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Ministério da Agricultura RESULTADOS 2011|2012 CAMPANHA AGRÍCOLA

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  • Ministério da Agricultura

    RESULTADOS 2011|2012

    CAMPANHA AGRÍCOLA

  • Ministério da Agricultura

    RESULTADOS 2011|2012

    CAMPANHA AGRÍCOLA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 2

    INDÍCE

    1. NotA prévIA 5

    2. INtroDução 6

    3. SuMárIo ExECutIvo 7

    3.1. Aspectos metodológicos dos inquéritos 7

    3.1.1. Amostragem 7

    3.1.2. Determinação das superfícies cultivadas e produção agrícola 10

    4. AborDAgEM gErAl à CAMpANhA AgrÍColA 2011-2012 12

    4.1. precipitação na campanha agrícola 2011-2012 12

    4.2. Monitorização da vegetação 14

    4.3. Distribuição das Empresas Agrícolas (EAF&EAE) 16

    5. AprESENtAção DE rESultADoS Do SECtor AgrÍColA 17

    5.1. Campanha Agrícola 2011-2012 17

    5.1.1. Indicadores de área 17

    5.1.2. produção das Fileiras 21

    5.2. Fileira dos Cereais 23

    5.2.1. Culturas da Fileira dos Cereais 25

    5.3. Fileira das raízes e tubérculos 29

    5.3.1. Culturas da Fileira das raízes e tubérculos 31

    5.4. Fileira das leguminosas e oleaginosas 34

    5.4.1. Culturas da Fileira das leguminosas e oleaginosas 36

    5.5. Fileira das Fruteiras 39

    5.5.1. Culturas da Fileira das Fruteiras 40

    5.6. Fileira das hortícolas 43

    5.6.1. Culturas da Fileira das hortícolas 45

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|20123

    6. AprESENtAção DE rESultADoS Do SECtor pECuárIo 49

    6.1. Efectivos bovinos 49

    6.2. Efectivos Caprinos 51

    6.3. Efectivos ovinos 52

    6.4. Efectivos Suínos 53

    6.4. Efectivos Avícolas 55

    7. vAlorES DA proDução DoS SubSECtorES quE INtEgrAM o SECtor DA AgrICulturA 57

    8. quANtIDADE DA oFErtA DE AlIMENtoS DA proDução NACIoNAl 2011/2012 (kg/pEr CApItA/ANo) 59

    9. CoNCluSÕES 65

    ANExoS

    I Indicadores gerais da campanha agrícola 2011-2012 68

    II Indicadores da Fileira dos Cereais 71

    III Indicadores da Fileira das raízes e dos tubérculos 79

    IV Indicadores da Fileira das leguminosas e oleaginosas 86

    V Indicadores da Fileira das Fruteiras 93

    VI Indicadores da Fileira das hortícolas 103

    VI Indicadores da pecuária 116

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 4

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|20125

    O Ministério da Agricultura apresenta nesta publicação os resultados produtivos da campanha agrícola 2011-2012 dos sectores agrícola e pecuário.

    A campanha agrícola, também designada “ano agrícola” subdivide-se em dois importantes períodos tem-porais a “primeira época agrícola” e a “segunda época agrícola”. Estas duas épocas detêm, principalmente na região norte do País, condicionantes climáticas e práticas produtivas diferenciadas que obrigam a uma diferen-ciação entre o “ano agrícola” (decorre de Setembro a Agosto do ano seguinte) e o ano económico (decorre de Janeiro a Dezembro).

    Os condicionalismos da actividade agrícola exigem que a colheita dos dados estatísticos seja executada em duas etapas, coincidindo a sua recolha com os períodos das duas épocas agrícolas distintas.

    Por indisponibilidade financeira não foi possível desagregar temporalmente a recolha de dados entre a primei-ra época e a segunda época agrícola, assim os dados relativos à primeira época agrícola foram recolhidos em simultâneo com os dados da segunda época. Assim, o sistema de recolha de dados do sector agrícola e pecu-ário baseou-se em entrevistas directas, aplicando os seguintes métodos: Inquérito por amostragem, medição objectiva das áreas semeadas e produções obtidas.

    Angola encontra-se dividida administrativamente em 18 Provincias. Entretanto, reformas administrativas ocor-ridas recentemente, levaram ao reajuste dos territórios das províncias do Bengo e de Luanda, passando esta última a integrar os municípios de Quissama e Icolo-bengo. Os indicadores são apresentados como sumatórios ao nível nacional, regional e províncial.

    Os indicadores, levam igualmente em conta as diferenças entre as Empresas Agrícolas do Tipo Familiar e as Empresas Agrícolas do tipo Empresarial, realçando os indicadores desagregados para estes dois sistemas de produção.

    ➍ DiSPONibiLiDADE ALiMENTAR onde é apresentado o contributo da produção total do sector agrícola e do sector pecuário para a

    alimentação da população nacional.

    EStE rElAtórIo

    AprESENtA

    4 grandes conjuntos de indicadores:

    ➊ SECTOR AGRÍCOLAonde são apresentados os indicadores da fileira dos cereais, raízes/tubérculos, leguminosas e oleaginosas, fruteiras, hortícolas e respectivas culturas de cada fileira.

    ➋ PECUáRiO,onde são apresentados os indicadores relativos às espécies mais importantes da pecuária nacional, apresenta os valores observados para os bovinos, caprinos, suínos, ovinos e galináceos.

    ➌ vALORES DA PRODUçãO A PREçOS DE REfERêNCiA, onde é apresentada a contribuição do sector agrícola e pecuário para o Produto Interno Bruto Nacional

    1. NotA prévIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 6

    Angola possui uma área de cerca de 1.246.700 km2 e situa-se na costa atlântica Sul da África Ocidental.

    O território Angolano faz fronteira a norte e nordeste com a República Democrática do Congo (RDC), a

    leste com a Zâmbia, e a sul com a Namíbia, sendo limitado a oeste pelo Oceano Atlântico.

    A localização de Angola, na zona intertropical e subtropical do hemisfério sul, a sua proximidade do

    mar, a corrente fria de Benguela, as características do relevo e a influência do Deserto do Namibe, são

    os factores que determinam e caracterizam as duas regiões climatéricas distintas:

    1) A Região litoral com humidade relativa de média anual superior a 30% e com precipitação anual

    inferior a 60mm (apresentando 800mm no litoral de Cabinda e no sul, mais concretamente no Namibe,

    precipitações médias de 50mm), e de temperatura média superior a 23ºC.

    2) A Região interior que se subdivide em três zonas: zona norte, com elevada queda pluviométrica e

    temperaturas elevadas; zona de altitude que abrange as regiões planálticas do centro caracterizadas

    por temperaturas médias anuais próximas dos 19ºC, com uma estação seca de temperaturas mínimas

    acentuadas; e a zona sudoeste, semiárida, atendendo à proximidade do deserto do Kalahari, cujas

    temperaturas são baixas na estação seca e elevadas na estação quente.

    O regime das chuvas e a variação anual das temperaturas são duas características climáticas comuns

    a todas as regiões, pelo que é comum distinguir-se a época do Cacimbo e a época das Chuvas. A pri-

    meira, seca e menos quente começa em Maio e persiste até Agosto. A das Chuvas, mais quente, nor-

    malmente ocorre entre Setembro a Maio. Contudo, a região do norte tem chuvas ao longo de quase

    todo o ano e as terras altas do interior têm um clima temperado com a estação das chuvas a ocorrer

    de Novembro a Abril, seguida pela estação seca, mais fria, de Maio a Outubro.

    Assim, o país encontra-se dividido entre uma faixa costeira árida, que se estende desde a Namíbia até

    Luanda e semi-árida a norte de Luanda, um planalto interior húmido, uma savana seca no interior sul e

    sudeste, e floresta tropical no norte e em Cabinda.

    Cerca de 65% do território situa-se a uma altitude entre os 1.000 e os 1.060m, localizando-se na região

    central os pontos culminantes: Montes Moco (2.620m) e Meco (2.583m). Situam-se na região planáltica

    do centro do país a origem dos rios mais importantes, correndo estes em três sentidos: Atlântico (L>W),

    S>SE e N. Contam-se por cinco as grandes bacias hidrográficas, correspondendo aos rios Zaire, Kwanza,

    Cunene, Cubango e Queve.

    Assim como a maioria dos países africanos, Angola tem as suas actividades económicas ligadas direc-

    tamente à produção primária, destacando-se a produção de milho, mandioca, feijão, amendoim e de

    banana como as principais culturas alimentares. Na pecuária, as principais criações são respectivamen-

    te de bovinos, caprinos e suínos.

    2. INtroDução

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|20127

    No que toca à organização e recolha de dados que este relatório apresenta, foram previamente esta-belecidos contactos com as Direcções Provinciais da Agricultura, assim como, com os Departamentos Provinciais do IDA para se estabelecer o perfil dos coordenadores de identificação dos coordenadores e Supervisores Provinciais, assim como, dos agentes de recolha de dados ao nível de cada Município, que foram submetidos a acção de formação e treinamento sobre a utilização das metodologias espe-cíficas, sistema e forma de preenchimento dos questionários e medição objectiva das áreas cultivadas e os seus rendimentos.

    A primeira acção da execução do inquérito no terreno foi a listagem, pelos inquiridores, dos chefes dos agregados familiares residentes nas aldeias seleccionadas de cada Município (assim como dos agricultores do tipo empresarial em cada um dos Municípios inquiridos). Posteriormente, fez-se a se-lecção das famílias por aldeia e dos agricultores por Município, de acordo com o tamanho da amostra pré-determinada.

    Esta acção é precedida da realização de entrevistas directas (junto das parcelas de cada família ou agricultor empresarial seleccionado) e a medição objectiva das suas parcelas cultivadas, assim como a determinação ou estimação (na eventualidade da colheita ter sido feita antes da visita) dos rendimen-tos por hectare ou então, a produção colhida durante a primeira época.

    Contudo, neste relatório, há também informação, que foi obtida de forma indirecta, uma parte dos dados complementares foram recolhidos a partir de relatórios dos diferentes departamentos provin-ciais do MINAGRI, tais como, o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) e Instituto Nacional do Café (INCA).

    Os inquéritos agrícolas foram realizados entre 23 Maio e 11 Julho de 2012 tendo sido efectuados um total de 1.446 inquéritos às EAF, 152 inquéritos às EAE e consulta de 51 relatórios facultados pelas Sec-ções Municipais de Agricultura ou Estações de Desenvolvimento Agrário.

    3.1. ASpECtoS MEtoDológICoS DoS INquérItoS

    Os aspectos metodológicos aplicados na preparação e realização dos inquéritos da campanha agríco-la 2011-2012 tiveram dois requisitos indispensáveis, a amostragem e a determinação de valores para as áreas e produção. Assim neste subcapítulo apresenta-se o esquema de aspectos metodológicos que suportam a qualidade da informação presente neste relatório.

    3.1.1. AMOSTRAGEM

    3.1.1.1. ExPLORAçõES AGRÍCOLAS fAMiLiARES

    Para a determinação da amostra foi utilizado um único critério metodológico, amostragem casual estratificada, onde a subpopulação foi definida e estimada por Província.

    3.1.1.1.1. bASE DE AMOSTRAGEM

    Para base do processo de amostragem utilizou-se a base de dados de distribuição da população ob-tida do INE.

    3. SuMárIo ExECutIvo

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 8

    Foi aplicada uma divisão bietápica da subpopulação, na primeira etapa a amostragem fixou-se na selecção das aldeias e bairros rurais existentes em cada província, na segunda etapa a amostragem fixou-se nos agregados familiares presentes em cada aldeia selecionada na etapa anterior.

    3.1.1.1.2. DiMENSõES AMOSTRAiS

    A amostra global resultou da união das subamostras seleccionadas em cada estrato, isto significa que o território nacional foi estratificado por Província.

