Caminho Português

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1 CAMINHO PORTUGUÊS E T A P A 15 Partindo da Rua da Bainharia (onde se une o caminho de quem sai do Porto (Sé) com quem vem do Sul), cruzamos a Rua Mouzinho da Silvei- ra e o Largo de São Domingos, pros- seguindo pela Rua das Flores até en- contrarmos à nossa esquerda a Rua de Ferraz. Subimos até à Rua Vitória vira-se à direita pela Rua dos Caldei- reiros e chega-se ao Campo dos Már- tires da Pátria, na Cordoaria. Atravessamos o largo, passamos junto à Igreja do Carmo e seguimos pela Rua de Cedofeita até à Capela da Ramada Alta. Prosseguimos à esquerda pela Rua 9 de Julho para o Carvalhido, Monte dos Burgos e Padrão da Légua, onde confluíam o trajecto das duas antigas estradas romanas que saíam do Porto para norte. Continuamos e passamos Custóias Gondivai, Araújo e Custió. Após o cruzeiro colocado ao lado da Capela do Araújo temos que optar por qual das pontes sobre o rio Leça usaremos: n Ponte de Moreira, deve-se seguir em frente para depois desta encon- 36,9 kms

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Caminho de Santiago, Português.

Transcript of Caminho Português

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    Partindo da Rua da Bainharia (onde se une o caminho de quem sai do Porto (S) com quem vem do Sul), cruzamos a Rua Mouzinho da Silvei-ra e o Largo de So Domingos, pros-seguindo pela Rua das Flores at en-contrarmos nossa esquerda a Rua de Ferraz. Subimos at Rua Vitria vira-se direita pela Rua dos Caldei-reiros e chega-se ao Campo dos Mr-tires da Ptria, na Cordoaria.

    Atravessamos o largo, passamos junto Igreja do Carmo e seguimos pela Rua de Cedofeita at Capela

    da Ramada Alta. Prosseguimos esquerda pela Rua 9 de Julho para o Carvalhido, Monte dos Burgos e Padro da Lgua, onde confluam o trajecto das duas antigas estradas romanas que saam do Porto para norte. Continuamos e passamos Custias Gondivai, Arajo e Custi. Aps o cruzeiro colocado ao lado da Capela do Arajo temos que optar por qual das pontes sobre o rio Lea usaremos:

    n Ponte de Moreira, deve-se seguir em frente para depois desta encon-

    36,9 kms15 P O R TO4VILARINHO / 16 VILARINHO4BARCELOS / 17 BARCELOS4PONTE DE LIMA

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    trarmos a EN13 a qual seguimos at Soutelo, deixando-a para seguir para Carrapata.

    n Ponte Romana de Barreiros (ou da Azenha) tomamos o caminho estrei-to imediatamente aps o cruzeiro, (Travessa D. Frei Manuel Almeida de Vasconcelos), que vai dar Rua Sou-sa Prata que nos conduz ponte ro-mana por onde seguimos para atra-vessar a perigosa EN 13 - Via Norte.

    Depois de atravessarmos esta via, subimos at a Igreja Nossa

    Senhora do Bom Despacho, passamos a Junta da Maia e o Zoo. Contornamos a Igreja

    Paroquial da Maia e, por de-trs desta viramos esquerda

    descendo pela Rua do Pinha j no lugar de Recamunde.

    Prosseguimos passando sucessiva-mente em Real, Calada de Real e Rua de Real e chegando ao cruzar-mento da estrada que vem da Maia seguimos pela Rua Jos Moreira da Silva alcanando o Largo da Capela de Santo Antnio na Guarda. No lar-go da Capela seguimos esquerda pela Rua Adelino Amaro da Costa cruzando a estrada que vem de Er-mesinde para Pedras Rubras, entran-do em Gemunde que atravessamos percorrendo os lugares de Outeiro e Barranha onde seguimos as indi-caes de Vila do Conde. Ao chegar-mos a Padinho, muito prximo da Igreja Paroquial de Vilar de Pinheiro, viramos direita para Lameira onde passamos no largo da feira de Mos-teir e logo encontramos a ponte sobre a ribeira do mesmo nome. Prosseguimos sempre em frente at a Carrapata.

