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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA E AQUICULTURA CAMILO EMMANUEL VIANA AMOR DIVINO ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE ESPÉCIES DE PEIXES COM OCORRÊNCIA NO ESTUÁRIO DO RIO VAZA- BARRIS, SERGIPE. São Cristóvão - SE 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA E AQUICULTURA

CAMILO EMMANUEL VIANA AMOR DIVINO

ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE ESPÉCIES DE

PEIXES COM OCORRÊNCIA NO ESTUÁRIO DO RIO VAZA-

BARRIS, SERGIPE.

São Cristóvão - SE

2015

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CAMILO EMMANUEL VIANA AMOR DIVINO

ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE ESPÉCIES DE

PEIXES COM OCORRÊNCIA NO ESTUÁRIO DO RIO VAZA-

BARRIS, SERGIPE.

Trabalho apresentado ao Departamento

Engenharia de Pesca e Aquicultura como

requisito à conclusão do Curso de

Engenharia de Pesca da Universidade

Federal de Sergipe para obtenção do grau

de bacharel em Engenharia de Pesca. Sob

a orientação do Prof. Dr. Roberto Schwarz

Junior.

São Cristóvão - SE

2015

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Dedico este trabalho em especial a meus pais, minha filha, minha sobrinha (in memorian) e a meus

irmãos como também a todos que vêm na Engenharia de Pesca uma oportunidade para mudar mundo.

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“Seja humilde, pois até o sol

com toda sua grandeza se põe e

deixa a lua brilhar”. Bob

Marley

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RESUMO

Pouco se conhece sobre a composição, abundância e estrutura da ictiofauna Do que diz

respeito ao estuário do Rio Vaza-Barris, fazendo-se necessário a condução de um

acompanhamento sistematizado deste ecossistema no que diz respeito ao levantamento e a

dinâmica de ocorrência de peixes, fornecendo subsídios para o entendimento da utilização

destas áreas pela comunidade e para implantação de possíveis planos de manejo. A falta de

informações acerca da ictiofauna marinha e estuarina do estado de Sergipe remete à

necessidade da criação de um banco de dados e de um acervo visual das espécies com

ocorrência nestes ecossistemas. O plano de trabalho visou a criação de um acervo

informativo-visual das espécies capturadas no estuário do Rio Vaza-Barris durante um ano de

amostragens ictiofaunísticas realizadas ao longo de todo o sistema estuarino, desde sua porção

inferior até sua porção superior. Dessa forma, este estudo buscou de forma inédita fazer um

acompanhamento no sistema estuarino do Rio Vaza-Barris, catalogando as espécies de peixes

que vivem nesse habitat, armazenando e disponibilizando dados que permitam melhores

informações para manejo, seja de pesca, programas de turismo ou mesmo para embasar

políticas públicas de preservação ambiental. Os resultados demonstram que foram capturadas

cem espécies, distribuídas quinze ordens, quarenta e uma famílias e setenta gêneros.

PALAVRAS-CHAVES: rio Vaza-Barris. Catálogo. Ictiofauna. Estuário.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa da localização dos pontos de amostragem da ictiofauna no estuário do rio Vaza-Barris,

Sergipe. .................................................................................................................................... 3

Figura 2: Amostragem com a rede de arrasto do tipo “picaré” junto à margem no estuário do rio Vaza-

Barris (Coleta realizada em 22/12/2011).................................................................................... 4

Figura 3: Embarcações utilizados no deslocamento para os pontos amostrais. ............................ 5

Figura 4: Exemplares capturados em um arrasto experimental ................................................... 5

Figura 5: Acondicionamento dos exemplares em sacos plásticos ............................................... 6

Figura 6: Identificação das amostras para posterior análise. ....................................................... 6

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Sumário

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

2 METODOLOGIA ................................................................................................................ 3

2.1 ÁREAS DE ESTUDO ..................................................................................................... 3

2.2 PROGRAMA DE AMOSTRAGEM ................................................................................ 4

2.3 PROCESSAMENTO DO MATERIAL EM LABORATÓRIO ........................................ 7

2.4 ELABORAÇÃO DO CATÁLOGO. ................................................................................ 8

3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 9

3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 9

3.2 Objetivo específico .......................................................................................................... 9

4 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 10

5 RESULTADOS .................................................................................................................. 11

Achirus declivis (Chabanaud, 1940).................................................................................... 11

Achirus lineatus (Linnaeus, 1758) ....................................................................................... 12

Albula vulpes (Linnaeus, 1758) .......................................................................................... 13

Alphestes afer (Bloch, 1793) .............................................................................................. 15

Aluterus schoepfii (Walbaum, 1792) ................................................................................... 16

Anchoa parva (Meek & Hildebrand, 1923) .......................................................................... 17

Anchoa tricolor (Spix & Agassiz, 1829) .............................................................................. 18

Anchoa januaria (Steindachner, 1879) ............................................................................... 19

Anchovia clupeoides (Swainson, 1839) ................................................................................ 20

Anchoviella lepidentostole (Fowler, 1911) ........................................................................... 21

Astroscopus y-graecum (Cuvier, 1829) ................................................................................ 22

Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1825) ................................................................ 23

Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830) ...................................................................................... 24

Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) ...................................................................... 25

Carangoides bartholomaei (Cuvier, 1833).......................................................................... 26

Caranx crysos (Mitchill, 1815) ........................................................................................... 27

Caranx hippos (Linnaeus, 1766) ......................................................................................... 28

Caranx latus Agassiz 1831 ................................................................................................. 30

Centropomus parallelus (Poey, 1860) ................................................................................ 31

Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) ............................................................................ 32

Cetengraulis edentulus (Cuvier, 1829) ............................................................................... 34

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Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782) ........................................................................... 35

Chilomycterus spinosus spinosus (Linnaeus, 1758) .............................................................. 36

Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus, 1766) ...................................................................... 37

Citharichthys arenaceus Evermann & Marsh,1900 ............................................................. 38

Citharichthys macrops Dresel, 1885 ................................................................................... 39

Citharichthys spilopterus Günther, 1862............................................................................. 40

Colomesus psittacus (Bloch & Schneider, 1801) ................................................................. 41

Ctenogobius shufeldti (Jordan e Eigenmann,1887)............................................................... 42

Ctenogobius boleosoma (Jordan & Gilbert, 1882).............................................................. 43

Ctenogobius smaragdus (Valenciennes, 1837)..................................................................... 44

Ctenogobius stigmaticus (Poey, 1860) ................................................................................ 45

Cynoponticus savanna (Bancroft, 1831) ............................................................................. 46

Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830).................................................................................... 47

Cynoscion microlepidotus (Cuvier, 1830) ........................................................................... 48

Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758)............................................................................. 50

Diapterus olisthostomus (Goode and Bean, 1882) ............................................................... 51

Diapterus auratus Ranzani, 1842 ....................................................................................... 52

Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829) .................................................................................... 53

Diplectrum radiale (Quoy & Gaimard, 1824) ..................................................................... 54

Elops saurus Linnaeus, 1766 .............................................................................................. 55

Erotelis smaragdus (Valenciennes, 1837) ........................................................................... 57

Etropus crossotus Jordan & Gilbert, 1882 .......................................................................... 58

Eucinostomus argenteus Baird & Girard, 1855 ................................................................... 59

Eucinostomus gula (Quoy & Gaimard, 1824) ...................................................................... 60

Eucinostomus melanopterus (Bleeker, 1863) ...................................................................... 61

Fistularia petimba Lacepède, 1803 ..................................................................................... 62

Genyatremus luteus (Bloch, 1790) ...................................................................................... 63

Gobionellus oceanicus (Pallas, 1770) ................................................................................. 64

Gobionellus stomatus Starks, 1913 ..................................................................................... 65

Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758) ....................................................................... 66

Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 .................................................................................... 68

Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766) ......................................................................... 70

Lutjanus analis (Cuvier, 1828) ........................................................................................... 71

Lutjanus griseus (Linnaeus, 1758) ...................................................................................... 73

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Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801) ........................................................................... 75

Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) .................................................................................... 76

Lycengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829) ................................................................ 77

Menticirrhus littoralis (Holbrook, 1847)............................................................................. 78

Mugil curema Valenciennes, 1836 ...................................................................................... 79

Mugil curvidens Valenciennes, 1836 .................................................................................. 80

Mugil gaimardianus Desmarest, 1831 ................................................................................ 81

Mugil platanus Gunther, 1880 ............................................................................................ 82

Notarius grandicassis (Valenciennes, 1840) ....................................................................... 84

Oligoplites palometa (Cuvier, 1832) ................................................................................... 85

Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801) .................................................................... 86

Ophichthus parilis (Richardson, 1848) ............................................................................... 87

Ophichthus gomesii (Castelnau, 1855) ................................................................................ 88

Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818) ............................................................................... 89

Paralichthys brasiliensis (Ranzani, 1842) ........................................................................... 90

Peprilus paru (Linnaeus, 1758) .......................................................................................... 91

Platanichthys platana (Regan, 1917) .................................................................................. 92

Polydactylus oligodon (Günther, 1860) .............................................................................. 93

Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758) ........................................................................... 94

Pomacanthus paru (Bloch, 1787) ....................................................................................... 95

Pomadasys crocro (Cuvier, 1830) ...................................................................................... 96

Prionotus punctatus (Bloch, 1793) ..................................................................................... 97

Pseudocaranx dentex (Bloch & Schneider, 1801) ............................................................... 98

Rypticus randalli Courtenay, 1967 ..................................................................................... 99

Scorpaena Isthmensis Meek & Hildebrand, 1928 ............................................................... 100

Selene vomer (Linnaeus, 1758) ......................................................................................... 101

Sparisoma radians (Valenciennes, 1840) .......................................................................... 102

Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900 ................................................................................... 103

Sphoeroides spengleri (Bloch, 1785) ................................................................................ 104

Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) ........................................................................ 105

Sphyraena guachancho Cuvier, 1829 ............................................................................... 107

Stephanolepis hispidus (Linnaeus, 1766) .......................................................................... 108

Strongylura marina (Walbaum, 1792) .............................................................................. 109

Strongylura timucu (Walbaum, 1792) ............................................................................... 110

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Symphurus tessellatus (Quoy & Gaimard, 1824) ............................................................... 111

Syngnathus folletti Herald, 1942 ....................................................................................... 112

Syngnathus pelagicus Linnaeus, 1758............................................................................... 113

Synodus foetens (Linnaeus, 1766) ..................................................................................... 114

Thalassophryne nattereri Steindachner, 1876 ................................................................... 115

Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766) ........................................................................... 116

Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) .............................................................................. 118

Trachinotus goodei Jordan & Evermann, 1896 ................................................................. 119

Trinectes microphthalmus (Chabanaud, 1928) .................................................................. 121

6 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 122

7 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 124

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS ............................................................. 125

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOS RESULTADOS ......................................... 129

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1 INTRODUÇÃO

Os estuários são definidos como ambientes altamente produtivos em função de um

grande aporte de nutrientes nestes sistemas, caracterizando-os como importantes zonas de

berçários de diversas espécies de peixes (LONGHURST e PAULY, 1987; SHERIDAN, 1992;

COSTA et al., 1994, KENNISH, 1986). A grande produtividade primária de sistemas

estuarinos se deve em parte à grande abundância de componentes fotossintetizantes

representados pelo abundante fitoplâncton, além de algas e raízes fixas ao sedimento, bem

como gramíneas aquáticas e ao aporte continental e material alóctone.

Como ecótones, ambiente de transição entre dois biomas diferentes, o ecossistema

marinho e continental, os estuários acabam servindo de abrigo para uma infinidade de

espécies de peixes que procuram suas águas para reprodução, crescimento e também

alimentação, seja como migrantes anádromos ou catádromos (peixes visitantes), bem como de

espécies caracteristicamente residentes (KENNISH, 1986).

A eficiência com a qual os hábitats estuarinos contribuem com o recrutamento e

manutenção de estoques pesqueiros é pouco compreendida, dada a complexidade de ciclos de

vida de muitas das espécies que encontramos nestes ambientes (SECOR e ROOKER, 2000).

A bacia hidrográfica do Rio Vaza-Barris, a qual tem sua origem na região nordeste da

Bahia, faz limites com a bacia do Rio São Francisco (norte e oeste) e com a bacia do Rio

Itapicuru (sul). No Estado de Sergipe, a bacia costeira do rio Vaza-Barris, tem uma área de

115 km2, ocupa posição geográfica na periferia oriental atlântica, e abrange os municípios de

Aracaju , Itaporanga d’Ajuda e São Cristóvão (FONTES et. al, 2010). O rio Vaza-Barris

atravessa o estado e deságua no oceano Atlântico formando um amplo estuário, próximo ao

povoado Mosqueiro, separando os municípios de Aracaju e Itaporanga d’Ajuda (SANTOS e

ANDRADE, 1998 in VASCO et. al, 2010).

Esse sistema estuarino, local de estudo, possui cerca de 20 Km de extensão e é

alimentado por alguns afluentes, destacando-se na margem direita o rio Tejupeba e os riachos

água Boa e Paru, e, pela margem esquerda, o rio Santa Maria (CRA, 2010).

Existem varias comunidades pesqueiras locais, Areia Branca, Ilha de Men de Sá, entre

outras, que são formadas por famílias de pescadores que estão à beira do Rio Vaza-Barris há

décadas, concentrados principalmente na comunidade conhecida como Mosqueiro, onde

muitos têm na pesca a possibilidade de trabalho (NUNEZ, 2010). Este povoado localiza-se

próximo à foz e representa o limite sul da área de expansão urbana de Aracaju, município a

que pertence, e tem passado de um povoado de pescadores a local de residência de parte da

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população de classe média alta da capital, que usa o estuário para lazer.

Vários povoados e pequenos aglomerados populacionais são distribuídos em ambas as

margens estuarinas (SIQUEIRA, et. al, 2010). Os pescadores artesanais do povoado em sua

grande maioria pescam para própria subsistência, e vendem o excedente (NUNEZ, 2010). As

comunidades locais aprenderam a tirar parte do seu sustento pelo que esse estuário tem a

oferecer, como a pesca artesanal, a carcinicultura, abastecimento doméstico, irrigação e

recreação.

Por apresentarem uma diversidade de ambientes rasos e protegidos, estuários tornam-

se locais favoráveis para a utilização por parte dos peixes como berçário durante as fases

iniciais de desenvolvimento, oferecendo assim além do alimento, proteção contra predadores

junto a áreas rasas como planícies de maré, bem como vegetações de marisma e manguezal.

Além disso, sabe-se que diversas espécies de peixes utilizam os estuários como locais de

alimentação e reprodução, dentre estas, algumas espécies de importância econômica, que

passam a ser alvo de pescarias realizadas nos estuários ao longo de toda a costa brasileira, o

que ressalta a importância destes ecossistemas na manutenção da atividade pesqueira nas

regiões costeiras.

Sistemas estuarinos com tais características e dinâmicas abrigam um grande número

de espécies de peixes por representar uma importante área de refúgio, principalmente nas

fases juvenis, que encontram no estuário um ambiente rico em nutrientes e nas zonas rasas e

vegetadas das planícies de maré e manguezais, importantes locais para proteção contra

predadores.

Pouco se conhece sobre a composição, abundância e estrutura da ictiofauna no que diz

respeito ao estuário do Rio Vaza-Barris e alguns outros estuários do estado de Sergipe e isso

representa uma lacuna no que concerne ao estudo destes ecossistemas em toda a costa

brasileira. Dessa forma, este estudo busca de forma inédita fazer um acompanhamento

sistematizado da ictiofauna no sistema estuarino do rio Vaza-Barris, catalogando as espécies

de peixes que vivem nesse habitat, armazenando e disponibilizando dados que permitam

melhores informações para manejo, seja de pesca, programas de turismo ou mesmo para

subsidiar políticas públicas de preservação ambiental.

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2 METODOLOGIA

2.1 ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo abrange cerca de 20 quilômetros desde a foz do rio Vaza-Barris até a

região mais interna do estuário. As amostragens foram realizadas em seis pontos, inicialmente

posicionados em mapa do local que posteriormente foram georreferenciados em coleta piloto

(Figura 1). O padrão de distribuição segue o gradiente de transição do estuário inferior, para o

estuário médio e superior.

Figura 1: Mapa da localização dos pontos de amostragem da ictiofauna no estuário do rio Vaza-

Barris, Sergipe.

Na porção inferior do estuário foi amostrados dois pontos, um em uma praia próxima à

desembocadura do estuário (ponto1 da figura 1), muito próximo a bancos arenosos que

compõem a barra de acesso do sistema estuarino. Um segundo ponto da porção inferior do

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estuário localiza-se em uma planície de maré na desembocadura de um pequeno rio de maré

localizado à margem direita do estuário no sentido inferior/superior (ponto2 da figura 1).Os

pontos 3 e 4 ficam localizados na porção do estuário médio. E os pontos 5 e 6 na porção do

estuário superior

2.2 PROGRAMA DE AMOSTRAGEM

Em cada ponto amostral foram realizados mensalmente, dois arrastos manuais de 30

metros na zona marginal do estuário junto às áreas de mangue. Os arrastos foram realizados

seguindo-se um único ciclo de maré semidiurno, com início das atividades em geral

ocorrendo no horário de pico da primeira baixa-mar do dia, realizando-se assim 12 arrastos na

maré baixa e 12 arrastos na maré cheia, totalizando-se assim 24 amostras/mês, feitas em um

único dia. Para tanto foi utilizada uma rede de arrasto do tipo “picaré” Modelo Trawl de 30m

de comprimento, malha 5mm entre nós (1cm esticado), altura armada 2,8m, boca do saco com

3m x 5 metros de comprimento (Figura 2).

O deslocamento entre os pontos amostrais foi realizado através de fretamento da

Figura 2:Amostragem com rede de arrasto do tipo “picaré” junto à margem no estuário do rio

Vaza-Barris (Coleta realizada em 22/12/2011).

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Para o deslocamento no rio foi utilizado a embarcação “Paraíso I” pertencente à frota

do povoado de Mosqueiro, utilizada atualmente para o transporte de turismo, e mais uma

embarcação de pequeno porte que auxiliou no acesso aos locais mais rasos, como mostra a

figura 3.

Após o término de cada arrasto foi feito o recolhimento da rede e os peixes capturados

foram armazenados em sacos plásticos devidamente identificados (com informações da coleta

como hora, maré seca ou cheia, identificação do ponto, se era o primeiro ou segundo arrasto

do ponto) e acondicionados em gelo para posteriormente serem analisados em laboratório

(Figuras 4, 5 e 6).

Figura 3: Embarcações utilizados no deslocamento para os pontos amostrais.

Figura 4: Exemplares capturados em um arrasto experimental

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Figura 5: Acondicionamento dos exemplares em sacos plásticos

após o término da amostragem.

Figura 6: Identificação das amostras para posterior análise.

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2.3 PROCESSAMENTO DO MATERIAL EM LABORATÓRIO

Em laboratório os peixes foram identificados até o nível de espécie utilizando-se os

trabalhos de FIGUEIREDO (1977), FIGUEIREDO & MENEZES (1978, 1980, 2000),

MENEZES & FIGUEIREDO (1980, 1985), BARLETTA & CORRÊA (1992) e MENEZES

et al. (2003). De cada espécie, considerando-se um total de 30 exemplares por amostra,

quando havia, foram obtidos os dados de comprimento total (em mm - da ponta do focinho

até a extremidade posterior da nadadeira caudal), comprimento padrão (em mm – da ponta do

focinho até o final da coluna vertebral, no caso dos teleósteos), peso (em g) e, através de uma

abertura longitudinal na região ventral, foi feita a identificação macroscópica do sexo e do

estágio de maturidade gonadal, seguindo-se a escala de Vazzoler (1996). Os demais (nos

casos em que são capturados mais de 30 exemplares de uma espécie por amostra) foram

contabilizados e pesados aferindo-se a biomassa total. Para elaboração do catálogo os peies

foram elencados de acordo com a sua família e ordem taxonômica e ordenados em ordem

alfabetica

Parte do material identificado foi fixada em formol 10%, conservada em álcool 70% e

depositada em coleção no Laboratório de Ictiologia Estuarina e Marinha, DEPAQ - UFS

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2.4 ELABORAÇÃO DO CATALOGO.

As espécies foram listadas em ordem alfabética. Para a elaboração do catálogo, foi

feita uma extensiva revisão bibliográfica sobre as características bio-ecológicas das espécies,

considerando as seguintes informações:

(1) Classificação taxonômica: identificação até o nível de espécie dos exemplares

capturados, enquadrando-os nas respectivas ordens, famílias e gêneros além das informações

merísticas e morfométricas que as definem.

(2) Informações de ocorrência e distribuição da espécie: em escala global e regional,

com dados de captura, distribuição e abundância das mesmas, quando disponíveis.

(3) Hábitos e habitats: informações gerais acerca de habitats e ocorrência, associadas

aos hábitos das espécies, dentre estes, hábitos alimentares, de distribuição na coluna d'água e

comportamento.

(4) Importância para a pesca: caracterização quanto ao potencial de captura e uso da

espécie como recurso pesqueiro comercial, recreativo/esportivo, de subsistência, para

aquariofilia.

(7) Outras informações: dados adicionais das espécies quanto a presença de toxinas,

risco de acidentes (ictiismo), bioindicadoras de qualidade ambiental, e demais informações

relevantes.

(8) O layout contém no lado superior direito da página, uma foto representativa da

espécie.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

O plano de trabalho visa à criação de um catálogo informativo-visual das espécies

capturadas no estuário do Rio Vaza-Barris, Sergipe durante um ano de amostragens

ictiofaunísticas realizadas ao longo de todo o sistema estuarino, desde sua porção inferior até

sua porção superior.

3.2 Objetivo específico

Caracterizar qualitativamente a diversidade ictiofaunística do estuário do rio Vaza-

Barris;

Fazer uma extensa revisão bibliográfica sobre a ocorrência de peixes no estuário

estudado;

Criar um banco de dados informativo sobre a ocorrência das espécies capturadas;

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4 JUSTIFICATIVA

A falta de informações acerca da ictiofauna marinha e estuarina do estado de Sergipe

remete à necessidade da criação de um banco de dados e de um acervo visual das espécies

com ocorrência nestes ecossistemas, concentrando e disponibilizando informações ora

dispersas em um único trabalho de forma prática e rápida, pois levantamentos e catalogações

da ictiofauna do estuário do rio Vaza-Barris são incipientes, e, considerando-se a importância

de se conhecer a diversidade ictiofaunística de tal sistema estuarinos para planos de manejo da

pesca e conservação, a condução de levantamentos desta natureza tornam-se imprescindíveis.

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5 RESULTADOS

Considerando-se a metodologia de amostragem utilizada neste estudo, foram

capturadas cem espécies, distribuídas quinze ordem, quarenta e uma famílias e setenta

gêneros que serão descritas a seguir:

Achirus declivis (Chabanaud, 1940) Características gerais: É uma espécie que faz parte da

ordem dos Pleuronectiformes da família dos Achiridae.

Seu olho fica do lado direito. Possuem uma cor marrom

que se estende até as nadadeiras dorsal e anal. Não

possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais

(total): 55-60; Raios anais: 43-46; nadadeira peitoral do

lado dos olhos: 3-4 raios. Pode atingir um comprimento

total de 18 cm.

Distribuição: Atlântico ocidental: dos Estados Unidos na Florida até Santa Catarina, Brasil e

também em Trinidad, Jamaica, e Suriname.

Alimentação: Principalmente de peixes Teleósteos, Amphipodes, Polychaetas,

e Gammarida.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinhas e salobras na região tropical. Possuem

hábitos demersais, ou seja, apesar terem capacidade de natação, passa a maior parte do tempo

associado ao substrato. Bastante comuns em águas estuarinas.

Nomes comuns: Solha-redonda, Tapa; no Brasil.

Referências: 208, 88, 101. Foto: Macieira, R.M.

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Achirus lineatus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Pleuronectiformes pertencente à família

dos Achiridae. Sua região caudal é escura do "lado

cego" do corpo. Seus olhos são do lado direito do

corpo que é completamente coberto por escamas e

a coloração do lado dos olhos é amarronzada com

manchas escuras e linhas difusas. Possuem

nadadeiras peitorais. Não possuem espinho dorsal nem anal; Raios dorsais (total): 52-58;

Raios anais: 39-44. Apresenta em seu ciclo de vida a forma planctônica e sua taxa de

crescimento é relativamente baixa. Pode atingir um comprimento total de 23 cm, porém é

mais comumente encontrado com 17 cm. É comum na aquariofilia.

Distribuição: Atlântico ocidental: Florida, EUA e norte do Golfo do México até o norte da

Argentina.

Alimentação: Alimenta-se de vermes, crustáceos e pequenos peixes.

Reprodução: A reprodução ocorre durante todo o ano, pelo menos em algumas partes da área

de sua distribuição geográfica.

Habitat e Hábito: Essa espécie pode ser encontrada em águas marinhas e salobra. Vivem em

estuários de fundo não consolidado (onde pode se esconder e deixar apenas os olhos

expostos), associados a recifes ou não. Podem ser encontrados em profundidades de até 20 m.

Nomes comuns: Linguado, solha redonda. Brasil /Lined sole. USA

Referências: 101, 66, 166, 148. Foto: Sazima, Ivan.

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Albula vulpes (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Albuliformes, pertencente à família

Albulidae. Corpo alongado e fusiforme, prateado

com nadadeiras escuras e base peitoral amarela,

uma das características mais marcantes é a boca

inferior e nariz cônico que se projeta a um terço

do seu comprimento para além da mandíbula.

Não possuem espinhos dorsais nem anais. Raios dorsais (total): 15-19; Raios anais: 7-9;

Vértebras: 69 – 74; Raios branquiostegais 12-14. Pode atingir um comprimento máximo de

104 cm, mas é mais comumente encontrado com 35 cm. Maior peso já publicado foi de 10 kg.

É uma espécie apreciada na pesca esportiva por conta da sua velocidade e disposição; já como

alimento não é muito apreciada, devido à presença de pequenos ossos na sua carne. Ao

consumi-lo deve-se ter cuidado com o envenenamento por ciguatera. A FAO possui registro

de dados de captura desde o ano de 1973, no qual produziu uma média de 175 t/ano, sendo

que nos últimos cinco anos a FAO estima que houve uma produção média de 750 t/ano.

Distribuição: Habita águas tropicais e temperadas quentes em todo o mundo. Atlântico

ocidental: Carolina do Norte, EUA para a Flórida, Bahamas, Golfo do México, Antilhas e

Caribe para o Brasil e Canadá.

Alimentação: Alimentam-se de vermes bentônicos, pequenos peixes, crustáceos e moluscos.

Além de ingerirem matéria orgânica. Possuem dentes granulares, formando placas, que

cobrem a língua e mandíbula superior. Moedores semelhantes também estão presentes na

garganta, ele usa esses dentes modificados para moer suas presas: especialmente moluscos e

crustáceos.

Reprodução: Atingem a maturidade sexual por volta dos 25 cm. São dioicos, possuem

fertilização externa e não apresentam cuidado parental. Em alguns lugares chegam a desovar

o ano todo.