    Neste caso as dimensões amostrais ficaram definidas como se segue:

    N = ∑ 𝑛hh

    Nesta conformidade as taxas de sondagem comportaram-se da seguinte forma:

    No estrato onde Nh é a subpopulação no estrato h.

    No global: onde N é a população total.

    h : 𝑓h = Nh�h

    𝑓 = N�

    Onde:

    ESTRATOALDEIAS OU BAIRROS RURAIS AGREGADOS FAMILIARES RURAIS OU EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS FAMILIARES

    TOTAL DIMENSÃO DA AMOSTRA TOTAL DIMENSÃO DA AMOSTRA

    N AC I O N AL 23 786 338 2 068 107 1 688

    N O R TE 7 699 170 732 517 849

    C A b I N DA 387 21 53 274 104Z A I R E 476 18 65 110 89

    U I g E 1 4 02 14 183 935 71

    M A L A N J E 1 967 19 120 789 97

    K UA N Z A N O R T E 741 25 63 54 8 126

    b E N g O 562 23 4 8 285 116

    LUA N DA 123 10 39 361 51

    LU N DA N O R T E 1 569 19 106 495 95

    LU N DA SU L 472 20 51 720 100

    C E NTR O 13 873 129 915 709 645

    K U A N Z A S U L 2 135 27 182 211 137

    b E N g U E L A 1 725 25 187 450 126

    H U A M b O 2 496 30 26 4 717 151

    b I é 2 618 31 192 785 153

    M O x I C O 4 899 16 88 54 6 78

    SUL 2 214 39 419 881 194

    H U í L A 886 8 222 206 41

    N A M I b E 425 10 39 74 0 49

    C U N E N E 609 5 93 859 26

    K U A N D O K U b A N g O 294 16 6 4 076 78

    REPRESENTAÇ ãO DA POPUL AÇ ãO E DIMENSãO DA AMOSTR A EAF > pOR E STR ATOTABEL A Nº 1

    𝑛h é o tamanho da amostra retirada do estrato h;N é o tamanho global da amostra.

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|20129

    Estimador de Médias nos Estratos

    ΥhμST = ∑ NNh

    h

    Υh∑ NNh

    TST = h

    N = ∑h

    Nh Υh

    Onde:

    Nh é a população do estrato h;N é a população global ou total;Υh é o valor médio no estrato h.

    Estimador para o total Populacional

    3.1.1.2. ExPLORAçõES AGRÍCOLAS DO TiPO EMPRESARiAL

    Para a agricultura empresarial aplicou-se a mesma metodologia usada para a determinação da amos-tra do sector familiar.

    3.1.1.2.1. bASE DE AMOSTRAGEM

    Para a determinação da amostra do sector empresarial usou-se como base a lista de pequenos e médios agricultores (EAE) disponibilizadas pelas Direcções Provinciais de Agricultura.

    Para assegurar a representatividade nacional aplicou-se o método de amostragem estratificada, defi-nindo as províncias como um estrado e retirando subamostras aleatoriamente.

    3.1.1.2.2. DiMENSõES AMOSTRAiS

    A dimensão amostral foi definida usando o mesmo método aplicado ao sector familiar.

    E S T R AT OAGREGADOS EMPRESARIAL OU EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EMPRESARIAIS

    TOTAL DIMENSÃO DA AMOSTRAN AC I O N AL 8 360 350

    N O R TE 2 048 160

    C A b I N DA 67 10

    Z A I R E 147 10

    U I g E 150 30

    M A L A N J E 163 30

    K UA N Z A N O R T E 165 20

    b E N g O 512 20

    LUA N DA 500 10

    LU N DA N O R T E 122 15

    LU N DA SU L 157 15

    C E NTR O 5 708 105

    K UA N Z A SU L 1 208 25

    b E N gU E L A 231 20

    H UA M b O 3 520 20

    b I é 574 20

    M Ox I CO 175 20

    SUL 604 85

    H U í L A 455 4 0

    N A M I b E 238 15

    C U N E N E 72 15

    K UA N D O K U b A N g O 96 15

    REPRESENTAÇ ãO DA POPUL AÇ ãO E DIMENSãO DA AMOSTR A EAE > pOR E STR ATO

    TABEL A Nº 2

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 10

    3.1.2. DETERMiNAçãO DAS SUPERfÍCiES CULTivADAS E DA PRODUçãO AGRÍCOLA

    As definições e conceitos apresentados descrevem as práticas de cultivo usadas pela agricultura fami-liar e pela agricultura empresarial. A agricultura familiar utiliza regularmente consociação de culturas numa mesma parcela, enquanto a agricultura empresarial apega-se maioritariamente à exploração de culturas independentes.

    Estas práticas culturais determinam tratamento diferenciado para a determinação das superfícies culti-vas e da produção obtida. Existem dois procedimentos de cálculo para a determinar estes dois valores distintos, contudo ambos são baseados no quadrado de densidade, ou seja escolha aleatória de suba-mostras dentro da parcela, de um ou mais quadrados, e medir a concentração das culturas presentes nessa subamostra da parcela. Nos inquéritos da campanha 2011-2012 foram aplicados dois quadrados de 25m2 para cada parcela cultivada em consociação.

    3.1.2.1. áREAS

    Em seguida para determinar as áreas de culturas consociadas, aplica-se o método de imputação de superfície e o método de imputação de produção.

    As fórmulas aplicadas na determinação da superfície semeada e superfície colhida, por cultura são:

    Superfície total da cultura i (STi)

    Cs = NQDc * 25m2/Ntp.

    Ca … Coeficiente de área da cultura

    NQDc.. Número de quadrado de densidade com cultura pura na parcela

    Ntp … número total de plantas encontradas nos quadrados de densidades.

    Sci = Ntpi * Cai

    Sci … Superfície da cultura i nos quadrados de densidades.

    Ntpi … Total de plantas da cultura i no quadrado de densidade.

    Ca … Coeficiente de superfície da cultura i nos quadrados de densidades.

    SCti = ΣSci

    SCti … Superfície calculada das culturas consociadas nos quadrados de densidades da parcela i.

    SAci = 50m2/ΣSCti*Sci

    SAci… Superfície ajustada da cultura i. SCti ... Superfície calculada das culturas consociadas nos quadrados de densidades da parcela i.Sci … Superfície da cultura i nos quadrados de densidades.

    STi =Spi + SIi

    Onde: SPi… Superfície com a cultura pura ou independente

    SIi… Superfície imputada à cultura i, quando associada às outras culturas.

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201211

    área de cada cultura dentro da parcela

    Para proceder ao cálculo da área de cada cultura na parcela “ACp”, dividir-se a área da parcela em hec-tare “Ap”, pela soma das áreas dos quadrados de densidades (50m2) e multiplica-se este quociente pela área ajustada de cada uma das culturas “AAc” dentro dos dois quadrados de densidades, de acordo com a seguinte fórmula:

    ACp = Ap/50*AAc

    ACp … área de cada cultura na parcela

    Ap … área total da parcela

    AAc… área ajustada da cultura

    3.1.2.2. RENDiMENTOS

    Para determinar a produção de uma determinada cultura os extensionistas efectuam medições objec-tivas de superfícies e de rendimentos.

    O rendimento de uma cultura define-se como a produção obtida por unidade de superfície.

    Produção de cada cultura dentro da parcela

    Para calcular a produção de cada cultura ao nível da parcela “Pc”, deve seguir os seguintes passos:

    • Somar os pesos em kg do mesmo produto “Pkg” colhido dentro dos dois quadrados de densidades.

    • Multiplicar este peso pela área da cultura dentro da parcela “ACP” em hectares, obtida de acordo com as instruções dadas no ponto 10.5.

    • Multiplique este resultado por 10.000 m2.

    • Dividir o resultado pela área ajustada da cultura dentro dos dois quadrados (AAc)

    Fazer o cálculo de acordo com a seguinte fórmula.

    Pc = Pkg*ACp*10.000/AAc

    Pc … Produção de cada cultura na parcela;

    Pkg.. Peso em quilo do produto colhido;

    ACp …. Área da cultura dentro da parcela;

    AAc….. Área ajustada da cultura.

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 12

    4. AborDAgEM gErAl à CAMpANhA AgrÍColA 2011/2012

    4.1. prECIpItAção NA CAMpANhA AgrÍColA 2011-2012

    Angola observou uma seca severa durante o ano agrícola. Os dados climatéricos que aqui se apresen-tam foram retirados do relatório "Análise e Monitorização da Seca em Angola – Ano Agrícola 2011-2012."

    Como é visível na figura 1, a compilação preliminar das estimativas de precipitação de Setembro 2011 a Março 2012 mostra padrões de precipitação abaixo do normal na zona ocidental e nas zonas a nordeste do país.

    Setembro de 2011 a março de 2012

    PreciPitação (mm)

    Como se pode observar na figura 2, a precipitação expressa em percentagem da média a longo prazo indica que, menos de metade da chuva normal foi recebida na maior parte do território das províncias do Bengo, Cuanza Sul, Benguela e Namibe. A província da Huíla teve precipitação abaixo do normal nas zonas a noroeste e acima do normal das zonas a sudeste. As províncias do Cunene e Cuando Cubango registaram predominantemente valores de percipitação acima do normal.

    FIGUR A Nº 1 - PRECIPITAçãO TOTAL EM ANGOLA DE SETEMBRO 2011 A MARçO 2012 COMPARADO COM A MéDIA DE LONGO PRAZO.

    1500

    1250

    1000

    750

    500

    250

    0

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201213

    Na tabela 3 encontram-se registadas as precipitações por Província durante as duas épocas da cam-panha agrícola.

    Percentagem média de PreciPitação a Longo Prazo

    FIGUR A Nº 2 - PRECIPITAçãO EM ANGOLA DE SETEMBRO 2011 A MARçO 2012, ExPRESSA EM PERCENTAGEM DA MéDIA A LONGO-PRAZO (1995 – 2012).

    PreciPitação (mm)

    200

    175

    150

    125

    100

    75

    50

    TABEL A Nº 3

    DISTRIBUIÇ ãO DA PRECIPITAÇ ãO (mm) POR PROvÍNCIA NAS DUAS éPOC AS DE C AMPANhA AGRÍCOL A (2011-2012)

    P R O v Í N C I APRIMEIRA éPOCA precipitação (mm)

    SEGUNDA éPOCAprecipitação (mm)

    SETEMBRO OUTUBRO NOvEMBRO DEzEMBRO TOTAL MéDIA jANEIRO FEvEREIRO MARÇO ABRIL TOTAL MéDIA

    C A b I N DA 0,0 277,2 632,9 343,9 1.254,0 313,5 147,0 122,4 366,8 736,3 1.372,5 343,1

    Z A I R E 24,3 205,5 282,7 4 47,4 959,9 24 0,0 72,7 21,8 298,4 334,0 726,9 181,7

    U íg E 0,0 103,5 199,5 0,0 303,0 75,8 0,0 70,0 80,0 0,0 150,0 37,5

    M A L A N g E 0,0 569,5 977,6 429,5 1.976,6 494,2 56,0 114,0 182,0 118,0 470,0 117,5

    K . N O R T E 0,0 1.247,0 1.319,5 504,0 3.070,5 767,6 95,5 355,8 908,5 576,5 1.936,3 4 84,1

    b E N g O 0,0 171,0 363,0 35,0 569,0 142,3 0,0 0,0 111,0 282,0 393,0 98,3

    LUA N DA 0,0 7,4 6,5 5,0 18,9 4,7 2,0 0,0 77,6 72,6 152,2 38,1

    L. N O R T E - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    LU N DA SU L - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    K .- S U L 37,1 479,6 1.4 42,6 143,2 2.102,5 525,6 167,5 283,9 375,8 158,2 985,4 24 6,4

    b E N g U E L A 4,5 133,0 4 06,3 24 0,5 784,3 196,1 4 66,0 43,0 577,0 54,5 1.14 0,5 285,1

    H U A M b O 0,0 196,3 785,3 634,5 1.616,1 4 04,0 60,0 304,6 386,5 190,2 941,3 235,3

    b I é 0,0 195,0 385,0 595,5 1.175,5 293,9 4 61,5 4 82,5 435,0 0,0 1.379,0 34 4,8

    M O x I C O 0,0 66,9 93,6 183,9 34 4,4 86,1 97,5 6 4,5 84,5 30,5 277,0 69,3

    H U í L A 0,0 1.006,0 2.426,0 1.961,0 5.393,0 1.34 8,3 1.542,7 855,5 3.175,2 68,8 5.6 42,2 1.410,6

    N A M I b E - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    C U N E N E 0,0 0,0 54,0 153,0 207,0 51,8 227,7 261,3 101,6 0,0 590,6 147,7

    K . K U b A N g O - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    N A C I O N A L 65,9 4.657,9 9.374,5 5.676,4 19.774,7 4.943,7 3.396,1 2.979,3 7.159,9 2.621,6 16.156,9 4.039,2

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 14

    4.2. MoNItorIzAção DA vEgEtAção

    Vários sensores de satélite são usados para a mo-nitorização do crescimento da vegetação. O Índi-ce Normalizado de Diferenças da Vegetação (NDVI - Normalized Difference Vegetation Index) é uma ferramenta de análise de detecção remota que tem sido usado há muitos anos para monitorizar e medir o crescimento das plantas (vigor), cobertura de ve-getação e produção de biomassa a partir de dados multiespectrais de satélite.