    Prosseguimos pela N306 passando o Rochio, Joudina, a partir de Vairo a paisagem marcadamente agrcola apresenta-nos toda a sua intensa en-volvncia campestre e assim chega-mos ao lugar de Vilarinho pela Rua de Fontedeiros.

    PORTO 4VILARINHO

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    Samos de Vilarinho continuando pela Rua de Fontedeiros at encon-trarmos a Rua da Ponte de Ave.

    Descemos e atravessamos a Ponte D. Zameiro. Subimos, passamos o Largo de Nossa Senhora da Ajuda at encontrarmos a estrada asfal-tada (N306) proveniente da ponte nova viramos direita e aps pas-sarmos o cruzamento (para Parada e V. N. Famalico), surge nossa di-reita a Rua das Camlias por onde seguimos at Capela de So Ma-mede. Passamos pelas traseiras des-

    ta e logo viramos direita pela Rua de So Mamede.

    Seguimos a estrada e nossa direita encontramos Calada da Estalagem e logo a seguir a antiga Estalagem das Pulgas. Encontramo-nos nas traseiras do Mosteiro de So Simo da Junqueira.

    Depois da antiga estalagem segui-mos em frente passando a Ponte de Arcos e viramos esquerda, pas-sando junto da Igreja Paroquial de Arcos e continuando pela esquerda

    16

    16, kms

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    para Agoladas. Adiante encontra-mos a estrada (Povoa / V. N. Famali-co) e seguimos pela esquerda por aproximadamente uma centena de metros. Viramos direita para logo na frente seguirmos, novamente, direita passando Borgonha e che-garmos at Igreja romnica de So Pedro de Rates.

    Saimos de So Pedro de Rates pela Rua Direita, passamos a Capela de Santo Antnio onde viramos di-

    reita pela Rua da Ponte do Bur-rinho em direco a Baixa da Mulher Morta. Prosseguimos passando Lameiro, Reguen-go e Vilar.

    sada de Vilar seguimos em frente rumo a Ferrado, onde o ca-minho antigo foi tapado pela cons-truo de um muro de proprieda-de. Contornamos e encontramos a

    estrada asfaltada onde viramos direita.

    Prosseguimos por Real de Cima e Real de Baixo (onde se encontra uma Capela de Nossa Senhora encimada pela Cruz de Santiago). Um pouco adiante viramos direita at N306, onde seguimos esquerda passan-do Chouzelas, Rua Nova e Silgueiros. Perto do km 57 viramos esquerda pela calada at Igreja Paroquial de Pereira.

    A partir daqui seguimos pela M555, passando sucessivamente por Pon-tegos, Monte de Cima, Fules, Igreja de Carvalhal, Vila Ch, Porto Carreiro, Santa Cruz e Mereces at Barceli-nhos.

    Em Barcelinhos atravessamos a Pon-te Medieval de Barcelos (Sc. XIV) e entramos em Barcelos.

    VILARINHO 4BARCELOS

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    Percorremos a Rua Ferno de Maga-lhes, o Largo D. Antnio Barroso, a R. Infante D. Henrique, a Rua D. Antnio Barroso, o Largo da Porta Nova, a Av. da Liberdade, o Campo da Repbli-ca, a Av. dos Combatentes da Grande Guerra, a Av. de Nuno Alvares Pereira e a Av. Paulo Felisberto, prosseguin-do pela N20 at Faial onde viramos esquerda at Vila Boa onde segui-mos pela esquerda at Capela do Esprito Santo (Sc. XVI).

    Passamos o caminho de ferro e des-cemos at ponte onde viramos esquerda passando pela Capela de

    So Sebastio (Sc. XVIII) e pela Ca-pela da Santa Cruz (Sc. XIX) no lugar de Lij.

    Seguimos passando junto do cam-po de futebol e encontramos a bi-furcao onde seguimos retos para Gndara.

    Na frente viramos direita pelo ca-minho de terra a subir onde no final desta viramos direita e logo es-querda para Sabatiz e onde chega-mos a Tamel (So Pedro Fins). Vira-mos no primeiro entroncamento esquerda para Souto do Rato e na

    33,6 kms

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    segunda direita, encontrando a N53.

    Seguimos pela esquerda at EN20 deixando direita a Igreja Paroquial e esquerda o Cruzeiro da Senhora. da Portela onde, depois deste, seguimos direita at Portela. Aqui viramos esquerda pela N59 e antes dos mu-ros viramos direita, passando nas traseiras da estao do caminho de ferro de Tamel e frente da Igreja.

