Olhando para fora Olhando para dentro Propostas e projetos da ABIPEM.
Campeonato Interno de Destaques Karting · dois, voltando { inf}ncia de cada um onde outras pessoas...
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1 Karting Masculino
4 Est|gio EPIS
5 BTT: Silveira / Ericeira
6 Eu saio na próxima, e você?
7 Na Rota do D~o e da Bairrada
11 Colónia de Férias MyCamp
14 Viagem { Noruega: Cabo Norte
53 Shakira
54 Carmen
Teve lugar, no passado dia 16 de junho, a eliminatória do Campeo-
nato Interno de Karting Masculino, organizado pelo Clube Galp -
Núcleo Centro.
Foi no Kartódromo de Évora que decorreu esta prova, num dia
que estava bom e em que o sol brilhava.
Após um breve briefing, foi tempo de pôr as m~os ao volante e ini-
ciar a prova. Houve lugar a 5 minutos de treinos livres, seguidos de
10 minutos de treinos cronometrados.
Apurada a grelha de partida, deu-se o início da prova, que teve a
duraç~o de 30 minutos, nos quais houve uma enorme e sempre
saud|vel luta pelos lugares cimeiros!
Finda a prova, deu-se início { entrega dos prémios e {s famosas fo-
tos da praxe. Em seguida dirigimo-nos a um restaurante local, para
aí nos deliciarmos com a gastronomia local e recuperar do desgas-
te, em alegre convívio entre todos os participantes.
Texto elaborado por José Alves
Destaques Campeonato Interno de Karting
Masculino
01 jan - Concerto de Ano Novo
05 jan - Cirque du Soleil
11 jan - Forever King of Pop
09 fev - Harry Potter e o Prisioneiro de Azbakan
15 fev - Irish Celtic
16 fev - The Gipsy Kings
16 fev - Amar Am|lia
16 fev - Caminhada: Lisboa Subterr}nea
16 fev - Snow Patrol
01 mar - Slava Snowshow
08 mar - Tango Pasión
Próximas Iniciativas
www.clubegalpenergia.com 2 # 254 junho 2018
A publicaç~o deste inédito de Fernan-
do Pessoa revela um texto que, ao
contr|rio da maior parte dos seus iné-
ditos, estava completo, dactilografa-
do e pronto para ser publicado.
Trata-se de um guia de Lisboa, o Uni-
verso fundamental de Pessoa a que
chama o seu lar, escrito em inglês,
propositadamente turístico, despoja-
do de retórica, onde se percorre todo
o património importante da cidade,
seja ele arquitectónico, intelectual ou
de puro lazer.
a Direç~o do Clube Galp - Núcleo Cen-
tro vai proceder ao sorteio de dez
exemplares desta obra. Caso seja As-
sociado do Clube Galp e pretenda can-
didatar-se a um destes exemplares,
deve contatar, até 10 de janeiro próxi-
mo, a Secretaria do Clube Galp - Nú-
cleo Centro via mail para Clube GalpE-
nergia – Secretaria ou via telefone
para 21 724 05 31 (extens~o interna 10
531).
Campeonato Interno de Karting Masculino
Sorteio Fernando Pessoa
www.clubegalpenergia.com 3 # 254 junho 2018
Realizou-se, no passado dia 10 de
junho, o torneio de ver~o no Muni-
cipal de Oeiras, onde uma vez mais
a nossa equipa do Clube Galp foi
convidada a participar.
Desta feita na XII ediç~o do Tor-
neio de ver~o – Futebol de 11.
Manh~ quente, bem passada, onde
reinou o bom ambiente que tanto
caracteriza o nosso grupo e em
que lut|vamos para atingir a final,
tal como na ediç~o anterior.
Mas os dois jogos n~o nos corre-
ram da melhor forma, o esforço foi
muito, mas a falta de acerto na ba-
liza advers|ria ditou o afastamento
na decis~o do torneio.
Depois, no jogo da definiç~o do 3º
e 4º lugar, uma vez mais n~o fo-
mos felizes pecando no mesmo,
falta de efic|cia na finalizaç~o e,
após um empate, nem na decis~o
por pen|ltis conseguimos ser feli-
zes...
Ficou um amargo na boca mas o
futebol é mesmo assim.
De realçar a excelente organiza-
ç~o, quer na parte desportiva,
quer na parte do repasto realizado
no Bairro do Pombal, em Oeiras
em que o convívio entre todos du-
rou durante toda a tarde.
Em meu nome e da restante equi-
pa técnica o meu obrigado aos
atletas e ao esforço prestado.
António Minhoto (Tocha)
Torneio Pombal XXI
www.clubegalpenergia.com 4 # 254 junho 2018
De 4 de junho a 13 de julho, tivemos
connosco um estagi|rio da EPIS numa
aç~o de formaç~o/contacto com o
mercado de trabalho.
A formaç~o que o estagi|rio efetuou
baseou-se na aprendizagem daquele
que é o trabalho dos colaboradores
do Clube Galp.
Foi-lhe possível ver e analisar o funcio-
namento da empresa Galp e do Clube
Galp.
Esta formaç~o teve ainda como con-
sequência o estagi|rio obter a valida-
ç~o do seu est|gio curricular e prepa-
rar–se para a sua vida profissional
futura.
Carlos Gomes
Durante 30 dias deste ver~o, tivemos
a oportunidade de receber um jovem
estagi|rio da EPIS que nos causou bo-
as impressões. Helton de seu nome.
Calmo, educado, sempre disponível
para ajudar nas tarefas do dia, com-
portamento que causou um bem es-
tar e um convívio de trabalho salutar
para todos.
Chegados ao fim, esperamos que o
Helton tenha aprendido alguma coisa
connosco e que tenha outra vis~o em
relaç~o a continuidade dos estudos.
Para nós foi um prazer tê-lo a es-
tagiar no Clube Galp.
Manuel Ismael
BTT Silveira /
Santa Cruz / Ericeira
Est|gio EPIS
www.clubegalpenergia.com 5 # 254 junho 2018
Foram-me pedidas umas palavras pa-
ra descrever o passeio Rota do Oci-
dente, no percurso Silveira / Santa
Cruz / Ericeira, em vers~o maratona
com 65 km de dist}ncia e 1200D+, pro-
movido pelo Clube Galp.
Bem, antes fica sempre em memória o
impacto dos números: 65 km, 1200D+,
... e ficamos algo apreensivos.
O que nos espera?
Passando aos factos, logo cedo est|-
vamos na Bobadela para partirmos
em carrinhas do Clube para o ponto
de partida, onde nos esperavam, para
as boas vindas, dois representantes de
loja de bicicletas de Torres Vedras -
Movefree - que gentilmente nos enga-
lanaram a partida.
L| inici|mos a aventura, com uma fo-
to coletiva no meio de um vendaval
matinal.
L| nos pusémos { estrada, concreta-
mente aos trilhos e … assim sim ...
que belos trilhos nos esperavam, bem
dentro da montanha.
Num constante sobe e desce, trilh|-
mos um piso algo exigente em termos
de pilotagem, mas nada do outro
mundo.
Do outro mundo foram as paisagens
que nos passaram pela frente do ca-
pacete, com pinhal, serra, floresta e
por fim o mar, bem l| do alto da Praia
de Santa Rita, seguidos de single-
tracks técnicos mas que nos deram
um prazer imenso fazer, pois, com a
praia e o mar ao fundo, torna-se delici-
oso para qualquer rider poder usufruir
desta conjugaç~o.
Chegados { linha de costa, a norte de
Santa Cruz, a paragem.
Neste ponto a Organizaç~o brindou-
nos com uma necess|ria reposiç~o de
líquidos, para retomarmos sempre
pela costa até ao final desta primeira
parte muito a sul de Santa Cruz.
Com esta alteraç~o estratégica e ne-
cess|ria que foi dividir o passeio em
duas partes, fic|mo-nos pelos 40 km
mais ou menos.
Ficou assim agendado o restante com
uma linha de costa até ao final, que
nos levar| { Ericeira.
Da minha parte j| estou preparado, a
coisa promete, pois os poucos kilóme-
tros percorridos até ao destino foram
sobremaneira deliciosos, n~o só o cri-
ado pela constante proximidade com
o Mar, mas também pela generosida-
de dos trilhos!
Mas o dia ainda tinha algumas surpre-
sas n~o menos importantes, pois fo-
mos excelentemente recebidos nas
Piscinas Municipais da Ericeira, onde
tomamos banho em balne|rios reser-
vados para o nosso grupo e a cereja
no topo do bolo foi-nos servida ao al-
moço em forma de Paelha de marisco,
que deixou deliciado todo o grupo.
A organizaç~o, essa est| sempre a
responder {s expectativas.
Agradeço-vos o empenho por isso.
Até breve.
\lvaro Pardelhas
BTT Silveira / Santa Cruz / Ericeira
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Um Homem e uma Mulher conhe-
cem-se no metro, em Lisboa, nos
anos 70 do século passado, come-
çam a conversar e decidem voltar
a encontrar-se.
Após um mês de contatos casam-
se.
Mas o matrimónio est| condenado
ao fracasso.
Ambos se dirigem ao público apre-
sentando as suas razões do falhan-
ço da relaç~o evocando recorda-
ções, personagens do passado e
experiências que os marcaram e
que influenciaram comportamen-
tos posteriores.
Um casal que se conhece no Metro
e que em pouco tempo se apaixo-
na.
Mais tarde, em palco, contam a
sua vida conjugal, os bons e os
maus momentos, as complicações
e a família, os ciúmes e as contradi-
ções conjugais.
Marina Mota e Jo~o Bai~o enchem
o palco do Teatro Politeama na
comédia Eu Saio na Próxima, e Vo-
cê?.
Com texto adaptado por Filipe La
Féria, da autoria de Adolfo Marsi-
lhach, este trabalho além de per-
correr a vida de um casal cheio de
altos e baixos, como todos os ou-
tros, acompanha a história de um
país a partir dos anos 70, com v|-
rias dicas premonitórias sobre o
que vai acontecer no futuro, o atu-
al presente.
Os dois atores, muito bem acari-
nhados pelo público, mostram, ao
longo de mais de duas horas, a sua
versatilidade e talento em palco,
percorrendo memórias que v~o
muito para além do espaço dos
dois, voltando { inf}ncia de cada
um onde outras pessoas passaram,
olhando para a família nem sem-
pre aceite pelo outro lado de um
casal, porque sogra é sempre so-
gra e a m~e da sogra ent~o…
Olhando para o passado da naç~o
com a recordaç~o de espaços mar-
cantes de Lisboa como o Cabaret
Maxime e olhando para o momen-
to de liberdade com o 25 de Abril,
passando pela Guerra Colonial com
a memória sobre Raul Solnado,
v|rios s~o os momentos sociais
que ganham destaque nesta comé-
dia.
Da comédia ao musical, em Eu Saio
na Próxima, e Você?, Marina Mota
e Jo~o Bai~o mostram o { vontade
que lhes é t~o característico, pro-
tagonizando bons momentos de
comédia onde as intervenções jun-
to do público, existem intercaladas
com o canto e dança que se cru-
zam entre atos de riso mais f|cil,
onde nesse ponto Marina Mota
ganha destaque pelas suas perfor-
mances t~o bem trabalhadas que
com gestos ou trejeitos acabam
por mostrar que um bom ator n~o
debita somente textos de forma
exemplar, dando mesmo o corpo
{s balas, provando que um ator é
feito de um todo.
Eu saio na próxima, e você?
www.clubegalpenergia.com 7 # 254 junho 2018
Olhando para este trabalho, perce-
be-se que a escolha deste texto foi
feita exatamente para os dois ato-
res darem vida a estas persona-
gens que se cruzam com o passa-
do para explicarem o presente.
Marina e Jo~o s~o essencialmente
dois dos principais rostos da histó-
ria e olhando para este espet|culo,
n~o existem outros atores que me-
lhor encaixariam neste trabalho
onde a cumplicidade é muito im-
portante em palco.
Eu Saio na Próxima, e Você? acaba
por ser um retrato das últimas dé-
cadas da sociedade onde estamos
inseridos.
É um texto repartido por v|rios
atos, onde diversas histórias s~o
inseridas como que textos isolados
que se juntam para contarem vidas
ao longo de cada sess~o.
Simples, barato e feito a pensar na
rapidez do mundo do espet|culo
onde por vezes é necess|rio criar
algo mais leve para depois voltar a
apostar em grande. Marina Mota e
Jo~o Bai~o est~o na sua praia e
s~o essencialmente a alma deste
trabalho que só vive por serem
eles a darem o que de melhor sa-
bem perante um público muito fiel
aos espet|culos de Filipe La Féria.
Obrigado Clube Galp.
Eu saio na próxima, e você?
www.clubegalpenergia.com 8 # 254 junho 2018
Viagem que nos surpreendeu agra-
davelmente, em muito, devido {
diversificaç~o das visitas.
Começ|mos pela Cidade de Coim-
bra onde nos foi proporcionado
um passeio muito agrad|vel pelas
Ruas do Centro, possibilitando-nos
a visita a uma Feira de Artesanato
Itinerante que, para nossa sorte,
se encontrava nas suas artérias.
Tivemos a possibilidade de obser-
var o típico Beco que d| acesso ao
local onde os estudantes fazem as
suas conhecidas Serenatas, n~o
deixando de entrar e observar a
maravilhosa Igreja de Santa Cruz e
por último comprar as famosas
Arrufadas, o que muito poucos dei-
xaram de fazer.
Dali subimos até ao Santu|rio da
Rainha Santa Isabel, onde se vis-
lumbra uma vista muito alargada e
linda da Cidade de Coimbra.
Apenas com o reparo de que, co-
mo é uma entidade privada a ex-
plorar este espaço, ela age de for-
ma a criar muita dificuldade a
quem quer ter um pequeno acesso
ao seu Miradouro.
Depois, fomos visitar a interessan-
te Universidade de Coimbra, com
os seus emblem|ticos edifícios (a
precisarem de obras urgentes) e
seu terreiro, onde voltamos a ter
uma deslumbrante vista sobre a
Cidade e que também nos possibi-
lita observar o interior da sua ri-
quíssima Biblioteca e a n~o menos
interessante Capela de S~o Miguel,
que possui o seu altar feito em ta-
lha dourada muito trabalhada e
seus frescos maravilhosos, na suas
paredes e teto.