Habitat e Hábito: Espécie encontrada em águas marinhas e salobras. Podem ser encontrados

em profundidades de até 84 m. Vivem em águas tropicais, perto da costa, comumente

encontrados na zona intertidal, áreas de mangue, bocas de rio e águas adjacentes. Juvenis

podem formar grandes cardumes de indivíduos de tamanho semelhante, enquanto os

indivíduos mais maduros nadam em pequenos grupos ou pares. Podem tolerar águas pobres

em oxigênio.

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Nomes comuns: Álbula, Bicudo, Juruma, Obarana, Robalo-da-pedra, Ubarana-mirim. Brasil /

Bonefish. USA e África do sul.

Referências: 237, 276, 284, 240, 79, 160, 261, 91, 124, 101, 222. Foto: Patzner, Robert A.

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Alphestes afer (Bloch, 1793) Características gerais: Espécie

pertencente à ordem dos Perciformes, da

família dos Serranidae. Espinhos dorsais:

11, raios dorsais: 17 – 20, espinhos anais:

3, raios anais: 9 – 10. Possuem manchas

laranja e manchas marrom-escuras que

tendem a formar faixas transversais no

corpo, as nadadeiras peitorais possuem

faixas verticais características. Possuem um evidente espinho achatado direcionado para

frente no ângulo inferior do pré-opérculo. Suas escamas são ctenoides e pequenas. Podem

chegar a um comprimento máximo de 33 cm. O peso máximo já publicado foi de 1,30kg. Não

possui um alto valor comercial devido ao seu pequeno porte, porém sua carne é de boa

qualidade, mas deve-se ter cuidado com envenenamento por ciguatera. Tem sido

comercializado por aquariofilistas.

Distribuição: Bermuda, sul da Flórida (EUA), Golfo do México, Bahamas, Cuba, Antilhas,

Panamá, Venezuela, e Brasil do norte até o estado de Santa Catarina.

Alimentação: Se alimentam de crustáceos bentônicos. hábito alimentar noturno.

Reprodução: É uma espécie hermafrodita sequencial. Nessa espécie ocorre a protogenia, sua

fertilização é externa e não existe cuidado parental.

Habitat e Hábito: Espécie marinha, associada a recifes de corais e podem ser encontrados em

profundidades de até 30 m. É uma espécie sedentária durante o dia, esconde-se em fendas ou

entre algas, a noite se torna mais ativa. É uma espécie de hábito solitário.

Nomes comuns: Mutton hamlet. USA / badejo, peixe-gato, garoupa-gato, pirapiranga. Brasil.

Referencias: 64, 172, 270, 261, 263, 182, 205. Foto: Duarte, Luís Orlando.

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Aluterus schoepfii (Walbaum, 1792) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Tetraodontiformes, pertencentes à familia dos

Monacanthidae. Possuem dois espinhos dorsais, em que o

primeiro é bastante desenvolvido e o segundo muito

rudimentar. Osso pélvico sem espinho exrteno, o que o

diferencia de outras espécies da mesma família. Seu olho

é pequeno, sua pele é muito aspera e recoberta por minusculos espinhos; raios das nadadeiras

anal (35-41 raios), dorsal (32-39 raios) e peitoral (11-14) não são ramificados. Apresentam

seis dentes na maxila superior e até seis na inferior. Seu corpo é comprimido lateralmente, sua

boca é pequena e terminal. Sua coloração é acizentado a morrom, com manchas claras

grandes. Pode chegar a medir 60 cm. Podem viver de 4 a 15 anos. São raramente

consumidos, quando o fizer tomar cuidado com intoxicação por ciguatera. Comercializado

como um peixe do aquário no Brasil, e capturado pela pesca de subsistência. Instrução

normativa do IBAMA nº56 define um limite de captura para esta espécie de 1000

indivíduos/ano/empresa.

Distribuição: no Atlântico ocidental, da Nova Escócia a Santa Catarina, sendo mais

abundante, aqui no Brasil, no nordeste.

Alimentação: Alimentam-se de invertebrads bentônicos e algas. Considerado “urubu do

mar”, “peixe come lixo”.

Reprodução: Larvas planctônicas; geralmente desovam entre abril e maio, e no mês de

outubro a depender do lugar.

Habitat e Hábito: Ocorre em climas subtropicais. São facilmente encontrados em áreas de

pedras ou corais, mas também em fundos arenosos ou lamosos, em profundidades de até 900,

sendo mais abundante em 50 m. Os juvenis podem ser encontrados juntos a sargassos

flutuantes.

Nomes comuns: Cabrinha, Orange filfisk, Trekkervis, Orange Fiiefish, Viilakala, Peixe-

porco, Peixe-gatilho-liso.

Referências: 140, 64, 101, 275, 205. Foto Johnson, L.

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Anchoa parva (Meek & Hildebrand, 1923) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Clupeiformes pertencentes à família dos

Engraulidae. Possui menos de 60 rastros no

primeiro arco branquial, a origem da nadadeira anal

se encontra sob a base da nadadeira dorsal. A

extremidade posterior da maxila ultrapassa muito a

margem posterior da orbita. Não possui espinhos

dorsal nem anal; Raios anais: 17 - 22. Podem atingir um comprimento total de 6 cm.

Distribuição: Cuba, Jamaica, Porto Rico, Colômbia, Venezuela, Brasil.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: São dioicos, fertilização externa, não apresentam cuidado parental. Sua desova

pode acontecer, em alguns lugares, durante todo o ano.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doce e salobras. Possuem

hábito pelágico-nerítico, e podem ser encontrados em profundidades de até 50m.

Nomes comuns: anchoveta, manjuba. Brasil / Little anchovy USA

Referências: 286, 101. Imagem: FAO.

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Anchoa tricolor (Spix & Agassiz, 1829) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Clupeiformes da família dos

Engraulidae. Possui a faixa lateral do corpo bem

nítida, seu focinho é longo e pontudo, não

possuem espinhos dorsais nem anais; Raios anais:

16 - 19. Podem chegar a um comprimento total de 11,8 cm, porém é comumente encontrado

com 6,5 cm. Desempenham um importante papel na cadeia alimentar dos oceanos, servindo

de forragem para muitas espécies de peixes e aves marinhas. A captura desta espécie se

reserva a lugares específicos, e ocorre com redes de emalhar minúsculas, onde depois de

capturados são cozidos e secos. A FAO não possui dados de captura nem de produção.

Distribuição: Atlântico Sudoeste: Ceará, Brasil para o sul ao Mar de La Plata, Argentina.

Alimentação: Alimentam-se de pequenos crustáceos e algas planctônicas.

Reprodução: Os adultos são normalmente encontrados em alto mar, aproximando-se da costa

na época de reprodução.

Habitat e Hábito: É uma espécie pelágica costeira, que concentra-se em grandes cardumes

em regiões semi-abertas, como baías e estuários, que tem influência de águas marinhas.

Também podem ser encontrados em águas salobras. Pode ser encontrado em profundidade de

até 50 m.

Nomes comuns: Piquitinga. USA / enchoveta, manjuba-branca, tungão. Brasil

Referências: 286, 27, 101. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Anchoa januaria (Steindachner, 1879) Características gerais: Esta espécie pertence à

ordem Clupeiformes (mesma ordem das

sardinhas) e faz parte da família dos Engraulidae

(encontram-se nessa família as manjubas). É um

peixe de pequeno porte, de corpo comprimido e

alongado; sua boca é muito pequena, sua maxila é

prolongada muito além da margem superior da

orbita. Dentes presentes, porém muito pequenos que se assemelham a uma serrilha. Não

possuem espinhos nas nadadeiras. Possuem uma faixa lateral prateada, entretanto pouco

evidente, em cada lado do corpo, contudo não apresentam linha lateral. Focinho curto

rombudo. Nadadeira caudal furcada. Raios da: nadadeira Dorsal: 14-15; nadadeira Anal: 21-

24; Peitoral nadadeira: 12-13. Não é interessante para pesca comercial. Atinge até 9 cm de

comprimento, comumente encontrado por volta dos 5,5 cm de comprimento.

Distribuição: Presente desde a Venezuela até o Rio Grande do Sul.

Alimentação: Se alimentam de zoobentos, diatomáceas, copépodes, gastrópodes

planctônicos, pequenos vermes. Tem hábitos alimentares diurnos e explora diferentes estratos

da coluna d'água durante os períodos frio e quente.

Reprodução: É essencial águas de salinidade baixa para que ocorra sua reprodução, se

necessário migrando rio acima, geralmente a relação sexual é bem equilibrada em suas

populações.

Habitat e Hábito: Formam cardumes e habitam águascosteiras de baixas salinidades. Podem

ser encontrados em profundidades de até 50 m.

Nomes comuns: Sardel brazilská, Anchovy, Rio anchovy, Arenque, Enchoveta, Manjuba,

Manjuba-branca, Manjubinha.

Referências: 286, 27, 101, 93, 258, 46, 145, Foto Carvalho Filho, Alfredo

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Anchovia clupeoides (Swainson, 1839) Características gerais: Esta espécie

pertence à ordem dos Clupeiformes, da

família dos Engraulidae. É muito parecido

com o Cetengraulis eduntulus, mas se difere

pela posição mais anterior da nadadeira anal

que tem origem sob a metade anterior da

base na nadadeira dorsal. Os jovens apresentam faixas laterais prateada no corpo. Possuem

focinho curto e pontudo, não possuem espinhos dorsais nem anais Raios anais: 25 - 32. Pode

atingir um comprimento total de até 30 cm, porém é mais comumente encontrado com 17 cm.

Segundo a FAO não há dados de captura nem produção.

Distribuição: Ocorre do Caribe e Panamá ao sudeste do Brasil.

Alimentação: Alimenta-se de gastrópodes, filtrando plânctons, nematódeos, diatomáceos.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Habitam águas marinhas e salobras. São encontrados na costa formando

grandes cardumes e também em estuários, manguezais e lagoas. Possui hábito bentopelágico.

Podem ser encontrados em profundidade de até 50 m. São oceanódromos.

Nomes comuns: Arenque, boca torta, manjuba, pilombeta, sardinha verdadeira. Brasil /

Zabaleta, anchovy USA.

Referências: 237, 286, 194, 101. Foto: Krumme, Uwe.

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Anchoviella lepidentostole (Fowler, 1911) Características gerais: Esta espécie faz

parte da ordem dos Clupeiformes,

pertencente à família dos Engraulidae.

Possui o corpo moderadamente alongado e

comprimido, acinzentado. A nadadeira

caudal possui a margem enegrecida. O

focinho é proeminente arredondado, a ponta da mandíbula inferior estende-se até a metade do

focinho. Não possui linha lateral. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais

(total): 14-17; Raios anais: 19-26. Possui uma faixa lateral prateada no corpo muito nítida e

larga. O comprimento máximo é de 11,6 cm, porém é mais comumente encontrado com 9 cm.

Distribuição: Ocorre em toda costa atlântica da América do sul. No Atlântico Ocidental:

delta do Orinoco na Venezuela, ao sul de Ponta da Cotinga, litoral do Paraná do Brasil. Possui

alta importância comercial no sudeste do Brasil.

Alimentação: Alimenta-se de larvas de crustáceos e pequenos invertebrados.

Reprodução: São peixes anádromos, que penetram no estuário e água doce para se

reproduzir. Estudos de maturidade indicam a maturidade sexual por volta dos 6 cm. Em

alguns lugares desovam nos meses de março e junho. Ambos os sexos na maturidade têm uma

grande quantidade de gordura visceral e intermuscular. São dioicos, possuem fertilização

externa e não apresentam cuidado parental.

Habitat e Hábito: Peixes encontrados em águas doce, salobra e marinha. Possui hábito

pelágico-nerítico, podem ser encontrados em profundidades deaté50m. Esta espécie forma

cardumes e são muitos comuns na linha costeira

Nomes comuns: Don-don, manjuba, manjubinha, sardinha selvagem. Brasil

Referências: 237, 225, 286, 57,101. Foto: Krumme, Uwe.

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Astroscopus y-graecum (Cuvier, 1829) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à família

Uranoscopidae. Possi o corpo castanho-escuro

coberto com manchas brancas que aumentam

gradualmente de tamanho no sentido da cabeça

para a parte traseira do corpo. Há três listras

escuras, horizontais na cauda. Suas nadadeiras peitorais permitem que o peixe se enterre em

questão de segundos. O corpo é projetado de modo que os olhos, narinas, a boca e a maioria

dos órgãos fiquem acima da areia. Diferente de outros peixes que forçam a passagem da água

pela boca para respirar, este usa as narinas. Espinhos dorsais (total): 4; raios dorsais (total):

12-13; espinhos anais 0; Raios anais: 12. Possui três listras escuras horizontais na cauda.

Possui órgãos elétricos localizados em uma bolsa especializada por trás dos olhos. Pode

descarregar até 50 volts. O órgão de descarga elétrica depende das temperaturas. Possui

também uma glândula de veneno. Atinge um comprimento total de 44 cm, porém é mais

comumente encontrado com 35 cm. Não há registro de captura nem aquicultura.

Distribuição: Ocorre no Oceano Atlântico Ocidental da Carolina do Norte (EUA) e norte do

Golfo do México, ao sul da costa norte da América do Sul.

Alimentação: Peixe carnívoro que se alimenta de peixes menores. Não utilizam o órgão

elétrico para capturar presas, apenas para afastar predadores. Ele se camufla na areia e captura

pequenos peixes que nadam próximo.

Reprodução: Fiel à sua natureza bentônica desova no fundo junto ao sedimento durante o

inicio do verão. Os ovos são transparentes e pequenos que tendem a subir para superfície.

Habitat e Hábito: É uma espécie marinha, associada a recifes de corais e pode ser

encontrado em profundidades de até 100m. Habita fundos lodoso, arenoso e com cascalho.

Espécie bentônica. Os espécimes vivos da espécie devem ser manuseados com cuidado

devido à presença de glândulas venenosas e capacidade de gerar eletricidade.

Nomes comuns: Southern stargazer. USA / Aniquim, Mira céu. Brasil

Referências: 55, 33, 240, 172, 204, 262, 101, 110. Foto: Vaske Jr., Teodoro.

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Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1825) Características gerais: Faz parte da

ordem dos Atheriniformes pertencente

à família dos Atherinopsidae. Possui

uma boca pequena e pode atingir um

comprimento total de 16 cm, porém é

mais comumente encontrado com 12 cm.

Distribuição: Atlântico Ocidental: costa norte/nordeste da América do Sul.

Alimentação: Apresenta hábito alimentar oportunista. Alimenta-se de copépodes,

macroalgas, protozoários, ovos de invertebrados, diatomáceas, insetos terrestres e detritos

vegetais.

Reprodução: Apresentam um envoltório espessado, incomum aos teleósteos, localizado entre

a membrana vitelina e as células foliculares. O envoltório é constituído por vários filamentos

dispostos em vários sentidos, sugerindo a função de fixação do folículo ovariano no ambiente.

O desenvolvimento gonodal para ambos os sexos ocorre a partir do mês de junho, com maior

desenvolvimento em outubro, seguido de uma diminuição nos valores médios mensais do

Índice Gônodo-Somático entre os meses de novembro e janeiro.

Habitat e Hábito: Espécie de água marinha e salobra. Possui hábito bentopelágico. É

encontrado sobre fundos não consolidados, em lagoas litorâneas de água salobra ou

hipersalinos e áreas protegidas do mar aberto, estuários.

Nomes comuns: Charuto, manjuba-verde, peixe-rei, pititinga. Brasil

Referências: 57, 228, 97, 101. Foto: Timm, Cláudio Dias.

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Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes, e pertence à família dos Scianidae.

Diferem dos demais grupos de Perciformes principalmente

pelas seguintes características: parte espinhosa anterior da

nadadeira dorsal contínua com a parte mole posterior

havendo entre ambas um entalhe profundo. Possuem a

bexiga natatória dividida em câmara anterior e posterior bem desenvolvida, funcionando

como órgão de ressonância para as vibrações produzindo um som bastante característico.

Nadadeira dorsal 10 a 11 espinhos, posterior 1 espinho e 20 a 26 raios, nadadeira anal 2

espinhos e 7 a 9 raios, sendo o segundo espinho muito forte e bem desenvolvido, possui linha

lateral. Não possuem barbilhões na mandíbula, corpo prateado, ambas as maxilas com dentes

cônicos e pequenos, a margem do pré-opérculo possui espinhos, boca obliqua e subterminal.

Podem chegar a medir 35 cm, porém é mais comumente encontrado com 25 cm. Sua cor é

acizentada na região dorsal, e ventralmente é prateado. Ele é capturado como bycatch e

comercializados onde há sua ocorrência. Porém quando se tenta obter dados sobre sua

comercialização pelo mundo, este se torna mais escasso, provavelmente devido ao seu

pequeno tamanho. Associado a pesca esportiva no Paraná, BR.

Distribuição: Distribui-se do Caribe ao sul do Brasil. Sua população da Colômbia está

experimentando declínio devido à pesca com dinamite.

Alimentação: Alimentam-se de crustáceos, poliquetas e outros peixes.

Reprodução: São ovíparos. Atingem a maturidade por volta dos 16 cm. Sua reprodução

acontece no final da primavera e inicio do verão.

Habitat e Hábito: Pode sem encontrados em águasmarinha, salobra. De hábito demersal.

Podem ser encontrados em profundidade de até 40 m, sobre fundo de areia e lama. São peixes

costeiros geralmente encontrados próximos a desembocaduras dos rios, ou no próprio

estuário.

Nomes comuns: Ground croaker, Ground drummer, Mamselle rouio Bororó, Canganguá,

Congoá, Mirucaia, Pescada-aratanha, Corvina espinosa.

Referências: 95, 101, 60, 59, 36, 63, 279. Foto: Krumme, U.

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Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes pertencente à família dos

Gobiidae. São peixes de pequeno porte. Espinhos

dorsais (total): 7; raios dorsais (total): 9; espinhos

anais 1; Raios anais: 8. Olhos na posição superior.

A papila urogenital é alongada nos machos e

bulbosos nas fêmeas. Podem chegar a medir 15

cm. É uma espécie apreciada entre os aquariofilistas.

Distribuição: Atlântico Leste: Senegal a Angola e ilhas de alto mar. Atlântico Ocidental:

Florida nos EUA, Bermudas e Bahamas para Santa Catarina e no Mar do Mediterrâneo.

Alimentação: Peixes menores. Quando em aquário se alimenta de alimentos vivos (artêmias,

pequenos peixes, camarões), ração, congelados, patês, vôngole, camarão fresco/seco. Deve ser

evitado com peixes muito menores, pois irá devorá-los.

Reprodução: São dioicos e possuem fertilização externa. O goby fêmea põe os ovos em uma

superfície dura abrigada, geralmente o interior de conchas vazias, o macho depõe seu esperma

no mesmo local para formar um grande aglomerado de 800 a 1.000 ovos.

Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinhas, salobras e

doce. Possuem hábitos demersais e residentes (não migratório). Podem ser encontrados em

profundidades de até 16m e numa grande diversidade de ambientes desde os fundos lamosos

das regiões estuarinas até em fundos rochosos em águas tipicamente marinhas de salinidade

alta.

Nomes comuns: Amborê, Cunduda, Maria-da-toca, moré-garoupa. Brasil / Frillfingoby. USA

Referências: 200, 240, 227, 269, 128, 101. Foto: Nunes, Jorge Luiz Silva.

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Carangoides bartholomaei (Cuvier, 1833) Características gerais: Esta espécie faz parte

da ordem Perciformes, pertencente à família

Carangidae. Foi originalmente descrita como

Caranx bartholomaei pelo francês famoso

taxonomista Georges Cuvier em 1833. Este

nome foi mais tarde mudado para o atual em

vigor Carangoides bartholomaei. Possuem o

dorso azul-esverdeado com a lateral e ventre

amarelado. Suas nadadeiras são amarelas. O

final da maxila superior não alcança a margem

anterior do olho. Peitoral longa, ultrapassando a origem da anal. Penduculo caudal com um

par de quilhas dérmicas. Espinhos dorsais (total): 8-9, raios dorsais (total): 25-28; Espinhos

anais 2-3; Raios anais: 22-25. Os juvenis têm cerca de 5 barras escuras verticais no corpo. Os

olhos têm pálpebras adiposas bem desenvolvidas. Ambas as maxilas superior e inferior

contêm faixas estreitas de dentes viliformes. Pode ser distinguida das espécies proximamente

relacionadas pelo comprimento da mandíbula, bem como as contagens dos raios nas

barbatanas. Espécimes mais velhos tendem a ser cada vez mais amarelo. Pode chegar a atingir

14 kg, porém é mais comumente encontrado 2,5 kg, podendo chegar a medir cerca de 100 cm.

Possui um baixo valor comercial, mas é bastante apreciado na pesca esportiva. Ao se

alimentar da sua carne, tomar cuidado com envenenamento por ciguatera.

Distribuição: Atlântico ocidental: Massachusetts (EUA) e Bermuda, através do Golfo do

México e do Caribe para São Paulo, Brasil.

Alimentação: Alimenta- se de pequenos peixes.

Reprodução: Atinge a maturidade sexual em momentos diferentes em locais diferentes.

Estudo feito em Cuba mostra que machos atingem a maturidade aos 30 cm e fêmeas com 32

cm, já na Jamaica os machos atingem a maturidade sexual aos 23 cm. A desova ocorre em

mar aberto de fevereiro a outubro.

Habitat e Hábito: Espécie encontrada em águas marinhas, associados ou não a recifes de

corais. Quando juvenil se associa a águas- vivas, banco de algas ou sargaço flutuante. Pode

ser solitário ou formar pequenos cardumes em recifes de alto mar, afastados da costa ou ao

redor de ilhas. Pode ser encontrados em profundidades de até 50 m.

Nomes comuns: Guarajuba, Xarelete-azul, Xerelete-amarelo. Brasil / Yellowjack. USA

Referências: 172, 64, 111, 107.Foto: Randall, John E.

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Caranx crysos (Mitchill, 1815) Características gerais: Esta espécie pertence à

ordem do Perciformes, da família dos Carangidae.

A depender do lugar do ambiente em que vive,

destaca-se mais a coloração prateado ou

amarelado, sendo a região dorsal verde azulada.

Juvenis apresentam 7 faixas verticais escuras. No

sudeste brasileiro em certas épocas, é capturado em grandes quantidades. Espinhas dorsais

(total): 9; raios dorsais (total): 23; espinhos anais 3; Raios anais: 19. Maxila termina abaixo do

meio do olho. 45-46 escamas ao longo de parte reta da linha lateral. Quando encontrado no

mercado pode ser comercializado fresco, congelado ou salgado. Outro interesse por esta

espécie é por pescadores esportistas e exibições em aquários públicos.

Distribuição: Atlântico Leste: Senegal a Angola, incluindo o Mediterrâneo ocidental, Pedras

de São Paulo e Ilha de Ascensão. No Atlântico Ocidental: Nova Scotia, Canadá para o Brasil,

incluindo o Golfo do México e o Caribe. Também encontrado na Argentina.

Alimentação: Alimenta-se de peixes, camarões e outros invertebrados. São capazes de se

alimentar durante a noite, à mesma intensidade que o dia.

Reprodução: Dioicos e não apresentam cuidado parental e os ovos são pelágicos. Geralmente

apresentam um pico de desova por ano, atingindo a maturidade por volta dos 26 cm. A desova

acontece de junho a agosto, em mar aberto, como aponta estudos feitos na Jamaica e EUA.

Porém no Litoral sul da Paraíba, PB outro estudo mostrou que a desova ocorre durante todo o

ano.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, associados ou não a recifes de

corais, em profundidade de até 100 m. Pode chegar a um comprimento total de até 70 cm,

porém é comum ser encontrado por volta dos 40 cm. O maior peso já publicado desta espécie

foi de 5.1kg, e o indivíduo mais velho foi diagnosticado com 11 anos. Esta espécie costuma

formar cardumes não muito longe da costa. Espécimes mais jovens encontrados em

associação com sargassum ou como mangues.

Nome comum: Blue runner, Golden jack, Hardtail, Chumberga, Carapau, Xaréu amarelo

Referências: 155, 203, 52, 134, 101, 165, 51, 240, 276, 261, 57. Foto: Randall, John E.

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Caranx hippos (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes, da família dos Carangidae. Há uma

mancha preta oval nas nadadeiras peitorais. Os juvenis

têm cinco barras escuras em seus corpos. Essas barras

pretas vão se tornando cada vez menos nítidas com o

crescimento do espécime até que desapareça. Possuem

três pares de pequenos dentes viliformes localizados dorsalmente. Ventralmente possui um

único par de pequenos dentes triangulares, e em conjunto com a bexiga gasosa produz um

som de "coaxar" quando capturado.

Apresentam uma mancha negra ovalada no opérculo ao nível do olho e outra, na região

anterior da peitoral. Única espécie que possui a região ventral adiante das nadadeiras pélvicas

nuas com exceção de um pequeno conjunto mediano de escamas. Maxila terminando

aproximadamente abaixo da extremidade posterior do olho. Espinhos dorsais (total): 9; raios

dorsais (total): 19-21; espinhos anais 3; Raios anais: 15 - 17. Scutes 25-42; Podem atingir um

comprimento total de até 124 cm, mas é mais comumente encontrado com 75 cm. O maior

peso já publicado foi de 32 kg, mas normalmente é encontrado com 7 kg.

Existem dados de captura desta espécie desde os anos 50, com uma produção média anual de

16 mil toneladas e nos últimos cinco anos essa média anual de produção se manteve por volta

dos 6,5 mil toneladas. E os dados de produção aquícola em 2002, uma pequena produção de 2

toneladas. Pouco se produziu nos anos seguintes (houve anos com 0 de produção) e no ano de

2011 produziu-se apenas 5 t. É um peixe famoso na pesca desportiva, com a captura

recreacional da espécie muitas vezes superior a capturas comerciais. São pescados

comercialmente ao longo do ano em alguns lugares específicos, como Golfo do México e sul

da Flórida. Ao consumi-lo tem que tomar cuidado com o envenenamento por ciguatera.

Distribuição: Atlântico Leste: Portugal para Angola, incluindo o Mediterrâneo ocidental e no

Atlântico Ocidental: Nova Scotia, Canadá e norte do Golfo do México ao Uruguai.

Alimentação: Alimenta-se de pequenos peixes, camarões e invertebrados.

Reprodução: Atingem a maturidade por volta dos 66 cm. Os ovos são pelágicos. Estudos de

maturidade indicam diferentes Lm pra cada região, na Índia, por exemplo, Lm = 22 cm e na

Jamaica Lm=66 cm. Estudos de desova realizados em Cuba mostram que a desova ocorre

entre Abril e Maio.

Habitat e Hábito: São encontrados em regiões oceânicas, estuarinas ou ambientes fluviais a

depender do estágio da sua vida. Tanto os adultos e juvenis são geralmente encontradas em

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cardumes. No entanto, indivíduos maiores podem ser encontrados nas águas de natação

sozinhos. Juvenis são abundantes em estuários de água salobra com fundos lodosos, perto de

praias de areia e nos leitos de algas marinhas. É um predador diurno.