    Cruzamos a linha frrea e segui-mos direita para alcanar Abo-rim. No fim deste chegamos N59 onde viramos esquer-da, passando um cruzeiro, at

    Ponte das Tbuas (Sc. XII).

    Depois da ponte viramos direita e lado a lado com a N20 caminhamos sob restos de calada antiga. Passa-mos o cruzamento da N20 com a N308 e encontramos a Capela de So Bento de Baluges prossegui-mos pela N20 at Igreja e ao Cru-zeiro de So Sebastio onde viramos esquerda seguindo por Fonte de Cal, Outeiro, Vilhadiz, Rocha, Grajal, Reborido e na sada para Portela (Vi-torino de Pies) viramos esquerda e logo direita pelo caminho que nos leva at ao alto de Albergaria.

    BARCELOS4PONTEDELIMA

    Prosseguimos pelo empedrado at a M1259 onde viramos direita para 50 metros depois virarmos esquer-da seguindo at Capela de So Se-bastio.

    Mais adiante encontramos um cru-zeiro onde seguimos pela direita at ao entroncamento. Neste viramos esquerda subindo at Casa das Torres (Sc. XVIII) em Facha.

    Prosseguimos passando um cru-zeiro com o Cristo, a Capela de Santo Antnio e outro cruzeiro, at a Sobreiro onde seguimos pelo ca-minho a descer entre muros at N203 onde viramos direita e logo esquerda.

    Atravessamos sucessivamente o Campo Novo (Seara), Anta, Boua, Pao, Pregal, Pedrosa (Igreja de So Francisco) e Barros.Depois cruzamos a Ponte da Senhora das Neves e vira-mos esquerda passando na frente da Capela da Senhora das Neves e do Cruzeiro (Sc. XVII).

    Ladeados de muros passamos sob o acesso ponte sobre o rio Lima e chegamos Igreja da Senhora da Guia situada em Ponte de Lima no incio da Av. dos Pltanos.

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    Partimos do Largo Lus de Cames onde de-semboca a majestosa Ponte romano-gtica, atravessamo-la e junto Igreja de Santo Antnio da Torre Velha seguimos direita passando fren-te da Capela do Anjo da Guarda. Daqui seguimos at Arcozelo e Igreja de Santa Marinha, pas-sando por caminhos de terra e pedra no sem antes atraves-sar os caminhos por vezes enlamea-dos de Cancelinhas.

    Da Igreja descemos para a Ponte da Geira, sobre o rio Labruja atravessa-mos e estamos no Regatal.

    Depois de Cerdeira seguimos as se-tas sob a auto-estrada no indo a Borralho, evitando assim a N306. Ca-minhamos atravs da serra passando Mouro, Salgueiro, onde cruzamos no-vamente o rio Labruja pela Ponte do Arco. A cerca de 300 metros vemos esquerda a Capela de So Sebastio e a poucos metros desta o oratrio de Nossa Senhora da Guia chegan-do assim a Codeal, onde podemos admirar a belssima Capela de Nossa Senhora das Neves e no adro o seu

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    cruzeiro. Continuamos a subir em direco de Labruja numa zona to-talmente rural passando por Balada.

    Deixamos a Igreja Ma-triz dedicada a So Cris-tovo direita e segui-mos para Vinh onde encontramos a mtica Fonte das 3 Bicas.

    Iniciamos a subida at s proximida-des da Capela de SantAna passando Bandeira e Olival.

    Iniciamos uma forte ascenso at ao cume na Portela Grande no sem an-tes encontrarmos a Cruz dos France-ses ou dos Mortos. No topo da serra passamos ao lado da casa do Guar-da-florestal, descemos para Cabanas e em Tapada da Giesta deparamos com um grupo de azenhas em per-feito estado de conservao.

    Seguimos at Agualonga atraves-sando uma ponte velha at chegar Capela de So Roque, e voltar a encontrar a calada romana que percorremos at chegar Igreja de Rubies (romnica) que ostenta no adro um milirio a Caracala.

