

    2

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 31

    4. Teorema de Rolle e Teorema do Valor Mdio (p.231)

    Seja f uma funo contnua no intervalo fechado [a,b], derivvel no intervalo aberto (a,b) e

    tal que 0)( af e 0)( bf . O matemtico francs Michel Rolle (1652-1719) provou que se uma

    funo satisfaz essas condies, existe pelo menos um nmero c entre a e b para o qual 0)( cf .

    Vejamos o significado geomtrico disto:

    A figura 1 mostra um esboo do grfico de uma funo f que satisfaz as condies do

    pargrafo precedente.

    Vemos intuitivamente, que existe pelo menos um ponto P sobre a curva entre os pontos (a,0)

    e (b,0), onde a reta tangente paralela ao eixo x; isto , a inclinao da reta tangente zero. Neste

    ponto P a abscissa c, tal que 0)( cf .

    Figura 1

    A figura 2 mostra o esboo grfico de uma funo que no derivvel em um extremo, no

    caso o extremo b, contudo existe uma reta tangente no ponto x = c no intervalo (a,b).

    No entanto, necessrio que a funo seja continua no intervalo [a,b] para garantir a

    existncia dessa tangente, conforme o esboo da figura 3.

    Figura 2 Figura 3

    Teorema de Rolle

    Seja f uma funo, tal que:

    i) ela seja contnua no intervalo fechado [a,b];

    ii) ela seja derivvel no intervalo aberto (a,b);

    iii) 0)( af e 0)( bf .

    Ento existe pelo menos um ponto c no intervalo (a,b), tal que 0)( cf

    c

    P

    a b

    y

    x

    x b a c

    P y

    x a b

    y

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 32

    Exemplo:

    1) Dada funo xxxf 94)( 3 comprove que as condies (i), (ii) e (iii) das hipteses do

    teorema de Rolle esto satisfeitas em cada um dos seguintes intervalos: 0,23 ,

    23,0 e

    23

    23 , .

    Ache ento um valor de c em cada um desses intervalos para os quais 0)( xf .

    Soluo:

    912)( 2 xxf

    Como )(xf existe para todos os valores de x, f derivvel em ),(

    Sendo assim, as condies (i) e (ii) do teorema de Rolle so vlidas em qualquer intervalo.

    Para determinar em quais intervalos a condio (iii) se verifica, encontramos os valores para os

    quais 0)( xf .

    23

    23

    0

    492 00)(4)(

    x

    x

    x

    xxxf

    Sendo assim o teorema de Rolle valido nos seguintes intervalos:

    23

    23

    23

    23

    ,

    ,0

    0,

    Os valores adequados de c so os que satisfazem equao 0)( xf .

    23

    23

    2 0912x

    xx

    Portanto, para os intervalos encontrados pelo Teorema de Rolle os valores adequados para c so:

    23

    23

    23

    23

    23

    23

    23

    23

    ou ,

    ,0

    0,

    cc

    c

    c

    Figura 4

    -6

    -4

    -2

    2

    4

    6

    -2 -1 1 2 2

    3

    2

    3

    2

    3c

    2

    3c

    x

    y

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 33

    Teorema do Valor Mdio

    Seja f uma funo, tal que:

    i) ela seja contnua no intervalo fechado [a,b];

    ii) ela seja derivvel no intervalo aberto (a,b);

    Ento, existir um nmero c no intervalo aberto (a,b), tal que ab

    afbfcf

    )()()(

    Geometricamente, o teorema do valor mdio estabelece que se a funo )(xfy continua em

    [a,b] e derivvel em (a,b), ento existe pelo menos um ponto c entre a e b onde a tangente curva

    paralela corda que une os pontos ))(,( afaP e ))(,( bfbQ conforme figura 5.

    Figura 5

    Exemplo:

    2) Dada xxx

    xf 323

    )( 23

    comprove que as hipteses do teorema do valor mdio esto

    satisfeitas para a=3 e b=6. Ento, encontre todos os nmeros c no intervalo aberto (3,6), tais que:

    36

    )3()6()(

    ffcf .

    Soluo:

    Como f uma funo polinomial, ela ser continua e derivvel para todos os valores de x.

    Logo, as hipteses do teorema do valor mdio esto satisfeitas para todo a e b.

