Campo Verde Campo N. Parecis - ampa.com.br · Fertilizantes ficam mais barato no final de 2015...
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Por um lado, a elevação dos preços de venda do algodão é
um atrativo para produtores, mas, por outro, estão os aumen-
tos contínuos dos custos de produção. O ano de 2015 come-
çou com o maior custo operacional do algodão até então esti-
mado pelo Cepea a preços do mês corrente. Ao longo do
ano, a situação piorou para o produtor. Em dezembro, o mon-
tante investido era 28% maior que em dezembro de 2014. A
valorização do dólar foi o fator de maior peso nesse aumento
de custos, visto que a maioria dos insumos em Mato Grosso
são fixados com base na moeda americana.
Nos três primeiros meses de 2015, o custo operacional do
algodão mato-grossense aumentou 17%, enquanto o dólar se
valorizou 19%. Já nos quatro meses seguintes (abr-jul), as
variações foram amenas, chegando a haver queda em três
daqueles meses, período em que o custo operacional ficou
abaixo do patamar de março. Em agosto, o custo voltou a
subir e bateu sucessivos recordes até dezembro. Nesses
cinco meses, o custo subiu 10%, enquanto o dólar, 20%.
Em boa parte do ano, os aumentos do custo operacional fo-
ram causados pela valorização simultânea de fertilizantes,
defensivos e sementes, itens bastante representativos no
desembolso. Somente em cinco meses fertilizantes, defensi-
vos e sementes não subiram juntos. Isso ocorreu em maio,
quando fertilizantes se tornaram mais baratos; em junho, da-
da a redução de preços de defensivos no comparativo men-
sal; em julho, com fertilizantes novamente em queda; em ou-
tubro, foram os defensivos que arrefeceram e, em novembro,
os fertilizantes se desvalorizaram junto com o dólar.
Algodão safra – iniciou 2015 com desembolso médio de R$
7.110,60/ha e terminou o ano em R$ 8.815,06/ha, na média
do estado.
Algodão 2ª safra – em janeiro, o custo operacional médio foi
de R$ 6.211,05/ha e, em dezembro, de R$ 7.636,11/ha, na
média mato-grossense.
CUSTOS DO ALGODÃO AUMENTAM 28% EM 2015
PREÇOS DO ESTADO
Algodão 69,40 R$/@
Milho 20,31 R$/sc
Soja 61,42 R$/sc
Dólar 3,868 R$
Diesel 3,31 R$/L
* médias mensal em Mato Grosso
PARA A SOJA, CUSTOS AUMENTAM 20% EM 2015
Durante o ano passado, o custo da soja 2015/16 subiu praticamente em todos os meses, che-
gando em dezembro a nível recorde e 20% maior que o do encerramento de 2014. Os au-
mentos ocorreram principalmente entre abril e setembro, justamente os meses em que se
concentraram as compras de insumos da safra em vigor.
Nos três primeiros meses de 2015, o custo da soja já deu um susto no produtor que estava
para iniciar as compras para a temporada 2015/16. Até o mês de março, o desembolso da
oleaginosa aumentou 12%, sendo que os fertilizantes se tornaram 18,5% mais caros, os de-
fensivos, 15% e as sementes, 6%.
Em abril, o dólar se desvalorizou 3,3% em relação ao mês anterior, ajudando na queda de 3%
do custos operacional da soja. Esse resultado teve influência basicamente da redução de
6,4% dos preços dos fertilizantes e de 4% das sementes.
Em maio começou a escalada do custo da soja. Com o aumento da procura por insumos e a
alta do dólar, o custo aumentou mês a mês até outubro, acumulando 6,3% no período. Os
fertilizantes ao longo desses meses se tornaram 9% mais caros e os defensivos, 10%, sendo
dos inseticidas o maior reajuste.
Em novembro, os custos chegaram a ceder 0,7% em relação a outubro, pressionados por
uma pequena queda do câmbio e por 4,6% no gasto com fertilizantes. Mas, em dezembro,
voltaram a subir, 0,75% com relação ao mês anterior, ultrapassando o patamar de outubro e
atingindo recorde na série Cepea: R$ 2.297,27/ha na média de Mato Grosso – venda da pro-
dução e compra de insumos a preços do mês.