Nomes comuns: Cabeçudo, Carango, Xaréu, Xaréu-roncador, Xexém. Brasil/

Caranguecrevalle. França / Crevallejack, Horsecrevalle. USA

Referências: 57, 253, 179, 28, 264, 266, 106, 101, 112. Foto: Flescher, Don

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Caranx latus Agassiz 1831 Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes pertencentes à família dos

Carangidae. Suas nadadeiras são enegrecidas ao

contrário do tom amarelo do C. hippos. Corpo

azulado dorsalmente e prateado ou amarelo

abaixo, nadadeira caudal amarela. Os espécimes

jovens possuem faixas verticais escuras.

Espinhos dorsais (total): 8-9 (os espinhos são

graduados e ligados por uma membrana), raios dorsais (total): 20-22; Espinhos anais 2-3;

Raios anais: 16 - 17. Podem atingir um comprimento total de 101 cm, mas é mais comumente

encontrado com 60 cm. O maior peso já publicado foi de 13.4kg. Se for consumi-lo deve-se

ter cuidado com o envenenamento por ciguatera. O carácter curioso do xaréu leva-o a

aproximar-se frequentemente dos mergulhadores.

Distribuição: Atlântico ocidental: Nova Jersey (EUA), Bermuda, e norte do Golfo do México

para o sudeste do Brasil e também no Atlântico Leste: Rochas de São Paulo, Ilha de Ascensão

e dois registros confirmados desde o Golfo da Guiné.

Alimentação: Alimentam-se de camarões, peixes e invertebrados.

Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não apresentam cuidado parental.

Atingem a maturidade com um comprimento de 37 cm. Os são ovos pelágicos. Em Cuba

desovam de junho a agosto.

Habitat e Hábito: Pode ser encontrada em águas marinha, salobra e doce. Podem estar

associados a recifes de coroais ou não. Podem chegar a profundidades de até 140 m, mas

geralmente são encontrados até 20m. É uma espécie pelágica e forma cardumes.

Os juvenis podem ser encontrados ao longo da costa em praias arenosas ou fundos lodosos e

são comuns em estuários. E podem penetrar rios para procurar alimento e escapar de

predadores.

Nomes comuns: Caraximbó, Guarassuma, Xarelete, Xaréu-preto, Xixarro. Brasil / Horse eye

jack, Horse-eye trevally, Jurel. USA

Referências: 264, 127, 101, 287, 57, 64, 51, 172. Foto: Estrada Anaya, Rafael.

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Centropomus parallelus (Poey, 1860) Características gerais: Esta espécie faz

parte da ordem dos Perciformes pertencente

à família Centropomidae. Seu corpo é mais

alto e menos escuro na parte dorsal e linha

lateral menos pigmentada que o C.

undecimalis além de ter menor porte. Pode

chegar a um comprimento total de 72 cm, mas é mais comumente encontrado com 25 cm. Sua

carne é bastante apreciada. Geralmente encontrado com 1,5kg. Para distingui-los de outras

espécies muito parecida usa-se a contagem de escamas ao longo da linha lateral.

Esse peixe é muito apreciado entre os pescadores esportivos, principalmente durante os meses

de reprodução, época em que costumam formar grandes cardumes. Há muitos estudos

relativos a índices de crescimento e desempenho zootécnico, visto o grande potencial dessa

espécie para maricultura.

Distribuição: Atlântico Ocidental: desde o sul da Flórida (EUA) e da costa do Golfo do

México até Florianópolis, Brasil.

Alimentação: Possuem hábito alimentar preferencialmente ictiófago, mas também se

alimentam de crustáceos e pequenos caranguejos.

Reprodução: São peixes anfídromos. A sua reprodução dá-se entre Maio e Agosto, com pico

em Maio e Junho. São dioicos, possuem fertilização externa e não apresenta cuidado parental.

Outros estudos mostram que comprimento total de primeira maturação sexual esta por volta

de 280 mm.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce. É uma

espécie demersal. Habita águas costeira e estuarina. Preferem águas de salinidades menores.

Muito raramente podem ser encontrados em lagoas hipersalinas. São encontrados em fundos

não consolidados. Ocorre em associação com o C. undecimalis.

Nomes comuns: Camorim-corcunda, peba, pena, savela, branco, amarelo, robalo peba. Brasil

/ Fat snook, Little snook, Small scale fat snook. USA

Referências: 237, 101, 121, 64, 32, 47, 273, 243. Foto: Krumme, Uwe.

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Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à família

Centropomidae. Podem ser confundidos com os C.

parallelus, porém difere-se pelo corpo mais baixo e

mais alongado e linha lateral enegrecida. Seu corpo é

prateado, mas escuro dorsalmente. Espinhos dorsais (total): 8-9, raios dorsais (total): 10;

espinhos anais 3; Raios anais: 6. São heterotérmicos e possuem simetria bilateral. Pode atingir

um comprimento total de até 140 cm, mas é mais comumente encontrado com 50 cm. O maior

peso já publicado foi de 24.3 kg. A maior idade já publicada foi de 7 anos. Excelente espécie

para pesca esportiva e uma carne de excelente flavour. Enquanto a pesca comercial do robalo

é ilegal em todo Texas e Flórida, eles são peixes valorizados pelos pescadores esportistas em

toda a sua distribuição geográfica conhecida. Eles são conhecidos como fortes lutadores

quando fisgado.

Há dados globais de pesca desta espécie desde os anos 50, no qual os valores médios de

toneladas produzidas na primeira década foram de aproximadamente 1000 toneladas. Já nos

últimos cinco anos (2007 a 2011) essa média de produção ficou por volta dos 1300 toneladas

anuais. Existem dados de produção aquícola desta espécie que datam o ano de 1994 com uma

modesta produção média de 306 toneladas anuais até o ano de 1996 e dai em diante não há

mais registros. FAO.

Distribuição: Atlântico ocidental: sul da Flórida (EUA), costa sudeste do Golfo do México, a

maior parte das Antilhas e da costa caribenha da América Central e do Sul, e se estende para o

sul até o Rio de Janeiro, Brasil, também na Carolina do Norte e Texas, EUA.

Alimentação: Alimentam-se de outros peixes principalmente da família Gobiidae, Gerreidae,

Engraulidae e também crustáceos.

Reprodução: Atingem a maturidade sexual com um comprimento de 42 cm. A época de

desova varia de lugar para lugar, como por exemplo, de maio a setembro na Guiana Francesa,

já em Cuba ocorre de agosto a dezembro. Em alguns lugares pode chegar a desovar duas

vezes por ano, não apresentam cuidado parental.

Apesar de o robalo ocupar tanto água doce e salgada, eles desovam em água salgada, porque o

esperma só pode tornar-se ativo em condições salinas. São frequentemente observados

reunidos na foz dos rios, baías e canais em épocas de desova. Espécimes fêmeas são

geralmente maiores que os machos da mesma idade.

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Habitat e Hábito: Pode ser encontrada em águas marinha, doce ou salobra, em profundidades

de até 22m. Habita águas costeiras, estuarina, lagoas, baías, manguezais e rios. Nadam em

cardumes.

Nomes comuns: Bicudo, cambriaçu, camurim branco, robalão, robalo-flecha. Brasil/

Common snook, Sergeant fish, Thinsnook. USA.

Referências: 237, 130, 172, 101, 121, 156, 151, 240, 166, 146, 212. Foto: Ueberschaer,

Bernd.

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Cetengraulis edentulus (Cuvier, 1829) Características gerais: Pertencente à ordem dos

Clupeiformes representantes da família do

Engraulidae, é uma espécie de pequeno porte, boca

ampla, dentes pequenos, maxilar prolongado e

nadadeiras sem espinhos. Quando adulto seu corpo é

prateado; quando jovem possuem apenas uma faixa prateada. Não possuem espinhos dorsais

nem anais, sua nadadeira anal possui de 18 a 24 raios. Seu nariz é pequeno e pontudo. Possui

8 raios branquiostegais. Possuem pontos escuros na superfície superior da cabeça e focinho, e

uma série de grandes pontos pretos ao longo da base da nadadeira anal. Podem chegar a medir

17 cm. Era uma espécie pouco explorada comercialmente, porém da década de 80 pra cá esta

sendo explorada para confecção de farinha de peixe e consumo humano. Explorada

comercialmente na região de principalmente em Florianópolis, SC. Vem sofrendo intensiva

pesca nos últimos anos devido ao incentivo do governo federal para captura de exemplares

que são industrializado e comercializado no nordeste do Brasil visando suprir deficiências na

pesca da sardinha. Seu interesse comercial esta voltado para indústria de pescado em

conserva.

Distribuição: Pode ser encontrado no Caribe, Cuba, Costa Rica, Colômbia, Venezuela,

Panamá e na costa Brasileira de norte à Santa Catarina.

Alimentação: É um filtrador típico que se alimenta tanto de fitoplâncton como de

zooplâncton. Desempenha importante papel na cadeia alimentar dos oceanos servindo de

forragem a muitas espécies de peixes e aves marinhas, e pelo fato de ser um dos principais

contribuintes no fluxo de energia ao longo da cadeia por serem os maiores consumidores de

zooplâncton e fitoplâncton principalmente de diatomáceas pelágicas e bentônicas.

Reprodução: Sua desova ocorre de outubro a janeiro com picos de desova em novembro.

Seus ovos possuem a forma oval, e são desovados na linha costeira até 1,5 km e este

fenômeno dura cerca de 2,5 a 5 horas; a eclosão acontece cerca de 22 horas depois de

fertilizados. É uma espécie dioica, e a fertilização ocorre externamente. Não praticam cuidado

parental. Comprimento da primeira maturação 112 mm machos e 118 mm para fêmeas.

Habitat e Hábito: Possuem hábitos costeiros e preferem águasde baixa salinidade, formando

cardumes. Podem ser encontrados em profundidades de até 10 m.

Nomes comuns: Zaran, Anchovy, Atlantic Anchoveta, Sardine, Toothless anchovy, Anchois

queue jaune, Manjuba-savelha, Sardinha verdadeira, Sardinha-boca-torta, Xangô.

Referências: 101, 144, 286, 27, 260,267. Foto: Krumme, Uwe

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Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782)

Características gerais: Esta espécie pertence à

ordem dos Perciformes, da família dos

Ephippidae. Podem chegar a um comprimento

total de 91 cm, porém é mais comumente

encontrando por volta dos 50 cm. O maior peso

já publicado foi 9 kg. Suas duas nadadeiras

dorsais são claramente separadas e possui o

focinho achatado. A primeira nadadeira dorsal é espinhosa e a segunda raiada. Escamas

ctenoides. Nadadeira caudal truncada nos exemplares jovens e lunada ou marginada nos

adultos. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais (total): 21-24; espinhos anais 3; Raios anais:

17 - 18. Boca pequena e terminal, com dentes diminutos em forma de cerdas. Não possuem

dentes no vomer e palatinos. A coloração do seu corpo é cinza prateada com barras

enegrecidas. Não existe pesca direcionada para o comércio dessa espécie.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Massachusetts, EUA e norte do Golfo do México até o

Rio Grande do Sul, Brasil.

Alimentação: Alimenta-se de invertebrados bentônicos como crustáceos, moluscos,

anelídeos, cnidários, bem como de plâncton.

Reprodução: Na Carolina do Sul, EUA um estudo indica um pico sazonal claro por ano de

atividade reprodutiva, que vai de Março a Setembro, com uma média de tamanho da primeira

maturação sexual de 10 cm.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, associados ou não a

recifes de corais, em profundidades de até 35 m. toleram uma ampla gama de habitats e são

abundantes em águas costeiras e rasas, de manguezais, praias de areia e locais próximos a

naufrágios ou portos. Os Juvenis dessa espécie são comuns em estuários e frequentemente

encontrado em lagoas de água muito rasa. Adultos podem formar cardumes muito grandes.

Nomes comuns: Paru, Tareira, Atlantic spadefish, Moonfish.

Referências: 237, 130, 240, 142, 101, 166, 231, 261, 28. Foto: Krumme, Uwe.

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Chilomycterus spinosus spinosus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie pertencente à

ordem Tetraodontiformes da família dos

Diodontidae. Possuem o corpo coberto por

espinhos longos e móveis. Não possuem espinhos

dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 10-12;

Raios anais: 10 - 11; peitoral 21-23. Ao contrário

do C. antillarum, suas manchas não formam

hexágonos. Pode atingir um comprimento total de

25 cm. É a única espécie do gênero presente no Brasil. Não possui nenhuma importância

comercial.

Distribuição: desde a Venezuela até a Argentina.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não há cuidado parental.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrado em águas estuarinas. Possuem hábito demersal.

Podem ser encontrados em profundidades de até 190 m.

Nomes comuns: Baiacu, Baiacu de espinho, Peixe ouriço.

Referências: 101, 36. Foto: Wirtz, Peter.

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Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus, 1766) Características gerais: É um peixe teleósteo, que

faz parte da ordem Perciformes e pertencente à

família dos Carangidae. É um peixe de pequeno

porte, possui uma cor azul metálico no lado dorsal,

e ventral prateado, seu pedúnculo caudal possui

um ponto preto. Seu perfil dorsal é mais curvado

do que o ventral. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais (total): 25-28; espinhos anais 3;

Raios anais: 25 - 28. Pode atingir um comprimento máximo de 65 cm, mas é mais comumente

encontrado com 25 cm.

Desde 1950 há registros de captura comercial dessa espécie, e de 2006 a 2011 a produção

ficou em torno de 18 mil toneladas e 25 mil toneladas. Pode ser comercializado fresco ou

salgado. É considerada uma das mais abundantes espécies de Carangidae no Brasil, sendo que

suas larvas são encontradas entre 15 e 40 m de profundidade. Estudos de produção pesqueira

no Brasil mostram que nas regiões Sul e Sudeste apesar da pesca não ser direcionada, existe a

capturada como fauna acompanhante.

Distribuição: É encontrado em países como Angola, Bermuda, Brasil, Congo, Costa do

Marfim, Estados Unidos, Suriname.

Alimentação: Alimenta-se de invertebrados zooplanctônicos, tais como crustáceos e

moluscos.

Reprodução: Atingem a maturidade com cerca de 10 cm.

Habitat e Hábito: É uma espécie restrita a águas tropicais e temperadas. Pode ser encontrado

em águas marinhas e salobras (juvenis). São raramente encontrados em ambientes de mar

aberto. Comumente associados com objetos flutuantes.

São associados às zonas neríticas e podem ser encontrados em profundidades de até 55m.

Preferem fundos inconsolidados da plataforma continental (juvenis são comuns em estuários).

Formam cardumes e habitam águas litorâneas com preferência de baias e regiões estuarinas.

Nomes comuns: Folha-do-mangue, garapau, juva, palombet. Brasil.

Referências: 130, 75, 264, 101, 261, 57, 86, 45, 246. Foto: Krumme, Uwe.

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Citharichthys arenaceus Evermann & Marsh,1900 Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Pleuronectiformes pertencente à família

Paralichthyidae. São peixes de pequeno porte. Os

membros deste grupo são conhecidos como "lefteye

solhas" porque ambos os olhos e pigmentação estão

do lado esquerdo do corpo. Sua linha lateral é quase

reta sem arco pronunciado. Ambas as maxilas

possuem uma única fileira de dentes fixos. Possuem escamas ctenoides. Não possuem

espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 75-82; Raios anais: 56-62. O maior

exemplar já registrado foi de 20 cm.

Distribuição: Atlântico Ocidental: sudeste da Flórida, EUA, e no Brasil.

Alimentação: A dieta baseia-se em crustáceos, peixes, Gastrópodes e Polychaeta. Seu hábito

alimentar não é especializado.

Reprodução: A época de desova pode variar com os fatores ambientais de cada lugar, e

provavelmente é a temperatura da água o fator que regula esse ciclo. Populações no Brasil

desova de março a maio e novembro, a temporada na Carolina do Norte é restrito a fevereiro e

março, e os peixes em Porto Rico desovam de novembro a maio.

Após a desova, as larvas se estabelecem em habitats costeiros por cerca de 40-50 dias.

Dependendo da temperatura da água e de outros fatores.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce. Possuem

hábitos demersais em mares tropicais. Ocorrem em baías, lagoas, águas costeiras rasas e

estuários. É uma espécie eurialina e pode suportar variações na salinidade. Já foram

encontrados indivíduos em salinidades de 0,9 a 35.

Populações podem ser encontradas numa variedade de habitats costeiros rasos e também a

uma profundidade de 75 m. Devido às suas grandes tolerâncias ambientais, prospera em

várias latitudes e tipos de habitats.

Nomes comuns: Sandwhiff, linguado, solha.

Referências: 6, 162, 281, 61, 101. Foto: Vaske Jr., Teodoro.

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Citharichthys macrops Dresel, 1885 Características gerais: Esta espécie pertence à ordem

dos Pleuronectiformes e fazem parte da família

Paralichthyidae. Os linguados que pertencem a esta

família tem os olhos do lado esquerdo do corpo.

Possuem a nadadeira caudal totalmente separada da

dorsal (74-85 raios) e anal (56-64). Sua nadadeira pélvica tem as bases curtas e quase

simétricas; suas nadadeiras peitorais possuem raios ramificados. Sua boca é protrátil, grande e

assimétrica. Ambas as maxilas possuem dentes fixos. Eles passam por uma profunda

transformação durante seu desenvolvimento: suas larvas e juvenis são bilateralmente

simétricos, mas logo um dos olhos migra para o lado esquerdo do corpo, e então o peixe passa

a “deitar sobre o lado que não tem olhos”. Possuem manchas escuras pelo corpo. A coloração

se restringe a lado dos olhos. Sua linha lateral é quase reta. Suas escamas são ctenoides. São

considerados de pequeno porte, atingem até 20 cm. Não é explorado economicamente, mas

aparece frequentemente associado ao bycacth da pesca de arrasto do camarão. Inserida na

Lista de espécies que estão no Processo de Avaliação do Estado de Conservação das Espécies

de Peixes Ósseos Marinhos e Estuarinos (Actinopterygii) Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade –( ICMBio).

Distribuição: Pode ser encontrados da Carolina do Norte até a costa do estado de Santa

Catarina.

Alimentação: São predadores ativos. Alimenta-se de crustáceos bentônicos, pequenos peixes

(Calonoide, Cyclopoide, Penaeidae).

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Possui hábito bentônico, vivendo junto ao sedimento geralmente

enterrados. Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, associados a recifes de

corais e em estuários associado ao fundo lodoso. Pode ser encontrados em profundidades de

até 90 m. sendo mais comum em profundidades de até 40 m.

Nomes comuns: Spotted whiff, Lenguado manchado, Linguado.

Referências: 8, 240, 101, 173. foto: Martins, Itamar Alves

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Citharichthys spilopterus Günther, 1862 Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Pleuronectiformes e pertencem a família

Paralichtyidae. Olhos e pigmentação estão do lado

esquerdo do corpo, nadadeiras dorsais e anais

separados. Seus olhos são grandes. A linha lateral

é quase em linha reta e a boca relativamente

grande estendendo-se até o meio dos olhos ou mais

posteriormente. Em ambas as maxilas há uma única fileira de dentes fixos. Possuem escamas

ctenoides. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 74-84; Raios anais:

52-63. Pode atingir um comprimento total de 20 cm, mas é mais comumente encontrado com

15 cm. Possui pequeno valor comercial e não há dados de captura nem produção na FAO, sua

pesca é restrita a regiões especificas.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Nova Jersey, EUA, para as Antilhas e no Brasil em todo o

litoral.

Alimentação: Alimenta-se principalmente de zooplâncton e zoobentos, Mysidacea,

Polychaeta e Amphipoda.

Reprodução: Populações no Brasil desova de março a maio e novembro, a temporada

Carolina do Norte é restrito a fevereiro e março, e os peixes Porto Rico desovam de novembro

a maio. As fêmeas geralmente migram para águas mais profundas para desovar, retornando

para áreas rasas no final da temporada.

Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinhas, salobra e

doce. Possuem hábito demersal. Podem ser encontrados em profundidades de até 75 m.

Ocorre em fundos lodosos da costa, também em estuários de água salobra e lagoas

hipersalinas.

Nomes comuns: Língua-de-vaca, linguado, solha. Brasil / Baywhiff USA

Referências: 57, 240, 101, 272, 162, 136. Foto: Sazima, Ivan.

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Colomesus psittacus (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Esta espécie faz

parte da ordem dos Tetraodontiformes,

pertencente à família dos Tetraodontidae.

Possuem uma base peitoral e pedúnculo

caudal coberta com espinhos, dentes

fundidos em placas sendo esta uma em cada

mandíbula, narina com duas aberturas. A coloração do dorso é verde-escuro com seis barras

pretas transversais e seu ventre é branco. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios

dorsais (total): 11-12; Raios anais: 11. Quando perturbado se infla de água (ou ar) para

parecem maiores e afastar predadores.

Diferente da outra espécie do mesmo gênero (Colomesus asellus) o C. psittacus é raramente

mantido em aquários. Ele não é uma espécie disciplinada e pode ser agressivo com outros de

sua própria espécie, sendo mantidos isolados. Pode atingir um comprimento total de 29 cm,

mas é mais comumente encontrado com 25 cm. É uma espécie que não possui importância

comercial. Não há dados de captura nem produção na FAO.

Distribuição: Atlântico ocidental: Golfo de Paria (formado pelo rio Orinoco, Venezuela) até

o litoral da região Nordeste do Brasil.

Alimentação: São carnívoros e se alimentam de moluscos e crustáceos, quebrando-os com

seus dentes poderosos.

Reprodução: Estudos mostram que a primeira maturação (L50) das fêmeas se da por volta de

10,79 cm para os machos e 13,37 cm, o tipo de desova é parcelada com desenvolvimento

assincrônico, a fecundidade da espécie é elevada estimada em 3.715 ovócitos, apta a se

reproduzir durante todo o ano.

Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinha, salobra e doce.

Possuem hábito demersal e podem ser encontrados em profundidades de até 40 m. São

solitários, às vezes se juntam em dois ou três, mas nunca formam cardumes. Habitam águas

costeiras rasas de fundos não consolidados.

Nomes comuns: Baiacu, baiacu de camisa, baiacu-de-agua-doce, baiacu-xaréu, baiacu-

listado. Brasil

Referências: 57, 166, 169, 276, 101, 259. Foto: Krumme, Uwe.

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Ctenogobius shufeldti (Jordan e Eigenmann,1887) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Perciformes, pertencente à família Gobiidae.

Possuem cinco manchas escuras quadradas ao

longo da lateral do seu corpo. Corpo com 34-40

fileiras transversais de escamas, nadadeira dorsal

com 6 espinhos e 12 raios, nadadeira anal 13 raios.

Podem atingir um comprimento total de 8 cm, porém são mais comumente encontrados com

cerca de 4 cm.

Distribuição: América do Norte: Carolina do Norte até o sul da Flórida e Texas, nos EUA e

na América do Sul: Venezuela e Brasil.

Alimentação: São onívoros, se alimentam tanto de invertebrados quanto vegetais. Crustáceos

bentônicos (notadamente Ostracoda e Tanaidacea) além de algas e outros vegetais também

fazem parte da sua dieta.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Espécie encontrada em águas doces e salobras. Habita águas de baixa

salinidade como em baías e estuários.

Nomes comuns: Freshwater goby, American freshwater goby. EUA

Referências: 240, 101, 261, 289, 151. Foto: Grammer, Gretchen L.

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Ctenogobius boleosoma (Jordan & Gilbert, 1882) Características gerais: Pertencente à ordem dos

Perciformes, da família dos Gobiidae. Possui o

corpo fusiforme. Cerca de cinco manchas escuras

redondas ou alongadas ao longo da lateral, alguns

com marcas diagonais que se estende para cima

para formar formas de V. Corpo com 29 a 34 fileiras transversais de escamas. Nadadeira

dorsal com seis espinhos e usualmente 11 raios; anal em geral com 12 raios. Possuem uma

mancha ovalada, maior que o olho acima da base da nadadeira peitoral. Podem atingir um

tamanho máximo de 7,5cm, mas normalmente é encontrado com 4 cm.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Carolina do Norte (EUA), Bahamas, e norte do Golfo do

México até o Rio de Janeiro, Brasil.

Alimentação: Alimentam-se principalmente de pequenos animais, como crustáceos e

ostracodermes.

Reprodução: A desova ocorre durante o ano todo em países como Venezuela. Já nos EUA a

desova se concentra nos meses de junho a agosto. São dioicas e possuem fertilização externa.

Os ovos se desenvolvem no fundo, possuem a forma ovoide e é pegajoso, geralmente amarelo

ou laranja e têm grandes quantidades de protoplasma e pouca gema.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doce e salobra. Encontram-se

associados a recifes de coral, fundo macio e estuários. É uma espécie eurialina, variando de

água salobra (quase entrando água doce) para hipersalinas. É uma espécie anfídroma.

Nomes comuns: Dartergoby, EUA /Amoré, Brasil.

Referências: 192, 240, 261, 256, 107, 101, 55, 69. Foto: Sazima, Ivan.

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Ctenogobius smaragdus (Valenciennes, 1837) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem

dos Perciformes e faz parte da família dos Gobiidae.

Olhos no posição superior. Não possuem linha lateral.

Possuem dentes cônicos. A região da nuca é escamada.

Segunda nadadeira dorsal com 12 raios. Sua nadadeira

dorsal possui 6 espinhos, anal 12 raios. Apresenta uma

macha ovalada acima da nadadeira peitoral. Há círculos claros envolvidos por um anel escuro

na cabeça. Maior comprimento 15 cm. Espécie euri-halina, suportam salinidades que vão de 0

a 43 ppt. É vendido no comércio do aquário.

Distribuição: Pode ser encontrado desde a Carolina do Sul até litoral de São Paulo.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: A papila urogenital é alongada nos machos e bulbosa nas fêmeas.

Habitat e Hábito: Vivem em águas rasas de fundo lodosos e águas turvas, em contato direto

com o substrato. Possuem o hábito de se enterrarem. Podem ser encontrados em águas

marinhas, salobra ou até mesmo doce.

Nomes comuns: Emerald Goby, Amoré, Maria da toca, Esmeralda cabezona.

Referências:221, 78, 64, 101, 55. Foto Macieira, Raphael M.

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Ctenogobius stigmaticus (Poey, 1860) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes pertencente à família dos

Gobiidae. Possuem um corpo fusiforme que é

característico dessa espécie e usado na

identificação. Possuem quatro ou cinco barras verticais escuras na parte inferior da face,

sendo 3 sob o olho e uma no opérculo. Linha mediana lateral do corpo com cerca de 5

manchas irregulares, sendo a última na base da caudal, 6 faixas verticais estreitas claras no

corpo. Todas as nadadeiras mais ou menos pigmentadas. Espinhas dorsais (total): 6 Raios

dorsais (total): 12; espinhos anais 0; Raios anais: 13. Pode atingir um comprimento máximo

de até 8 cm. Segundo a FAO não existem dados de captura nem de aquicultura.

Distribuição: Carolina do Norte até Santa Catarina.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat: Vivem em águas marinhas. Possuem hábito demersal. São encontrados em fundos

lodosos de águas costeiras rasas e às vezes em zonas intertidais. É uma espécie eurialina.

Nomes comuns: Marked Goby. USA/ Amoré, Maria-da-toca. Brasil/ Esmeralda. Cuba

Referências: 240,101, 55. Foto: Macieira, Raphael M.