Depois, chegou a hora do almoço
onde, no Restaurante Manuel Júlio
em Barcouço, almoç|mos de for-
ma muito agrad|vel.
De tarde, começ|mos por visitar o
Aliança Underground Museum,
propriedade de Jô Berardo que
surpreende todos os visitantes
com uma exposiç~o not|vel de Ar-
te Indígena e Oriental e que, como
ninguém espera, por poucos ainda
a conhecerem, nos surpreende a
todos de forma agrad|vel.
Este espaço possui uma adega em
local enquadrado na referida expo-
siç~o que, com os seus tonéis em
madeira muito bem tratada e ex-
posta, nos proporciona um ambi-
ente diferente daquele a que esta-
mos habituados a ver em locais do
género.
Esta visita foi sempre acompanha-
da por Guia que nos deu uma expli-
caç~o muito pormenorizada da
referida exposiç~o: de como se
fazem as vindimas, da composiç~o
dos seus solos, de como se selecio-
nam as castas e da forma moderna
como se efetua a produç~o dos
vinhos nas suas diversas fases.
Na Rota … do D~o e da Bairrada
www.clubegalpenergia.com 9 # 254 junho 2018
Por fim, fomos presenteados com
a tradicional prova de espumantes,
que j| n~o s~o em nada inferiores
aos que se produzem no estrangei-
ro.
Com alguma chuvinha l| fomos até
ao nosso Hotel onde jant|mos e
dormimos em Caldas da Felgueira.
Continu|mos o nosso passeio no
dia seguinte, com visita {s Termas
locais, onde fomos elucidados dos
diversos tratamentos que ali se
fazem com as suas |guas sulfuro-
sas.
Dali fomos até Vale de Madeiros
visitar a Queijaria Artesanal da
Quinta da Coroa, explorada por
gente jovem e bastante conhece-
dora que ali trabalha, as famosas
ovelhas da regi~o que embora mui-
to pouco produtivas, s~o as res-
pons|veis pelo maravilhoso Queijo
da Regi~o Demarcada da Serra da
Estrela, contribuindo com o seu
leite t~o característico e único para
este delicioso produto.
Estamos certos que depois da ex-
plicaç~o que nos foi transmitida
pelos entendidos empres|rios so-
bre a forma cuidada e morosa co-
mo se confecionam os queijos, nin-
guém ir| mais dizer que eles s~o
caros.
Bem, depois da degustaç~o que
nos foi proporcionada, podemos
afirmar que o Grupo, que esperava
a nossa saída para depois entrar,
se viu bastante prejudicado pois
do mel aos doces, terminando nos
queijos amanteigados e ou secos,
poucos sobraram, pois compr|-
mos, quase tudo.
Dali, fomos até Santar, onde visit|-
mos a Casa Apalaçada que possuí o
nome da terra e onde pudemos
observar os seus bem cuidados
jardins e nos foi proporcionado
acesso { sua adega, com degusta-
ç~o dos seus vinhos e explicaç~o
das castas utilizadas na sua feitura.
N~o saímos do local sem voltar a
ser surpreendidos com a presença,
em muito bom estado de conser-
vaç~o, de alguns coches e liteiras,
que talvez mereçam um espaço
mais apropriado para estarem ex-
postos.
Cheg|mos depois a mais uma hora
de almoço no Restaurante Bem
Haja, em Nelas, onde volt|mos a
ter uma refeiç~o muito agrad|vel.
Visit|mos, de tarde, o Museu Ma-
nuel Soares de Albergaria, que
possui uma coleç~o muito interes-
sante de pintura moderna, obras
escultóricas dos anos 70, arqueolo-
gia composta por artefactos pro-
venientes de escavações arqueoló-
gicas locais, muitas deles perten-
centes { Pré-história e idade Mé-
dia.
Na Rota … do D~o e da Bairrada
www.clubegalpenergia.com 10 # 254 junho 2018
Também l| se encontram expostas
muitas peças alusivas { vinicultura
da Regi~o do D~o e algumas espin-
gardas de caça do século XIX, que
representam os h|bitos e pr|tica
de caça da regi~o naquela época.
Resumindo uma visita muito inte-
ressante.
Visit|mos também a Quinta do En-
contro e Quinta de Cabriz, onde
nos foram dados a provar os seus
maravilhosos vinhos e espumantes
de ótima qualidade e dada a co-
nhecer as suas adegas, modernas
e funcionais.
Depois, com muita chuva, mas
com boa disposiç~o, l| regress|-
mos a nossas casas, prontos para
mais uma qualquer outra iniciativa
futura do nosso Clube, desta vez
representado, e bem, pelo
“nosso” José Bregante.
Edgar Moreira
Na Rota … do D~o e da Bairrada
www.clubegalpenergia.com 11 # 254 junho 2018
Os sonhos medonhos s~o feitos
disto.
O irrascível e provocador Marilyn
Manson dominou, no passado dia
27 de junho, um Campo Pequeno
que parecia querer comê-lo, em
mais uma grande noite proporcio-
nada pelo Clube Galp.
A banda americana foi recebida
em apoteose depois de quase dez
anos de ausência de Portugal.
Igual a si próprio, Brian Warner
passou boa parte do concerto a
arremessar microfones para o
ch~o e a barafustar com a banda e
entourage.
Mas n~o se esqueceu de cantar os
hinos, e, aí, teve um público esfo-
meado e fabuloso.
Marilyn Manson subiu assim ao
palco do Campo Pequeno para
apresentar o novo |lbum de estú-
dio Heaven Upside Down, o décimo
da carreira, lançado no último tri-
mestre de 2017.
O disco que, para muitos, é uma
prova da capacidade de Marilyn
Manson surpreender e continuar a
dar voz a fortes polémicas.
Este |lbum chegou dois anos após
o bem-sucedido The Pale Emperor,
e conta com fortes elementos que
remetem a |lbuns mais antigos
como: Portrait of an American Fa-
mily e Holy Wood (In the Shadow of
the Valley of Death).
Nos últimos anos, a minha opç~o
para colónia de férias tem sido
sempre o MyCamp no Cartaxo.
Uma vez mais foi incrível… daí
adorar este campo de férias.
Para o próximo ano, espero, uma
vez mais, poder voltar e reencon-
trar os amigos e amizades efetua-
das no MyCamp.
Para quem n~o conheça, se puder
venha participar e conhecer uma
colónia de férias com muita oferta,
e fazer novas e boas amizades.
O MyCamp é fixe.
Marilyn Manson Colónia de Férias
MyCamp Cartaxo
www.clubegalpenergia.com 12 # 254 junho 2018
Campeonato Regional de Clubes
1ª Prova
Cabeç~o
3.junho.2018
No passado dia 3 de junho, iniciou-
se mais um Campeonato Regional
de Clubes da 1ª divis~o.
Definido o objetivo de regressar
novamente aos campeonatos naci-
onais, foi com natural ambiç~o que
os pescadores do Clube Galp se
prepararam e abordaram esta 1ª
prova, que decorreu na denomina-
da Pista Nova de Cabeç~o, próxi-
mo de Avis.
Sem possibilidades de realizar
qualquer treino no referido local,
por variadíssimas condicionantes e
com poucas informações, os pes-
cadores do Clube preparam-se pa-
ra todas as eventualidades.
Assim, preparam materiais para a
pesca { inglesa, mas também para
a pesca { francesa e para a pesca
de abletes (técnicas utilizadas).
Para o efeito, preparam-se 3 pes-
queiros: para a inglesa, entre os 40
e os 50 metros, com farinha
(engodo) e asticot colado; aos 13
metros (francesa) também com
engodo, asticot e sementes (milho,
trigo e c}nhamo); e entre os 3 e 4
metros, um pesqueiro para as ab-
lettes com engodos apropriado
para esta espécie.
A estratégia passava por fazer al-
gumas ablettes e “livrar a gra-
de” (termo utilizado para definir
que n~o apanha nada), e assim fi-
car descansado para a eventualida-
de de um dia de pesca muito difícil.
Ganha a confiança com a pesca de
algumas ablettes, e perante os si-
nais de que existia alguma ativida-
de de peixe grande (carpas, pim-
pões e barbos), optou-se, a partir
de determinado momento, por
esta hipótese, vindo a revelar-se a
opç~o correta, pois os peixes gran-
des apareceram, proporcionando,
nalguns sectores, pescarias signifi-
cativas.
Resultado final: com dois primeiros
e três segundos lugares nos cinco
sectores, o Clube Galp garantiu o 1º
lugar na classificaç~o deste campe-
onato, dando um passo importan-
te para a concretizaç~o do objeti-
vo.
Agora é esperar e preparar, dentro
do possível, a 2ª prova marcada
para o dia 15 de julho no mesmo
rio, mas na Vila de Mora.
Manuel Aboim
Campeonato Regional de Pesca Desportiva
www.clubegalpenergia.com 13 # 254 junho 2018
Na Visita { FNA destaca-se a tradiç~o e a alegria das pessoas que a visitam, num envolvente espaço de muitos
destaques em que cada canto é uma descoberta agrad|vel.
Num ambiente repleto de gente e de muita simpatia dos “feirantes” e de todos, incluindo os visitantes, uma
procura por conhecer a zona e outras tradições do Continente e Ilhas, onde cada sitio é uma descoberta de cos-
tumes magníficos.
A prova de vinhos e degustaç~o de v|rios alimentos de cada zona e o, mais interessante, descobrir o desconhe-
cido para tantas pessoas, os variados animais que est~o { disposiç~o para conhecer, desde aqueles que passam
ao nosso lado podendo dar-lhes um gesto meigo, vendo o brilho das crianças por cada momento que ali passam.
Uma descoberta interessante para eles e podermos conhecer o Presidente da República num envolvimento com
as pessoas, incrível!
No final podermos desfrutar no meio da multid~o de um concerto excecional onde cada salto e cada canto nos
fortalece e nos motiva!
Telmo Martins
FNA2018 - Uma Feira de Tradiç~o
www.clubegalpenergia.com 14 # 254 junho 2018
Era uma vez… quando eu era pe-
quena, era assim que começavam
as histórias que me contavam, al-
gumas das quais incluíam belas
paisagens, neve, vento e frio, re-
nas, alces, princesas, o sol da meia
noite e o Pai Natal.
Porém, desta vez o que era pro-
posto ao nosso grupo de viajantes
era uma viagem bem real a lugares
onde se podia encontrar tudo isto
e muito mais.
Mas vou contar tudo: como de cos-
tume, foi o encontro do nosso gru-
po de 34 pessoas (quase todas j|
conhecidas) no Aeroporto Hum-
berto Delgado, bem cedinho.
O avi~o partiu pontualmente { ho-
ra marcada e ao fim de 4 horas e
40 minutos, aterr|mos em Helsín-
quia.
O voo que nos levaria a Rovaniemi
só partiria de Helsínquia pelas 21
horas, de modo que tínhamos toda
uma tarde { nossa frente!
E ainda por cima com um calor in-
tenso, nada habitual nestas para-
gens e oposto ao que deix|ramos
em Lisboa, com um céu a ameaçar
chuva e bastante frio!
Tínhamos de tirar partido da tarde
e aproveit|-la da melhor maneira.
E assim aconteceu!
Um autocarro levou-nos aos pon-
tos mais interessantes da capital
da Finl}ndia.
Totalmente reconstruída após um
incêndio que a devastou em 1757,
Helsínquia é uma cidade bonita,
ampla, cheia de ilhas, pontes e bra-
ços de mar, com uma arquitetura
peculiar, interessantes museus,
gente simp|tica, restaurantes mo-
vimentados e uma populaç~o mui-
to jovem. Compõe-se de quartei-
rões de edifícios neocl|ssicos e
muitos apontamentos Arte Nova,
sem prédios altos. As cores dos
prédios v~o do azul claro, ao ama-
relo torrado e { cor de tijolo.
Assim e acompanhados pela guia
Ana (brasileira) pass|mos pelas
principais ruas e monumentos de
Helsínquia, pelo Teatro Nacional,
Estaç~o dos Caminhos de Ferro,
Museu de Arte, Museu da Arquite-
tura Finlandesa e Catedral situada
na Praça do Senado - evangélica
luterana, de estilo neocl|ssico.
Como património monumental,
merecem referência as igrejas e
catedrais da cidade: as luteranas (a
religi~o que tem maior express~o
na Finl}ndia) e as ortodoxas.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
www.clubegalpenergia.com 15 # 254 junho 2018
Para além da Catedral da Praça do
Senado, onde domina o rigor e
austeridade do luteranismo, é tam-
bém imponente a catedral ortodo-
xa Uspenski, de estilo Neo-
bizantino, construída na segunda
metade do século XIX, com a sua
forma a simbolizar a força do Espí-
rito Santo e rematada por 13 cúpu-
las de ouro fino.
Descemos na Praça do Mercado
cheia de barraquinhas onde est| {
venda toda a espécie de objetos
turísticos como bandeiras, t-shirts,
bijutarias e também peles, gorros,
luvas, sapatos e muitos legumes,
frutas e flores.
Fica perto do porto. No interior do
mercado propriamente dito havia
muitos restaurantes com comidas
típicas, com predomin}ncia para o
salm~o cozinhado das mais diver-
sas maneiras e que, na verdade, é
o peixe mais popular destas para-
gens.
De novo no autocarro, saímos ago-
ra um pouco do Centro da cidade e
par|mos no Parque Sibelius, um
pequeno parque onde est| o mo-
numento que presta homenagem
ao compositor finlandês Jean Sibe-
lius.
O monumento foi inaugurado em
1967 e ao lado da escultura princi-
pal est| uma efigie de Sibelius. A
escultura tem mais de 600 tubos
de aço, ocos, soldados de uma for-
ma que imita uma onda.
Mas tínhamos de regressar ao ae-
roporto, para prosseguirmos para
o nosso destino - Rovaniemi. Desta
vez o voo foi de curta duraç~o –
apenas 1h e 15 minutos. E quando
aterr|mos, a luz do sol era intensa,
apesar de serem quase 23 horas.
No aeroporto n~o tivemos quais-
quer dúvidas que est|vamos na
terra do Pai Natal. Vimos logo qua-
tro grandes renas iluminadas dian-
te do port~o de desembarque.
