Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

41
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MATEMÁTICA CÁLCULO II Prof. Francisco Leal Moreira 2004/2

Transcript of Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

Page 1: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE MATEMÁTICA

CÁLCULO II

Prof. Francisco Leal Moreira

2004/2

Page 2: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

SUMÁRIO 1. INTEGRAL INDEFINIDA .............................................................................................................................................1

1.1. EXERCÍCIOS DE REVISÃO .................................................................................................................................1 1.2. RESPOSTAS .............................................................................................................................................................2

2. INTEGRAÇÃO POR PARTES .....................................................................................................................................3 2.1. RESPOSTAS.............................................................................................................................................................3

3. INTEGRAL DEFINIDA .................................................................................................................................................4 3.1. PROPRIEDADES BÁSICAS ................................................................................................................................4 3.2. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA INTEGRAL DEFINIDA ..............................................................5 3.3. ÁREA ENTRE DUAS CURVAS..........................................................................................................................6 3.4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS .................................................................................................................................7 3.4. RESPOSTAS.............................................................................................................................................................7

4. CÁLCULO SOMATÓRIO.............................................................................................................................................8 4.1. NÚMERO DE PARCELAS DO SOMATÓRIO .................................................................................................8 4.2. PROPRIEDADES DO SOMATÓRIO .................................................................................................................9 4.3. PRINCÍPIO DA INDUÇÃ O FINITA(PIF) ........................................................................................................11 4.4. SOMATÓRIO DUPLO .........................................................................................................................................12 4.5. RESPOSTAS...........................................................................................................................................................13

5. SEQÜÊNCIAS E SÉRIES ............................................................................................................................................14 5.1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................14 5.2. SEQÜÊNCIAS INFINITAS.................................................................................................................................14 5.3. LIMITE DE UMA SEQÜÊNCIA ........................................................................................................................15 5.4. SÉRIES INFINITAS..............................................................................................................................................15 5.5. SOMA DE UMA SÉRIE.......................................................................................................................................17 5.6. SÉRIES GEOMÉTRICAS....................................................................................................................................17 5.7. PROPRIEDADES DAS SÉRIES .........................................................................................................................18 5.8. TESTE DA DIVERGÊNCIA ...............................................................................................................................19 5.9. TESTE DA INTEGRAL .......................................................................................................................................19 5.10. SÉRIE-P..................................................................................................................................................................19 5.11. TESTE DA COMPARAÇÃO DO LIMITE......................................................................................................20 5.12. SÉRIES ALTERNADAS.....................................................................................................................................20 5.13. TESTE DE LEIBNIZ............................................................................................................................................20 5.14. CONVERGÊNCIA ABSOLUTA E CONVERGÊNCIA CONDICIONAL..............................................21 5.15. TESTE DA RAZÃO.............................................................................................................................................21 5.16. SÉRIES DE POTÊNCIAS...................................................................................................................................22 5.17. INTERVALO DE CONVERGÊNCIA ..............................................................................................................22 5.18. FUNÇÕES DEFINIDAS POR SÉRIES DE POTÊNCIAS............................................................................23 5.19. DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE SÉRIES DE POTÊNCIAS................................................................24 5.20. SÉRIES DE TAYLOR .........................................................................................................................................24 5.21. RESPOSTAS .........................................................................................................................................................26

6. OS CONJUNTOS 2

ℜ E 3

ℜ ................................................................................................................................27

6.1. O CONJUNTO 2

ℜ ...........................................................................................................................................27

6.2. O CONJUNTO 3

ℜ ............................................................................................................................................27 7. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS......................................................................................................................28

7.2. CURVAS DE NÍVEL............................................................................................................................................29

Page 3: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

7.3. RESPOSTAS...........................................................................................................................................................30

8. DERIVADAS PARCIAIS............................................................................................................................................31 8.1. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DAS DERIVADAS PARCIAIS.......................................................31 8.2. DERIVADAS PARCIAIS DE SEGUNDA ORDEM ......................................................................................32 8.3. HESSIANO .............................................................................................................................................................32 8.4. RESPOSTAS...........................................................................................................................................................33

9. MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS.....................................................................34 9.1. PONTO CRÍTICO DE UMA FUNÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS................................................................35 9.2. CRITÉRIO PARA CARACTERIZAÇÃO DE PONTOS EXTREMANTES ..............................................35 9.3. MÁXIMOS E MÍNIMOS CONDICIONADOS................................................................................................36 9.4. RESPOSTAS...........................................................................................................................................................37

10. BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................................................................38

Page 4: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

1

1. INTEGRAL INDEFINIDA DERIVAÇÃO F F’= f PRIMITIVAÇÃO 1.1. EXERCÍCIOS DE REVISÃO E1) Encontre:

1) 2dx1)(2x 3∫ − 2) xdx2.1x 2∫ − 3) xdx)4x3( 52∫ +

4) ∫− 2x5

xdx 5) ∫ − 4)x1(

dx 6) ∫ + 32 2)(x

xdx

7) ∫−3 2x3

xdx 8) ∫ − 12x

dx 9) ∫ + 53)(2x

dx

10) dxx3

x25

e3 2x∫

+− 11) ∫ − dxe 1x3 12) ∫ + 1xdxx

3

2

13) ∫ −1xe

dx2 14) ∫ − 2x4

dx 15) ∫ + dxxe3 32x

16) ∫ + 10x

xdx202

17) dxe5 2

x

∫ 18) ∫ xe

dx

19) ∫ + dxe)2e( x25x2 20) ∫ xdx3cos 21) ∫ xdx5sen

22) ∫ + dx)1x3cos( 23) ∫ dxxcosx2 2 24) ∫ + dx)x4x2(senx 32

25) ∫ xdxcose xsen 26) ∫ xdxcos)x(sen 5 27) xdxcos.xsen∫

28) ∫ − 3)xcos5(xdxsen

Page 5: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

2

1.2. RESPOSTAS

E1) 1) k4

)1x2( 4

+−

2) k3

)1x(2 32

+−

3) k36

)4x3( 62

++

4) – kx5 2 +− 5) k)x1(3

13

+−

6) k)2x(4

122

++−

7) k4

)x3(33 22

+−−

8) k1x2 +− 9) k)3x2(8

14

++

10) kx3

|x|ln25

e3 x +−− 11) k3

e 1x3

+−

12) k|1x|ln31 3 ++

13) ke

21x

+−−

14) k|2x4|ln41

+− 15) k2

e3 3x2

++

16) 10ln(x2 +10) + k 17) 10 ke 2x

+ 18) ke

1x

+−

19) k12

)2e( 6x2

++

20) k3

x3sen+ 21) k

5x5cos

+−

22) k3

)1x3(sen+

+ 23) sen x2 + k 24) kx

6x2cos 4

3

++−

25) esen x+ k 26) k6

xsen6

+ 27) k3

xsen2 3

+

28) k)xcos5(2

12

+−

Page 6: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

3

2. INTEGRAÇÃO POR PARTES Sabemos que [ f (x).g(x) ]’ = f(x).g’(x) + g(x).f ’(x) ou f(x).g’(x) = [ f(x) . g(x) ]’ – g (x). f ’(x)

Integrando ambos os membros dessa equação , obtemos ∫ ∫−= dx)x('f).x(g)x(g)x(fdx)x('g).x(f

Fazendo f(x) = u e g(x) = v, vem: ∫ ∫−= du.vv.udv.u

E1)Calcule :

1) ∫ dxxe x 2) ∫ xdxsenx 3) ∫ xdxln

4) ∫ − xdxcos)1x2( 5) ∫ dxxlnx 6) ∫ dxxlnx2

7) ∫ dxxsecx 2 8) ∫ + xdx2cos)1x( 9) ∫ xdx3lnx

10) ∫ dxxe x4

2.1. RESPOSTAS

E1) 1) xex – ex + k 2) – xcos x + sen x + k 3)xln x – x + k

4) (2x – 1)sen x + 2cos x + k 5) k9x4

xln3x2 33

+− 6) k9

x3

xlnx 33

+−

7) xtg x + ln | cos x | + k 8) k4

x2cos2

x2sen)1x(++

+ 9) k

4x

2x3lnx 22

+−

10) k16e

4xe x4x4

+−

Page 7: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

4

3. INTEGRAL DEFINIDA Seja f uma função e F uma primitiva de f. A integral definida de f de a até b é o núme ro real

representado por ∫b

af(x)dx e calculado por F(b) - F(a).

