Caminhos Da Vida Aida Luz

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Literatura

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  • 1CAMINHOS DA VIDA

    AIDA LUZ2009

    Edio internet: Wilson e Iolanda MoitaEdio em PDF: Fernando Fidalgo

  • 2Discurso da Sra. Aida Almeida Lopes da Luz ao lado doSr. Anto Jos Lopes da Luz Presidente da Filial Seixal,

    Distrito de Setbal, Lisboa, Portugal por ocasio daprimeira sesso nas instalaes adaptadas, em 24/5/2004

  • 3AIDA LUZ

    Aida Maria Ferreira de Almeida Lopes da Luz, nasceu em Portugal (Lisboa - Freguesia

    dos Anjos), no dia 6 de Junho de 1939. A 25 de Abril de 1956, ainda adolescente,

    embarca para Cabo Verde, Cidade da Praia, acompanhada de seus pais. Um ano depois

    de sua chegada a Cabo Verde, inicia uma carreira brilhante na funo Pblica, dando

    continuidade sua formao acadmica de contabilidade, e adquirindo excelente

    experincia nas vrias reas da Administrao Pblica de Cabo Verde, entre elas

    salientam-se o Comrcio e a Indstria e Servios Correlativos.

    Em 1967 contrai matrimnio com Anto Jos Lopes da Luz, e desta unio nasceram trs

    filhos. Aida, teve uma educao inicial catlica, mas a partir de seu casamento e atravs

    do seu marido inicia o estudo das Obras do RC, tornando-se uma verdadeira

    Racionalista Crist.

    Ainda em Cabo Verde, inicia uma correspondncia com Antnio Cottas e sob sua

    orientao, juntamente com seu marido e alguns companheiros fazem surgir a primeira

    casa RC, na Cidade da Praia, em Cabo Verde.

    Envolvida em alguns programas Internacionais entre muitos Programas das Naes

    Unidas para o Desenvolvimento, UNICEF e a Organizao Internacional do Trabalho,

    mereceram o seu apoio.

    Atualmente e em colaborao com seu Marido Anto da Luz, presidente, faz parte

    integrante da formao da casa RC do Seixal. Alm de colaborar nos servios

    administrativos, a Contabilista da Filial, presta servio medinico e escritora de

    artigos, dedicando-se a temas como a juventude e a mulher Racionalista Crist.

    Tem ainda em mos, o desenvolvimento do livro "Testemunho de um instrumento

    Medinico" e nele relata as suas experincias vivenciadas como mdium. Como

    exemplo, uma mulher inspirada na moral crist e nos princpios basilares do

    Racionalismo Cristo, sendo fiel a si e Doutrina pela qual enveredou, como batalha

    nesta vida terrena.

  • 4SUMRIO

    Aida Luz. ......................................................................... .................................................3Apresentao ...................................................................... ..............................................5Prefcio .......................................................................... ..................................................5Ao Leitor ......................................................................... .................................................6A Amizade....................................................................... .................................................7A Espiritiualidade de Uma Criana ......................................................... .........................8A Fora da Leitura ................................................................... .......................................10A Fora da Palavra................................................................... .......................................12A Fora do Exemplo, um Dilogo com a Juventude .......................................................14A Ti Mulher, a Ti Me Querida.......................................................... ............................15A Ti, Criana ...................................................................... ............................................17A Todas as Flores ................................................................... ........................................18Amilcar Cabral .................................................................... ...........................................19Ao Pensamento Minha Jia Mais Preciosa ................................................. .................20Arquivo da Sabedoria Universal.......................................................... ...........................20Avante Sempre ................................................................... ............................................22Carta Aberta de uma Me................................................................................................24Contemplao .................................................................... .............................................25Dualidades Opostas.................................................................. .......................................26Encaremos O Trabalho como um esplendoroso Arco ris ..................................... ..30Encarnao, Desencarnao e Re-encarnao................................................. ................32Esteios do Bem Nossos Companheiros de Estudo........................................................34Ingratido ........................................................................ ...............................................35Joaquim Alves Neto Um Grande Amigo ................................................ .....................37Jovens de Hoje Artfices dos Amanhs..................................................... ...................38Justia para Todos.................................................................... .......................................39Liberdade na sua Essncia Mais Nobre ..................................................... .....................42Louvemos a Amizade............................................................... .......................................44Luiz Alves Thomaz................................................................. ........................................45No Ao Fracasso................................................................... ..........................................46No Nos Esqueamos de Amar e Interiorizar os Sons Maravilhosos da Natureza....... 48No Podemos Saber Qual a Nossa Classe Espiritual ....................................................49No Substimemos os Chamados Deficientes............................................... ................51No Silncio se Constri...................................................................................................55Nuno Nosso Neto Querido ..............................................................................................56O Espelho Mgico ................................................................. .........................................57O Suicdio No Soluo ...............................................................................................60Pensamentos e Atitudes Nossa Ofcina de Energia ............................................... ..........62Quatro Estaes do Ano Quatro Fases da Vida................................................ ............64Reflexo e Coragem / Aos Enamorados ................................................... ......................67Respeitemos Nossos Filhos .............................................................................................69Rota da Felicidade ................................................................... .......................................72Sensaes ....................................................................... ................................................73Sculo XXI: Sculo de Uma Luz Maior ................................................... ......................74Telmo um Sobrinho Muito Querido ..................................................... ..........................76Tributo a Maria Cottas ....................................................................................................77Valores Crescimento Espiritual ........................................................ .........................78Posfcio .......................................................................... ................................................83

  • 5APRESENTAO

    A vida o mais belo e sublime livro que podemos escrever.Com palavras traduzimos caminhos da vida, descrevemos momentos... Com palavras tornamos realidade a paixo pela humanidade, porque amamos a essncia humana e exaltamos em sentimentos.Com palavras fazemos o encontro de almas, com a verdadeira vida! A vida espiritual!Com palavras alimentamos e elevamos as criaturas, pois o alimento espiritual dado pela palavra entendida conscientemente.Descrever "Caminhos da vida" deixar vincado o amor pela vida eterna!Ana Paula Oliveira

    PREFCIO

    Aida da Luz, com slidos conhecimentos sobre a Doutrina Racionalista, se inclui entre as mulheres que se doaram como militantes do Racionalismo Cristo, convicta em seumundo de Luz justificou a sua prpria incumbncia. Dotada de raciocnio lgico e sensibilidade aflorada, como instrumento do Astral Superior, e como escritora tem sabido se servir da pena escrevendo artigos dedicados principalmente a famlia e a amizade entre as pessoas.Nosso encontro em Portugal significou uma nova etapa em minha vida, senti algosublime, um renascimento ao esclarecimento. Com a fundao da Casa Racionalista Crist de Seixal, Lisboa, Portugal, nossa Aida Luz tornou-se um espelho para mim e outras senhoras iniciantes no estudo da doutrina.Nossa Aida Luz, como mdium disciplinada e dcil, transmite confiana em sua postura a ns que ainda somos aprendizes da Doutrina Racionalista Crist, demonstrou-nos como ser um instrumento afinado e ajustado ao servio do Astral Superior para cumprir com seus deveres.Em meu nome e dos militantes desta Casa Racionalista Crist do Seixal, agradecemos com emoo e alegria de sentir a sua presena, pela vibrao da fora que emana dos seus pensamentos nos trabalhos exarados de nossa doutrina, para o bem da prole e da coletividade.At sempre nossa boa amiga. Arminda Henriques Lopes

  • 6AO LEITOR

    Aida Luz nossa Aidinha como todos aprendemos a cham-la e seu marido Sr. Anto da Luz, tornaram possvel a abertura da Casa Racionalista Crist Filial Seixal,Distrito de Setbal, Lisboa, Portugal. Sua paixo pela famlia e a Doutrina, que tanto ama, a tornaram um ser especial, um destaque entre as mulheres, pois ensina lies preciosas de como viver a vida material e espiritual. Perspicaz, determinada, e disciplinada, nossa Aidinha Luz, com a sensibilidade construiu muitos artigos com valorosos ensinamentos sobre a vida, enriquecendo-os com palavras voltadas ao dia-a-dia, beneficiando assim toda uma comunidade que busca o crescimento espiritual. Hoje, nossa Aidinha Luz, utiliza seu tempo escrevendo o livro Testemunho de um instrumento Medinico, ao qual o aguardamos com muito carinho e, enquanto isso...convido-os para que desfrutem deste livro digital, "Caminhos da Vida" onde esto reunidos seus principais artigos.Wilson Candeias Moita

  • 7A AMIZADE

    A amizade, esse sentimento maravilhoso, que tanto devemos preservar,

    Ela faz com que da vida melhor nos possamos lembrar,

    Dando-nos momentos mais alegres, quando podemos estar junto daqueles a quem a

    dedicamos,

    Oferecendo-nos outros, menos alegres, quando longe deles estamos,

    Mas, trazendo-nos sempre as imensas recordaes de algo que sempre havemos de

    lembrar,

    Uma conversa, uma carta, um convvio, um telefonema.

    Ela nao se gasta com a passagem do tempo, nem sequer quando a velhice chegar.

    Ela permanecer inclume, durante a nossa vida fsica, e, connosco a levaremos ao

    desencarnar.

    Ela ser parte integrante dos nossos sentimentos mais nobres, sempre que a tivermos por

    lema.

    algo que no se pode comprar, no se pode vender, ela se entrega, se d sem nada em

    troca esperar.

    Contudo, sempre com elevada emoo e carinho que a recebemos, quando algum a

    ns se lembra de a dedicar,

    Em ambos os casos, como uma invsivel e invencvel corrente que contorna qualquer

    tormento,

    No mar tempestuoso que tantas vezes temos de enfrentar.

    Assim, h que mant-la a todo o custo, e, defend-la, preservando-a a todo o momento.

    Que ela seja pois a fiel guardi de nossos sentimentos.

    Que ao elevarmos nossos pensamentos aos nossos afins, ela Ihes seja conduzida e por

    eles recebida.

    Que se torne na couraa que os ajude a defender das vicissitudes da vida,

    Transmitindo-lhes calor e ajudando-os a manter acesa a luz que a todos irradia,

    E que aqueles que amamos jamais possamos olvidar.

    Aida Almeida Lopes da Luz

  • 8ESPIRITUALIDADE DE UMA CRIANA

    Aos pais, e principalmente s mes, cabe a grande responsabilidade de orientar seus filhos, para que

    nunca enfraqueam, a fim de que se mantenham firmes e fortes diante das grandes dificuldades e

    intempries que vo surgindo no dia-a-dia. Olga Brando C. de Almeida

    O interesse do Racionalismo Cristo pela boa formao educacional das crianas vem

    de h longos anos, mais precisamente h quase um sculo, e assim continuar sendo at

    que consiga alcanar seu objetivo.

    Pais, educadores, professores, psiclogos, tutores, babs e outras pessoas que tm

    crianas sob sua tutela, devero lev-las s Sesses Pblicas de Limpeza Psquica,

    efetuadas nas Casas Racionalistas Crists, s Segundas, Quartas e Sextas-Feiras, s

    20,00 Horas, horrio local. Enquanto crianas sero estimuladas a despertar para as

    coisas srias da vida, a buscarem conhecimento de si mesmas, a sentirem, com o passar

    do tempo, a grandeza espiritual que as envolve, e, a ento, podero tomar uma direo

    mais acertada em suas vidas. Portanto, elas tero ferramentas sbias para discernir entre

    o certo e o errado, entre a verdade e a mentira.