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Cynoponticus savanna (Bancroft, 1831) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem

dos Anguilliformes e faz parte da família

dos Muraenesocidae. Muito se assemelham aos

Congrídeos, possuem aberturas branquiais bem

desenvolvidas, nadadeiras caudal ligada às nadadeiras

dorsal e anal. Suas narinas posteriores estão situadas acima do lábio superior, em frente aos

olhos. Possuem dentes vomerianos situado no céu da boca, e por sinal muito bem

desenvolvidos, de formato caniniformes. Suas fendas branquiais estão situadas abaixo da

base nadadeiras peitorais (17 raios); as narinas posteriores são ovaladas e se situam em frente

aos olhos. Todos os seus dentes são bem desenvolvidos, em ambas as maxilas e os

vomerianos. Os dentes do vômer são numerosos e organizados em várias séries, sendo a do

meio mais desenvolvida que as laterais. Possui a cauda longa, quase duas vezes mais longa

que o resto do corpo. A linha lateral possui 43 poros até o nível da abertura anal. Possui o

corpo marrom-escuro dorsalmente, e mais claro ventralmente. As nadadeiras dorsal e anal têm

margens negras. Podem chegar a medir mais de 1,5 m. mais comumente encontrada com 50

cm. Não é comum a pesca comercial. Mas quando há, é comercializado fresco, em mercados

específicos. É capturado em rede de arrasto, linha de mão. Esta é a única espécie da família no

qual foi reportada o fenômeno do albinismo. Lista de espécies inseridas no Processo de

Avaliação do Estado de Conservação das Espécies de Peixes Ósseos Marinhos e Estuarinos

(Actinopterygii) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.

Distribuição: É encontrada no Atlântico ocidental, das Antilhas até o Brasil.

Alimentação: Carnívoro. Alimenta-se principalmente em animais bentônicos e pequenos

peixes.

Reprodução: suas larvas possuem a forma leptocephalus .

Habitat e Hábito: Bentônica. Podem ser encontrados na plataforma continental até 100 m de

profundidade, em litoral que possua fundos rochosos, ambientes estuarinos e baías.

Nomes comuns: Guayana pike-conger, Pike, Sapphire Eel, Morena Arenera, Congro.

Referências: 57, 101, 240, 49, 276, 191, 9. Foto Matsuura, Keiichi.

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Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, da família dos Sciaenidae.

Podem chegar a medir 90 cm, porém é mais

comumente encontrado com 35 cm. O maior peso

já publicado foi de 2 kg. Espinhos dorsais (total):

11; raios dorsais (total): 20-24; espinhos anais 2; Raios anais: 8 - 10. Comercializado tanto

fresco como salgado, sua carne é considerada de excelente flavour. Suas escamas são

cicloides. Seu corpo é prateado com o dorso acinzentado. As nadadeiras são claras, exceto a

dorsal espinhosa, que é escura, bem como a margem da caudal. Abundante no Nordeste do

Brasil. Geralmente são capturadas com redes de cerco, espera e arrastos de praia. Parece ser

mais abundante na região norte do Brasil, pois aparece com frequência no mercado de Belém,

PA.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Panamá para Santos, Brasil.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras em profundidades

de até 25 m. Possuem hábito demersal. Encontrado sobre fundos inconsolidados de lama e

areia nos estuários dos rios. Possuem a bexiga natatória bem desenvolvida funcionando como

órgão de ressonância para as vibrações produzidas por músculos especiais a ela ligado.

Formam cardumes. Demersais, frequentam as águas rasas próximas às costas, baías e

enseadas, e locais pedregosos como corais.

Nomes comuns: Marmota, Cambucu, Pescada-branca.

Referências: 51, 57, 171, 249, 59, 101.. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Cynoscion microlepidotus (Cuvier, 1830) Características gerais: Esta é uma espécie que faz parte

da ordem dos Perciformes, e pertencem à família dos

Sciaenidae. São peixes que possuem uma grande

importância comercial. Possui uma parte espinhosa

anterior da nadadeira dorsal contínua com a parte mole

posterior, havendo entre ambos um entalhe profundo. Sua linha lateral se estende até a

margem posterior da nadadeira caudal. Possui a bexiga natatória bem desenvolvida, no qual

funciona como órgão de ressonância que através das vibrações produzida por músculos

especiais a ela ligados produzem um som característico. Não possuem barbilhões em sua

mandíbula, sua boca é muito inclinada, e a mandíbula é mais saliente que a maxila superior.

Seu pré-opérculo não possui espinhos. Seus olhos são relativamente grandes. Seu corpo é

comprimido. Possui pequenos dentes na maxila que se distribui em faixas de formato cônico,

com exceção dos dentes na ponta da maxila superior que são caniniformes. Suas escamas são

cicloides. Em sua nadadeira dorsal possui 1 espinho e a presença de 20 a 25 raios. A

nadadeira anal possui 2 espinhos e de 8 a 10 raios. A nadadeira dorsal é coberta com pequenas

escamas da base até a metade de sua altura e possui 10 espinhos na sua porção anterior, e 1 na

posterior. A nadadeira peitoral possui de 18 a 21 raios. A nadadeira caudal tem formado

romboidal. Sua cor é acizentada no dorso, prateado nos lados e ventralmente. Nadadeiras

peitorais, pélvicas, anal e caudal são amarelada. Constituem importante parcela de captura

comercial, no Maranhão é a terceira espécie mais capturada, com 2.742 ton/ano. Pode ser

capturada com anzol e redes-de-arrasto. Em certos mercados sua bexiga natatória é vendida

separadamente. Muito comum no mercado da região norte sendo vendido fresco e salgado.

Capturado principalmente pelas redes de arrasto. Pode atingir até 1 m e pesar cerca de 3 a 4

kg. Porém mais comumente encontrado com 50 cm. Bioindicador de presença de metais em

estuários.

Distribuição: Pode ser encontrado desde o golfo da Venezuela ao litoral sudeste do Brasil.

Alimentação: Alimenta-se de peixes e crustáceos.

Reprodução: São peixes dioicos, com fecundação externa e não apresentam dimorfismos

sexual evidentes. Esta espécie apresenta desova assincrônica com dois picos anuais: um

período de atividade reprodutiva mais forte entre dezembro e abril e outro mais fraco entre

junho e agosto. Machos alcançam a primeira maturação com comprimentos inferiores aos das

fêmeas. Primeira maturação de 260 a 297 mm.

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Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em profundidades de até 30 m. Relacionado a

ambientes estuarinos, pode ser facilmente encontrado próximo à desembocadura dos rios em

fundo de lama ou areia. É uma espécie demersal.

Nomes comuns: Smallscale weakfish, Acoupa doré, Corvina uçu, Dente-de-cão, Pescada,

Pescada-amarela, Pescada-bicuda, Pescada-dentão.

Referências: 38, 195, 2, 59, 57, 101 Foto Carvalho Filho, A.

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Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758) Características gerais: É um peixe teleósteo da

ordem dos Scorpeniformes, da família dos

Dactilopteridae. Possuem dentes presentes nas

maxilas, mas não no palato. Espinhas dorsais

(total): 7; raios dorsais (total): 8; espinhos anais 0;

Raios anais: 6. Nadadeira peitoral muito grande em

forma de leque, com seis raios dianteiros separados

como pequenos lóbulos. Estes são os peixes

conhecidos como "falsos voadores", pois apesar do

grande desenvolvimento das suas nadadeiras

peitorais, não são utilizadas para o planeio fora da água. Segundo a FAO, de 2004 pra 2010

foram capturados em media 4 toneladas por ano.

Podem atingir um comprimento máximo de 50 cm, mas é mais comumente encontrado com

38 cm. O maior peso já publicado foi de 1,8 kg. Possuem o corpo cilíndrico e robusto de cor

variável, geralmente marrom, com dorso manchado de azul e ventre claro, cabeça com

espinhos e nadadeiras peitorais muito desenvolvidas.

Distribuição: Atlântico Leste: Canal Inglês de Angola, incluindo o Mediterrâneo, Madeira e

Açores e no Atlântico Ocidental: Canadá, e de Massachusetts, EUA e no Golfo do México até

a Argentina.

Alimentação: São carnívoros e alimentam-se principalmente de crustáceos bentônicos,

especialmente caranguejos, moluscos, vermes e pequenos peixes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat: Espécie encontrada em águas marinha e salobra. Associados a fundos de areia,

cascalho e recifes. Podem ser encontrados em profundidade de até 100 metros.

Nomes comuns: Flyinggurdnard, USA / Coió, falso voador, peixe voador. Brasil.

Referências: 247, 248, 18, 156, 255, 261, 262, 101. Foto: Randall, John E.

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Diapterus olisthostomus (Goode and Bean, 1882) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes e pertence à família dos Gerreidae. Seu

corpo é comprimido, romboide, sem estrias longitudinais

escuras e prateado. Nadadeiras dorsal e anal (3 espinhos e

8 raios) com a base revestida de escamas, sendo que a

dorsal possui de 9 a 10 espinhos. Menos abundante que o D. rhombeus. Podem atingir até 35

cm mas é mais comumente encontrado com 20 cm. Capturado em alguns lugares para servir

de alimento a outros peixes.

Distribuição: pode ser encontrado desde a Flórida ao sudeste do Brasil.

Alimentação: Possuem a boca muito protrátil, a qual se estende em forma de tubo durante a

alimentação. Alimentam-se de invertebrados aquáticos, microalgas e restos vegetais.

Reprodução: A desova acontece nas partes mais fundas.

Habitat e Hábito: são peixes costeiros, vivem predominantemente no estuário.

Nomes comuns: Caratinga, Carapicu.

Referências: 101, 120. Imagem: FAO

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Diapterus auratus Ranzani, 1842 Características gerais: Esta espécie pertence à

ordem dos Perciformes da família dos Gerreidae.

Podem chegar a um comprimento máximo de 34

cm, porém são mais comumente encontrados por

volta dos 20 cm. O maior peso já publicado foi de

680 g. Nadadeira anal com e espinhos e 8 raios.

Nadadeira dorsal possui um espinho.

Distribuição: Atlântico ocidental: Carolina do Norte, EUA e Antilhas Maiores de São Paulo,

Brasil.

Alimentação: Boca com uma grande capacidade protusiva com a qual consegue se alimentar

dos organismos da infauna. Os juvenis alimentam-se principalmente de material vegetal com

alguns nematoides, copépodes, e ostracodes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, de hábito demersal.

Habita águas costeiras rasas, especialmente riachos, mangues e lagoas, mas também

encontrado em terreno de areia com vegetação em áreas marinhas típicas.

Nomes comuns: Caratinga, Carapicu, Carapeba-branca, Irish pompano, Mojarra

Referências: 51, 57, 155, 101. Foto: Duarte, Luís Orlando.

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Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829) Características gerais: Fazem parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à

família Gerreidae. Boca protrátil,

estendendo-se em forma de tubo durante a

alimentação. Possuem 2 espinhos e 9 raios

na nadadeira anal, são prateados-escuro

dorsalmente, e mais claro ventralmente.

Nadadeira dorsal anterior com a margem superior enegrecida, os jovens apresentam traços

verticais escuros na lateral do corpo. Podem atingir um comprimento total de 40 cm, mas é

mais comumente encontrado aos 30 cm. São bastante frequentes nos estuários da costa

brasileira e de importância econômica no litoral pernambucano. Comercializado fresco. O

Diapterus rhombeus é um importante constituinte da fauna ictiológica de diversos ambientes

costeiros do Brasil, no entanto, estudos focados na espécie são escassos.

Distribuição: Atlântico Ocidental: sul do Golfo do México, América Central e Antilhas até o

Brasil.

Alimentação: Apresenta uma dieta diversificada, sendo os principais itens, poliquetas,

crustáceos, anfípodes e camarões.

Reprodução: A desova ocorre em locais mais profundos e os jovens se desenvolvem mais

próximo à superfície. Estudos de maturidade afirmam que essa espécie fica madura

sexualmente por volta dos 12 cm e a desova pode ocorrer durante todo o ano. Estudos no

litoral pernambucano indicam que esta espécie possui desova parcelada com dois picos de

desova no segundo semestre do ano.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinha e salobra em profundidades de

até 70 m. Possuem hábito demersal. Podem ser encontrados em fundos de lama ou areia. Os

juvenis são comuns em lagoas hipersalinas e em água salobra de estuários.

Nomes comuns: Carapeba, Peixe-prata. Brasil / Caitipamojarra, Silver perch. USA

Referências: 51, 101, 57, 229, 96, 82, 25.. Foto: Duarte, Luís Orlando.

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Diplectrum radiale (Quoy & Gaimard, 1824) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes, e pertence à família dos Serranidae.

Possui um grupo de espinhos fortes divergentes na

margem posterior do pré-opérculo. Sua nadadeira dorsal

possui 10 espinhos e 12 raios, a nadadeira anal possui 7 raios. Seu corpo possui duas faixas

longitudinais escuras que podem se reduzir a duas séries de manchas. Podem chegar a medir

26 cm. Mais comumente encontrado com 20 cm. Importante em comércios locais. Capaz de

tolerar ambiente com pouco oxigênio. Muito comum sua ocorrência em bycath na pesca do

camarão. A carne é de boa qualidade. Comercializado fresco ou congelado.

Distribuição: Pode ser encontrado desde a Flórida até o Uruguai.

Alimentação: Alimentam-se principalmente de zooplâncton, peixes e crustáceos, mas

também algas filamentosas.

Reprodução: São hermafroditas simultâneos. A primeira maturação acontece por volta dos

120 mm. Desova parcelada durante todo o ano.

Habitat e Hábito: de hábitos costeiros. Pode ser encontrada em profundidades de até 60 m.

Encontrados em regiões estuarinas.

Nomes comuns: Aguavina, Jacundá, Margarida, Michole-da-areia, Peixe-aipim, Papa-terra.

Referências: 10, 101, 130, 57, 276, 104, 31. Foto Matsuura, Keiichi

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Elops saurus Linnaeus, 1766 Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Elopiformes, pertencente à família Elopidae.

Possui uma grande nadadeira caudal,

profundamente bifurcada. O corpo é áspero com

pequenas e finas escamas prateadas. Suas

nadadeiras são amareladas. Como um peixe predador, este peixe possui dentes pequenos e

afiados. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 21-26; Raios anais:

14-17; Vértebras: 73-85. Possui escamas pequenas, mais de 100, na linha lateral.

Podem atingir um comprimento total de 100 cm, mas é mais comumente encontrado com 60

cm. O maior peso já publicado foi de 10,1kg. É famoso pelo seu hábito de pular ao longo da

superfície da água e por saltar muito durante sua pescaria. Embora não sejam muito

procurados como uma espécie comestível, devido à sua estrutura óssea, existe a pesca

comercial moderada na Flórida. Pode ser comercializado fresco, salgado e congelado, mas

considerada uma carne de segunda linha.

Existem dados de captura dessa espécie desde a década de 50, no qual nos primeiros anos

manteve uma média de produção anual por volta dos 350 t. Nos últimos anos de 2009 a 2011

essa média se manteve por volta das 80 t anuais.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Estados Unidos, Bermuda, e norte do Golfo do México ao

sul do Brasil e também na China, Taiwan e Vietnã.

Alimentação: Alimentam-se principalmente de zooplâncton, crustáceos, insetos e pequenos

peixes.

Reprodução: A desova ocorre durante todo o ano em algumas regiões. A desova ocorre no

mar, as larvas vão à deriva em direção à costa, onde eles se abrigam e crescem. Durante os

primeiros estágios de maturação há um estágio de leptocephalus. Os ovos são pelágicos.

Alguns indivíduos com mais de 2-3 anos foram coletados em pesquisas realizadas em Tampa

Bay e no "Indian River Lagoon" e quase todos os peixes costeiros desta idade eram imaturos

reprodutivamente, sugerindo que essa espécie deixa os estuários somente após 2-3 anos para

desovar no mar.

Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas e salobras. Podem chegar a

profundidades de até 50m. Ocorrem em áreas neríticas rasas, sobre fundos lodosos e em

estuários de água salobra. Os juvenis são comuns em lagoas e baías hipersalinas. Formam

grandes cardumes próximos à costa. Possuem uma ampla tolerância a variação de salinidade.

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Nomes comuns: Barana, juruma, tubarana, ubarana. Brasil / John, ladyfish, skipjack,

tenpounder. USA

Referências: 54, 64, 237, 101, 283, 156, 261, 28, 160, 123, 125, 190. Foto: Christie, Barrett

L.

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Erotelis smaragdus (Valenciennes, 1837) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à família

Eleotridae. Como nos gobiideos há uma papila

urogenital alongada nos machos e bulbosos nas

fêmeas. Espinhos dorsais (total): 6; raios dorsais (total): 11; espinhos anais 1; Raios anais: 9.

Podem atingir um comprimento total de 20 cm.

Distribuição: Atlântico ocidental: Bahamas, sudeste da Flórida e no norte do Golfo do

México nos EUA para o Brasil.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábito

demersal. Habitam o baixo curso dos rios sempre nas proximidades do mar. Encontrado em

zonas de manguezal.

Nomes comuns: Amoré, Moréia-do-mangue-negra, Peixe-macaco. Brasil / Emeraldsleeper.

USA

Referências: 240, 101. Foto: Macieira, Raphael M.

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Etropus crossotus Jordan & Gilbert, 1882 Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Pleuronectiformes, pertences à família

Paralichthyidae. Os peixes dessa família sofrem

uma profunda transformação durante seu

desenvolvimento. As larvas e jovens são

bilateralmente simétricos, mas um dos olhos migra

para o lado oposto do corpo, e o peixe muda sua

posição de natação como se estivesse deitado.

Atinge um comprimento máximo de 20 cm. Pode chegar a viver cerca de um ano. Segundo a

FAO não existem dados de captura nem de produção.

Distribuição: Atlântico desde Baía de Chesapeake (USA), Golfo do México, América

Central, incluindo Trinidad, Venezuela, até o litoral Sul do Brasil.

Alimentação: Alimentam-se basicamente de poliquetas, crustáceos Decápodes, Stomatopoda,

Amphipodes e em algumas épocas do ano Isopodes.

Reprodução: A primeira maturação ocorre por volta dos 8 cm. A espécie estudada completa

todo o seu ciclo de vida em estuário, e ocorre tanto em regiões tropicais e regiões subtropicais

e temperadas, portanto a época de reprodução pode variar de lugar para lugar. Um estudo no

Complexo Estuarino de Paranaguá, Estado do Paraná mostra que o período reprodutivo foi de

Outubro a Janeiro.

Habitat e Hábito: Pode ser encontrado em águas marinha e salobra. É uma espécie de hábito

demersal. É comum em estuários. Frequentemente ocorrem em águas pouco profundas em

fundos de areia, com conchas e predominam em substratos biodetríticos, como baias e

estuários. Pode ser encontrados em profundidades de até 30 m. É uma espécie subtropical:

11°C a 31°C.

Nomes comuns: Linguado.

Referências: 237, 57, 101, 235, 218, 143, 122. Foto: Martins, Itamar Alves.

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Eucinostomus argenteus Baird & Girard, 1855 Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à família dos

Gerreidae. Possuem a ponta da nadadeira dorsal

escura. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais

(total): 10; Espinhos anais 3; Raios anais: 8.

Podem atingir um comprimento total de 20 cm,

mas é mais comumente encontrado com 15 cm. Pode ser comercializado fresco, mas não é

muito apreciado como alimento, pode ser transformado em farinha de peixe ou usado como

isca viva na pesca. Ele distingue-se de outros membros da família Gerreidae pelo cone

interhaemal, uma estrutura em forma de cone incomum formada a partir das duas primeiras

pterigióforos anais que envolve a extremidade posterior da bolsa de ar, o focinho tem distinta

pigmentação em forma de V e a nadadeira dorsal é transparente.

Distribuição: Pacífico Oriental: do sul da Califórnia, EUA ao sul do Peru, incluindo as ilhas

Galápagos e no Atlântico Ocidental: Nova Jersey, EUA e Bermuda através do Golfo do

México e Caribe a sudeste Brasil.

Alimentação: É uma espécie onívora. Alimenta-se de formas bentônicas usando sua boca

altamente protrátil para capturar os invertebrados da infauna como bivalves, poliquetas e

crustáceos.

Reprodução: A época da desova ocorre durante os meses mais quentes, de dezembro a junho,

em águas brasileiras.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinha, salobra e doce. Podem chegar a

uma profundidade de até 12m. São encontrados sobre fundos inconsolidados de baías e áreas

costeiras rasas, muitas vezes, ao longo das praias de areia. Juvenis são encontrados em lagoas

de manguezais e estuários.

Nomes comuns: Carapicu-pena, carapipiacuaçu, carapeba, escrivão. Brasil / Spotfinmojarra

USA.

Referências: 152, 91, 101, 240, 229, 131, 37, 41, 183. Foto: Martin, Louanna.

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Eucinostomus gula (Quoy & Gaimard, 1824) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à família dos

Gerreidae. Possui a boca protrátil, olhos muito

grandes, nadadeira peitoral longa e a caudal

furcada. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais

(total): 10; Espinhos anais 3; Raios anais: 7. Os

espécimes jovens apresentam manchas e faixas

escuras diagonais nos flancos. Podem alcançar um comprimento máximo de 23 cm, porém é

mais comumente encontrado com 15 cm e chegam a pesar 400g.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Massachusetts, EUA e Bermuda para a Argentina,

incluindo o Golfo do México e o Mar do Caribe.

Alimentação: Alimentam-se de pequenos invertebrados bentônicos, Polychaetas,

Scaphopoda, Foraminífera, Moluscos, Bivalves.

Reprodução: Geralmente ficam maduros sexualmente por volta dos 11 cm. Em alguns

lugares a desova ocorre de abril a agosto em outros parece desovar durante todo o ano, no

entanto, a alta temporada é nos meses mais quentes de verão em águas brasileiras.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doce e salobras, em

profundidades de até 55 m. Associados ou não a recifes de corais. Preferem águas rasas,

sendo especialmente abundantes sobre fundos de lama no mangue ou riachos. Os indivíduos

maiores também podem ocorrer em fundos de areia com vegetação em áreas marinhas. Entra

na água doce em regiões calcárias. Pode formar cardumes.

Nomes comuns: Carapau, carapim, carapicu. Brasil / silverjenny. USA

Referências: 130, 101, 57, 229, 51, 240, 251, 131. Foto: Vaske Jr., Teodoro.

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Eucinostomus melanopterus (Bleeker, 1863) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à família

Gerreidae. Possuem um padrão de pigmentação

em preto e branco nas pontas das espinhas dorsais

que distingue esta espécie de outras do mesmo

gênero. Boca muito protrátil, estendendo-se com forma de tubo durante a alimentação. Muito

parecido com E. argenteus, porém possui menos rastros e uma faixa branca separando a ponta

negra da nadadeira dorsal espinhosa da parte basal desta nadadeira. Pode atingir um

comprimento total de 30 cm, mas é mais comumente encontrado com 23 cm.

Distribuição: Atlântico Leste: Mauritânia a Angola e no Atlântico Ocidental: Bermuda e

Flórida, EUA para o Brasil, não foi encontrado no Bahamas.

Alimentação: Alimenta-se de peixes, camarões, moluscos, zooplâncton e detritos, incluindo

outros crustáceos e poliquetas bentônicos.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce. Podem chegar

a uma profundidade de até 25 m. Possuem hábitos demersais. Uma espécie costeira que pode

ser encontrada em estuários, rios e lagoas costeiras, sobre fundos de areia ou lama. Forrageia

durante o dia, em pequenos grupos, pairando perto do fundo e caça suas presa no substrato

peneirando o sedimento com a boca através de suas aberturas operculares. É frequentemente

encontrada junto com E.argenteus, porém menos abundante.

Nomes comuns: Cacundo, carapicu, escrivão, riscador. Brasil / Flag fin mojarra USA.

Referências: 253, 101, 237. Foto: Freitas, Rui Patrício.

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Fistularia petimba Lacepède, 1803 Características gerais: Esta é uma espécie da ordem

dos Syngnathiformes, o qual pertence à família

dos Fistulariidae. Caracterizado por possuírem o

corpo muito alongado, sem escamas. Sua boca é

pequena e está situada na extremidade de um longo

tubo ósseo. Possuem dentes pequenos, nadadeiras sem

espinhos e de poucos raios. A crista óssea anterior no crânio é fortemente serrilhada. Sua

coloração é marrom-claro, com faixas escuras transversais. Pode chegar a medir 2 m,

entretanto são mais comumente encontrados com 1 m. Lista de espécies inseridas na Oficina

de Avaliação do Estado de Conservação das Espécies de Actinipterygii Marinhos, que se

realizará entre 10 a 14 de setrembro de 2012, Iperó-SP.

Distribuição: Japão, Atlântico, Índico e Pacífico, e Havaí. Eles também são comuns nas

águas em torno de Taiwan.

Alimentação: Alimenta-se de pequenos peixes perto do fundo, lulas e crustáceos, sugando

presas pelo focinho tubular longo. É um predador furtivo, usando sua aparência esbelta para

perseguir cardumes de peixes, aproximando-se lentamente até perto o suficiente para

arremessar-se para frente e aproveitar presa inocente.

Reprodução: São ovíparos, dioicos. Seus ovos são grandes (1,5-2,1 mm de diâmetro),

pelágicos. As larvas eclodem com saco vitelino a 6-7 mm. Juvenis: são encontrados em

estuários e ambientes lamacentos.

Habitat e Hábito: De hábito bentopelágico. Comum em águas marinhas e ambientes

estuarinos. Associado a fundo lodosos, e recife de corais, pode ser encontrado em

profundidades de até 200 m. mais comumente encontrado até os primeiros 50 m.

Nomes comuns: Geriffelde fluitbek, Bambo, Taringongoh terusang, Trompeta, Cornetfish,

Flutemouth Lacepede's cornetfish, Red cornetfish, Agulhão-trombeta.

Referências: 291, 101, 187, 102, 248, 43, 288. Foto Randall, J.E

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Genyatremus luteus (Bloch, 1790) Características gerais: Espécie pertence à

ordem dos Perciformes, da família

Haemulidae. Possuem dentes cilíndricos na

parte basal e incisiformes na parte terminal,

distribuídos em uma série externa mais

desenvolvida e uma faixa interna irregular

constituída por dentes menores, em ambas

as maxilas. Corpo ovalado e alto. Boca pequena, a extremidade posterior do maxilar

ultrapassa ligeiramente a vertical que passa pela margem anterior da órbita. Possui uma

coloração escura dorsalmente e amarelada ventralmente. Espinhos dorsais (total): 13; raios

dorsais (total): 12; espinhos anais 3; Raios anais: 11. Pode atingir um comprimento total de 37

cm, porém é mais comumente encontrado com 25 cm. Maior peso publicado foi de 800g. É

comercializado fresco. E muito capturado por pescadores esportivos. Alta exploração

comercial.

Distribuição: Atlântico Ocidental da Colômbia até o Brasil.

Alimentação: É uma espécie onívora e oportunista, se alimentando dos itens mais abundantes

no ambiente como algas, Crustáceos (Decápode, Isópode, Tanaidacea e Amphipoda), Bivalvia

e Echinodermata.