∫b

af(x)dx = b

a[F(x)] = F(b) - F(a)

E1) Calcule:

1) dxx3

0

2∫ 2) dxx)(141

1∫−−

3.1. PROPRIEDADES BÁSICAS

a) ∫a

af(x)dx = 0

b) ∫b

af(x)dx = - ∫

a

bf(x)dx

c) ∫b

ac.f(x)dx = c. ∫

b

af(x)dx , sendo c uma constante

d) ∫ ±b

ag(x)]dx[f(x) = ∫

b

af(x)dx ± ∫

b

ag(x)dx

e) ∫b

af(x)dx = ∫

c

af(x)dx + ∫

b

cf(x)dx , com a < c < b

f) ∫b

af(x)dx ≥ 0, se f(x) ≥0, ∈∀x [a,b]

E2)Calcule:

1) ∫ +−1

0

34 dx)1x3x( 2) ∫−−+−

0

1

25 dx)1x2x3x3( 3) ∫ ++5

2

2 du)u3u22(

4) dtt

1t

9

1∫

− 5) ∫

2

0

2 1)dx -(x x 6) ∫+1

2 2t

1tdt

7) ∫2

15 dx4) -(2x 8) ∫

2

44 dx6) -(2x 9) ∫ +

1

032 dx 1) 8x(x

Page 8: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

5

10) ∫+

4

0 16u

1du 11) ∫ +

2

1 23

2

)1x(

x dx 12) du12uu)uu( 241

0

3 +++∫

13) ∫−−

3

2dx|1x| 14) ∫ +−

2

0 2 96xx

dx 15) ∫

0

1- x-1

dx

16) dx2

|x|x

1

1∫−

− 17) ∫−−

5

2dt|42t| 18) ∫

−3

1

34

xxx

dx

3.2. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA INTEGRAL DEFIN IDA Seja f uma função continua em [a,b] com f(x) ≥ 0, ∈∀x [a,b]. Vamos calcular a área da região situada entre o gráfico de f e o eixo das abscissas de a até b. y f f(x+ ? x ) A1 A2 f(x) A3 A ? A 0 a x x + ? x b x A é a área da região hachurada, ? A é o acréscimo que sofre a área A quando x recebe um acréscimo ? x .

A3 ≤ ( A2 + A3 ) ≤ (A1 + A2 + A3 ) ⇔ f(x). ? x ≤ ? A ≤ f(x + x). ? x ⇒ f(x) ≤ ? x? A ≤ f(x + ? x )

0x

lim→∆

f(x) ≤0

lim→∆x ? x

? A≤

0xlim

→∆f(x + ? x ) ⇔ f(x) ≤

0lim

→∆x ? x? A

≤ f(x ) ⇒0

lim→∆x ? x

? A = f(x) ⇔ A’ = f(x)

Então A é uma primitiva de f(x) , logo A = F(x) + k. Para x = a, A = 0 e k = -F(a), logo A = F(x) - F(a) Para calcular a área de a até b basta tomar x = b.

Para x = b, A = F(b) - F(a) = ∫b

af(x)dx

Se f é uma função continua e não negativa em [a,b], o número ∫b

af(x)dx representa a área da região

limitada pelo gráfico de f, pelo eixo Ox e pelas retas verticais x = a e x = b.

Page 9: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

6

y f R 0 a b x

AR = ∫b

af(x)dx

3.3. ÁREA ENTRE DUAS CURVAS Sejam f e g funções continuas em [a,b] , com f(x) ≥ g(x) , ∈∀x [a,b]. Se R é a região limitada pelos

gráficos de f, g, x=a e x=b então AR = ∫b

ag(x)]dx-[f(x)

y f R g 0 a b x E3)Calcule a área da região limitada por:

1) y=-x2 + 4 e y=0 2) y=x2 – 4, y=0, x=-1 e x=2 3) y=x, y=0, x=-2 e x=1 4) y=x2 – 1 e y=3 5) y=x2 + 1, y=2x - 2, x=-1 e x=2 6) y=x3, y=-x + 2 e y=0

7) y= x e y=x2 8) y=x e y=x3

Page 10: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

7

3.4. INTEGRAIS IMPRÓPRIAS

A integral imprópria de f sobre o intervalo ),a[ +∞ é definida por ∫∫ ∞→

∞=

t

atadx)x(flimdx)x(f .

Se o resultado é um número real, dizemos que a integral imprópria converge. Se o limite não existe ou é infinito, dizemos que a integral imprópria diverge.

E4) Determine se cada integral abaixo converge ou diverge. No caso de convergência, ache seu valor.

1) ∫∞

1 3x

dx 2) ∫

1 xdx 3) ∫

1 x

dx 4) ∫

0 x

2

dxe

x3

5) ∫∞

+0 3

2

dx1x

x

3.4. RESPOSTAS

E1) 1) 9 2) 532

E2) 1) 209 2)

27

− 3) 144 4)340 5)

34 6) 2ln

21

−− 7) 3

16− 8)

532

− 9) 15

10) 34 . 11)

547 12)

67 13)

213

14)32 15) 222 − 16)

21

− 17) 25 18)3

34

E3) 1) 3

32 2) 9 3)

25

4)3

32 5) 9 6)

43

7)31

8)21

E4) 1) Converge, 1/2 2) Diverge 3) Diverge 4) Converge, 1/3 5) Diverge

Page 11: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

8

4. CÁLCULO SOMATÓRIO

Consideremos a seguinte soma indicada : 0 + 2 + 4 + 6 + 8 + 10 + 12 + 14 + ... + 100 Podemos observar que cada parcela é um número par e portanto pode ser representada pela forma 2n,

neste caso, com n variando de 0 a 50. Esta soma pode ser representada abreviadamente por: ∑=

50

0n

n.2 que se

lê: “somatório de 2n com n variando de 0 a 50”. A letra ∑ que é o esse maiúsculo grego (sigma) é denominada sinal de somatório e é usada para

indicar uma soma de várias parcelas.

Seja {a1, a2, a3, ..., an} um conjunto de n números reais, o símbolo ∑=

n

1iia representa a sua soma,

isto é, ∑=

n

1iia = a1 + a2 + a3 + ... + an.

Em ∑=

n

1iia :

a) A letra i é denominada índice do somatório e, em seu lugar, pode figurar qualquer outra letra. b) Os valores 1 e n, neste caso, são denominados, respectivamente, limites inferior e superior. E1)Desenvolva os seguintes somatórios:

1) ∑=

−5

1x

2 )xx( 2) ∑∞

=

−2j

j j.)1( 3) ∑=

5

0nna!n

E2)Escreva sob a forma de somatório as seguintes expressões:

1) 1 – 3 + 5 – 7 + ... 2)5

2446

32

21

1 ++++ 3) 11.9

10...

6.45

5.34

4.23

3.12

+++++

E3)Calcule o valor de:

1) ∑=

−5

0n

n !n.)1( 2) ∑∑==

5

0i

2

25

0i

ii

4.1. NÚMERO DE PARCELAS DO SOMATÓRIO

na1papan

piia ++++

==∑ L , logo ∑

=

n

piia tem ( n – p + 1 ) parcelas

E4)Destaque a parcela central e a décima parcela de ∑=

−100

0n

n n3.)1( .

Page 12: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

9

4.2. PROPRIEDADES DO SOMATÓRIO 1. Somatório de uma constante Sejam a i = k , com i = p,...,n.

k)1pn(kkkaaaak n1pp

n

pii

n

pi

+−=+++=+++== +==∑∑ LL

∑=

+−=n

pi

k).1pn(k

2. Somatório do produto de uma constante por uma variável Sejam ka i , com i = p,...,n.

∑∑=

++=

=+++=+++=n

piin1ppn1pp

n

pii ak)aaa(kkakakaka LL

∑∑==

=n

pii

n

pii akka

3. Somatório de uma soma algébrica Sejam a i ± bi , com i = p,...,n.

)bbb()aaa()ba()ba()ba()ba( n1ppn1ppnn1p1ppp

n

piii +++±+++=±++±+±=± ++++

=∑ LLL

∑∑==

±=n

pii

n

pii ba

∑∑∑===

±=±n

pii

n

pii

n

piii ba)ba(

4. Separação do último termo

n

1n

pii

n

pii aaa += ∑∑

==

5. Separação do primeiro termo

∑∑+=

+=

=

n

1piiapa

n

piia

Page 13: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

10

6. Avanço dos limites

j)jn(j1)jp(j)jp()jj(n)jj(1p)jj(pn1pp

n

pii aaa)aaaaaaa −+−++−+−+−++−++

=

+++=+++=+++=∑ LLL

∑+

+=−=

jn

jpijia

∑∑+

+=−

=

=jn

jpiji

n

pii aa

E5) Complete a tabela abaixo: i xi yi xi

2 yi2 xi

2yi xiyi 1 1 2 2 1 3 3 2 2 4 3 4 5 4 1 6 0 5 ∑

E6) Com os valores da tabela acima e o uso das propriedades do somatório, calcule:

1) ∑=

+−6

1iii )4y3x2( 2) ∑∑

==

5

1i

2i

25

1ii xx 3) )yx()yx( ii

6

2iii +−∑

=

4) 10x5

2i

2i +∑

=

5) ∑=

−6

1i

2ii )yx( 6) ∑

=

+5

1i

2i )3y(

7) ∑=

−−5

2i1ii )xx( 8) ∑

=+

3

0i2iy

Page 14: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

11

4.3. PRINCÍPIO DA INDUÇÃO FINITA(PIF) E7) Para n ∈N, p(n) = n 2 + n + 41 sempre dá um número primo ? Uma proposição P(n) é verdadeira para todo natural n 0n≥ se e somente se: i) P(n) é verdadeira para n = n0 ; ii) Se P(k) é verdadeira para um certo k natural então P(k+1) também é verdadeira. Exemplo:

Use o PIF para mostrar que ∑=

+=++++=

n

1i 2)1n(n

n321i L

Solução: Vamos mostrar que∑=

+=

n

1i 2)1n(n

i .

i) Para n = 1, os dois membros da expressão assumem o valor 1, logo P(1) é verdadeira;

ii) Vamos supor P(k) verdadeira , isto é, ∑=

+=

k

1i 2)1k(k

i é verdadeira. Agora devemos mostrar

que P(k+1) também é verdadeira, isto é, que ∑+

=

+++=

1k

1i 2]1)1k)[(1k(

i também é verdadeira.

Da propriedade 4 , pagina 14, ∑∑=

+

=

++=k

1i

1k

1i

)1k(ii (1), da hipótese, ∑=

+=

k

1i 2)1k(k

i (2)

Substituindo a (2) em (1) vem,

2

]1)1k)[(1k(2

)2k)(1k(2

)1k(2)1k(k)1k(

2)1k(k

i1k

1i

+++=

++=

+++=++

+=∑

+

=

Logo, por indução matemática, mostramos que a expressão ∑=

+=

n

1i 2)1n(n

i é verdadeira para n .1≥

E8) Use o PIF para mostrar que:

1) r1

araarararaar

n1n2

n

1i

1i

−−

=++++= −

=

−∑ L , r ≠ 1

2) ∑=

++=++++=

n

1i

22

6)1n2)(1n(n

n941i L

3) ∑=

+=++++=

n

1i

2233

4)1n(n

n2781i L

E9) Encontre uma fórmula(em função de n) para cada um dos somatórios abaixo:

1) ∑=

−n

1i

2)1i( 2) ∑=

+n

1i

)2i(n 3) ∑=

+n

1i

)1i(ni 4) ∑=

n

0i

i2 5) ∑+

=

3n

1i

ni

Page 15: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

12

4.4. SOMATÓRIO DUPLO

Seja a matriz A =

mn3m2m1m

n2232221

n1131211

xxxx

xxxx

xxxx

L

MMMML

L

As somas dos elementos de cada uma das linhas de A são:

∑∑∑===

n

1jmj

n

1jj2

n

1jj1 x,,x,x L

A soma de todos os elementos da matriz A é:

∑∑∑∑∑∑= =====

=+++=+++n

1j

m

1iijmjj2

n

1jj1

n

1jmj

n

1jj2

n

1jj1 x)xxx(xxx LL

Observações:

a) ∑∑∑∑= == =

=m

qi

n

pjij

n

pj

m

qiij xx

b) ∑∑= =

n

pj

m

qiijx tem (n – p + 1)(m – q + 1) parcelas.

E10) Desenvolva os seguintes somatórios:

1) ∑∑= =

−3

1x

4

2y

)10xy( 2) ∑∑= =

+5

2x

3

2y

2)yx( 3) ∑∑= =

3

2x

4

1y

yx 4) ∑∑= =

−3

1i

4

2jij )xy(

E11) Calcule o valor de:

1) ∑∑= =

−3

1x

2

1y

)5xy( 2) ∑∑= =

−3

1i

4

2j

)jx( 3) ∑∑= =

5

2x

3

2y

2z 4) ∑∑= =

+4

2x

3

2y

2)1x(

E12) Escrever sob a forma de somatório as expressões:

1) 23 + 24 + 25 + 33 + 34 +35 2) 54

44

53

43

52

42

51

41

+++++++

E13) Encontre uma fórmula(em função de n) para cada um dos somatórios abaixo:

1) ∑∑=

+

=

n2

1i

1i

0j

n 2) ∑∑= =

+n

1i

n

1j

)ji( 3) ∑∑= =

+n

1i

n

1j

)in( 4) ∑∑= =

n

1i

i

3j

i

Page 16: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

13

4.5. RESPOSTAS E1) 1) 0 + 2 + 6 + 12 + 20 2) 2 – 3 + 4 – 5 + ... 3) a0 + a1 + 2a2 + 6a3 + 24a4 + 120a5

E2) 1) ∑∞

=

+−0i

i )1i2.()1( 2) ∑= +

4

0i 1i!i

3) ∑= +

+9

1i )2i(i1i

E3) 1) – 100 2)170 E4) a50 =150 e a 10 = -27 E6) 1) –5 2) 90 3) –25 4) 40 5) 40 6) 151 7) 3 8) 10 E7) p(40) = 1681 não é primo, pois é divisível por 41.

E9) 1)6

)1n3n2(n 2 +− 2) 2

)5n(n 2 + 3)

3)2n)(1n(n 2 ++ 4) 2n+1 – 1 5)

2)4n)(3n(n ++

E10) 1) –8 – 7 – 6 – 6 – 4 – 2 – 4 – 1 + 2 2) 16 + 25 + 25 + 36 + 36 + 49 + 49 + 64 3) 2 + 4 + 8 + 16 + 3 + 9 + 27 + 81 4) (y2 – x1) + (y3 – x1) + (y4 – x1) + (y2 – x2) + (y3 – x2) + (y4 – x2)+ (y2 – x3) + (y3 – x3) + (y4 – x3) E11)1) – 12 2) 9x – 27 3) 8z2 4) 100

E12) 1) ∑∑= =

3

2i

5

3j

ji 2) ∑∑= =

4

1i

5

4j ji

E13) 1) )5n2(n 2 + 2) n2 (n + 1) 3)2

)1n3(n 2 + 4)

6)5n2)(1n(n −+

Page 17: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

14

5. SEQÜÊNCIAS E SÉRIES 5.1. INTRODUÇÃO As séries infinitas podem ser usadas para obter valores funcionais. Podemos representar certas funções como séries infinitas cujos termos contêm potências de uma variável x. Substituindo x por um número real c e determinando a soma infinita resultante, obtemos o valor de f(c). Isto é, em essência, o que uma calculadora faz quando calcula valores de funções. A representação por séries infinitas, de sen x , ex e outras expressões nos permite abordar problemas que

não podem ser resolvidos por métodos finitos, como por exemplo, a integral .dxe2x

∫−

5.2. SEQÜÊNCIAS INFINITAS Uma seqüência infinita é uma lista de números numa certa ordem. a1, a2, a3,...,an,... onde: a1 : 1

0 termo a2 : 2

0 termo ..................

an: n-ésimo termo ou termo geral Notações: { a1, a2, a3,...,an,... } ou {an} Exemplos:

a) Os termos da seqüência

+ 1nn

são: ,...54

,43

,32

,21

Representação gráfica da seqüência : an 1 0,9 Observa-se que: se n cresce sem limites, an cresce aproximando-se de 1, isto é,

=

=

+∞→∞→ 1n

nlimlimn

nn

a 1 0,5

Neste caso, dizemos que a seqüência converge para 1. 0,1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 n

Page 18: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

15

b)Os termos da seqüência { }∞=− 2n2n são: 0, 1, 2 , 3 , 2, 5 ,...

Representação gráfica da seqüência : an 3 Observa-se que: se n cresce sem limites, an também cresce sem limites, isto é, 2

=−=∞→∞→

2na limlimn

nn

1 Neste caso, dizemos que a seqüência diverge. n 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

5.3. LIMITE DE UMA SEQÜÊNCIA Dizemos que a seqüência {an} converge para um número real L, ou que tem por limite L quando .Lalim n

n=

∞→ Se n

nalim

∞→não existe, dizemos que a seqüência {an} não converge(diverge).

