Camila de Oliveira Barbosa

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Universidade Presbiteriana Mackenzie Curso de letras Metodologia de Ensino de Língua Inglesa Nomes: Camila de Oliveira Barbosa Abril 2015 Resenha do livro HANNA, Vera L. Harabagi. Línguas estrangeiras: o ensino em um contexto cultural. São Paulo: Editora Mackenzie. 2012. (Coleção Conexão Inicial; v.2)

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Universidade Presbiteriana Mackenzie

Curso de letras

Metodologia de Ensino de Língua Inglesa

Nomes: Camila de Oliveira BarbosaAbril 2015

Resenha do livro

HANNA, Vera L. Harabagi. Línguas estrangeiras: o ensino em um contexto cultural. São Paulo: Editora Mackenzie. 2012.

(Coleção Conexão Inicial; v.2)

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Introdução

Hoje não se fala mais no ensino de língua estrangeira sem pensar em cultura, em um mundo globalizado e com a chegada da internet, cada vez é mais fácil criar situações onde o discente de inglês consiga contato com um nativo da língua o que torna o aprendizado ainda mais efetivo por trazer com a língua o contexto de uso. Nos capítulos a seguir, teremos uma amostra do tipo de abordagem que vem sendo adotada ultimamente no processo de ensino aprendizagem.

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Capítulo 4

Interação e criatividade num ambiente comunicativo

p. 57-67

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A melhor maneira de se aprender a interagir é por meio da própria interação

Interação e criação consistem em uma troca colaborativa que resulta em um efeito recíproco e se constituem por atos complementares num espaço de ensino-aprendizagem comunicativo. O desenvolvimento das quatro habilidades básicas no aprendizado de língua estrangeira - ouvir, falar, ler e escrever – torna-se mais expressivo à proporção que houver oportunidade de se produzir linguagem verdadeira por meio de trabalhos em pares ou em grupos com temas inseridos em contextos do mundo real para que os discentes escrevam para audiências reais .

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Nesse contexto, o papel do professor é o de iniciador da interação, além de intermediário do processo de aprendizagem.

Para que aconteçam atos de comunicação bem sucedidos, é preciso que todos os elementos que os constituem – gramatical, discursivo, sociolinguístico, pragmático e estratégico – estejam envolvidos, pois direta e conjuntamente levam ao diálogo.

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Texto autêntico, material autêntico, autenticidade

A inclusão da concepção de competência comunicativa em abordagens de ensino de línguas estrangeiras mudou o paradigma da exclusividade do conhecimento de estruturas linguísticas, de modo que a comunicação contextualizada passou a ter prioridade.

Nesse caso, as terminologias texto autêntico, material autêntico e autenticidade entram em uso.

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Texto autêntico:

Refere-se a todo texto que foi criado para preencher algum propósito cultural na língua da comunidade em que foi produzido, trata-se de um texto flexível, concebido para transmitir uma mensagem real.

Oferecem aos alunos a chance de interpretar as mais diversas situações sociais num ambiente cultural díspar.

São geralmente textos que não foram criados para fins pedagógicos mas que devem ser levados a sala de aula já que neles a língua é usada em comunicação natural.

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Os textos autênticos e a contextualização sociocultural

Uma das maneiras de o professor ter oportunidade de trabalhar a contextualização sociocultural é fazendo uso de textos autênticos porém, verifica-se que isso pode originar certa resistência por parte dos docentes pelos desafios a serem enfrentados como:

Pesquisa constante;

Seleção do material;

escolha dos tópicos a serem tratados.

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A crescente necessidade de desenvolver não somente a competência comunicativa, como também a competência cultural no ensino de línguas traz sérias dificuldades a docentes e discentes, debates sobre a noção de autenticidade e utilização de textos autênticos vêm mudando de rumo nas últimas décadas e nesse contexto, é inquestionável o fato de a mídia eletrônica ser apontada como uma das causas da mudança paradigmática no ensino de língua.

