Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e ... · anos de vida sacerdotal, padre...

4
Diocese em Comunicação 1 Diocese de Caxias do Sul Ano 29 | nº2 Fevereiro de 2020 A Campanha da Fraternidade tem uma metodologia de três momentos: ver, julga e agir: no primeiro, olha-se para a realidade, como ela é; no segundo, julga- -se essa realidade à luz do Evangelho e no terceiro, é o momento do agir, isto é, do fazer para que a realidade analisada seja alinha- da ao Evangelho do Di- vino Mestre. A CF em 2020, tem também como imagem inspiradora a figura de Santa, brasileira, Dulce do Pobres, um exem- plo do bom samarita- no no século XX. Permita o Bom Deus que cada comu- nidade e grupo de pas- toral que possam fazer o mesmo, assim como fez o bom samarita- no. Jamais passemos indiferentes diante do próximo que necessita de socorro, nem encontremos desculpas para negar a caridade, pois seremos julga- dos pelo amor. Fazei-nos solidários, aco- lhedores e promotores da vida. Que ao longo desta Quaresma, cada batizado, ao agradecer o dom da própria vida, não esqueça do compromisso que tem para com a própria vida e a dos outros, objetivos da CF 2020. A Campanha da Fraternidade é um modo especial pela qual a Igreja no Brasil vivencia a Quaresma. É sempre um convite para renovar a vida e a fé, para lembrar a fra- gilidade da vida. Assim, por meio do tema da Campanha da Frater- nidade – Fraternidade e Vida: Dom e Compro- misso e o lema: “viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33- 34), somos convidados a refletir sobre o signi- ficado mais profundo da vida em suas diver- sas dimensões: pesso- al, comunitária, social e ecológica. A vida é essen- cialmente samarita- na, tal qual o homem que interrompeu sua rotina para cuidar de quem estava caído à beira do caminho. O Texto-Base nos ofere- ce um panorama com- pleto com uma abordagem fundamentada para cada um dos pilares, “viu, Compade- ceu e Cuidou”. Segundo o Papa Francisco a parábola se tornou paradigmática da vida cristã: “tornou-se o modelo de como um cristão deve agir”. A misericórdia diante de uma vida humana na situação de necessi- dade é a verdadeira face do amor. Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”

Transcript of Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e ... · anos de vida sacerdotal, padre...

Page 1: Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e ... · anos de vida sacerdotal, padre Constante desta-cou-se pelos diversos trabalhos desenvolvi-dos na Pastoral Dioce-sana,

Diocese em Comunicação1

Diocese de Caxias do Sul Ano 29 | nº2

Fevereiro de 2020

A Campanha da Fraternidade tem uma metodologia de três momentos: ver, julga e agir: no primeiro, olha-se para a

realidade, como ela é; no segundo, julga--se essa realidade à luz do Evangelho e no terceiro, é o momento do agir, isto é, do fazer para que a realidade analisada seja alinha-da ao Evangelho do Di-vino Mestre. A CF em 2020, tem também como imagem inspiradora a figura de Santa, brasileira, Dulce do Pobres, um exem-plo do bom samarita-no no século XX. Permita o Bom Deus que cada comu-nidade e grupo de pas-toral que possam fazer o mesmo, assim como fez o bom samarita-no. Jamais passemos indiferentes diante do próximo que necessita

de socorro, nem encontremos desculpas para negar a caridade, pois seremos julga-dos pelo amor. Fazei-nos solidários, aco-lhedores e promotores da vida. Que ao longo desta Quaresma, cada batizado, ao agradecer o dom da própria vida, não esqueça do compromisso que tem para com a própria vida e a dos outros, objetivos da CF 2020.

A Campanha da Fraternidade é um modo especial pela qual a Igreja no Brasil vivencia a Quaresma. É sempre um convite para renovar a vida e a fé, para lembrar a fra-gilidade da vida. Assim, por meio do tema da Campanha da Frater-nidade – Fraternidade e Vida: Dom e Compro-misso e o lema: “viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), somos convidados a refletir sobre o signi-ficado mais profundo da vida em suas diver-sas dimensões: pesso-al, comunitária, social e ecológica. A vida é essen-cialmente samarita-na, tal qual o homem que interrompeu sua rotina para cuidar de quem estava caído à beira do caminho. O Texto-Base nos ofere-ce um panorama com-pleto com uma abordagem fundamentada para cada um dos pilares, “viu, Compade-ceu e Cuidou”. Segundo o Papa Francisco a parábola se tornou paradigmática da vida cristã: “tornou-se o modelo de como um cristão deve agir”. A misericórdia diante de uma vida humana na situação de necessi-dade é a verdadeira face do amor.

Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”

Page 2: Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e ... · anos de vida sacerdotal, padre Constante desta-cou-se pelos diversos trabalhos desenvolvi-dos na Pastoral Dioce-sana,

Diocese em Comunicação2

No dia 22 de janeiro, a Diocese de Caxias do Sul se despediu do padre Constante Pasa. Ele foi vítima de complica-ções cardíacas. Atualmente, o pa-dre Constante era páro-co na Paróquia São João Batista e Nossa Senhora Aparecida, e também na Paróquia Santo Antônio, em Nova Prata. Seu corpo foi ve-lado na Paróquia São João Batista e Nossa Senhora Aparecida de Nova Prata, onde, na manhã do dia 23, quin-ta-feira, aconteceu uma missa de corpo presen-te. Em seguida, foi trans-ladado para o Santuário Nossa Senhora de Cara-vaggio, em Farroupilha, onde o velório prosse-guiu até às 15h, quando foi celebrada a missa de exéquias. O corpo foi sepultado no cemitério do Santuário de Caravaggio.

Biografia

Padre Constante Pasa, filho de João An-tônio Pasa e Angela Helena Mugnol Pasa, nas-

ceu em 25 de outubro de 1951, na co-munidade do Santuário de Nossa Senho-ra de Carava-ggio, em Far-roupilha-RS. Aos 14 anos de ida-de ingressou no Seminá-rio Diocesa-no São José, em Nova Prata-RS. Re-

alizou os estudos de Filosofia naUniversidadedeCaxiasdoSul (UCS),eTeologianaPontifícia

Universidade Católicado Rio Grande do Sul (PUCRS).RecebeuaOr-denação Diaconal em 07 de outubro de 1979, na Capela do Seminário Nossa Senhora Apare-cida, em Caxias do Sul. Foi Ordenado sacerdote por Dom Benedito Zor-zi, no dia 23 de dezem-bro de 1979, no Santuá-rio Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha. Ao longo de seus 40 anos de vida sacerdotal, padre Constante desta-cou-se pelos diversos trabalhos desenvolvi-dos na Pastoral Dioce-sana, especialmente na Promoção Vocacional, na formação dos semi-naristas, e na dimen-são missionária. Atuou

como vigário paroquial na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Antônio Prado (1980-1983); membro da equipe sacerdotal e da Pas-toral Operária, na área Norte de Caxias do Sul (1984-1988); Coordenador Diocesano de Pasto-ral (1989-1992); e Promotor Vocacional da Dio-cese (1993-1998). Com seu carisma e espírito missionário, atuou na Diocese de Juína, no Mato Grosso, como Promotor Vocacional (1999-2004). Retornando a Caxias do Sul, trabalhou na Paró-quia Santa Fé e na Equipe Diocesana de Anima-ção Vocacional (2005-2008). Foi Reitor do Semi-nário Maior São Lucas, em Viamão, atuando na formação dos seminaristas da etapa da Teolo-gia (2009-2012). Foi pároco da Paróquia Nossa Senhora de Caravaggio e auxiliar no Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha (2013-2014). Desde 2015 era pároco da Paróquia São João Batista e Nossa Senhora Aparecida, e da Paróquia Santo Antônio, em Nova Prata-RS. De-sempenhou o ofício de Vigário Episcopal do Vica-riato de Nova Prata nos anos de 2017 e 2018.

Diocese de Caxias se despede do padre Constante Pasa

Fotos da ordenação presbiterial do padre Constante, no dia 23 de dezembro de 1979, no Santuário de Caravaggio.

