Canadá

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História do Canadá O Canadá era anteriormente habitado por nativos hurons, iroqueses e esquimós, que habitavam imensas regiões do país por dez mil anos. Vikings por um curto período de tempo habitaram a província de Terra Nova e Labrador, no século X. Colonialismo europeu Alguns historiadores acreditam que o português João Vaz Corte Real tenha sido o primeiro europeu a oficialmente desembarcar em terras canadenses, ao comando de uma expedição luso- dinarmaquesa, embora poucos historiadores acreditem na existência de tal expedição, devido à ausência de referências. O primeiro europeu reconhecidamente a pisar em terras canadenses foi o italiano John Cabot, trabalhando oficialmente sob o comando da coroa inglesa. Portugueses explorariam a costa canadense durante as primeiras décadas do século XVI, mas a colonização viria somente quando os ingleses, e especialmente os franceses, se estabeleceram a partir da década de 1540. Os ingleses não tiveram uma forte presença no antigo Canadá (instalando-se nas atuais províncias de Nova Escócia e Terra Nova e Labrador, sendo que o Rio São Lourenço e outras regiões estratégicas estavam nas mãos dos franceses. A Nova França (Nouvelle-France) continuava a expandir-se. Essa expansão não foi bem aceita pelos Hurões, Iroqueses e, principalmente, pelos britânicos e colonos americanos das Treze Colônias britânicas, desencadeando uma série de batalhas que culminou no Tratado de Paris - na qual os franceses aceitaram ceder seus territórios da Nova França para os britânicos. Domínio britânico Os britânicos, que já então dominavam o imenso Território do Noroeste (que à época incluía também as atuais (ou parte de) províncias canadenses de Alberta, Saskatchewan, Manitoba, e Nunavut) passaram o Ato de Quebec, que permitiu aos franceses

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História do Canadá

O Canadá era anteriormente habitado por nativos hurons, iroqueses e esquimós, que habitavam imensas regiões do país por dez mil anos. Vikings por um curto período de tempo habitaram a província de Terra Nova e Labrador, no século X.

Colonialismo europeu

Alguns historiadores acreditam que o português João Vaz Corte Real tenha sido o primeiro europeu a oficialmente desembarcar em terras canadenses, ao comando de uma expedição luso-dinarmaquesa, embora poucos historiadores acreditem na existência de tal expedição, devido à ausência de referências.

O primeiro europeu reconhecidamente a pisar em terras canadenses foi o italiano John Cabot, trabalhando oficialmente sob o comando da coroa inglesa. Portugueses explorariam a costa canadense durante as primeiras décadas do século XVI, mas a colonização viria somente quando os ingleses, e especialmente os franceses, se estabeleceram a partir da década de 1540. Os ingleses não tiveram uma forte presença no antigo Canadá (instalando-se nas atuais províncias de Nova Escócia e Terra Nova e Labrador, sendo que o Rio São Lourenço e outras regiões estratégicas estavam nas mãos dos franceses. A Nova França (Nouvelle-France) continuava a expandir-se. Essa expansão não foi bem aceita pelos Hurões, Iroqueses e, principalmente, pelos britânicos e colonos americanos das Treze Colônias britânicas, desencadeando uma série de batalhas que culminou no Tratado de Paris - na qual os franceses aceitaram ceder seus territórios da Nova França para os britânicos.

Domínio britânico

Os britânicos, que já então dominavam o imenso Território do Noroeste (que à época incluía também as atuais (ou parte de) províncias canadenses de Alberta, Saskatchewan, Manitoba, e Nunavut) passaram o Ato de Quebec, que permitiu aos franceses estabelecidos no antigo Canadá que continuassem a manter seu código civil e sancionou a liberdade de religião e de idioma - permitindo que a Igreja Católica e a língua francesa continuassem a sobreviver no Canadá até os dias atuais.

Com a Guerra de Independência dos Estados Unidos da América, que durou de 1775 até 1783, o Canadá recebeu levas de colonos leais aos britânicos, provenientes das Treze Colônias britânicas rebeldes. Tais colonos se estabeleceram no que é a atual província de Ontário. Com isso, os britânicos decidiram separar o Canadá em dois, criando o Canadá Superior (atual Ontário) e o Canadá Inferior (atual Quebec), além do território de Nova Brunswick (antiga Acádia - parte dos territórios antigamente colonizados pelos franceses).

Os próprios americanos, em 1812, invadiram o Canadá Inferior e o Canadá Superior, numa tentativa de anexar o resto das colônias britânicas na América do Norte, desencadeando a Guerra de 1812. Os americanos não tiveram sucesso - mas ocuparam temporariamente as cidades de York (atual Toronto) e Quebec, queimando-as ao sair.

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Em 1837, houve uma grande rebelião de colonos, tanto no Baixo Canadá quanto no Alto Canadá. Isso levou os britânicos a uma tentativa de assimilar a cultura francesa à inglesa - entre outras coisas, o Baixo Canadá e o Alto Canadá foram unidas numa única província do Canadá. O Canadá era habitado por milhares de pessoas que faziam parte de uma colônia.