    22,1 kms

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    So Bento da Porta Aberta

    So Roque

    22,1/17,8 kms

    3, kms

    5,5 kms

    3,2 kms

    5,7 kms

    1,3 kms

    10,5 kms

    7,2 kms

    3,1 kms

    0,0 kms

    ETAP

    AS

    18-19

    521,8 kms 44

    18 PONTE DE LIMA4RUBIES / 19 RUBIES4VALENA DO MINHO

    Ponte da Pedreira

    Ponte Romano

    Ponte do Arco

    Cruz dos Mortos

    Ponte da Geira

    Ponte Internacional

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    Aps percorrer um pouco mais de uma centena de metros pela EN, seguimos esquerda e chegamos Ponte de Rubies (romana). Atra-vessamos a Ponte Nova e seguimos para Couto das Cabras onde encon-tramos a M106.

    Passamos Ch das Feijoeiras e Pe-cene, para chegarmos a So Bento da Porta Aberta. Prosseguimos por detrs da Igreja por terreno monta-nhoso em direco a Gontomil, onde encontramos as runas da Capela de Nossa Senhora da Guia.

    Prosseguimos passando em Con-tensa, Carcavelhe e Pereira, onde en-contramos o Sr. dos Caminhos, e em Fontoura, no lugar de Brrio, na Ca-

    pela do Senhor dos Aflitos, prximo do Caminho, podemos observar um belssimo cruzeiro do Sc. XVIII com os smbolos de Santiago.

    De Fontoura seguimos atravessan-do Paos e deixando para trs um cruzeiro chegamos Ponte Pedreira oude Cerdal e Pedreira.

    Depois da ponte cruzamos a estrada e subimos por uma calada. Depois do ribeiro encontramos as primeiras casas j em Tudo.

    Atravessamos a N13 e encontramos uma rua de paralelo que nos leva a Conguedo e depois a Albergaria, em Aro. Prosseguimos passando Favais e Troias sobre a N13 at Valena.

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    17,8 kms

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    A Madalena

    Pontesampaio

    31,5/15,5 kms

    2, kms

    5,3 kms

    .

    7,8 kms

    5,0 kms

    ,2 kms

    6,3 kms

    5, kms

    9,1 kms

    1,5 kms

    0,0 kms

    ETAP

    AS

    20-21

    4 4 568,8 kms 44

    20 VALENA DO MINHO4REDONDELA / 21 REDONDELA4PONTEVEDRA

    Polgono

    Virxen da Gua

    Ponte de Orbenlle

    Ponte das Febres

    Virxen do Camio

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    Depois de passar sob a linha de ca-minho de ferro atravessamos o Lar-go da Trapicheira e deixando a For-taleza esquerda descemos para a Ponte Internacional para cruzar o rio Minho.

    Tendo como ponto de partida a Ponte Internacional prosseguimos e no primeiro cruzamento (uma ga-solinera) viramos direita descendo para o rio Minho de encontro ao Embarcadero de Lavacuncas ou Puerto de la Fbrica, primitiva en-trada fluvial de peregrinos em Tui antes da construo da Ponte Inter-nacional. Aqui o verdadeiro kilo-

    metro zero do Caminho Portugus na Galiza.

    Desde Lavacuncas, pelo antigo Ca-mio da Barca e antigas calles, en-tramos no casco antigo de Tui at al-canarmos a Catedral. Prosseguimos passando no Convento das Clarisas Enclausuradas, atravessando o pas-sadio inferior seguimos em direc-o a Norte passando nos conventos de So Domingo e So Bartolomeu (o mais antigo de Tuy).

    Pelo vale do rio Minho alcanamos a ponte medieval conhecida como a Ponte da Veiga, que no cruzamos

    31,5 kms20 VALENA DO MINHO4REDONDELA / 21 REDONDELA4PONTEVEDRA

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    pois um pouco antes viramos es-querda, para entre bosques chegar-mos linha do caminho de ferro e N-550 alcanando assim a Capela da Virxen do Camio.

    Seguindo sempre as setas/flechas chegamos ao cruzamento dos Sete Camios e histrica Ponte de So Telmo. Detem-te pois uma humilde placa que te recorda o seguinte: Ca-minante: aqu enferm de muerte So Telmo, en abril de 1246. Pdele que ha-

    ble con Dios en favor tuyo. So Tel-mo, patrono de Tuy e de Fr-mista, faleceu aqui quando se dirigia em peregrinao a Compostela.