    O NDVI é calculado da seguinte forma: NDVI = (Ban-da Infravermelho próximo - Banda do vermelho) / (Banda Infravermelho próximo + Banda do verme-lho).

    De forma resumida, o NDVI é uma ferramenta que permite ver o estado, o vigor, a sanidade e a força da vegetação a partir da medição de clorofila existente no coberto vegetal, um NDVI alto implica vegetação saudável a executar fotossíntese, um NDVI baixo in-dica vegetação seca sem executar fotossíntese.

    O primeiro mapa da figura 3 [canto superior es-querdo] apresenta o estado da vegetação médio, ou seja aquele que é esperado que aconteça todos os anos, o segundo mapa [canto superior direito] mostra o estado da vegetação observado na cam-panha agrícola 2011-2012, o terceiro mapa [canto inferior esquerdo] é resultante da diferença entre o esperado e o observável, neste mapa identifica-se a tons vermelhos as zonas onde a estiagem afectou negativamente a vegetação e a azul as zonas onde a vegetação teve um vigor superior ao esperado.

    FIGUR A Nº 3 - NDVI MéDIO SAZONAL A LONGO PRAZO (SETEMBRO-MARçO) [CANTO SuPERIOR ESQuERDO]; NDVI 2011-2012 (SETEMBRO-MARçO); MAPA COMPARATIVO ENTRE: (NDVI MéDIO SAZONAL A LONGO PRAZO E NDVI 2011-2012) [CANTO INFERIOR ESQuERDO]

    LEGENDA DO MAPA DE DIFERENÇAS

    acimamédia

    média

    abaiXomédia

    LEGENDA NDVI

    aLtondVi

    baiXondVi

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201215

    Fica claro pelo mapa comparativo que as províncias do sul, por exemplo, Cunene e Cuando Cubango, registaram crescimento da vegetação acima da média, e as províncias do Norte registaram um cres-cimento das plantas abaixo da média. Mais especificamente, as províncias do Noroeste, por exemplo, Bengo e Benguela, possuem vastas áreas com crescimento da vegetação, muito abaixo da média.

    Na figura 4 podemos observar os mapas comparativos do NDVI, estes mapas comparam o NDVI es-perado para cada mês (media de longo prazo) e o NDVI observado na campanha agrícola 2011-2012. Como podemos observar na região ocidental de Angola, nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março, é visível um crescimento da vegetação muito baixo comparado com o esperado, o que terá tido um impacto profundamente negativo nas culturas de grão, do período das chuvas.

    Setembro oUtUbro noVembro

    dezembro Janeiro

    FeVereiromarço

    FIGUR A Nº 4 - MAPAS COMPARATIVOS DAS DIFERENçAS MENSAIS ENTRE OS MESES DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011-2012 E O NDVI

    MENSAL MéDIO A LONGO PRAZO.

    acimamédia

    média

    abaiXomédia

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 16

    4.3. DIStrIbuIção DAS EMprESAS AgrÍColAS (EAF&EAE)

    A distribuição das unidades produtivas é essencial para compreender os dados apresentados neste relatório. Como é sabido as províncias não são homogéneas em termos de condições edafoclimáticas, bem como mostram grandes diferenças de distribuição de população e por consequência de famílias rurais que são as mais numerosas unidades produtivas da agricultura nacional. Como podemos ver na figura 5, a população rural encontra-se mais concentrada nas províncias do Huambo, Huíla, Bié, Kuanza Sul, uíge e Benguela.

    Como podemos observar na figura 6, relativamente ao sector empresarial a província do Huambo tem larga vantagem no número de unidades produtivas do tipo empresarial relativamente ao resto do território.

    diStribUição daS eaF - agregadoS FamiLiareS rUraiS

    FIGUR A Nº 5 - DISTRIBuIçãO DOS AGREGADOS FAMILIARES RuRAIS,TRANSFORMADOS EM EAF PELAS PROVÍNCIAS DE ANGOLA

    diStribUição daS eae - eXPLoraçõeS emPreSariaiS

    FIGUR A Nº 6 - DISTRIBuIçãO DAS EMPRESAS AGRO-PECuÁRIAS PELAS PROVÍNCIAS DE ANGOLA.

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201217

    5. AprESENtAção DE rESultADoS Do SECtor AgrÍColA

    A produção do sector agrícola é da maior importância para a economia nacional, segurança alimentar das populações e produção de matérias-primas para a indústria.

    Após o período colonial, a exploração de culturas na classe de matérias-primas diminuiu consideravel-mente, em especial, o algodão e o sisal cuja exploração é neste momento inexistente, neste contexto esta publicação destaca sobretudo os indicadores referentes às culturas alimentares.

    ➍ fiLEiRA DAS fRUTEiRAS

    NEStA

    publICAção São

    AprESENtADoS

    oS INDICADorES

    DE 5 fileiras de produção primária:

    ➊ fiLEiRA DOS CEREAiS

    ➋ fiLEiRA DAS RAÍzES E TUbéRCULOS

    ➌ fiLEiRA DAS LEGUMiNOSAS E OLEAGiNOSAS

    ➎ fiLEiRA DAS HORTÍCOLAS

    5.1. CAMpANhA AgrÍColA 2011-2012

    Podemos caracterizar o ano agrícola como um ano muito difícil para os agricultores e para as suas famílias. A forte estiagem que se fez sentir em Angola associada a forte dependência da pluviosidade por parte do sector tradicional arrastou os indicadores das áreas colhidas, produção e produtividade para valores muito inferiores aos espectáveis no início da campanha.

    Neste capítulo será conduzida uma análise transversal ao sector agrícola de forma a fornecer uma visão geral do ano agrícola.

    Os indicadores detalhados encontram-se em tabelas descritivas no Anexo I – Indicadores gerais da campanha agrícola 2011-2012 na página nº 68 deste documento.

    5.1.1 – iNDiCADORES DE áREA

    Como é comum em todo o mundo desen-volvido ou em desenvolvimento, ao observa-mos a figura 7 registamos que as EAF são as maiores responsáveis pela exploração de terra do sector agrícola, e estas apresentam 86% da área semeada, enquanto as EAE apresentam 14%.

    FIGUR A Nº 7 - COMPARAçãO DA ÁREA SEMEADA PELAS EAF E PELAS EAE

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 18

    No âmbito Nacional, a figura 8 mos-tra que as principais culturas explora-das são o milho, a mandioca e o feijão. Estas três culturas representam 69% da área semeada a nível nacional e são, desta forma, o pilar da segurança alimentar das populações campone-sas. Posteriormente, serão apresenta-das análises mais detalhadas dos indi-cadores destas três culturas.

    FIGUR A Nº 8 - ÁREA SEMEADA – AS PRINCIPAIS CuLTuRAS AGRÍCOLAS

    Comparativamente ao ano agrícola anterior torna-se visível pela análise da figura 9, um forte incre-mento da área cultivada pelas EAF na fileira das fruteiras e dos cereais, ao passo que as EAE diminuíram a sua área de hortícolas e aumentaram a área destinada às leguminosas/oleaginosas e fruteiras.

    Durante o ano agrícola em análise, observa-se na figura 10 que se verificou uma diminuição acen-tuada das áreas colhidas, tendo sido no sector familiar e nas fileiras dos cereais e das leguminosas/oleaginosas, onde se registaram as maiores reduções de áreas colhidas.

    FIGUR A Nº 9 - VARIAçãO (%) DA ÁREA SEMEADA ENTRE AS CAMPANHAS: 2010-2011 E 2011-2012.

    FIGUR A Nº10 - VARIAçãO (%) DA ÁREA COLHIDA ENTRE AS CAMPANHAS: 2010-2011 E 2011-2012

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201219

    Quando observamos às áreas semeadas e colhidas das 5 fileiras do sector, podemos observar que as EAF são as principais responsáveis pela exploração das fileiras dos cereais, raízes/tubérculos, legumi-nosas/oleaginosas e frutícolas, onde as EAE apresentam relativamente uma baixa área de exploração. Inversamente, a fileira das hortícolas é dominada pelas EAE onde o contributo das EAF é mais reduzido.

    Porém, na fileira dos cereais dos 2.408.421 ha semeados apenas foram colhidos 919.684 ha, na fileira das raízes e tubérculos foram semeados 1.408.571 ha e colhidos 1.275.393 ha, na fileira das leguminosas e oleaginosas foram semeados 1.252.490 ha e colhidos 859.767 ha, na fileira das fruteiras foram explora-dos 212.502 ha e colhidos 199.564 ha e por último a fileira das hortícolas que foram semeados 407.509 ha foram colhidos 405.221 ha. Estes indicadores revelam que a fileira dos cereais e das leguminosas e oleaginosas foram extremamente afectadas pela falta de precipitação levando a muitas famílias a não ver as suas sementes germinarem ou a não ter a possibilidade de colher as lavras semeadas.

    Como se observa na figura 13, a nível nacional não foram colhidos 34% dos terrenos semeados, o que representa em termos absolutos uma área de 1.905.499 ha.

    FIGUR A Nº 11 - COMPARAçãO DA ÁREA SEMEADA PELAS EAF E EAE, POR FILEIRA

    FIGUR A Nº 12 - COMPARAçãO DA ÁREA SEMEADA PELAS EAF E EAE, POR FILEIRA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 20

    Observando este indicador por tipologia de exploração é fácil visualizar que o sector familiar foi o mais afectado pela estiagem mostrando perdas de área muito superiores ao sector empresarial. Como já foi afirmado o sistema produtivo das EAF é bastante elementar, se por um lado permite prover o sustento dos camponeses com baixos custos de produção e de forma bastante independente de inputs exte-riores é muito dependente dos factores ambientais.

    Particularizando para as EAF o caso das áreas não colhidas, verifica-se que na fileira dos cereais cerca de 66% dos terrenos não foram colhidos, no das raízes e tubérculos 10%, no das leguminosas e oleagino-sas 50%, nas fruteiras 7% e nas hortícolas 1%. No caso das EAE os valores revelaram-se muito inferiores - na fileira dos cereais 15% da área não foi colhida, no das raízes e tubérculos 4%, no das leguminosas e oleaginosas 3%, no das fruteiras 4% e nas hortícolas 0%.