    Uma criana esclarecida, conhecedora de suas capacidades espirituais e intelectuais

    uma criana preparada para a luta que a espera no futuro. O futuro da nao estar nas

    mos destes futuros adultos, e, com firmeza moral e uma verdadeira educao espiritual,

    isentos de dogmatismos, alcanaro o bem-estar to desejado para si, facultando o

    alcance de igual bem-estar ao prximo, na sua justa medida, alaro voos superiores e

    benfazejos de progresso, tero a liberdade em sua plenitude porque estaro respaldados

    em valores espirituais.

    As crianas absorvem tudo quanto lhes transmitido. A boa formao moral, depende

    muito do meio em que vivem. A famlia tem uma funo importantssima no que tange

    ao desenvolvimento da personalidade das crianas.

    Pais inseguros e sentimentalistas, passaro a seus filhos sua insegurana e seus

    sentimentos de fraqueza. Os filhos precisam de pais que os eduquem pela retido da sua

    conduta, onde impere a sinceridade, a lealdade, a justia e a verdade. Pais que lhes

    permitam andarem com seus prprios ps, sem dependerem de quem quer que seja.

    Torn-los independentes e seguros requer tato e carinho.

    Se as crianas, ao chegarem a este mundo no encontrarem pais conscientes e

    responsveis, que as conduzam a uma vida honrada e digna, possivelmente encontraro

    dogmas e obstculos naturais de relacionamento, que as bloquearo na sua evoluo

    espiritual.

    As crianas so eternas observadoras, esto atentas ao comportamento dos adultos.

    natural que as mesmas imitem tudo que as cercam. Assim, elas aprendem a agir

    repetindo o comportamento daqueles com quem convivem. Exigindo neste ponto

    ateno e vigilncia permanente dos pais sobre seus filhos, com bons exemplos de

    dignidade, dilogo, entendimento e dedicao.

    A Inteligncia de uma criana no medida ou comparada por suas respostas, mas, sim,

    pela sua capacidade de pensar e criar em momentos de desafios!

  • 9Uma criana inquieta prova de sua mediunidade aflorada. Quando est cercada de

    pessoas que no tm conhecimento da Vida Fora da Matria, tendem a trat-la como

    uma criana indesejvel, pois a criana est merc dos espritos sem esclarecimento

    sobre espiritualidade.

    A funo dos pais consiste em amparar seus filhos, sem mentiras, passando-lhes

    confiana, a fim de que eles cresam saudveis e rijos da alma e do corpo. Tratemo-los

    carinhosamente, com desvelo e desejo de ensinar-lhes o caminho certo a ser percorrido

    na sinuosa estrada da vida Terrena.

    Uma criana um livro passado a limpo, um esprito recm chegado de seu mundo de

    luz, est com as informaes de bem-querer atualizadas em sua memria, com o

    raciocnio cognitivo pronto para brindar a todos com valores morais.

    Ela uma escola de virtudes, quer ser amada e nos ensina a amar e a admirar suas

    qualidades. Quer ser compreendida nos seus mltiplos aspectos. Divirtam-se com

    vossos filhos, dem-lhes o valor devido.

    Uma criana espontnea, vive sem mscaras, sem fraudes, sem truques ou

    subterfgios. Para saber uma verdade, precisamos escutar uma criana. Simples e

    verdadeira, no tem preconceitos, tabus, malcia, orgulho, ou outros sentimentos que aos

    poucos suplanta os adultos. Faz tudo com pacincia, sem se queixar.

    Sua pureza natural. sbia, e sua capacidade de aprendizado supera nossas

    espectativas. Os pais no devem subestimar a inteligncia e a sabedoria de seus filhos,

    pois o esprito no tem idade.

    O que por vezes acontece, e, mesmo com certa frequncia, uma criana nascer

    portadora de um acervo espiritual bastante positivo, e, no se comporta como uma

    criana, pelo contrrio, sua forma de ser e estar mais de um adulto, isolando-se muitas

    vezes, pensativa, e desenvolvendo qualquer estudo ou trabalho, ainda no indicado para

    sua tenra idade. So essas crianas a quem, s vezes, apelidamos de "crianas velhas",

    dada a sabedoria que demonstram e forma de se comportarem como adultos. A

    resistncia de uma criana imbatvel, quando ela decide por algo, ela quer mesmo! Ela

    confiante e desconhece o pessimismo. Desconhece totalmente os falsos valores dos

    adultos.

    Por exemplo, uma criana que, muito novinha, sem estudo nem aprendizagem, rege uma

    orquestra, toca diversos instrumentos, ou fala idiomas estranhos ao seu. Nestes casos h

    que ter muito cuidado, ouvir a criana, trat-la com a ateno que ela merece, para que

    se sinta apoiada, estimulando-a, assim, a prosseguir na sua evoluo, caso contrrio ela

    vai estagnar, adormecendo conhecimentos ou qualidades atvicas que trouxe afloradas

    ao encarnar.

    Uma criana autntica, verdadeira e alegre, seu abrao contagiante, uma terapia para

    os adultos. Frgil no tamanho, sua grandeza est em sua sabedoria que a torna forte de

    esprito e superior em suas aes.

    Aida Almeida Lopes da Luz, Diego Garcia Leite, e Eliane de Fatima Cardoso Ramos

    Participao na edio e reviso: Wilson Candeias Moita

  • 10

    A FORA DA LEITURA

    Estudem as obras racionalistas crists e aproveitem bem o tempo que esto passando na Terra, no

    temendo o sofrimento que til evoluo do esprito, desde que no resulte do mau uso do livre-

    arbtrio Felino Alves De Jesus

    .

    Quantas vezes ao estarmos lendo um assunto qualquer, e aps nossos olhos terem

    percorrido determinado nmero de linhas, descobrimos que no recordamos do que

    lemos, retornamos ao ponto inicial da leitura, e percebemos que realmente no lemos, o

    que aconteceu?

    O assunto deixou de ser interessante ou nos perdemos na sua compreenso?

    Para fazermos uma viagem em uma leitura, seria importante refletirmos sobre o que

    estamos ou vamos ler.

    O assunto de nosso interesse?

    J sabemos o final da histria?

    J conhecemos o autor?

    Temos um bom dicionrio para recorrermos a uma eventual dificuldade?

    Meditamos a cada palavra lida?

    Lemos rapidamente?

    Damos tempo para digerirmos cada palavra que lemos?

    Quando lemos observamos sinnimos das palavras lidas?

    Registramos as palavras mais importantes?

    Ao ler um conjunto de frases refletimos sobre a utilidade do que lemos?

    O que esta por trs da mensagem escrita?

    Qual a vibrao do autor?

    O autor traduz as cores do que relata?

    O autor consegue dar novas formas para um assunto j debatido?

    O autor consegue mexer com a inrcia?

    O autor canta a emoo ou traduz a razo?

    O autor relata os valores materiais ou morais?

    O autor gosta da natureza?

    O autor tritura dogmas ou continua mistificando?

    O autor um espiritualista?

    O autor ou voc se apaixonou por algum personagem?

    O autor conduziu a viagem com segurana ao futuro?

    O autor te fez sentir um livre-pensador ou um vencedor?

    A leitura a amiga de todas as horas, companheira de jornada, que sabe fazer uma

    crtica saudvel, sem complexos, realista, que pondera e no coloca a raciocinar.

    A leitura est sempre pronta, muda, atenta, paciente, esclarecedora uma vez ao nosso

    lado, no cobra mais nada.

    "ELA" apresenta-se em vrias formas, e a sua forma mais popular chama-se "LIVRO".

  • 11

    .

    "Um livro aberto um crebro que fala;

    Fechado, um amigo que espera;

    Esquecido, uma alma que perdoa;

    Destrudo, um corao que chora. Voltaire

    .

    Uma boa leitura tambm pode ser uma viagem atravs do tempo, ao passado ou ao

    futuro, s depende de ns a escolhermos, e, qual o caminho a seguir. As bibliotecas

    pblicas nos oferecem livros com autores para todos os momentos e situaes.

    Podemos considerar o momento da escrita impressa e a sua leitura como um momento

    de transio s novas tecnologias, atualmente existe o fenmeno da migrao de leitores

    do meio impresso para o eletrnico, onde companhias especializadas j esto

    digitalizando livros, apostando no leitor porttil, coincidindo com a chegada de uma

    nova e elegante tecnologia de telas de exibio.

    Procurem compreender o contedo das nossas obras, e todos evoluiro mais

    rapidamente, sem grandes sofrimentos. Maria Cottas

    Nossos leitores, dentro de nossa filosofia Racionalista Crist, j podem beneficiar-se de

    livros digitais, tais como; Pginas Soltas, de Maria Cottas; Reflexes Sobre os

    Sentimentos, de Caruso Samel; Ao encontro de uma nova era, de Lus de Sousa; entre

    outros. Atravs do site;

    http://www.racionalismo-cristao.org.br/biblioteca-digital.html

    Aida de Almeida Lopes da Luz

    Colaborao na edio e reviso: Wilson Candeias Moita

    A obra bsica desta Doutrina, Racionalismo Cristo, deve ser lida com ateno, com vontade de aprender, para coIher em suas pginas algo de superior para o caminhar por este mundo, que um verdadeiro degredo. Aquele que souber ler encontrar a Luz necessria para o seu esprito, para saber defender-se dos maus elementos, das agruras da vida, da falta de coragem, porque preciso muito nimo, muito valor, muita perspiccia para ir caminhando por este mundo. Luiz de Mattos

  • 12

    A FORA DA PALAVRA

    As palavras que Ihes dirijo so de incitamento a este sentimento superior que a amizade, que deve

    envolver a todos, que deve ser cultivado por todos, porque ele ameniza a vida e conforta o esprito. E

    quando precisar de um pensamento irradiativo superior, aquele que souber fazer bons amigos o ter,

    assim como tambm usufruir da irradiao superior se souber alar o seu pensamento s esferas

    superiores, porque tudo fazemos pela humanidade sofredora e muito mais faremos por aqueles que nos

    ajudam nesta faina espiritualizadora Joaquim Pereira da Costa

    O animal homem comedor de razes, folhagens e pequenas presas, ao fugir para no ser

    caado, descobriu que era necessrio lutar pela prpria sobrevivncia. Ao sentir dor,

    gemeu, mas ao mostrar seus dentes, aprendeu a rosnar e a grunhir. Percebeu que,

    ao rosnar mais alto, intimidava seu predador e seu rival, conquistou assim; seu territrio,

    seu alimento, o respeito do bando, e, dominou sua fmea.

    Essa disputa instintiva caracterizou a repetio de gestos, e, assim, os sinais do corpo

    foram as primeiras formas de entendimento. Entre gemidos de dor, grunhidos,

    chiados e rosnados, negando, afirmando, aprovando ou desaprovando uma situao,

    caracterizou-se o incio da comunicao primitiva.