RELAÇÃO DE TROCA DE ALGODÃO POR INSUMOS - @ DE PLUMA
Itens
dez / 14 nov/ 15 dez / 15 dez / 14 nov/ 15 dez / 15 dez / 14 nov/ 15 dez / 15 dez / 14 nov/ 15 dez / 15
M A P 33,1 29,5 30,2 33,4 30,8 31,5 31,5 29,6 29,2 31,7 29,9 29,3
KC l 27,8 20,8 20,6 27,6 21,4 22,7 25,8 21,3 21,8 25,5 21,8 21,8
U reia 26,5 20,9 22,3 26,3 20,9 22,3 24,7 21,1 21,2 25,2 21,6 22,6
Sulf at o de amônio 22,0 18,5 19,6 22,6 18,0 19,6 21,6 18,6 19,3 20,6 18,8 19,2
Super simp les 18,0 16,0 16,4 18,1 15,9 16,1 16,6 15,2 15,4 16,6 15,0 14,9
Glif osat o genérico
( 4 8 0 )0,4 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,5 0,5 0,5 0,3 0,4 0,4
2 ,4 D ( 8 0 0 ) 0,3 0,2 0,3 0,3 0,2 0,2 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2
C let od im ( 2 4 0 ) 1,9 1,7 1,8 1,7 1,7 1,9 1,7 1,7 1,7 1,3 1,7 1,8
M et omil ( 2 15) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3
Lambda- cialo t r ina
( 2 50 )s/ c s/ c s/ c 3,4 3,1 3,3 2,7 2,2 2,3 1,8 1,7 1,8
A cef at o ( 750 ) 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,5 0,5 0,6 0,5 0,5
Lambda- cialo t r ina
+ t iamet oxam 2,6 2,3 2,4 2,5 2,4 2,5 2,2 1,8 1,7 2,2 1,8 1,7
C ipermet r ina
genérico ( 2 50 )0,5 0,5 0,5 0,6 0,4 0,4 0,6 0,5 0,5 s/ c s/ c s/ c
C arbosulf ano
( 4 0 0 )0,8 0,6 0,7 0,9 0,8 0,8 0,9 0,8 0,8 1,1 1,1 1,1
A zoxist rob ina +
cip roconazo l 2,4 2,2 2,4 2,1 2,2 2,4 2,0 2,2 2,1 2,0 2,2 2,4
Pro t ioconazo l +
t r if loxist rob ina2,7 2,9 2,8 2,8 2,6 2,8 2,8 2,4 2,4 2,2 3,0 3,0
So rriso C ampo N . do P arecis C ampo Verde R o ndo nó po lis
JANEIRO - ANO 8 - EDIÇÃO 80
NESTA EDIÇÃO
Custo do algodão 28%
maior em 2015
Custo da soja 20% maior
em 2015
Rentabilidade em 2015 é
maior mesmo com alta
nos custos
Fertilizantes ficam mais
barato no final de 2015
CUSTO DE PRODUÇÃO DE ALGODÃO — DEZEMBRO/15
Campo N. Parecis
Alg. 2ª safra WS Alg. 2ª safra RR Alg. 2ª safra WS
Fertilizantes 1.228,98R$ 1.370,10R$ 1.605,50R$
Herbicidas 559,78R$ 161,74R$ 538,62R$
Inseticidas 792,53R$ 1.157,84R$ 1.295,66R$
Fungicidas 372,47R$ 329,80R$ 592,21R$
DMR (Desf./Mat./Regulador) 244,86R$ 232,16R$ 167,07R$
Outros químicos 25,01R$ 24,92R$ 65,60R$
Semente 627,72R$ 965,86R$ 667,60R$
Serviço terceirizado 18,54R$ -R$ 98,05R$
Diesel 443,06R$ 425,03R$ 367,85R$
Manut. Maq e Equip. 155,56R$ 128,77R$ 124,56R$
Frete 82,37R$ 89,17R$ 26,21R$
M. de Obra 170,93R$ 149,66R$ 279,22R$
Armaz/Benef 1.455,89R$ 1.555,20R$ 1.191,34R$
Tributos de comercialização 351,32R$ 350,59R$ 331,70R$
Seguro 13,35R$ 10,90R$ 10,35R$
Assit. Técnica 32,85R$ 35,11R$ 42,39R$
Financ. de capital de giro 303,42R$ 306,09R$ 473,34R$
Custo operac ional 6.878,66R$ 7.292,95R$ 7.877,27R$
Custo Total 7.418,99R$ 7.776,96R$ 8.364,17R$
ItensCampo Verde
Algodão NOGM Algodão WS Algodão GL
Fertilizantes 1.521,93R$ 1.577,45R$ 1.591,47R$
Herbicidas 561,00R$ 600,71R$ 638,76R$
Inseticidas 2.552,58R$ 1.235,77R$ 2.255,48R$
Fungicidas 347,08R$ 425,26R$ 411,62R$
DMR (Desf./Mat./Regulador) 127,37R$ 219,06R$ 178,87R$
Outros químicos 132,81R$ 80,46R$ 56,09R$
Semente 198,68R$ 520,12R$ 499,85R$
Serviço terceirizado 549,61R$ 253,90R$ 86,23R$
Diesel 304,97R$ 335,92R$ 320,88R$
Manut. Maq e Equip. 149,97R$ 145,09R$ 119,14R$
Frete 5,38R$ 34,31R$ 56,90R$
M. de Obra 605,10R$ 640,12R$ 780,39R$
Armaz/Benef 1.470,79R$ 1.556,56R$ 1.528,62R$
Tributos de comercialização 347,25R$ 371,61R$ 364,39R$
Seguro 12,06R$ 13,14R$ 10,60R$
Assit. Técnica 51,96R$ 44,20R$ 51,00R$