Reprodução: Um estudo na Venezuela indica que a presença de indivíduos em estágio de

maturidade avançado entre janeiro e junho mostra que a maior atividade reprodutiva desta

espécie ocorre durante este período.

Habitat: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábito demersal e

pode chegar à profundidade de até 40 m. Encontrado principalmente em estuários de água

salobra e áreas adjacentes, com fundos de areia ou lama.

Nomes comuns: Caicanha, coró, roncador. Brasil.

Referências: 51, 57, 101, 71, 7, 132. Foto: Krumme, Uwe.

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Gobionellus oceanicus (Pallas, 1770) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Perciformes, pertencente à família Gobiidae.

Possuem olhos na posição superior, a papila

urogenital é alongada nos machos e bulbosos nas

fêmeas. A área pré-dorsal é escamada até a

margem das órbitas e com escamas no opérculo, mas que se diferencia pelo alto número de

fileiras laterais de escamas no corpo, 60 ou mais. Seus dentes são cônicos. Corpo com uma

mancha ovalada característica, localizada na linha mediana lateral acima da metade posterior

da nadadeira peitoral. Região anterior do primeiro espinho dorsal com 2 a 4 manchas escuras.

Espinhos dorsais (total): 6; raios dorsais (total): 14-15; Espinhos anais 0; Raios anais: 15.

Podem atingir um comprimento total de 30 cm, mas é mais comumente encontrado com cinco

cm.

Distribuição: Atlântico Ocidental: em águas tropicais, incluindo o Golfo do México.

Alimentação: detritívoros, consumidor primário de primeira ordem que se alimentam de

restos orgânicos, além de diatomáceas, crustáceos (copépodes) e moluscos

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinhas, doce e

salobra. Possuem hábito demersal. São encontrados em fundos de lama ou areia, em águas

turvas e salobras típicas de estuários.

Nomes comuns: Corongo, boca-de-fogo, milongo, moré. Brasil.

Referências: 185, 101, 240, 278. Foto: Noble, Brandi.

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Gobionellus stomatus Starks, 1913 Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Perciformes, pertencente à família Gobiidae. Os

gobiideos e eleotridideos são parentes próximos. E

há uma diferença marcante entre eles. Nos

gobiideos a distância entre a extremidade posterior

da segunda nadadeira dorsal e a base da nadadeira caudal é menor que o comprimento da base

da segunda nadadeira dorsal. A papila urogenital é alongada nos machos e bulbosos nas

fêmeas. Dentes cônicos. Nadadeira dorsal com 6 espinhos e 13 raios, anal com 14 raios.

Corpo com cerca de 60 fileiras transversais de escamas e com cerca de 6 manchas laterais,

sendo três localizadas sob a segunda dorsal. Seus olhos se situam na posição superior. Podem

atingir um comprimento total de 13 cm. É uma espécie endêmica do Brasil.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: É uma espécie encontrada em águas salobras. Possuem hábitos demersais

e vivem em águas rasas. Sempre em contato direto com o substrato onde comumente se

enterram

Nomes comuns: Amoré, peixe flor.

Referências: 101. Foto: Macieira, Raphael M.

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Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Beloniformes, pertencente à família dos

Hemiramphidae. Possui uma coloração no dorso

azulado e no ventre esbranquiçado. O lobo

superior da caudal, parte da dorsal e ponta da

mandíbula são alaranjados em espécimes vivos. Apresenta uma faixa escura no flanco

superior que vai da base da peitoral à base da caudal. Seu corpo é alongado e fino, sua

mandíbula possui o formato de bico (agulha), nadadeiras dorsal e anal são posicionadas mais

posteriormente, sua caudal é furcada com o lobo inferior mais desenvolvido. Raios dorsais

(total): 13-14; Raios anais: 12 – 13.

São facilmente atraídos pela luz, e em lugares específicos, onde há pesca com intuito de

comer esses peixes, é muito comum a pesca noturna com luz artificial e redes. Podem chegar

a medir cerca de 55 cm, mas são comumente encontrados com 35 cm. O maior peso já

publicado foi de 200g. Devem ser consumidos com cautela, pois há relatos de envenenamento

por ciguatera.

Sua maior importância é ser usado como isca para pesca esportiva em mar aberto, na pesca do

marlim, por exemplo, e também é utilizado como comida de peixe (produção de rações e

farinhas). Existem dados de captura desde a década de 60, que manteve índices médios de

captura até a década de 80 por volta 650 toneladas anuais. Desde 2009 a 2011 essa média

representa valores na casa das 1600 toneladas anuais. Porém deve-se levar em consideração o

pequeno porte e peso médio por indivíduo por volta dos 100g.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Massachusetts, EUA e norte do Golfo do México para o

Brasil, incluindo o Mar do Caribe, ausente em Bermuda e no Atlântico Leste: Cabo Verde e

Dakar, Senegal para Luanda, Angola. No Brasil é menos comum no sul.

Alimentação: Alimenta-se principalmente de algas marinhas e peixes pequenos.

Reprodução: Estudos indicam que esta espécie alcança, que no Rio Grande do Norte, Brasil,

a maturidade por volta dos 20 cm, a fecundidade média é cerca de 3100 ovócitos maduros e

que possui dois picos reprodutivos, primeiro de janeiro a março e o segundo de maio a julho.

Para a mesma espécie nas águas costeiras do sul da Flórida, foi registrada uma fecundidade de

1164 ovócitos, prolongado período de desova, que atingiu o pico no final da primavera e

início do verão.

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Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas e estuarinas. Podem chegar a

profundidades de até 5 m. Ocupa a linha costeira e são nectônicos. Formam grandes

cardumes.

Nomes comuns: Agulha-preta, agulhinha, peixe-agulha, balão, ballyhoo, halfbeak.

Referências: 18, 253, 57, 101, 67, 77, 216, 189. Foto: Vaske Jr., Teodoro.

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Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem dos

Syngnathiformes e pertence à família dos Syngnathidae. Seu

corpo é envolvido por uma série de anéis ósseos articulados.

Nadadeira dorsal constituída apenas por raios moles, aberturas

branquiais reduzidas. Existe uma bolsa incubadora situada na

parte ventral onde se desenvolvem os ovos resultantes da

desova realizada pela fêmea. Após a eclosão os jovens são

eliminados pelo macho através de uma fenda da bolsa

incubadora. Possui uma cauda preênsil, sua cabeça forma um

ângulo aproximadamente reto em relação ao eixo longitudinal do corpo. Nadadeira dorsal

com 16 a 19 raios. Ausência de nadadeiras pélvicas. Manchas escuras arredondadas dispersas

pelo corpo, contrastando com o fundo claro. Acredita-se que não existam predadores de

cavalo-marinho. Podem atingir 18 cm. Sua captura está ligado ao aquarismo, medicina

tradicional chinesa (há mais de 600 anos tratando asma, artrite, bócio, impotência, distúrbios

renais, enfermidades dérmicas, gastrite), pesca acidental (bycatch) comércio de curiosidades,

confecção de amuletos, suvenir. Encontram-se globalmente ameaçados, em consequência de

um intenso comércio envolvendo pelo menos 77 nações, da degradação de seus ambientes

costeiros preferenciais (ex., manguezais e recifes) e da captura acidental em redes de pesca.

Está incluída na Lista Vermelha da World Conservation Union, e todos os representantes do

gênero Hippocampus foram incluídos no Apêndice II da CITES (Convention on International

Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora). O comércio internacional é

monitorado através de um sistema de licenciamento (CITES II, desde 5.15.04) e se aplica um

tamanho mínimo de 10 centímetros.

Distribuição: Ocorre nos EUA, Bahamas, Bermudas, Caribe e no litoral brasileiro.

Alimentação: Alimentam-se de crustáceos, pequenos peixes, anfípodes. Ingeridos por sucção

através do focinho longo e tubular. São conhecidos como "predadores de emboscada", ficam

parados e à espera em vez de sair buscando ativamente presas. Hábito alimentar apenas

durante as horas de luz dia. Eles não têm dentes e o alimento é engolido inteiro, passando

rapidamente através do sistema digestivo, que não possui estômago.

Reprodução: Ovovivíparas. Diâmetro do ovo 1,2 milímetros. Período de gestação duas

semanas, dependendo da temperatura da água; jovens cerca de sete milímetros no nascimento.

Apresentam comportamento de cuidado parental exercido exclusivamente pelos indivíduos

machos. A fêmea deposita até 1.600 ovos na bolsa dos machos, onde ocorre a fecundação. O

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macho da a luz a minúsculos cavalos marinhos que já possuem a forma do adulto. A idade

média de primeira maturação para a espécie foi estimada em aproximadamente 7 meses, e a

idade média da primeira reprodução em aproximadamente 10 meses. Atinge a maturidade por

volta dos 8 cm, são dioicos, apresentam dimorfismo sexual (o macho possui uma bolsa

incubadora). Provavelmente formam casais monogâmicos: quando um dos indivíduos morre o

outro demora a achar um novo parceiro. A bolsa incubadora serve, também, para

osmorregulação e oxigenação dos filhotes.

Habitat e Hábito: Esses peixes habitam águas litorâneas rasas (principalmente em ambientes

protegidos de correntes muito fortes), marinha ou salobra, associada a recifes e mangues. É

uma espécie não migratória. Pode ser encontrado em profundidade de até 55 m. Sua cauda

preênsil permite a utilização de variados componentes do ambiente como substratos de apoio,

tais como raízes de mangue, fanerógamas marinhas, algas, esponjas, ostras, tunicados e

cnidários ou até mesmo substratos artificiais, bem como livres em bancos de areia e lama.

Tem movimentos lentos, e para compensar se camuflam no meio ambiente através do seu

colorido e capacidade de mudar de cor de acordo com as condições locais.

Nomes comuns: Longsnout seahorse, Seahorse, Cavalo-marinho, Caballito de mar.

Referências: 172, 101, 107, 36, 177, 214, 198, 83, 157, 245, 4, 44.

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Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Tetraodontiformes, pertencentes à família

Tetraodontidae. Não possui escamas nem

nadadeiras pélvicas. Seu dorso varia entre cinza

esverdeado e cinza escuro com as laterais prateadas e o ventre branco. Corpo alongado e

claviforme. Sua boca é relativamente pequena e em posição terminal, com dentes fusionados

em cada maxila. Possuem apenas uma dorsal. A nadadeira caudal é lunada, possuem

projeções espiniformes cobrindo todo o abdome. Os jovens apresentam de 5 a 8 faixas

transversais evidentes em sua lateral. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais

(total): 13-15; Raios anais: 12 – 13. Caudal: 11 raios.

Nadam lentamente apenas com as dorsais, anais e peitorais. Só utilizam a caudal para atacar

ou fugir. Podem atingir um comprimento máximo de até 100 cm, mas é mais comumente

encontrado com 60 cm. O maior peso já publicado foi de 5,2kg, um recorde mundial da pesca.

Sua carne é apreciada em algumas regiões e é valorizada comercialmente. Existem estudos

que indicam que os graus de toxidade são letais em apenas algumas épocas do ano como no

inverno, porém há poucos relatos de intoxicação e morte pela tetraodontoxina.

Distribuição: Atlântico Ocidental: desde a Nova Inglaterra nos Estados Unidos até a

Argentina. Já no Atlântico Oriental ocorre da Mauritania à Nambia e em algumas partes do

Indo-Pacífico e Índico, no Brasil ocorrem em todo o litoral.

Alimentação: Alimentam-se de Moluscos, Polychaetas, Crustáceos e principalmente peixes

Teleósteos.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábito pelágico

nerítico e podem ser encontrados em profundidades de até 180m. Habita área costeira de

fundos de areia ou lama, geralmente são encontrados sozinhos. Os adultos são pelágicos, mas

vivem perto das margens continentais, já os jovens são comumente encontrados na zona

litorânea e em estuários.

Nomes comuns: Baiacu-ara, peixe-balão, baiacu branco. Brasil / Smooth puffer. USA

Referências: 26, 240, 101, 58, 257. Foto: Alvheim, Oddgeir.

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Lutjanus analis (Cuvier, 1828) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes, e pertence à família dos Lutjanidae. É

um peixe de corpo alongado, mais ou menos

comprimido, coberto por escamas ctenoides e cabeça

caracteristicamente triangular. Parte posterior da

nadadeira dorsal e anal com escamas em sua base.

Possuem de 10 a 11 espinhos dorsais, e 13 a 14 raios dorsais. 3 espinhos anais e de 7 a 8 raios.

Possuem a boca terminal e entre esta e os olhos não se encontram escamas. Possui uma

mancha negra em sua lateral, situada abaixo dos primeiros raios da nadadeira dorsal. Os

dentes da maxila superior são mais desenvolvidos que a inferior. Placas de dentes do vômer

mais ou menos triangular. Possui uma coloração brilhante prateada, sendo mais escuro

dorsalmente e avermelhadas ventralmente. Possui uma estria azulada irregular próximo ao

olho. Nadadeira caudal furcada. Podem medir até 94 cm, o maior peso já publicado para esta

spp foi de 15,7 kg. Podem viver até 29 anos. São encontrados em profundidades de até 95 m.

Considerado um peixe de ótimo flavour, comercializado fresco ou congelado, comercializado

no mercado da aquariofilia, comum sua pesca esportiva. São importantes para pesca

comercial. São capturados com linha de fundo, espinhel de fundo, redes de emalhes, pesca de

mergulho e armadilhas. Ao consumi-la ter cuidado com a intoxicação por ciguatera. Espécie

estudada para fins de cultivo em viveiros. Cultivos experimentais no Caribe e na Colômbia

vêm demonstrando o potencial desta espécie para a piscicultura marinha.

Distribuição: Ocorrem desde os EUA até o sudeste do Brasil com grande importância

comercial pela qualidade da carne e valor de mercado.

Alimentação: São carnívoros. Alimenta-se durante o dia e a noite de peixes, camarões,

caranguejos, cefalópodes, e gastrópodes.

Reprodução: São dioicos. Atingem a maturidade sexual por volta dos 52 cm. Não possuem

cuidado parental. Formam cardumes para fins reprodutivos, com as fêmeas desovando varias

vezes durante o período reprodutivo. Os ovos são pelágico e esféricos. Ficam incubados entre

17 e 27 horas. Fertilização externa.

Habitat e Hábito: São encontradas em fundos de areias, lamosos (quando juvenis), recifes de

corais, baías, estuários. Quando pequenos formam cardumes. Possui hábitos tanto diurno

quanto noturno. Adultos ocorrem na plataforma continental, na quebra do talude, os jovens

ocorrem em estuários.

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Lutjanus griseus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Faz parte da ordem dos

Perciformes da família dos Lutjanidae. Possui um

corpo relativamente fino, uma boca grande e um

focinho pontiagudo. A nadadeira anal é

arredondada e as nadadeiras peitorais curtas, não

alcançando a nadadeira anal. Ambas as mandíbulas

têm uma estreita faixa de dentes viliformes, enquanto a mandíbula superior contém quatro

dentes caninos fortes, duas das quais são ampliadas e fáceis de ver. Espinhos dorsais (total):

10; Raios dorsais (total): 13-14; Espinhos anais 3; Raios anais: 7 – 8.

Podem atingir um comprimento máximo de 89 cm, mas é mais comumente encontrado com

40 cm. Idade máxima já registada foi de 21 anos. Peso máximo já publicado foi de 20.0 kg.

Muito popular na pesca esportiva, também é pescada comercialmente. Comercializado fresco

e congelado, comido frito, grelhado, e cozido. Ao consumi-lo tem que ter cuidado com o

envenenamento ciguatera. Tem sido criados em cativeiro. Segundo a FAO desde 2001 existe a

captura comercial dessa espécie e hoje em dia há uma pesca de aproximadamente 200

toneladas/ano. Quanto à produção em aquicultura a FAO não tem dados.

Distribuição: Atlântico Oeste: Massachusetts, EUA e Bermuda até o Rio de Janeiro, Brasil,

incluindo Golfo do México e Mar do Caribe.

Alimentação: Alimentam-se principalmente à noite de pequenos peixes, camarões,

caranguejos, gastrópodes, cefalópodes e alguns itens planctônicos. As larvas alimentam-se de

zooplâncton, os juvenis se alimentam durante o dia de crustáceos e peixes pequenos e, em

menor grau de poliquetas e moluscos.

Reprodução: Não apresentam dimorfismo sexual. Atingem a maturidade sexual por volta

dos 32 cm, aos 2 anos de idade. São dioicos, possuem fertilização externa, não apresentam

cuidado parental. A desova ocorre em um pico sazonal anual, durante o verão, perto da época

da lua cheia, na Flórida. Quando em cultivo necessitam de injeção de hormônio para melhorar

os resultados de desova. Ainda é necessário mais estudos acerca do cultivo e desenvolvimento

de técnicas que garantam os lucros com essa atividade.

Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinha e doce. Podem estar associadas a recifes.

Pode ser encontrados em profundidades de até 180 m. Adultos habitam águas costeiras, bem

como no mar em torno dos recifes de corais, áreas rochosas, estuários, manguezais, e às vezes

no curso inferior dos rios (especialmente os juvenis). Muitas vezes, formam cardumes. Tanto

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os adultos e juvenis foram encontrados em lagos de água doce e rios no sul da Flórida, uma

clara indicação de que a espécie é tolerante a uma ampla gama de níveis de salinidade.

Nomes comuns: Gray snapper, Mangrove snapper. USA/ Caranha, caranha-de-viveiro,

caranhota. Brasil.

Referências: 5, 43, 51, 172, 202, 139, 90, 268, 238, 101.Foto: Flescher, Don.

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Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Perciformes, pertencente à família dos Lutjanidae.

Seu corpo é amarronzado na parte superior e na

inferior avermelhada. Abaixo do olho há uma faixa

triangular e uma série de pontos azulados da

maxila superior até a margem do opérculo. A

curvatura superior é mais acentuada que a inferior. Nadadeira caudal emarginada, levemente

furcada. Nadadeiras peitorais longas, que atingem o nível do ânus. Apresentam dentes bem

desenvolvidos em ambas as maxilas. Um dos pares de caninos na mandíbula superiores

notavelmente grandes, visíveis, mesmo quando a boca está fechada. Espinhos dorsais (total):

10; raios dorsais (total): 14-15; espinhos anais 3; Raios anais: 8. Pode atingir um

comprimento total de 128 cm, mas é amis comumente encontrado com 60 cm. O maior peso

já publicado foi de 28,6 kg. Sua carne é considerada de boa qualidade, pescadores esportivos

e submarinos são muito atraídos por esta espécie. Possui um alto interesse comercial. Ao ser

consumido tem-se que ter cuidado com a ciguatera.

Distribuição: Massachusetts, EUA, até São Paulo, Brasil, também ocorre no Golfo do

México e Mar do Caribe.

Alimentação: Alimentam-se principalmente de peixes e invertebrados bentônicos, incluindo

camarões, caranguejos, gastrópodes e cefalópodes.

Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não apresentam cuidado parental.

Estudos de maturidade indicam que essa espécie fica madura sexualmente por volta dos 35

cm. A época de desova está concentrada de março a junho.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce (um dos

únicos lutjanids que pode ser encontrado em água doce). Podem estar associados ou não a

recifes de corais, podendo chegar a profundidades de até 40m. São nectônicas. Vivem em

fundos rochosos ou coralinos quando adultos. Enquanto jovens habitam águas nas zonas

entre-marés, baias e estuários. Geralmente são solitários. São predadores vorazes.

Nomes comuns: Caranha, bauna-de-fogo, carapitanga, dentão, sioba, siririca, vermelha.

Brasil / Dog snaper, Jocu. USA.

Referências: 5, 98, 107, 101. Foto: Krumme, Uwe.

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Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, pertencente à família dos

Lutjanidae. Há uma estreita faixa de dentes

viliformes em cada maxila, apresentam uma

mancha negra bem evidente lateralmente no corpo

acima da linha lateral, logo abaixo dos primeiros

raios da dorsal. Espinhos dorsais (total): 10; raios

dorsais (total): 12-13; espinhos anais 3; Raios

anais: 8-9.

Podem atingir um comprimento total de 60 cm, mas é mais comumente encontrado com 25

cm. O maior peso já publicado foi de 3,5kg. A maior idade já publicada foi de 10 anos. Sua

carne é muito apreciada e possui um alto valor comercial. Existem dados de captura desde a

década de 60 com médias anuais de produção em torno de 1500 t/ano, de 2005 a 2011 essa

média de produção anual manteve-se perto dos 3500 t/ano. É de alto interesse econômico.

Comercializado como alimento, e muito procurado pelos pescadores esportistas.

Distribuição: Atlântico ocidental: Bermuda e Carolina do Norte, EUA, para o sudeste do

Brasil, incluindo Golfo do México e Mar do Caribe.

Alimentação: São predadores oportunistas que se alimentam a noite de pequenos peixes,

caranguejos, camarões, vermes, gastrópodes e cefalópodes.

Reprodução: Atinge a maturidade por volta dos 25 cm. A depender do lugar podem chegar a

desovar durante todo o ano, mas comumente sua desova esta associada a épocas mais quentes.

Os ovos eclodem depois de 23 horas a 26 ° C.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas chegando a profundidades de

até 400 m, mas é mais comum nos primeiros 70 m. Os adultos são encontrados em todos os

tipos de fundo, mas, principalmente, em torno dos recifes de corais e em áreas arenosas com

vegetação. Forman grandes cardumes, principalmente em épocas reprodutivas. Quando se

estabelecem em algum lugar permanecem na mesma área por toda sua vida.

Nomes comuns: Ariacó, Baúna, Caranho-vermelho, Carapitanga, Ciobinha. Brasil / Lane

snapper, Mexican snapper, Red tailed snapper, Spot snapper. USA.

Referências: 5, 51, 101, 181. Foto: Martins, Itamar Alves.

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Lycengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem do Clupeiformes, da família dos

Engraulidae. Seus dentes mandibulares são

grandes e espaçados. Em indivíduos menores que

10 cm há uma faixa lateral prateada que com o desenvolvimento do espécime expande-se para

a região ventral. Não possuem espinhos anais nem dorsais. Raios dorsais (total): 13-14; Raios

anais: 21 – 28. Podem chegar a um comprimento total de 23 cm. Considerada de alta

importância econômica como alimento (lugares específicos), isca e ecologicamente como

espécie forrageira na cadeia trófica de peixes.

Distribuição: Atlântico ocidental: Belize, em direção do Golfo da Venezuela e Trinidad sul

até Argentina.

Alimentação: O hábito alimentar desta espécie é essencialmente piscívoro, apresentando

variações em sua dieta, representadas por crustáceos e insetos Em água doce, alimenta-se

principalmente de pequenos peixes, camarões, copépodes e também larvas de insetos. No

mar, alimenta-se de peixes e crustáceos.

Reprodução: Dependendo das condições de cada ambiente podem chegar a desovar durante

todo o ano como mostrou um estudo na Lagoa dos Patos, Rio Grande. Já em La Plata,

Argentina os meses de atividade reprodutiva foram apenas em Outubro e Novembro. Outro

estudo na Bacia do Rio Uruguai Médio, Pampa Brasileiro apontou os meses de Outubro a

Dezembro como período reprodutivo.

Habitat e Hábito: São muitos comuns em rios costeiros podendo ser encontrados em águas

marinhas, salobras e doce em profundidade de até 40 m. De hábito pelagico-neritico

(associado à coluna d’água na zona da plataforma continental) e anádromos (que se

reproduzem em água doce mas se desenvolvem até a forma adulta no mar). Formam

cardumes.

Nomes comuns: Arenque-branco, Mussolina, Sardinha manjuba, Sardinha-branca, Atlantic

sabertooth anchovy.

Referências: 21, 101, 168, 290, 226, 237, 57. Foto: Vianna, Marcelo.

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Menticirrhus littoralis (Holbrook, 1847) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes e pertence à família dos

Sciaenidae. Diferem dos demais grupos de

Perciformes principalmente pelas seguintes

características: parte espinhosa anterior da

nadadeira dorsal contínua com a parte mole posterior havendo entre ambas um entalhe

profundo. Possui apenas um barbilhão na ponta da mandíbula. Sua nadadeira anal possui um

espinho. Em sua forma adulta não possui bexiga natatória. A parte anterior da nadadeira

dorsal possui de 10 a 11 espinhos, posterior com 1 espinhos e 19 a 26 raios. Nadadeira anal

com 1 espinho e de 6 a 8 raios. Nadadeira caudal possui a margem superior em forma de “S”.

Suas escamas são ctenoides. A diferenciação morfológica em relação à espécie M.

americanous pode ser realizada pelo tamanho das escamas da região peitoral se comparadas

às da região da linha lateral, no padrão de coloração e no comprimento das nadadeiras

pélvicas em relação às peitorais. Coloração: dorso e lateral do corpo acizentado e parte ventral

esbranquiçada. Pode atingir até 45 cm. Mais comumente encontrado com 30 cm. Maior peso

já publicado 1,4 kg. Encontrados em profundidades de até 10 m. Considerado de carne com

bom flavour. Apreciado na pesca esportiva.

Distribuição: Pode ser encontrado desde os EUA até o sul do Brasil.

Alimentação: Boca subterminal, voltada para baixo o que proporciona uma habilidade para a

exploração de organismos presentes na infauna, poliqueta, misidáceo, pequenos bivalve.

Alimenta-se organismos bentônicos: vermes e crustáceos. Durante a alimentação ingere parte

do sedimento, por isso é conhecido como papa-terra. A estratégia alimentar da espécie está

relacionada com a quebra das ondas e a suspensão de pequenos crustáceos dos quais se

alimenta.

Reprodução: Atingem a maturidade por volta dos 23 cm.

Habitat e Hábito: Oceanadroumus. Podem ser encontrados em fundos de areia e lama, mas

principalmente em fundos de areia. Prefere águas mais quentes e rasas. De hábitos demersais.

Podem ser encontrados tanto em águas marinhas como salobras. De hábitos costeiros

encontrados na plataforma continental, zona de arrebentação, estuários e próximo à

desembocadura de grandes rios sobre fundo de areia ou lama.

Nomes comuns: Golf-trommefisk, Gulf kingcroaker, Betara branca, Judeu, Papa-terra,

Pescadinha papaterra, Curvina.

Referências: 15, 101, 105, 197, 35, 237, 59, 155, 261, Foto Duarte, Luis Orlando.

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Mugil curema Valenciennes, 1836 Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Mugiliformes, pertencente à família Mugilidae.

Difere de outras tainhas por não ter listras

horizontais. Pigmento no olho limitado à parte

superior da íris. Os juvenis podem ser distinguidos pela contagem de elementos (espinhos e

raios) na nadadeira anal (12 para a tainha branca e 11 de tainha listrada). Seu dorso é azulado

e suas laterais prateadas, os juvenis apresentam mancha amarela atrás do opérculo. Espinhos

dorsais (total): 4-5; raios dorsais (total): 8-9; espinhos anais 3; Raios anais: 9 - 10.

Normalmente 38 ou 39 escamas na linha lateral.