No interior do aeroporto, que é
bastante pequeno, havia muitas
|rvores de Natal cheias de luzes e,
pendurados do teto, carros puxa-
dos por renas e c~es Husky, enor-
mes bolas coloridas, grandes cai-
xas embrulhadas em papéis ale-
gres e cheias de laços, etc..
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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As malas chegaram rapidamente e
fomos de imediato para o Hotel.
Ao chegar ao quarto, reparei que,
dentro do mesmo, havia uma divi-
s~o toda revestida de madeira, que
era uma sauna completa.
A palavra “sauna” é a única palavra
finlandesa que existe em todas as
outras línguas. Em qualquer lugar
do mundo a palavra sauna é pro-
nunciada da mesma maneira. E es-
ta, com certeza, é a palavra ideal
para representar a Finl}ndia, o seu
povo e a sua cultura.
A sauna tem um significado muito
profundo para os finlandeses, é
quase um lugar sagrado.
Existe até uma citaç~o que diz:
“Comporte-se dentro de uma sau-
na como se comportaria dentro de
uma igreja”.
Podemos encontrar saunas em to-
dos os locais: apartamentos, mora-
dias, piscinas públicas, gin|sios,
hotéis e até nas embaixadas finlan-
desas situadas noutros países.
H| cerca de dois a três milhões de
saunas na Finl}ndia para 5,4 mi-
lhões de habitantes.
Uma sauna consiste numa sala
com um ambiente muito aquecido.
O interior das saunas secas é re-
vestido de madeira e as cabinas de
sauna s~o aquecidas a lenha ou a
eletricidade.
H| quem diga que com a sauna se
consegue o alívio de dores da colu-
na, o aumento da circulaç~o san-
guínea, a hidrataç~o da pele e a
desobstruç~o dos poros, o comba-
te ao stress e { hipertens~o.
No final de cada dia, uma sauna é a
receita infalível para conseguir
aquecer o corpo e garantir a verda-
deira sensaç~o de tranquilidade e
relaxamento.
Mas na Finl}ndia a sess~o de sauna
n~o implica apenas estar uns lar-
gos minutos numa cabine muito
aquecida.
Uma sess~o completa significa
também um banho em |guas gela-
das.
Nas saunas que têm um rio ou um
lago na vizinhança - e muitas s~o
estrategicamente colocadas nas
margens de lagos - a superfície
congelada é rasgada num buraco
para permitir o acesso { |gua.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Da janela do meu quarto do Hotel
n~o se via o sol, mas a claridade
manteve-se durante toda a noite.
A guia tinha explicado que, nesta
altura do ano, h| sempre luz du-
rante três meses, o que para mui-
tas pessoas constitui um proble-
ma, pois têm dificuldade em
aguentar a luz durante tanto tem-
po, tal como acontece depois nos
meses de inverno em que é noite
também durante 3 meses e é mui-
to difícil suportar a escurid~o.
Nas zonas polares ocorre no ver~o
um fenómeno conhecido como Sol
da meia noite, que era um dos
principais atrativos e um dos
pontos altos da nossa viagem. Isto
acontece por causa da incidência
de dias após dias sem noites, pois
estes n~o escurecem nas regiões
polares.
Este fenómeno é devido {
localizaç~o geogr|fica dos polos e
do movimento de rotaç~o e
translaç~o da Terra e da inclinaç~o
do seu eixo.
E na manh~ seguinte, 27 de junho,
fomos descobrir a cidade.
Rovaniemi é uma cidade moderna,
com uma populaç~o de 60.000
habitantes, o que faz dela o maior
núcleo populacional próximo do
círculo polar |rtico e que vive
essencialmente do turismo, por
estar aqui situada a Aldeia do Pai
Natal.
Rovaniemi foi quase inteiramente
destruída na Segunda Guerra
Mundial e foi reconstruída com
base num projeto urbanístico de
Alvar Aalto, o mais conceituado
arquiteto finlandês, uma espécie
de Oscar Niemeyer l| do país. A
cidade é o verdadeiro port~o de
entrada da Lapónia finlandesa.
Começ|mos por visitar a Igreja
Evangélica luterana, com a sua tor-
re de 50 metros. O atual edifício
ficou concluído em 1950, pois o
anterior foi totalmente destruído
na guerra da Lapónia. Os frescos
da igreja s~o interessantes, pois
representam a vida e a natureza da
Lapónia e deparamos com figuras
de renas em vez de ovelhas, como
estamos acostumados a ver.
Em seguida, fomos visitar o Arkti-
kum - um centro de ciência e mu-
seu que inclui o Centro \rtico da
Universidade da Lapónia e realiza
pesquisas internacionalmente re-
conhecidas e multidisciplinares so-
bre o \rtico e o Museu Regional da
Lapónia.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Este Museu é a principal autorida-
de na cultura, pré-história, história
e património arquitetónico e d|
uma vis~o geral das complexida-
des da natureza |rtica e da Lapó-
nia.
Aqui a história da Lapónia finlande-
sa vai desde Rovaniemi até a Lapó-
nia Superior e desde a pré-história
até { década de 1970. A regi~o |rti-
ca é examinada { luz da pesquisa
do \rtico de hoje e do futuro. As
exposições fornecem uma vis~o
abrangente da história e da cultura
da Lapónia, bem como do conheci-
mento do \rtico.
No Arktikum, que tem o aspecto
de um túnel de vidro, havia v|rias
exposições muito interessantes e
pudemos ver um filme sobre as
auroras boreais, deitados no ch~o,
em círculo, sobre almofadas, com
as c}maras dos telemóveis aponta-
das para o teto.
Muito sugestivo, pois fic|mos com
uma ideia bastante clara acerca do
fenómeno, que é assim explicado
pelos cientistas: “as Auroras
Boreais s~o um fenómeno
luminoso que ocorre nas zonas
polares.
Originam-se quando as partículas
eletricamente carregadas,
transportadas pelo vento solar,
chocam a grande velocidade com
os |tomos e moléculas da
atmosfera terrestre.
Os choques provocam a excitaç~o
dos |tomos e das moléculas que
emitem um fot~o luminoso,
quando se descarregam.”
As auroras boreais mais comuns
têm uma cor verde-amarelada, e
resultam do choque com |tomos
de oxigénio a alturas de entre 90 e
150 quilómetros.
Também as auroras vermelhas,
que ocasionalmente aparecem
acima das verdes, s~o produzidas
pelos |tomos de oxigénio,
enquanto as azuis se devem aos
iões das moléculas de hidrogénio.
As auroras boreais acontecem
tanto no inverno como no ver~o,
mas s~o invisíveis { luz do dia e,
por isso, n~o se vêem no ver~o.
As épocas em que h| mais
probabilidades de as ver s~o em
setembro – outubro e fevereiro –
março, a partir das 21 horas, mas
diz-se que a melhor hora é por
volta das 23:30 horas.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Após a visita ao Arktikum fomos
até { Aldeia do Pai Natal, outro dos
pontos altos da nossa viagem.
Situada junto ao Círculo Polar \rti-
co, a |rea é conhecida pela sua be-
leza natural, mas principalmente,
por fazer viver o clima de Natal du-
rante todos os dias do ano. Aqui as
construções foram pensadas para
levar os visitantes a sentir a magia
do Natal.
Na verdade, ficamos encantados
com as luzes, os pinheiros, as cons-
truções de madeira, as lojas de re-
cordações, os restaurantes, os ca-
fés, o acampamento Sami, o posto
dos Correios do Pai Natal (onde se
encontram as cartas vindas de to-
do o mundo dirigidas ao Pai Natal
e se podem comprar e escrever os
postais de Natal para enviar { famí-
lia e amigos), o Escritório do Pai
Natal e o Pai Natal, o personagem
de grandes barbas brancas, vesti-
do com as tradicionais roupas ver-
melhas e brancas, mas neste dia
com umas calças esverdeadas.
Aqui pode-se tirar uma foto com o
Pai Natal, que sabe algumas pala-
vras em v|rias línguas (como viu
que fazíamos parte de um grupo
de Portugueses, disse que Lisboa
era uma cidade muito bonita e o
nome de Cristiano Ronaldo tam-
bém foi logo referido). A foto n~o
é gratuita, mas sim paga …e bem!
Também n~o nos esquecemos de
tirar uma fotografia na linha bran-
ca que demarca o Círculo Polar \r-
tico e que atravessa a aldeia.
As coordenadas do Círculo Polar
\rtico, 66 ° 32’ 35”, est~o marca-
das no solo.
Existe ainda um poste onde est~o
indicadas as dist}ncias entre aque-
le lugar e algumas das grandes ci-
dades do mundo e a direç~o em
que as mesmas se situam.
Aqui encontr|mos um casal portu-
guês, que andava a viajar de mota
pela Escandin|via.
Após o almoço partimos para Saar-
iselka, em plena Lapónia, onde iría-
mos pernoitar.
Foram v|rias horas de caminho,
sempre ao longo de rios, lagos e
montanhas e observando, fre-
quentes vezes, rebanhos de renas.
A estrada é uma sequência de la-
gos e pinheirais a perder de vista.
E assim entr|mos na Noruega,
quase sem dar por isso!
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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No terceiro dia, 28 de junho, de-
pois do pequeno-almoço e j|
acompanhados pela guia Nicole
(também brasileira) saímos para
Inari, a fim de visitarmos o Parque
– Museu da Cultura Sami, situado
perto de Karasjok, no norte da No-
ruega, que é o centro cultural des-
ta comunidade e onde podemos
encontrar o Parlamento e o Centro
de Artistas Sami.
Os Sami s~o um grupo indígena
que vive atualmente em regiões
situadas na Suécia, Noruega, Rús-
sia e Finl}ndia, no norte da Escan-
din|via. O território onde vivem os
Sami é conhecido por S|pmi e con-
sidera-se que os primeiros povoa-
dores chegaram aqui h| 11.000
anos.
Calcula-se que atualmente vivem
entre 50 e 65 mil Sami no norte da
Escandin|via e na península de Ko-
la (na Rússia).
Embora a maior parte dos Sami se
tenha adaptado aos costumes es-
candinavos, na verdade defendem
bastante a sua própria cultura e as
suas tradições.
O povo Sami da Finl}ndia tem o
direito de manter e desenvolver a
sua própria língua e cultura.
No início de 1996 foi constituído
através de decreto parlamentar o
novo parlamento Sami
(S|mediggi), como corpo repre-
sentante do povo Sami.
Ainda h| cerca de 8 mil Sami viven-
do com os seus costumes e língua
própria no norte da Finl}ndia.
Antigamente eram tribos nómadas
que viviam da caça, da pesca e do
comércio rudimentar com os vizi-
nhos, mas atualmente o panorama
é diferente e h| muito poucas co-
munidades que vivem no estilo an-
tigo.
Muitos dos Sami atuais dedicam-se
{ criaç~o de renas, atravessando
os campos com os seus rebanhos
acompanhados por c~es, embora
ajudados agora por tecnologia mo-
derna.
A cultura Sami conserva ainda hoje
três características fundamentais:
a sua língua própria (a língua Sami,
que é uma das línguas oficiais da
Noruega), o artesanato típico
(taças, facas com cabo de corno
de rena, tecidos, pulseiras de esta-
nho, gorros, sacos, peúgas, etc.) e
a criaç~o de renas.
E s~o precisamente as renas os ani-
mais que melhor representam os
Sami. Vimos bastantes em cercas
protegidas.
Todos os anos as renas trocam os
cornos: estes caem e, no ano se-
guinte, nascem maiores.
Uma vez encontrados no ch~o, s~o
usados com diversas finalidades e
como objetos de decoraç~o.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Nesta regi~o vimos, frequentes
vezes, paredes de hotéis e restau-
rantes decoradas com cabeças de
alces e renas.
Para os Sami o contacto com a na-
tureza é fundamental. Continuam
a venerar os deuses naturais e têm
uma religi~o panteísta com aspec-
tos crist~os.
Dormem em Lavvu , que s~o as ca-
banas circulares tradicionais, com
o feitio de um cone e com o ch~o
coberto de peles de rena. Aqui po-
dem dormir v|rias pessoas, depen-
dendo do tamanho da cabana.
O vestu|rio dos sami é muito colo-
rido. Os vestidos, sapatos e cha-
péus que usam est~o cheios de
bordados vermelhos, amarelos e
azuis. Os fatos chamam-se kolt e
têm enfeites feitos com peles de
rena.
A sua origem étnica remonta a
2.500 anos atr|s na história na Es-
candin|via. Em grupos espalhados
pelo interior da Lapónia, estes nati-
vos têm um estilo de vida muito
próprio.
Vivem essencialmente da criaç~o
de renas, mas, tradicionalmente,
subsistiam através da pesca, da
pecu|ria e da caça realizada ao lon-
go da costa nos fiordes e nos gran-
des rios, mais para o interior. O dia
nacional do povo Sami é o dia 6 de
fevereiro, pois o primeiro congres-
so Sami teve lugar em 6 de feverei-
ro de 1917.
Alguns ainda mantêm h|bitos nó-
madas.
Outros, com o turismo, comerciali-
zam o artesanato que fabricam.
Os Sami também têm uma bandei-
ra própria, com a cor amarela que
representa o sol, o azul que simbo-
liza o céu, o verde das |rvores e o
vermelho do fogo. Do lado direito
est| o sol e, do lado esquerdo, a
lua.
As lojas destas regiões s~o sempre
muito atraentes e vistosas, com os
seus objetos variados, onde predo-
minam as sweat-shirts e gorros
com muito pelo, os cachecóis, as
luvas e os casacos quentinhos e as
botas forradas, pois se o frio no
mês de Junho j| nos obrigava a
usar kispos, o que ser| nos meses
de inverno?
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Também se vêem muitas represen-
tações de Trolls, quer em lojas,
quer nos caminhos.
De acordo com o folclore escandi-
navo, os trolls s~o criaturas gigan-
tescas e feias cuja descriç~o se as-
semelha bastante { do Shrek em
tamanho grande!
S~o seres noturnos, os seus escon-
derijos favoritos s~o as cavernas e
as regiões montanhosas e, além de
serem muito feios, a inteligência
n~o ser| o melhor de seus atribu-
tos.
Por outro lado, segundo algumas
lendas, os trolls s~o capazes de
mudar de forma e até de se tornar
invisíveis.
Tal permite que eles possam en-
trar e sair dos mais variados locais
sem precisar de usar portas e jane-
las ou, ainda, aparecer de repente,
surpreendendo os humanos.