Fotos: Aires Battistel / Divulgação

Page 3: Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e ... · anos de vida sacerdotal, padre Constante desta-cou-se pelos diversos trabalhos desenvolvi-dos na Pastoral Dioce-sana,

Diocese em Comunicação3

Ao celebrar a festa de São Sebastião, pa-droeiro do Rio de Janeiro, o Arcebispo Cardeal Orani João Tempesta, advertiu que o Brasil corre o perigo “de ser um país confessional ateu, e não um país laico que respeita todas as religiões”. Disse: “O Papa Francisco ultimamente tem falado que os mártires dos últimos tempos são em maior número do que nos primeiros séculos. A intolerância contra os cristãos católicos conti-nua”,afirmouDomOranidurantesuahomilia. Ele ressaltou que “em nosso país nós ve-mos que os últimos acontecimentos como falar contra Cristo, Maria e os cristãos católicos, pa-recem que além de render muito dinheiro, inte-ressam às pessoas” e se impõem porque acham que podem fazer tudo”. Nosso país corre o pe-rigo de ver uma teocracia ateia, de ser um país confessional ateu, e não um país laico que res-peita todas as religiões. Nós vemos um pouco dessa maneira de pensar vai cada vez mais sen-do propagada em todos os cantos”, advertiu. Por outro lado, salientou que “aquilo que o mártir, São Sebastião representa e é para nós faz com que nunca desanimemos em todas es-sas situações, mas saibamos que, quanto mais perseguidos e martirizados, mais fortes, mais animados e mais evangelizadores nós somos e seremos ainda mais”. Nessesentido,exortouosfiéisanãote-mer “aqueles que nos perseguem” e saber “viver essenossotempocomfirmezaesemdesanimarcom os duros ataques que têm contra a Igreja, contra Cristo, contra o Papa. Que nós perma-neçamosfirmesnoSenhor,testemunhandoemquem nós colocamos a nossa esperança e dan-do as razões da nossa esperança”. O Cardeal recordou que durante a treze-na realizada no Rio de Janeiro nos dias prévios à

festa do padroeiro, teve a oportunidade de per-correr diferentes realidades da cidade. “O que me chama atenção é que o carioca, ou aquele que veio viver no Rio de Janeiro, aprendeu com SãoSebastiãoaselevantardasflechadasecon-tinuar a vida, aprendeu a não desanimar”, ob-servou, destacando como os moradores do Rio deJaneirodevemcontinuar“firmes”,mesmoen-frentando a violência, problemas nas áreas da saúde, da educação, do emprego, entre outros. O carioca é um forte, o habitante do Rio de Ja-neiro é um forte e aprende com São Sebastião a assim viver”, exclamou. Ressaltou que “sermos fortes e continuar-mosfirmes,comonosdáexemploSãoSebastião,não significa sermosacomodadose conforma-dos coma situação. Nós também temos o direito de sonhar com tempos diferentes. Por isso, ao mesmo tempo em que nós sabemos vencer as vicissitudes,sabemoslevantardasflechadasquelevamos na vida, também somos convidados e chamados a exigir de quem tem responsabilida-de, para que realmente nós possamos ter tem-pos melhores em todos os campos e de todas as maneiras”, indicou. Declarou ainda que “temos também uma missão, a de poder dar esperança para o país, e de que, realmente, ao recuperar a cidade, ao retomar com alegria a justiça e a paz nesta cida-de, também possamos olhar para o Brasil e pe-dir também que isso aconteça na liberdade, na fraternidade, na preocupação com o outro, sem os antagonismos e sem os ódios e rancores que às vezes nos dividem uns contra os outros”.

(Parte do pronunciamento do Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, por ocasião da Festa de São Sebastião, publicado pelo SIR (Serviço de informações reli-giosas em 22/01/2020).

Dom Orani: O Brasil corre o perigo de se tornar um país ateu

No dia 26 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, acontecerá uma coletiva de imprensa para apresentar a abertura da Campanha da Fraternidade 2020. A coletiva será no Espaço Mater Dei, junto à Catedral Diocesana, a partir das 09 horas. O evento, que é coordenado pela Pas-toral da Comunicação da Diocese de Caxias do Sul, contará com a presença do bispo diocesano, Dom José Gislon. Na ocasião, dom José apresen-

tará o tema e o objetivo desta edição da CF, que vairefletirsobreasdiversasdimensõesdavidapessoal, comunitária, social e ecológica. A PASCOM fará a transmissão da coletiva, aovivo,atravésdapáginaoficialdaDiocesenoFacebook: www.facebook.com/diocesedecaxias