    Assim conclui-se que a quebra de área de produção provocada pela estiagem afectou principalmente as EAF nas fileiras dos cereais e leguminosas/oleaginosas.

    FIGUR A Nº 13 -ÁREA SEMEADA NACIONAL: ÁREA COLHIDA E ÁREA NãO COLHIDA

    FIGUR A Nº 14 - ÁREA SEMEADA E COLHIDA DAS EAF, POR FILEIRA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201221

    5.1.2. proDução DAS FIlEIrAS

    Como é sabido comparar produção em bruto entre fileiras não é um método rigoroso, pois cada tipo de cultura tem a suas próprias características que alteram totalmente esse tipo de avaliação. No entan-to podemos tirar conclusões relativamente ao comportamento produtivo do sector familiar e empre-sarial dentro de cada fileira. Ao analisar a figura 16 podemos notar que às fileiras dos cereais, tubér-culos/raízes e leguminosas estão fortemente ligados ao sector familiar enquanto o sector empresarial está ligado à fileira das hortícolas, relativamente à fileira das frutícolas podemos afirmar que a maioria da produção tem origem no sector familiar contudo o sector empresarial também apresenta grande peso na produção.

    FIGUR A Nº 15 - ÁREA SEMEADA E COLHIDA DAS EAE, POR FILEIRA

    FIGUR A Nº 16 - PRODuçãO AGRÍCOLA DAS EAF E EAE, POR FILEIRA AGRÍCOLA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 22

    Relativamente ao ano agrícola transacto ocorreu uma quebra de produção em todas as fileiras excep-tuando a fileira das frutícolas. As maiores quebras de produção foram sentidas na fileira dos cereais onde se produziu menos 903.120 ton e das raízes e tubérculos menos 4.284.451 ton e nas leguminosas e oleaginosas 295.824 ton. Comparando os sectores familiar e empresarial, destaca-se as EAF que apre-sentam quebras de 71,3% na fileira dos cereais, 68,8% na fileira das leguminosas/oleaginosas e 28,1% na fileira das raízes e tubérculos. Interessa apontar o bom desempenho das EAE na fileira frutícola que apresentaram um crescimento de 5,7% neste ano terrível.

    FIGUR A Nº 17 - VARIAçãO ABSOLuTA (TON) DA PRODuçãO (EAF&EAE) POR FILEIRA AGRÍCOLA, ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

    FIGUR A Nº 18 - VARIAçãO RELATIVA (%) DA PRODuçãO (EAF&EAE) POR FILEIRA AGRÍCOLA, ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201223

    5.2. FIlEIrA DoS CErEAIS

    A fileira dos cereais é composta pela cultura do milho, massango, massambala, arroz. O milho é a cultu-ra chave desta fileira sendo a principal cultura de subsistência do planalto angolano.

    Todos os indicadores da fileira dos cereais e respectivas culturas encontram-se detalhados em tabela descritiva no Anexo II – Indicadores da Fileira do Cereais na página nº 71 deste documento.

    Relativamente à fileira dos cereais, as EAF não colheram 66% da área semeada, enquanto as EAE apre-sentam um valor de 15%.

    FIGUR A Nº 19 - ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DOS CEREAIS

    FIGUR A Nº 20 - ÁREA COLHIDA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DOS CEREAIS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 24

    Observando a figura 21 e a figura 22, podemos afirmar que as províncias onde se registou uma maior quantidade de área não colhida foram o Huambo e o Kuanza Sul, relativamente às maiores diferenças percentuais entre a área semeada e área colhida destacam-se o Huambo, Bié, Kuanza Sul, Benguela e Namibe.

    FIGUR A Nº 21 - MAPA REPRESENTATIVO DO TOTAL DE ÁREA NãO COLHIDA (HECTARES), POR PROVÍNCIA

    FiLeira de cereaiS > totaL de Área não coLHida

    FIGUR A Nº 22 - MAPA REPRESENTATIVO DA TAxA DE ÁREA NãO COLHIDA (%), POR PROVÍNCIA

    FiLeira de cereaiS > totaL de Área não coLHida reLatiVamente à àrea não Semeada

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201225

    A partir da observação da figura 23 e figura 24, facilmente visualizamos que a maioria da produção da fileira está localizada nas províncias do Huambo, Huíla, Kuanza Sul e Bié , sendo o milho o maior contribuinte para a produção desta fileira.

    5.2.1 – CULTURAS DA fiLEiRA DOS CEREAiS

    O milho é a principal cultura da fileira dos cereais sendo uma das principais bases da alimentação da população. Desta forma a área semeada das EAF é 10 vezes maior do que a área das EAE. Devido à falta de pluviosidade só foram colhidos 25% dos 1.739.731 ha semeados no sector familiar. O sector empresarial é mais forte no Huambo, Huíla e Bié e mostrou maior capacidade de resistir à estiagem conseguindo colher 74% dos 182.860 ha semeados.

    FIGUR A Nº 23 - PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DOS CEREAIS

    FIGUR A Nº 24 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DOS CEREAIS, POR PROVÍNCIA

    FiLeira de cereaiS > ProdUção nacionaL

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 26

    A produção nacional de milho cingiu-se a 465.441 ton. As EAF produziram 335.067 ton o que repre-senta apenas 65% da produção nacional, este facto deveu-se à elevada quantidade de terrenos não colhidos e a menor produtividade por hectare. As EAF apresentam uma produtividade de 683 kg/ha enquanto as EAE apresentam 1.041 kg/ha.

    Visualizando a figura 26 e figura 27, contemplamos que a produção de milho está localizada nas províncias do Huambo, Kuanza Sul, Bié e Huíla. Foram registadas as maiores produtividades no Huam-bo, Bié e Malange.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de milho diminui 64%.

    FIGUR A Nº 25 - PRODuçãO DE MILHO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 26 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DE MILHO POR PROVÍNCIA DE ANGOLA

    ProdUção nacionaL de miLHo

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201227

    A estiagem limitou fortemente a produtividade da cultura do milho relativamente ao ano agrícola an-terior, na figura 28 observamos que a produtividade diminuiu em todas as províncias com a excepção do Kuando Kubango, Huambo e Bié, onde a produtividade subiu ligeiramente.

    FIGUR A Nº 27 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuTIVIDADE (KG/HA) TOTAL (EAF&EAE) DE MILHO, POR PROVÍNCIA

    ProdUtiVidade da cULtUra de miLHo2011|2012

    FIGUR A Nº 28 - TAxA DE VARIAçãO (%) DA PRODuTIVIDADE DO MILHO ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

    taXa de Variação da ProdUtiVidade do miLHo2010|2011 - 2011|2012

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 28

    O massango é uma cultura regional associada as províncias do sul de Angola, e está intimamente re-lacionada com sistemas produtivos de subsistência estando desta forma ligado ao sector familiar, cuja área semeada é 20 vezes superior as da EAE. A sua robustez permitiu que, apesar da estiagem sentida, a maioria dos terrenos semeados fossem, no final do ciclo, colhidos. Assim, dos 217.667 ha semeados pelas EAF foram colhidos 83% da área semeada, e no sector empresarial dos 11.139 ha semeados foram colhidos cerca de 98% da área semeada.

    A produção nacional de massango resumiu-se a 18.379 ton, das quais 86% são imputadas às EAF. As EAF apresentam uma produtividade de 87 kg/ha e as EAE apresentam 234 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de massango diminui 70%.

    Tal como o massango, a massambala é uma cultura regional associada à região sul de Angola, a área cultivada pelas EAF é 70 vezes superior à semeada pelas EAE. A massambala registou um comporta-mento de resistência à estiagem inferior ao massango, foram colhidos 61% dos 224.493 ha semeados pelas EAF. No que diz respeito ao sector empresarial foram colhidos 93% dos 3.682 ha semeados.

    Registou-se uma produção nacional de massambala de 11.491 ton das quais 89% são imputadas às EAF. As EAF apresentam uma produtividade de 92 kg/ha e as EAE 338 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de massambala diminui 81%.

    FIGUR A Nº 30 - PRODuçãO DE MASSAMBALA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 29 - PRODuçãO DE MASSANGO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201229

    A cultura do arroz é praticada em algumas zonas agrícolas de Angola, destacam-se as províncias do uíge, Bié e Moxico. A área semeada pelas EAF é quase o dobro da área das EAE. Devido ao sistema de produção do arroz em zonas húmidas e alagadiças, a taxa de área não colhida é reduzido, nas EAF foram colhidos 100% dos 18.688 ha semeados, enquanto nas EAE foram colhidos 91% dos 10.161 ha semeados.

    A produção nacional de arroz cifrou-se em 21.492 ton, das quais 66% são imputadas às EAF. As EAF apresentam uma produtividade 762 kg/ha e as EAE apresentam 788 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de arroz diminui 7%.

    5.3. FIlEIrA DAS rAÍzES E tubérCuloS

    A fileira das raízes e tubérculos é composta pela cultura da mandioca, batata rena e batata-doce. A mandioca é a principal cultura desta fileira e a principal cultura de subsistência da região norte e inte-rior do país.

    Todos os indicadores da fileira das Raízes/Tubérculos e respectivas culturas encontram-se detalhados em tabela descritiva no Anexo III – Indicadores da Fileira das Raízes e Tubérculos na página nº 79 deste documento.

    Relativamente a esta fileira as EAF não colheram 10% da área semeada, enquanto as EAE não colheram 4%.

    FIGUR A Nº 31 - PRODuçãO DE ARROZ DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 30

    A produção desta fileira encontra-se espalhada por todo o território nacional, observando a figura 35 identifica-se que as províncias do uíge, Malanje e Moxico como as principais produtoras.

    FIGUR A Nº 32 - ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS

    FIGUR A Nº 34 - PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS

    FIGUR A Nº 33 - ÁREA COLHIDA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201231

    5.3.1 – CULTURAS DA fiLEiRA DAS RAÍzES E TUbéRCULOS

    A mandioca é a principal cultura da fileira das raízes e tubérculos, a área semeada pelas EAF é mais de 15 vezes superior a área das EAE. O sector empresarial dedica-se pouco a esta cultura sendo mais forte em Malanje.

    Registou-se uma produção nacional de 10.636.400 ton das quais 93% foram produzidas pelas EAF. As EAF apresentam uma produtividade de 9.865 kg/ha, enquanto que as EAE registaram uma uma pro-dutividade de 12.270 kg/ha.

    FIGUR A Nº 36 - PRODuçãO DE MANDIOCA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 35 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS, POR PROVÍNCIA

    FiLeira daS raÍzeS e tUbércULoS > ProdUção nacionaL

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 32

    Como podemos observar na figura 37 a produção de mandioca é mais forte nas províncias do uíge, Malanje, Moxico, Cabinda. Foram registadas as maiores produtividades em Cabinda e Zaire (ver figura 38).

    FIGUR A Nº 37 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DE MANDIOCA, POR PROVÍNCIA

    ProdUção nacionaL de mandioca

    FIGUR A Nº38 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuTIVIDADE (KG/HA) TOTAL (EAF&EAE) DE MANDIOCA, POR PROVÍNCIA

    ProdUtiVidade da cULtUra da mandioca2010|2011 - 2011|2012

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201233

    Como podemos observar na figura 39, a estiagem que se fez sentir durante este ano agrícola in-fluenciou negativamente a produtividade da cultura relativamente ao ano agrícola anterior, ou seja a produtividade diminuiu em todas as províncias.