Diz-se que “realmente” est~o em to-
dos os lados.
Independentemente das lendas, a
verdade é que os trolls realmente
fazem parte da cultura norueguesa
e, no fundo, s~o amados pela po-
pulaç~o e s~o vendidos como re-
cordaç~o em todos os locais onde
passamos.
De novo a caminho, prosseguimos
por estradas bordeadas por rios e
lagos.
Aqui e { medida que nos dirigimos
mais para Norte, a vegetaç~o vai-
se tornando cada vez menos abun-
dante e mais rasa e vemos peda-
ços de neve nos pontos mais eleva-
dos.
Chegamos a Honningsvag, a cida-
de mais próxima do Cabo Norte.
Trata-se de uma pequena povoa-
ç~o com cerca de 2.500 habitan-
tes, com casinhas de madeira pin-
tadas de v|rias cores. É uma cida-
de portu|ria situada entre 2 ilhas,
bonita e com uma localizaç~o ex-
celente onde chegam numerosos
navios de cruzeiro.
E é aqui que se situa o Artico Ice
Bar, um bar de gelo que abriu as
portas em 2004 e pretende mos-
trar aos visitantes que chegam nos
meses menos frios (de abril a outu-
bro) como é o gelo que se formou
durante os meses de inverno, a
uma temperatura bastante fria
mas suport|vel (-5 graus). É o bar
de gelo mais setentrional do mun-
do.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Mas antes de entrarmos no bar de
gelo passamos por uma loja cheia
de lembranças da Noruega, ideal
para quem quer levar uma recor-
daç~o.
No piso superior da loja encontra-
mos uma série de artigos de Natal
muitíssimo variada.
Ao passearmos pela loja, pudemos
ver Lonchas, um c~o malamute do
Alaska que, embora gigantesco, é
t~o pacífico que est| deitado no
ch~o e quase n~o se d| por ele, se
n~o fosse o seu tamanho. Mas,
apesar disso, fomos avisados para
n~o lhe tocar!...
No que se refere ao bar de gelo,
antes de entrar tivemos que vestir
uma capa térmica prateada, com
capuz, por cima da nossa roupa.
No interior, onde o ambiente est|
escassamente iluminado com luz
azul, pudemos ver um vídeo que
nos mostrou o processo que se
utiliza todos os anos para cortar os
blocos de gelo e transport|-los até
ao bar. É muito interessante, so-
bretudo porque tudo é feito de
forma muito artesanal.
Para construir o Ice Bar, cuja estru-
tura muda todos os anos, s~o utili-
zados 55 blocos de gelo com 800
kg cada um, provenientes dos la-
gos da Lapónia.
Vimos v|rias mesas com bancos
cobertos de peles de rena, um tre-
nó no qual também nos podíamos
sentar e também havia um igloo.
Pudemos beber uma bebida sem
|lcool num copo de gelo. Mas n~o
fic|mos muito tempo no interior
do bar porque a temperatura era
de 5 graus negativos e tínhamos
de prosseguir com a nossa viagem
para chegarmos ao teto da Euro-
pa.
E, efetivamente, foi ao final da tar-
de que cheg|mos ao Cabo Norte.
Mais acima, só est| o Polo Norte.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Logo que cheg|mos, a primeira
coisa que vimos foi o gigantesco
bloco de pedra coroado por um
conjunto de anéis - o monumento
ao globo terrestre que assinala o
Norte e que tem um aspecto ma-
jestoso, mas sóbrio.
E este globo terrestre, que é t~o
conhecido, converteu-se no símbo-
lo do Cabo Norte.
Senti uma certa emoç~o e um arre-
pio quando o contemplei, n~o por
causa da baixa temperatura que se
fazia sentir, mas porque tinha che-
gado ao ponto mais setentrional
da Europa.
O Cabo Norte é um promontório
situado na Ilha de Mageroya, plano
na parte superior, que se encontra
a cerca de 2.000 quilómetros do
Polo Norte; tem 307 metros de al-
tura e marca a separaç~o entre o
Oceano Atl}ntico e o Oceano Glaci-
ar \rtico.
A nossa expectativa era grande,
para ver ali o sol da meia noite.
Mas o tempo estava cinzento, o
céu cheio de nuvens escuras, pelo
que as expectativas saíram gora-
das.
Mesmo assim, o vento era t~o for-
te, que se tornou quase impossível
fazer fotos junto ao Globo Terres-
tre.
A curta dist}ncia encontramos um
Centro de Visitantes, o Nord-
kapphallen, um centro turístico
com v|rias instalações.
Um grande écran apresenta um
filme sobre as quatro estações do
ano no Cabo Norte. Também h|
uma loja de recordações, e um res-
taurante com vista para o Oceano
Glaciar \rtico e foi neste restauran-
te que jant|mos um prato { base
de salm~o.
Em 1664 chegou o primeiro turista
ao Cabo Norte: foi o sacerdote ita-
liano Francesco Negri que o des-
creve desta forma: “Aqui estou no
Cabo Norte. Poderia dizer que este
é o fim do mundo, porque nenhum
ponto mais ao norte est| habitado
por pessoas”.
Mas n~o h| dúvida que o Cabo
Norte é um dos lugares onde me-
lhor se sente a essência m|gica do
Norte.
Volt|mos ao autocarro, onde o ter-
mómetro marcava 4 graus.
Cerca de 30 quilómetros depois, ali
estava o nosso Hotel.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Era um Hotel curioso, de madeira,
com quartos pequenos, mas con-
fort|veis, sem televis~o e sem tele-
fone.
Parecia feito de contentores so-
brepostos! E aqui foi entregue a
cada um de nós um certificado
comprovativo da nossa presença
no Cabo Norte a 71º 10’ 21’’ N no dia
28 de junho de 2018.
Saímos para o nosso 4º dia de via-
gem, 29 de junho, sob uma chuva
intensa e durante muitos quilóme-
tros continu|mos a ver a mesma
paisagem com pouca vegetaç~o,
muitos lagos e rios e agora tam-
bém muitos rebanhos de renas.
O nosso destino era a cidade de
Alta - uma pequena cidade da No-
ruega e uma das cidades mais a
norte do mundo.
Alta é considerada um dos melho-
res destinos para se observar uma
aurora boreal e é conhecida como
“a cidade das auroras boreais”.
Um dos primeiros observatórios
da aurora boreal foi aqui construí-
do no século XIX, devido { fre-
quência com que este fenómeno
aqui se pode observar.
Devido {s suas características geo-
gr|ficas, a aurora boreal aparece
em Alta cerca de 200 noites por
ano.
E foi em Alta que, após a chegada,
fomos visitar a Catedral das Luzes
do Norte ou da Aurora Boreal,
inaugurada em 2013 e que fica a
cerca de 500 km ao norte do Círcu-
lo Polar \rtico.
A catedral foi concebida como um
símbolo e um marco que subli-
nhasse o papel da cidade como um
lugar a partir do qual o fenómeno
da aurora boreal pudesse ser ob-
servado.
O arquiteto da Catedral -John F.
Lassen - explica: “A Catedral das
Luzes do Norte ou da Aurora Bo-
real é, na sua conceç~o, um resul-
tado da natureza circundante e da
cultura local.
O edifício é um marco, que através
de sua arquitetura simboliza o fe-
nómeno natural extraordin|rio das
luzes do norte do \rtico. A cate-
dral reflete, literal e metaforica-
mente, o fenómeno da aurora bo-
real: etérea, transitória, poética e
bonita. Aparece como uma escul-
tura solit|ria em interaç~o com a
natureza espetacular."
Os contornos da igreja sobem, co-
mo uma espiral, para o topo da
torre do sino que est| a 47 metros
de altura.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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A fachada é revestida de tit}nio.
Dentro da |rea principal da cate-
dral, a sala da igreja faz um interes-
sante contraste com o exterior do
edifício. Os materiais utilizados s~o
o bet~o para as paredes e a madei-
ra para os pisos, painéis e tetos. A
luz do dia entra em toda a igreja
através das janelas, altas e delga-
das, posicionadas de forma irregu-
lar.
Uma claraboia ilumina toda a pare-
de atr|s do altar criando uma at-
mosfera muito especial. Atr|s do
altar est| um Cristo em tamanho
grande, com os braços abertos so-
bre um fundo azul. O conjunto da
catedral com o seu formato es-
guio, parece elevar-se para o céu.
Após o almoço fomos visitar o Mu-
seu Rupestre de Alta - World Heri-
tage Rock Art Centre, o principal
Museu de Alta que foi inaugurado
em 1991 e rapidamente foi conside-
rado o melhor museu europeu,
tendo sido declarado Património
da Humanidade em 1985, pela
UNESCO.
As pinturas rupestres, descobertas
em 1973, mostram gravuras e ce-
nas de caça e pesca e datam entre
os anos 4000 a.C. e 500 a.C.,
abrangendo a Idade da Pedra e a
Idade do Ferro. Estas pinturas ape-
nas se podem ver no ver~o, quan-
do o degelo derrete a neve e o ge-
lo que cobrem as rochas onde es-
t~o mais de 30.000 gravuras.
Os desenhos s~o coloridos para
que sejam mais facilmente visíveis
e est~o espalhados por uma vasta
zona, de frente para o fiorde e as
montanhas.
A técnica para realizar as gravuras
é um baixo relevo feito com golpes
de cinzel ou com pedras, mas o
colorido de muitos deles facilita
bastante o trabalho de compreen-
der aquilo que est| desenhado.
Em geral, s~o cenas da vida quoti-
diana, pelo que vemos animais co-
mo a rena ou o urso, o gado den-
tro de cercas, elementos de pesca
como barcos, apetrechos para a
pesca e |rvores e outros elemen-
tos da flora local.
Para chegarmos { zona onde est~o
as gravuras, h| um caminho sobre
estrados de madeira que permite
percorrer toda a zona.
Tudo est| muito bem sinalizado.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Também se pode ver a exposiç~o
permanente e mais coisas sobre
arte e outros temas culturais rela-
cionados com os Sami e a sua cul-
tura e ainda h| outras exposições,
conferências e outras manifesta-
ções artísticas.
Após a visita que demorou mais de
uma hora, continu|mos a meio da
tarde para Tromso.
A paisagem era agora diferente. A
vegetaç~o voltara a ser mais den-
sa, e, de vez em quando, víamos
um pequeno vilarejo, cinco ou seis
casas, uma fazenda de renas ou de
ovelhas.
Aqui e ali, viam-se manchas de ne-
ve.
Entretanto, tínhamos chegado a
Olderdalen, onde fizemos a traves-
sia em ferry-boat do Fiorde de Lyn-
gen e depois desta travessia che-
g|mos a Breivikeidet onde atraves-
s|mos o Fiorde de Ullsfoden.
As duas travessias foram tranqui-
las, sem agitaç~o, uma mais demo-
rada que a outra, mas estava bas-
tante frio e o tempo continuava
cinzento.
O norte da Noruega é muito boni-
to.
Mas a paisagem começava a ser
diferente, mais montanhosa.
E entre montanhas nevadas, a cer-
ca de 100 quilómetros antes de
Tromso, surgem os primeiros bra-
ços de mar do Oceano Glaciar \rti-
co. A princípio, parecem lagos.
Mas logo aparece ao longe a ponte
que liga o continente a Tromso,
que fica situada na Ilha de
Tromsoya.
E ao fim do dia cheg|mos ao Hotel
em Tromso, onde jant|mos e fic|-
mos alojados.
O nosso 5º dia de viagem, 30 de
junho, foi todo passado em
Tromso.
Cidade portu|ria e universit|ria,
Tromso é a cidade do mundo loca-
lizada mais a norte, exatamente a
350 km a norte do Círculo Polar
\rtico e é o maior núcleo urbano
do norte da Noruega, com cerca
de 50 mil habitantes compostos
por mais de 100 nacionalidades di-
ferentes.
É uma bonita cidade, cheia de cul-
tura e história. Est| rodeada de
montanhas, fiordes e ilhas e apre-
senta uma arquitetura curiosa,
com edifícios neo-cl|ssicos mistu-
rados com as típicas casas de ma-
deira de cores (a mais antiga data
de 1789), características das cida-
des costeiras do \rtico e, por estar
rodeada por |gua, é um importan-
te centro da industria pesqueira
Norueguesa.
Tromso tem um clima muito me-
nos rigoroso do que o da Lapónia,
devido { corrente do Golfo, que
passa por esta regi~o do \rtico e
suaviza os rigores do inverno.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Raramente a temperatura é inferi-
or a 10 graus negativos, mesmo em
pleno inverno.
Dada a sua localizaç~o, a cidade é
um dos locais mais procurados pa-
ra apreciar as auroras boreais, um
fenómeno que ocorre entre se-
tembro e finais de março.
De facto, Tromso fica exatamente
no meio da zona onde ocorrem as
auroras boreais. O nosso 5º dia de
viagem foi todo dedicado { sua
visita, pois a cidade de Tromso ofe-
rece numerosos pontos de interes-
se.
Começ|mos pela Catedral de
Tromso, bastante pequena, que
mais parece uma igreja que uma
catedral e que foi construída em
1861.
É feita de madeira, com troncos
cobertos de painéis no exterior e o
interior é feito de xisto usado nos
telhados.
Foi construída em 1861 e o seu
desenho é de Christian Heinrich
Grosch. A capacidade do templo é
de 618 lugares e o seu estilo é neo-
gótico.
A planta da catedral est| construí-
da em forma de cruz e tem uma
única torre com um relógio no cen-
tro da fachada ocidental, lugar on-
de est| situada a entrada principal.
O órg~o desta Catedral foi cons-
truído por Claus Jensen em 1863 e
é o segundo maior órg~o da No-
ruega. As suas cores s~o o doura-
do e o creme e adapta-se perfeita-
mente ao acolhedor ambiente da
Igreja.
É a única catedral da Noruega
construída em madeira e est| loca-
lizada no centro da cidade, no
meio de uma praça tranquila.
Em seguida, fomos visitar o Museu
Universit|rio de Tromso. Este Mu-
seu est| a funcionar desde que foi
inaugurado, em 1872.
Localizado ao sul da Ilha de
Tromsoya, apresenta exposições
relacionadas com as investigações
realizadas na universidade, as
quais abrangem aspectos muito
vastos desta regi~o.