    O dom da palavra surgiu dessa repetio de formas de gestos, crescendo no decorrer de

    milnios, passo a passo, numa sequncia de novos gestos, smbolos de bando para

    bando, que repassaram-se de grupo para grupo. Hoje a palavra uma grande conquista,

    que traduz a expresso de uma civilizao.

    A palavra progrediu, expandiu-se entre as tribos e os povos, ganhou caractersticas

    prprias, transformando-se em frases e idiomas, que revolucionaram os costumes, em

    estilos diferentes de vida, pode ser de tristeza, sofrimento ou at mesmo de alegria por

    uma batalha pessoal vencida.

    Mas o homem ainda mantm seus valores atvicos intrnsecos dos instintos. A palavra

    tem sua fora, e aos poucos vamos aprendendo como utiliz-la para o bem, de uma

    forma correta e reconhecendo o poder que a envolve. Hoje, a palavra o reflexo de atos

    pensados dos cautos e/ou impensados pelos incautos. Com a palavra podemos

    amargurar, magoar, ou alegrar e entusiasmar pessoas, s depende de ns.

    Da mesma forma que nossos ancestrais com seus primitivos instintos, ao rosnar alto o

    som ganhou fora, a palavra transmite energia positiva ou negativa, aprova ou

    desaprova uma atitude, portanto, o reflexo de um pensamento receptor ou emissor de

    energia. Assim, a palavra a sonorizao de uma ideia, na sua mais profunda expresso

    de um pensamento, por ns emitido ou recebido de outro plo emissor.

  • 13

    Dependendo de ns:

    As palavras

    so frutos de pensamentos alteados ou malficos,

    Podem trazer sade ou enfermidades,

    Alteram as cores do ambiente,

    Constroem amizades,

    Alteram o saber,

    Podem irradiar,

    Nos elevam, e,

    Vibram.

    .

    As palavras provenientes dos pensamentos alteados atingem camadas vibratrias

    superiores, e, atravs de intuies, recebem de volta essas vibraes como

    esclarecimentos s nossas dvidas. Assim, teremos condies de observar, com

    antecedncia, possveis erros, direcionando nosso livre arbtrio para atitudes de valor,

    que contemplem a evoluo individual e coletiva.

    A palavra alteada pode ser uma irradiao, um elogio, um ensinamento, uma melodia,

    um hino, um poema ou uma saudao amigvel. Quando bem expressada, traduzir

    energia de colaborao e fraternidade, beneficiar diretamente seu emissor, que refletir

    em generosidade, entusiasmo, sentido de igualdade entre as pessoas, portanto, sensvel

    melhoria na evoluo de todos os povos.

    A palavra sempre reflete, exatamente, o pensamento do emissor, em diferentes

    vibratilidades de sons, que podem demonstrar paz, alegria, generosidade, ordem,

    respeito ou entusiasmo. Para garantir essa energia, o emissor da palavra deve sentir os

    ps no cho, e o seu mental estar ligado por cordes fludicos, como raios de luz, ao

    universo, numa vibrao de elementos fludicos direcionados ao seu mundo de luz.

    Dentro das leis de causa e efeito, retornar, como intuies, na mesma intensidade

    da energia emitida pela fonte de origem atravs da Inteligncia Universal.

    Regina Lcia da Cruz-Reis

    Colaborao na edio e reviso: Aida Almeida Lopes da Luz e Wilson Candeias Moita

    O esprito no envelhece nunca. O que realmente envelhece o instrumento corpreo. O esprito encarna para promover o seu progresso, em luta constante com a adversidade. Os que vivem vida s, dentro dos ensinamentos do Racionalismo Cristo desencarnam geralmente sem dar trabalho a quem quer que seja. Esses cumprem os seus deveres at o fim, porque no o esprito que envelhece, o seu corpo, a sua mquina. Com a desencarnao, regressa o esprito ao seu mundo de luz, para reencontrar-se no espao superior com sua grande famlia espiritual. Maria Cottas

  • 14

    A FORA DO EXEMPLO, UM DILOGO COM A JUVENTUDE

    Ao chegarmos ao fim de mais um sculo e sendo este o ltimo do milnio evidente

    que muito h que contar, pois as experincias foram somadas e desta soma muito de

    positivo se fez sentir.

    Contudo, muito mais h que fazer e, no incio desta nova era, nova etapa se aproxima.

    Ela ser de lutas e s conseguir sair vencedor quem tiver a fora necessria para

    transpor os obstculos que se nos vo deparar.

    Temos que tomar conscincia do que somos como Fora e Matria, do que podemos

    esperar, do que realmente desejamos, e, do que poderemos conseguir.

    Milagres no existem e mediante nosso esforo, nosso pensamento positivo, sempre

    virado para o cumprimento do dever que iremos buscar foras para nos revitalizarmos e

    seguirmos em frente sem soobrar, sem desnimos, rumo ao progresso.

    Na Fora do exemplo buscaro os novos seres, aqueles que nos seguiro, o rumo a

    trilhar. Teremos que ser para eles o espelho, a bssola norteadora que lhes mostrar o

    caminho a seguir.

    Aos pais, aos educadores, nosso apelo veemente para que sejam responsveis e

    conversem com nossos jovens sobre tudo que se impe, conforme o momento

    adequado. Sem tabus, com respeito, amor, carinho e senso de responsabilidade vamos

    dar-lhes tudo que eles precisarem saber. Educao, civismo, amor ao prximo,

    sexualidade responsvel, respeito pelos outros, quer sejam novos ou idosos.

    numa vida saudvel a todos os nveis que o ser encanado se pode desenvolver e traar

    novos rumos quer seja para a sua evoluo ou para o desabrochar da humanidade, o

    despertar de um mundo novo, mais humano, sem guerra, onde reine a compreenso e a

    justia entre os povos.

    assim que poderemos tornar real a clebre frase:

    Paz aos homens de boa vontade

    H que lutar, lutar sempre com denodo, honra, justia, e, principalmente com muito

    carinho, isento de vaidade, de querer sobressair. Na modstia est a virtude, est meia

    vitria alcanada.

    Vamos ao trabalho, que ele se impe, para concretizarmos nossos ideais, para termos a

    satisfao do dever cumprido, na formao de um Mundo Novo.

    Nada acaba, nada termina, nada desaparece, a matria se transforma e a fora evolui.

    A LEI DA EVOLUO.

    Aida Almeida Lopes da Luz

  • 15

    A TI MULHER, A TI ME QUERIDA

    Quantos nomes e adjectivos te poderamos dedicar!...

    Antes de me foste filha, bb, ansiado ou no, mas que certamente te serviu para o

    arranque da continuao do teu processo evolutivo.

    Em teu mundo de luz escolheste ser Mulher e, como tal, grande tarefa trouxeste contigo,

    principalmente o seres Me e dedicares teu amor prole que virias a ter a possibilidade

    de criar no seio do teu prprio lar.

    Muitas vezes, porm, os caminhos so tortuosos e vrios condicionamentos te impedem

    de conseguires atingir os teus objectivos.

    Porm, tendo sempre discernimento para cumprir, o mais possvel, a jornada terrena,

    muitas formas ters de te realizar como tal.

    Antes de mais terias de ser criana e devers ter sido guiada pelos teus progenitores.

    Quando se nasce no seio de uma famlia racionalista crist, claro est que se torna mais

    fcil percorrer o longo percurso que se depara tua frente. Mais difcil , pois, quando

    se nasce numa famlia sem qualquer esclarecimento da nossa Doutrina.

    Quando o ser consegue despertar, pode at dar uma virada completa sua vida, j que

    tem em si implantados valores que, se procurar analis-los, no seu interior, e, refazendo

    a sua vida anmica sempre que vai a seu Mundo de Luz, no se desviando do caminho

    da boa conduta moral, respeitando todos os outros valores j conseguidos em

    encarnaes pretritas, vai sempre andando em frente, ultrapassando barreiras e

    adquirindo mais pontos a adicionar ao seu acervo espiritual.

    Pode at conseguir ajudar a esclarecer aqueles que do seu agregado familiar fazem

    parte. Contudo, sempre bom ter em ateno que, numa famlia, podem existir espritos

    de diversos graus de evoluo. Da, nem todos terem, muitas vezes, as mesmas

    afinidades e se comportarem nos mesmos moldes uns dos outros.

    Assim, mais difcil caminhar e, muitas vezes s com a formao da sua prpria

    famlia, o ser consegue seguir mais rapidamente o caminho traado antes de encarnar.

    Portanto a Ti Me, se ainda fores jovem, raciocina e procura faz-lo o melhor possvel,

    a fim de traares teu futuro caminho, com serenidade mas com determinao e

    discernimento activo, estando sempre desperta para os embates que tiveres de enfrentar,

    sendo boa guardi e ao Mundo, mais tarde, poderes legar um bom Patrimnio,

    constitudo por filhos bem formados, em todos os nveis, que possam dar continuidade

    tua obra.

    No caso de seres Me adulta, j contando com uma certa idade, d-lhes o carinho, a tua

    imparcialidade, a tua experincia, no lhes destruas as esperanas mas controla-lhes os

    impulsos, que podem mais tarde causar-lhes graves problemas, dando-lhes teu conselho

    amigo e sempre oportuno, no admitindo falsidades, injustias, desonestidades e outros

    valores negativos.

  • 16

    Porm, procura compreend-los, no esquecendo de lhes estender a mo, mesmo

    quando tiverem errado, porque nessas alturas que mais precisam do teu amor e

    carinho. Faz por despertar neles o senso da responsabilidade.

    Como so quatro as estaes da vida, esperamos que da idade madura passes velhice,

    e a tenhas a oportunidade de te regozijares em ter filhos saudveis em todos os aspectos

    e poderes desfrutar da companhia dos netos a quem possas ajudar a educar e moldar.

    Mas, nunca desesperes, se algum no for como desejarias, tem em conta o que atrs

    focamos, cada famlia pode ter membros de diversos graus de evoluo.

    Se por adversidades da vida no pudeste ser Me, lembra-te que h sempre uma criana

    que precisa de um lar, de um colo materno, enfim, uma criana que pode e tem o direito

    de ser adotada.

    Se no casaste ou se teu casamento no deu certo, ou mesmo se enviuvaste, quem sabe

    no possas ser a Me de tantas crianas de aldeias S.O.S., orfanatos e outras Instituies

    afins.

    a todas as Mulheres pois, Mes na essncia, que nos queremos dirigir.

    Para todas elas, sem excepo, merecedoras do nosso amor, do nosso carinho, da nossa

    gratido, por tantas noites mal dormidas, por tanto que deram de si, tendo, tantas vezes,

    to pouco recebido em troca, por tanta generosidade demonstrada ao longo de suas

    vidas, um muito obrigado em nome de todos os filhos e netos.

    Para todas as Mes do Mundo nossas felicitaes pelo dia de hoje.