    Seguimos e deixamos a Ponte das Febres esquerda, por bos-ques at A Madalena. Continuamos pela esquerda e passamos a Igreja de Santa Columba de Ribadelouro chegando assim a outra ponte me-dieval, a Puente de Orbenlle sobre o rio Louro. Atravessamos a ponte e iniciamos uma ligeira subida para superar o antigo paso de inverno e assim chegamos ao Polgono Indus-trial de las Gndaras de Budio.

    Uma reta de aproximadamente 3 km (no existe alternativa) sem uma sombra, a qual atravessamos com grande pacincia. No final uma pas-sagem superior leva-nos N550 e ao trnsito e com precauo, e passan-do a Capela de Nuestra Seora da Guia, chegamos ao Porrio.

    Seguimos sobre a esquerda pela Ra de San Sebastin passando a Cape-la da Madalena e sempre atentos s setas/flechas (pois a sada um au-tntico caos) temos a Capela de las Angustias.

    Prosseguimos pela estrada que liga Porrio a Redondela, para abando-n-la de seguida esquerda na di-reco de Amieiro Longo.

    Passamos o vale e alcanamos o Pa-lcio de Mos e a Igreja de Santa Eula-lia de Mos (barroca) e aqui iniciamos a passagem de um dos lugares mais emblemticos do caminho portu-gus! A subida da Ra dos Cabalei-ros onde um cruzeiro policromado e sempre florido deseja-nos Buen Camino.

    Envoltos na serenidade do rural gallego chegamos Capela de San-tiaguio de Antas, onde a uns tre-zentos metros, em pleno caminho, encontramos um dos miliarios que sinalizavam a via romana, El Miliario de Vilar de Infesta.

    Seguimos at as proximidades do bar Choles onde nos embrenhamos no pinhal que envolve a meseta de Chan das Pipas. Iniciamos uma des-cida pronunciada e atravessamos Chan de Pipas, alcanando a N550. Viramos esquerda para percorre-mos a Ra Pai Crespo e a Ra Quei-malios e assim chegar ao albergue de peregrinos.

    VALENA DO MINHO4

    REDONDELA

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    Daqui continuamos atravessando a Plaza da Alfondiga (onde a poucos metros temos a emblemtica Igle-sia de Santiago), a Ra do Cruceiro, a Ra da Picota, at Capela de Santa Mara, cruzamos a N550 e seguimos esquerda desta saindo assim de Redondela.

    Passamos uma pequena ponte sobre o rio Raxeiro e sobre a linha do cami-nho de ferro j em Cesantes. Viramos esquerda e atravessamos a fraga at alcanar a Ra do Areeiro e de novo voltamos a atravessar a N550.

    Seguimos pela estrada de Viso e logo viramos esquerda. Iniciamos uma subida e pouco depois passa-mos uma zona de recreio com mesas de pedra e uma fonte de boa gua. Continuamos a subir, envoltos pelo bosque e chegamos ao cume (Eido dos Mouro) onde podemos observar nossa esquerda as runas de uma antiga Casa de Postas .

    Inciamos a descida podendo ob-servar a Ra de Vigo e a ilha de San Simn esquerda, at encontrarmos de novo a N550 que percorremos durante 700 metros, entrando em Arcade que a ptria das melhores ostras da Galicia e, onde a arqui-

    tectura rural da Galicia Sul conjuga como em nenhuma outra parte o sa-bor campesino com o marinheiro.

    Prosseguimos pela Ra de Lavan-deira e vamo-nos embrenhando no casco urbano e sem nos aperceber-mos encontramo-nos na antiga e histrica Puente de Sampayo, onde o povo galego derrotou as hostes do Marechal Ney. Atravessamos a ponte e entramos em Pontesampaio. Cem metros decorridos e viramos es-querda subindo a Ra do Concello e passando no Cruzeiro de Ballota, continuamos at outro Cruzeiro o de O Souto.

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    15,5 kms

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    Cruzamos a estrada do cemi-trio onde podemos obser-var a Ponte Nova (medieval).

    E iniciamos um dos tramos mais belos do Camino Portu-

    gus, a Vrea Vella da Canicouba.