    A batata rena é uma cultivar espalhada por todo o território nacional, as EAF têm maior importância no Huambo, Benguela, Kuanza Sul e uíge e as EAE estão mais presentes na Huíla, Bié e Malanje. As EAF são responsáveis por uma área 2 vezes superior às EAE. Relativamente à área não colhida, apenas o sector familiar sofreu efeitos da seca, colhendo 84% dos 71.015 ha plantados.

    Durante o ano agrícola foram produzidas 654.159 ton das quais 53% são imputadas as EAE. As EAF apresentam uma produtividade de 5214 kg/ha e as EAE apresentam 9878 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de batata rena diminui 22%.

    FIGUR A Nº39 - TAxA DE VARIAçãO (%) DA PRODuTIVIDADE MANDIOCA ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

    taXa de Variação da ProdUtiVidade da mandioca2010|2011 - 2011|2012

    FIGUR A Nº 40 - PRODuçãO DE BATATA RENA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 34

    A batata-doce é uma cultura disseminada por todo o território nacional, as EAF são responsáveis pela exploração de uma área 15 vezes superior às EAE. Dos 150.292 ha plantados pelas EAF foram colhidos apenas 74%, já as EAE colheram a globalidade dos 10.137 ha plantados.

    Foram produzidas 680.854 ton de batata-doce, das quais 85% são imputadas as EAF. As EAF apresenta-ram uma produtividade de 4911 kg/ha e as EAE apresentaram 9525 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de batata-doce diminui 38%.

    5.4. FIlEIrA DAS lEguMINoSAS E olEAgINoSAS

    A fileira das leguminosas e oleaginosas é composta pelas culturas do feijão, amendoim e soja.

    Todos os indicadores da fileira das Leguminosas/Oleaginosas e respectivas culturas encontram-se de-talhados em tabela descritiva no Anexo IV – Indicadores da Fileira das Leguminosas e Oleaginosas na página nº 86 deste documento.

    O feijão e o amendoim são as principais culturas desta fileira. Dos 1.148.923 ha semeados pelas EAF foram colhidos 66%, enquanto as EAE colheram 97% dos 103.567 ha semeados.

    FIGUR A Nº 41 - PRODuçãO DE BATATA-DOCE DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 42 - ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201235

    A produção desta fileira encontra-se disseminada por todo o território nacional, contudo destacam-se as províncias do uíge, Kuanza Sul, Cabinda, Benguela, Huambo e Bié.

    FIGUR A Nº 43 - ÁREA COLHIDA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS

    FIGUR A Nº 44 - PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS

    FIGUR A Nº 45 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS,POR PROVÍNCIA

    FiLeira daS LegUminoSaS e oLeaginoSaS > ProdUção nacionaL

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 36

    FIGUR A Nº 47 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DE FEIJãO, POR PROVÍNCIA

    5.4.1. CULTURAS DA fiLEiRA DAS LEGUMiNOSAS E OLEAGiNOSAS

    O feijão é a cultura mais importante desta fileira e a área semeada pelas EAF é 10 vezes superior à área semeada pelas EAE. Foram colhidos 62% dos 783.615 ha semeados pelas EAF, enquanto as EAE colhe-ram 94% dos 68.657 ha semeados.

    Registou-se uma produção nacional de 852.272 ton das quais 70% foram produzidas pelas EAF. As EAF apresentam uma produtividade muito inferior às EAE, enquanto para as EAF a produtividade registada foi de 86 kg/ha, para EAE a produtividade foi de 443 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de feijão diminui 68%.

    A produção de feijão é mais forte nas províncias de Benguela, Bié, Kuanza Sul, Huambo e uíge (ver figura 47). As maiores produtividades foram registadas em Cabinda, Zaire, Luanda Norte e Lunda Sul (ver figura 48).

    FIGUR A Nº 46 - PRODuçãO DE FEIJãO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    ProdUção nacionaL de FeiJão

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201237

    FIGUR A Nº48 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuTIVIDADE (KG/HA) TOTAL (EAF&EAE) DE FEIJãO, POR PROVÍNCIA

    Ocorreu uma forte variação negativa da produtividade desta cultura relativamente ao ano agrícola an-terior, essa queda ocorreu em todas as províncias, atingindo na maioria das províncias valores relativos superiores a 50% (ver figura 49).

    O feijão foi das culturas mais afectada pela estiagem ocorrida em especial no sector familiar, a estiagem não permitiu a colheita de alguns campos agrícolas e provocou uma forte diminuição da produtivida-de da cultura.

    ProdUtiVidade da cULtUra do FeiJão2010|2011 - 2011|2012

    FIGUR A Nº49 - TAxA DE VARIAçãO (%) DA PRODuTIVIDADE DO FEIJãO ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

    taXa de Variação da ProdUtiVidade do FeiJão2010|2011 - 2011|2012

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 38

    O amendoim é uma das principais culturas da agricultura nacional, esta encontra-se fortemente ligada ao sistema produtivo do sector familiar, assim as EAF apresentam uma área semeada quase 40 vezes superior às EAE. Destacam-se as províncias do uíge, Cabinda, Kaunza sul e Malanje como as principais produtoras desta cultura. As EAF colheram 67% dos 333.897 ha semeados e as EAE colheram 96% dos 8.927 ha semeados.

    Durante este ano agrícola foram produzidas 66.616 ton das quais 92% são imputadas às EAF. As quais registaram uma produtividade de 274 kg/ha e as EAE registaram 637 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de amendoim diminui 59%.

    A soja é uma cultura que concentra a sua produção em algumas zonas de Angola, destacam-se as pro-víncia do Huambo, do uíge, do Bié e Benguela como principais produtores. A área que o sector familiar dedica a esta cultura revela-se o quíntuplo da área utilizada pelas EAE.

    Dos 31.412 ha semeados pelas EAF 96% foram colhidos. No que diz respeito ao sector empresarial verificou-se que a área colhida foi cerca 98% dos 5.779 ha semeados.

    Durante esta campanha agrícola foram produzidas 5.898 ton de soja, das quais 47% são imputadas às EAF.

    As EAF registaram uma produtividade de 550 kg/ha e as EAE registaram 92 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de soja diminuiu 24%.

    FIGUR A Nº 50 - PRODuçãO DE AMENDOIM DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 51 - PRODuçãO DE SOJA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201239

    5.5. FIlEIrA DAS FrutEIrAS

    Esta fileira é composta pelas culturas da Bananeira, citrinos, mangueira, ananás e abacateiro.

    Todos os indicadores da fileira das Fruteiras e respectivas culturas encontram-se detalhados em tabela descritiva no Anexo V – Indicadores da Fileira das Fruteiras na página nº 93 deste documento.

    A banana é a principal espécie desta fileira, as EAF colheram 93% dos 166.605 ha em exploração e as EAE 96% dos 45.897 ha.

    Destacam-se as províncias de Benguela, Kuanza Sul, uíge e Cabinda como os principais produtores de frutos (ver figura 55).

    FIGUR A Nº 52 - ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

    FIGUR A Nº 53 - ÁREA COLHIDA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 40

    5.5.1. CULTURAS DA fiLEiRA DAS fRUTEiRAS

    A bananeira é a principal cultura desta fileira, onde as EAF apresentam uma área de exploração 3 vezes superior às EAE. Destacam-se as províncias de Benguela e Kuanza Sul como as principais produtoras deste fruto, as EAF colheram 89% dos 97.220 ha em exploração, enquanto as EAE colheram 94% dos 31.172 ha.

    Durante este ano agrícola foram produzidas 2.991.454 ton das quais 70% são imputadas às EAF.

    As EAF apresentaram uma produtividade de 24.136 kg/ha e as EAE apresentaram 30.880 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de banana aumentou 7%.

    FIGUR A Nº 54 - PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

    FIGUR A Nº 55 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS, POR PROVÍNCIA

    FiLeira doS FrUteiraS > ProdUção nacionaL

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201241

    Os citrinos, compostos pelas culturas das laranjas, limões e tangerinas, encontram-se espalhados por todo o território nacional, contudo destaca-se a sua produção nas províncias da Huíla.

    Durante este ano agrícola, foram produzidas 199.988 ton de citrinos, das quais 75% são imputadas às EAF.

    As EAF registaram uma produtividade de 6.388 kg/ha e as EAE registaram 11.872 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de citrinos diminuiu 25%.

    A cultura da Manga encontra-se disseminada por todo o território nacional, contudo destacam-se as províncias do Huambo, Kuanza Sul e Benguela como as principais zonas de produção. A área explorada pelas EAF é 3 vezes superior à área explorada pelas EAE.

    Foi registada uma produção de 112.515 ton de manga durante este ano agrícola, dessa produção 67% é imputada às EAF. AS EAF apresentaram uma produtividade de 6.238 kg/ha e as EAE uma produtividade de 12.473 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de manga aumentou 18%.

    FIGUR A Nº 56 - PRODuçãO DE BANANA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 57 - PRODuçãO DE CITRINOS DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 42

    A cultura do ananás encontra-se espalhada por todo o território nacional exceptuando o Kunene e o Kuando Kubango, destacam-se Kuanza Sul, Benguela e Bié como os maiores produtores desta cultura, a área explorada pelas EAF é 4 vezes superior à explorada pelas EAE.

    Foram produzidas 280.906 ton de ananás das quais 64% são imputadas às EAF.

    AS EAF registaram uma produtividade de 6.239 kg/ha e as EAE registaram 14.084 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de ananás diminuiu 14%.

    FIGUR A Nº 58 - PRODuçãO DE MANGA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 59 - PRODuçãO DE ANANÁS DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    A cultura do abacate encontra-se concentrada nas províncias do Huambo, Kuanza Sul, Lunda Norte e Malanje e é uma cultura típica do sector familiar, a área em exploração pelas EAF é 18 vezes superior a área das EAE.

    Foram produzidas 27.964 ton de abacate, das quais 90% são imputadas às EAF. As EAF apresentaram uma produtividade de 5.257 kg/ha e as EAE apresentaram 10.769 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de abacate diminuiu 42%.

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201243

    fILEIRA DAS HORTíCOLAS

    5.6. FIlEIrA DAS hortÍColAS

    A fileira das hortícolas é composta pelas culturas do alho, cebola, tomate, repolho, cenoura e pimento. Nesta fileira foi criada um grupo denominado de “outras hortícolas” que agrega as culturas hortícolas não discriminadas individualmente.

    Todos os indicadores da fileira das hortícolas e respectivas culturas encontram-se detalhados em ta-bela descritiva no Anexo VI – Indicadores da Fileira das Hortícolas na página nº 103 deste documento.

    O tomate, o repolho e a cebola são as principais culturas desta fileira, onde as EAE exploram o dobro da área das EAF, e são responsáveis por 81% da produção nacional de hortícolas.

    FIGUR A Nº 60 - PRODuçãO DE ABACATE DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    FIGUR A Nº 61 - ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS HORTÍCOLAS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 44

    fILEIRA DAS HORTíCOLAS

    FIGUR A Nº 62 - ÁREA COLHIDA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS HORTÍCOLAS

    Destacam-se as províncias de Benguela, Kuanza Sul, Huíla e Huambo como as principais produtoras de hortícolas (ver figura 64).

    FIGUR A Nº 63 - PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

    FIGUR A Nº 64 - MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS, POR PROVÍNCIA

    FiLeira daS HortÍcoLaS > ProdUção nacionaL

    fILEIRA DAS HORTíCOLAS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201245

    5.6.1. CULTURAS DA fiLEiRA DAS HORTÍCOLAS

    O alho é a cultura hortícola nacional com maior vínculo ao sector familiar, a área explorada pelas EAF é 6 vezes superior à área explorada pelas EAE.

    Como principais produtoras desta cultura destacam-se as províncias da Huíla, Huambo, Benguela e Kuanza Sul. Durante este ano agrícola foram produzidas 6.689 ton de alho, das quais 71% são imputa-das às EAF.