Confederação Canadense

O medo de uma segunda invasão americana, gerando imensas despesas em relação ao quesito segurança (mais tropas, armamentos, suprimentos, etc.), aliadas ao fracasso britânico em assimilar os franceses em 1830, fez com que a idéia da Confederação Canadense (mentalizada por colonos canadenses), cujo objetivo era integrar o Canadá e defender melhor a região de um eventual ataque americano, fosse aprovada pelos ingleses. Em Primeiro de julho de 1867, as províncias do Canadá, Nova Brunswick e Nova Escócia tornaram-se uma federação (porém, ainda com fortes laços com os ingleses).

Expansão da Confederação

Depois de 1867, lentamente outras colônias inglesas aceitaram se unir à Confederação Canadense, sendo que a primeira foi a Colúmbia Britânica, e em 1880, os Territórios do Noroeste - cedido pela Companhia da Baía de Hudson). Posteriormente, os Territórios do Noroeste seriam divididos nas atuais províncias de Alberta, Saskatchewan e Manitoba, (além dos territórios de Yukon e Nunavut). Foram totalmente integrados ao território canadense, não sem a geração de conflitos de cunho étnico, social e econômico, dos quais se destaca a Rebelião de Red River, liderada por Louis Riel. Este seria posteriormente executado por traição.

Guerras mundiais

O Canadá participou da Primeira Guerra Mundial, como aliado dos ingleses (os canadenses tiveram que participar de qualquer maneira, porque as relações exteriores do Canadá ainda eram de responsabilidade inglesa), tendo um importante peso ao longo da guerra. A guerra gerou também um forte nacionalismo quebequense, porque os canadenses de origem francesa não queriam ir à guerra, enquanto os canadenses de origem inglesa queriam.

Outro importante efeito da guerra foi a discriminação canadense com os imigrantes (principalmente de origem asiática). Isso, devido ao declínio da economia canadense que se seguiu ao término da guerra - os soldados que haviam participado na guerra, ao invés de encontrar reconhecimento, encontraram desemprego. Com tamanha discriminação, o Canadá proibiu a entrada de imigrantes vindos da China ou restringiu bastante a entrada de imigrantes vindos de outros países.

Após a guerra, a dependência do Canadá com os ingleses foi diminuída em 1931, pelo Estatuto de Westminster. Nesses anos, a Grande Depressão já mostrava seus efeitos devastadores no país - desemprego, miséria, fome - esses efeitos apenas terminariam com o início da Segunda Guerra Mundial, na qual novamente o Canadá desempenhou um importante papel no desenvolvimento da guerra.

Revolução Tranquila

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Com o término da guerra, a economia do Canadá continuou a crescer, até os dias atuais - em grande parte, devido ao surgimento dos Estados Unidos como uma superpotência mundial. As leis que restringiam a entrada de imigrantes (e proibiam a entrada de imigrantes chineses) foram removidas em 1954, graças à importante participação de soldados de ascendência chinesa.

O crescente nacionalismo quebequense foi aumentando, cada vez mais isolando Quebec das outras províncias canadenses, no processo da Revolução Tranqüila. O governo do primeiro-ministro Lester Bowles Pearson, além de tentar solucionar esse problema, também é o responsável pela criação da atual bandeira do Canadá (vermelha dos lados, branca no meio, com a tradicional folha de plátano vermelha no meio) - mas nada evitou que o então presidente francês, Charles de Gaulle, num discurso em Montreal, falasse "Viva o Quebec / Viva o Quebec livre", em 1967, no centenário da independência do país - para alegria dos separatistas Quebecois.

Além disso, nessa época o Quebec já estava sendo ultrapassado pela província de Ontário como a mais importante e populosa do país, com Toronto ultrapassando Montreal em importância econômica. Em 1977, a província de Quebec, sob o governo de René Lévesque, tornou o francês a única língua oficial da província, e em 1980, o Quebec realizou um referendo para a independência da mesma - no plebiscito realizado em Quebec, 60% dos votantes não aprovaram o referendo, e o Quebec continuou oficialmente no Canadá. Numa segunda votação por um segundo referendo para a independência da província, em 1995, o número de votantes que votaram por continuar no Canadá havia caído para 50.3%.

O Canadá foi um país fortemente influenciado pelos imigrantes - ingleses, franceses, chineses, italianos, portugueses, escoceses, alemães, ucranianos, poloneses, gregos - e mais recentemente, latino-americanos, gregos, árabes, indianos, sul-coreanos e africanos, que fazem do Canadá um dos países mais multiculturais do mundo.