    Este antiqusimo caminho frequen-tado desde as pocas mais remotas e onde podemos perceber as pro-fundas marcas das rodas dos carros nas velhas lousas, leva-nos at onde se encontram os restos (s resta a base) do Cruzeiro de Cacheiro, situa-do sobre umas pedras numa velha e histrica encruzilhada que tambm conduz os romeiros que se dirigem romaria de Nuestra Seora de Amil.

    Iniciamos uma descida, sempre rodeados por pinheiros, at aos frteis vales de Alcouce e Boullosa, bordeando as runas de outra Casa de Postas e depois pouco a pouco a paisagem humaniza-se.

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    REDONDELA 4PONTEVEDRA

    Ao encontrar a estrada que sobe a La Canicouba, viramos esquerda, cruzamos a carretera que leva a Santa Marta y por Santa Columba de Brtola, e nas proximidades da fbrica Sales del Sur, aproxima-mo-nos j de Santa Marta de Gan-dern seguindo o vale do Tomeza... a humilde Capela de Santa Marta indica-nos o bom Caminho para chegarmos em cinquenta metros estrada de San Andrs de Figueiri-do a Pontevedra.

    Prosseguimos passando o Pobo, To-meza, Ponte Condesa e Ponte Cou-to onde atravessamos a estrada de Marcn e entramos em Pontevedra, a antiga Pons Vteris.

    Depois de passarmos sob a linha do caminho de ferro e contornar direi-ta encontramos, desse mesmo lado, no alto da rampa de veculos o alber-gue de peregrinos.

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    Samos do albergue de Pontevedra, encaminhando-nos pela Ra Virxen do Camio at a sua Capela na Pra-a da Peregrina, continuamos se-guindo a Ra Soportales, Ra Real e Ra del Puente que nos deixam na Puente del Burgo na sada Norte da ciudade. A duzentos metros da pon-te seguimos esquerda pela Ra da Santia. Seguimos paralelos linha do caminho de ferro at Ponteca-bras deixando esquerda o rio Ca-bras e as instalaes da fbrica Cros.

    Cruzamos aqui a linha do caminho de ferro por um tnel inferior. Pros-seguimos numa suave subida at al-canarmos a Igreja de Santa Mara de Alba com uma imagen do Apstolo no cemitrio. Estamos prximos do antigo lugar de Goxilde onde o Ar-cebispo Xelmrez descansou com as suas hostes, caminho de Composte-la, depois de efectuar o famoso Po Latrocinio de reliquias em Braga.

    Em aproximadamente 500 metros

    21,5 kms

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    chegamos a San Caetano, mui-to perto da modesta Capela de So Caetano. Seguimos passando as aldeias de Libo-

    rei e Castrado e embrenha-mo-nos no bosque onde uma

    antiga e bellsima pontella num local chamado Pozo Negro (sobre o Rego del Pozo Negro), d passagem para iniciarmos uma suave subida at encontrarmos de novo a linha do caminho de ferro que cruzamos, e continuando sempre a subir che-gamos ao Lombo da Maceira para entrar na aldeia de San Mauro (lugar donde historicamente se efectuava a muda de cavalos). Prosseguimos por uma estrada solitria e passamos

    a San Mamed de Portela, com um antiguo cruzeiro que indica o bom Caminho. Seguimos para um encon-tro com um dos lugares mticos do caminho portugus, Ponte Valbn e o Cruzeiro de Amonisa, desde onde Santiago no fuste nos indica o Norte olhando para Compostela.

    Ao Km 60 sobre a esquerda e no alto, podemos observar a Igreja de San Martio de Agudelo (romnica). Seguimos atentos a sinalizao a partir deste ponto -o traado con-verte-se num contnuo zig-zag pelas invases sufridas por propriedades de particulares- at encontrarmos a N550 altura de Monllo. nimo, a Capela de Santa Luca, tira-nos da carretera e leva-nos por entre pra-darias e vinhedos e sem notarmos estamos em Tibo que tem uma boa fonte e soberbo cruzeiro na saida da aldeia.

    Muito prximo Caldas de Reis re-cebe-nos com o prtico romnico de Santa Maria de Caldas e depois de transpormos a ponte sobre o rio Umia, a trinta metros, seguimos esquerda para o casco antigo de Cal-das de Reis.