    Aida Almeida Lopes da Luz

    a mulher que prepara o homem do futuro, quando ela sabe desempenhar o verdadeiro papel de mulher e me, pois com essa finalidade que ela encarna, a fim de dar oportunidade a espritos das mais variadas categorias processarem a sua evoluo espiritual. Maria Cottas

  • 17

    A TI, CRIANA

    Criana tu s o Sol que irradia;

    Que aquece nossos seres;

    Tantas vezes empedernidos e famintos de amor;

    s a tbua de salvao,

    para quem pensa,

    j nada poder

    esperar da vida;

    s a consolao de tantas vidas desfeitas,

    por meros caprichos ou erros descomedidos.

    A Ti elevo meu pensamento;

    Minha esperana de fazeres aquilo que outros no conseguiram;

    Estuda, cresce, trabalha, poupa tempo e caminha melhor na vida, do que eu ou outros

    caminharam.

    Aciona tua mente e controla teus impulsos, para que no fim possas cantar a vitria.

    Ela ser um blsamo para a minha dor,

    Consolao para a minha tristeza,

    Alegria para todo aquele que em Ti confia,

    E, de Ti, espera que um dia atapetemos de rosas

    os rduos caminhos que ora palmilhamos.

    Tu s o futuro, o porvir, a nossa esperana em dias melhores, a nossa coragem,

    A F na Paz que h de vir.

    O Mundo Teu e daqueles que depois de Ti vierem.

    Aida Almeida Lopes da Luz

    A mulher que sabe agir em seu lar, comandar sua casa, sabendo administr-la com educao, com o conhecimento espiritual que o Racionalismo Cristo oferece, ter naturalmente, em sua velhice, a felicidade de ver os filhos e a famlia em geral unidos, amigos, dando-Ihe a estima que ela merece. Maria Cottas

  • 18

    A TODAS AS FLORES

    Quer sejas cravo, rosa, malmequer, margarida, papoila, lrio ou outra qualquer s

    sempre bela, to grande naquilo que encerras, por mais pequena que sejas.

    Eu diria mesmo que s o exemplo do universo para a criana inocente, que ainda nada

    sabe e te olha extasiada.

    Contigo, ela poder aprender que para nascer, tem que haver uma semente, tem que

    haver germinao, tem que haver o desabrochar para o mundo.

    Podes ser flor do campo, no chegares aos sales imperiais, mas nunca deixars de ser

    admirada no teu singelo lugar.

    Qual criana, pobre pelo nascimento, habitante de um lugar desconhecido, pouco

    povoado e visitado, mas que nos d um sorriso de ternura, surgido da inexistncia da

    malcia.

    Dir-se- mesmo que nos desperta um conto de fadas, uma ptima lio a ser

    desenvolvida, para o ainda fraco entender de uma criana.

    Ela sugere-nos belas frases, que podero ser traduzidas em poesia ou prosa, quando em

    nada pensamos e apenas delas nos apercebemos.

    Ela a amostra de um Universo em ao.

    Quando ainda em boto, ela encerra um grande segredo a desvendar.

    Ser que ao abrir-se ter a felicidade de ver crianas brincando em seu redor?

    Poder ver pessoas alegres festejando algum acto de valor, uma reunio de mrito?

    Ser que vai ser espezinhada por botas horrendas de soldados empunhando armas?

    Pensemos na sua delicadeza, na sua fragrncia que nos delicia e perfuma o ar.

    Pensemos na sua cor, nas suas ptalas to arrumadinhas e to bem distribudas, na sua

    rara beleza que nos encanta e adoa o olhar.

    Sua vida curta, mas no poderemos utiliz-la com uma simples lio de vida?

    Tambm ela semeada, germinada, criada, se abre na altura prpria, se no for ceifada

    antes do tempo, tambm ela d aos outros aquilo que lhe possvel, tambm ela fenece,

    e, se transforma para que outras venham a nascer de maneira a perpetuar a espcie.

    No seria bom pensar como seria o Mundo se tudo fossem flores?

    Isto numa certa maneira de falar, claro.

    Tanto h que pensar acerca de ti FLOR!!!

    Quantas ideias nos despertas e quantos quadros nos fazes idealizar.

    Aida Almeida Lopes da Luz

  • 19

    AMILCAR CABRAL

    Ao nosso sempre lembrado AMILCAR CABRAL Presidente Astral da Filial Av. da

    Holanda, S. Vicente, Cabo Verde

    Ns, simples annimos no mar tempestuoso da vida,

    Porm, sem muitos terem a conscincia devida,

    Qualquer que seja nossa nacionalidade, raa, cor ou vivncia,

    Pobre, rica, culta, inculta, algo em ns logo se evidencia.

    A honestidade, a hombridade no dizer a verdade, a humildade,

    E outros atributos que, para ns, se tornam numa necessidade,

    Pois tendo por norma semear o bem, aspiramos a ter dignidade.

    Dignidade em toda a sua extenso, pois tal significa idoneidade.

    Assim, temos as armas necessrias para enxergar alm da vida material,

    Fora e coragem para, nas horas difceis, construirmos nosso ideal,

    Ideal de algo fazer ajudando a construir um Mundo mais real,

    Onde no seja preciso calar sentimentos puros para camuflar o mal.

    Em todas as pocas, homens de valor se destacaram, uns empunhando armas, quando

    necessrio,

    Outros usando a palavra escrita ou falada como formulrio,

    A ser pensado, interpretando falhas, sugerindo leis que,

    quando criadas e homologadas,

    Destinar-se-iam a que fossem empreendidas novas jornadas.

    Foram tantos os que tombaram e quantos tero de tombar ainda

    para que nasa um novo dia.

    Vinte de Janeiro, data dedicada a "AMILCAR CABRAL",

    que tambm idealizou esse vindouro dia.

    Por ele estudou, lutou, perdeu sua vida fsica, e, como "Esprito Superior" que ,

    continua trabalhando a todo o momento.

    A ele dirijo minhas homenagens, lembrando seu pensamento:

    "Sou um simples Africano,

    que quis saldar sua dvida

    para com o seu povo,

    e, viver sua poca."

    Aida Almeida Lopes da Luz

    No h nada que mais dignifique o homem que o trabalho, por mais modesto que ele seja, porque todos fazem falta nesta grande oficina que o mundo. Luiz de Mattos Livro Para Quando os Reveses Chegarem

  • 20

    AO PENSAMENTO - MINHA JIA MAIS PRECIOSA

    Podem selar meus lbios,

    Podem algemar minhas mos mos,.

    Podem acorrentar meus ps,

    Mas, jamais, podero proibir-me

    ou impedir-me de pensar.

    Aida Almeida Lopes da Luz

    ARQUIVO DA SABEDORIA UNIVERSAL

    S pode, pois, estar com a fora criadora, que luz, e dela receber a precisa e fortificante irradiao

    para a tremenda luta pela vida, o ser que se conhecer a si prprio como fora e matria, e depois desse

    real conhecimento, tiver a vontade fortemente educada para o bem e apto a estabelecer, pelos seus

    pensamentos, um cordo de luz e de amor entre a sua pessoa e as foras superiores Luiz de Mattos

    No deixemos nossos pensamentos vagarem soltos. Procuremos uni-los e direcion-los,

    tal qual um ponteiro de relgio, ao espao "SUPERIOR", numa sintonizao perfeita,

    mantendo sempre firmes os ps no cho, "terra a terra". Em tais condies, estaremos

    aptos a encontrar diversos planos, mundos em evoluo, com o campo csmico

    SATURADO DE ENERGIA POSITIVA, portanto, informaes que constituem o

    ARQUIVO DA SABEDORIA UNIVERSAL, numa cadeia de VIBRAES

    constantes. No esqueamos que para se conquistar algo, se tem que saber "VIBRAR"

    pensamentos colimados com atitudes de valor, respeito e bem-querer ao prximo.

    O pensamento deve ser igual a um facho de luz, emitindo e recebendo as ondas e

    vibraes do universo, esse vai e vem, como um rdio, EMISSOR e RECEPTOR, que

    municia a todos com novas ideias, criatividade, ou intuio. Assim, mente S e corpo

    SO produzem energia; AO e gosto pela vida, esta a razo que, quanto mais se

    est BEM, mais se sente necessidade de ajudar ao prximo, e, pela lei de causa e efeito,

    fazendo o bem se recebe o bem, e, vice-versa.

  • 21

    Alteiem os seus pensamentos, tenham sempre o cuidado de no vacilarem quando o tiverem que

    resolver algum problema. Estamos sempre preparados astralmente para dar intuio a todos aqueles que

    saibam irradiar. Aproveitem as intuies, saibam que quando esto com o pensamento alteado a irradiar

    estamos presentes, porque somos atrados; a que damos os nossos eflvios, para que as criaturas

    despertem e o raciocnio se clarividncia; porm tem que haver um plo de atrao muito forte para

    podermos chegar at vocs Antnio Cottas

    Como partculas inteligentes que somos, energia csmica, integrantes deste universo,

    constitudo de FORA E MATRIA, om o controle absoluto das nossas prprias aes,

    no deixemos os instintos ou vcios da matria sobrepujar a fora que o esprito.

    Querer poder. Pensem sempre alto, habituem-se a levantar o pensamento para atrair eflvios

    benficos, porque aqueles que pensam bem atraem o bem, jamais atraem o mal. Portanto, atravs do

    pensamento que a criatura se eleva e se volta para o Astral Superior, para de l receber intuies que

    possam ajud-la. Sabemos que no to difcil assim, questo de treino, a criatura no sair da linha

    reta que traou, desviando-se sempre dos maus caminhos, para que possa andar de fronte erguida,

    sempre com o pensamento elevado e sempre numa estrada reta e luminosa. Assim fazendo ela se sente

    bem, sente-se bem assistida, porque est agindo dentro da disciplina, dentro, portanto, da razo e do

    bom senso. Ela forma o seu prprio mundo atravs da constncia, da dignidade, do valor e do esprito de

    justia. Levantem o pensamento, tornem-se dignos, porque para isso que o esprito encarna: para lutar

    e vencer. Antnio Cottas

    Todos possuem um recurso natural e espontneo, que o raciocnio atravs do livre

    arbtrio para o bem, que est presente em nossas pequenas e grandes atitudes, em

    reconhecer os extremos, ou seja, distinguir entre o certo e o errado, o racional e o

    absurdo, aplicando-as nesta gigante oficina de TRABALHO, devendo-se recolher as

    energias em forma de ideias criativas e aplic-las no dia-a-dia, na base de nossas vidas,

    que o trabalho.

    Pensar atrair ou repelir. O pensamento vibra em todas as direes, constituindo plos

    de afinidades se atraem, enquanto os contrrios se repelem, no h segredo nenhum, a

    resposta muito simples e sempre presente em nossas vidas. O pensamento uma fora

    poderosa, deve ser mantido anexado ao NORTE, como um gancho na Fora Criadora,

    ao seu mundo de Luz, e viver com sabedoria no to difcil assim!

    Aida Almeida Lopes da Luz e Wilson Candeias Moita

    O verdadeiro Cristianismo, puro e cristalino, est ao alcance de todos, seja em livros, internet, rdio-difuso e, principalmente, nas Casas Racionalistas Crists, a cada dia celeremente mais prximo das pessoas (merc de seus valentes instrumentos e da Ao ininterrupta do Astral Superior) e, porque no? s mos de seitas e religies para transformarem suas igrejas, sinagogas, mesquitas, e etc., em Templos da Verdade. Quando no importa. Mos obra, AVANTE SEMPRE. Pedro Pesce

  • 22

    AVANTE SEMPRE

    Queridos Companheiros.