Economia do Canadá

A economia do Canadá é uma das mais influentes a nível mundial, de cariz capitalista, favorecida por sua proximidade com os Estados Unidos da América e por diversos tratados comerciais como o Tratado Automobilístico (Canada-United States Automotive Agreement) de 1965, o FTA (Tratado de Livre Comércio) de 1989 e o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) de 1994. Com grandes reservas de recursos naturais e uma força de trabalho altamente instruída, o Canadá aproveita-se de sólidos prospectos econômicos, que permitiram um crescimento anual, de, em média, 3%, desde 1993. Atualmente, o Canadá possui a 13º maior economia do mundo, quando medida pelo seu PIB PPC , ou a 9º maior do mundo, quando medida pelo seu PNB PPC.

O país é o nono no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.

Anteriormente à chegada dos primeiros europeus ao Canadá, espanhóis e escandinavos já pescavam no Oceano Atlântico, nas proximidades da atual província canadense de Terra Nova e Labrador.

Nos primórdios da colonização européia no Canadá, a principal fonte de renda era a caça e o comércio de peles. Os britânicos instalaram-se no norte e no oeste do Canadá, nas atuais

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províncias de Colúmbia Britânica, Alberta, Saskatchewan, Manitoba, e nos atuais territórios de Nunavut, Territórios do Noroeste e Yukon. Este vasto território, escassamente povoado, com apenas 300 habitantes europeus em seu apogeu, era administrado pela Companhia da Baía de Hudson. Enquanto isto, os franceses instalaram-se no leste do Canadá, no que são atualmente as províncias de Ilha do Príncipe Eduardo, Nova Brunswick, Nova Escócia, Ontário e Quebec. Este território era conhecido como Nova França.

Comerciantes franceses e ingleses exploraram a região e fizeram trocas comerciais com tribos indígenas tais como os algonquinos, iroqueses e os hurões, trocando peles de animais por bugigangas como, por exemplo, esferas de vidro. Outros comerciantes preferiam caçar diretamente os animais cuja pele seria posteriormente vendida na Europa.

Durante o século XIX, a economia do Canadá passou a ser mais dependente da agricultura, pecuária e mineração. A importância da caça caiu drasticamente. Porém, dado o imenso tamanho do país, a economia do Canadá variava de região para região. Em Ontário, a principal fonte de renda era a agricultura e a mineração. A província era então um dos maiores pólos agropecuários do mundo. O Quebec era o centro industrial, ferroviário, portuário e bancário do Canadá, bem como o maior produtor de eletricidade. As províncias do Atlântico dependiam consideravelmente da pesca, e as províncias do centro-oeste, da agricultura (especialmente do cultivo de trigo).

Durante as primeiras décadas do século XX, o Ontário passou por um rápido processo de industrialização. A província tornou-se um grande centro industrial e bancário, ainda que o Quebec se mantivesse na liderança. A economia das províncias do Atlântico passou a depender principalmente da produção de produtos de madeira e derivados, enquanto que no centro-oeste a principal fonte de renda das províncias continuou sendo a agricultura, com exceção da Colúmbia Britânica, graças à Vancouver, que se tornara o principal pólo bancário e portuário no oeste canadense.

Após a Segunda Guerra Mundial, o Canadá passou por um rápido processo de industrialização. A economia prosperaria nas próximas duas décadas, mas devido ao grande crescimento econômico, havia falta de mão-de-obra qualificada. Para tentar solucionar este problema, o país abriu as portas aos imigrantes de quaisquer nacionalidades na década de 1960.

Até à década de 1960, Montreal manteve-se a capital financeira do Canadá. Porém, muitas das empresas e dos comércios instalados na cidade e na província eram controlados por anglófonos. Estes haviam dominado a economia quebequense desde o início do século XIX. Os melhores postos de trabalho eram reservados para quem falasse inglês fluentemente. Apesar de outros fatores, esta foi uma importante causa do crescente nacionalismo quebequense, que culminou na aprovação de leis que tornavam obrigatório o uso do francês nas empresas com mais de 50 funcionários. Isto motivou várias empresas financeiras, sediadas em Montreal, até então a capital financeira do Canadá, a mudar para Toronto. Empresas multinacionais cujo mercado se estendia muito além das fronteiras do Quebec mudaram-se igualmente para Toronto, que se tornou definitivamente a capital financeira do Canadá na década de 1970.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, grandes reservas de petróleo foram descobertas na província de Alberta, motivando o seu rápido crescimento econômico, principalmente após a Crise do Petróleo de 1973. Atualmente, Calgary e Edmonton são grandes pólos ferroviários,

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industriais e financeiros e a economia da província tem crescido mais rapidamente do que no resto do país.

Em 1989, o Canadá assinou com os Estados Unidos o FTA (Tratado de Livre Comércio). Em 1994, no NAFTA (Tratado de Livre Comércio das Américas), os termos do antigo Tratado de Livre Comércio passaram também a incluir o México como membro.