Outros exemplos de seqüências:

a) an =1n1n

+−

é o termo geral da seqüência 0, ,...53

,42

,31

b)A seqüência de Fibonacci é definida por a1 = 1, a 2 = 1 e an+1 = an + an-1 , para n 2≥ Os termos da seqüência de Fibonacci são 1, 1, 2, 3, 5, 8,... Esta seqüência tem importância especial na ciência da computação; o estado de um computador, a cada tique do seu relógio interno, depende do seu estado no tique anterior. c) A seqüência dos números primos: {2,3,5,7,11,13,17,19,23,29,31,...} 5.4. SÉRIES INFINITAS

Se {an} é uma seqüência infinita, então uma expressão ...a...aaa n211n

n ++++=∑∞

= é chamada série

numérica infinita de termo geral an.

Page 19: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

16

Exemplos:

a) ...n...321n1n

+++++=∑∞

=

Soma parciais: S1 = 1, S2 = 3, S3 = 6, S4 = 10, S5 = 15, ..., Sn=2

)1n(n +

Representação gráfica da seqüência {Sn}

=+

=∞→∞→ 2

)1n(nS limlim

nnn ∞ Sn

15 Portanto, a seqüência das somas parciais diverge. 10

Dizemos, neste caso, que a série ∑∞

=1n

n diverge. 5

0 1 2 3 4 5 n

b) ...)1(...111)1( n

1n

n +−++−+−=∑ −∞

=

Soma parciais: S1 = -1, S2 = 0 , S3 = -1, S4 = 0, S5 = -1, Sn=−

parénse,0imparénse,1

, Sn oscila

Representação gráfica da seqüência {Sn} Sn .existenãoSnlim

n ∞→

Portanto, a seqüência das somas parciais diverge. 0 n

Dizemos, neste caso, que a série ∑∞

=

−1n

n)1( diverge.

c) ...2

1...

81

41

21

2

1n

1nn

+++++=∑∞

=

Soma parciais: S1 =21

, S2 = 43

, S3 = 87 , S4 =

1615 , ..., Sn=

n

n

2

12 −

Representação gráfica da seqüência {Sn} Sn

=∞→

nn

Slim 12

11lim

2

12lim

nnn

n

n=

−=−

∞→∞→ 1

Portanto, a seqüência das somas parciais converge para 1. 0,5

Dizemos, neste caso, que a série ∑∞

=1nn2

1 converge para 1.

0 1 2 3 4 5 6 n

Page 20: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

17

5.5. SOMA DE UMA SÉRIE

Dizemos que o número real S é a soma da série ∑∞

=1nna , ou que a série ∑

=1nna converge para S, se e

somente se SSlim nn

=∞→

(o limite da seqüência das somas parciais S1, S2, S3,...,Sn é S). Neste caso,

escrevemos S = ∑∞

=1nna . Quando n

nSlim

∞→ não existe, dizemos que a série ∑

=1nna diverge. A divergência

pode ocorrer porque Sn torna-se infinita ou Sn oscila quando n ∞→ . Outros exemplos de séries:

d) 2,4,6,8,10,12,14,16 é uma seqüência finita e 2 + 4 + 6 + 8 + 10 + 12 + 14 + 16 = ∑=

8

1n

n2 é uma série

finita de termo geral an = 2n.

e) 1, 2, 6, 24, 120,... é uma seqüência infinita e 1 + 2 + 6 + 24 + 120 + ... = ∑∞

=1n

!n é uma série infinita de

de termo geral an = n!.

f) A série harmônica ∑∞

=

=+++++1n n

1...

n1

...31

21

1 cujo termo geral an = n1

5.6. SÉRIES GEOMÉTRICAS

Uma série geométrica é uma série da forma a + ar + ar2 +ar3 + ...+arn-1 + ... = ∑∞

=

1n

1nar com a ≠ 0.

Da página 16, exercício E8, 1, a n-ésima soma parcial da série geométrica é

Sn= a + ar + ar2 + ar3 + ... + arn-1 =

r1)r1(a n

−−

, r ≠ 1

Se | r | < 1 , 0rlim n

n=

∞→, e assim

r1a

r1)r1(a

limn

n −=

−−

∞→.

Se | r | > 1, n

nrlim

∞→não existe, e assim

r1)r1(a

limn

n −−

∞→ não existe.

Se r = 1, então Sn= na e portanto, n

nSlim

∞→ não existe.

Se r = -1, então Sn oscila e portanto, n

nSlim

∞→não existe.

A a s érie geométrica converge se | r | < 1 e sua soma é S = r1

a−

.

A a série geométrica diverge se | r | ≥ 1

Page 21: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

18

E1) Determine se a série é convergente ou divergente, se convergente encontre a soma.

1) ...81

41

21

1 ++++ 2) ...827

49

23

1 ++++ 3) ∑ −∞

=

+

1n

1n)1(

E2) Determine a série infinita que tem a seguinte seqüência de somas parciais:

1){Sn} =

+1nn4

2){Sn} =

+1n3n2

3){Sn} =

+ 1nn 2

4){Sn} = { }n2

E3) Expresse a dizima periódica 0,222... como uma fração comum. 5.7. PROPRIEDADES DAS SÉRIES

a) Se ∑∞

=1nna converge e c é um número real, então ∑

=1nnca também converge e ∑

=1nnca = c ∑

=1nna .

Exemplo: ∑∞

=1nn2

5é convergente. Justifique.

b) Se ∑∞

=1nna e ∑

=1nnb convergem , então ∑ ±

=1nnn )ba( também converge e ∑ ±

=1nnn )ba( = ∑

=1nna ± ∑

=1nnb .

Exemplo: )31

21

(1n nn∑ −

=é convergente. Justifique.

c) Se ∑∞

=1nna converge e ∑

=1nnb diverge, então ∑ ±

=1nnn )ba( diverge.

Exemplo: )23

1(

1n

nn∑ +

=é divergente. Justifique.

Observação: Se ∑∞

=1nna diverge e ∑

=1nnb diverge, então ∑ ±

=1nnn )ba( pode convergir ou divergir.

d) Se ∑∞

=1nna converge, então 0alim n

n=

∞→.

Justificativa: Se ∑∞

=1nna converge, n

nSlim

∞→= S e 1n

nSlim −

∞→= S. Como Sn= a1 + a2 + ... an-1 + an , an = Sn – Sn-1.

Logo, nn

alim∞→

= nn

Slim∞→

- 1nn

Slim −∞→

= S – S = 0

E4) Verifique se a série converge, em caso afirmativo, determine a sua soma:

1) ∑∞

=1n n21 2) ∑

=1n

1 3) ∑+

=1n )1n(n1

(série telescópica)

Para muitas séries é difícil ou praticamente impossível encontrar uma fórmula simples para Sn . Em tais casos, são usados alguns testes que não nos fornecem a soma S da série; dizem-nos apenas se a soma existe. Isto é suficiente na maioria das aplicações porque, sabendo que a soma existe, podemos aproximar o seu valor com um grau arbitrário de precisão, bastando somar um número suficiente de termos da série.

Page 22: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

19

5.8. TESTE DA DIVERGÊNCIA

Se 0alim nn

≠∞→

, então a série infinita ∑∞

=1nna diverge.

Observação: O 0alim n

n=

∞→ não garante a convergência da série.

E5) Prove que as séries seguintes são divergentes:

1) ∑+∞

=1n 2

2

n

1n 2) ∑ −

=

+

1n

1n)1.(2 3) ...1n2

n...

73

52

31

++

++++

5.9. TESTE DA INTEGRAL

Sejam ∑∞

=1nna uma série de termos positivos e f uma função continua, tal que f(n) = an , para todo n.

Então ∑∞

=1nna converge ⇔ ∫

1dx)x(f converge.

E6) Determine se a série dada é convergente ou divergente.

1) ∑∞

=1n n1 2) ∑

=1n2n

1 3) ∑

=1n n

1 4) ∑

=

1n

ne 5) ∑∞

=1n nlnn

1 6) ∑

=

1n

nne

5.10. SÉRIE-P

Uma série do tipo ∑∞

=1npn

1 é denominada série- p e, converge se p >1 e diverge se p ≤ 1.