Este Museu é pouco vistoso no ex-
terior, mas muito interessante no
seu conteúdo, pois mostra a pro-
fundidade da cultura e a natureza
do norte da Noruega, com desta-
que para a cultura Sami - os povoa-
dores origin|rios da Lapónia, bem
como para a arqueologia, a arte
sacra, a civilizaç~o Viking, a geolo-
gia e a aurora boreal.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Pudemos ver uma projeç~o, com
uma duraç~o de meia hora, dedica-
da { aurora boreal, com a expli-
caç~o da mesma e as diferentes
teorias que têm surgido perante
este espet|culo da natureza.
Na minha ideia, a aurora boreal
aparecia no céu e n~o se movimen-
tava, mas pude desfazer uma im-
press~o, pois a aurora boreal est|
sempre em movimento.
Também faz parte do Museu o Jar-
dim Bot}nico \rtico - Alpino mais
setentrional do mundo, que con-
tém diferentes plantas de todo o
hemisfério norte, muitas delas de-
masiado sensíveis ao calor para se
desenvolverem em qualquer outro
jardim bot}nico.
Entre as espécies mais conhecidas
est~o as papoilas azuis dos Hima-
laias, as levísias das Montanhas
Rochosas, as prímulas do \rtico e
uma vasta seleç~o de plantas me-
dicinais tradicionais.
Seguiu-se o magnífico Museu Pola-
ria, que é o museu e aqu|rio mais
setentrional do mundo, marcado
por um belíssimo conjunto arquite-
tónico ultramoderno e que é outra
das atrações turísticas de Tromso.
Foi inaugurado en 1988 e aqui ve-
mos uma exposiç~o interativa e
educativa da fauna e da flora que
podemos encontrar na regi~o |rti-
ca e que s~o típicas desta regi~o.
[ parte, vimos uma projeç~o muito
interessante num ecr~ panor}mico
sobre o Arquipélago de Svalbard, o
lugar povoado mais ao norte da
Terra, que se estende entre os pa-
ralelos 75 e 82.
Observ|mos também uma |rea de
exploraç~o polar ou “caminho |rti-
co”, um aqu|rio que mostra a vida
marinha da localidade, tanques
abertos que contêm animais cos-
teiros, assim como um aqu|rio on-
de existem três espécies de focas,
uma delas as focas barbudas, uma
espécie |rtica muito popular pela
sua natureza tranquila e a sua inte-
ligência.
Nos tanques de peixes grandes
também se podem ver as espécies
mais comuns do Mar de Barents e
de Svalbard.
Nesta visita, temos a oportunidade
de ver uma reconstruç~o fiel e por-
menorizada do clima e do ambien-
te |rtico.
Depois do Museu Polaria, fomos
visitar a Catedral do \rtico.
Esta imponente Catedral é o mo-
numento mais simbólico de
Tromso e caracteriza-se pela sua
arquitetura ultramoderna.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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A sua estrutura especial foi inspira-
da nas paisagens do norte da No-
ruega. É um interessante edifício
triangular em bet~o que foi dese-
nhado por Jan Inge Hovig e cons-
truído en 1965.
Devido { sua imagem diferente e {
sua situaç~o, chamam-lhe com fre-
quência o «Teatro da Ópera de No-
ruega», comparando-a { Ópera de
Sidney, na Austr|lia, porque o seu
desenho faz lembrar este monu-
mento.
No interior da catedral podemos
ver um magnífico vitral policroma-
do de 140 m2, que representa a re-
surreiç~o de Cristo.
Pass|mos em seguida pela Biblio-
teca de Tromso que se destaca,
principalmente, pela sua curiosa
forma arquitetónica.
Em seguida, foram passadas de
m~o em m~o as diferentes peças
de vestu|rio usadas pelos Sami. Os
vestidos, as calças, as botas, os
carapuços, as luvas, as bolsas, as
peças de madeira usadas na cozi-
nha e o que me chamou particular-
mente a atenç~o, uma espécie de
berço muito estreito, feito de cou-
ro, com uma alça que servia para
transportar o bebé ao ombro en-
quanto a m~e trabalhava, ao mes-
mo tempo que embalava o bebé.
Depois destas explicações, pass|-
mos para uma outra divis~o da ten-
da, onde foi servido o lanche ajan-
tarado.
Começ|mos por comer uma espé-
cie de panqueca recheada acompa-
nhada de salada verde e de toma-
te. A seguir, veio o prato principal,
que podia ser ou vegetariano ou
de carne de rena. Eu j| tinha expe-
rimentado uns dias antes língua de
rena e n~o gostei da textura. Mas
mesmo assim, pedi a rena.
Quando teria outra oportunidade
para a voltar a comer? E a verdade
é que estava bem cozinhada e o
paladar era bom!... Este é um dos
pratos tradicionais dos Sami: carne
de rena fumada durante v|rios di-
as e servida com batatas cozidas e
legumes.
Para a sobremesa, comemos uma
fatia de um bolo escuro, acompa-
nhado de mirtilos e de um pedaço
de natas. Também era muito
bom!...
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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As bebidas servidas foram ch| e
café!
E após esta tarde bem passada,
era tempo de regressar ao Hotel
para um novo jantar, mas muito
leve e para dormir, pois no dia se-
guinte, um longo percurso nos es-
perava.
E assim foi: tínhamos chegado ao
6º dia de viagem, 1 de julho. …o
despertar foi bastante cedo, dado
que havia um longo caminho a per-
correr até ao nosso destino – Svol-
vaer.
Desta vez, o sol brilhava e acompa-
nhou-nos ao longo de todo o dia.
A temperatura tinha aumentado
bastante e parecia quase impossí-
vel encontrar um tempo t~o agra-
d|vel nesta parte da Noruega.
Apesar da sua localizaç~o, esta re-
gi~o sofre a influência da corrente
do Golfo, pelo que tem um clima
muito mais suave do que se pode
esperar e tem um ver~o agrad|vel
embora curto. Mas a verdade é
que o tempo estava mais quente
do que em Lisboa, quando inici|-
mos a viagem h| apenas 6 dias…
Pass|mos primeiramente pelo Ar-
quipélago das Ilhas Vesteralen
com alguns pontos de interesse.
Aqui o maior aglomerado populaci-
onal fica em Harstad, um lugar on-
de foi construída a Trondenes Kir-
ke, que foi durante muitos séculos
a igreja crist~ situada mais ao Nor-
te no mundo. Outra localidade in-
teressante é Nyksund, uma antiga
aldeia de pescadores que foi aban-
donada h| alguns anos, mas que
agora est| a renascer a pouco e
pouco como colónia de artistas.
Mas o maior atrativo em Vestera-
len est| no antigo porto pesqueiro
de Andenes.
Vamos agora a caminho das Ilhas
Lofoten, um dos arquipélagos mais
belos do mundo, formado por um
conjunto de ilhas que se encon-
tram a norte da Noruega, na pro-
víncia de Nordland, ancoradas nas
|guas tumultuosas do Mar da No-
ruega, bem acima do Círculo Polar
\rtico. As ilhas principais est~o li-
gadas por terra pela conhecida es-
trada do Rei Olav V, com 300 kiló-
metros de extens~o, que une o
arquipélago ao continente.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Esta estrada é provavelmente um
dos lugares mais fotogénicos da
terra, com as suas majestosas
montanhas e fiordes profundos,
que desafiam a paz das suas |guas
de um azul e de um turquesa pro-
fundos, bem como com as suas
dezenas de praias desertas, de
areia branca e |guas de cor esme-
ralda.
Esta pérola da natureza em estado
selvagem oferece paisagens de
montanha majestosas, colónias de
aves e abundante fauna marinha.
As suas pitorescas aldeias piscató-
rias s~o Património da Humanida-
de.
A beleza deste lugar é simplesmen-
te assombrosa e n~o é f|cil encon-
trar palavras para a descrever.
É um arquipélago situado no fim
do mundo, onde as formações ro-
chosas de picos e impressionantes
alcantilados se erguem como se se
tratasse de uma muralha, que che-
ga aos 1.100 metros de altura e on-
de as estradas apresentam um tra-
çado impressionante e de grande
beleza. Aqui quase n~o se distin-
gue qualquer vestígio de vida ve-
getal ou animal. Mas { medida que
nos aproximamos, v~o aparecendo
pequenos pontos coloridos nas
enseadas, barquinhos fundeados
nas baías e pequenas aldeias de
pescadores.
No país das grandes paisagens es-
tas chegam a cortar a respiraç~o e
acho que posso dizer que s~o a
joia da coroa.
As montanhas de Lofoten est~o
separadas de terra firme pelo
Vestfjorden, famoso entre os mari-
nheiros noruegueses porque, em
determinadas condições meteoro-
lógicas, é dificilmente naveg|vel.
A populaç~o das Ilhas Lofoten é de
cerca de 24000 habitantes. Esta
regi~o é aquilo que os próprios no-
ruegueses chamam o Norte Lon-
gínquo. Mais acima só existem as
Ilhas Svalbard, o território Norue-
guês situado mais a Norte.
Os Noruegueses, até mesmo os
que vivem nas cidades, est~o em
contacto constante com a nature-
za que respeitam, cuidam e prote-
gem. Gostam do ar livre e dos es-
paços naturais. Além dos bosques,
os Noruegueses (pelo menos os
desta regi~o) est~o também em
contacto com o mar e, devido {
riqueza das suas |guas, todos pes-
cam o seu próprio peixe.
Os habitantes das ilhas vivem prin-
cipalmente da pesca do bacalhau
no inverno e do turismo no ver~o.
A pesca tem sido e é uma das ra-
zões por que as pessoas vivem
aqui e a regi~o é conhecida pelas
suas numerosas aldeias piscató-
rias. Aqui pode-se comer peixe se-
co, { base de bacalhau de desova.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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As principais Ilhas Lofoten s~o:
Hinnoya, Austvagoy, Gimsoy,
Vestvagoy, Flakstadoya, Mos-
kenesoya e s~o o destino ideal pa-
ra os grandes apaixonados da na-
tureza.
Numerosos p|ssaros marinhos,
terrestres e migratórios juntam-se
nas Ilhas devido, certamente, {
abund}ncia do peixe.
As Ilhas Lofoten s~o a principal zo-
na de pesca de inverno na Norue-
ga e, sobretudo, do skrei, o baca-
lhau do norte, que migra todos os
invernos do Mar de Barents até {s
Ilhas Lofoten { procura da segu-
rança dos seus fiordes e da tempe-
ratura mais amena das suas |guas
para desovar.
O bacalhau é a espécie mais co-
mum, mas também se encontra
halibute, badejo, arinca e escamu-
do.
No século XI o bacalhau das Ilhas
Lofoten, considerado o melhor do
mundo, j| era apreciado na corte
de Inglaterra.
Atualmente continua a ser muito
apreciado pelos habitantes do ar-
quipélago, que vivem, na sua gran-
de maioria, da pesca que tem sido
a principal fonte económica destas
ilhas.
Na verdade, o bacalhau continua a
ser secado em curiosas grades tri-
angulares de madeira no início do
Ver~o. Estes secadores est~o pre-
sentes na maioria das aldeias pis-
catórias desta regi~o, impregnan-
do a atmosfera das ilhas com um
“cheiro” forte, que é t~o caracte-
rístico.
A estrada cheia de curvas e contra-
curvas continua até {s montanhas
e permite observar as pequenas
povoações (Henninsgvaer, Moske-
nes, A…), com casas de um verme-
lho intenso.
A atmosfera é quase irreal: o mar,
extraordinariamente claro, onde
se reflecte o sol, brilha com os
seus tons azulados, verdes e tur-
quesas.
As Ilhas Lofoten est~o em proces-
so de certificaç~o como destino
sustent|vel, uma distinç~o de qua-
lidade que é concedida {queles
destinos que trabalham de forma
continuada para reduzir o impacto
do turismo no meio ambiente.
Além disso, as Ilhas Lofoten esfor-
çam-se por salvaguardar os seus
ativos naturais e culturais, promo-
ver laços sociais e ser vi|veis do
ponto de vista económico.
Tínhamos chegado a Svolvaer, que
é uma localidade animada e com
muitos bares e restaurantes.
É a maior cidade do arquipélago e
a capital das Ilhas Lofoten.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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A primeira coisa que chama a aten-
ç~o em Svolvaer é a sua localiza-
ç~o. Onde quer que estejamos, pa-
ra onde quer que olhemos, a vista
é magnífica.
A paisagem continuava a ser des-
lumbrante, mas o encantamento
n~o se dissipou com a chegada ao
Hotel.
Ainda tent|mos ver o sol da meia
noite, mas n~o conseguimos. Mas
havíamos de ter essa satisfaç~o
ainda antes da viagem terminar…
Inici|mos o 7º dia de viagem, 2 de
julho, com a visita ao Museu Lofotr
Viking.
As Ilhas Lofoten têm uma forte
ligaç~o com a era Viking.
O Arquipélago das Lofoten foi ocu-
pado pelos Vikings durante sécu-
los.
Em 1983 arqueólogos descobriram
no lado norte da Ilha Vestvagoy,
no condado de Nordland, aquela
que seria a casa do chefe da aldeia
de Borg, um enorme edifício da era
dos Vikings, que se pensa datar do
ano 500.
Quando as escavações termina-
ram, os vestígios daquela que ter|
sido uma casa Viking ficaram visí-
veis e o edifício foi reconstruído
ligeiramente a norte do local das
escavações e convertido num mu-
seu.
O Museu Lofotr Viking consiste na
total reconstruç~o da casa do che-
fe, com 83 metros de cumprimen-
to e 9 metros de altura.
Aqui podemos ver uma forja de
ferreiro, duas réplicas de barcos
Vikings e v|rias reconstituições
que nos permitem penetrar no es-
tilo de vida da época dos Vikings e
experimentar a era Viking como
efetivamente foi.
O Museu Lofotr abriu em 1995. O
principal edifício foi planeado pelo
arquiteto Norueguês, Gisle
Jakhelln. O que é aqui mais interes-
sante, é que, ao contr|rio do que
acontece noutros museus, as pes-
soas podem tocar em todos os
objetos que se encontram no seu
interior. Aqui tudo est| disposto
de modo a podermos ter uma no-
ç~o exata de como os Vikings vivi-
am.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Vemos as roupas que fabricavam e
os materiais que utilizavam, as ca-
mas onde dormiam, os utensílios
de cozinha, o peixe pendurado a
secar, os jogos com que se entreti-
nham, o calçado que usavam, a
bancada onde trabalhava o carpin-
teiro, a oficina do ferreiro, os brin-
quedos das crianças…mas o que
achei mais interessante foi poder
agarrar numa espada e enfiar na
cabeça um capacete bélico, fazen-
do uma cara façanhuda…
Alguns guias est~o vestidos como
os Vikings h| 1000 anos atr|s e en-
caminham-nos nesta espantosa
experiência histórica.