Financ. de capital de giro 464,01R$ 414,91R$ 383,88R$
Custo operac ional 9.402,55R$ 8.468,59R$ 9.334,18R$
Custo Total 10.072,14R$ 9.006,90R$ 9.830,78R$
ItensPrimavera do Leste
METODOLOGIA: Para o cálculo do custo de produção neste informativo, foram utilizados os coeficientes técnicos da safra
2013/14. Esses coeficientes técnicos foram coletados a campo pela equipe Cepea-Esalq/USP, com a técnica de coleta de
dados chamada de “estudos de caso”, entre março/14 e setembro/14. Neste sistema, o levantamento das informações do
custo é realizado através de coleta de informações com técnicos das fazendas estudadas. Todos os passos do custo são
detalhados: desde equipamentos, coeficientes técnicos, quantidade e preços pagos. O critério de custo de produção utilizado
no estudo foi o do Custo Total. Por este critério estão computados como itens de custo os custos variáveis (insumos, mão-de-
obra, combustíveis e manutenção de equipamentos), o custo do financiamento do capital de giro, mais a depreciação de má-
quinas e equipamentos e o custo de estocagem. Também é acrescentada a remuneração de fatores fixos diversos. Os custos
analisados são segregados em dois grupos. O primeiro trata-se do Custo Operacional (CO), que inclui os gastos principalmen-
te com insumos variáveis. Posteriormente, adicionam-se os valores de depreciação de máquinas e equipamentos, a remunera-
ção do capital investido e custo da terra, obtendo-se o Custo Total (CT) da atividade. Para computar a depreciação e o custo
de oportunidade do capital fixo, foi avaliado o Custo Anual de Reposição do Patrimônio (CARP). Observe que nos gráficos
onde constam os custos operacionais e totais, também há a representação da Receita Bruta (RB) por hectare, sinalizando o
nível de rentabilidade, positiva ou negativa.
www.cepea.esalq.usp.br * [email protected] * Fone: (19) 3429 8837 / 8847
RENTABILIDADE DOS SISTEMAS EM DEZEMBRO É SUPERIOR À DO
INÍCIO DE 2015
Mesmo com as estimativas de custos mensais fechando 2015 nos maiores níveis da série
Cepea, as rentabilidades dos sistemas em dezembro foram melhores que as no início do ano.
Apesar de ter encarecido os insumos, o dólar, em alguns casos, proporcionou aumento mais
que proporcional dos preços de venda da produção, que foram puxados também por uma
demanda firme.
Algodão safra – começou janeiro com rentabilidade sobre o custo total (RRCT) de -11% per-
manecendo no negativo até março. Já em abril, a rentabilidade foi de 4%, ficando no positivo
até junho. Em julho, a margem da cultura zerou e, no mês seguinte, voltou para o positivo,
seguindo assim até outubro, quando teve +3%. Em dezembro, porém, fechou em -3%, em
meio a alta de custos (recordes) e queda de 2,4% no preço da pluma. Mesmo assim, o resul-
tado foi maior que o de janeiro. A variação do custo ao longo de 2015 foi mais importante que
a da receita, visto que as margens negativas ocorreram em momentos em que o custo se
elevou e não necessariamente que a receita havia caído.
Soja – foi a única cultura que não registrou margem negativa ao longo de 2015. Em fevereiro,
a RRCT foi de 4%, a menor para a cultura no ano, sendo reflexo da alta do custo e da venda
da produção no patamar dos R$ 48/sc. A melhor margem foi observada em outubro, de 26%,
quando o preço da saca ultrapassava os R$ 65. Com a queda do preço da saca nos dois últi-
mos meses, a RRCT recuou, mas finalizou dezembro ainda em 17,5%.