Justificativa: Para p = 1, a série -p torna-se ∑∞

=1n n1

, e é chamada série harmônica. Diverge(exercícioE6, 1)

Se p ≠ 1, )1b(limp1

11p

xlimdxxlim

x

dx p1

b

b

1

1p

b1

b

1

p

bp−

−=

+−== −

∞→

+−

∞→

∞−

∞→∫ ∫

Para p > 1, p1

1)1

b

1(lim

p11

)1b(limp1

11pb

p1

b −=−

−=−

− −∞→

∞→. Logo a série p converge.

Para 0 < p < 1, ∞=−−

∞→)1b(lim

p11 p1

b. Logo a série p diverge.

Para p< 0, ∞=== −

∞→∞→∞→

p

npnnnnlim

n

1limalim . Logo, a série p diverge.

Para p = 0, a série-p torna-se ∑∞

=1n

1 que é uma série divergente.

Portanto, a série-p é convergente somente quando p > 1.

Page 23: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

20

5.11. TESTE DA COMPARAÇÃO DO LIMITE

Sejam ∑∞

=1nna e ∑

=1nnb séries de termos positivos . Se ,c

ba

limn

n

n=

∞→onde c é um número positivo,

então ambas as séries convergem ou ambas as séries divergem.

E7) Determine se a série dada é convergente ou divergente.

1) ∑∞

= +1nn31

1 2) ∑∞

= +1n2 2n

1 3) ∑∞

= −1n 1n2

2 4) ∑

= ++1n24 2nn

1

5) ∑∞

= +1n2 1n

n 6) ∑∞

=

+

1n3n

1n

5.12. SÉRIES ALTERNADAS

Uma série alternada é uma série da forma ∑ −∑ −∞

=

=

+

1nn

n

1nn

1n a)1(oua)1( com a n > 0.

5.13. TESTE DE LEIBNIZ

Seja uma série alternada. Se an ≥ an+1 e 0alim n

n=

∞→, então a série converge.

E8) Determine se as séries alternadas convergem ou divergem.

1) ∑ −∞

=

+

1n

1n)1( 2) ∑−∞

=1n

n

n)1(

3) 3n4

n2)1(

1n

1n

−∑ −∞

=

4) )1n(n

2n)1(

1n

n

++

∑ −∞

= 5)

3n4

n2)1(

21n

1n

−∑ −∞

=

O conceito a seguir permite que utilizemos testes para séries de termos positivos para determinar a convergência de outros tipos de séries.

Page 24: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

21

5.14. CONVERGÊNCIA ABSOLUTA E CONVERGÊNCIA CONDICIONAL

a)Se ∑∞

=1nn |a| =|a1| + |a2| + |a3| +...+|an| +... converge, dizemos que uma série ∑

=1nna é absolutamente

convergente.

b)Se ∑∞

=1nna converge e |a|

1nn∑

=

diverge, dizemos que ∑∞

=1nna converge condicionalmente

E9) Determine se a série dada é absolutamente convergente.

1) ∑−∞

=

+

1n 2

1n

n

)1( 2) ∑

−∞

=

+

1n

1n

n

)1( 3) ∑

−∞

= −

+

1n 1n

1n

2

)1( 4) ∑

=1n

n3

5) ∑∞

=

+−

1n

1n

n)1(

6) ∑∞

=

+−

1n2

n

n

)1n()1(

Observações:

a)Se ∑∞

=1nna é uma série de termos positivos, então |an | = an , portanto a convergência absoluta coincide

com a convergência.

b) Se uma série infinita ∑∞

=1nna é absolutamente convergente, então ∑

=1nna é convergente.

5.15. TESTE DA RAZÃO

Seja ∑∞

=1nna uma série infinita com an ≠ 0, para todo n.

a) Se n

1n

n aa

lim+

∞→ < 1, então ∑

=1nna converge absolutamente.

b) Se n

1n

n aa

lim +

∞→ > 1 ou

n

1n

n aa

lim +

∞→= ∞ , então ∑

=1nna diverge.

c) Se n

1n

n aa

lim+

∞→= 1, então nenhuma conclusão quanto à convergência pode ser tirada do teste.

E10) Determine se a série dada é absolutamente convergente, condicionalmente convergente ou divergente.

1) ∑∞

=1n !n1 2) ∑

=1n 2n1 3) ∑

=

+−1n

21n

n

!n)1( 4) ∑

=1n n2!n

5) ∑∞

=

+−

1n

1n

n)1(

6) ∑ −∞

=1n

nn

!n3

)1( 7) ∑∞

=1n2

n

n

3 8) ∑

=

+

−−

1n

1n

1n2n

)1(

Observação: O teste da razão é mais adequado quando an contém potências e produtos e não funciona em série -p.

Page 25: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

22

5.16. SÉRIES DE POTÊNCIAS

Série de potências de x é uma série infinita da forma ∑∞

=0n

nn xb = b0 + b1 x + b2 x2 + b3x3 + ... + bnxn + ...

Uma série infinita da forma ∑∞

=

−0n

nn )cx(b = b0 + b1(x-c) + b2(x-c)2 + b3(x-c)3 + ... + bn(x-c)n + ... é uma

série de potências centrada em c.

Quando em uma série de potências a variável for substituída por um número, a série resultante é numérica e pode convergir ou não. 5.17. INTERVALO DE CONVERGÊNCIA

Para cada série de potências ∑∞

=

−0n

nn )cx(b , exatamente uma das seguintes afirmações é verdadeira.

a) A série converge somente quando x = c. c b) A série converge absolutamente para todo x real. ℜ c) Existe um número real positivo R, tal que a série é absolutamente convergente se | x – c | < R e é divergente se | x – c | > R. Neste caso, R é chamado raio de convergência da série e (c – R , c+ R) é o intervalo de convergência da série. c-R c c+R ? ? Procedimento para encontrar o intervalo de convergência de uma série de potências. 1. Aplicar o teste da razão. 2. Resolver a inequação resultante.

3. Analisar os extremos individualmente.

E11) Determine os intervalos de convergência das séries:

1) ∑∞

=1n

n

nx

2) ∑+∞

=0nn3

2n(x-2)n 3) ∑

=0n

n

!nx

4) ∑−∞

=1n

nn

!n)x10(10

5) ∑∞

=0n

nnx 6) ∑ +∞

=0n

n)1x(!n 7) ∑∞

=0n

nx 8) ∑∞

=1n

n

n

x

Page 26: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

23

5.18. FUNÇÕES DEFINIDAS POR SÉRIES DE POTÊNCIAS

Uma série de potências de x pode ser encarada como uma função de variável x, f(x) = ∑∞

=

−0n

nn )cx(b ,

onde o domínio de f é o conjunto dos valores de x que tornam a série convergente. Cálculos numéricos utilizando série de potências são a base para a construção de calculadoras. Cálculos algébricos, diferenciação e integração podem ser realizados com o uso de séries. O mesmo acontece com as funções trigonométricas, trigonométricas inversas, logarítmicas e hiperbólicas. E12) Ache uma função f representada pela série de potências 1 + x + x2 + x3 + ... + xn + ...

E13) Considere o exercício E12 e calcule o valor aproximado de f(1/10)

a) usando os dois primeiros termos da série. b) usando os três primeiros termos da série.

c) usando os quatro primeiros termos da série.

d) usando os cinco primeiros termos da série.

E14) Ca lcule o valor de f(1/10) usando a lei.

E15) Comparando os valores encontrados em E13 e E14, o que se pode concluir ?

E16) Considere o exercício E12 e calcule o valor aproximado de f(2)

a) usando os dois primeiros termos da série. b) usando os três primeiros termos da série.

c) usando os quatro primeiros termos da série.

E17) Calcule o valor de f(2) usando a lei.

E18) Comparando os valores encontrados em E16 e E17, o que se pode concluir ? E19) Considere o exercício E12 e obtenha uma representação em série de potências para

1)g1(x) =x1

1+

2) g2(x) =x1

1−

− 3) g3(x) =2x1

1

Page 27: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

24

5.19. DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE SÉRIES DE POTÊNCIAS

Se f(x) = ∑∞

=

−0n

nn )cx(b está definida no intervalo (c – R , c + R) para algum R > 0, então:

a)f é derivável e f ’(x) = ∑∞

=

−−1n

1nn )cx(nb = ∑

=+ −+

0n

n1n )cx(b)1n( , para todo x ∈(c – R , c + R).

b)f é integrável e ∫x

0dt)t(f = ∑

=

+

+−

0n

1nn

1n)cx(b

, para todo x ∈(c – R , c + R).