    As EAF apresentaram uma produtividade de 2.998 kg/ha e as EAE apresentaram 7.526 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de alho diminuiu 25%.

    FIGUR A Nº 65 - PRODuçãO DE ALHO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    A cebola é uma cultura de grande importância dentro da fileira, as províncias do Huambo, Huíla, Ben-guela e Kuanza Sul destacam-se como as principais produtoras, a área explorada pelas EAE é 3 vezes superior à explorada pelas EAF.

    Durante este ano agrícola foram produzidas 939.013 ton de cebola, das quais 83% são imputadas às EAE. As EAF apresentam uma produtividade de 10.457 kg/ha e as EAE apresentam 14.967 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de cebola diminuiu 11%.

    FIGUR A Nº 66 - PRODuçãO DE CEBOLA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 46

    O tomate é a principal cultura da fileira das hortícolas, destacam-se como principais produtores, as províncias do Kuanza Sul, Benguela, Huíla, Huambo e Bié, a área semeada pelas EAE é 3 vezes superior à área explorada pelas EAF.

    Nesta campanha agrícola foram produzidas 1.801.211 ton de tomate, das quais 83% são imputadas as EAE. As EAF registaram uma produtividade de 12.548 kg/ha e as EAE registaram 18.603 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de tomate aumentou 2%.

    FIGUR A Nº 67 - PRODuçãO DE TOMATE DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    O repolho é outra cultura de grande importância na fileira das hortícolas. Destacam-se as províncias da Huíla, Kuanza Sul, Benguela e Huambo como as principais produtoras, sendo que a área semeada pelas EAE duas vezes superior à área semeada pelas EAF.

    Durante este ano agrícola foram produzidas 1.050.821 ton de repolho, das quais 78% são imputadas às EAE. As EAF apresentam uma produtividade de 9.502 kg/ha e as EAE registam 14.246 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de repolho diminuiu 12%.

    FIGUR A Nº 68 - PRODuçãO DE REPOLHO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201247

    A cenoura é a cultura desta fileira que mais depende do sector empresarial, destacam-se as províncias do Huambo e Huíla como as principais produtoras desta cultura, a área semeada pelas EAE é 5 vezes superior à área semeada pelas EAF.

    Na campanha agrícola foram produzidas 346.224 ton, das quais 88% são imputadas às EAE. As EAF apresentaram uma produtividade de 10.278 kg/ha e as EAE apresentaram 16.246 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de cenoura diminuiu 7%.

    FIGUR A Nº 69 - PRODuçãO DE CENOuRA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

    Destacam-se as províncias da Huíla, Kuanza Sul, Huambo e Benguela como os principais produtores da cultura do pimento. A área semeada pelas EAE é 3 vezes superior à área explorada pelas EAF.

    Nesta campanha agrícola foram produzidas 206.137 ton de pimento, das quais 87% foram produzidas pelas EAE. As EAF registaram uma produtividade de 2.795 kg/ha enquanto as EAE registaram 5.622 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de pimento diminuiu 8%.

    FIGUR A Nº 70 - PRODuçãO DE PIMENTO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 48

    Devido à grande variedade de culturas que a fileira das hortícolas apresenta, neste relatório é apresen-tada a classe “outras hortícolas”, representando esta classe, entre outros, os valores de agregados das culturas do pepino, couve, beringela, abóbora.

    Destacam-se as províncias do Huambo, Huíla, Kuanza Sul e Benguela como os principais produtores desta classe.

    Durante esta campanha agrícola foram produzidas 595.803 ton dentro desta classe cujo 70% da pro-dução é imputada às EAE. As EAF apresentam uma produtividade de 5.899 kg/ha e as EAE registam 7.324 kg/ha.

    Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de “outras hortícolas” diminuiu 1%.

    PRODUÇãO DE OUTRAS hORTÍCOLAS

    FIGUR A Nº 71 - PRODuçãO DE “OuTRAS HORTÍCOLAS” DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201249

    6. AprESENtAção DoS rESultADoS Do SECtor pECuárIo

    A produção animal de uma forma geral, é uma actividade socioeconómica de extrema importância para a segurança alimentar e nutricional, promoção do emprego, redução da pobreza, integridade e prosperidade de um país.

    O sector empresarial apresenta nos últimos anos um crescimento notável, com a instalação e/ou re-activação paulatina de fazendas, de forma individual ou colectiva, a criação, num passado recente, de Pólos de Desenvolvimento (Waku Kungo, Matala, Planalto de Camabatela, Capanda, etc.), investimen-tos para a produção e a indústria animal. O mesmo beneficia na sua maioria de assistência técnica público-privada.

    Neste capítulo são apresentados os resultados do subsector pecuário para o ano 2011-2012. Vale salien-tar que a exploração de suínos, a exploração avícola e a exploração de caprinos assumem especial im-portância, uma vez que no que toca à produção de carne a nível nacional são estas as fileiras primárias da exploração pecuária que mais contribuem para a segurança alimentar. A produção de carne suína assume 35% da produção total de carne, a produção avícola apresenta um valor de 23%, e a produção de carne de cabrito ronda os 25%. Os indicadores da exploração pecuária encontram-se detalhados em tabela descritiva no Anexo VII – Indicadores da Pecuária na página nº 116 deste documento.

    6.1 EFECtIvoS bovINoS

    Estima-se que o efectivo bovino a nível nacional (provindo das explorações agrícolas familiares e em-presariais) ronde as 4.586.570 de cabeças.

    FIGUR A Nº 72 - MAPA REPRESENTATIVO DA DISTRIBuIçãO DO N.º DE CABEçAS DE GADO BOVINO POR PROVÍNCIA

    diStribUição do eFectiVo boVino

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 50

    Como se pode observar pela Figura abaixo, as províncias do Sul de Angola são aquelas onde se podem encontrar um maior número de bovinos, o que está de acordo com as especificações das zonas agro--ecológicas de Angola. Destacam-se as províncias da Huíla e Cunene que juntamente detêm 69% do efectivo bovino.

    A percentagem de animais abatidos em relação à produção Nacional é muito reduzida, estimando-se em apenas 8%, isto é, apenas cerca de 20.678 animais. Aproximadamente um quarto do abate bovino a nível Nacional realiza-se em Luanda (25%), seguindo-se as províncias da Huíla e do Namibe (sensivel-mente 15% para ambas as províncias).

    No que diz respeito ao peso limpo por carcaça, a média Nacional observada foi de 159,2 kg/cabeça. Verifica-se, ainda, uma diminuição deste valor quando se efectuam as médias por região, nomeada-mente Norte (163,2 kg/cabeça), Centro (158,3 kg/cabeça) e Sul (155,4 kg/cabeça).

    FIGUR A Nº 73 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DO N.º DE CABEçAS DE GADO BOVINO ABATIDO

    FIGUR A Nº 74 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DA QuANTIDADE DE CARNE BOVINA PRODuZIDA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201251

    6.2 EFECtIvoS CAprINoS

    A nível nacional o número total de caprinos é estimado em 3.948.595 cabeças. Ao efectuar-se a dis-tribuição de animais por província constata-se que é na província da Huíla que se encontra o maior número de animais, 694.071 cabeças correspondendo a 18% do efectivo nacional.

    No que diz respeito ao número de caprinos abatidos verifica-se uma correspondência com efectivos, sendo as províncias da Huíla e benguela aquelas que mais contribuem para a produção de carne suína no país. Contudo, a percentagem de animais abatidos em relação aos efectivos existentes é reduzida, sendo na ordem dos 10%.

    FIGUR A Nº 81 - MAPA REPRESENTATIVO DA DISTRIBuIçãO DO N.º DE CABEçAS DE GADO CAPRINO POR PROVÍNCIA

    diStribUição do eFectiVo caPrino

    CApRINOS

    GADO CAPRINO (AbAtIDo)

    FIGUR A Nº 82 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DO N.º DE CABEçAS DE GADO CAPRINO ABATIDO

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 52

    O peso médio limpo observado ronda os 36,7 kg/cabeça, contribuindo para que a produção efectiva de carne caprina a nível nacional se encontre na ordem de 14.286 toneladas. A distribuição da produ-ção por província encontra-se no gráfico seguinte.

    A produção de gado caprino correspondendo a cerca de 35% do total de carne produzida no país, pelo que se revela fundamental a sua exploração em Angola.

    6.3 EFECtIvoS ovINoS

    Dentro dos pequenos ruminantes o gado ovino não é tão expressivo como o gado caprino. Contudo, estima-se que a nível Nacional existam cerca de 1.009.756 cabeças de gado ovino, sendo as provín-

    FIGUR A Nº 78 - MAPA REPRESENTATIVO DA DISTRIBuIçãO DO N.º DE CABEçAS DE GADO OVINO POR PROVÍNCIA

    diStribUição do eFectiVo oVinoS

    GADO CAPRINO (proDução DE CArNE)

    FIGUR A Nº 83 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DA QuANTIDADE DE CARNE DE CAPRINOS PRODuZIDA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201253

    O peso médio limpo observado ronda os 19,4 kg/cabeça, contribuindo para que a produção efectiva de carne ovina a nível nacional se encontre na ordem de 3.575 toneladas. A distribuição da produção por província encontra-se no gráfico que a seguir se apresenta. Da sua leitura pode inferir-se que são as províncias da Huíla, Benguela e Kuanza Sul que mais contribuem para a produção de carne ovina a nível nacional (53%).

    cias da Huíla, Namibe, Benguela, Kuanza Sul e Malange aquelas que mais contribuem para o efectivo nacional (cerca de 60% do efectivo).

    No que diz respeito ao número de ovinos abatidos verifica-se uma tendência semelhante aos efectivos, sendo as províncias da Huila, Namibe, Benguela e Kuanza Sul aquelas que mais contribuem para a pro-dução de carne ovina no país. Contudo, a percentagem de animais abatidos em relação aos efectivos existentes é reduzida, sendo na ordem dos 18%.

    FIGUR A Nº 79 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DO N.º DE CABEçAS DE GADO OVINO ABATIDO

    FIGUR A Nº 80 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DA QuANTIDADE DE CARNE DE OVINA PRODuZIDA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 54

    6.4 EFECtIvoS SuÍNoS

    O número total de cabeças de gado suíno apurado para Angola é de 2.135.979 animais. Sendo as pro-víncias do Sul e Centro aquelas que apresentam um maior número de efectivos, isto é cerca de 42% e 39% dos animais a nível Nacional. Como se poderá observar na figura a baixo é a província da Huíla que tem um maior efectivo.

    Também no que respeita ao número de animais abatidos se verifica que são nas províncias do Centro onde ocorrem uma maior quantidade de abates, rondando os 42% do n.º total a nível Nacional. Por outro lado, verifica-se que este indicador é também importante na província da Huíla, que é a provín-cia onde se verifica um maior número de abates o que está de acordo com o indicador do efectivo caprino.

    SUíNOS

    FIGUR A Nº 75 - MAPA REPRESENTATIVO DA DISTRIBuIçãO DO N.º DE CABEçAS DE GADO SuÍNO POR PROVÍNCIA

    diStribUição do eFectiVo SUÍno

    GADO SUÍNO (AbAtIDo)

    FIGUR A Nº 76 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DO N.º DE CABEçAS DE GADO SuÍNO ABATIDO

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201255

    6.4 EFECtIvoS AvÍColAS

    No que toca a produção de aves, estima-se que o número total de bicos a nível nacional seja de 19.977.427. O predomínio da sua criação é na província de Luanda, seguindo-se das províncias do Cune-ne, do Huambo e do Bié. A contribuição dos efectivos localizados em Luanda ronda os 31% dos efecti-vos nacionais, sendo a contribuição das quatro províncias referidas de 84%.