Durante a década de 1970, a economia canadense entrou em uma recessão que perdurou até o fim da década de 1980. Os gastos governamentais aumentaram significantemente e o orçamento do governo passou a gerar déficits crescentes, na ordem dos bilhões de dólares americanos. Em 1993, Paul Martin tornou-se Ministro das Finanças do Canadá. Nos dez anos seguintes, a economia do país recuperou, em parte, por causa de cortes em impostos comerciais, mas também graças ao FTA e ao NAFTA. A dívida governamental de 36 bilhões de dólares americanos foi paga, o déficit governamental de 42 bilhões de dólares foi anulado (atualmente, o ávit do governo canadense é de seis bilhões de dólares) e a percentagem do total da dívida interna do país em relação ao PIB do país foi diminuída de 71,2% em 1993 para 53% em 2003, quando Martin se tornou o novo Primeiro-Ministro do país. O Canadá continuou a prosperar economicamente desde então.

Atualmente, o crescimento da economia do Canadá é um dos mais altos dos países desenvolvidos. As atuais taxas de desemprego são de 6,4%, a mais baixa do país nas últimas quatro décadas.

Agricultura e pecuária

Fazendas cobrem cerca de 7% do Canadá. Mais de três quartos de toda a área usada para o cultivo de produtos agrícolas estão localizados nas províncias do centro-oeste do país. Estas províncias produzem, principalmente, trigo, do qual o Canadá é um dos maiores produtores mundiais. Metade de todo o trigo produzido no Canadá é cultivado em Saskatchewan. O segundo maior produtor de trigo no país é Alberta, e em seguida, Manitoba. As províncias do centro-oeste também se destacam pela sua pecuária. Alberta, que possui o maior rebanho de gado bovino do país, é a província com maior índice de produtividade de carne bovina do Canadá, a maior parte da qual é transportada e comercializada no resto do país ou exportada para os Estados Unidos.

Tendo em vista a diversificação dos produtos cultivados, fazendeiros da região passaram a cultivar também lentilha, colza e ginseng, devido à crescente demanda no país por estes produtos. A Colúmbia Britânica é a maior produtora de carne de frango e ovos do país.

No leste do Canadá, a maior parte dos produtos agrícolas é cultivada nas planícies dos Grandes Lagos e no vale do Rio São Lourenço. Os verões quentes do sul do Ontário e do Quebec e a longa estação de cultivo nesta região permitem o cultivo de uma grande variedade de produtos, como a alface, pepino, milho, maçã, morangos e tabaco. O Quebec é o maior produtor de leite do Canadá, possuindo o segundo maior rebanho de gado do país. A província francófona também é a maior produtora de alimentos derivados do leite. O Ontário, por sua vez, é o segundo maior produtor de leite e o terceiro maior no número de cabeças de gado. Nas províncias do Atlântico, o principal vegetal cultivado é a batata.

Agências do governo canadense estabelecem tetos de produção e subsídios que ajudam a proteger a agropecuária do país de preços flutuantes e produtos estrangeiros. Tais agências

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favorecem a venda do que é produzido pelos fazendeiros, ajudando-os através do fornecimento de serviços e produtos necessários à atividade agropecuária.

Pesca

A pesca é a atividade econômica mais antiga do Canadá. Os Grandes Bancos, localizados imediatamente a leste da Nova Escócia, Nova Brunswick, Terra Nova e Labrador, contêm grandes cardumes de peixes, constituindo uma das maiores reservas mundiais. As indústrias pesqueiras das províncias do Atlântico capturam, essencialmente, caranguejos, lagostas, camarões e carpas. Outras espécies de animais marinhos (todos peixes), também de valia econômica para os pescadores, têm diminuído drasticamente as suas populações nas últimas décadas, devido à pesca excessiva. Este problema é tão grave que a pesca foi proibida nas águas imediatamente a leste da Terra Nova e Labrador, em 2000, o que arruinou a economia pesqueira da província. Já na Colúmbia Britânica, a espécie mais pescada é o salmão. A Colúmbia Britânica é a região responsável pelo maior índice de capturas de salmão de toda a América do Norte.

Silvicultura

Cerca de 40% da área do Canadá é coberta por florestas boreais que lhe permitem ser o maior exportador de madeira e derivados e um dos maiores produtores de móveis e papel do mundo. Tal produção destina-se tanto para o mercado interno como para os Estados Unidos que também constituem o seu principal cliente, sendo a Colúmbia Britânica a líder neste setor, seguida do Quebec e do Ontário.

Manufatura

O Ontário e o Quebec produzem mais de 75% de todos os produtos industrializados fabricados no Canadá, com Toronto e Montreal sendo os principais centros da indústria de manufatura do país. Automóveis, caminhões, peças automobilísticas e aviões são os principais produtos fabricados no Canadá, no quesito valor econômico total dos produtos fabricados; em seguida vem o processamento industrializado de alimentos em geral. O valor econômico total de um produto é a diferença entre o valor econômico da matéria prima usada para fabricação de um dado produto e o valor econômico do produto industrializado em si.