Coletiva de imprensa abre Campanha da Fraternidade 2020 na Diocese

Page 4: Campanha da Fraternidade 2020: “Viu, sentiu compaixão e ... · anos de vida sacerdotal, padre Constante desta-cou-se pelos diversos trabalhos desenvolvi-dos na Pastoral Dioce-sana,

Diocese em Comunicação4

Diocese em ComunicaçãoInformativo da Diocese de Caxias do Sul

Jornalista responsável:Pe. Paulo Roque Gasparetto - Reg. 8712

Projeto gráfico e diagramação:Pe. Elton Marcelo Bussolotto Aristides - MTB 16.423

Colaboradores: Pe. Renato Ariotti, Ivo Adamatti, Maria Helena Bortolon Rech, Ir. Eliana Aparecida dos Santos e

Leandro Adamatti.

E-mail: [email protected]

Impressão: Gráfica Agetra

De 20 a 24 de janeiro, cinco comunida-des da Paróquia de São Marcos, de Farroupilha,

receberam a visita da ima-gem peregrina de Nossa Senhora de Caravaggio e participaram das celebra-ções de missas que prepa-ram para a 120ª Romaria Votiva. O roteiro envolveu as comunidade São João Batista, da Vila Jansen, Sa-grado Coração de Jesus, da Linha 80, São Pedro do Caminhos de Pedra, Nossa Senhora da Saúde, da Li-nha 47 e a matriz São Mar-cos.

Algumas comunidades se juntaram a ou-tras para celebrar os momentos preparatórios à Romaria do dia 02 de Fevereiro. Em cada comunidade, a imagem de Nos-sa Senhora de Caravaggio chegava no início da noite e era recebida so-lenemente, com fogos de artifício, can-tos e palmas. Logo em seguida, a imagem era conduzida à igreja para a celebração eucarística. Ao término da celebração, todos confra-ternizavam no salão da comunidade. O Pároco da Paróquia de São Marcos, Padre Ademar Pe-legrini, disse que as comunidades vivenciaram uma experiência com Maria, como um sinal de fé, de esperança e de serviço às pessoas.

Imagem de Nossa Senhora de Caravaggio peregrinou por

comunidades de Farroupilha em preparação à Romaria Votiva

Foto

s: L

eand

ro A

dam

atti/

PASC

OM

Coleta dos bispos dos EUA para a Igreja na América Latina

“Compartilhar a fé e a sustentar todas as pesso-as que desejam se aproximar de Jesus”, são palavras do responsável pela subcomissão da Conferência dos Bis-posEUAparaaIgrejanaAméricaLatina UmsinaldesolidariedadedoscatólicosdosEs-tadosUnidosparacomaAméricaLatinaeoCaribe:éo objetivo da coleta anual organizada pela Conferência EpiscopaldosEstadosUnidos(USCCB)parasábado25edomingo 26 de janeiro. “Há mais de cinquenta anos – informa a nota da USCCB–essacoletarepresentaumgestodesolidário”,com o objetivo de sustentar “os programas diocesanos, a formação dos seminaristas e dos religiosos, assim como a Pastoral para os jovens e a família” das Igrejas latino-americanas.

Ajudar a viver a fé

São vários os exemplos virtuosos citados pe-los bispos americanos, como o apoio à Cáritas Argen-tina que, graças aos fundos da coleta anual, “permite a mais de 150 jovens viver a sua fé ao serviço dos que são pobres e excluídos da sociedade, formando-os para a evangelização das comunidades locais e para o compar-tilhamento da fé em todo os países”. “OamordeCristo–afirmaDomOctavioCisne-ros, responsável pela subcomissão da USCCB para aIgreja na América Latina – nos leva a compartilhar a fé e a sustentar todas as pessoas que desejam se aproxi-mar de Jesus”. Recorda-se também que em Novembro de 2019 foram doados cerca de 4,2 milhões de Dólares para a Igreja latino-americana, principalmente para as regiões devastadas pelos desastres naturais, como fura-cões e terremotos.

População latino-americana, ajudada pela Conferência americana (ANSA)