    34)( 2 xxxf

    Calculando:

    333323

    3)3( 2

    3

    f

    1263623

    6)6( 2

    3

    f

    53

    15

    36

    )3(12

    36

    )3()6()(

    ffcf

    R

    P

    Q

    a c b

    f(a)

    f(b)

    x

    y

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 34

    Equacionando 5)( cf , obtemos:

    534)( 2 cccf

    5342 cc

    0242 cc 522 2321616)2(24)4(4 acb

    828,4

    828,0)21(2222

    2

    244

    12

    24

    2

    15

    c

    cc

    Como -0,828 no esta no intervalo aberto (3,6), o nico valor possvel 828,4c

    Figura 6 Grfico de xxx

    xf 323

    )( 23

    e 34)( 2 xxxf .

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 35

    5. Aplicaes Envolvendo extremos absolutos num intervalo fechado

    Exemplos:

    1) Um fabricante de caixas de papelo deseja fazer caixas abertas a partir de pedaos de papelo

    com 12 cm2 cortando quadrados iguais dos quatro cantos e dobrando os lados para cima. Queremos

    encontrar o comprimento do lado do quadrado a ser cortado para obter uma caixa com o maior

    volume possvel.

    deprofundidalarguraaltura

    )212()212()( xxxxV

    )212)(212()( xxxxV 32 448144)( xxxxV

    21296144)( xxxV

    )(xV existe para todos os valores de x.

    Fazendo 0)( xV temos:

    0)128(12)(0

    2

    xxxV

    6

    20128

    2

    12

    x

    xxx

    O domnio de V(x) ser o intervalo

    fechado [0,6]. Como V(x) contnua em

    [0,6], segue do teorema do valor extremo que

    V(x) tem um valor mximo absoluto nesse

    intervalo.

    Os nmero crticos de V so 2 e 6, ambos pertencentes ao intervalo fechado [0,6].

    O valor mximo absoluto de V em [0,6] precisa ocorrer num nmero crtico ou num extremo

    do intervalo. 32 448144)( xxxxV

    0040480144)0( 32 V

    128242482144)2( 32 V

    0646486144)6( 32 V

    O valor mximo absoluto de V em [0,6] 128, ocorrendo quando x = 2.

    Logo, o maior volume possvel de 128cm3, obtido quando o comprimento do lado do

    quadrado a ser cortado de 2cm.

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 36

    2) Os pontos A e B esto em lados opostos de um rio reto com 3km de largura. O ponto C est na

    mesma margem que B, mas 2km rio abaixo. Uma companhia telefnica deseja estender um cabo de

    A at C. Se o custo por quilmetro do cabo 25% maior sobre a gua do que em terra, como deve

    ser estendido o cabo, de forma que o custo seja o menor para a companhia?

    Soluo:

    Seja:

    k custo por quilometro em terra

    k45 custo por quilometro sob gua

    )(xC custo total da ligao.

    Ento:

    terrasob distncia

    terrasob custo

    gua sob distncia

    22

    gua sob custo

    45 )2( 3)( xkxkxC

    Como C contnua em [0,2], o teorema do valor extremo pode ser aplicado. Queremos encontrar o

    valor mnimo absoluto.

    Derivando em relao x temos:

    )2()3()( 21

    22

    45 xkxkxC

    )10(2)3()( 21

    22

    21

    45

    kxxkxC

    kxkxxC

    2

    1

    )3()( 2245

    kx

    kxxC

    294

    5)(

    094

    5)(

    2

    k

    x

    kxxC

    094

    5

    2

    k

    x

    kx

    0194

    5

    2

    x

    x

    194

    5

    2

    x

    x

    2945 xx

    )9(1625 22 xx

    9169 2 x

    162 x 4x

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 37

    Como -4 e 4 no esto no intervalo [0,2]. Logo no existem nmeros crticos de C em [0,2].

    O valor mnimo absoluto de C em [0,2] deve ocorrer num dos extremos do intervalo.

    Calculando obtemos:

    )2(3)( 2245 xkxkxC

    kkkC42322

    45 )02(03)0(

    13)22(23)2(4522

    45 kkkC

    Logo o valor mnimo absoluto de C em [0,2] 1345 k , ocorrendo quando x = 2.

    Logo, para minimizar o custo do cabo, devemos estend-lo diretamente de A at C sob a

    gua.