E20) Seja f(x) = x1

1−

= ∑∞

=0n

nx , determine:

1) f ’(x) e a série que representa f ’(x) 2) ∫ dx)x(f e a série que representa ∫ dx)x(f

3) ∫2/1

0 dx)x(f e a série que representa ∫2/1

0 dx)x(f

5.20. SÉRIES DE TAYLOR

Se f é uma função que admite uma representação em séries de potências f(x) = ∑∞

=

−0n

nn )cx(b , quem

são os bn ?

f(x) = b0 + b1(x-c) + b2(x-c)2 + b3(x-c)3 + b4(x-c)4 + ... + bn(x-c)n + ... ⇒ f(c) = b0

f ’(x) = b1 + 2b2(x-c) + 3b3(x-c )2 + 4b4(x-c )3 + ... + nbn(x-c)n-1 + ... ⇒ f ’(c) = b1 = 1!b1 e b1 =!1

)c('f

f ’’(x) = 2b2 + 3.2b 3(x-c) + 4.3b4(x-c )2 + ... + n(n-1)bn(x-c)n-2 + ... ⇒ f ’’(c) = 2b2 = 2!b2 e b2 =!2

)c(''f

f ’’’(x) = 3.2b3 + 4.3.2b4(x-c) + ... + n(n-1)(n-2)bn(x-c)n-3 + ... ⇒ f ’’’(c) = 3.2b3= 3!b3 e b 3 =!3

)c('''f

f (IV)(x) = 4.3.2b4 + ... + n(n-1)(n-2)(n-3)bn(x-c)n-4 + ... ⇒ f (IV)(c) = 4.3.2b4 = 4!b4 e b4 =!4

)c(f )IV(

M M M

Logo b0 = f(c) e bn = !n

)c(f )n(

para n ≥1 e portanto f(x) = f(c) + ∑ −∞

=1n

n)n(

)cx(!n

)c(f que é denominada

série de Taylor para f de centro em c, para todo x pertencente ao intervalo de convergência.

Page 28: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

25

Se c = 0, a série de Taylor assume a forma

f(x) = f(0) + f ’(0)x + 2x2!(0)''f

+ 3x3!

(0)'''f+ ... + n

)n(

x!n

)0(f+ ...

que é denominada série de Maclaurin para f. E21) Encontre a série de Taylor de centro em c = 1 para:

1) f(x) = ln x 2) f(x) = ex 3) f(x) =x1

E22) No exercício anterior, para que valores de x a série encontrada representa a função f ?

E23) Encontre a série de Taylor de centro em c = 0 para:

1) f(x) = ln(1+ x) 2) f(x) = e x 3) f(x) = 2xe 4) f(x) = e-2x

5) f(x) = sen x 6) f(x) = sen 2x 7) f(x) = cos x 8) f(x) = 1x

1−

Page 29: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

26

5.21. RESPOSTAS

E1) 1) Conv. S = 2 2) Div. 3) Div.

E2) 1) L++++51

31

32

2 2) L++++651

351

141

21 3) L++++

2019

1211

65

21 4) 2 + 2 + 4 + 8 + 16 + ..

E3) 92 E4) 1) Conv. S = 1 2) Div. 3) Conv. S = 1

E6) 1) Div. 2) Conv. 3)Div. 4) Conv. 5) Div. 6) Conv. E7) 1) Conv. 2) Conv. 3)Div. 4) Conv. 5) Conv. 6) Conv. E8) 1) Div. 2) Conv. 3)Div. 4) Conv. 5) Conv. E9) 1) Conv. Abs. 2) Conv. Cond. 3) Conv. Abs. 4) Div. 5) Conv. Cond. 6) Conv. Cond. E10) 1) Conv. 2) Conv. 3) Div. 4) Div. 5) Conv. Cond. 6) Conv. Abs. 7) Div. 8) Div. E11) 1) [-1,1) 2) (-1,5) 3) ℜ 4) ℜ 5) (-1,1) 6) {-1}

7) (-1,1) 8) [-1,1) E12) f(x) =x1

1−

, (-1,1) E13) a) 1,1 b) 1,11 c) 1,111 d) 1,1111

E14) 1,111... E16) a) 3 b) 7 c) 15 E17) –1 E19) 1) n

0n

n x)1(∑∞

=

− , | x | < 1

2) n

0n

x∑∞

=

− , | x | < 1 3) n2

0n

x∑∞

=

, | x | < 1 E20) 1) f ’(x) =2)x1(

1

− , 1n

1n

xn −∞

=∑

2) – ln (1 – x ) , ∑∞

=1n

n

nx

3) -ln21

, L++++641

241

81

21 E21) 1) ∑

=

− −−

1n

n1n

n)1x()1(

2) ∑∞

=

0n

n

!n)1x.(e

3) n

0n

n )1x()1( −−∑∞

=

E22) 1) (0,2] 2) ℜ 3) (0,2)

E23) 1) ∑∞

=

+−

1n

n1n

nx)1(

2) ∑∞

=0n

n

!nx

3) ∑∞

=0n

n2

!nx

4) ∑∞

=

0n

nn

!nx.)2(

5) ∑∞

=

−+

−−

1n

1n21n

)!1n2(x)1(

6) ∑∞

=

−+

−−

1n

1n21n

)!1n2()x2()1(

7) ∑∞

=

0n

n2n

)!n2(x.)1(

8) n

0n

x∑∞

=

Page 30: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

27

6. OS CONJUNTOS 2

ℜ E 3

6.1. O CONJUNTO 2

2ℜ = ℜℜx = { }ℜ∈y,x/)y,x( y y1 P(x1,y1) P(x,y) ∈Ox ⇔ y = 0 P(x,y) ∈Oy ⇔ x = 0 0 x1 x E1) Represente graficamente os conjuntos:

1) {(x,y) 2ℜ∈ / y = 2x} 2) {(x,y) 2ℜ∈ / y 2x≥ } 3) {(x,y) 2ℜ∈ / x < 2} 4) {(x,y) 2ℜ∈ / y < 3 - x} 5) {(x,y) 2ℜ∈ / 2y1 <≤ } 6) {(x,y) 2ℜ∈ / x2 + y2 ≥ 1}

7) {(x,y) 2ℜ∈ / y < e x }

6.2. O CONJUNTO 3

3ℜ = ℜℜℜ xx = { }ℜ∈z,y,x/)z,y,x( z yOz P(x,y,z) ∈Ox ⇔ y = z = 0 z1 P(x,y,z) ∈Oy ⇔ x = z = 0 P (x1,y1,z1) P(x,y,z) ∈Oz ⇔ x = y = 0 xOz O y1 y P(x,y,z) ∈xOy ⇔ z = 0 x1 P(x,y,z) ∈xOz ⇔ y = 0 xOy P(x,y,z) ∈yOz ⇔ x = 0 x E2) Represente graficamente os pontos:

1) (0,2,0) 2) (-2,0,0) 3) (0,0,3) 4) (2,3,0) 5)(-1,0,2) 6) (0,-4,2) 7) (2,3,4) 8) (3,-2,-1) 9) (-1,-3,2) 10) (3,3,3) 11) (2,4,-3) 12) (-1,-2,-3)

E3) Represente graficamente os planos(equação de um plano do 3ℜ : ax + by + cz + d = 0):

1) z = 0 2) z = 4 3) y = 0 4) y = -2 5) x = 0 6) x = 3 7) 2x –3y + 4z – 12 =0 8) x – y + 2z – 4 = 0 9) 3x + 2y – 6 = 0 10) x + z – 2 = 0 11 ) 4y + 2z – 8 = 0

Page 31: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

28

7. FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS

7.1. INTRODUÇÃO Quando dizemos que a medida do volume de um paralelepípedo retângulo depende das medidas das suas dimensões, queremos dizer que: conhecidas as medidas das arestas a, b e c, podemos determinar o seu volume V, através da expressão V = abc . A equação V = abc define V como função de a, b e c, pois dados os valores das variáveis independentes a, b e c , existe em correspondência um único valor para a variável dependente V. Uma relação deste tipo é denominada de função de três variáveis. Uma função de n variáveis é uma relação que a cada n-upla ordenada de números reais (x1 ,x2,...,xn ) faz corresponder um único número real. E1) Seja a função dada f(x,y) = x2 + y2 (duas variáveis). Encontre: a) f(1,2) b) f(0,0) c) f(-3,-4) d) Dom f e) Im f O gráfico de f é uma superfície do 3ℜ (parabolóide abaixo). z Observação: As funções de três ou mais variáveis não podem ser representadas graficamente. 0 y x

E2) Seja a função dada por f(x,y,z) = 222 zyx ++ . Determine: 1) f(0,0,0) 2) f(-1,-1,1) 3) f(1,2,3) 4) Dom f 5) Im f