    PONTEVEDRA 4CALDASDEREIS

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    Os nossos ps agradeceram a fonte termal onde os lees vomitam sem cessar uma gua quente e reparado-ra e a formosa Calle Real transpor-ta-nos para a Ponte Bermaa. Pros-seguimos e a Capela de um santo caminhero (a Capela de San Roque), d-nos passagem duas centenas de metros adiante para a entrada no vale do Bermaa.

    Seguimos por outro antigo trajec-to novamente embrenhados num buclico bosque e vegetao de ribeira.

    Perto mas fora do Caminho e de vig-lia nossa passagem, esta Igreja ro-mnica de Santa Maria de Bemil e mais na frente confirmando o nosso bom caminho est o solitario lugar de Lavandeira.

    Continua envolvendo-nos um bos-que digno da lenda do Rei Artur para subir suavemente at ao cruzeiro. Al um velho leguario com um relgio de sol indica-nos o local onde deve-mos cruzar a N550. De repente surge o extraordinrio conjunto de Santa Maria de Carracedo.

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    19,5 kms

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    XETAPA

    Cruceiro

    San Caetano

    Caldas de Reis

    3,0 kms

    ,0 kms

    6,2 kms

    6,3 kms

    1,8 kms

    3,3 kms

    3,9 kms

    2,5 kms

    ,0 kms

    1,2 kms

    ,8 kms

    0,0 kms

    ETAP

    AS

    22-23 22 PONTEVEDRA4CALDAS DE REIS / 23 CALDAS DE REIS4PADRN

    21,5/19,5 kms609,8 kms 44

    San Miguel de Valga

    Capela de San Roque

    Santa Mara

    Ponte de Valbon

    Cruzeiro de Amonisa

    Santa Mara de Alba

    Capela da Virxen PeregrinaSantiaguio do Burgo

  • 59C A M I N H O P O R T U G U S

    Prosseguimos primero o caminho que beira a Auto Estrada (autopis-ta) e nos leva a Casal de Eirigo, para cruzar a autoestrada por uma pas-sagem superior e estamos nas pro-ximidades do campo de futebol de O Pino. Aqui as setas/flechas e um mojn (marco) da Xunta de Galicia situam-nos no meio de un bosque profundo, onde o silncio s inter-rumpido pelo canto dos pssaros ao entardecer.

    Acompanha-nos de perto o rio Val-ga com os seus moinhos: Muio de Xan Gago, Muio da Insua, Muio do Nabal, Muio de Salleiros... e j nos encontramos em San Miguel de Valga, que nos mostra o emblem-tico conjunto da sua Igreja barroca. Superada a rectoral, o traado entra

    esquerda no lugar de Cimadevila. Seguimos por Fontenlo e por Condi-de. Continuamos pela estrada com um canal de guas nossa direita at a antiga mas restaurada Igreja de So Lus de Cesures.

    Una gasolinera indica-nos novo en-contro com a nossa velha conhecida N550, onde vemos um antiqusimo cruzeiro.

    Atravessamos a Ponte do rio Ulla e encaminhamo-nos para Padrn, pelo mesmo caminho que sigui-ram os restos do Apstolo na sua barca de pedra. Continuamos pelo Campo da Feria, e no final num pe-queno alto encontramos a fonte e o Convento del Carmen. Al est o albergue.

  • L I S B O A - S A N T I A G O60

    Agro dos Monteiros

    Teo

    Santa Mara de CrucesCruces

    Santa Mara de Iria

    Romariz

    2,5 kms

    1,5 kms

    2,9 kms

    3,9 kms

    2,5 kms

    1,5 kms

    1,5 kms

    2,0 kms

    2,0 kms

    3,0 kms

    1,0 kms

    0,0 kms

    63,1 kms 4 2,3 kms

    24

    ETAP

    A

    24 PADRN4SANTIAGO

  • 61C A M I N H O P O R T U G U S

    AZAMB

    UJA4

    GOLEG

    E T A P A

    Samos de Padrn pela Ra Bordel, atravessamos a N550 e contornamos a antiqusima colegiata de Iria Flavia. Detm os teus passos, vale a pena, pois daqui saiu o bispo Teodomiro em busca de unas luces que brilla-ban en el monte Libredn e que logo sera Compostela. Perante ns est o belo cemitrio de Adina (cantado por Rosala de Castro) os antiquissi-mos sepulcros que rodeam o tem-plo. Um pouco mais frente as casas dos cannigos, o Museo de Camilo

    Jos Cela e o busto de Don Camilo numa pequena alameda. No mesmo cemitrio junto do Caminho e no ve-lho olival est a sua tumba.