Pensa-se que esta casa foi abando-
nada por volta de 950.
O último chefe que aqui viveu foi
talvez o grande chefe Viking Olaf
Tvennumbruni, que se mudou para
a Isl}ndia por causa de um conflito
com os outros chefes.
E no final da visita vimos um filme,
que conta exatamente esta histó-
ria: Olaf Tvennumbruni tem um
conflito com o Conde de Haloyg,
Hakon Grjotgardsson e com o
construtor da naç~o Harald
Fairhair.
Para defender a sua liberdade e a
sua fé nórdica, Olaf leva a família e
os seus homens e faz a viagem por
mar até { Isl}ndia. Porém, a filha
Asa nunca consegue esquecer
Borg e a sua casa em Lofoten. Com
o decorrer do tempo h| muitas
alterações tanto na Isl}ndia como
na Noruega e, por fim, Asa conse-
gue o que pretende através da for-
ça do amor. Na verdade, aquilo de
que gostei mais no filme foi do
chefe, que devia ser bem interes-
sante, com as suas tranças e a sua
barba louras!...
O museu foi nomeado para dois
prémios em dois anos: em 2011 pa-
ra o Museu do Ano na Noruega e
em 2013 para o Prémio do Museu
Europeu do Ano.
Após esta interessantíssima visita,
volt|mos { estrada e, alguns quiló-
metros depois, cheg|mos ao Mu-
seu da Aldeia de Pescadores da
Noruega (Norsk Fiskeværsmu-
seum).
Este é um museu dedicado { pesca
norueguesa situado na vila de pes-
cadores A, no final da Estrada do
Rei Olav, no município de Moske-
nes, em Lofoten, no norte da No-
ruega. Fomos acompanhados por
um guia muito jovem que nos deu
numerosas explicações acerca de
tudo o que íamos vendo.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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O museu foi fundado em 3 de julho
de 1987 pela Moskenes History and
Museum Society em colaboraç~o
com o município de Moskenes e
foi inaugurado oficialmente em
junho de 1988, recebendo subsí-
dios públicos desde 1990.
O Museu da Aldeia de Pescadores
da Noruega, em A i Lofoten, mos-
tra a história da pesca nas Ilhas Lo-
foten e tem a aparência de um mu-
seu ao ar livre, composto por nove
edifícios (n~o se podem visitar to-
dos), onde podemos ver v|rias ex-
posições, embora a maioria destes
edifícios esteja nos seus locais ori-
ginais.
Uma padaria construída em pedra,
de 1844, é conhecida por fabricar
p~es de canela e p~o tradicional.
Outros edifícios incluem uma mer-
cearia numa casa de 1843, uma ca-
sa de barcos contendo barcos de
madeira tradicionais Nordland,
uma f|brica de óleo de fígado de
bacalhau e uma forja de ferreiro.
O edifício mais apreciado é o ror-
bu, uma casa tradicional de pesca-
dores. O tema principal do museu
é a vida na vila de pescadores e a
pesca em Lofoten nos últimos 250
anos e aqui podemos ter uma ideia
de como era a vida quando cente-
nas de pescadores viviam em caba-
nas e pescavam neste mesmo lu-
gar h| muitos anos atr|s.
Uma vila de pescadores costumava
ter um propriet|rio, que era dono
do terreno onde ficava a vila, alu-
gava cabanas rorbu para os pesca-
dores que vinham para a pesca,
comprava o peixe que os pescado-
res eram obrigados a fornecer-lhe
e que depois era vendido.
Todo o poder de um dono de al-
deia provinha dessa mesma aldeia.
Existem muitas aldeias em Lofo-
ten, mas A é uma das mais remo-
tas e das mais bem conservadas e
todo o conjunto da aldeia constitui
o Museu da Aldeia de Pescadores.
A aldeia de pescadores de A per-
tence { família Ellingsen desde
1842. O complexo é formado pelas
casas da família construídas em
1869 e 1875 e um armazém e uma
loja que datam de 1843 também
s~o partes centrais do complexo.
As cabanas rorbu e as instalações
de processamento de peixe est~o
espalhadas pela |rea: a planta de
salga é de 1927, o est|bulo de
1885, o cais de 1934, a f|brica de
óleo de fígado de bacalhau de 1850
e existe também a casa de campo
e a casa do ferreiro.
A casa de barcos é uma das jóias
do Museu da Aldeia de Pescadores
da Noruega.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Ele contém uma coleç~o de barcos
antigos, desde o pequeno barco
de quatro remos para duas pesso-
as, passando pelo barco de seis
remos para três pessoas, até ao
barco de oito remos para quatro
pessoas. H| também um barco
Nordland convertido, com um mo-
tor de 1915. Também se podem ver
equipamentos de pesca.
Durante os dias de pesca, as pesso-
as arriscavam a vida todos os dias.
Assim, n~o é de surpreender que a
maioria das pessoas acreditasse no
sobrenatural e tivesse receio dos
mortos. O rei-bacalhau, um baca-
lhau mutante com a cabeça defor-
mada, é pendurado como um pei-
xe seco e diz-se que o vento vai
soprar no dia seguinte na direç~o
para onde que a cabeça do peixe
estiver a apontar.
O óleo de fígado de bacalhau foi
usado para fazer óleo e tinta para
l}mpadas e para tratar o couro e
as peles.
O edifício do Museu da Aldeia de
Pescadores da Noruega foi cons-
truído em 1850, mas a f|brica origi-
nal de óleo de fígado de bacalhau
j| n~o se encontra aqui.
Em 1854, o farmacêutico Peter
Moller construiu um navio com um
fundo duplo e dois lados.
O espaço entre as duas camadas
de madeira continha |gua a ferver
e isso permitiu a produç~o de um
óleo de fígado de bacalhau de sa-
bor suave para fins medicinais. A
maneira tradicional de produzir
óleo de fígado de bacalhau era por
flutuaç~o, quando os fígados de
bacalhau eram colocados em bar-
ris durante semanas e meses e o
óleo de fígado de bacalhau subia
gradualmente até ao topo do bar-
ril. O cheiro do óleo de fígado de
bacalhau no interior do Museu fez-
me recuar até { inf}ncia, quando
ouvia toda a gente dizer que as
crianças o detestavam.
Mas nunca o bebi, felizmente!
O museu também produz tinta fei-
ta com óleo de fígado de bacalhau,
a qual ainda é usada em casas anti-
gas ao longo da costa.
As centenas de pescadores de Lo-
foten que saíam de A em barcos a
remos necessitavam de muito p~o.
A padaria foi construída em 1844 e
tem um enorme forno de tijolos
que pode cozer 100 p~es. A pada-
ria ainda funciona hoje, usando
madeira de bétula para aquecer o
forno para cozer o p~o. A padaria
est| a funcionar como o café do
museu e podemos ver os padeiros
a trabalhar.
A pesca é considerada atualmente
a ocupaç~o mais perigosa da Noru-
ega. As estatísticas mostram que é
cinco vezes mais perigoso ser pes-
cador do que agricultor. A maioria
das mortes é devida a uma perda
ou acidente. Entre 2000 e 2012,
morreram no mar 102 pescadores,
o que significa uma média de 8
mortes por ano.
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Destes, 33 morreram devido a nau-
fr|gio ou acidente, enquanto 27
pescadores se afogaram.
Outros tipos de acidentes com
desfecho fatal s~o acidentes no
porto, derrame de combustível e
soldaduras. O pior de tudo é o tra-
balho em pequenas embarcações
de pesca com apenas um homem a
bordo, onde uma queda pode ser
fatal.
As causas de acidentes em barcos
de pesca podem ser o mau tempo,
a escurid~o, a falta de visibilidade,
o peso dos objetos…
Um fato de sobrevivência para a
chuva é considerado a medida
mais segura a bordo.
O recrutamento para a indústria da
pesca tem sido reduzido ao longo
de v|rios anos. As razões podem
ser por a profiss~o dar piores con-
dições de trabalho do que outras
alternativas.
S~o longos dias passados no mar,
em que todos os trabalhos s~o rea-
lizados ao ar livre e sob a influência
da neve, frio, vento e estado do
mar.
Outras ocupações no mar, como a
indústria offshore, oferecem fre-
quentemente melhores sal|rios,
melhores condições de trabalho e
um emprego mais organizado. Os
principais acidentes também atu-
am negativamente.
N~o posso deixar de referir aqui
que um dos meus primos andou
durante 8 anos na Universidade de
Coimbra e n~o fez nenhuma cadei-
ra.
Os pais ficaram muito aborrecidos
e, como castigo, enviaram-no para
a pesca do bacalhau na Noruega.
N~o h| dúvida que o castigo foi
mesmo duro, mas proveitoso!...
A guia explicou que a raz~o pela
qual víamos tantas cabeças de pei-
xe a secar é porque as mesmas s~o
enviadas para \frica. A \frica Oci-
dental e em especial a Nigéria, ti-
nha sido um comprador importan-
te de bacalhau.
Mas, entretanto, este deixou de
ser um alimento barato, passando
a ser um produto de luxo e tornou-
se, assim, muito caro para os afri-
canos com menos posses.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
www.clubegalpenergia.com 39 # 254 junho 2018
Durante muito tempo as cabeças
secas foram enviadas para \frica,
onde eram moídas e usadas para
raç~o de frangos ou caldos.
Agora isto ainda se verifica, mas a
\frica est| novamente a passar
por um período de crescimento
económico e o bacalhau est| a co-
meçar a ser vendido de novo para
l|.
Klippfisk é o bacalhau que foi sal-
gado antes de ser colocado a secar
(embora hoje em dia seja também
seco em grandes instalações de
secagem). Este produto é mais co-
nhecido na parte norte da Norue-
ga, mas também é produzido em
Lofoten.
O peixe salgado é um bacalhau ao
qual foram adicionadas grandes
quantidades de sal, mas que n~o
passa por um processo de seca-
gem. Alguns klippfisk e peixe sal-
gado s~o exportados para a It|lia,
mas muito mais vai para Portugal e
Brasil e também para Espanha, Mé-
xico e República Dominicana.
O tempo continuava magnífico.
Depois de um jantar muito agrad|-
vel, com vista para um fiorde, em
Moskenes, embarc|mos para uma
viagem de 3 horas e meia, com
destino a Bodo. Atravess|mos o
Vestfjord e estivemos perto do Sal-
tstraumen, o tal que é famoso pe-
las suas fortes correntes, que pro-
vocam os mais violentos remoi-
nhos do mundo. Mas a travessia
decorreu tranquilamente, apenas
com bastante vento.
E foi aqui que, precisamente {
meia-noite, pudemos fotografar o
sol, que se refletia bem dourado,
nas |guas.
Mais um objectivo cumprido e
mais um ponto alto neste passeio
inesquecível.
A chegada ao Hotel em Bodo foi
bastante tardia, mas o sol continu-
ava a brilhar!...
E tínhamos chegado ao 8º dia de
Viagem, 3 de julho. A cidade de Bo-
do est| situada numa península,
entre montanhas e o mar, a norte
do Círculo Polar \rtico.
É uma cidade portu|ria, a segunda
maior cidade no norte de Noruega
e é o ponto de início para desco-
brir o verdadeiro norte.
Tem uma populaç~o de cerca de
50.000 habitantes e é uma das ci-
dades que mais crescem no país,
com uma vida urbana intensa.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
www.clubegalpenergia.com 40 # 254 junho 2018
A cidade destaca-se igualmente
pela música, que tem dado e conti-
nua a dar novos talentos a nível
local, nacional e internacional, mas
também tem uma comunidade di-
versificada de artistas locais, vidrei-
ros, oleiros e fabricantes de joias.
Mas o grande encanto da cidade
est| no extraordin|rio cen|rio de
picos acidentados contrastando
com os fiordes e o mar.
A cadeia de montanhas que se po-
de ver oferece oportunidades para
caminhadas de montanha e as flo-
restas s~o o cen|rio perfeito para
longos passeios durante o ver~o.
Foi considerada cidade desde o
início do século XIX (em 1816).
Uma grande parte de Bodo foi des-
truída no ataque alem~o da Lu-
ftwaffe em 27 de Maio de 1940.
Felizmente, apenas 15 pessoas
morreram durante o bombardea-
mento e a cidade foi reconstruída
depois da guerra, terminando os
trabalhos em 1952.
A cidade é sede de uma base aérea
da OTAN, da CAOC3 (Centro de
Operações Aéreas Combinadas) e
das Forças Aéreas Norueguesas e
aqui pode-se disfrutar daquilo que
a natureza tem de melhor.
É um dos lugares perfeitos para
todos aqueles que querem apaixo-
nar-se pelo sol da meia-noite. Tal-
vez este seja um dos seus princi-
pais atrativos turísticos e um dos
motivos por que recebe todos os
anos cada vez mais turistas que
querem disfrutar de toda a beleza
natural que rodeia esta zona da
Noruega.
Por outro lado, também é zona de
grandes fiordes, alguns dos mais
famosos do país, que d~o lugar
também a grandes lagos, ideais
para os amantes da natureza. Em
redor desta localidade também se
podem encontrar pequenas ilhas e
ver alguns dos amanheceres e en-
tardeceres mais belos de toda esta
regi~o.
É f|cil chegar a estas ilhas, j| que
est~o ligadas ao continente atra-
vés de interessantes pontes que
s~o também um dos atrativos e
obras de engenharia mais destaca-
das desta |rea.
Cruzando o Fiorde Vestfjord por
barco encontram-se as mundial-
mente famosas Ilhas Lofoten.
E quem quiser apreciar um dos es-
pet|culos mais selvagens da natu-
reza, basta ir até Saltstraumen, um
dos turbilhões mais impressionan-
tes do mundo, sobretudo quando
a maré est| alta, para o ver em to-
do o seu esplendor.
Aqui também se podem contem-
plar as |guias marinhas a sobrevo-
ar o horizonte.