E3) Seja a função dada por f(x,y) =xy

x3−

. Determine:

1) f(1,0) 2) f(3,-7) 3) f(1,-1) 4) Dom f 5) a representação gráfica do Dom f

E4) Seja f(x,y) =yx

12 −

. Determine:

1) f(1,0) 2) f(3,-7) 3) f(1,-1) 4) Dom f 5) a representação gráfica do Dom f

Page 32: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

29

E5) Represente graficamente os domínios das seguintes funções :

1) f(x,y)= 1yx −+ 2) 1yx2

1)y,x(f

+−= 3) f(x,y)= ln (x2- y + 1) 4) f(x,y) =

1xxln

7.2. CURVAS DE NÍVEL Ck = { }k)y,x(f/)y,x( 2 =ℜ∈ Seja a função dada por z= x2 + y2 . As curvas de nível para z = 0 , z =1 , z = 2 e z = 4 são : z=0 ⇒ x2 + y2 = 0 (x = y = 0 ) z=1 ⇒ x2 + y2 = 1 (circunferência de centro C(0,0) e raio 1 ) z=2 ⇒ x2 + y2 = 2 (circunferência de centro C(0,0) e raio 2 ) z=4 ⇒ x2 + y2 = 4 (circunferência de centro C(0,0) e raio 2 ) Mapa de curvas de nível y

2 z =4

2 z = 2 1 Observação: As curvas de nível nunca z = 1 se interceptam. z=0

-2 - 2 -1 00 1 2 2 x -1 - 2 -2 Gráfico da Função (parabolóide) z y x

Page 33: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

30

E6) Esboce as curvas de nível das funções: 1) z = y - x2 para z = 0, z =1 e z =2 2) z = y – x para z = 0, z =2 e z =4 3) z = y – ln x para z = 0, z =1 e z =2

E7) Seja a função dada por z = 22 yx4 −−

1) Faça as curvas de nível para z = 0, z = 1 e z = 2 2) Represente graficamente a função 7.3. RESPOSTAS E1) 1) 5 2) 0 3) 25 4) 2ℜ 5) ),0[ +∞

E2) 1) 0 2) 3 3) 14 4) 3ℜ 5) ),0[ +∞

E3) 1) – 3 2) –109 3)

23

− 4) }xy/)y,x{( 2 ≠ℜ∈

E4) 1) 1 2) 41

3) 22

4) }xy/)y,x{( 22 <ℜ∈

E5) 1) }1xy/)y,x{( 2 +−≥ℜ∈ 2) }1x2y/)y,x{( 2 +≠ℜ∈ 3) }1xy/)y,x{( 22 +<ℜ∈ 4) }1xe0x/)y,x{( 2 ≠>ℜ∈

Page 34: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

31

8. DERIVADAS PARCIAIS

Se y = f(x) é uma função de uma variável real, sua derivada f ’(x) =x

)x(f)xx(flim

0x ∆−∆+

→∆ pode ser

interpretada como a taxa de variação de y em relação a x ou como a função declividade da reta tangente ao gráfico de f. Se z = f(x,y) é uma função de duas variáveis, podemos falar em duas derivadas, por isso, denominadas derivadas parciais. Uma derivada parcial é obtida quando x varia e y permanece constante e, a outra, quando y varia e x permanece constante.

As derivadas parciais de f em relação a x e a y são denotadas por fx ou xf

∂∂ e fy ou

yf

∂∂

e são definidas

por fx(x,y) =x

)y,x(f)y,xx(flim

0x ∆−∆+

→∆ e fy(x,y) =

y)y,x(f)yy,x(f

lim0y ∆

−∆+→∆

Nota: ∂ é uma variante da letra grega δ (delta minúsculo).

E1) Determine as derivadas parciais xz

∂∂ e

yz

∂∂

das funções:

1) z = 4x2y – 5x3y2 + 2x – y 2) z = yx 3) z = ln(xy 2) 4) z = 1yx 22 −+

5) z = y2x3

xy2−

6) z = y4x

y3x22 +

− 7) z = (2x – y)exy 8) z = 2x2ysen 2y

9) z = 2xcos (1-xy) 10) z = y21

x1

− + ln exy

8.1. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DAS DERIVADAS PARCIAIS Considere a superfície abaixo, gráfico de uma função z = f(x,y). Para y = k (constante) a função f se reduz a uma função de uma variável x, z = f(x,k). z t z = f(x,y) P y1= k 0 y x1 x z= f(x,k) Portanto, a derivada parcial de f em relação a x no ponto (x1,y1) representa a declividade da superfície no

ponto (x1,y1) na direção paralela ao eixo x, isto éxf

∂∂ (x1,y1) = at

Page 35: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

32

Analogamente , a derivada parcial de f em relação a y no ponto (x1,y1) representa a declividade da

superfície no ponto (x1,y1) na direção paralela ao eixo y, isto éyf

∂∂

(x1,y1) = at

E2) Encontrar a declividade da reta tangente à curva resultante da intersecção de: 1) z = x2 + y2 com o plano x = 1, no ponto ( 1,2,5) 2) z = x2 + y2 com o plano y = 2, no ponto (2,2,8)

3) z = 22 y4x934 −− com o plano y = 2, no ponto (1,2,3)

E3) Dada a função f(x,y) = ,yx

1y

22

2

++ determine :

1) o domínio de f 2) fx(3,4) 3) fy(3,4) 4) a declividade da reta tangente à curva intersecção do gráfico de f com o plano x = 3 no ponto (3,4). 8.2. DERIVADAS PARCIAIS DE SEGUNDA ORDEM

Derivadas puras: xx2

2

fx

fxf

x=

∂∂=

∂∂

∂∂

; yy2

2

fy

fyf

y=

∂=

∂∂

∂∂

Derivadas mistas ou cruzadas: yx

2

fyxf

yf

x=

∂∂∂

=

∂∂

∂∂

; xy

2

fxyf

xf

y=

∂∂∂=

∂∂

∂∂

E4) Determinar as derivadas parciais de segunda ordem das funções dadas por:

1) z = x2y – xy2 + 2x – y 2) z = xy 3) z = ln(xy) 4) z = 2xye− 5) z =

xy2

6) z = x3y2 7) z = xe -y 8) z = xsen 2y 9) z = cos (x2-y) 10) z = xln exy Observação: As derivadas parciais de segunda ordem mistas, são iguais para funções continuas com derivadas parciais continuas. 8.3. HESSIANO

Chama-se Hessiano da função z = f(x,y) a função H(x,y) = )y,x(f)y,x(f

)y,x(f)y,x(f

yyyx

xyxx

Page 36: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

33

E5) Calcule o Hessiano da função dada por: 1)f (x,y) = x3 – y3 + 2xy – 1 no ponto (2,-1) 2) f(x,y) = x2y3 + 2xy – 4x + 3y – 5 no ponto (-1,-1) 8.4. RESPOSTAS

E1) 1) 8xy – 15x2y2 + 2 ; 4x2 – 10x3y – 1 2) y ; y2

x 3)

x1

; y2

4)1yx

x22 −+

; 1yx

y22 −+

5)2

2

)y2x3(y4

−−

; 2

2

)y2x3(x6

6) 22

2

)y4x(y8xy6x2

+++−

; 22

2

)y4x(

x8x3

+

−− 7)exy(2xy – y2 + 2) ; exy(2x2 – xy – 1)

8) 4xysen 2y ; 2x2(sen 2y + 2ycos 2y) 9) 2cos(1-xy) + 2xysen(1-xy) ; 2x2sen(1-xy)

10) yx1

2+− ; x

y21

2+

E2) 1) 4 2) 4 3) -3

E3) 1) )}0,0{(2 −ℜ 2)125

3− 3)

125996 E4)

125996

E4) 1) 2y ; -2x ; 2x – 2y 2) 0 ; 0 ; 1 3)2x

1− ;

2y1

− ; 0

4)2xy4ey − ; )1xy2(xe2 2xy2

−− ; )yxy(e2 3xy2−− 5)

3xy4 ; 0 ;

2x2

− 6) 6xy2 ; 2x3 ; 6x2y

7) 0 ; xe -y ; -e-y 8) 0 ; -4xsen 2y ; 2cos 2y 9) –2sen(x2-y) – 4x2cos(x2 – y) ; -cos(x2 – y) ; 2xcos(x2 – y) 10) 2y ; 0 ; 2x E5) 1) 68 2) -4