    Continuamos por Iria entre velhas casas e agora uma cruzada, a anti-ga estao de caminho de ferro e a casa dos Cela-Trulock, no nos res-ta alternativa seno seguir a N550. Sem desesperos pois ao km 88 des-viamo-nos por Romars em pleno caminho medieval. Percorremos as

    2,3 kms

    24

  • 62 L I S B O A - S A N T I A G O

    aldeias que recolhem e man-tm todo o sabor duma rota sagrada na Galiza. O camino

    entre Padrn e Compostela sempre foi Camino de Peregri-

    nacin de ida e volta, Caminho Portugus, Ruta Rosaliana, defini-tivamente um itinerario profunda-mente sentido por todos os que o percorrem e tambm pelos que o habitam.

    Atravesamos aldeias de extraordin-rio valor etnogrfico, Romars, Ra, Rueiro, Cambelas, Anteportas, Tarro, Vilar... para entrarmos noutro espao sagrado - a Esclavitude - com a sua fonte milagrosa e o esplndido exem-plar do barroco que o Santuario da Eslavitude (XVII-XVIII). Perto o que foi uma antiqusima pousada sobrevive uma taberna que aspira a tienda.

    Prosseguimos e uma centena de me-tros adiante chegamos. Entre muros

    outra bela Igreja, Santa Mara de Cru-ces. Mais pinheiros, mais caminho de terra e outra belsima aldeia, Anguei-ra de Suso, que encontramos depois de descer atravessando a linha do caminho de ferro.

    Caminhamos entre parras e logo es-tamos em Areal. Na sada, primeiro por asfalto e depois por um bom ca-minho de terra desemboca-se na N-550. Novamente so poucos metros que percorremos nesta estrada onde saimos para a esquerda em direco a Teo na devisa de Pazo de O Fara-mello (onde os italianos Piombino y Gambino montaram uma fbrica de papel em 1710). Antes de alcan-armos a Ra de Francos onde che-gamos por uma leve subida e com a calada romana oculta no bosque nossa esquerda, observamos o edifi-cio do albergue de Teo.

    Na Ra de Francos parte de encon-

    24PADRN 4

    SANTIAGO

  • 63C A M I N H O P O R T U G U S

    o Milladoiro atravs dos acesos a um moderno polgono industrial e de novo recuperamos o velho traado, entre pinheiros, at Agro dos Monteiros. Deixamos de um lado a solitria sub-estao elctrica e de sbito no alto apa-rece a cidade do Aps-tolo com todo o seu esplendor. Estamos a 250 metros de altitude, em Agro dos Monteiros,

    autntico Monte del Gozo do Cami-nho Portugus. Espera-nos ali uma alegre descida porm sem dvida catica, todas as entradas em Com-postela so assim sem excepo.

    Prosseguimos por Santomil e Amaecida, passamos o Hospital General, continuamos por A Chou-pana e estamos em Compostela. A Ra Rosala de Castro vai-nos si-

    tuando perante a Ala-meda e a antiga Porta Faxeira. Logo a Ra do Franco que nos trans-porta at Catedral. Chegmos. Bom Ca-minho.

    trarmos um dos mais belos cruzeiros de toda Galiza, estamos perto de outro mito do Ca-minho Portugus e de todos os Caminhos: O Castro Lupario (entre-gue ao abandono e s ervas daninhas), onde a malvada Rainha Lupa da lenda jacobea pres-tou ateno aos atri-bulados discpulos do Apstolo. Porm, ns seguimos para a Ponte da Pedreira passando uma antiga imagem policromada de San Anto-nino, e Areeira, nos muros do que foi uma antiga pousada de caminhan-tes e carregadores.

    Um aserradeiro v-te passar em di-reco a A Grela, onde o Caminho faz um zig-zag por se ter perdido no meio do caos produzido pela cons-truco de uns chalets. Acabaram-se as antigas aldeias, a pro-ximidade de Santiago faz-se notar nas moder-nas vivendas unifamilia-res, mas pouco importa pois estamos j perto da nossa meta. Superamos