O Canadá não possui uma empresa fabricante de carros e caminhões. Ao invés disso, várias empresas automobilísticas americanas e japonesas fabricam seus veículos no Canadá, especialmente em Ontário, outras em Quebec. Uma parte dos veículos fabricados no país é destinada ao mercado canadense, mas a maioria tem como destino os Estados Unidos. Por outro lado, o Canadá é um líder mundial na produção de aviões e de trens de metrô, graças à Bombardier. A maioria das fábricas da Bombardier está localizada na região metropolitana de Montreal.

Outros importantes setores da manufatura do Canadá são a indústria petroquímicas, a indústria siderúrgicas, e a indústria de fabricação de eletrônicos e material para telecomunicações.

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Mineração

O Canadá é um dos maiores produtores de alumínio, cobre, ferro, níquel, ouro, urânio e zinco. O Ontário possui grandes reservas de alumínio, cobre, níquel, prata, titânio e zinco. A província de Ontário é a líder nacional na extração de minerais, e a maior fornecedora de níquel do mundo. O Quebec possui grandes quantidades de ferro, zinco e de asbestos. A maior produtora de ferro no Canadá é a Terra Nova e Labrador. Já a Colúmbia Britânica é a maior produtora de cobre do país, enquanto que a Nova Brunswick é a maior produtora de zinco do Canadá. As reservas de urânio do Saskatchewan são as maiores do mundo. A variedade e disponibilidade de minerais no Canadá fazem do país um dos maiores exportadores mundiais de minérios em geral.

Os dois recursos minerais mais importantes do país são, porém, o petróleo e o gás natural. A província de Alberta possui grandes reservas destes recursos naturais, e é a líder nacional na extração de ambos os recursos. Alberta também possui gigantescas reservas de betume. O betume pode ser processado para ser transformado em petróleo, mas atualmente este processo é economicamente inviável, por ser caro demais. No futuro, porém, caso um processo mais econômico seja descoberto para processar betume em petróleo, o Canadá poderá tornar-se facilmente um dos maiores fornecedores de petróleo do mundo.

Construção

A indústria de construção do Canadá está primariamente concentrada nas principais cidades do país, onde vários imigrantes instalam-se diariamente. Tais cidades incluem Calgary, Edmonton, Montreal e especialmente Toronto. Esta indústria é muito forte em Toronto, onde vários edifícios e arranha-céus estão sendo construídos e outros estão sendo planejados. Toronto é a segunda cidade mais ativa na construção de arranha-céus do mundo, perdendo apenas para Shangai.

Turismo

O turismo é uma das principais fontes de renda do Canadá. O país é o quinto mais visitado por turistas estrangeiros, porém a imensa maioria (aproximadamente 80%) de seus visitantes vêm dos EUA. Só perde para França, Espanha, Estados Unidos e Itália. O país possui diversos pontos de interesse que variam de região a região. Toronto, Montreal e Vancouver são as cidades mais visitadas do país.

O Canadá, como um país desenvolvido do Hemisfério Ocidental, possui uma grande indústria turística, a nível doméstico e internacional. O Canadá é conhecido mundialmente por suas belezas naturais e por vários monumentos. Algumas de suas principais atrações incluem suas cidades, mas o país é provavelmente mais conhecido pelas suas grandes terras escassamente povoadas do interior, e pelos seus monumentos naturais.

Transportes

O Canadá possui vários acidentes geográficos que são grandes obstáculos ao transporte, como montanhas, grandes corpos d'água e grandes florestas. Mesmo assim, o país possui um sistema de transporte moderno, e um dos mais extensivos do mundo.

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A malha ferroviária do Canadá possui mais de 80 mil quilômetros de extensão. É a terceira maior malha ferroviária do mundo, perdendo apenas para a dos Estados Unidos e a da Rússia. As duas principais ferrovias do país são a Canadian National Railway e a Canadian Pacific Railway, esta última sendo a primeira ferrovia transcontinental do mundo, tendo sido inaugurada em 1884. Ambas as ferrovias são controladas por empresas privadas. Já a VIA Rail é um serviço ferroviário interurbano de passageiros administrado pelo governo canadense. Montreal é o maior pólo ferroviário do país, seguido por Calgary e Toronto. Toronto e Montreal possuem modernos sistemas de metrô.

Rodovias pavimentadas conectam as principais cidades do Canadá entre si. Delas, destacam-se a Trans-Canada Highway, que se estende por oito mil quilômetros desde o Oceano Pacífico até o Oceano Atlântico, e a Highway 401, ou Via Expressa/Rodovia Macdonald-Cartier, a via expressa/rodovia mais movimentada do mundo. Montreal é o principal pólo rodoviário do Canadá, seguido por Toronto e Calgary. Montreal possui um extensivo sistema de vias expressas.