Page 37: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

34

9. MÁXIMOS E MÍNIMOS DE FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS

Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis. Dizemos que um ponto (xo,yo) do domínio de f é ponto de máximo relativo ou local de f, se existir uma bola aberta de centro em (xo,yo) e raio r tal que, para todo ponto P(x,y) do domínio situado no interior dessa bola, tenhamos f(x,y) ≤ f(xo,yo). O número f(xo ,yo) recebe o nome de máximo relativo ou local de f. Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis. Dizemos que um ponto (xo,yo) do domínio de f é ponto de mínimo relativo ou local de f, se existir uma bola aberta de centro em (xo,yo) e raio r tal que, para todo ponto P(x,y) do domínio situado no interior dessa bola, tenhamos f(x,y) ≥ f(xo,yo). O número f(xo,yo) recebe o nome de mínimo relativo ou local de f. z (a,b) é ponto de máximo relativo de f (c,d) é ponto de mínimo relativo de f d b y a c x Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis. Dizemos que um ponto (xo,yo) do domínio de f é ponto de máximo absoluto ou global de f, se para todo ponto P(x,y) do domínio, tivermos f(x,y) ≤ f(xo,yo). O número f(xo ,yo) recebe o nome de máximo absoluto ou global de f. Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis. Dizemos que um ponto (xo,yo) do domínio de f é ponto de mínimo absoluto ou global de f, se para todo ponto P(x,y) do domínio, tivermos f(x,y) ≥ f(xo,yo). O número f(xo ,yo) recebe o nome de mínimo absoluto ou global de f.

Page 38: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

35

9.1. PONTO CRÍTICO DE UMA FUNÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS Seja z = f(x,y) uma função definida num conjunto aberto D 2ℜ⊂ . Um ponto (xo,yo)∈D é um ponto de f se as derivadas parciais fx(xo ,yo) e fy(xo,yo) são nulas(extremos suaves) ou não existem(extremos bruscos). Geometricamente, são pontos do gráfico da função onde o plano tangente é horizontal ou não existe. E1) Encontre os pontos críticos das funções:

1) f(x,y) = x2 + y2 2) f(x,y) = x3 + y3 – 3x2 –3y 3)f(x,y) = 4x – 2y + 4 4)f(x,y) = 22 yx +

9.2. CRITÉRIO PARA CARACTERIZAÇÃO DE PONTOS EXTREMANTES TESTE DO HESSIANO Seja z = f(x,y) uma função continua, com derivadas parciais até segunda ordem continuas e (xo,yo) um ponto crítico de f. a)Se H(xo,yo) > 0 e fxx(xo,yo) > 0 então (xo,yo) é ponto de mínimo relativo de f. b) Se H(xo ,yo) > 0 e fxx(xo,yo) < 0 então (xo,yo) é ponto de máximo relativo de f. c) Se H(xo ,yo) < 0 então (xo,yo) não e ponto extremante, é ponto de sela. d) Se H(xo ,yo) = 0, nada se pode afirmar. E2) Determine e caracterize os pontos extremantes das funções: 1)f(x,y) = 3x4 + 8x3 - 18x2 + 6y2 + 12y – 4 2) f(x,y) = x2 + y2 – 2x + 1

3) f(x,y) = x3 + 3xy + y2 – 2 4) f(x,y) = 8x3 - 3x2 + y2 + 2xy + 2

5) f(x,y) = 3x2 + y2 – xy + 5 6) f(x,y) = x3 + y2 – 6xy + 6

7) f(x,y) = x3 + 2y2 – 3x – 4y – 8

Page 39: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

36

9.3. MÁXIMOS E MÍNIMOS CONDICIONADOS Seja z = f(x,y) a função da qual se quer determinar o máximo ou mínimo sujeito à condição R(x,y) = 0. z z máx de f sem restrição máx de f com restrição restrição R 0 y 0 y x x 1. MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO.

Consiste em substituir x (ou y) obtido a partir da restrição R(x,y) = 0, na função f. Obtém-se dessa forma uma função de uma só variável, e o problema se reduz à determinação de máximos e mínimos da função de uma variável. E3) Seja L(x,y) = -2x2 - y2 + 32x + 20y a função lucro de uma indústria que produz e comercializa dois produtos em quantidades x e y. Calcular o lucro máximo, sabendo que a produção da indústria é limitada em 24 unidades. 2. MÉTODO DOS MULTIPLICADORES DE LAGRANGE.

Consiste em construir a função de Lagrange L(x,y, λ ) = f(x,y) - λ R(x,y) e resolver o sistema

=

=∂∂

=∂∂

0)y,x(R

0yL

0xL

Os possíveis pontos extremantes de f sujeita a restrição R(x,y) = 0 são os pontos (x0 ,y0) tais que (x0 ,y0, λ ) são soluções do referido sistema.

E4) Deseja-se cercar um terreno retangular de área 60 m2, de modo que o custo para cercar as laterais seja R$ 300,00 por metro linear e o custo para cercar a frente e o fundo seja de R$ 500,00 por metro linear. Determine as dimensões do terreno de tal modo que o custo para cercá-lo seja o menor possível. Nesse

caso, qual o custo mínimo para cercá-lo ?

Page 40: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

37

E5) Ache o ponto de máximo ou de mínimo das funções a seguir:

1)f(x,y) = x2 + y2 , sujeito a x + y – 4 = 0 2)f(x,y) = 2x + y – 10 , sujeito a xy = 200

3)f(x,y) = 9 - x2 - y2 , sujeito a x + y – 2 = 0 4) f(x,y) = 2/12/1 yx , sujeito a 2x + 10y = 60

E6) Suponha que a função Produção para uma empresa é z = 2/12/1 yx10 e que a função Custo associada é

C = 2x + 2y + 10. Suponha, ainda, que o fabricante limita seu custo em 46 e decida em que ponto se tem a produção máxima com o custo fixado em 46.

9.4. RESPOSTAS

E1) 1) (0,0) 2) (0,-1),(0,1),(2,-1) e (2,1) 3) Não tem 4) (0,0) E2) 1) (0,-1) é ponto de sela , (1,-1) e (-3,-1) são pontos de mínimo 2) (1,0) é ponto de mínimo

3) (0,0) é ponto de sela; )49

,23

( − é ponto de mínimo

4) (0,0) é ponto de sela; )31

,31

( − é ponto de mínimo 5) (0,0) é ponto de mínimo

6) (0,0) é ponto de sela ; (6,18) é ponto de mínimo 7) (-1,1) é ponto de sela ; (1,1) é ponto de mínimo E3) 204 E4) 10 m, 6 m e R$ 12000,00 E5) 1) (2,2) 2) (10,20) 3) (1,1) 4) (15,3) E6) (9,9)

Page 41: Calculo II - Resumo Com Exerc_cios

38

10. BIBLIOGRAFIA ANTON, Howard. Cálculo: um novo horizonte. 6.ed. Porto Alegre : Bookman, 2000. 2 v. ÁVILA, Geraldo. Cálculo 1: Funções de uma variável. 6.ed. Rio de Janeiro : LTC, 1994. __________. Cálculo 2: Funções de uma variável. 5.ed . Rio de Janeiro : LTC, 1995. __________. Cálculo 3: Funções de uma variável. 5.ed. Rio de Janeiro : LTC, 1995. EDWARDS, C, PENNEY, David. Cálculo com geometria analítica. 4.ed. Rio de Janeiro : Prentice-Hall do Brasil, 1997. v.1 e v.2. __________. Calculus with analytic geometry. 5.ed. Rio de Janeiro : Prentice-Hall, 1998. HARRIS, K., LOPEZ, R. Discovering calculus with Maple. 2.ed. New York : John Wiley & Sons, Inc, 1995. LEITHOLD, Louis. O cálculo com geometria analítica. 2.ed. São Paulo : Harper & Row do Brasil, 1982. SALLAS, S., HILLE, E. Calculus. One variable. 7.ed New York : John Willey & Sons, Inc, 1995. SHENK, Al. Cálculo e geometria analítica. 2.ed. Rio de Janeiro : Campus, 1985. v. 1 SILVA, Jaime Carvalho e. Princípios de análise matemática aplicada. Alfragide : McGraw-Hill de Portugal, 1994. SIMMONS, George F. Cálculo com geometria analítica. São Paulo : McGraw -Hill, 1987. SWOKOWSKI, Earl William. Cálculo com geometria analítica. 2.ed. São Paulo : Makron Books, 1994. v.1 WESTERMANN, Thomas. Mathematik für ingenieure mit Maple. Karlsruhe : Springer, 1996.