Podem atingir um comprimento máximo de 90 cm, mas é mais comumente encontrado com

30 cm. O maior peso já publicado foi de 680 g. Vivem cerca de 20 anos e a taxa de

crescimento em juvenis é moderada (30-40 cm em 4 anos Existem dados de captura dessa

espécie desde o ano de 2005 com índices de captura médio anual de 3700 t.). É uma fonte de

proteína animal importante sendo suas principais formas de comercialização fresco e salgado.

É um peixe de importância comercial em todo o mundo e inclusive na pesca recreativa.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Nova Escócia para Argentina, no Atlântico Leste: Senegal

à Namíbia e no Pacífico Oriental: Golfo da Califórnia ao Chile.

Alimentação: Alimentam-se de algas microscópicas ou filamentosas e pequenos juvenis de

organismos planctônicos.

Reprodução: Atingem a maturidade sexual com 18,5 cm. Geram vários milhões de ovos que

são oceânicos e não adesivos. A desova pode variar de acordo com cada lugar, no Golfo do

México, por exemplo, ocorre de fevereiro a março, já em Cuba ocorre durante todo o ano e no

Brasil ocorre de março a agosto. São hermafroditas e liberam seus óvulos e espermatozoides

simultaneamente.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinha, salobra e doce. Podem estar

associados ou não a recifes de corais. São encontrados em profundidades de até 15 m.

Habitam as costas arenosas, mas também ocorre em fundos lodosos de lagoas salobras e

estuarinas. Às vezes penetram os rios. Os juvenis são comuns em águas costeiras e estuarinas

e são conhecidos por encontrar o seu caminho para os estuários e lagoas costeiras. Adultos

formam cardumes.

Nomes comuns: Parati, sauna, tainha, Silver mullet, White mullet.

Referências: 237, 101, 172, 141, 166, 3, 30. Foto: Isaac, Victoria J.

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Mugil curvidens Valenciennes, 1836 Características gerais: Podem ser facilmente

reconhecidas pelos dentes, pois é a única espécie

que possui a ponta dos dentes caracteristicamente

curva para dentro da boca formando um ângulo

quase reto em relação ao corpo do dente.

Nadadeira anal com 3 espinhos e 8 raios. Atinge

um tamanho máximo de 10 cm, menor porte que outras espécies do mesmo gênero. Por

atingirem pequenos tamanhos não há interesse comercial. Duas ou mais espécies de Mugi

podem ser facilmente confundidas e tratadas como se representassem uma só.

Distribuição: Das Antilhas ao sudeste do Brasil e aparentemente é uma espécie rara e pouco

conhecida.

Alimentação: É uma espécie vivípara. Alimentam-se principalmente de plantas e detritos.

Reprodução: São dioicos, ocorre fertilização externa e não apresentam cuidado parental.

Estudos de reprodução no estado de Alagoas, Brasil mostra que a maior atividade reprodutiva

é no 1° trimestre do ano. Os machos apresentam valores de Índice gonodossomático menores

que as fêmeas. Fazem a desova total.

Habitat e Hábito: Espécie marinha. Hábito demersal. Habitam águas costeiras, geralmente

encontradas em até 2 m de profundidade.

Nomes comuns: Parati, Brasil - Dwarfmullet, EUA.

Referências: 127, 271, 57, 101, 36, 133, 211, 274. Foto: Wirtz, Peter.

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Mugil gaimardianus Desmarest, 1831 Características gerais: Esta espécie

pertence à ordem dos Mugiliformes, da

família dos Mugilidae. São encontradas em

águas marinhas e salobras, associados ou

não a recifes de corais de mares tropicais.

Podem chegar a um comprimento de 67 cm. Sem importância comercial (não é espécie alvo

de pescarias). Assemelha-se muito a seus parentes do mesmo gênero. Uma maneira de fácil

identificação é a cor vermelha em olhos de espécimes vivos. Outro modo de diferencia-la da

M. curema é através do tipo de escamas, na M.gaimardianus são ctenoides e na outra cicloide.

Distribuição: Atlântico ocidental: a partir da costa leste da Flórida, EUA, e Cuba para a costa

norte da América do Sul.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: Ovíparos. Os ovos são pelágicos e não adesivo.

Habitat e Hábito: não encontrados ou inexistentes.

Nomes comuns: Redeye Mullet, Tainha-olho-de-fogo.

Referências: 193, 101, 36. Imagem: 101.

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Mugil platanus Gunther, 1880 Características gerais: Essa espécie faz parte

da ordem dos Mugiliformes e pertence à

família Mugilidae. Possuem o corpo quase

cilíndrico anteriormente. Há duas nadadeiras

dorsais bem separadas, a primeira com 4

espinhos, e a segunda com 1 espinho e de 7 a 8

raios. A nadadeira anal possui 3 espinhos e de 8 a 9 raios. Boca pequena, dentes muito

pequenos. Olho parcialmente recoberto por uma pálpebra adiposa. Muito parecida com a M.

liza porém tem 35 ou mais escamas em series laterais. Tem uma importância comercial muito

grande na maior parte do Brasil. Pode atingir 1 m de comprimento e 6 kg de peso, porém são

comumente encontrados com 50 cm. A rede do tipo “emalhe de cerco” é a mais utilizada

pelos pescadores para capturar a tainha. O cardume é cercado pela rede e os pescadores, no

centro do circulo formado, batem seus remos na superfície da água. O ruído faz com que os

peixes fujam para as bordas do círculo, onde são emalhados. Sua ova é consumida como

caviar.

Distribuição: Distribuição Brasil, Uruguai e Argentina;

Alimentação: O hábito alimentar de M. platanus se diferencia de acordo com a fase de seu

ciclo de vida, passando de planctófagos a iliófagos; detritívoros, iliófagos, herbívoros,

onívoros, fitáfogos e zooplanctófogos

Reprodução: Ovas (gônadas femininas) produzem os óvulos necessários para reprodução da

espécie, podendo produzir aproximadamente dois milhões e setecentos mil óvulos minúsculos

cada um contendo aproximadamente 0,46mm. A reprodução é bissexuada. Os indivíduos

fêmea e macho possuem gônadas diferenciadas. A fecundação ocorre com a liberação dos

óvulos no mar, que se encontram ao acaso com o esperma do macho e daí ocorre a

fertilização. Muitos deles servem de alimento para os outros peixes, muitos são mortos pelas

mudanças de temperatura, também podem ser jogados na beira da praia pela força das

correntes. Esses enormes riscos de destruição juntamente com a dificuldade de assegurar que

cada óvulo é fertilizado após a liberação, faz com que um grande número de óvulos seja

produzido pela fêmea. Deixa o estuário, procurando o oceano para desovar. A maioria das

fêmeas desovam pela primeira vez quando tem cerca de 31 cm e todas já desovam aos 45 cm.

Habitat e Hábito: São peixes costeiros, formam cardumes, encontrados em ambientes

estuarinos, praias arenosas e desembocaduras de rios. É uma das espécies pelágicas mais

abundantes em regiões costeiras de água rasa e em estuários.

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Notarius grandicassis (Valenciennes, 1840) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Siluriformes e pertence à família dos

Ariidae. São peixes sem escamas, de pele de couro.

Possui três pares de barbilhões na região rostral, dois

pares no maxilar inferior, um par na extremidade

posterior da maxila. Narinas anteriores muito próximas das posteriores, provida de uma

válvula. Nadadeira peitorais e dorsal com um espinho poderoso anteriormente. Possui relativa

importância econômica nos comércios locais. Placa dorsal pequena, em forma de crescente.

Dentição do palato muito característica: duas pequenas placas de dentes circulares no vômer

separado na linha mediana e contínuas, às placas de dentes palatinos. Lábio superior espesso e

mais largo na parte anterior. Corpo escuro na parte dorsal, e branco na parte ventral. Podem

atingir até 63 cm, mais comumente encontrados com 40 cm. Achados em profundidades de

até 20 m. Ele é capturado na pesca artesanal e também como bycatch nas pescarias das

piramutaba e camarão-rosa, principalmente para a subsistência e consumo local.

Comercializado fresco.

Distribuição: América do Sul: rios e estuários do Golfo da Venezuela a foz do rio Amazonas,

e muito abundando no Nordeste.

Alimentação: carnívora, com preferência para os crustáceos.

Reprodução: Reprodução parece ocorrer entre maio e junho. A fêmea põe os ovos para fora

(cerca de 20-30) com um diâmetro de 10-12 mm. O macho guarda os ovos durante 10-12 dias

até à eclosão.

Habitat e Hábito: comumente encontrados em águas marinhas e salobras.

Nomes comuns: Catfish, Thomas sea catfish, Kawari-hamagigi, Bagre branco, Bagre

yurupiranga, Bagre-cabeçudo, Bagre-beiçudo, Cambéu, Cambéua.

Referências: 57, 101, 24, 276, 170. Foto Kolding, Jeppe

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Oligoplites palometa (Cuvier, 1832) Características gerais: Pertence à ordem dos

Perciformes da família dos Carangidae. Possuem

glândulas venenosas em espinhos dorsais e anal.

Primeira nadadeira dorsal com 4 a 5 (muito

raramente 5) espinhos. Podem saltar para fora da

água. Podem atingir um comprimento total de 50 cm, porém é mais comumente encontrado

com 35 cm. Maior peso já publicado foi de 900g. Não há dados de produção nem captura.

Distribuição: Atlântico ocidental: Lago Izabal, Guatemala até São Paulo, Brasil.

Alimentação: Espécie carnívora. Alimenta-se principalmente de escamas tiradas de peixes

maiores, também de crustáceos bentônicos e planctônicos, peixes e poliquetas.

Reprodução: Ocorrem entre os meses de Outubro e Novembro.

Habitat e Hábito: São encontrados em água marinha, salobra e doce sobre fundos lodosos.

Possuem hábitos bentopelágicos. Podem chegar a profundidades de até 45m.

Nomes comuns: Salteira, guarivira, tibiro-amarelo. Brasil / Maracaibo leatherjack. USA.

Referências: 23, 51, 57, 101, 42, 89, 252. Foto: Krumme, Uwe.

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Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes da família dos Carangidae. Seu corpo é

azulado na região dorsal, nadadeiras peitoral e caudal

amareladas. Maxila superior com duas séries distintas de

dentes, às vezes com um a fileira adicional de dentes

minúsculos anteriormente. Seus espinhos da primeira

dorsal são escuros, os espinhos dorsal e anal estão ligados a glândulas venenosas que podem

causar sérios ferimentos, o que é considerado perigoso. Possuem escamas pequenas, mas

visível, cônicos, embutido na pele. O final da maxila superior estende-se até a margem

posterior do olho. Espinhas dorsais (total): 5 (raramente 6); raios dorsais (total): 19-21;

Espinhos anais 2-3; Raios anais: 18 – 21. Para se locomover faz movimentos com o corpo e a

nadadeira caudal. É a menor espécie do gênero. Pode atingir um comprimento máximo de 35

cm, mas é mais comumente encontrado com 25 cm. O maior peso já publicado foi de 287g.

Geralmente comercializado fresco e salgado (seco), mas a carne não é muito apreciada. É uma

espécie de alta importância comercial, e também se considera um peixe desportivo e é

utilizado como isca ocasionalmente. Geralmente é pescado na fauna acompanhante de outra

espécie alvo.

Distribuição: No Atlântico Ocidental, podem ser encontrados a partir de Maine (EUA) para o

norte do Golfo do México, ao sul do Uruguai, incluindo a maioria das Índias Ocidentais. No

Oceano Pacífico, a partir da Califórnia (EUA) e do México ao sul para o Equador e no Brasil

é encontrado em toda a costa.

Alimentação: São carnívoros. Alimentam-se de peixes (principalmente membros da família

Engraulidae) e crustáceos quando adultos e de escamas de outros peixes quando jovens.

Reprodução: Desovam em águas costeiras rasas.

Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinha e salobra. Às vezes estão associados a

recifes de corais. Habita águas costeiras e pode suportar menores índices de salinidade.

Encontrados perto da costa, geralmente ao longo das praias arenosas, em baías e enseadas,

entram em estuários e água doce. Prefere água turva. São pelágicos, nadam bem próximo a

superfície da água. Os espécimes juvenis podem ser vistos flutuando de cabeça para baixo na

superfície. Nadam em cardumes e frequentemente pulam para fora d’água.

Nomes comuns: Leatherjacket. EUA/ Carpin. Espanha / Cavaco, guaravira, pamparrona,

solteira. Brasil.

Referências: 57, 101, 23, 159, 265, 174, 16. Foto: Robertson, Ross.

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Ophichthus parilis (Richardson, 1848) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem

do Anguillifores, e faz parte da família dos

Ophichthidae. Diferenciam-se dos demais anguiliformes

por possuírem a narina posterior situada no lábio

superior, ao nível da abertura bucal. Narina anterior

tubular, dirigida para baixo. Aberturas branquiais bem

desenvolvidas e geralmente em fendas oblíquas. Se enterram no sedimento pela cauda, saindo

a noite a procura de alimento. Maxila superior mais longa. Muito parecida com O. gomesii

mas com um prolongamento filiforme na narina bem definido. Podem chegar a medir 1 m.

Distribuição: Ocorre desde o caribe até o sudeste brasileiro, muito comum no nordeste.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: hábito noturno. Encontradas perto da costa e em estuários.

Nomes comuns: Tentacle-nose eel, Cobra-do-mar, Jucutuca, Porongo,

Referências: 101. Foto: Carvalho Filho, Alfredo

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Ophichthus gomesii (Castelnau, 1855) Características gerais: Pertencente à ordem

dos Anguilliformes da família dos Ophichthidae.

Possuem a narina posterior situada no lábio

superior ao nível da abertura bucal. As narinas

anteriores são tubulares sem prolongamento

filiforme (característica da espécie). A maxila

superior é mais longa que a inferior. Possui os

olhos situados no meio da maxila superior. Possuem poros na cabeça enegrecidos,

diferentemente do colorido geral do corpo. Podem atingir um comprimento máximo de 92 cm,

mas são mais comumente encontrados com 50 cm. Raramente são consumidos e por isso tem

uma importância comercial muito baixa.

Distribuição: Atlântico Oeste: Massachusetts, EUA e norte do Golfo do México ao sul do

Brasil, ausentes nas Bahamas e mais ilhas do Caribe e também no Noroeste do Atlântico:

Canadá.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Habitam águas marinhas. Possuem hábito demersal. Podem ser

encontrados em profundidade de até 450 m, porém é mais comumente nos primeiros 90 m.

São encontrados em fundos inconsolidados, águas estuarina e também podem viver em poços

e lagoas. Ocorrem em baías e enseadas, perto da costa em praias arenosas e raramente em

regiões de pedras. Enterram-se na areia por meio da cauda, saindo à noite para se alimentar.

Nomes comuns: Shrimpe el, USA / Moréia, Muçum. Brasil.

Referências: 20, 101, 64, 29, 255, 277. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818) Características gerais: Esta espécie pertence à

ordem dos Clupeiformes, da família dos

Clupeidae. Podem chegar a um comprimento total

de 38 cm, porém é mais comumente encontrado

por volta dos 20 cm. O maior peso já publicado foi

de 375 g. Não possui espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 19-21; Raios anais: 23

– 24. O último raio filamentoso da nadadeira dorsal distingue esta espécie de todas as outras

espécies do atlântico ocidental. Sua coloração é prateada com as costas azuladas ou

esverdeadas, e 6-7 estrias longitudinais escuras nos flancos. Possui uma mancha negra

arredondada na parte superior da margem da câmara branquial, seguida de outras menores.

Pode ser encontrado no mercado fresco, congelado ou salgado, e é também usado na indústria

de produção de farinha de peixe. É notória a importância comercial dos integrantes dessa

família, e não poderia deixar de ser diferente com O. oglinum. Também pode ser usada na

maricultura como espécie forrageira.

Distribuição: Em toda costa do Atlântico ocidental desde a Nova Inglaterra até a argentina.

Alimentação: Espécie com dietas praticamente restritas a Diatomacea e Copepoda, mas

também, mesmo que pouco, alimentam-se de pequenos peixes, caranguejos e camarões.

Reprodução: Estudos na Venezuela indicam que a desova ocorre entre Março e Junho.

Outros estudos relatam que, no Golfo do México, Florida e Ceará os indivíduos se tornam

maduros sexualmente com cerca de 13 cm.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, associados ou não a recifes de

corais em profundidades de até 5 m. Preferem zonas costeiras rasas, e formam cardumes. Não

penetram água doce.

Nomes comuns: Caiçara, Manjuba-lombo-azul, Sardinha bandeira, Atlantic thread herring.

Referências: 57, 101, 240, 172, 285, 62, 175. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Paralichthys brasiliensis (Ranzani, 1842) Características gerais: Espécie pertence à ordem

dos Pleuronectiformes, da família Paralichthyidae.

Possuem nadadeiras peitorais estreitas e com

manchas escuras arredondadas; nadadeira peitoral

com faixas escuras transversais curvas. Possuem

escamas cicloides. Não possuem espinhos dorsais

nem anais; Raios dorsais (total): 68-72; Raios anais: 52-54. Olhos do lado esquerdo do corpo.

Ambos os olhos estão no mesmo lado, o peixe passa por uma transformação e movimentação

de órgãos e veias dessa região durante o seu desenvolvimento. Em seguida o peixe "vira" com

o lado dos olhos para cima, a região para quais os olhos migraram é de uma cor marrom-

esverdeada com manchas que tendem a desaparecer, e a região inferior é esbranquiçada.

Obviamente a tonalidade e coloração geral do peixe vão mudar de acordo com o substrato no

qual está inserido. A maxila superior ultrapassa a margem posterior dos olhos, a nadadeira

dorsal tem sua origem acima da margem anterior do olho superior. Cauda truncada

duplamente emarginada.

Podem atingir um comprimento total de até 100 cm, mas é comumente encontrado com 40

cm. O maior peso já publicado foi de 12 kg. É muito apreciada entre os pescadores esportivos,

tanto de linha e molinete, quanto a pesca submarina. Apesar de sua carne ser muito apreciada,

ter um alto valor e o comércio dessa espécie ser bastante ativo, a FAO não possui dados de

captura nem de aquicultura.

Distribuição: Ocorre em todo litoral brasileiro.

Alimentação: Alimentam-se de peixes, caranguejos, camarões e invertebrados bentônicos.

Reprodução: A reprodução ocorre durante o verão.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas salgada e salobra. Possuem hábito

demersal. Podem ser encontrados em profundidades de até 40m. Habita áreas costeiras, baías

e estuários. Podem viver em fundos arenoso, lamacentos ou rochosos. Vivem no fundo,

enterrado na areia.

Nomes comuns: Linguado-preto, Brasil. Lenguado basileño, Epanha.

Referências: 53, 48, 101. Imagem: Menezes, Naercio A.

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Peprilus paru (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes, e pertence à família dos Stromateidae. A

nadadeira dorsal ( 2 a 4 espinhos e de 38 a 47 raios)

anterior é contínua com a dorsal posterior. Ausência de

nadadeira pélvica. Corpo alto, ovalado e muito

comprimido. Nadadeira dorsal e anal (2 a 3 espinhos e 35

a 45 raios) com lobo anterior bem desenvolvido. Focinho rombudo. Escamas cicloides.

Possuem dentes na maxila, porém são fracos. Focinho curto, olhos coberto por focinho

adiposo, nadadeiras dorsal e anal cobertas por escamas, nadadeira anal furcada, escamas

pequenas que se soltam facilmente inclusive recobrindo o opérculo. Corpo escuro

dorsalmente e prateado lateral e ventralmente. Podem atingir 30 cm, sendo comumente

encontrado com 20 cm. Podem ser encontrados em profundidade 136 m. Capturados

principalmente com redes de arrasto e também de cerco. Comercializado fresco e congelado.

Sua carne é bastante apreciada. Tamanhos mínimos permitidos para recursos pesqueiros do

sudeste e sul do Brasil - SINDIPI (sindicato das indústrias de pesca do Itajaí): 15 cm. O

curioso é que peixes juvenis possuem associação com medusas e os adultos podem utilizar

cnidários como item alimentar, a exemplo de peixes pequenos, vermes e crustáceos. Outra

curiosidade é que estes peixes são comumente capturados em currais e apresentam grande

importância comercial por possuir uma saborosa carne.

Distribuição: Ocorrem desde os EUA até a argentina, sendo muito abundante no litoral

brasileiro.

Alimentação: Adultos se alimentam principalmente de medusas, peixes pequenos, crustáceos

e vermes enquanto que os juvenis se alimentam de plâncton.

Reprodução: A desova ocorre na região pelágica.

Habitat e Hábito: Formam cardumes e vivem em águas da plataforma continental, baías,

enseadas e estuários. De hábitos bentopelágico.

Nomes comuns: Amerikansk smørfisk, Butterfish, Canguiro, Feijão, Gordinho, Maria

redonda, Pampo, Paru, Saia-de-velha.

Referências: 101, 64, 57, 137, 224, 50, 34. Foto Flescher, Don

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Platanichthys platana (Regan, 1917) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem do

Clupeiformes, e pertence à família dos Clupeidae, no qual

pertencem também as sardinhas. São tipicamente peixes de

pequeno porte, de corpo comprimido lateralmente e

prateado. Com uma quilha ventral mediana formada por

escamas modificadas. De boca pequena, muito inclinada. A

mandíbula ultrapassa a maxila superior. Possuem dentes pequenos. Não possuem linha

lateral. Possuem uma faixa lateral. Nadadeira anal com 17 a 23 raios. Nadadeira pélvica com

7 raios. Considerada a menor das sardinhas do nosso litoral. Medindo atá 9 cm de

comprimento. Comumente encontrado com 5 cm.

Distribuição: América do Sul: a norte do Rio de Janeiro, Brasil para o Uruguai e Argentina.

Alimentação: Planctofagos.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Formam cardumes e habitam águas costeira, baías e estuários. Águas

salobras. São tipicamente pelágicos. Podem ser encontrados em profundidade de até 50 m.

Nomes comuns: Sardinha, Mandufia, River Plate sprat.

Referências: 285, 101, Imagem FAO.

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Polydactylus oligodon (Günther, 1860) Características gerais: Essa espécie faz parte da ordem

dos Perciformes, e pertence à família dos Polynemidae.

Possuem duas nadadeiras dorsais bem separadas: a

primeira constituída de espinhos e a segunda por raios

moles. Possuem raios isolados, filamentosos, abaixo dos

raios normais ligados por uma membrana da nadadeira peitoral, no qual possuem função tátil.

Corpo comprimido e alongado, boca inferior. Focinho mais longo que a mandíbula. Nadadeira

dorsal anterior com 9 espinhos flexíveis. Nadadeira dorsal posterior 1 espinho e 12 raios; anal

3 espinhos 12 a 14 raios. Peitoral 16 raios superiores e 7 inferiores livres e filamentosos.

Dentes viliriformes. Corpo prateado, nadadeira dorsal e caudal pálidas, com margem

enegrecida. Pélvica e anal escura e margens claras. Sem muita importância comercial, porém

a carne é de boa qualidade e há um consumo de subsistência. Alcançam cerca de 45 cm.

Comumente encontrado com 20 cm. Maior peso a publicado 620 g.

Distribuição: Pode ser encontrado desde a Flórida até o Atlântico Sul, na Argentina.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: associados a águas salobra e marinha. Ocorrem na zona do surf, em fundos

arenosos e lamosos como estuários. Hábitos noturnos e diurnos. Demersal.

Nomes comuns: Little-scale threadfin, Tsumaguro-tsubamekonoshiro, Barbudo, Parati-

barbudo, Barbudo de escamas pequeñas, Barbudo siete barbas.

Referências: 240, 230,155, 101. Foto Johnson, Louis

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Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Perciformes pertencente à família Polynemidae.

Possuem duas nadadeiras dorsais bem separadas, a

primeira constituída por espinhos e a segunda por

raios moles. O que os diferencia de outras espécies

é a presença de raios isolados filamentosos. Espinhos dorsais (total): 8-9, raios dorsais (total):

11; espinhos anais 3; Raios anais: 12 – 14. Chega a um comprimento total de 33 cm, porém é

mais comumente encontrado com 20 cm. Apanhado por acaso por redes de cerco e redes de

arrasto e é de pouca importância comercial

Distribuição: No Oceano Atlântico ocidental, desde Nova Jersey, EUA, para Salvador,

Brasil. No entanto, a espécie não ocorre no norte nem oeste Golfo do México.

Alimentação: Alimentam-se durante a noite de crustáceos, vermes marinhos, materiais

vegetais e poliquetas.

Reprodução: Parece ter uma época de desova prolongada porque os jovens são comumente

encontrados durante todo o ano

Habitat e Hábito: É uma espécie encontrada em águas marinhas e salobras em profundidades

de até 55 m, possui hábitos demersais. Encontrado em fundos de areia e lama das águas

costeiras, estuários e manguezais. Jovens formam cardumes perto das desembocaduras dos

rios.

Nomes comuns: Barbudinho, barbudo, barbudo-amarelo. Brasil / Barbu USA.

Referências: 130, 206, 101, 230. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Pomacanthus paru (Bloch, 1787) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem dos

Perciformes, e faz parte da família dos Pomacanthidae.

Possui forma ovalada do corpo. E um espinho bem forte

no pré-opérculo. A boca é pequena, protrátil, com dentes

em forma de cerdas. Nadadeira dorsal anteriormente

constituída por 10 espinhos e de 29 a 31 raios. Nadadeira

anal com três espinhos e de 22 a 24 raios. Os raios mais anteriores da dorsal e anal são

prolongados. Escamas ctenoides. São peixes brilhantes, com preto predominante, exceto as do

abdômen que são amareladas. Ponta da mandíbula esbranquiçada, todas as nadadeiras são

escuras. A nadadeira caudal é arredondada posteriormente. As margens das escamas são

amareladas. A mandíbula inferior se projeta além da maxila superior. Existe um espinho

proeminente no canto do osso pré-opérculo. Atingem cerca de 60 cm, comumente encontrado

com 28 cm. Podem viver até 10 anos. Eles são conhecidos como "estações de limpeza", no

qual removem ectoparasitas de uma grande variedade de peixes, incluindo carangas, moreias,

etc. É um peixe muito territorial. Se outros peixes-anjo se aproximarem, muito de perto, eles

são rapidamente expulsos. Porém ele também é muito curioso e nada perto de mergulhadores

e praticantes de mergulho. É comercializado fresco em Cingapura e Tailândia. No Brasil seu

valor comercial é voltado para aquariofilia, devido a suas cores chamativas.

Distribuição: Encontradas no Atlântico ocidental desde a Flórida, EUA, Golfo do México,

o Caribe, até o sudeste do Brasil, Ilha de Ascensão, rochas de São Paulo.

Alimentação: Como um onívoro, este peixe se alimenta de uma grande variedade de algas e

invertebrados. Alimentam-se principalmente de esponjas, bem como tunicados, zoantídeos,

corais, gorgônias e algas. Esponjas-vaso muitas vezes mostram cicatrizes em forma de V das

mordidas do angelfish.

Reprodução: A maturidade sexual se da por volta dos 25 cm. Desova ocorre de abril a

setembro, Os ovos pelágicos são esféricos e transparentes com um diâmetro de 0,9

milímetros. Ovos eclodem cerca de 15-20 horas após a fertilização.