Os principais centros portuários do país são Vancouver, Montreal, Halifax, Saint John e Toronto. O Canal Marítimo do São Lourenço permite o tráfego de navios de grande porte entre o Oceano Atlântico e os Grandes Lagos. Os principais centros aeroportuários do país são Toronto, Vancouver e Montreal. A Air Canada é a principal linha aérea do país.

Energia

O Canadá é um dos maiores consumidores per capita de energia do mundo, primariamente por causa de sua economia industrializada e pelo seu clima rigoroso no inverno. O Canadá possui grandes fontes de energia renováveis, tais como diversos rios e lagos, fortes ventos constantes na região central e as maiores variações de maré na Baía de Fundy, Nova Escócia. O país também se destaca pelas suas reservas de energia não-renováveis. O Canadá possui as maiores reservas de urânio do mundo em Saskatchewan, e grandes reservas de petróleo e gás natural em Alberta. O Alberta também possui as maiores reservas de betume do mundo.

Cerca de 60% da eletricidade gerada no país é produzida em usinas hidrelétricas, 18% é gerada em usinas nucleares, 12% em usinas termelétricas a gás natural, 8% em usinas termelétricas a carvão e 2% a partir de outras fontes de energia. Todas as províncias do Canadá, com exceção da Ilha do Príncipe Eduardo, geram algum excedente de eletricidade, (especialmente o Quebec) que é exportado para os Estados Unidos da América. O Canadá é um dos poucos países desenvolvidos do mundo que exporta energia para outros países. A exportação de eletricidade aos Estados Unidos é uma fonte de renda primária do Quebec e da Terra Nova e Labrador.

Os Esportes

Pense em esportes no Canadá e você provavelmente pensará em hóquei. Alguns dos mais conhecidos jogadores de hóquei do mundo são canadenses e o hóquei é hoje o esporte que mais atrai os espectadores, e um dos esportes de recreação mais amplamente praticados.

Peça aos jovens para enumerarem as suas preferências esportivas e um quadro muito maior vai aparecer. Aqueles entre 13 e 24 anos citam a natação, o esqui cross-country e o esqui alpino, o beisebol, o tênis, o basquete. Os canadenses encaram o esporte como parte integrante de uma vida ativa e saudável.

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Os esportes de inverno

Mais de 450.000 jovens participam de ligas organizadas de hóquei e muitos outros jogam nas ruas, lagos e rinques de patinação. Muitos sonham em entrar para a Liga Nacional de Hóquei (LNH), uma liga profissional de 23 times norte-americanos, sendo oito canadenses, das cidades de Calgary, Edmonton, Montreal, Otawa, Quebec, Toronto, Vancouver e Winnipeg.

Embora muitos times estejam localizados nos Estados Unidos, a maioria dos jogadores da LNH são canadenses. A temporada de hóquei da LNH vai de outubro a junho e é concluída por uma partida decisiva entre os melhores pela Copa Stanley, um troféu que simboliza a supremacia do hóquei na América do Norte. A temporada de 1992-93 marcou a centésima premiação da Copa Stanley.

Os canadenses saíram-se extremamente bem em competições internacionais de hóquei: de 1990 a 1994, o Men's Junior National Team venceu o campeonato Nacional de Juniores, ganhando quatro entre cinco vezes; o Men's National Team levou medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1992 e 1994 e o Women's National Team ganhou os campeonatos de 1990, 1992 e 1994.

O esqui - cross-country ou alpino - é um esporte que conquistou o coração dos canadenses. O país exibe centenas de áreas de esqui, incluindo lugares mundialmente conhecidos, como Banff, em Alberta e Whisler, na Colúmbia Britânica, assim como possui uma abundância de trilhas de esqui cross-country. Em competições internacionais, os esquiadores canadenses se sobressaíram nos últimos anos no circuito de Copa Mundial e nos Jogos Olímpicos de Inverno. Em 1993, Kerrin Lee-Gartner fez a performance de sua carreira, levando a medalha de ouro nas Olimpíadas de Albertville. Kate Pace continuou a trilha de sucesso, levando uma medalha de ouro no Campeonato Mundial de 1993 e ficando em segundo lugar na Copa Mundial de esqui alpino de 1994.

O Canadá também se sobressai na patinação artística. Uma vasta rede de clubes de patinação artística por todo o país tem produzido uma longa lista de medalhistas mundiais e olímpicos, de Barbara Ann Scott e Elizabeth Manley a Toller Cranston e Kurt Browning. Dentre os últimos canadenses a se sobressaírem na patinação artística internacional estão Elvis Stojko, que ganhou uma medalha de prata nos Jogos de Lillehammer e uma medalha de ouro no Campeonato Mundial de 1994, e as duplas Isabelle Brasseur e Lloyd Eisler, que ganharam medalha de prata em 1994, no Campeonato Mundial e medalha de bronze na Olimpíadas de Inverno de Albertville e Lillehammer. Sendo um esporte de espectadores, a patinação artística vem cada vez mais crescendo em popularidade durante os últimos anos.