Noções de interação encontram maior ressonância quando o foco do ensino de línguas dirige-se à aplicação de material autêntico integrado às tecnologias de informação e comunicação, mais conhecidas telo acrônimo TIC.

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Linguagem autêntica e fontes autênticas :

Devem ser empregadas em aulas de língua estrangeira desde o início do aprendizado, sempre que possível, em conjunto com material criado e indicado para o propósito pedagógico.

É preciso ressaltar que o professor promove uma prática cooperativa e centrada no aluno o que conduz a autonomia no aprendizado.

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Projetos de trabalho

Corroborando os princípios já mencionados deve-se acrescentar ainda, a importância da inclusão do aprendizado de línguas baseado em projetos de trabalho onde:

Os alunos têm maior responsabilidade em seu próprio aprendizado;

O aprendizado possui uma abordagem de ensino em que são apresentados problemas que os alunos terão de decidir como solucionar por meio de situações que exigem uso autêntico da língua.

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Abordagem comunicativa: construção social do método

Conforme se observou até aqui, a comunicação real como centro das atividades na Abordagem Comunicativa, acompanhada do caráter pragmático que apresenta, levou-a a ocupar o lugar de metodologia mais aceita desde a de Gramática e Tradução; Há concordância entre os linguistas que, pelo fato de ocorrer interação entre aprendizes e professores , por sua vez, destes com o material, indicam tal processo não como um método ou abordagem, mas sim como uma construção social do método.

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A era pós-método

A noção do termo condição pós-método reconhece, definitivamente, o potencial do professor, distingue-o como um agente autônomo dentro das restrições acadêmicas e administrativas impostas pela instituição e pelos livros-texto. Mais importante que seguir e obedecer a uma abordagem, é o fato de o professor impetrar sua própria abordagem de ensino, relacionando como tendências inatas ao professor a autonomia, o pragmatismo, a reflexibilidade, a plausibilidade, no sentido de trazer a língua para um contexto real.

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A formulação de pós-método torna-se mais clara ao se observar a classificação oferecida por Kumaravadivelu (2006), que o encarava como um sistema tridimensional que consiste nos seguintes parâmetros pedagógicos: Particularidade - refere-se a um grupo particular de

professores ensinando a um grupo particular de alunos com determinado fim, dentro de um contexto institucional particular em um ambiente sociocultural particular.

Praticabilidade - acontece quando existe união entre ação e pensamento, ou melhor, quando há ação no pensamento e pensamento na ação. Nesse sentido, o parâmetro da praticabilidade se transforma no parâmetro da possibilidade.

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Possibilidade - origina-se da filosofia do educador brasileiro Paulo Freire, como indica o autor, que enfatiza a importância do conhecimento da identidade individual dos alunos e do professor.

Com entendimento, professores autônomos destacarão, em ambientes de ensino comunicacionais, conteúdos que deverão refletir a cultura local e a(s) culturas(s) da língua-alvo; o local e o global se fazem presentes em situação dialógica.

*Na era pós-método, não seria necessário lembrar que a língua e cultura são inseparáveis.

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Capítulo 5

Algumas questões comunicacionais para o terceiro milênio

p. 71 - 78

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Para início de conversa ...

A necessidade de aprender línguas num mundo globalizado é também reconhecer que o principal papel da tecnologia é o de gerar novos fluxos comunicacionais em processos globais informatizados. Sob esse aspecto, olhar para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras num enfoque comunicacional-cultural, conforme se tem feito, torna-se ainda mais decisivo.

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Com isso surge um novo idioma, o Globish ou inglês como língua franca ou dialeto do milênio.

De forma radical podemos dizer que desconhecer línguas, hoje, sobretudo a inglesa, significa ser analfabeto na modernidade-mundo, o que sugeriria uma nova fronteira de exclusão.