Soja + Algodão 2ª safra – esse sistema também não registrou margem negativa durante o
ano e, em dezembro, teve RRCT de 14%, contra 4% em janeiro. Fevereiro foi o mês menos
favorável, quando a rentabilidade foi zerada, devido ao aumento de 5,7% no custo de cada
cultura. Naquele momento, a margem do algodão foi de -4,4% e da soja, de 4%. Outubro foi o
melhor resultado do sistema, dados que as duas culturas tiveram neste mês os maiores pre-
ços preço do ano. Em dezembro, a RRCT calculada foi de 14%.
Soja + Milho 2ª safra – o sistema passou dois terços do ano com margem negativa. Em janei-
ro, era de -3% em, em junho, chegou a -34% – no primeiro semestre, os custos da soja e do
milho aumentaram 10%. Somente em setembro, o sistema passou a registrar rentabilidade
positiva e fechou dezembro com RRCT de 4%, superior à do algodão safra. O grande respon-
sável pela mudança de resultados foi o preço das commodities: o milho, que operava em R$
16,15/sc em agosto, passou para R$ 18,49/sc em setembro e acima dos R$ 20/sc em dezem-
bro. A soja evoluiu de R$ 57,40/sc em agosto para R$ 61,42/sc em dezembro – média bal-
cão, a retirar em Mato Grosso.
E S C O L A S U P E R I O R D E A G R I C U L T U R A " L U I Z D E Q U E I R O Z " - U S P W W W . C E P E A . E S A L Q . U S P . B R * C P C E P E A @ U S P . B R
INFORMATIVO CEPEA JANEIRO DE 2016
ALTA DOS FERTILIZANTES PERDE FORÇA NO FINAL DO ANO
Em 2015, a valorização do dólar provocou forte aumento nas cotações dos fertilizantes, prin-
cipalmente de abril a outubro. Já no último trimestre, o câmbio esteve mais favorável para o
Real, coincidindo com o momento de baixa demanda, o que interrompeu a sequência de al-
tas.
No primeiro trimestre, o aumento dos preços dos fertilizantes foi contínuo nas principais regi-
ões agrícolas. Em março, todos deram um grande salto, com destaque para o MAP. Já em
abril e maio, houve queda quase unânime dos preços dos fertilizantes, em resposta ao movi-
mento de leve oscilação negativa do dólar. No mês de junho, os preços voltaram a subir, re-
fletindo o aumento de 1,6% do dólar.
Em julho e agosto, foi variado o comportamento dos preços dos fertilizantes, prevalecendo os
aumentos na maioria das praças analisadas. Em agosto, mês em que o dólar bateu recorde
de 12 anos, o MAP, ureia e o cloreto de potássio tiveram altas em todas as praças.
Em setembro, ainda com os preços puxados pelo dólar, todos os principais fertilizantes foram
novamente reajustados nas praças acompanhadas pelo Cepea e registram os maiores valo-
res de 2015.
Após três meses seguidos de alta, em outubro, o dólar recuou 0,7% e, com isso, os preços
dos fertilizantes baixaram de forma generalizada. Em novembro, a desvalorização do dólar foi
mais forte e, combinada à baixa demanda por fertilizantes para o milho segunda safra devido
à restrição de crédito, acarretou em novas quedas nos preços da maioria dos adubos. De-
zembro registrou alta no dólar, mas os preços das matérias primas dos fertilizantes cederam,
com exceção da ureia devido à demanda para o milho segunda safra.
Coordenação: Prof. Dr. Geraldo S. C. Barros, Prof. Dr. Lucilio R. A. Alves e Dr. Mauro Osaki
Equipe: Fábio F. de Lima, Renato G. Ribeiro, Luiz Henrique de Almeida, Matheus S. da Costa, Natália
Alves, Eric Kempers, Alessandra M. P. Almeida, Guilherme Picelli. Jornalista responsável: Dra. Ana
Paula Silva Ponchio - MTb 27.368
R$ 2,00
R$ 2,50
R$ 3,00
R$ 3,50
R$ 4,00
R$ 4,50
R$ 5,00
6.000
6.500
7.000
7.500
8.000
8.500
9.000
Ta
xa
câ
mb
io
CO
-R
$/h
a
CO Algodão 1ª safra CO Algodão 2ª safra Dólar
R$ 2,50
R$ 2,75
R$ 3,00
R$ 3,25
R$ 3,50
R$ 3,75
R$ 4,00
R$ 4,25
R$ 4,50
R$ 4,75
1.900
1.950
2.000
2.050
2.100
2.150
2.200
2.250
2.300
2.350
jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15
Ta
xa
de
câ
mb
io
CO
-R
$/h
a
CO Soja Dólar
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
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jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15
RR
CT
Algodão safra Soja Soja + algodão 2ª safra Soja + milho 2ª safra