    H momentos na vida de cada um de ns, que nos tolhem os passos, nos embargam a

    voz, nos toldam a viso com lgrimas que teimam em saltar de olhos ofuscados, como

    consequncia de emoes sentidas, que se querem controlar a todo o custo. Umas vezes,

    essas emoes se devem a alegrias sentidas, comoes a muito custo controladas.

    Outras vezes se devem a acontecimentos que nos entristeceram, como por exemplo a

    desencarnao de um ente querido, a doena que obriga um amigo a estar acamado,

    muitas vezes numa situao terminal. Para aqueles seres mais sensveis h ainda a

    considerar notcias de desastres diversos, tempestades tropicais, terramotos, erupes

    vulcnicas, desastres ecolgicos, que devastam cidades, pases, atingindo populaes

    inteiras que, se no desencarnarem, ficam fragilizadas para todo o resto de suas vidas,

    face aos embates sofridos.

    preciso ser-se muito fortes para no nos deixarmos abalar por acontecimentos desta

    natureza. Efectivamente, sendo criaturas humanas, o mais natural ficarmos abalados

    com quadros destes que nos revelam profundos sofrimentos.

    Nessas ocasies, normal sentir o corao batendo mais forte, numa resposta aos

    impulsos de nossa mente que bateu em disparada, provocando maior fluxo sanguneo

    sobre esse orgo vital.

    Para ns Racionalistas Cristos mais ou menos de fcil entendimento pois estamos

    acostumados a vibraes do esprito e conhecemos bem os seusefeitos.

    Com o andar do tempo vamos aprendendo a controlar essas emoes, o que nos ajuda a

    evitar de sentir abalos cardacos que muitas vezes trazem uma desencarnao prematura.

    No entanto, basta estarmos encarnados neste mundo, alambique depurador de almas

    para, reflectindo, concluirmos que muito temos a fazer em beneficio prprio e do

    semelhante. E, no nos esqueamos nunca que todo o bem que fizermos ir reverter em

    benefcio prprio.

    No fim de semana passado eu disse que era tempo de reflexo. Assim o disse porque foi

    a traduo que encontrei para o meu pensamento na altura.

    Todos ns sofremos um grande abalo, a perda de Um Grande Homem, Um Grande

    Companheiro e Um Grande Amigo.

    Todos ns ficmos abalados pois prezvamos sua amizade e companhia, j que,

    espiritualmente, sempre estvamos ligados.

    Foi uma semana de emoes ao lembrarmo-nos dele, ao lermos extractos de escritos de

    sua lavra, menes diversas contadas por nossos amigos e companheiros comuns.

    A semana foi passando, bastava pensar Nele, para nos sentirmos irradiados.

    Algumas vezes sentimos essa comoo na garganta, que nos fazia chorar, se

    deixssemos as palavras fluirem.

    Agora, impe-se uma nova fase. Sua frase preferida, "AVANTE SEMPRE", susurra em

    permanncia aos nossos ouvidos. A Ele devemos a continuao de nossos trabalhos, a

    alegria de novas vitrias, face aos deveres cumpridos.

  • 23

    nossa obrigao continuar aquilo que comeamos com sua companhia, e,

    trabalharmos, se necessrio for, mais ainda, a fim de preenchermos a lacuna pelo nosso

    Pedro deixada. Claro que no podemos fazer to bem como ele,mas poderemos procurar

    inspirar-nos com a sua vibrao espiritual, para cumprirmos o melhor que pudermos.

    Elevemos nosso pensamento, com frrea vontade de vencer obstculos, e, tenhamos

    convico plena de sucesso.

    Faamos por viver o mais que pudermos, trabalhando com coragem e valor, evoluindo o

    melhor possvel, a fim de podermos encurtar a distncia que nos separa. Que Felicidade

    sentiremos, quando a ele nos pudermos reunir.

    Portanto, inesquecivel PEDRO PESCE, NOSSO AMIGO, NOSSO MESTRE, eis aqui o

    nosso compromisso, a uma s vontade, a uma s voz: "AVANTE SEMPRE"

    Aida Almeida Lopes da Luz

    No nos devemos esquecer de que o Racionalismo Cristo no uma Doutrina de combate. No foi implantado neste planeta-escola para destruir seitas e religies mas sim para transformar todas as trevas em Luz e todos os conflitos em Paz. Isso implica em derribar naturalmente a ignorncia sobre a origem e o objetivo da Evoluo, fato notrio at nas transformaes da Matria, das espcies e no progresso das condies de vida na Terra cuja qualidade tanto avanou atravs da medicina, da cirurgia, da engenharia, das artes, e etc.! Pedro Pesce

  • 24

    CARTA ABERTA DE UMA ME

    A TI MEU QUERIDO FILHO

    Faltam-me palavras para descrever o que sinto neste momento.

    Para a me, seu rebento sempre uma criana.

    Passam os anos, e enquanto seu bb vira criana, depois adolescente, e, finalmente,

    adulto, seus cabelos ficam prateados, suas foras diminuem, mas seu amor se fortalece.

    Quanto mais o tempo passa, maior o desejo de ver seu filho independente, para poder

    sentir o descanso prprio de quem venceu a batalha.

    Muitas vezes ela rdua, e semelhana de uma frondosa rvore, h que cuidar para

    crescer e produzir.

    Mas como reconfortante, quando dela colhida a saborosa e sumarenta fruta.

    Assim me sinto neste momento:

    Uma rvore j um pouco envelhecida, mas que teve a felicidade de te dar a sombra, que

    te refrescou quando precisaste, te deu seus frutos para mitigares a fome, e te deu seus

    ramos, para neles te apoiares, enquanto te fazias homem.

    A primeira etapa est vencida!

    Hoje ests formado, e, podes ser independente.

    Que na nova etapa que se aproxima, sejas um homem de valor, honrado, com firme

    carcter, sabendo cumprir com seus deveres, continuando um percurso que comeou

    quando te dei o SER.

    S feliz Meu Filho!

    Parabns por esta vitria, e outras que ainda possas vivenciar.

    Beija-te com muito amor, tua querida ME..

    Aida Almeida Lopes da Luz

    Houve grandes mulheres na histria do mundo Terra que trabalharam e conseguiram preparar muitos dos grandes homens que dirigiram as naes e os povos. Por isso que dizemos que a mulher que prepara os homens do futuro. E, se essa mulher for esclarecida pelo Racionalismo Cristo, encontrar maior facilidade para educar seus filhos. Maria Cottas

  • 25

    CONTEMPLAO

    Caiem flocos de neve e tudo se torna mais branco,

    As cores naturais so substitudas por to alvo manto.

    Entretanto h uma profuso de colorido em alegre movimento.

    Crianas que saltitam, vestidas com seus alegres fatos.

    uma variedade imensa de cores que nos deslumbram no singele encanto.

    Vem-se saltitando, escorregando em seus trens,

    Da neve fazendo simples mas graciosos bonecos,

    Aquecendo de emoo nossos corpos que antes estavam glidos.

    Assim, nos fazendo sentir que os dias podero ser mais ditosos.

    Pois, que esses dias venham com rapidez e sucessos,

    Fazendo de todos ns, novos seres mais felizes e conscientes dos deveres a serem

    cumpridos.

    Que chegue essa Nova Era, que ela seja a rosa que se abre em suas flutuantes ptalas.

    Aida Almeida Lopes da Luz

    A mulher racionalista crist tem armas valiosssimas para passar para aqueles que Ihe so confiados, para as almas que necessitam fazer o seu curso evolutivo e precisam receber a base estrutural de uma vida. E essa responsabilidade Ihe ser cobrada em seu mundo de luz, porque a cada direito corresponde um dever, e o dever que a mulher possui perante a evoluo do esprito muito grande. Amigas racionalistas crists: com estas palavras procuro incentivar aquelas que tm o dever de receber os espritos e educ-los para a responsabilidade, para uma evoluo espiritual melhor. Fiquem com a minha irradiao amiga e minhas homenagens s mulheres. Maria Cottas

  • 26

    DUALIDADES OPOSTAS

    1 Introduo

    Fala-se muito em felicidade e em paz; porm, para que existam, h necessidade de as criaturas concorrerem para as mesmas. Enquanto uns so felizes e riem, outros so tristes e choram. So os contrastes da vida: o sofrimento e a alegria. Luiz de Mattos

    Preferir a ao negativa positiva, s poder ser um produto de mentes mal formadas por uma educao distorcida. Infelizmente, estas aes observam-se nos diversos campos da atividade humana. So as guerras ao invs da paz. Discusses radicalizadas ao invs do entendimento fruto de um dilogo construtivo e sadio. Posies intransigentes, ao invs de compreenses nascidas da razo e da lgica.

    Localizada a causa da m formao mental A EDUCAO urge empregar todo o esforo para alcanar resultados compatveis com a necessria evoluo humana. As filosofias, as religies, todas prometem ser as redentoras deste resgate. Como creditar a elas o mrito desse desafio? Como identificar o caminho, e por onde comear?

    A doutrina racionalista crist chama a ateno para a responsabilidade de nossas aes, nos mostrando que somente pelo desenvolvimento moral e tico que a evoluo se torna possvel.

    Atribui a cada um de ns a responsabilidade por atos de ao ou omisso. Fora-nos a ser um elemento ativo e no passivo de nossas vidas. Com isso h um resgate natural de cidadania e um consequente alijamento da figura divina que, inexistente, atrasa nossa evoluo. Com essa compreenso, a criatura, naturalmente, ser levada a evitar erros voluntrios e a trilhar o caminho de opes positivas.

    Esta a educao buscada: a que resgatar os dbitos sociais. Onde cada indivduo sentir a obrigao de buscar o aperfeioamento, pela superao dos seus vcios e atos negativos. Onde os jovens passaro a respeitar os idosos, por v-los como elementos partcipes da sua compreenso e desenvolvimento. Onde os idosos, por sua vez, vero nos jovens oportunidades de se reciclarem continuamente. Esta via de mo dupla mostrar caminhos a serem seguidos, na trajetria evolutiva de cada um.

    Pelo processo da evoluo, os seres terrenos sempre se sentiro incompletos. Este fato um forte e incondicional motivo para iniciar uma nova caminhada, sem retrocesso, na eterna marcha evolutiva de cada partcula inteligente, onde procurar sempre os melhores meios, na busca de seu aperfeioamento e na direo da libertao, dos at ento obrigatrios ciclos de vida encarnao em encarnao. Procurar o esprito, ento, a sua plena conscincia, expressando-a de forma mais apurada, lutando entre o bem e o mal, estas duas extremidades constitudas, exatamente, para se fazer no seu seio a evoluo, ora aproximando-se de uma, ora de outra.