Bodo abriga a maior concentraç~o
de |guias marinhas de cauda bran-
ca do mundo, o que conferiu { ci-
dade o título de Capital das \guias
Marinhas.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
www.clubegalpenergia.com 41 # 254 junho 2018
Em Bodo h| numerosas maravilhas
naturais, mas a principal atraç~o é
o pano de fundo formado pelos
famosos picos de Bodo e as belíssi-
mas paisagens.
No que se refere { cozinha típica
do Mar de Nordland baseia-se em
especialidades como o skrei
(bacalhau fresco), o bacalhau seco
e o de Lofoten.
Também é típico o cordeiro com
sabor a ervas da costa e as almôn-
degas.
A nossa primeira visita foi a Cate-
dral de Bodo, que é a maior igreja
da cidade.
É um exemplo da arquitetura fun-
cionalista norueguesa e est| cons-
truído em aço e bet~o.
O templo é uma basílica sem torre,
com cinco naves, um pequeno co-
ro e uma |bside poligonal.
O plano da catedral procura resol-
ver v|rias necessidades; por isso,
além do espaço da catedral, o edi-
fício tem do lado sul dois corpos
anexos de menor altura que inclu-
em uma sala de reuniões e tam-
bém escritórios e residências.
Como a catedral n~o tem torres,
h| um campan|rio independente,
formado por uma moldura de be-
t~o e um pin|culo, onde existem 3
sinos, que tocam de hora a hora.
A nave divide-se numa nave maior
e quatro naves laterais. Na divis~o
entre a nave e o coro vemos uma
escultura que representa o Calv|-
rio, com Jesus na cruz.
Na |bside do coro localiza-se o al-
tar, um simples desenho de metal
com uma cruz no centro. Sobre o
altar h| um grande vitral com 12 m
de altura, desenhado por Aage
Storstein e pintado por Borgar
Hauglid.
No coro h| também uma capela
lateral e um púlpito de madeira,
muito simples. A igreja tem uma
galeria na extremidade ocidental
do interior da nave, com decora-
ç~o de madeira. Aqui se encontra a
ros|cea, também da autoria de
Hauglid.
Neste local existiu uma outra igreja
que foi destruida por um bombar-
deamento alem~o em maio de
1940, durante a Segunda Guerra
Mundial.
Depois da guerra o governo deci-
diu situar aqui a catedral de Bodo.
A primeira pedra da catedral foi
colocada em 1954 e foi consagrada
dois anos depois, em 1956.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Prosseguimos para o Museu da
Aviaç~o Norueguesa que est| loca-
lizado no centro de Bodo e é um
museu excelente e bastante com-
pleto, que nos surpreende por es-
tar situado nesta cidade t~o lon-
gínqua.
Est| dividido em duas partes, sen-
do uma dedicada { aviaç~o civil e a
outra { aviaç~o militar, qualquer
delas envolvente e muito informa-
tiva. Na parte militar podemos
apreciar aviões da época pioneira e
do período entre-guerras, da Se-
gunda Guerra Mundial e do perío-
do do pós-guerra e da Guerra Fria.
Na parte civil est~o expostos avi-
ões também da época pioneira e
do período entre-guerras e do perí-
odo do pós-guerra.
É emocionante ver ao alcance da
m~o aviões famosos com o Spitfire
(um caça da Segunda Guerra Mun-
dial), o Focke Wulf 190, o Starfigh-
ter (que pode ser considerado o
símbolo do impacto da Guerra Fria
na sociedade norueguesa), The
Black Lady (um avi~o de espiona-
gem), os despojos de um avi~o da
Luftwaffe ou os aviões de passa-
geiros Junkers 52 e Twin Otter.
Mas h| muitos outros, pois est~o
expostos mais de 40 aviões e heli-
cópteros.
Aqui também nos s~o dadas infor-
mações sobre a navegaç~o polar e
o controlo do tr|fego aéreo, a his-
tória de voo da Noruega com mui-
tos pormenores sobre a ocupaç~o
alem~ da Segunda Guerra Mundial
e a presença da NATO em Bodo e
muito mais.
Também podemos ter uma ideia
do que é estarmos sentados no
banco do piloto de um avi~o.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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H| também um simulador de voo e
na |rea exterior do Museu pode-
mos ainda subir { antiga Torre do
Aeroporto de Bodo e ver daqui o
primeiro radar da aviaç~o comerci-
al na Noruega e a torre de controlo
original do aeroporto de Namsos.
Devido { escassez de tempo, esta
subida j| n~o foi possível.
O nosso almoço foi em Bodo e,
após o mesmo, fomos para o aero-
porto, com destino a Oslo, na reta
final da nossa viagem, onde cheg|-
mos ao final do dia.
E est|vamos mesmo no último
dia… 4 de julho.
Oslo é a capital da Noruega e tal-
vez a cidade mais cara da Europa e
uma das mais caras do mundo.
Tem uma populaç~o de cerca de
600 000 habitantes e é uma cidade
com um grande património históri-
co e cultural.
Est| situada numa posiç~o privile-
giada no fundo do fiorde de Oslo e
os seus atrativos s~o numerosos e
est~o na sua maioria relacionados
com a natureza e alguns fenóme-
nos atmosféricos que se verificam
neste país e noutros países da Es-
candin|via.
Dentro dos limites da cidade exis-
tem cerca de 40 ilhas e mais de
340 lagos.
O ponto mais alto da cidade é Kir-
keberget, a 629 metros de altitu-
de, e a |rea que ocupa é bastante
grande, dois terços da qual s~o
|reas protegidas como bosques,
colinas e lagos, raz~o pela qual h|
muitos parques e zonas ao ar livre,
muito frescas e verdes.
Os seus mundialmente conhecidos
fiordes, também s~o uma das gran-
des maravilhas que nos proporcio-
na esta zona da Europa.
Oslo foi fundada pelo Rei Harald
Hardrade aproximadamente em
1048 d.C. e de início n~o foi uma
das cidades mais importantes do
país.
Em 1314 o Rei HaakonV foi o pri-
meiro monarca a residir permanen-
temente na cidade, a que passa a
chamar a capital do país.
A cidade foi destruída quase na
sua totalidade na Idade Média por
v|rios incêndios, mas foi recons-
truída no início do século XVIII,
tendo ent~o tido um grande cresci-
mento económico, graças ao co-
mércio marítimo e { exportaç~o de
madeira.
O século XIX foi um período de
progresso e expans~o para a cida-
de e foram construídos v|rios edi-
fícios como o Pal|cio Real, a Uni-
versidade e o Teatro Nacional e
surgiram novos bairros onde se
estabeleceram os imigrantes que
procuravam trabalho nas novas
f|bricas.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Este crescimento deu origem a
que Cristiania (nome que foi dado
{ cidade alguns anos antes) se tor-
nasse na cidade mais povoada da
Noruega em 1850.
A cidade continuou a crescer { me-
dida que se lhe incorporavam mais
zonas até que, em 1924, foi resta-
belecido o nome original de Oslo.
Em abril de 1940 a invas~o alem~
da Noruega tinha Oslo como prin-
cipal objetivo, porque este porto
era necess|rio para manter o abas-
tecimento das tropas alem~s a nor-
te. Mas os alem~es desistiram do
ataque naval a Oslo devido { forte
defesa da costa. Porém, paraque-
distas alem~es tomaram o Aeró-
dromo, que ofereceu pouca resis-
tência e assim entraram e ocupa-
ram Oslo.
Em 1950 foi inaugurada a C}mara
Municipal de Oslo onde é entregue
o Prémio Nobel de Paz em 10 de
dezembro de cada ano.
Oslo est| atravessada por dois pe-
quenos rios e é uma importante
cidade portu|ria e o centro econó-
mico do sector marítimo na Euro-
pa.
O Porto de Oslo é o maior porto de
carga e de passageiros do país.
Desenvolvida, organizada e mo-
derna, Oslo é o perfeito equilíbrio
entre design e natureza. No meio
de florestas, lagos e ilhas surge
uma cidade de cultura urbana e
arquitetura bonita e harmoniosa,
limpa e organizada onde se vive
bem e também extraordinariamen-
te atraente, com muitos museus,
edifícios históricos, castelos, tem-
plos e parques.
Inici|mos as nossas últimas visitas
pela Radhus ou C}mara Municipal
que é um edifício de tijolo verme-
lho que originou forte controvérsia
na altura da sua construç~o, em
1950, porque foi considerado de-
masiado moderno para a época.
No entanto, embora escuro e de
linhas mais modernas, o seu exteri-
or tem determinados aspectos in-
teressantes que decoram as pare-
des exteriores.
Este edifício com duas torres, ape-
sar de n~o ser muito atraente no
exterior, tem no seu interior ainda
v|rios painéis esculpidos em ma-
deira, que representam cenas da
mitologia norueguesa e grandiosas
pinturas de Henrik Sorensen e ou-
tros artistas da primeira
metade do século XX, en-
tre eles Edvard Munch,
um famoso pintor e artis-
ta pl|stico norueguês,
precursor do expressio-
nismo alem~o e que inspi-
rou as correntes artísticas
modernas.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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É um dos edifícios mais significati-
vos de Oslo, pelo facto de aqui te-
rem lugar as cerimónias do Prémio
Nobel da Paz.
Todos os anos a 10 de dezembro o
Prémio Nobel da Paz é entregue
neste edifício, após a pessoa esco-
lhida fazer o seu discurso de agra-
decimento.
Os laureados com o prémio Nobel
da Paz recebem uma medalha de
ouro, um diploma e determinada
quantia em dinheiro. Segue-se um
banquete e um baile de gala.
Alfred Nobel nasceu em Estocolmo
em 1833 e faleceu em 1896.
Foi um químico que inventou a di-
namite e era detentor de centenas
de patentes em diferentes |reas
da ciência.
Os seus interesses comerciais em
todo o mundo tornaram-no um
dos homens mais ricos da Europa.
Deixou a sua fortuna a um banco,
estipulando que os juros anuais
fossem usados para financiar cinco
prémios: os da Química, Física e
Medicina deviam ser concedidos a
invenções ou descobertas com o
maior benefício para a humanida-
de.
O prémio da Literatura devia ser
concedido a uma literatura inédita
e o 5º prémio, o da Paz, devia ser
entregue a homens e mulheres
que tivessem trabalhado com êxi-
to ou incansavelmente nos interes-
ses do desarmamento, reconcilia-
ç~o ou causa da paz.
Afred Nobel deu como condiç~o
que este prémio fosse concedido
por um comité norueguês compos-
to por 5 membros designados pelo
parlamento norueguês. Os outros
4 prémios s~o concedidos e apre-
sentados em Estocolmo. Desde
1990 que a cerimónia de entrega
do Prémio da Paz se realiza na C}-
mara Municipal de Oslo.
Este prémio j| foi concedido a polí-
ticos, dissidentes, generais, pacifis-
tas, filósofos e pessoas que tives-
sem conseguido realizações not|-
veis. Mais de uma vez j| foi conce-
dido a duas pessoas em conjunto e
em 1994, pela primeira vez, foi divi-
dido por 3 pessoas: Yasser Arafat,
Simon Peres e Izhak Rabin, pelo
seus esforços para estabelecer a
paz no Médio Oriente.
Depois prosseguimos para o Pal|-
cio Real de Oslo, que é um comple-
xo neocl|ssico debruçado sobre a
cidade, com uma arquitetura um
tanto austera e sem a sumptuosi-
dade de outros pal|cios reais. Mas
também se diz que os reis da Noru-
ega s~o uns reis bastante próxi-
mos do povo e pessoas absoluta-
mente normais.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
www.clubegalpenergia.com 46 # 254 junho 2018
É isso que os distingue e é isso que
o povo aprecia e admira.
O Pal|cio foi construído no século
19 (entre 1824 e 1848) como resi-
dência de ver~o do rei sueco-
norueguês Carl Johan XIV. Seguin-
do o conselho do arquiteto dina-
Marquês Hans Detlef Linstow, que
projetou o edifício, o rei ordenou a
construç~o de um pal|cio numa
colina fora da cidade. Em 1825, Carl
Johan XIV, pessoalmente, colocou
a primeira pedra da futura residên-
cia. O pal|cio foi concluído em
1848 e, em 1849, Carl Johan mor-
reu.
O pal|cio est| rodeado por um be-
lo parque, embora pequeno, com
fontes e zonas ajardinadas. [ fren-
te do Pal|cio h| uma est|tua do rei
Carl Johan XIV, a cavalo. No início
da visita foi-nos pedido que pusés-
semos uma proteç~o nos pés e
que n~o tir|ssemos fotos, o que
acontece em muitos outros locais.
A visita é muito interessante! A
guia explicou a import}ncia de ca-
da sala e falou na história recente
da monarquia norueguesa.
O interior do edifício é ricamente
decorado com obras de arte noru-
eguesa.
As divisões mais bonitas do pal|-
cio, como: o vestíbulo, o sal~o do
Conselho de Estado, a sala de jan-
tar da família real, o sal~o de baile
e a capela real podem ser visita-
das, tal como a Sala dos P|ssaros,
com pinturas de aves em todas as
paredes, estando o teto decorado
com pequenos p|ssaros, entre pai-
sagens da Noruega e uma grande
|guia.
Atualmente o sal~o de baile utiliza-
se para banquetes oficiais e é o
lugar onde o Rei da Noruega entre-
ga ordens e condecorações.
En 2001 foi o cen|rio do baile do
casamento real dos Príncipes Her-
deiros Haakon e Mette-Marit.
Durante o Ver~o, quando a Familia
Real se encontra noutras residên-
cias fora de Oslo, o Pal|cio Real
pode ser visitado. E foi o que acon-
teceu no dia em que l| estivemos:
a família real estava de férias e era
o dia do anivers|rio da rainha.
Visit|mos o Pal|cio divididos em
dois grupos. E o segundo grupo,
no qual eu n~o estava incluída, foi
abordado por um automóvel, do
qual saiu o Embaixador de Portu-
gal em Oslo, que conversou duran-
te alguns minutos com os nossos
companheiros de viagem.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
www.clubegalpenergia.com 47 # 254 junho 2018
Seguiu-se o Museu dos Barcos Vi-
kings, que est| integrado no Mu-
seu de História e Cultura, perten-
cente { Universidade de Oslo.