Habitat e Hábito: Espécie marinha associada a recifes de corais. Pode ser encontrado em

profundidade de até 100 m. Normalmente habita áreas com recifes de corais, pedras, rasas, e

nadam em pares.

Nomes comuns: Angelfish, French angel, Kihoshi-yakko, Frade, Paru-da-pedra, Peixe-anjo,

Isabelita.

Referências: 186, 56, 101, 39, 231, 186, 178, 109. Foto Patzner, R.

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Pomadasys crocro (Cuvier, 1830)

Características gerais: Fazem parte da ordem dos Perciformes,

pertencente à família Haemulidae. Possui a nadadeira dorsal

com 13 espinhos e 12 - 13 raios. Seu focinho é cônico. Pode

atingir um comprimento total de 38 cm. Mas é mais comumente

encontrado com 25 cm. O maior peso publicado foi de 1,9 kg. É

um peixe comercializado fresco. É utilizada em pesquisa de avaliações de crescimento da

tilápia com dietas a base dessa espécie.

Distribuição: Atlântico Ocidental: sul da Flórida, nordeste do Golfo do México, ao longo do

Mar do Caribe em direção ao sul para o Brasil.

Alimentação: Alimenta-se de crustáceos e pequenos peixes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doces e salobras. De hábitos

demersais e podem ser encontrados em profundidades de até 120 metros. Habita rios e riachos

de baixa para alta velocidade de corrente. São encontrados ao longo das costas arenosas e

sobre fundos de lama em águas rasas, bastante comum em lagoas salobras associadas ao

mangue. Mais comumente nas desembocaduras dos rios.

Nomes comuns: Burro grunt, USA / coró amarelo, coró-bicudo, Ticopá. Brasil.

Referências: 237, 240, 51, 42, 71, 250, 101. Foto: Caio Ribeiro Pimentel

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Prionotus punctatus (Bloch, 1793) Características gerais: Pertencente à ordem

dos Scorpaeniformes, da família dos Triglidae.

Possuem uma placa de dentes palatinos bem

desenvolvidos, geralmente maiores que a placa

de dentes vomerianos. Possuem manchas

escuras arredondadas presentes principalmente

nas partes dorsal e lateral superior do corpo. Espinhos dorsais (total): 9-10; raios dorsais

(total): 112; espinhos anais 1; Raios anais: 10. Podem atingir um comprimento total de 40 cm.

Esta espécie é utilizada em estudos que tem por finalidade aumentar o conteúdo de proteínas

para melhorar a qualidade proteica de produtos de panificação. Os resultados desses estudos

indicam um aumento relativo na quantidade de proteínas e também uma margem de aceitação

pelos consumidores alta: 74%. É uma espécie abundante e frequente nas pescarias

comerciais, sendo encontrada predominantemente até 80 m.

Distribuição: Atlântico ocidental: da América Central (Belize) à Argentina. Na costa do

Brasil foi coletada desde Recife até o Rio Grande do Sul.

Alimentação: Alimenta-se de camarões, caranguejos, outros crustáceos e peixes pequenos.

Reprodução: Alguns estudos indicam que alcançam a maturidade sexual por volta dos 21

cm. Utiliza baías e estuários durante parte do ciclo de vida, principalmente durante a

primavera e o verão, devido à presença de águas mais quentes, ideais para a desova.

Habitat e Hábito: Podem ser encontradas em águas marinha e salobra. Possuem hábito

demersal, geralmente são encontrados em profundidades de 70 m em fundos de areia, lama e

perto de zonas estuarinas. Ocasionalmente ocorrem ao longo de recifes.

Nomes comuns: Bluewingsearobin, EUA/ Peixe-cabra, Cascudo, Voador de pedra, Brasil.

Referências: 3, 103, 101, 199,227. Foto: Martins, Itamar Alves.

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Pseudocaranx dentex (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes da família dos Carangidae. Possui uma

coloração azul esverdeada acima e abaixo branco

prateado, lateral do corpo com listra amarela e o

opérculo com mancha preta. Espinhas dorsais (total): 9;

raios dorsais (total): 25-26; espinhos anais 3; Raios

anais: 21 - 22; Vértebras: 25.

Podem atingir um comprimento máximo de até 122 cm, porém é comumente encontrado com

40 cm. O maior peso já publicado foi de 18,1 Kg. O espécime mais velho foi registrado com

49 anos. Segundo a FAO há registro de aquicultura dessa espécie desde a década de 70,

principalmente no Japão. Sempre houve a captura. Este peixe é muito apreciado pelos

pescadores esportistas.

Distribuição: Atlântico Oeste: Carolina do Norte, EUA e Bermuda para o sul do Brasil, no

Atlântico Leste: Mediterrâneo, Açores, Madeira, Canárias, Cabo Verde, Ascensão e Santa

Helena Island e no Indo-Pacífico: África do Sul, Japão, Hawaii, Austrália, Nova Zelândia e

Ilhas Norfolk.

Alimentação: Alimentam-se de peixes, moluscos e crustáceos, plâncton por ram-filtragem e

sucção, e de invertebrados bentônicos.

Reprodução: Torna-se maduro por volta dos 32 cm. Os ovos são pelágicos. São dioicos,

possuem fertilização externa e não apresentam cuidado parental. São geralmente desovadores

parciais, liberando ovos em pequenos lotes, a intervalos ao longo de um período de várias

semanas. Desovam geralmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinha e salobra. Geralmente estão associados

a recifes de corais, podem ser encontrados em até 238 m de profundidade. Juvenis geralmente

habitam estuários, baías e águas rasas da plataforma continental, enquanto os adultos formam

cardumes próximos ao leito do mar, na plataforma continental.

Nomes comuns: Guellyjack, Toothed trevally, White trevally.USA / Garapoá, Xareu,Xaréu-

branco. Brasil.

Referências: 263, 264, 207, 101, 150, 219, 232, 282, 188, 164, 12, 116, 1. Foto: Carvalho

Filho, Alfredo.

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Rypticus randalli Courtenay, 1967 Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Perciformes pertencente à família Grammistinae.

Possuem uma boca com pequenos dentes,

nadadeira dorsal com 3 (raramente 2) espinhos e

23-25 raios, nadadeira anal com 15-16 raios e

nadadeira peitoral com 15-16 raios. Única espécie

do gênero que possui apenas 2 espinhos visíveis

externamente em cada opérculo o mais inferior mais longo. Seu corpo é marrom, a parte

superior um pouco mais escura, nadadeiras peitorais acinzentadas com a margem posterior

enegrecida, dorsal, anal e caudal com o mesmo colorido de corpo e com as margens distais

enegrecidas. Podem chegar a atingir até 20 cm. É conhecida como peixe-sabão devido à

grande quantidade de muco que produzem quando confinados ou perturbados e que se tornam

escorregadios . Este muco contém uma substancia tóxica que causa a morte de outros peixes e

a hemólise das células sanguíneas de mamíferos. Não apresenta nenhuma importância

comercial.

Distribuição: Atlântico Ocidental da Jamaica até o litoral do Estado de São Paulo.

Alimentação e Reprodução: Deve-se considerar a inexistência de registro na literatura sobre

qualquer aspecto da historia de vida de Rypticus randalli.

Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas e salobras em fundos de areia ou

lama. Possuem hábitos demersais.

Nomes comuns: Peixe sabão, badejo-sabão.

Referências: 101. Foto: Martin, Louanna.

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Scorpaena Isthmensis Meek & Hildebrand, 1928 Descrição: Essa espécie pertence à ordem dos

Scorpaeniformes da família dos Scorpaenidae.

Possuem a nadadeira dorsal anterior com uma

mancha escura nítida situada entre o terceiro e o

sexto espinho. Possuem um padrão colorido

diferenciado. Sua nadadeira dorsal possui 12

espinhos e 9 raios, a nadadeira peitoral 17 – 19 raios e a anal possui 3 espinhos e 5 raios.

Possuem 13 -15 rastros no primeiro arco branquial, diâmetro do olho 0,9 – 1,5 vezes de

comprimento do focinho.

Seu corpo é marrom claro e a cabeça um pouco mais escura. Possui uma mancha escura

verticalmente alongada atrás do opérculo, estendendo-se aproximadamente do meio da base

da dorsal anterior até pouco abaixo da linha lateral. É uma espécie popular entre os

aquariofilistas, alcançando cerca de 25 cm de comprimento. No comércio aquarista indivíduos

entre 10 e 15 cm são mais comuns.

Distribuição: Ocorre do Panamá ao Rio de Janeiro, Brasil.

Alimentação: Quando em aquário costuma-se alimenta-los com Artêmias viva, pedaços de

peixe, camarão e carne.

Habitat e Hábito: São espécies marinhas, demersais, e geralmente associada a fundos de

pedra e coral. Vivem na zona tropical. Pode ser encontrado em profundidades até de 110 m.

Nomes comuns: Smooth-cheek scorpionfish (EUA),Mamangá,Peixe pedra, Beatinha (Brasil).

Referencias: 276, 101, 240. Foto: Martins, Itamar Alves.

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Selene vomer (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie pertencente à

ordem dos Perciformes, da família Carangidae.

Corpo prateado com dorso e cabeça azulado.

Espécimes jovens apresentam quatro ou cinco

faixas verticais. Muito comprimido lateralmente.

Nadadeiras pélvicas reduzidas. Espinhos dorsais

(total): 9; raios dorsais (total): 23; Espinhos anais

3; Raios anais: 18. Pode atingir um comprimento

total de até 48 cm, mas é mais comumente encontrado por volta dos 35 cm. Maior peso já

publicado foi de 2,1kg (peso oficial, sendo que há relatos de vendedores de peixes em

mercados públicos do Paraná que é comum encontrar essa espécie com 5 a 7 kg).

Possui uma carne de excelente sabor, porém tem que ter cuidado com o envenenamento por

ciguatera. Não é importante na pesca comercial (exceto em alguns mercados locais). No

entanto, são muito procurados para exibições em grandes aquários públicos devido à sua

forma interessante e aparência vistosa. Muito procurado também por pescadores esportistas.

A FAO tem dados de produção referentes aos anos de 2008 e 2009, cerca de 20 toneladas em

média por ano.

Distribuição: Atlântico ocidental: Canadá até a Flórida, EUA, ao longo das costas da

América Central e do Sul para o Uruguai, incluindo Bermuda e Golfo do México.

Alimentação: Alimenta-se de pequenos caranguejos, camarões, peixes e vermes.

Reprodução: Pouco se sabe sobre seu ciclo reprodutivo. O que se sabe é que ele desova na

coluna d’água.

Habitat e Hábito: Essa espécie pode ser encontrada em águas marinhas e salobras. Tem

hábitos demersais e podem ser encontrados em profundidades de até 50 metros. Geralmente

encontrados sobre fundos duros ou areia. Juvenis podem ser encontrados em áreas estuarinas

e praias de areia. Encontrados em cardumes pequenos ou apenas formando pares.

Nomes comuns: Peixe-galo, galo de penacho, galo verdadeira. Brasil / Dollarfish, Horsehead,

Lookdown. USA.

Referências: 28, 51, 57, 101, 70, 172. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Sparisoma radians (Valenciennes, 1840) Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, da família dos Scaridae.

Chegam a medir cerca de 20 cm. Espinhos dorsais

(total): 9; raios dorsais (total): 10; espinhos anais

3; Raios anais: 9. Membrana da ponta dos

espinhos da dorsal com mais de 1 cirro. Caudal

arredondada. Placa dentária da maxila superior

com 1 a 4 caninos laterais exceto em exemplares muito pequenos. Machos adultos com uma

faixa negra na margem da caudal uma barra enegrecida ao longo de toda a base da nadadeira

peitoral e um a estria azulada do ângulo da boca ao olho.

Distribuição: Ocorre nos dois lados do Atlântico. Do lado ocidental: Bermuda, Flórida

(EUA), Bahamas, e no leste do Golfo do México através da América Central para Santa

Catarina, Brasil

Alimentação: Herbívoro, alimenta-se de forma contínua, com intensidade de alimentação

quase constante, durante o dia. Sua dieta constitui-se principalmente de epífitas e lâminas de

ervas marinhas, deixando marcas de mordidas crescentes.

Reprodução: São protogínicos, ou seja os órgãos sexuais femininos são os primeiros a

atingirem a maturidade e a tornarem-se ativos. No processo de crescimento, as

gónadas convertem-se em masculinas e tornam-se ativas mais tarde. Este tipo

de hermafroditismo incompleto verifica-se em muitas espécies de peixes, como as garoupas.

Quando em vida aprensentam dimorfismo sexual: as fêmeas com uma estria clara

acompanhando a margem do opérculo e uma aérea avermelhada atrás da peitoral.

Habitat e Hábito: São encontrados em águasmarinhas e salobras, associados a recifes de

corais ou bancos de gramas marinhas, em profundidades de até 12 m. Encontrada

principalmente em leitos de algas marinhas em águas rasas, protegidas.

Nomes comuns: Bodião-verde, Bucktooth parrotfish.

Referências: 172, 101, 107, 240, 239. Foto: Victor, Benjamin C.

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Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900 Características gerais: Esta espécie pertence à

ordem dos Tetraodontiformes, da família dos

Tetraodontidae. Podem chegar a medir cerca de 20

cm. Não possuem espinhos anais, dorsais nem

nadadeiras pélvicas. Raios dorsais (total): 8; Raios

anais: 7. Possuem os dentes fundidos, formado por

quatro placas. Tem a capacidade de inflar o corpo como forma de defesa através da ingestão

de água ou ar. Peixes desta família possuem a tetrodotoxina, uma potente toxina encontrada

na pele, fígado e gônadas, que atua como ferormonio. Por este motivo não são apreciados para

o consumo, mas de grande importância no equilíbrio trófico de ecossistemas aquáticos.

Estudos de maturidade demonstram que, geralmente ficam maduros sexualmente por volta

dos 7 cm.

Distribuição: Atlântico ocidental: Honduras para Santa Catarina, Brasil.

Alimentação: São carnívoros, alimentam-se principalmente de invertebrados marinhos,

crustáceos e moluscos.

Reprodução: O período reprodutivo estende-se de Agosto a Janeiro. A espécie apresenta

desova do tipo parcelada.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, e podem estar

associados a recifes de corais, em águas tropicais. Encontrado sobre fundos inconsolidados,

geralmente com vegetação. Prefere águas turvas. Hábito bentônico. É comum no litoral

brasileiro, habitando baías e estuários de águas pouco profundas.

Nomes comuns: Baiacu mirim, Baiacu-pinima, Caribbean puffer.

Referências: 184, 101, 254, 231, 107, 57. Foto: Sazima, Ivan.

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Sphoeroides spengleri (Bloch, 1785) Descrição: Esta espécie pertence ordem dos

Tetraodontiformes, da família dos

Tetraodontidae. Possuem espinhos presentes

nas partes superior e inferior do corpo. Raios da

nadadeira anal 7-8; nadadeira caudal truncada

ou ligeiramente arredondada. Raios dorsais (total): 9. Possuem 11 – 14 manchas bem

definidas pretas e redondas na cabeça e no lado inferior do corpo. Duas barras escuras na

nadadeira caudal. Possuem uma linha de pontos pretos ao longo da lateral do corpo. Não

possuem nadadeira adiposa. Cor: verde escura ao marrom-amarelada. Atinge um

comprimento máximo de 30 cm.

Possuem uma característica curiosa: se inflar com água ou ar, principalmente quando se

sentem ameaçados ou sob forte estresse. Possuem também uma toxina poderosa, a chamada

Tetrodotoxina (TTX), que é encontrada principalmente nas vísceras e pode ser também

secretada pela pele. Por conta disso é um peixe pouco recomendado para criar em aquários,

porque se assustado lança sua toxina podendo matar todos os peixes ao seu redor. Essa toxina

também é capaz de matar um homem. Essa espécie é considerada uma das espécies mais

venenosa do Atlântico, devida à quantidade de TTX em seus tecidos.

Distribuição: Desde Massachusetts (EUA) até Santa Catarina.

Alimentação: Se alimentam de algas, vermes, plâncton, peixes, moluscos e crustáceos e

equinodermos.

Reprodução: Sabe-se apenas que ela acontece entre o final da primavera e o outono. Os ovos

são depositados em depressões.

Habitat e Hábito: São encontradas em águas marinhas e salobras. É uma espécie bentônica,

abundante em todos os habitats costeiros, onde exista cobertura adequada como sargaços,

recifes e mangues. Essa espécie em particular prefere recifes rochosos. Podem ser

encontrados em profundidade de até 70 m.

Nomes comuns: Baiacu-pinima, baiacus-pintados, baiacu mirin Bandtail puffer

Referências: 107, 248, 244, 261, 101. Flescher, Don.

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Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Tetraodontiformes da família Tetraodontidae. Seu

corpo é esverdeado dorsalmente e branco

ventralmente, parte posterior com série de linhas

claras e arcos sugerindo círculos concêntricos, com

linhas que se cruzam. Nenhum outro baiacu tem

esse padrão de cores. Corpo alongado e claviforme, boca pequena com dentes muito fortes.

Nadadeira dorsal única e caudal truncada. Sua maxila é modificada, constituída por duas

placas superiores e duas inferiores. Corpo desprovido de escamas, mas com projeções

espinhosas embutidas na pele. Não possuem espinhos anais nem dorsais; Raios dorsais (total):

11-12Raios anais: 11. Pode atingir um comprimento total de 38,8 cm, mas é mais comumente

encontrado com 20 cm. O maior peso já publicado foi de 400 g. É a espécie mais comum

dessa ordem no litoral brasileiro. No Brasil possui baixo valor comercial devido à presença de

uma toxina fatal, essa toxina também é utilizada para sacrificar animais. Já no Japão é

consumido e tem um alto valor.

Distribuição: Atlântico Ocidental: EUA ao sudeste do Brasil.

Alimentação: Alimentam-se principalmente de bivalves, gastrópodes, foraminíferos e

diversos outros invertebrados bentônicos especialmente crustáceos, que esmaga com os dentes

poderosos.

Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não possuem cuidado parental. A

época da desova vai variar muito de lugar para lugar, na Flórida, por exemplo, é do final da

primavera ao início do outono. Outro estudo no estado do Paraná, Brasil mostra a época da

desova entre os meses de setembro a janeiro. O comprimento médio da primeira maturação é

de 13 cm. Estudos relacionam a tetrodotoxina com o ciclo reprodutivo, no qual a fêmea

consegue atrair os machos.

Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinha e salobra. São nectônicos costeiros de

águas rasas. Podem ser encontrados em profundidades de até 48m. Comumente encontrados

em baías, enseadas de maré e águas costeiras protegidas e estuários. Esconde-se na areia, ou

inflam quando perturbados.

Nomes comuns: Baiacu, baiacu-mirim, baiacu-franguinho. Brasil / Checkeredpuffer. EUA.

Referências: 64, 166, 172, 220, 242, 257, 101, 261. Foto: Macieira, Raphael M.

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Sphyraena barracuda (Edwards, 1771)

Características gerais: Esta espécie pertencente à

ordem dos Perciformes da família dos

Sphyraenidae. Distinguidos pela dupla nadadeira

caudal com pontas claras sobre cada lóbulo, e a

presença de algumas manchas pretas espalhadas

nas laterais inferiores. Tem a área interorbital côncava, a extremidade posterior do maxilar

estendendo-se além da margem anterior do olho e os raios posteriores da segunda nadadeira

dorsal e anal mais curtos que os raios anteriores, quando distendidos sobre a parede do corpo.

Boca grande que contém dois conjuntos de dentes afiados, um dos conjuntos é formado por

pequenos dentes, localizados ao longo do exterior da mandíbula e o segundo é um conjunto de

dentes maiores que perfuram e rasgam as presas. Espinhas dorsais (total): 6; Raios dorsais

(total): 9; Espinhos anais: 1; Raios anais: 10.

Podem atingir um comprimento total de 200 cm, mas é mais comumente encontrado com 140

cm. O maior peso já publicado foi de 50 kg. Sua carne é considerada de qualidade razoável.

Possui uma pequena importância comercial devido a sua irregularidade no fornecimento. É

comercializado fresco ou salgado (seco). São muito apreciados por pescadores esportivos.

Raramente ataca os seres humanos, mas quando ocorre é através de uma rápida batida feroz,

que, apesar de grave, raramente é fatal.

Distribuição: Atlântico Ocidental: estende-se de Massachussetts, ao sul do Brasil, Mar

Vermelho e costa leste da África, em todo o Mar do Caribe. Serra Leoa, Costa do Marfim,

Togo, Nigéria, Senegal.

Alimentação: Seu corpo lhe proporciona vantagem ao caçar. Alimentam-se de peixes,

cefalópodes e às vezes camarões. É um predador carnívoro oportunista e extremamente voraz.

Reprodução: Alcança a maturidade com cerca 66 cm. São dioicos, possuem fertilização

externa e não apresentam cuidado parental. Os ovos, pelágicos, são liberados e fertilizados em

águas abertas e dispersas pelas correntes.

Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinha e salobra. Geralmente associado a

recifes de corais. Podem ser encontrados em até 100 metros de profundidade, mas geralmente

é encontrado nos primeiros 30 metros. Os juvenis ocorrem nos manguezais, estuários e zonas

de recife rasas, já os adultos ocorrem em uma ampla gama de habitats tanto ambientes

fechados como no mar aberto. Possuem hábito diurno e solitário, mas também pode ser

encontrado em pequenos cardumes.

Nomes comuns: Great barracuda. USA / Barracuda, Carama, Guarana, Gaviana. Brasil.

Referências: 240, 210, 80, 167, 115, 81, 231, 51, 101. Foto: Randall, John E.

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Sphyraena guachancho Cuvier, 1829 Características gerais: Esta espécie

pertencente à ordem dos Perciformes e faz parte

da família dos Sphyraenidae. Estão na família

das barracudas. Possuem duas nadadeiras

dorsais bem separadas, sua boca é ampla com

dentes caninos poderosos distribuídos no pré-maxilar, mandíbula e palato. O focinho é

pontudo e a mandíbula prolonga-se além da maxila superior. Seu corpo é alongado levemente

comprimido. Nadadeira dorsal anterior com 5 espinhos fortes, nadadeira anal com 2 espinhos

pouco desenvolvidos e flexíveis com 7 a 8 raios. Nadadeira caudal é bifurcada. Região

interorbital convexa. Parte dorsal do corpo acinzentada, lateral e ventre prateado. Margens da

nadadeira pélvicas e anal enegrecidas. Raios médios da nadadeira caudal com a ponta negra.

Pode chegar a medir 2 m, entretanto é mais comumente encontrado com 70 cm. Maior peso já

publicado 1,8kg. Sua carne é considerada de sabor razoável, apreciado na pesca esportiva

(Iscas artificiais, como plugs e colheres, e iscas naturais, peixes pequenos) e caça submarina.

Distribuição: Podem ser encontrados no atlântico oriental e ocidental, desde a Nova

Inglaterra até a Argentina.

Alimentação: São peixes carnívoros, predadores ávidos. Alimenta-se de peixes,

principalmente, pertencentes às famílias Engraulidae, Clupeidae, Lutjanidae e Synodontidae e

também de lulas da família Loliginidae, e crustáceos.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: É uma espécie que forma cardumes em águas costeiras de pouca

profundidade, e águas de estuário. Sendo que os indivíduos maiores são solitários. Nadam

sempre à meia água, bem próximo à superfície. Encontrados em profundidades de até 100 m.

Nomes comuns: Bicuda, Bicuda-negra, Barracuda, Guachancho-barracuda, Lizi, Tenaga-

kamasu, Corama, Goirana, Pescada-bicuda.

Referências: 81, 56, 248, 236, 101, 57, 76, 73. Foto Flescher, Don

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Stephanolepis hispidus (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem

dos Tetraodontiformes, e pertence à família dos

Monocanthidae. Apresentam 2 espinhos dorsais, sendo o

primeiro muito desenvolvido e o segundo rudimentar,

pele áspera, recoberta por minúsculos espinhos. São

peixes de corpo muito comprimido lateralmente, boca

pequena, nadadeira dorsal posterior com 29 a 35 raios, anal com 30 a 35 raios, peitoral com

12 a 14 raios. Os machos possuem o segundo raio da dorsal muito prolongado. Não possuem

as nadadeiras pélvicas. Corpo marrom claro, com manchas escuras irregulares, caudal com

duas faixas transversais escuras. Podem chegar até 27,5 cm. Importante para o comercio

aquariofilistas.

Distribuição: Pode ser encontrado desde a Nova Escócia até Uruguai, Comum em todo litoral

brasileiro. E das ilhas Canárias até a Angola.

Alimentação: onívoro. Alimentam-se de invertebrado bentônicos e algas

Reprodução: Atingem a maturidade aos 14 cm.

Habitat e Hábito: Vivem em áreas de pedra, recifes de coral, algas, fundos lodosos e

arenosos. Podem ser encontrados em até 290 m de profundidade, entretanto é mais

comumente achado até os 70 primeiros metros. Solitário, eventualmente circula em pares.

É capaz de grande mimetismo de cor e forma, permanecendo imóvel, discretíssimo. Quando

assustado movimenta-se de forma ligeira em busca de novo refúgio e volta a se imobilizar. À

noite, quando dorme, flutua a mínima distância do fundo, tanto sobre pedras e corais,

como sobre trechos de areia.

Nomes comuns: Cabrinha, Common filefish, Planehead Fiiefish, Taiseiyou-kawahagi,

Esfaldado, Peixe porco, Esfaldado, Peixe-porco-galhudo.

Referências: 255, 101, Foto Carvalho Filho, A.

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Strongylura marina (Walbaum, 1792) Características gerais: Esta espécie

pertence à ordem dos Beloniformes, da

família dos Belonidae. Podem chegar a

medir cerca de 60 cm. O maior peso já

publicado foi de 2.3kg. Raios dorsais (total):

14-17; Raios anais: 16 - 20. Seu corpo é coberto por escamas muito pequenas. Possui um

pigmento preto atrás dos olhos, não se estendendo abaixo do meio do olho. Espécie muito

parecida com outras do mesmo gênero como que S. notata e S. timucu, Algumas maneiras de

diferencia-las são por ter menos raios anais, menos escamas pré-dorsal e um exame interno

revela menos vértebras

É muito rápido e voraz, o que o torna uma espécie muito apreciada entre os pescadores

esportistas. Em algumas regiões é apreciada como alimento, e é comercializado fresco. O bico

inferior é mais longo que o superior. As mandíbulas possuem dois tipos de dentes: uns

pequenos e pontiagudos e outros maiores e bem separados entre si.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Maine, EUA e norte do Golfo do México para o Brasil.

Ausente da Bahamas e Antilhas.

Alimentação: Possui mandíbulas, superior e inferior, alongadas em um bico pontiagudo

armados com centenas de dentes pequenos e afiadas, isso faz com que alimentar-se de

pequenos peixes se torne mais fácil.

Reprodução: São ovíparos. Seus ovos possuem filamentos que, uma vez depositados sob o

fundo, se adere a plantas ou outras superfícies. Estudos em Delaware Bay, Estados Unidos

indicam que, baseado na grande presença de larvas, os meses de atividade reprodutiva vai de

junho a agosto. Já outro estudo no Texas, mostra que o pico da atividade reprodutiva é no mês

de fevereiro.