    2 - A dualidade oposta entre Fora e Matria

    Quando uma pessoa que se diz esclarecida pensa que no Racionalismo Cristo as criaturas no podem ficar doentes, est fora do que ns ensinamos. As leis que regem a matria so iguais para todos: esclarecidos ou no esclarecidos, porque a matria fsica finita e sofre o desgaste corrosivo do tempo, estando todos sujeitos a essa corroso do tempo, porque nenhum esprito fica eternamente encarnado neste mundo. Antnio Jos De Almeida

    O universo composto unicamente de Fora e Matria! Unem-se ambas para originar o evento vida, que permeia, assim, os dois campos e lhes d um significado.

  • 27

    A fora agindo na matria, interage com o universo de matria inerte, estando esta totalmente disposio da fora, que por sua ao vibrtil o vivifica. Os dois so eternos em sua essncia, mas s a fora evolui! E evolui tanto que, em dado momento, no precisa mais da matria, nem da densa nem da fludica. Ento, a fora devolve, ao repositrio natural do universo, a poro de matria que ainda utilizava, para que seja reaproveitada na formao de outros corpos, por outras foras que seguem atrs, no processo evolucionrio infinito e Universal.

    Sem a matria a fora no evoluiria nos seus primeiros passos, em diferentes formas de organizao de matria. No existiria campo de estudo e trabalho para bilhes de espritos em inmeros mundos escolas espalhados por milhes de galxias!

    A partcula inicia sua evoluo acoplada a uma poro de fluido, e avana at ser capaz de construir e manter corpos de matria atmica organizada, num intercmbio de aperfeioamento intelectual e moral. Usa a matria para reconhecer progressiva e definitivamente a sua desnecessria vinculao a esta. Quando j em estado mais adiantado, desagrega-se do alto valor dado s coisas originadas da condensao atmica do fluido. fora necessria a matria, mas a esta totalmente indiferente a presena da fora. Se no fosse a matria, a fora no evoluiria, e se no fosse a fora a matria no se movimentaria.

    Sem a matria a fora no evoluiria nos seus primeiros passos, em diferentes formas de organizao de matria. No existiria campo de estudo e trabalho para bilhes de espritos em inmeros mundos escolas espalhados por milhes de galxias!

    Os corpos que compem o ser humano so trs: corpo mental ou esprito, corpo fludico (intermedirio entre os dois corpos: mental e fsico) e corpo fsico.

    Os dois corpos: fsico e fludico, compem-se de substncias materiais que contm matria densa em um e fludica em outro, e que consoante a evoluo espiritual do re-encarnado, podem estes dois ltimos apresentar uma compleio com mais tendncia a diafanizao.

    A essncia est sempre no esprito, no ocupa lugar, no palpvel, e nela no reside matria.

    As dualidades opostas entre fora e matria esto no caminho da evoluo natural da vida. O corpo envelhece, mas o esprito rejuvenesce, se retempera, ganha energia e se recompe, mas os pensamentos precisam ser alteados, e assim o corpo precisa ser poupado, para que possamos completar a nossa vida fsica.

    o trabalho de depurao, feito ao sabor da luta entre duas oposies mximas; "o bem e o mal", que se apresenta ao re-encarnado neste mundo. Todos enfrentamos esta dura batalha, at nos compreendermos como seres limitados e em evoluo e irmos de todos os demais, usufruindo de uma natureza composta de partculas inteligentes, tambm irms em essncia, porm, em diferentes patamares evolutivos. Quando soubermos lidar com o bem e o mal, fazendo justia primeiramente a ns mesmos, e exercitarmos a tolerncia, estaremos em condies melhores de excursionarmos por mais tempo nos perodos de equilbrio.

    3 - Coragem "o oposto" ao medo

    Um bom aproveitamento da encarnao poder significar para o esprito encarnado a subida de alguns degraus na escada da evoluo. Como so maravilhosos os sacrifcios que se passa para no precisar voltar a encarnar! Bendita luta, benditos sacrifcios que fazem com que o esprito desperte para uma vida melhor, para a vida eterna! Para isto serve a re-encarnao! Para isto serve esse mundo de sofrimento e de depurao dos espritos encarnados, para esclarec-los, para servir-lhes de luz, para iluminar-lhes as estradas que tero de seguir pela vida afora. Maria de Oliveira

  • 28

    O ser humano, em sua vida terrena, passa por acontecimentos desagradveis, que lhe do oportunidades de despertar para o espiritualismo racional e cientfico, ensinado pela doutrina racionalista crist. A vida apenas uma passagem por este planeta, e a vida do esprito eterna, no finita. Sempre faltar algo a aprender, sendo preciso estudar para saber o que cada um vem fazer neste mundo de sofrimentos e incertezas. certo que, estando o esprito encarnado, sempre haver algo para ele fazer e aprender.

    Nossos sentimentos inferiores, frutos de encarnaes anteriores, cheias de erros, de vcios, tornam-nos frgeis. A falta de confiana e segurana em ns prprios so fatores geradores de medo e de timidez, pois, so rivais em potencial, bloqueando nossa ousadia de lutar.

    O medo uma calamidade que todo o ser humano enfrenta em seu quotidiano. Medo de sofrer leses por ataques fsicos, palavras ofensivas, ou julgamentos inapropriados. Por medo a criatura se acovarda, torna-se traioeira, desconfiada e deprimida, perde a noo da realidade e no consegue interpretar os fatos. Quando o ser ignorante da vida fora da matria, fica merc de espritos inferiores, e, com a perda da prpria razo, encontra na violncia a sua ferramenta preferida para amedrontar seus oponentes.

    A coragem no a demonstrao de fora fsica, atravs da rudeza dos gestos vindos da m formao do carter, mas, a nossa demonstrao de domnio de nossas aes sobre nossos sentimentos inferiores, revertendo dios em bem-querer.

    A ponderao, o bom humor e a calma so ferramentas que nos do coragem, que nos valorizam contra os nossos padecimentos de espritos encarnados neste degredo contra o medo.

    " preciso que os pais e professores cultivem os bons princpios, e exijam dos seus discpulos e filhos, respeito e disciplina, o mtodo, os sentimentos de honradez e de honestidade".

    PROLAS DA LITERATURA RACIONALISTA CRIST

    Para reverter essa situao, preciso lutar com muita coragem contra nossos erros, na busca dos porqus da vida, procurando dominar os nossos instintos, agindo com ponderao, prudncia e total controle de nosso livre-arbtrio, direcionado para o bem. Com gestos de altrusmo, fraternidade e bondade, sentimentos prprios de espritos esclarecidos.

    H espritos envoltos pelo negativismo de seus medos e incertezas, dos quais so vtimas contumazes, devido ao uso inadequado do livre-arbtrio, sob o qual deixaram-se ser escravos do egosmo e preconceito.

    4 Concluso

    Quando nos libertamos, mentalmente, do processo dualista, e aceitamos pensar em procedimentos de uma maior qualidade, olhando de frente nossas prprias ambiguidades, podemos, enfim, alcanar um estado de maturao intelectual e emocional em nossas vidas. Carlos Vicente Lobosque

    atravs da calma que se atinge o equilbrio, com exemplos de honradez, visto que em todas as partes do mundo existem o sofrimento, o trabalho e a luta por dias melhores.

    Todo o ser humano deve buscar razes para lutar, no esperar que as coisas aconteam a seu favor, ou seja, lutar para no estar margem da vida, porque ento no teria nada para dizer ou fazer.

  • 29

    Quando nos defrontamos com empecilhos, redobramos nossa calma, colocamo-nos em alerta atravs de nosso raciocnio, com fora de vontade e o esprito batalhador, para atingirmos nossos ideais.

    Se passarmos por algo difcil hoje, ser fruto de nossos erros e das consequncias que agora se apresentam.

    A vida terrena passageira. No d para realizar tudo o que temos em mente. Trabalhamos, construmos, mas a vida de cada um, a vida continua, empreendem-se outras lutas, novas batalhas, deixa-se passar aquilo que mau e retm-se somente aquilo que bom.

    Sempre estaremos em situao de poder nos analisar a partir de uma curva similar de Gauss, pois, vamos no decorrer da vida e de toda a nossa evoluo, quer aqui ou no espao Superior, mudando nossas ideias e objetivos. Portanto, chegamos a uma nova ideia, trabalhamos dentro dela com todo o afinco, com toda a garra, com todo o idealismo, e, depois, ao atingirmos um patamar mais elevado, vamos abandonando-a e entrando em consonncia com outras ideias mais elevadas, e que nos parecem mais acertadas.

    Viajaremos eternamente, vivenciando chegadas e despedidas de projetos e trabalhos, emodos de pensar, indo de uma ponta menos lcida para outra de enorme lucidez, atravessando perodos de equilbrio entre os dois pontos de vista.

    Assim, entre a re-encarnao e a desencarnao, viemos viver aqui um ciclo diferente daquele que se vivencia no espao Superior. Os extremos so mais prejudiciais por serem experimentados pelo esprito re-encarnado, e estes o podem pr em contato com o astral inferior e lev-lo a inmeros malefcios. Podemos at mesmo dizer que, neste mundo essencialmente depurador de almas como o nosso, ns os encarnados viemos para nos corrigir e atingir a capacidade de conseguirmos estar sempre equidistantes, sempre equilibrados, para quando nos desligarmos da necessidade de re-encarnar, sabermos como atuar em meio mais brando de emoes, onde impera o raciocnio, e o amor a toda prova.

    Conclui-se ento que as dualidades to opostas, mas presentes no ciclo terreno da vida, servem para apurar nossa clarividncia, do quo necessrio uma vida equilibrada, pois por aqui, ao menor sinal de perda deste equilbrio, somos afetados e perturbados, levando-nos isto a valorizar a nossa busca por um esforo de lucidez, para termos sempre sob o nosso domnio a parte emocional, visto ser ela o fator primordial que, ao se descontrolar, nos arremessa direto s ondas pesadas da atmosfera da terra.

    DUALIDADES OPOSTASAida Almeida Lopes da Luz, Ana Paula Viana Pinto Oliveira, Arminda Henriques Lopes, Carlos Alberto Aires Yates, Diego Garcia Leite, e, Joaquim Alves NetoColaborao na edio e reviso: Wilson Candeias Moita

    As atitudes do homem devem ser coerentes com os princpios da Doutrina Racionalista Crist: atitudes de valor, de altrusmo, de abnegao e at de renncia. Isso tudo preciso que o esprito enfrente, para poder alcanar, atravs do trabaIho realizado, novas zonas de Luz. E ningum faz mais do que a sua obrigao ao cumprir o seu dever, j que para isso a criatura como esprito encarna. No para viver uma vida de prazer, de luxo, de vadiagem, como o ignorante vive. O esclarecido tem um dever maior porque, tendo noo do que seja a vida fora da matria, ele tem deveres a cumprir junto famlia, junto sociedade, baseado em exemplos e boas aes. Maria Cottas

  • 30

    ENCAREMOS "O TRABALHO" COMO UM ESPLENDOROSO "ARCO RIS"

    Iris o nome que se d ao conjunto de cores que se vislumbra,No final de uma forte chuvada, quando o sol volta a brilhar. um momento de rara beleza, esse em que to belo arco gostaramos de alcanar.Indiscutivelmente, dos poucos momentos em que podemos desfrutar de uma calma suave e clida,

    Dando-nos vontade de ser poeta ou pintor, para traduzir em poesia ou passar para tela, essa imagem to bela.