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Globalização, cultural e línguas: Glocalização, o global e o local

O neologismo glocal – glocalização, glocalismos, glocalidade – refere-se à dimensão local em termos de produção de uma cultura global. Debates sobre se tal processo levaria ao apagamento ou à diminuição da diversidade cultural em favor da difusão de uma cultura global levaram a se pensar sobre glocalismos.

Glocalização - surge com a ideia de ajudar a eliminar o medo do aniquilamento das diferenças que a globalização provocaria.

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Numa conjuntura de célere crescimento intercomunicacional via rede mundial de computadores, exige-se que os interlocutores compreendam que aqueles que participam ativamente desse processo poderão ser reconhecidos como falantes interculturais ou falantes transnacionais, mediadores entre culturas, etnógrafos da comunicação. Reconhece-se, em primeiro lugar, uma real possibilidade de que outras línguas venham a associar-se à língua inglesa para então sinalizar que ela atravessa um processo de mudança.

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Tal processo é mais facilmente entendido quando Crystal avalia o número de falantes do inglês no mundo, todos que a usam tem direito e são responsáveis por seu futuro.

É oportuno destacar que localismos estão presentes nos “novos ingleses” que são línguas locais sobrepostas ao inglês assim como Spanglish em grande realce – revelação linguística de forte influência da língua espanhola, além disso, é o único com algum registro escrito em dicionário, contos publicados e cadeira em várias universidades americanas.

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O ciberespaço e o ensino de línguas

Para que se compreenda o contexto do ensino de línguas estrangeiras neste cenário revolucionário, é importante que se promova a comunicação na língua-alvo desde o início do aprendizado. A exigência do conhecimento das nuances culturais da língua obriga os interlocutores a interpretá-las e acomodá-las às variações situacionais.

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O ensino de línguas assistido por computador:

É referir-se a um campo específico de pesquisa que evoluiu rapidamente e tem sido alvo de interesse de linguistas aplicados no mundo todo.

As tecnologias que apoiam as abordagens cognitivas permitem ao aprendiz o máximo de oportunidade de exposição à língua em contextos significativos e que o leva a construir seu próprio conhecimento.

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Em contraste com esta, as abordagens sociocognitivas enfatizam o aspecto social da aquisição da linguagem, ou seja, os alunos devem estar expostos não somente à linguística, mas a uma interação social autêntica, aquela que terão “ fora de sala de aula”.

Vale assinalar que o Ensino de Línguas Assistido por Computador atravessou 3 fases distintas: Primeira: o computador funcionava como um tutor. Segunda: o computador além de tutor, passa a

exercer um papel de estimulador das atividades. O computador não disputaria espaço com outros materiais, mais relevante que isso, incitaria, de várias formas, o aprendiz a usar e entender a língua.

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Terceira: a Comunicação Mediada por Computador (CMC) é percebida como potencial de prática num contexto motivador.

A CMC permitiria, pela primeira vez, que estudantes de línguas estrangeiras se comunicassem direta e inteiramente com falantes nativos. Assim sendo, os professores de língua estrangeira passaram a estar atentos sobre a necessidade de ampliar o alcance das atividades. Um dos pontos mais importantes a destacar é que a web proporciona o exercício da mundialização oferecendo oportunidade para o desenvolvimento de um aprendizado autônomo.

Sendo assim, o binômio língua – cultura jamais esteve tão intrincado e em evidência na educação linguística.

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Conclusão

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Podemos concluir que é necessário trabalhar na abordagem do idioma no processo de ensino aprendizagem trazendo mais do que livros pedagógicos, trazendo aos alunos a oportunidade de aprender em um contexto real, ver a língua além de palavras. Não se é possível hoje falar de ensino de língua estrangeira sem pensar em cultura, para tanto, têm se incorporado em sala de aula textos autênticos, ou seja, textos e situações que se aproximem do uso natural da língua.Em um mundo globalizado, quem não fala língua estrangeira pode ser visto hoje em dia como analfabeto.