Habitat e Hábito: Formam pequenos cardumes. Podem ser encontradas em águas marinhas,

doce ou salobra, associados ou não a recifes, na zona costeira. Inclusive nas margens dos

manguezais nadando sobre e em torno de pradarias marinhas

Nomes comuns: Swordfish, Agulhão, Agulheta-verde.

Referências: 57, 101, 256, 261, 156, 22, 117. Foto: Vaske Jr., Teodoro.

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Strongylura timucu (Walbaum, 1792) Características gerais: Espécie pertencente à

ordem dos Beloniformes, e a família Belonidae.

Possui o pedúnculo caudal sem quilha lateral,

maxila exposta posteriormente, opérculos com

escamas, parte dorsal totalmente escura. Raios

dorsais: 15-17; Raios anais: 16 – 20. Para

diferenciar essa espécie de outras de mesmo gênero é preciso contar as escamas da série pré-

dorsal. A S. timucu tem cerca de 120 a 180 escamas. Pode atingir um comprimento total de

até 61 cm, mas é mais comumente encontrado com 35 cm.

Distribuição: Atlântico Ocidental: sudeste da Flórida (EUA), Bahamas, e nordeste do Golfo

do México para o Brasil.

Alimentação: Alimenta-se principalmente de pequenos peixes.

Reprodução: São ovíparos. Seus ovos se desenvolvem no fundo e são caracterizados por

possuírem tentáculos de fixação, por isso podem ser encontrados associados a objetos na

água. São dioicos, possuem fecundação externa, não apresenta cuidado parental.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce em

profundidades de até 3 m. Podem estar associados ou não a recifes de corais. Adultos podem

ser encontrados em recifes, lagoas, ou em água doce, já juvenis são comumente encontrados

entre algas flutuantes. Durante o dia são predadores ativos de pequenos peixes e camarões, à

noite indivíduos jovens fica próxima à superfície e quando perturbados mergulham e se

escondem entre as folhas da vegetação.

Nomes comuns: Agulha, agulhão, timbucu, timucu. Brasil.

Referências: 252, 240, 98, 101, 57, 172, 36. Foto: Sazima, Ivan.

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Symphurus tessellatus (Quoy & Gaimard, 1824) Características gerais: Fazem parte da ordem dos

Pleuronectiformes, pertencentes à família

Cynoglossidae. O que diferencia as espécies dessa

família é que seu corpo é lanceolado, em forma de

língua, e os olhos são do lado esquerdo e muito

próximos um do outro. Os raios das nadadeiras

dorsais e anais, posteriormente, são ligados de forma continua a nadadeira caudal. Não

possuem nadadeiras peitorais, não possuem linha lateral, nem espinhos anais e dorsais e

possuem apenas uma nadadeira pélvica. Raios dorsais (total): 91-102; Raios anais: 77-86.

Difere-se da S. plagusia por não apresentar a saliência carnosa na margem superior da

mandíbula e pelo seu colorido. Suas faixas transversais escuras do tronco são mais largas e

bem evidentes com uma mancha negra nítida na margem posterior-inferior do opérculo.

Podem atingir um comprimento total de 22 cm.

Distribuição: desde o Caribe até o Uruguai.

Alimentação: carnívoros de primeira ordem, se alimentando de invertebrados bentônicos

(crustáceos, cnidários, equinodermatas, moluscos e vermes)

Reprodução: sabendo-se que o clima é um fator que determina a época reprodutiva, em

alguns lugares pode-se acontecer no outono, no Paraná, em outros no verão, Santa Catarina.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, em baía em

enseadas. Possuem hábito demersal. Podem ser encontrados em profundidades de até 86 m,

mas são mais comumente encontrados até 50 m.

Nomes comuns: Língua-de-mulata.

Referências: 25, 101, 223. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Syngnathus follett Herald, 1942 Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Syngnathiformes e pertence à família

Syngnathidae. Corpo envolvido por uma série de

anéis ósseos articulados, nadadeira dorsal constituída

apenas por raios moles. Aberturas branquiais

reduzida. Peixes-cachimbo são espécies pouco

conhecidas da família Syngnathidae, os quais têm

sido amplamente ameaçados por atividades antrópicas. Muito valorizado no mercado

aquariofilistas, como ingrediente da tradicional medicina chinesa, mercado de curiosidades e

confecção de amuletos. Isso resultou na inclusão na IUCN, Lista vermelha de Animais

Ameaçados. Corpo amarelado, com faixas escuras. Cauda com 35 a 41 aneis. Comprimento

do focinho cerca de 2 vezes o comprimento da cabeça. Podem medir até 20 cm de

comprimento, sendo comuns tamanhos por volta dos 15 cm.

Distribuição: Comum em todo litoral brasileiro.

Alimentação: carnívoros diurnos com uma dieta composta principalmente organismos

planctônicos, e pequenos crustáceos, através da sucção do focinho tubular.

Reprodução: Ovovíparo. Reproduz-se no verão. Possuem dimorfismo sexual, e os machos

nutrem suas crias dentro do corpo em uma bolsa incubadora. Esta bolsa incubadora, nos

machos, situa-se na parte ventral onde se desenvolvem os ovos resultantes da desova realizada

pelas fêmea. As bolsas são ainda locais de osmorregulação e oxigenação. Após a eclosão, os

neonatos, são eliminados pelo macho através de uma fenda. Apresenta comportamento de

cuidado parental.

Habitat e Hábito: Fêmeas são mais móveis e ativas do que os machos. Habita regiões

estuarinas e oceânicas, em fundos de areia, cascalho ou lodo, sendo encontrados também em

pradarias de algas. Presentes em águas litorâneas, de pouca profundidade, até 30 m.

Nomes comuns: Southern pipefish, peixe-cachimbo.

Referências: 36, 126, 84, 101. Foto Macieira, R.M.

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Syngnathus pelagicus Linnaeus, 1758 Descrição: Esta espécie faz parte da

ordem Syngnathiformes da família

dos Syngnathidae. Possui um corpo alongado,

fino, reto e um focinho tubular longo (maior que

50% do comprimento da cabeça), boca pequena,

cauda não enrolada, nadadeira caudal presente, nadadeiras pélvicas e anais ausentes, corpo

com placas blindadas, formando anéis ao redor do corpo, cor acastanhada. Raios dorsais

(total): 28-31. Comprimento máximo: 18,1 cm.

São dioicos, a fertilização ocorre na bolsa incubadora ou estrutura similar (encontrada sob a

cauda), presente no macho que é quem carrega os ovos até o momento do nascimento.

Apresentam dimorfismo sexual quando são adultos. Os machos possuem a bolsa incubadora e

as fêmeas possuem ovopositor.

Distribuição: Maine (EUA), Bermudas e norte do Golfo do México até a Argentina. Nova

Escócia até a Colômbia. (Altantico ocidental)

Alimentação: Informações básicas da dieta permanecem largamente desconhecidas.

Habitat e Hábito: Geralmente associado ao sargaço.

Reprodução: O macho carrega os ovos em uma bolsa incubadora. São ovovivíparos.

Nomes comuns: Sargassum pipefish, Peixe-cachimbo.

Referências: 261, 36, 101, 75. Foto: Joán Irán Hernandez.

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Synodus foetens (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem dos

Aulopiformes, e pertence à família dos Synodontidae. De

corpo alongado, boca grande, dentes numerosos e bem

desenvolvidos. Há uma pequena nadadeira dorsal adiposa,

sobre a nadadeira anal. Nadadeiras pélvicas originadas logo

adiante da dorsal. Sem faixas escuras no corpo. Pode chegar

a medir 48 cm, mais comumente encontrado com 30 cm, maior peso já publicado 900 g.

Espaço interorbital espaço côncavo. Focinho triangular, pontudo, projetado além da ponta da

mandíbula, possui dentes afiados, presentes na mandíbula superior e língua. Suas escamas são

pequenas. Seu interesse é voltado ao comercio aquariofilistas, ou pesca de subsistência.

Distribuição: Podem ser encontrados desde a Nova Inglaterra ao Estado de Santa Catarina.

Alimentação: predador voraz que se esconde em baias rasas e águas costeiras;

Principalmente piscivorous, também inclui camarões, caranguejos e cefalópodes. Usa a

técnica do “ataque surpresa” no qual permanece enterrado esperando suas presas.

Reprodução: Ovíparos. Larvas recém-nascidas são encontradas perto da superfície em

profundidades até 46 m. Reproduz-se durante todo o ano. Os juvenis são pelágicos, e

coletados em oceano aberto, porém próximo ao litoral.

Habitat e Hábito: hábito bentônico, solitário. Utilizam o estuário como local de recrutamento

e de crescimento. Encontrados em ambientes de fundo arenosos e lodosos. Habitam águas de

até 200 m de profundidade. Vivem sobre o fundo, apoiados sobre as nadadeiras pélvicas à

espera das presas.

Nomes comuns: Gallwasp, Inshore lizardfish, Anolis des plages, Lagartixa, Lagarto-do-mar,

Peixe-lagarto, Tira-vira, Doncella.

Referências: 172, 155, 101, 57, 276, 160, 209, 149, 138, 241. Foto Sampaio, Cláudio Luis

Santos.

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Thalassophryne nattereri Steindachner, 1876 Características gerais: Fazem parte da ordem

Batrachoidiformes, representante da família

Batrachoididae. Corpo sem escamas, e olhos

localizados no dorso. Os espinhos dorsais e

operculares possuem glândulas de veneno. O

colorido do corpo é homogêneo e sem barras

verticais. Espinhos dorsais (total): 2; raios mole

dorsal (total): 20-29; espinhos anais: 0; raios moles anais: 19. Podem chegar a alcançar 14 cm

de comprimento. Seu veneno é amplamente estudado em pesquisas no combate de alergias, e

outros. Como por exemplo: "Avaliação do papel da nattectina, toxina do veneno de

Thalassophryne nattereri, na resposta imune inata e específica” e “Anafilaxia induzida em

camundongos pelo veneno do peixe Thalassophryne nattereri." Quando em contato com o

veneno as manifestações clínicas observadas são dor, edema local, isquemia transitória,

parestesia, equimose e sensação de queimação local. O tratamento se constitui de anti-

inflamatórios e analgésicos equimose.

Distribuição: Atlântico Ocidental, de Tobago até São Paulo, Brasil.

Alimentação: É uma espécie carnívora.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. São numerosos nas

zonas estuarinas do litoral brasileiro. Permanecem imóveis no fundo de areia ou lama e seu

veneno é injetado na carne da vítima quando a pressão é aplicada sobre a glândula. Possuem

hábito demersal. Pode ser encontrado em profundidades de até 60 m. Estão associados a águas

costeiras.

Nomes comuns: niquim

Referências: 163, 276, 101.Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie pertence à

ordem dos Perciformes e faz parte da família dos

Carangidae. Presença de dois espinhos destacados.

Corpo alto, focinho rombudo, primeira nadadeira

dorsal com 6 espinhos curtos e fortes; segunda dorsal

com 1 espinho e 22 a 27 raios. Anal com 20 a 24

raios. Podem chegar a medir 64 cm. Boca subterminal e protuberante que facilita a captura

das presas no substrato, a nadadeira caudal fortemente furcada para facilitar o deslocamento e

maior rapidez natatória na zona de arrebentação e as brânquias amplamente espaçadas que

permitem a passagem dos grãos de areia e podem reter as presas maiores.Mais comumente

encontrado por volta dos 40 cm. Maior peso já publicado 3,8 kg. As maxilas contêm dentes

muito pequenos, mas não há dentes presentes na língua. Escamas são muito pequenas, lisas e

parcialmente encravadas (difícil remoção). Vivem cerca de três a quatro anos, atingindo pesos

de 2,2-3,6 kg, embora Pompano com mais de 1,8 kg são raramente pego. Tem um corpo

prateado com uma tonalidade verde-azulado no lado dorsal. Nadadeiras anal e caudal são

geralmente amarelo. Existem estudos que tentam viabilizar seu cultivo em ambientes

confinados. Possuem alta taxa de sobrevivência em cativeiro, são robustas ao manejo e

possuem comportamento extremamente ativo. Pescado comercialmente em todos os seus

locais de ocorrência, admirado na pesca esportiva. Carne muito apreciada. Podem chegar a

altíssimos preço/quilo no EUA.

Distribuição: Podem ser encontrados desde os EUA até o Rio Grande do Sul. Também

ocorre na Argentina.

Alimentação: Predadores. Alimentam-se de peixes, crustáceos e invertebrados.

Reprodução: Os machos atingem a maturidade sexual em aproximadamente 1 ano de idade,

quando eles atingem 35,6 centímetros. As fêmeas atingem a maturidade entre as idades de 2-

3, quando chegar a 30 - 39,9 centímetros. Estimativas de fecundidade variam de 133.000 -

800.000 ovos por temporada, dependendo do tamanho do corpo.

Habitat e Hábito: costeiros, comum na zona de arrebentação e quando juvenis em estuários.

Bentopelágico. Oceanódromos. Encontrado em profundidade de até 70 m. São encontrados

em águas rasas de praias arenosas, com ação de ondas e processo de mistura intenso. Nadam

em altas velocidades.

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Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem

dos Perciformes, da família dos Carangidae.

Possuem uma ampla mancha amarelo-alaranjado

no abdômen na frente da nadadeira anal e

nadadeiras peitorais enegrecidas. Corpo

proporcionalmente mais alto que o das demais

espécies do gênero. Possui o dorso escuro, cinza-azulado. O final da maxila superior atinge o

meio do olho, os raios anteriores da dorsal e da anal são prolongados atingindo no máximo o

inicio do pendulo caudal. Sua cauda é profundamente bifurcada e alongada, o nome "falcatus"

vem do formato de foice que sua nadadeira dorsal apresenta. Apresentam dentes na língua,

projetados para esmagar moluscos e crustáceos. Espinhas dorsais (total): 6-7; raios dorsais

(total): 17-21; Espinhos anais 2-3; Raios anais: 16 – 19. É a maior espécie do gênero, podendo

alcançar 1,2 m de comprimento, mas é mais comumente encontrado com 94 cm. O peso

máximo publicado foi de 36 kg e a idade máxima já publicada foi de 23 anos. É uma espécie

muito apreciada entre os pescadores esportivos. Importante na pesca comercial, em 2002

rendeu 10,4 toneladas, contra 68 mil toneladas em 2000.

Distribuição: Ocorrem nos mares tropicais e subtropicais, de Massachusetts, EUA até a

região sudeste do Brasil, incluindo o Golfo do México e Bahamas.

Alimentação: Os adultos alimentam-se de moluscos, caranguejos, camarões e pequenos

peixes, já os juvenis alimentam-se de invertebrados bentônicos. Também se alimentam de

crustáceos, anfípodes, copépodes, poliquetas e insetos.

Reprodução: São dioicos, fazem fertilização externa e não possuem cuidado parental.

Atingem a maturidade por volta dos 54 cm. Fazem a desova no mar e a época pode variar de

lugar para lugar, mas geralmente ocorre entre maio e agosto.

Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábitos

demersal e costeiro de águas rasas (mais comum na zona de arrebentação). Podem se associar

a recifes de corais. Podem ser encontrados em até 30 m de profundidade.

Nomes comuns: Permit, USA. / pampo-galhudo, pampo-gigante, sernambiquara, Brasil.

Referências: 23, 57, 72, 101, 231, 261, 51, 110. Foto: Wirtz, Peter.

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Trachinotus goodei Jordan & Evermann, 1896 Descrição: Esta espécie faz parte da ordem

dos Perciformes, da família dos

Carangidae. Espinhos dorsais (total): 7-8;

raios dorsais (total): 19-20; Espinhos anais

2-3; Raios anais: 16 - 18. Nadadeiras dorsal

(a primeira dorsal com 6 espinhos curtos e

fortes, o primeiro coberto por uma pele e a

segunda nadadeira dorsal com um espinho e 19 a 20 raios) e anal (com 2 espinhos destacados

seguidos de um espinho e 16 a 18 raios), tem lobos anteriores escuros muito longos. O que

diferencia essa espécie de outras do mesmo gênero é que esta possui no corpo faixas escuras

verticais estreitas. As faixas mais anteriores são 3 ou mais vezes maiores que o diâmetro da

órbita. Pode chegar a um comprimento máximo de 50 cm, porém é muito comum ser

encontrado com 35 cm. O maior peso publicado foi de 560g. Como os humanos se alimentam

desse peixe, é necessário que se tenha cuidado com o envenenamento por ciguatera. O maior

interesse por essa espécie é na pesca esportiva.

Distribuição: Desde Massachusetts (EUA), passa pelo Golfo do México e vai até a

Argentina. (Oceano Atlântico Oeste). É uma espécie comum no sudeste do Brasil e prefere

águas rasas de praias desprotegidas.

Alimentação: Sua alimentação é baseada em pequenos peixes, crustáceos, vermes,

poliquetas, poupas de insetos e moluscos. Buscam seus alimentos em torno dos recifes de

corais rasos, arenosos e em torno de macrófitas, e em particular na zona de surf.

Habitat e Hábito: É uma espécie marinha, associada a recifes de corais pode ser encontrada

em profundidades de até 12 m. Possui hábito costeiro e é comum na zona de arrebentação.

Reprodução: Pouco se sabe sobre a reprodução do Trachinotus Goodei, porém sabe-se que

eles migram da zona costeira onde vivem para dentro do oceano para desovar e isso ocorre

durante todas as estações do ano, exceto no inverno. Os juvenis têm mostrado taxas de

crescimento elevadas em experimentos maricultural.

Nomes comuns: Nos EUA pode ser conhecido como: Banner pompano, Gafftopsail,

Palometa. No Brasil é conhecido como: Galhuda, galhudinho, jiriquiti, pampo, pampo

malhado, pampo mirim.

Referências: 51, 172, 101, 57, 240, 77, 66, 261. Foto: Estrada Anaya, Rafael.

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Trachinotus marginatus Cuvier, 1832

Características gerais: Esta espécie faz parte da

ordem dos Perciformes, da família Carangidae.

Possuem os lados do corpo com 4 a 6 manchas

ovaladas curtas, sobre a linha lateral, a primeira sob

a dorsal espinhosa e a última no pedúnculo caudal.

Nadadeira dorsal com 19 a 21 raios e anal com 17 a

18. Pode atingir um comprimento total de 45 cm.

Distribuição: É encontrado desde o sudeste do Brasil até o norte da Argentina, com alguns

relatos no México.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: A época de atividade reprodutiva é de Novembro a Fevereiro. A ocorrência de

desova total, o curto período reprodutivo e a maturidade sexual precoce mostram que a

espécie tem uma estratégia de reprodução oportunista.

Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas. Possuem hábito bentopelágico

(flutua na coluna de água um pouco acima do fundo do mar). Os juvenis desta espécie são

amplamente distribuídos na zona de arrebentação de praias arenosas ao passo que os adultos

são encontrados em águas mais profundas

Nomes comuns: Plata pompano, Southern pompano. USA / Pampo-malhado, pampo-pintado,

solteira. Brasil.

Referências: 13, 101. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.

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Trinectes microphthalmus (Chabanaud, 1928) Características gerais: Fazem parte da ordem

Pleuronectiformes, da família dos Achiridae. Essa

espécie possui os olhos muito pequenos e situados

no lado direito do corpo, nadadeiras sem espinhos,

corpo com contorno arredondado. Espinhos

dorsais (total): zero; Raios dorsais (total): 48-53;

espinhos anais zero; Raios anais: 34 - 37. Pode

atingir um comprimento máximo de 8,5 cm. Apesar de sua carne ser de boa qualidade, não há

exploração comercial, devido ao pequeno porte.

Distribuição: Atlântico Ocidental: Trinidad e Tobago para o sul do Brasil.

Alimentação: não encontrados ou inexistentes.

Reprodução: não encontrados ou inexistentes.

Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas salobras. Possuem hábito demersal.

Ocorrem em fundos arenosos do ambiente marinho, áreas estuarinas onde possam ficar

enterrados ou camuflados.

Nomes comuns: Linguado.

Referências: 101. Foto: Macieira, Raphael M.

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6 DISCUSSÃO

A ocorrência de manguezais no estuário do rio Vaza-Barris está associada à planície

de maré (fluviomarinha), à presença dos rios que percorrem terrenos de baixo declive e à ação

das marés semidiurnas que, ao vencerem a corrente fluvial a partir da foz sobem em caudal

contínuo, penetrando nos tributários e elevando o nível das águas estuarinas (FONTES, et. al,

2010).

No estuário inferior, onde se faz marcante a influência marinha, o vale é bastante

amplo, ocupando toda a seção estuarina. A hidrodinâmica com a ação das ondas e das

correntes litorâneas e de maré presentes nesta porção mais aberta do estuário inibe o

desenvolvimento dos manguezais, acarretando mobilidade significativa dos bancos arenosos

(FONTES, et. al, 2010).

No estuário superior por sua vez observa-se um aumento dos processos deposicionais,

o que causa um maior assoreamento do ambiente. A passagem de um regime fluvial para uma

zona de maré dinâmica e de salinidade provoca modificações importantes nas condições

hidrodinâmicas que vão influenciar na dinâmica sedimentar e também na diversidade

ictiofaunistica (FONTES, et. al, 2010).

Observa-se assim, que nas porções mediana e superior do estuário os canais fluviais

vão ficando mais estreitos e rasos, adquirem formas mais estabilizadas em resposta ao maior

preenchimento sedimentar, típico do padrão tidal. O efeito das correntes de maré de sizígia na

preamar se faz marcante e tem maior penetração em direção a montante, apresentando teores

salinos elevados já próximos à confluência com o rio Paramopama, distribuindo a carga

sedimentar existente em bancos e ilhas arenosas (Caramindó, Veiga, Mem de Sá, Grande,

Pequena, Góis, Saco, Gameleira, Cabras, Nova, Vargem, Jibóia, Fundão, Abrete e Urubu),

assemelhando-se a um delta estuarino (FONTES, op. cit.).

Diversos estudos ao longo de toda a costa brasileira têm concentrado esforços para

avaliar a utilização dos ambientes estuarinos pela ictiofauna destacando-se os trabalhos de

RAMOS & VIEIRA (2001), que compararam, quanto a composição específica e abundância,

as comunidades de peixes de zonas rasas dos cinco estuários do Rio Grande do Sul, ainda sob

a influência do clima subtropical e micro-marés, destacam-se também, no Rio Grande do Sul,

os trabalhos publicados na Lagoa dos Patos-RS por GARCIA et al. (2003; 2004). HOSTIM-

SILVA et. al. (2002), que estudaram a ictiofauna do rio Itajaí-Açú, em Santa Catarina,

ARAÚJO (2009) que estudou a estrutura, dinâmica espacial e sazonal de áreas rasas da Baía

da Babitonga, também em Santa Catarina, os trabalhos de VENDEL e CHAVES (2006),

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BOUCHEREAU e CHAVES, 2003, CHAVES e VENDEL (2001) na Baía de Paranaguá,

Paraná, e também neste estado, no complexo estuarino de Paranaguá os trabalhos de

SANTOS et. al. (2002), ABILHÔA (1998), CUNHA (1999), NARDI (1999), PINHEIRO

(1999); FAVARO et al., (2001); GODEFROID et al., 2001, SPACH et. al, (2006),

HACKRADT et. al, (2009).

Levantamentos gerais da ictiofauna foram realizados no complexo estuarino-lagunar

de Cananéia-Iguape, estado de São Paulo por SADOWSKI (1975), ZANI-TEIXEIRA (1983),

SILVA (1996). Na Baía de Santos, destacam-se os trabalhos de GIANNINI e PAIVA-FILHO

(1990) que estudaram a ocorrência e distribuição de cienídeos e PAIVA-FILHO et. al., (1987)

que estudaram a ictiofauna do complexo baía-estuário de Santos e São Vicente. No estado do

Rio de Janeiro, mais especificamente na baía de Sepetiba, destacam-se os trabalhos de

PESSANHA et. al (2003) e ARAÚJO et. al. (1998). Ainda no litoral sudeste, destacam-se os

trabalhos de FONSECA (2003), que avaliou a distribuição espacial e temporal da ictiofauna

na Baía de Vitória – ES.

Na região nordeste, trabalhos envolvendo a ictiofauna em regiões estuarinas foram

realizados por CARVALHO-FILHO e ROCHA (2007) no estuário do rio Almada, em Ilhéus,

BA e OLIVEIRA-SILVA et. al (2008) na Baía de Todos os Santos. Ainda na região nordeste,

destacam-se os trabalhos realizados por PAIVA et. al (2008) no estuário do rio Formoso, em

Pernambuco, BASILIO et. AL (2009) que analisaram a ictiofauna do rio Curu, no litoral

cearense, além do trabalho de CASTRO (2001), que buscou descrever a diversidade de peixes

em igarapés do estuário do rio Paciência, no estado do Maranhão.

No estado de Sergipe, em especial no que diz respeito ao estuário do Rio Sergipe,

destacam-se os trabalhos de ALCÂNTARA (2006), ALCÂNTARA (2004), ALCÂNTARA

(1989), ALCÂNTARA (1985). No extremo norte por sua vez, sob a influência do clima

equatorial e macromarés, podem ser citados os trabalhos referentes à ictiofauna do sistema

estuarino do Rio Caeté – PA realizados por KRUMME et al., 2004; BARLETTA et al., 2005.

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7 CONCLUSÕES

Os resultados demonstram que o sistema estuarino estudado suporta uma grande

diversidade de espécies no que diz respeito à ictiofauna de zonas rasas, mais conhecidas como

planícies de maré, em especial no que diz respeito à utilização destes ambientes como

importantes locais de berçários para uma grande quantidade de espécies de peixes marinhos e

estuarinos.

No presente trabalho foi utilizada uma rede de arrasto manual do tipo “picaré” em

áreas marginais. Este método tende a selecionar espécimes jovens, com pouca mobilidade,

pequenos e de hábitos bentônicos. Porém também foram observados exemplares adultos, e de

algumas espécies com maior capacidade natatória que normalmente escapariam da rede. O

arrasto foi conduzido de forma lenta devido à dificuldade de locomoção em áreas com fundo

de lama, o que também pode influenciar na diversidade e quantidade de peixes que são

capturados.

Sobre algumas espécies observadas ocorre ainda uma escassez de publicações, em

especial quanto à alimentação e reprodução, o que dificulta a compilação de informações,

evidenciando-se assim uma maior necessidade de pesquisa de base em ictiologia. A área

bastante grande e complexa do estuário permite uma ampla diversidade de habitats, por isso é

evidente a importância de fazer uma malha amostral que possa englobar a maior gama desses

microambientes, tanto temporal como espacialmente. O presente estudo limitou-se ao estudo

das áreas marginais, o que pode refletir na limitação quanto ao elenco de espécies que podem

potencialmente estar presentes nos demais habitats estuarinos.

Obviamente a diversidade tende a ser muito maior, pois a diversificação da

metodologia empregada pode ampliar o elenco das espécies capturadas. Apesar disso

podemos concluir que trabalhos desta natureza podem contribuir com informações, até então

inexistentes, sobre a composição específica da ictiofauna no sistema estuarino do rio Vaza-

Barris, importante ecossistema costeiro da região.

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