    3) (p266) Um campo retangular margem de um rio deve ser cercado com exceo do lado ao

    longo do rio. Se o custo do material for de $12,00 por metro linear no lado paralelo ao rio e de

    $8,00 por metro linear nos dois extremos, ache o campo de maior rea possvel que possa ser

    cercado com $3.600,00 de material.

    Soluo:

    Seja:

    x (m) o comprimento de cada extremo do campo; y (m) o comprimento do lado paralelo ao rio; A (m

    2) a rea do campo.

    (2) 600.31288

    (1)

    yxx

    xyA

    Isolando y de (2)

    600.31216 yx

    xx

    y3

    4300

    12

    16600.3

    Substituindo em (1) obtemos:

    xxxyA34300

    (3) 300)(34 xxxA

    Se y= 0, x = 225 e se x = 0, y = 300. Como ambos

    no deverem ser negativos, o valor de x ira tornar

    A um mximo absoluto esta entre [0, 225].

    2

    34300)( xxxA

    xxA38300)(

    Fazendo 0)( xA , temos:

    x383000 300

    38 x 5,112300

    83 x

    1501503005,11230030034

    34 xy

    16875

    112,5 225 x

    A(x)

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 38

    2

    34300)( xxxA

    2

    34 5,1125,112300)5,112( A

    2875.16)5,112( mA

    Assim sendo, a maior rea possvel que poder ser cercada com $3.600,00 de material ser A =

    16.875m2, e isto acontece quando o lado paralelo ao rio tiver y = 150m e os extremos tiverem cada

    um x = 112,5m.

    4) Ao planejar um restaurante, estima-se que se houver de 40 a 80 lugares, o lucro bruto dirio ser

    $16,00 por lugar. Se, contudo, o nmero de assentos for acima de 80 lugares, o lucro dirio por

    lugar decrescer de $0,08 vezes o nmero de lugares acima de 80. Qual dever ser o nmero de

    assentos para que o lucro dirio seja mximo?

    Resoluo:

    Seja:

    - x o nmero de lugares;

    - P(x) o lucro bruto dirio ($16,00 por lugar);

    Quando 80x40 , calculamos o lucro da seguinte forma: O lucro por lugar ser: $16,00

    P(x) obtido ao multiplicarmos por x pelo lucro por lugar, ou seja:

    xxP 16)(

    Quando 280x80 , calculamos o lucro da seguinte forma: O lucro por lugar ser: 16 0,08(x 80) O lucro ser obtido se multiplicarmos por x pelo lucro por lugar, ou seja:

    xxP 80)]-0,08(x -16[)(

    xxP 6,40)]0,08x -16[)(

    xxP 0,08x] -40,22[)( 20,08 -40,22)( xxxP

    Logo:

    280x80 se 08,040,22

    80x40 se 16)(

    2xx

    xxP

    Mesmo que x, por definio, seja um inteiro, para ter uma funo contnua, vamos supor que x

    possa assumir todos os valores reais no intervalo [40, 280].

  • Clculo II - Derivadas e Aplicaes 39

    H continuidade em 80, pois:

    P(80) = 1.280

    280.116lim)(lim8080

    xxPxx

    280.1)08,040,22(lim)(lim 28080

    xxxPxx

    Sendo assim, P continua no intervalo fechado [40, 280] e o teorema do valor extremo garante um

    valor mximo absoluto de P nesse intervalo.

    Quando 80x40 , 16)( xP

    Quando 280x80 , xxP 0,16 -40,22)(

    )80(P no existe, pois:

    60,9)80(

    16)80(

    P

    P

    Equacionando 0)( xP , teremos:

    00,16 -40,22 x

    140x

    Os nmeros crticos de P so ento, 80 e 140.

    Vamos calcular P(x) nos pontos extremos do intervalo [40, 280] e nos pontos crticos.

    P(40) = 640

    P(80) = 1.280

    P(140) = 1.568

    P(280) = 0

    O valor mximo absoluto de P , portanto 1.568, ocorrendo quando x = 140. A capacidade de

    assentos deve ser de 140 lugares, o que d um lucro bruto dirio de $1.568,00

    5) Ache as dimenses do cilindro circular reto de maior volume que possa ser inscrito num cone

    circular reto com um raio de 5cm e 12cm de altura.