    Ainda que no passe de um sonho, de algo que no palpvel, pensamos

    Como seria bom, que esse arco-ris fizesse sempre parte de nossas vidas,Recorrendo a ele sempre que se nos apresentasse a tempestade da vida.Isso seria como que, o culminar de um desejo secreto em todos ns.Sermos o que sempre desejamos, no mais recndito de nossos seres.Ter sonhos, todos ns os temos. Os pais para seus filhos.Os filhos para aqueles que os trouxeram ao mundo.

    Isso seria o ideal para todos ns, concretizarmos nossos sonhos!!!No podemos, contudo, deixar que o desnimo se apodere de ns.Algo mais real, concreto, espera por ns, trazendo-nos o retorno daquilo que ansiamos.

    Algo racional, que parece irreal mas no , pois atravs deles conseguiremos alcanar nossos objectivos mais ntimos.

    Lutar com perseverana, fora, coragem e vontade de vencer.Muito distante pode parecer o objectivo a alcanar, mas dispondo desses atributos, e, elevando, no sentido desejado, o nosso pensamento mais firme,

    meta que ser, certamente, alcanada atravs de nosso prprio esforo, desde que o faamos,

    Idoneamente, pondo prova nossos atributos mais nobres.Doando nossa frrea fora de vontade, para a concretizao do que ansiamos.A ideia firme de conseguir o que pretendemos, deve ser guiada, a todo o custo, sob um rgido policiamento do nosso viver.

  • 31

    Luta incessante, para tal tem pois de ser travada, nos parecendo muitas vezes impossvel de vencer, e, at nos sentimos, s vezes, com falta de energia, cansados!...

    O trabalho necessita, pois, ser encarado como nico meio para atingirmos nossos objectivos, devendo ser executado com toda a honestidade.

    Para se colherem bons frutos, h que ter cuidado na plantao ou sementeira, seleccionando o terreno apropriado, escolhendo boas sementes, ou plantas, ou rvores j

    nascidas, espera de serem transplantadas.

    pois necessrio aliment-las com todo o amor e carinho, regando-as, fertilizando-as, dando-lhes luz e calor.

    Se tudo for feito como deve ser, a colheita ser sem dvida alguma boa, e, nos dar, como recompensa, o contravalor para a nossa subsistncia.

    Logo estamos a salvo de privaes, uma vez que colhemos o necessrio nossa sobrevivncia e de nossos filhos.

    Um regozijo imenso se apoderar de ns, ao constatarmos que fomos capazes de, com o nosso prprio labor, conseguirmos fazer face s nossas prprias despesas,

    Zelando, ainda, para que fique um pequeno peclio, com o qual possamos contar, aquando duma doena ou quando a velhice chegar.

    Aida Almeida Lopes da Luz

    NOTA DA AUTORA:

    Este artigo, de 9/Julho/2003, foi redigido para felicitar a filha daautora que nesse

    mesmo dia, completava 23 anos.

    Essa a razo do acrstico em homenagem ao seu nome.

    Os homens reconhecem o direito natural da mulher convivncia com os seus filhos nos primeiros anos da infncia, porque sabem da ligao forte que a mulher possui para com a sua prole. E ela passa isso atravs dos seus cuidados, dos seus carinhos, da sua generosidade, do seu amor maternal. Mas a par desses direitos existe o dever que a mulher tem de educar os seus filhos na fase mais importante que o ser humano possui, a fase que repercutir para sempre. Maria Cottas

  • 32

    ENCARNAO, DESENCARNAO E RE-ENCARNAO

    Encarnao significa o exato momento em que o esprito se apossa do corpo, ele assiste

    e preside a formao de seu corpo, transfundindo-se e consolida-se nele pelo perisprito,

    corpo anmico, molcula a molcula, rgo por rgo durante a gestao, at completar

    a evoluo fetal; e dele toma posse inteira, absoluta, natalidade, assenhorando-se ento

    totalmente do barco que aparelhou para navegar no mar tempestuoso da vida material.

    Sabe-se ainda que o prprio esprito quem escolhe, aps demorado estudo na vida

    espiritual, e busca, segundo as suas necessidades de ordem moral e intelectual, o pas, a

    sociedade, a famlia, os seus genitores, e at sugere seu nome atravs do pensamento

    aos seus futuros pais, tudo enfim, quanto deva e possa concorrer para o seu progresso,

    assim ele o principal e nico responsvel pelas contingncias, pelas vicissitudes e

    dificuldades que o assoberbam durante sua vida corprea.

    Enquanto encarnado vive formatando e concebendo idias, intuies que recebe

    limitadas ao seu nvel de conhecimentos, se receber algo superior a sua aprendizagem,

    fatalmente no saber o que fazer com tal informao, o mesmo que colocarem em

    nossas mos uma mquina desconhecida por ns, portanto, no saberamos seu

    manuseio nem sua serventia, fica assim comprovada a limitao da informao

    recebida, "via intuio" sempre necessitaremos de mais uma aprendizagem, sempre

    faltar algo, um novo patamar a ser alcanado na encarnao presente, tambm

    consideramos que todo processo de pesquisas e estudos so realizados passo a passo e

    muita pacincia, assim vamos acumulando nossas experincias, nunca haver tempo

    fsico para alcanar toda aprendizagem numa nica encarnao, isto por si, prova a

    necessidade de repetidas encarnaes, idas e vindas, adquirindo sempre mais

    experincia, novas concepes de vida e maior tirocnio, nova trajetria adequada ao

    seu nvel de adiantamento, vivendo em cada encarnao a experincia alcanada na

    anterior, at completar assim o ciclo provatrio que pertence ao nvel deste mundo.

    Essa idia tambm justifica a existncia de mundos de evoluo em nveis diferentes de

    conhecimento ao qual pertencemos com mundos dispersos no espao, com centenas de

    milhes de espritos em cada plano, patamares de evoluo.

    Normalmente a desencarnao dever ocorrer na velhice como um fenmeno natural da

    vida dos seres humanos, significando o oposto encarnao, uma existncia humana

    inicia-se pela gestao, nasce, cresce, amadurece, opulenta-se e extingue-se

    naturalmente pelo envelhecimento, deixando de ter utilidade, passando a ser um fardo

    pesado ao esprito, cabendo uma soluo natural e espontnea, que a desencarnao,

    uma vez abandonado pelo esprito, o corpo fsico nada mais do que um composto de

    matria, perdendo sua fonte natural de energia, sua fora, que o esprito, assim o corpo

    fsico cai no domnio das leis qumicas, desintegra-se, e suas molculas passam a

    decompor-se e, a constituir outras formas de vida.

  • 33

    O esprito no momento em que fica livre de todas as influncias deste mundo vai ao

    mundo de luz ao qual pertence e se submete voluntariamente a um detido exame de seus

    atos, quando nenhum s escapa sua apreciao e seu julgamento. O remorso nessa

    ocasio lhe queima a conscincia, esse remordimento queimadura de alto grau

    produzida pelo atrito da luta ntima entre a constatao do mal praticado e a conscincia

    do dever deixado de cumprir que faz o raciocnio desenvolver-se.

    Dominado pelo arrependimento, anseia por uma nova re-encarnao, disposto a dar o

    mximo de si para recuperar, o mais rpido possvel, o tempo que perdeu na Terra.

    Ningum poder chegar ao fim das encarnaes terrenas enquanto no houver

    alcanado o mais alto nvel de integridade e estar sempre disposto a contribuir para o

    bem geral, com justia, dignidade e lealdade, contribuindo para a elevao dos valores

    morais, em geral, da humanidade.

    Assim, passamos a entender que a morte jamais existiu, o esprito um ser imperecvel,

    devendo portanto as criaturas esforarem-se por refazerem-se o mais depressa possvel

    do choque causado pela desencarnao de parentes e amigos, para no enfraquecerem-

    se espiritualmente, predispondo-se a enfermidades, pois por seu abatimento e desnimo

    no comunicam, no transmitem ao corpo a vitalidade que faz nascer a energia.

    Tambm j tempo de abandonar a crena de que os espritos desencarnados

    necessitam de rezas, de preces ou oraes. No campo espiritual, as influncias

    perturbadoras no existem, a vida sentida com inteira realidade, aps a desencarnao,

    a lucidez completa, ento caber a quem estiver, por exemplo, na obrigao moral de

    acompanhar os restos materiais de uma existncia humana, desviar o pensamento da

    comunho enfraquecida e ergu-lo sereno, claro, lmpido, consciencioso s Foras

    Superiores, que a meta para onde se dirigem todos os espritos libertos de suas

    ligaes com a matria e das influncias fludicas originrias das emoes inferiores de

    que este planeta est saturado.

    Cus, parasos, purgatrios, caldeiras incandescentes, infernos ou demnios, so

    contemporizaes humanas que a prpria razo e o bom senso repele, o mesmo

    acontecendo com julgamentos divinos, no existem deuses para julgar os que

    desencarnam, ao deixarem a atmosfera da terra, os espritos vem com alegria, o que

    fizeram de bem, e com profundo pesar as aes condenveis.

    Aida Almeida Lopez Luz e Wilson Candeias Moita

    Se todas as mulheres que reencarnam no planeta Terra fossem conscientizadas da sua fora espiritual e do seu valor, outro seria o viver na Terra. No haveria tanto sofrimento, tanta destruio, tantas guerras e violncias. Mas, pela falta de conhecimentos da espiritualidade que o Racionalismo Cristo explana, que observamos a degradao da famlia. Os homens, atualmente, vivem desorientados, sem saber o caminho a seguir. Maria Cottas

  • 34

    ESTEIOS DO BEM - NOSSOS COMPANHEIROS DE ESTUDO

    "Com humildade, sinceridade e muito amor,

    Amigos de nossos amigos queremos ser.

    Em grupo nos unimos, trabalhando com fervor,

    Rumo a um futuro que todos desejamos ter"

    Aida Almeida Lopes da Luz

    Os primeiros exemplos de generosidade e de amor fraterno que o esprito recebe neste mundo geralmente so dados por uma mulher. atravs da generosidade dela que uma alma pode vir a este mundo fazer o seu curso evolutivo. Mas quando o esprito escolhe vir num corpo de mulher, ele vem com grandes responsabilidades, no s para com a evoluo prpria, mas com a evoluo daqueles que Ihe so chegados, principalmente os filhos. Porm, o esprito que escolhe um corpo feminino vem preparado, disposto a cumprir com os seus desgnios superiores, porque Ihe mostrado quo importante um bom desempenho para a evoluo de outros espritos, para que possa dar conta de sua prole neste mundo, porque o ser humano, um dos mais frgeis da natureza, precisa do desvelo da me para a sua sobrevivncia. Maria Cottas

  • 35

    INGRATIDO

    Titulo publicado no Jornal A Razo, N 32.221 ano LXII - de 19-09-81 Pgina. 3

    OH INGRATIDO! Que triste s tu!

    Desgraado temporal da vida que, num s instante, capaz de derrubar o bem-estar de

    uma criatura.