Embora não tão largamente praticado como a patinação artística, a patinação de velocidade fez o maior atleta canadense das Olimpíadas de Inverno, Gaétan Boucher, o vencedor de duas medalhas de ouro e uma de bronze nas Olimpíadas de 1984. Os patinadores de corrida mostraram a sua habilidade nas Olimpíadas de Lillehammer de 1994, quando levaram uma medalha de bronze e três medalhas de prata.

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Um esporte relativamente novo, que tem atraído uma grande legião no Canadá é o ringette: mais de 50 000 competidores jogam em cerca de 2 500 times. Jogado principalmente por mulheres, o ringette é semelhante ao hóquei, sendo praticado no gelo, com patins, tacos e um anel de borracha.

O biathlon é um esporte exigente, que integra as disciplinas do esqui cross-country e a caça. A canadense Myrian Bédard dominou as provas de 7,5 Km e 15 Km nas Olimpíadas de Lillehammer, ganhando duas medalhas de ouro.

A variedade dos esportes

O mito de que os canadenses vivem ligados ao gelo e à neve durante a maior parte do ano cai facilmente por terra quando se vê a variedade de esportes de verão praticados no Canadá. Eles incluem a natação, vela, windsurf, remo, esportes de salão e de campo, tênis, futebol, rugby, hóquei na grama, golfe e muitos outros.

A natação não é apenas um dos esportes recreativos mais populares do Canadá, é também uma competição de grande importância para os atletas canadenses nas competições internacionais. Os canadenses ganharam mais de 50 medalhas olímpicas desde os jogos de verão de 1912, em Estocolmo, e bateram inúmeros recordes mundiais. Nos Jogos Olímpicos de Verão de Barcelona de 1992, o nadador Mark Tewksbury ganhou uma medalha de ouro na prova dos 100 metros nado costas, estabelecendo um recorde mundial.

O Canadá também tem sido líder no nado sincronizado, desde que o esporte se iniciou há mais de 50 anos. O nado sincronizado ganhou pleno status de medalha nos Jogos Olímpicos de Verão de 1988, quando Carolyn Waldo ganhou duas medalhas de ouro para o Canadá. Nos Jogos de Barcelona de 1992, Silvie Fréchette ganhou a medalha de ouro, enquanto que a dupla Penny e Vicky Vilagos ganhou a de prata.

O remo também desfruta de uma recente ascensão na sua popularidade no Canadá, depois de um tremendo sucesso no circuito internacional. O Canadá ganhou 4 medalhas de ouro e uma de bronze no remo durante os Jogos Olímpicos de Barcelona, a sua melhor performance em Olimpíadas.O futebol, o esporte mais popular do mundo (chamado soccer no Canadá) é hoje defendido no país por uma grande quantidade de jovens e uma liga profissional.Em termos de apreciação do público, o beisebol profissional e o futebol americano disputam com o hóquei o primeiro lugar. A Liga de Futebol Canadense (LFC) tem times de Calgary, Edmonton, Hamilton, Otawa, Regina, Toronto, Vancouver e Winnipeg. A Grey Cup anual entre os dois times principais da liga competindo pelo campeonato é tradicionalmente um dos eventos esportivos de maior audiência do Canadá.

As importantes ligas de times de beisebol de Montreal e Toronto atraem milhões de espectadores a cada temporada. Em 1992, o Toronto Blue Jays levou o título de World Series pela primeira vez, o que também marcou a primeira vez que o World Series era vencido por um time de fora dos Estados Unidos. Mais uma vez, em 1993, o Blue Jays vence o World Series. O beisebol e o softball são esportes de recreação muito apreciados no Canadá, com inúmeros times e ligas locais jogando no verão e no outono.

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O papel internacional

Com mais de 60 times nacionais participando de competições internacionais, o Canadá é rico em habilidade esportiva técnica e administrativa, que é compartilhada com outros países através de programas e intercâmbio.O Canadá tem sediado quase todos os grandes eventos esportivos internacionais: as Olimpíadas de Inverno e Verão, os Jogos da Comunidade Britânica, os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Universitários Mundiais. A cidade de Winnipeg sediou os Jogos Pan-Americanos de 1999 e a Cidade de Quebec está na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2002.O Canadá também tem um importante papel nos Jogos Paraolímpicos: as Paraolimpíadas de verão de 1976 foram realizadas em Toronto. Nos Jogos Paraolímpicos de Barcelona de 1992, os atletas canadenses obtiveram notáveis resultados, participando de 11 entre 15 modalidades esportivas e ficando em sexto lugar entre 96 países.O governo federal apóia o esporte no mundo todo, através de ajuda financeira para competições internacionais realizadas no Canadá e através de programas que promovam as relações esportivas internacionais como um meio de fortalecer os laços entre os povos.