Quando imaginamos os Vikings a
ideia é que s~o homens muito al-
tos e loiros, com capacetes com
cornos, sulcando os mares e sa-
queando aldeias { beira-mar.
Na verdade, eram loiros, mas pare-
ce que n~o eram assim t~o altos e
nunca chegaram a usar cornos nos
seus capacetes…
No Museu dos Barcos Vikings es-
t~o expostos três barcos da época:
o barco de Oseberg construído por
volta do ano 820, o barco de Goks-
tad construído por volta do ano
900, com quase 22 metros de com-
primento e que podia contar com
30 remadores e o barco de Tune,
que foi descoberto em 1867 e s~o
os mais bem preservados barcos
vikings do mundo. No Museu tam-
bém se podem ver artefactos úni-
cos destes barcos – túmulo.
Todos estes barcos foram utiliza-
dos como barcos de longo curso,
nos quais os vikings noruegueses
realizavam pilhagens e saques pela
Europa.
Estas bem conservadas embarca-
ções do século IX foram descober-
tas entre 1867 e 1903 e batizadas
com os nomes dos locais onde fo-
ram encontradas, tendo sido de-
senterradas do fundo do fiorde de
Oslo. Eram utilizadas como parte
de cerimónias fúnebres e nelas fo-
ram depositados ricos tesouros
que acompanharam os seus donos
quando estes morriam.
Vemos ornamentos inspirados em
animais no barco de Oseberg, in-
cluindo entalhes de dragões e uma
cabeça de cobra... Mais de 90%
desta embarcaç~o reconstruída
contém madeira original.
O barco de Tune é o mais pequeno
dos três e foi o primeiro a ser des-
coberto, tendo ficado muito danifi-
cado durante as escavações para o
retirar do fiorde.
A fim de proteger os chefes vikings
na "vida após a morte", as embar-
cações foram envolvidas em mon-
tes de argila, que protegeram a
madeira contra a decomposiç~o.
Os nobres "levavam" suas posses
com eles para o além, e est~o em
exibiç~o no museu muitos desses
objetos como camas, trenós, baús,
tapeçarias, vestes, ferramentas e
utensílios domésticos. Nas carro-
ças de madeira podemos ver cenas
entalhadas das antigas histórias
vikings.
Os barcos vikings tinham uma tec-
nologia própria e especial para a
navegaç~o em grande velocidade.
Possuiam uma quilha rasa e acha-
tada que lhes permitia ancorar nas
praias. Eram barcos especiais e
com eles os vikings realizaram
grandes feitos, pois eram excelen-
tes navegadores. Do século VIII ao
século XI, os Vikings ou Homens do
Norte, saíram dos fiordes da Noru-
ega e descobriram a Gronel}ndia, a
Isl}ndia e chegaram até ao Canad|
por volta do ano 1000.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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No Museu também est~o expostos
barcos encontrados em diversas
sepulturas vikings, após escava-
ções efetuadas em diversas locali-
dades. Este edifício só ficou con-
cluído em 1957.
Continuando pelas ruas de Oslo
cheg|mos ao imponente edifício
da Casa de Ópera de Oslo, localiza-
do em frente ao Fiorde de Oslo. O
edifício da Ópera é recente, pois
foi inaugurado em 2008.
A sua arquitetura é arrojada e mo-
derna e o prédio parece sair do
mar, misturando elementos como
m|rmore, madeira, vidros e me-
tais. A inclinaç~o da estrutura per-
mite uma interaç~o do edifício
com a populaç~o.
Fomos subindo e tivemos uma be-
la vista de Oslo.
Aqui est~o sediados a Ópera e o
Ballet Nacionais da Noruega e to-
dos os anos realizam-se aqui espe-
t|culos de ballet, música, dança e
teatro e também numerosos con-
certos.
Uma antiga bailarina de ballet de
Oslo levou-nos a ver as instalações
do teatro: entr|mos nos camarins
dos artistas, observ|mos os fatos
usados pelos artistas nos espet|-
culos, admir|mos toda a espécie
de adereços e soubemos porme-
nores acerca da forma como um
espet|culo ganha forma.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Estivemos também a admirar o in-
terior da sala de espet|culos e fo-
mos ao palco, que é enorme, pois
a parte que n~o é vista pelo públi-
co é muito maior do que aquela
que se vê. Depois a nossa anfitri~
perguntou se alguém queria can-
tar, mas ninguém se atreveu a fazê
-lo!
Após esta visita, fomos almoçar ao
Restaurante Louise, junto ao por-
to. Foi um almoço delicioso, { base
de mexilhões.
Depois do almoço prosseguimos
para o Parque das Esculturas Vige-
land, que é um dos lugares mais
visitados de Oslo e da Noruega.
Este parque repleto de esculturas
bastante originais é o resultado do
trabalho de toda a vida do artista
norueguês Gustav Vigeland (1869-
1943) e possui mais de 200 escultu-
ras gigantescas em bronze, granito
e ferro fundido.
Vigeland nunca deu um nome {s
suas esculturas.
Elas s~o meras descrições do que
vemos, ou seja, “O homem e a mu-
lher”, “A mulher e a menina”, etc..
Mesmo sem entender a definiç~o
precisa das esculturas, o parque
cheio de obras de arte é muito bo-
nito.
A escultura do “Angry Boy” (o me-
nino zangado) é uma das mais fa-
mosas do Parque, juntamente com
o “Monolito” e a “Roda da Vida” e
é considerada a obra prima de Vi-
geland.
O “Monolito” é um obelisco de
granito com 17 metros de altura e
com 121 figuras entrelaçadas, que
formam um emaranhado de cor-
pos que representam também as
diversas fases da vida.
As esculturas principais formam
um magnífico conjunto dedicado
ao amor, ao conflito e ao lazer. A
escultura foi talhada num único
bloco de granito e levou cerca de
14 anos para ser concluída.
Vigeland foi também o desenhador
do Parque, bem como das suas
pontes, fontes e jardins.
E após esta visita, continu|mos
para Holmenkollen, onde iríamos
fazer a última visita da nossa via-
gem. Holmenkollen é uma colina
localizada na parte norte de Oslo e
a regi~o é muito famosa pela pr|ti-
ca de desportos de inverno, em
particular pela torre de saltos com
ski e pelas pistas de ski de fundo.
Em Holmenkollen s~o disputadas
todos os anos diversas competi-
ções nacionais e internacionais de
ski de fundo e de saltos com ski.
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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A Torre de Saltos de Holmenkollen
é a mais antiga torre para saltos de
ski do mundo.
Foi inaugurada em 31 de janeiro de
1982, mas sofreu v|rias modifica-
ções ao longo do tempo para me-
lhorar as condições de salto, a se-
gurança e a capacidade do público.
Aqui se disputa o troféu Holmen-
kollen, uma das maiores competi-
ções de ski nórdico do mundo.
O recorde do trampolim é de 136
metros, alcançado em 25 de janei-
ro de 2006 pelo norueguês Tommy
Ingerbrigtsen durante o campeo-
nato nacional.
O recorde feminino é de 128 me-
tros da norueguesa Anette Sagen
em 12 de março de 2005.
A torre do trampolim tem 60 me-
tros e est| 417 metros acima do
nível do mar e foi fabricada utili-
zando 1.000 toneladas de aço.
Viagem { Noruega: Cabo Norte e Sol da Meia-Noite
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Na sua parte superior h| uma pla-
taforma para visitantes, donde po-
demos ter uma maravilhosa vista
de Oslo e arredores e onde só se
pode ir, quando n~o est~o a decor-
rer eventos desportivos.
Na base da torre est| o Museu do
Ski, que apresenta a história do ski
dos últimos 4.000 anos e d| gran-
de destaque {s duas edições das
Olimpíadas de inverno organizadas
pela Noruega em 1953 em Oslo e
1994 em Lillehammer.
Também existe um simulador de
ski.
Em 1982 e 2011 foi sede do campe-
onato Mundial de Ski Nórdico.
O Rei Olav V da Noruega partici-
pou na modalidade de combinado
nórdico (um tipo de desporto de
inverno, onde os participantes
competem no ski cross-country e
em saltos de ski) no Ski Festival
Holmenkollen, na década de 1920.
Esta modalidade foi introduzida
pela primeira vez nos Jogos Olím-
picos de inverno em 1924.
Junto { Torre de Saltos de Holmen-
kollen est| uma est|tua do rei, a
andar de ski e acompanhado por
um c~o.
E o tempo n~o p|ra.
Assim, tínhamos de seguir para o
Aeroporto, para apanharmos o avi-
~o de regresso a Lisboa e a casa.
A guia Nicole acompanhou-nos até
ao último momento em que o pô-
de fazer.
Esta foi, mais uma vez, uma via-
gem maravilhosa, onde houve um
excelente convívio e onde vimos
coisas que dificilmente nos sair~o
da memória.
Tudo o que eu possa dizer a favor
do Clube GALP só far| com que me
esteja a repetir…
Assim, e dado que sou uma admi-
radora incondicional de tudo o que
o Clube GALP organiza, daqui a
pouco tempo aqui estarei outra
vez, a contar mais histórias!
Maria Isabel Soares da Costa
de 26 de junho a 4 de julho de 2018
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Através do Clube Galp, estive, du-
rante uma semana, na colónia de
férias do Jardim Zoológico.
O meu grupo tinha 11 rapazes e ra-
parigas e os monitores: a Joana e o
Jo~o, foram sempre muito simp|ti-
cos e divertidos.
N~o foi a primeira vez que tive esta
experiência, pois j| tinha estado
no ZOO nas minhas férias de 2014,
mas desta vez a minha perspetiva
foi completamente diferente.
Além da vantagem óbvia de conhe-
cer gente nova e de outras esco-
las, aprender sobre a vida animal é
sempre muito enriquecedor.
Todos os dias fizemos coisas dife-
rentes relacionadas com os ani-
mais.
And|mos por zonas restritas no
zoo, fizemos jogos entre equipas
sempre relacionados com a vida
animal…
Entre as v|rias atividades, estar
com os tratadores dos animais e
seguir as suas rotinas di|rias foi o
que mais me entusiasmou.
Aprendemos sobre características
específicas de alguns dos animais,
entre eles uma espécie de sanguim
que me despertou atenç~o, e que
se chama o Saguim Dourado por
terem uma cor mais alaranjada.
Conforme j| eram as minhas ex-
pectativas, e { semelhança da últi-
ma vez, gostei imenso desta sema-
na pois foi uma experiência fant|s-
tica!
Joana Traquina
Entre os dias 25 a 29 de Junho, par-
ticipei na Colónia de férias do ZOO,
através do Clube Galp, juntamente
com a minha amiga Joana Traqui-
na.
No primeiro dia, fomos divididos
em grupos, por idades, sendo o
meu grupo constituído por sete
raparigas e quatro rapazes.
Os monitores eram a Joana e o Jo-
~o Barata.
Na maioria dos dias fal|mos essen-
cialmente dos mamíferos terres-
tres, a forma da sua preservaç~o e
tratamento.
Dedic|mos um dia {s aves e outro
aos répteis.
Todos os dias eram efetuados jo-
gos que tinham como objetivo o
conhecimento dos animais.
Além disso, tivemos contato com
tratadores de certos animais, que
nos explicaram a rotina di|ria de
cada animal e todas as atividades
necess|rias.
Por vezes reuníamo-nos com ou-
tros grupos, efetuando jogos de
competiç~o em conjunto.
Semana no ZOO
Take II
Take I
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Aprendi muito sobre a preservaç~o
da natureza e em especial dos ani-
mais, ficando mais sensibilizada
para as questões ecológicas.
Gostei imenso dos jogos realizados
pelos monitores, pois em forma de
brincadeira aprendi a conhecer
melhor as características de cada
animal.
A experiência foi t~o boa que gos-
taria de me inscrever nos próximos
anos na Colónia de férias do ZOO e
aconselho a todos que o façam.
Leonor Marques
No dia 28/6/2018 eu e a minha me-
lhor amiga fomos ao Mcdonald’s
com as nossas m~es, com os nos-
sos pais e com os nossos irm~os/
irm~s.
A comida estava muito boa. Mas
era óbvio que estava boa (era
Mcdonald’s ) por isso (se era
Mcdonald’s). Quer dizer quem é
que n~o gosta de comer Mcdonal-
d’s?
Pois toda a gente gosta!
Mas, continuando, quando entr|-
mos no (CONCERTO DA SHAKIRA)
n~o conseguíamos ver, mas as
m~es arranjaram uma soluç~o, que
propriamente o segurança n~o
concordou, ent~o as m~es ignora-
ram e fingiram que n~o era com
elas.
O concerto foi muito giro, mas so-
bretudo porque estava com a mi-
nha melhor amiga!
Quando saímos o irm~o da minha
melhor amiga, a Mariana, adorme-
ceu com a minha irm~ mais nova e
com eles estava o pai da Mariana,
o Sérgio, e o meu pai, o Daniel.
Foi o melhor concerto da minha
vida!
Esta sim é a história do concerto
da SHAKIRA.
Pelo menos a história do concerto
da Shakira a que eu fui e por aqui
chega.
Carolina Paes Domingos
Semana no ZOO
Shakira
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O Ballet Español de Murcia, compa-
nhia fundada por Carmen e Matilde
Rubio, apresentou, no passado dia 09
de junho, no Teatro Tivoli em Lisboa,
o espet|culo Carmen.
E, como vem sendo h|bito, o nosso
Clube Galp n~o podia perder a oportu-
nidade de nos convidar a participar
nesta iniciativa, pois, neste }mbito, é
dos espet|culos mais encenadas em
todo o mundo.
Este bailado foi apresentado numa
vers~o flamenca com narrativa tr|gi-
ca, onde n~o v~o faltou o fogo e a
paix~o.
Originalmente Carmen é uma ópera da
autoria de Georges Bizet, dividida em
quatro atos.
A sua estreia ocorreu no ano de 1875,
a 3 de março, em Paris.
Esta ópera aborda a história de uma
cigana que n~o se importa de morrer
em nome da liberdade e do amor, ten-
do ao longo dos anos ganho v|rias
facetas nas encenações e leituras le-
vadas a palco no mundo inteiro.
De enaltecer a qualidade da sala, que
conseguiu conjugar em perfeita har-
monia o som e as luzes deste espaço.
Um Muito Obrigado ao Clube Galp -
Núcleo Centro por mais esta iniciativa!
Carmen