    Crias, nas tuas entranhas, o vmito fremente e negro da morte, morte de algo to

    querido, to doce, to belo!...

  • 36

    Esse ALGO que em algum se espraiava como criana na areia estendida, frente ao mar

    bonanoso.

    INGRATIDO, que negra s! Quanto s capaz de matar naquele que um dia tudo deu

    de si, esquecendo at a prpria vida, num momento de luta, com a morte espreitando,

    todos os perigos esquecendo, esquecendo at os prprios e costumados deveres, porque

    para ele aquele era um dever maior, um dever sublime, o dever de salvar o veculo que

    conduz uma amizade sincera. Coche real cheio de floreados e ornamentos dourados,

    encimados por esplendorosa e brilhante coroa.

    Esplendor ilusrio! Esplendor irrisrio!...

    Brilho que se apaga ao simples esvoaar dum passarinho.

    INGRATIDO! Tudo tu fizeste esquecer: A lealdade, a coragem, o valor de uma

    amizade que deveria, sem ti, ser indestrutvel.

    Ingratido, que serias tu, se a ti nada sobrevivesse? Mas sobrevive, acredita que

    sobrevive! Mais forte do que tu aquilo que brota, espontneo e nos mostra o trigo e o

    joio:

    - A VOZ DA CONSCINCIA.

    Mais forte do que tu , ainda e sempre a amizade sincera, essa que brota num esprito

    desinteressado, dum seio consciente, gritante, dorido mas confiante, que sabe que um

    dia, mais longe ou mais perto, ouvirs, tu tambm, Ingratido, o eco da tua conscincia.

    Pena que hajas j derrubado tanto ao teu redor e tua passagem e os marcos cados

    tenham que ser objeto de fortes alavancas para poderem voltar a erguer-se.

    INGRATIDO, que tristeza me fazes, mas que alegria me despertas, ao pensar que

    tambm tu ters o teu grande dia, o teu dia de juzo! Ele chegar, lgrimas chorars e

    vontade ters de, no futuro, ALGO fazeres para matar a recordao amarga e ingrata

    daquilo com que fizeste algum sofrer.

    Aida Almeida Lopes da Luz

    J imaginaram o que seria para o esprito encarnado, o reconhecimento dos seus

    desafetos, muitos dos quais encarnados vivendo novamente no mesmo grupo familiar?

    Como justificar as simpatias ou antipatias que os seres humanos sentem uns pelos

    outros primeira vista? Campos Sales

  • 37

    JOAQUIM ALVES NETO UM GRANDE AMIGO

    J oia rara o amigo sincero,O uro que, de to valioso, no tem preo.A migo de todos os momentos, de todas as horas,Q ueremos contigo brindar a um promissor futuro,U nindo-nos com todo o carinho no calor de um abrao,I limitado no tempo e no espao, sem fronteiras,M onitorizados na sintonia de nossos pensamentos.Aida Almeida Lopes da Luz

    De que valem todas as riquezas do mundo, se os valores espirituais no so levados em conta? O que se entende por vida material de curta durao. A espiritual, sim, que eterna. Luiz de Mattos

  • 38

    JOVENS DE HOJE - ARTFICES DOS AMANHS

    Aqueles que tm a compreenso do que a vida ficam desanimados por constatarem tantos sofrimentos

    causados pelo prprio livre-arbtrio das criaturas e procuram dar uma irradiao, para que despertem e

    tenham compreenso do que a vida e como ela deve ser vivida Luiz de Mattos

    Para mim o dia est comeando!

    Que boa forma de acordar, e, comear a desenrolar a pgina do dia.H no ar um cheiro a

    perfume de suaves ptalas, meu nimo se revigora, pois para mim, para alm do simples

    despertar, algo est acontecendo, algo que vai mais alm.

    Muitos diriam, talvez, que estou meio desequilibrada, pois minha juventude j vai

    longe, desvanece-se no tempo, cambaleante de memrias.

    Quedo-me pensando e imaginando, olhos semicerrados, meu pensamento voa alto,

    sinto-me como pomba esvoaante, a caminho do meu norte, embalada ao sabor da

    orvalhada manh.

    Encontro-me assim, com a recordao da mocidade, ainda verdejante de vigor.

    Imaginando-me rodeada por jovens a quem eu quis ensinar, transmitir o pouco que

    sabia. Hoje, o tempo passou, mas h mais esclarecimento que me envolve, a altura creio

    ser propcia.

    No deixemos que o momento passe em vo.

    Juntemo-nos todos num voo permanente, constante, numa velocidade controlada,

    deixemos fluir ideia to frtil.

    Quero fazer parte deste momento, congratular-me convosco, poder ainda contribuir,

    talvez com frases isoladas, mas ainda com o hlito que me resta, da vivncia desta

    caminhada que se aproxima do fim.

    No posso aspirar a alongar-me, minha pele se enruga, meus cabelos se vo

    embranquecendo, minhas pernas fraquejam.

    Apenas meus braos se elevam, quais asas abertas num voo de reconhecimento vidos

    por chegarem ao porto seguro.

    Minha mente trabalha incessantemente, querendo resgatar das memrias, momentos

    inacabados, palavras no balbuciadas, passos imaginrios na busca de ideais no

    concretizados.

    Chegou a hora, sim, de algo mais fazer ainda. Vamos em frente. A unio faz a fora que

    move montanhas.

    Juntos, sei que venceremos.

    Aida Almeida Lopes da Luz

  • 39

    JUSTIA PARA TODOS

    Nos pores da alma humana, muitas vezes, encontram-se encarcerados sentimentos inferiores, fruto de

    encarnaes passadas, cheias de erros, cheias de vcios. Mas, o estudante do Racionalismo Cristo tem

    condies de dominar todos esses sentimentos inferiores que l se encontram. Tudo depende da vontade

    que tenha a criatura de se esclarecer mais e mais (Felino Alves de Jesus)

    O Racionalismo Cristo a nada obriga. Ele aconselha de uma forma racional, com o

    intuito de fazer o ser Humano despertar para a Verdadeira vida. Vida que deve ser

    vivida, exercitando os atributos que tiver interiorizados os quais foram importados de

    encarnaes pretritas atravs do seu "Eu" mais profundo.

    Os atributos so como jias no cofre, neste caso esprito, que se vo tornando mais

    valiosas ao longo de suas vivncias (encarnaes), pela adio de maior contributo ao

    seu acervo espiritual.

    Sendo, pois, os atributos, bens provenientes do esprito, eles nunca deixam a partcula

    encarnada, uma vez que ela eterna, perdura alm do tempo e do espao.

    O pensamento no visvel, mas ele a bssola norteadora que desconhece distncias e

    limites.

    Atravs do pensamento que o "Ser Humano" atrai ou repele tudo que de bom ou mau

    lhe chega. Por isso o Racionalismo Cristo aconselha a que todos exercitem o

    pensamento para poderem tirar o devido proveito da encarnao.

    Para tal, cada criatura tem o seu livre arbtrio e nele no interfere o Racionalismo

    Cristo, de forma a cada qual proceder conforme sua vontade.

    Se proceder bem colher os louros da vitria, que o mesmo que dizer passar no

    exame, atingindo novo degrau na escala da evoluo. Tal qual o aluno que, ao cursar,

    vai passando, paulatinamente, ano aps ano, at atingir a sua formatura.

    Se a qualquer aluno se dever aconselhar o estudo, sem esmorecimentos, devendo ele

    procurar no perder tempo, para rapidamente poder sentir-se independente, podendo

    custear suas prprias despesas e tomar as rdeas de sua vida material, imagine-se o

    quanto dever-se-lhe- aconselhar o exerccio da prpria conscincia, sabendo que

    atravs dela que ele se posicionar melhor num futuro prximo na estrada que ter a

    percorrer.

    Ao dizermos que todo o "Ser" dever-se- sentir em paz com sua prpria conscincia,

    no o fazemos irrefletidamente. Assim procedemos, porque s poder haver evoluo se

    cada qual fizer por isso. Os valores espirituais tm que ser desenvolvidos por cada

    criatura.

    O que podemos fazer por elas, principalmente pais e professores, dar-lhes o exemplo

    passando conselhos saudveis. Da o dizermos "bom filho , bom pai ser".

  • 40

    O esprito luz, inteligncia, vida, poder criador e realizador. Nele no h matria

    em nenhum dos seus estados. , portanto, imaterial. Partcula individualizada, assim se

    conserva em toda a trajetria que faz no processo da sua evoluo.

    Ele indivisvel, eterno, e evolui para o aperfeioamento cada vez maior. Como

    partcula do Todo, inseparvel dele e subsiste a qualquer transformao, nada havendo

    que o possa destruir.

    So atributos do esprito, inerentes ao Todo:

    1) A fora de vontade;

    2) A conscincia de si mesmo;

    3) A capacidade de percepo;

    4) A inteligncia;

    5) O poder do raciocnio;

    6) A faculdade de concepo;

    7) O equilbrio mental;

    8) A lgica;

    9) O domnio de si prprio;

    10) A sensibilidade;

    11) A firmeza de carter.

    A fora de vontade a mais poderosa alavanca de que dispe o esprito para chegar ao

    triunfo, no existindo dificuldade ou obstculo - dentro, naturalmente, das limitaes

    humanas - que no seja capaz de superar. Ela no conhece a timidez nem permite o

    desnimo ou o enfraquecimento e tem o poder de subjugar fraquezas, paixes, vcios ou

    desejos intemperados.

    A conscincia de si mesmo faz com que o esprito no ultrapasse as suas possibilidades,

    dispersando, em pura perda, as energias que possui. Ela significa a auto apreciao no

    seu real e verdadeiro sentido, no dando lugar exaltao da vaidade nem falsa

    modstia, j que a magnitude e o valor espiritual so encarados sempre dentro de uma

    rigorosa visualizao normal.

    A capacidade de percepo est intimamente ligada ao poder de penetrao do

    esprito, sua agudez, perspiccia e sensibilidade, exercendo, alm disso, notvel

    influncia no terreno da observao, revelando-lhe aquilo que as convenincias tantas

    vezes escondem.

    Da inteligncia dependem os outros atributos espirituais que se criam, expandem,

    crescem, ampliam e aprimoram, de acordo com a evoluo do esprito. ela que faz

    com que o esprito reconhea as suas falhas e procure corrigir-se. uma faculdade de

    iluminao.

    O raciocnio como uma luz projetada sobre os problemas difceis da existncia para

    torn-los claros e compreensveis.

    Na faculdade de concepo esto o gnio inventivo, as criaes do pensamento e a

    engenhosa fora realizadora de todas as transformaes e melhoramentos.

  • 41

    O equilbrio mental provm da apurao dos sentidos, do temperamento bem ajustado

    s realidades da vida, da serenidade, da compreenso exata das possibilidades e da justa

    apreciao dos fatos.

    A lgica um atributo que d a cada um, coerncia em suas atitudes, congruncia na

    condensao das idias e ordenao nos pensamentos.

    O domnio de si prprio assegura ao esprito o controle ntimo, evitando os atos

    impulsivos e as atitudes impensadas que o possam levar a cometer desatinos, muitos dos

    quais irreparveis, de que se venha arrepender mais tarde, como acontece