    Quanto ao número de animais abatidos verifica-se a mesma tendência observada quanto aos efec-tivos. A quantidade de aves abatidas ronda os 7.789.195 animais, o que se traduz em valor percentual relativo aos efectivos de 39%.

    FIGUR A Nº 84 - MAPA REPRESENTATIVO DA DISTRIBuIçãO DO N.º DE AVES POR PROVÍNCIA

    diStribUição do eFectiVo gaLÍnaceoS

    Quanto ao valor do peso limpo médio da carcaça é estimado em cerca de 20 kg/carcaça, o que revela uma produção total Nacional de carne de caprinos de 10.177 toneladas. A distribuição por província no que toca a produção de carne encontra-se na Figura abaixo e segue a tendência da distribuição do número de cabeças de gado suíno abatido.

    GADO SUÍNO (proDução DE CArNE)

    FIGUR A Nº 77 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DA QuANTIDADE DE CARNE DE SuÍNOS PRODuZIDA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 56

    Já no que se refere à produção de carne para consumo, a exploração avícola representa cerca de 22% do total de carne produzida a nível nacional, daí a sua importância ao nível segurança alimentar do país. O valor apurado para esta variável a nível nacional é de 9.593 toneladas.

    A distribuição da produção de carne por província afigura-se na imagem que se segue.

    Também esta variável segue a tendência quer da produção de aves, quer do número de animais aba-tidos para consumo, verificando-se que são as províncias de Luanda, Cunene, Huambo e Bié aquelas cujas quantidades produzidas são maiores.

    FIGUR A Nº 85 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DA QuANTIDADE DE AVES ABATIDAS

    FIGUR A Nº 86 - DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DA QuANTIDADE DE CARNE DE AVÍCOLA PRODuZIDA

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201257

    7. vAlorES DA proDução DoS SubSECtorES quE INtEgrAM o SECtor DA AgrICulturA

    Neste capítulo são apresentados os indicadores referentes ao contributo monetário dos sectores pro-dutivos dependentes do MINAGRI, estes indicadores são estimados com base nos indicadores de pro-dução e de preço no produtor.

    Neste documento apenas serão apresentados os resultados referentes ao sector agrícola e pecuário devido à inexistência de dados adequados para estimar os resultados relativos ao sector pesqueiro, madeireiro e cafeícola.

    Na campanha 2011/2012, a riqueza produzida por estes 2 sectores foi de 1.065.295.605.056,68 AKZ, sendo a contribuição da exploração agrícola de 1.030.855.189.239,09 AKZ (correspondendo a 97% do valor da produção) e a contribuição da exploração pecuária de 34.440.415.817,59 AKZ (3% do valor da produção total). Contudo, é de notar que o valor da fileira das carnes reporta apenas ao 1.º semestre do presente ano.

    Quanto às fileiras primárias do sector agrícola é de referir as grandes variações existentes. Nomeada-mente, as fileiras dos cereais e das leguminosas/oleaginosas cujas contribuições em valor monetário variaram negativamente na ordem dos -37% e -50%, e as fileiras das frutícolas e das hortícolas que apresentaram uma taxa de crescimento de 38% e 50%, respectivamente.

    Importa referir que no ano ao qual se reporta este estudo todos os preços dos produtos aumentaram comparativamente ao ano transacto, pelo que se infere que a diminuição da produção é a responsável pelas taxas de crescimento negativo apresentadas por algumas das fileiras primárias.

    Seguidamente, apresenta-se a repartição dos valores da produção por culturas e fileiras segundo os volumes das produções e preços de referência nacional à porta do produtor.

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 58

    REPARTIÇ ãO DOS vALORES DA PRODUÇ ãO POR CULTUR A E FILEIR A SEGUNDO O vOLUME DA PRODUÇ ãO E PREÇOS DE REFERêNCIA NACIONAL à PORTA DO PRODUTOR

    TABEL A Nº 4

    C U LT U R APRODUÇãO (TONELADAS) PREÇOS DE REFERêNCIA NACIONAL AO PRODUTOR (Kz/KG) vALOR DA PRODUÇãO (Kz)

    2010/2011 2011/2012 2010/2011 2011/2012 vAR I AÇ ãO % vAR I AÇ ãO ABS O LU TA 2010/2011 2011/2012vAR I AÇ ãO

    %vAR I AÇ ãO ABS O LU TA

    FILE IR A D O S C E R E AIS 1 408 826 505 706 36,73 64,57 75,78 27,84 51 751 332 930,00 32 657 177 213,05 -36,9 -19 094 155 716,95

    M I L H O 1 262 222 454 343 37,42 66,25 77,04 28,83 47 232 347 24 0,00 30 100 228 553,16 -36,3 -17 132 118 686,84

    M A SS A M g O 61 226 18 379 27,30 35,76 31,00 8,4 6 1 671 4 69 800,00 657 305 738,02 - 60,7 -1 014 16 4 061,98

    M A SS A M b A L A 62 169 11 491 30,31 38,80 28,00 8,49 1 884 342 390,00 4 45 810 6 42,61 -76,3 -1 438 531 747,39

    A R R OZ 23 209 21 492 41,50 67,65 63,00 26,15 963 173 500,00 1 453 832 279,25 50,9 490 658 779,25

    FILE IR A DA S R AI z E S E T UBéRC ULO S 16 219 865 11 935 414 29,49 41,65 41,25 12,16 478 288 195 040,00 497 123 648 658,69 3,9 18 835 453 618,69

    M A N D I O C A 14 333 509 10 636 4 00 28,96 39,96 38,00 11,00 415 098 420 6 4 0,00 425 081 591 4 00,52 2,4 9 983 170 760,52

    b ATATA R E N A 841 252 654 160 43,00 65,79 53,00 22,79 36 173 836 000,00 43 037 161 724,69 19,0 6 863 325 724,69

    b ATATA D O C E 1 045 104 6 4 4 854 25,85 4 4,98 74,00 19,13 27 015 938 4 00,00 29 004 895 533,49 7,4 1 988 957 133,49

    FILE IR A DA S LEG UM IN O S A SE O LE AG IN O S A S 472 380 171 533 127,97 176,03 37,55 48,06 60 452 085 200,00 30 195 156 721,52 -50,1 -30 256 928 478,48

    f E I J õ E S 303 521 96 217 147,4 8 219,75 49,00 72,27 4 4 763 277 080,00 21 143 153 519,11 -52,8 -23 620 123 560,89

    A M E N D O I M 161 116 66 616 92,57 120,34 30,00 27,77 14 914 508 120,00 8 016 650 436,78 -4 6,2 - 6 897 857 683,23

    S OJA 7 743 8 700 100,00 119,00 19,00 19,00 774 300 000,00 1 035 352 765,63 33,7 261 052 765,63

    FILE IR A S DA S FRU TA S 3 382 993 3 612 827 35,98 48,49 34,77 12,51 124 310 751 960,00 175 203 633 100,61 40,9 50 892 881 140,61

    b A N A N A 2 6 4 6 073 2 991 454 19,4 4 28,77 4 8,00 9,33 51 439 659 120,00 86 067 725 206,43 67,3 34 628 066 086,43

    C I T R I N O S 266 938 199 988 109,00 175,49 61,00 66,49 29 096 242 000,00 35 095 857 372,41 20,6 5 999 615 372,41

    M A N gU E I R A 95 097 112 515 129,10 209,14 62,00 80,04 12 277 022 700,00 23 531 563 008,83 91,7 11 254 54 0 308,83

    A N A N á S 326 352 280 906 86,56 98,68 14,00 12,12 28 249 029 120,00 27 719 335 503,32 -1,9 -529 693 616,68

    A b AC AT E I R O 4 8 533 27 96 4 66,94 99,74 49,00 32,80 3 24 8 799 020,00 2 789 152 009,63 -14,1 -459 6 47 010,37

    FILE IR A DA S h O R TÍCO L A S 5 189 506 4 945 898 37,77 59,66 57,97 21,89 196 009 236 517,01 295 675 573 545,23 50,8 99 666 337 028,23

    A L H O 8 868 6 689 95,00 159,60 68,00 6 4,60 842 4 60 000,00 1 067 535 149,53 26,7 225 075 149,53

    C E b O L A 1 056 169 939 013 39,00 69,03 77,00 30,03 41 190 577 452,81 6 4 820 067 390,00 57,4 23 629 4 89 937,19

    TO M AT E 1 759 078 1 801 211 23,89 43,96 84,00 20,07 42 024 373 420,00 79 176 904 4 68,75 88,4 37 152 531 04 8,75

    R E p O L H O 1 171 343 1 050 821 50,00 68,50 37,00 18,50 58 567 136 875,75 71 981 238 500,00 22,9 13 414 101 624,25

    C E N O U R A 367 04 8 34 6 224 80,00 124,00 55,00 4 4,00 29 363 84 0 000,00 42 931 828 301,94 4 6,2 13 567 988 301,94

    p I M E N TO 224 198 206 137 4 6,00 66,70 45,00 20,70 10 313 108 54 8,45 13 749 337 900,00 33,3 3 436 229 351,55

    O U T R A S H O R T íCO L A S 602 803 595 803 22,74 36,84 62,00 14,10 13 707 74 0 220,00 21 94 8 661 835,02 60,1 8 24 0 921 615,02

    FILE IR A DA S C AR NE S ** .. 43 917 .. .. .. .. .. 34 4 40 415 817,59 .. ..

    C A R N E D E vAC A .. 3 292 670,00 651,00 -2,84 -19,00 .. 2 143 167 817,59 .. ..

    C A R N E D E p O R CO .. 19 268 520,00 525,00 0,96 5,00 .. 10 115 700 000,00 .. ..

    C A R N E D E C A b R I TO .. 8 189 750,00 907,00 20,93 157,00 .. 7 427 423 000,00 .. ..

    C A R N E D E Ov E L H A .. 3 575 750,00 907,00 20,93 157,00 .. 3 242 525 000,00 .. ..

    fR A N g O S E O U T R A S Av E S .. 9 593 1 250,00 1 200,00 -4,00 -50,00 .. 11 511 600 000,00 .. ..

    ** DADOS DO I SEMESTRE 2012

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201259

    8. quANtIDADE DA oFErtA DE AlIMENtoS DA proDução NACIoNAl 2011/2012 (kg/pEr CApItA/ANo)

    PROvINCIA POPULAÇãO PROjECTADA 2011CEREAIS (Kg/pER CApITA/ ANO)

    MILhO MASSANGO MASSAMBALA ARROz AGREGADO

    N AC I O N AL 17 992 032 25,3 1,0 0,6 1,2 28,1

    N O R TE 9 060 176 7,9 0,0 0,0 1,0 9,0

    C A b I N DA 394 620 6,4 0,0 0,0 0,0 6,4

    Z A I R E 354 627 8,9 0,0 0,0 0,0 8,9

    U I g E 945 196 17,1 0,0 0,0 4,7 21,8

    M A L A N g E 653 618 35,0 0,0 0,0 0,7 35,7

    K UA N Z A N O R T E 330 979 9,3 0,0 0,0 0,0 9,3

    b E N g O 308 333 14,2 0,0 0,2 0,0 14,4

    LUA N DA 5 04 6 323 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1

    LU N DA N O R T E 684 417 8,5 0,0 0,0 3,0 11,5

    LU N DA SU L 342 063 39,6 0,5 0,0 6,8 4 6,9

    C E NTR O 5 864 264 52,0 0,2 0,3 2,1 54,6

    K UA N Z A SU L 1 198 758 67,8 0,0 0,0 0,0 67,8

    b E N gU E L A 1 726 057 20,0 0,4 0,8 0,0 21,2

    H UA M b O 1 4 43 388 73,8 0,0 0,1 0,0 74,0

    b I é 1 003 042 71,8 0,0 0,1 7,6 79,6

    M Ox I CO 493 019 21,1 1,2 0,2 9,2 31,7

    SUL 3 067 592 25,3 5,5 3,2 0,0 34,0

    H U í L A 1 818 382 33,3 2,8 2,0 0,0 38,0

    N A M I b E 324 673 11,6 1,1 1,8 0,0 14,5

    C U N E N E 570 918 2,6 14,8 3,9 0,0 21,3

    K UA N D O K U b A N g O 353 619 33,9 8,6 9,3 0,0 51,8

    TABEL A Nº 5

    FILEIR A DOS CEREAIS > QUANTIDADE DA OfERTA DE ALIMENTO SEgUNDO A pRODUçÃO NACIONAL

    Relativamente à fileira dos cereais, a região norte apresenta um indica-dor de 9,0 kg/per capita/ano, a região centro 54,6 kg/per capita/ano, a re-gião sul 34,0 kg/per capita/ano.

    Como se pode observar, é a cultura do milho a que mais contribui (cerca de 90%) na oferta de alimentos para a fileira dos cereais. FIGUR A Nº 87 -

    DISTRIBuIçãO PERCENTuAL DA QuANTIDADE

    DE OFERTA DE CADA ALIMENTO NA FILEIRA

    DOS CEREAIS

    Neste capítulo são apresentados os indicadores referentes à disponibilidade per capita de alimentos provenientes da produção nacional, para os sectores produtivos dependentes do MINAGRI, estes in-dicadores são estimados com base na estimativa da população nacional de Dezembro de 2011 e os resultados da produção nacional na campanha 2011/2012.

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 60

    Na fileira das raízes e tubérculos a região norte apresenta um indica-dor de 929,4 kg/per capita/ano, a re-gião centro 480,0 kg/per capita/ano, a região sul 228,3 kg/per capita/ano, o que é coincidente com a aptidão para produção de cada uma das zo-nas agro-ecológicas.

    Verifica-se, ainda que é a mandioca que mais contribui para a oferta de alimentos dentro desta fileira (89%).

    PROvINCIAPOPULAÇãO PROjECTADA

    2011

    RAÍzES E TUBéRCULOS (Kg/pER CApITA/ ANO)

    MANDIOCA BATATA RENA BATATA-DOCE AGREGADO

    N AC I O N AL 17 992 032 591,2 36,4 35,8 663,4

    N O R TE 9 060 176 865,6 22,6 41,2 929,4

    C A b I N DA 394 620 2 279,8 1,8 181,6 2 4 63,1

    Z A I R E 354 627 1 251,6 16,1 69,4 1 337,1

    U I g E 945 196 2 258,9 72,3 75,8 2 4 07,0

    M A L A N g E 653 618 2 325,8 124,0 95,9 2 545,7

    K UA N Z A N O R T E 330 979 2 579,3 53,2 86,5 2 719,0

    b E N g O 308 333 1 396,8 4 4,3 142,1 1 583,3

    LUA N DA 5 04 6 323 3,1 0,0 0,0 3,1

    LU N DA N O R T E 684 417 1 075,8 3,3 86,2 1 165,4

    LU N DA SU L 342 063 2 360,9 4 4,4 33,0 2 438,3

    C E NTR O 5 864 264 400,7 53,8 25,5 480,0

    K UA N Z A SU L 1 198 758 582,7 55,7 29,3 667,7

    b E N gU E L A 1 726 057 191,8 30,9 8,9 231,5

    H UA M b O 1 4 43 388 35,5 71,2 28,2 135,0

    b I é 1 003 042 331,6 91,0 4 0,8 4 63,3

    M Ox I CO 493 019 1 899,6 2,1 35,4 1 937,1

    SUL 3 067 592 14 4,7 43,8 39,8 228,3

    H U í L A 1 818 382 92,6 6 4,1 4 0,6 197,3

    N A M I b E 324 673 143,3 50,5 42,8 236,6

    C U N E N E 570 918 56,8 0,0 42,6 99,4

    K UA N D O K U b A N g O 353 619 555,6 4,3 28,4 588,3

    TABEL A Nº6

    FILEIR A DAS R AÍzES E TUBéRCULOS > QUANTIDADE DA OfERTA DE ALIMENTO SEgUNDO A pRODUçÃO NACIONAL

    FIGUR A Nº 88 - DISTRIBuIçãO PERCENTuAL DA QuANTIDADE DE OFERTA DE CADA ALIMENTO NA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201261

    Na fileira das leguminosas e oleagi-nosas a região norte apresenta um indicador de 8,2 kg/per capita/ano, a região centro 14,2 kg/per capita/ano, a região sul 4,7 kg/per capita/ano, sendo o valor nacional de 9,5 kg/per capita/ano.

    Dentro desta fileira é o feijão que mais se destaca, contribuindo em cerca de 56% para a oferta alimen-tar das leguminosas e oleaginosas, como se pode observar na Figura que a seguir se apresenta.

    PROvINCIAPOPULAÇãO PROjECTADA

    2011

    LEGUMINOSAS E OLEAGINOSAS (Kg/pER CApITA/ ANO)

    FEIjãO AMENDOIM SOjA AGREGADO

    N AC I O N AL 17 992 032 5,3 3,7 0,3 9,4

    N O R TE 9 060 176 3,0 5,1 0,1 8,2

    C A b I N DA 394 620 9,7 27,2 0,0 37,0

    Z A I R E 354 627 4,6 7,1 0,0 11,7

    U I g E 945 196 12,6 16,8 0,6 30,1

    M A L A N g E 653 618 7,9 10,2 0,2 18,3

    K UA N Z A N O R T E 330 979 6,1 11,8 0,2 18,1

    b E N g O 308 333 3,2 8,7 0,0 11,9

    LUA N DA 5 04 6 323 0,0 0,0 0,0 0,0

    LU N DA N O R T E 684 417 1,1 4,1 0,0 5,2

    LU N DA SU L 342 063 2,2 2,9 0,0 5,1

    C E NTR O 5 864 264 10,3 2,8 0,9 14,0

    K UA N Z A SU L 1 198 758 10,6 6,9 0,0 17,5

    b E N gU E L A 1 726 057 10,9 0,4 0,6 11,9

    H UA M b O 1 4 43 388 7,7 1,5 1,9 11,1

    b I é 1 003 042 16,0 2,9 1,3 20,2

    M Ox I CO 493 019 2,7 5,2 0,3 8,1

    SUL 3 067 592 2,9 1,2 0,0 4,1

    H U í L A 1 818 382 4,2 0,4 0,0 4,6

    N A M I b E 324 673 1,5 0,5 0,0 2,0

    C U N E N E 570 918 0,6 0,5 0,0 1,1

    K UA N D O K U b A N g O 353 619 1,5 7,1 0,0 8,6

    TABEL A Nº 7

    FILEIR A DAS LEGUMINOSAS E OLEAGINOSAS > QUANTIDADE DA OfERTA DE ALIMENTO SEgUNDO A pRODUçÃO NACIONAL

    FIGUR A Nº 89 - DISTRIBuIçãO PERCENTuAL DA QuANTIDADE DE OFERTA DE CADA ALIMENTO NA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|2012 62

    Na fileira das fruteiras a região norte apresenta um indicador de 145,3 kg/per capita/ano, a região centro 344,7 kg /per capita/ano, a região sul 89,6 kg/per capita/ano, sendo o valor na-cional de 200,8 kg/per capita/ ano.

    No que toca ao fruto que mais in-fluência tem para o valor nacional, destaca-se a banana com um valor percentual de 83%.

    PROvINCIAPOPULAÇãO PROjECTADA

    2011

    FRUTEIRA (Kg/pER CApITA/ ANO)

    BANANA CITRINOS ANANÁS MANGUEIRA ABACATEIRO AGREGADO

    N AC I O N AL 17 992 032 166,3 11,1 15,6 6,3 1,6 200,8

    N O R TE 9 060 176 123,6 5,9 11,8 3,0 1,0 145,3

    C A b I N DA 394 620 6 4 4,4 21,9 4 6,3 4,2 8,9 725,7

    Z A I R E 354 627 4 4 4,9 1,6 41,3 7,6 0,0 495,4

    U I g E 945 196 305,9 5,6 16,4 7,0 0,0 335,0

    M A L A N g E 653 618 76,5 21,9 39,2 5,1 0,8 143,5

    K UA N Z A N O R T E 330 979 192,1 8,0 20,6 2,7 0,0 223,4

    b E N g O 308 333 694,3 55,6 4,8 14,8 0,0 769,6

    LUA N DA 5 04 6 323 2,1 0,3 0,0 0,7 0,0 3,1

    LU N DA N O R T E 684 417 73,1 2,2 25,7 4,2 7,1 112,3

    LU N DA SU L 342 063 89,3 6,0 19,8 3,9 0,0 119,0

    C E NTR O 5 864 264 299,0 5,8 24,6 12,1 3,2 34 4,7

    K UA N Z A SU L 1 198 758 491,5 6,0 36,1 14,4 6,3 554,4

    b E N gU E L A 1 726 057 538,9 3,4 22,6 8,8 0,0 573,6

    H UA M b O 1 4 43 388 70,6 9,8 15,7 15,4 7,9 119,4

    b I é 1 003 042 90,0 4,5 34,1 3,2 0,0 131,8

    M Ox I CO 493 019 84,8 4,5 10,2 26,0 0,0 125,6

    SUL 3 067 592 38,5 36,7 9,8 4,7 0,0 89,6

    H U í L A 1 818 382 22,2 49,7 7,9 4,4 0,0 84,1

    N A M I b E 324 673 134,8 39,9 4 8,1 6,4 0,0 229,2

    C U N E N E 570 918 37,8 8,6 0,0 3,5 0,0 49,9

    K UA N D O K U b A N g O 353 619 34,6 12,2 0,0 6,9 0,0 53,7

    TABEL A Nº 8

    FILEIR A DAS FRUTEIR AS > QUANTIDADE DA OfERTA DE ALIMENTO SEgUNDO A pRODUçÃO NACIONAL

    FIGUR A Nº 90 - DISTRIBuIçãO PERCENTuAL DA QuANTIDADE DE OFERTA DE CADA ALIMENTO NA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

  • RESULTADOS DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2011|201263

    Na fileira das hortícolas a região nor-te apresenta um indicador de 80,0 kg/per capita/ano, a região centro 513,0 kg/per capita/ano, a região sul 395,0 kg/per capita/ano, sendo o va-lor agregado para a fileira de 264,2 kg/per capita/ano.

    Destacam-se as culturas do tomate, do repolho e da cebola como aque-las que maior influência tiveram so-bre o valor agregado da fileira. Na Figura seguinte podem-se observar os valores percentuais de cada uma das culturas no que concerne a ofer-ta de alimentos na fileira das hortí-colas.

    PROvINCIAPOPULAÇãO PROjECTADA

    2011

    hORTÍCOLAS (Kg/pER CApITA/ ANO)

    ALhO CENOURA CEBOLA TOMATE PIMENTO REPOLhO OUTRAS hORTÍCOLAS AGREGADO

    N AC I O N AL 17 992 032 0,4 19,2 52,2 100,1 11,5 58,4 33,1 274,9

    N O R TE 9 060 176 0 2 13 26 2 24 13 80

    C A b I N DA 394 620 0 2 6 22 0 9 2 42

    Z A I R E 354 627 0 0 6 12 2 10 4 34

    U I g E 945 196 0 9 28 45 4 25 15 126

    M A L A N g E 653 618 0 3 50 113 2 118 87 373

    K UA N Z A N O R T E 330 979 1 14 56 113 11 138 33 366

    b E N g O 308 333 1 0 41 74 9 51 41 217

    LUA N DA 5 04 6 323 0 0 1 1 0 1 1 3

    LU N DA N O R T E 684 417 0 3 16 34 3 36 18 111

    LU N DA SU L 342 0