O futuro

O esporte sempre desempenhou um importante papel na vida dos canadenses, mas só recentemente tornou-se uma nação esportiva, estando entre as 15 maiores. Seus competidores de primeira linha e as iniciativas esportivas internacionais, como a participação no movimento para aumentar as oportunidades dos atletas portadores de deficiências físicas e a luta contra o doping no esporte, têm garantido ao país um papel de liderança.O Canadá continua a promover o esporte visando o bem-estar individual e comunitário e o empenho esportivo internacional como um meio de transcender as diferenças políticas, culturais e religiosas entre os povos.

O Inglês no Canadá

Mais de 26 milhões dos canadenses (85% da poupulação) possuem algum conhecimento de inglês. Aproximadamente 17 milhões de pessoas tem o inglês como língua materna, fora de Quebec, 76% dos canadenses tem o inglês como língua materna. O inglês canadense cóntem elementos do inglês britânico no seu vocabulário. Em muitas áreas a fala tem influência do francês e há notáveis variações locais. No entanto, o Canadá tem poucos dialetos em comparação aos Estados Unidos. A Fonética, fonologia, morfologia, sintaxe e léxico na maior parte do Canadá são semelhantes as regiões oeste e midland dos Estados Unidos. Como tal, o inglês canadense e o americano são agrupados como o inglês norte-americano.

Os canadenses falantes de Inglês acabaram desenvolvendo o vocabulário que precisavam em seus ambientes específicos por meio de empréstimos de línguas indígenas e do francês, da ampliação e adaptação do significado de palavras inglesas tradicionais e da criação de novas palavras. Além do mais, o vocabulário do inglês canadense é afetado pelo bilingüismo institucional.

No inglês canadense utilizam-se algumas palavras britânicas, como fortnight (período de catorze dias). Há palavras utilizadas tanto nos Estados Unidos como no Canadá. Também há

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uma gama de palavras que são exclusivamente canadenses: exemplos são eavestrough (calha) e humidex (uma escala para medir o efeitos da combinação entre calor e umidade que causam desconforto). No Canadá, tanto o inglês britânico como o americano são utilizados.

Esta é a razão pela qual é possível se tornar um cidadão estadunidense sem falar inglês. O Canadá também tem o francês como língua oficial, embora ele seja mais falado na província de Quebec. Já que muitos dos falantes de inglês que habitam o Canadá vieram dos EUA, há pouca diferença entre os dialetos americanos e canadenses do inglês.

Comida Típica

O Canadá conta com uma excelente gastronomia que foi renconhecida mundialmente faz já alguns anos.

Atualmente ganhou tanta importância a arte culinária que pode-se optar por milhares de possibilidades, desde comida rápida, passando por comida internacional e tradicional, até a cozinha mais sofisticada.

O viajante pode eleger entre os maravilhosos restaurantes das grandes cidades até ir aos "coffee shops" dos hotéis e aos cafés que encontram-se na beira da estrada.

Muitas zonas rurais têm atrativos para os gourmets, pois falamos de um país rico em agricultura, que goza dos mais maravilhosos ingredientes, além de ter muitas especialidades culinárias regionais. Pode-se saborear alimentos próprios dos índios nativos: carne de veado, alce e búfalo, diferentes tipos de peixe, milho e arroz selvagem e uma grande variedade de bagas, entre elas o saskatoon.

Nas regiões mais antigas do Canadá é onde melhor tem conservado os costumes culinários, sobretudo em Quebec e nos Estados atlânticos. Cada Estado tem desenvolvido suas especialidades culinárias de acordo com os elementos de que dispõe.

As especialidades de Terranova são as línguas de bacalhau empadas e fritas com scrunchions, troços de toucinho de porco fritos; o peixe com brevis, as compotas feitas com bagas vermelhas, a sopa de coelho e de foca, sopa de mexilhões de Terranova, filés de bacalhau e lagosta empanadas, o alce cozido, o vinho de ruibarbo e o pastel de asa (elaborado com asas de focas jovens); são especialidades locais que às vezes só podem encontrar-se nos melhores restaurantes.

Na Ilha da Nova Escócia pode-se degustar típicos pratos de peixe fora do habitual como o Solomom Gundy, arenques crus adereçados com vinagre e especiarias. É também muito apreciado o robalo defumado, um prato de origem britânica.

Na ilha de Cabo Bretão elaboram um embuchado com especiarias e um prato do tipo holandês realizado com cortiças de porco fritas. Entre as sobremesas se prepara uma de origem escocesa com farinha de aveia, nata e açúcar.

New Brunswick é conhecida pelas verduras cozidas ou ao vapor, geralmente acompanhadas de manteiga. Em todas as ilhas prepara-se uma especialidade, o pastel de rappie, com batatas assadas e porco salgado, assim como uma sobremesa a base de fruta cozida e acompanhado de creme.

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A cozinha de Quebec carateriza-se por ser uma cozinha não muito forte e que trabalha sobretudo com produtos da região como o porco, aves e caça. Também introduz verduras nas sopas, das que são as mais famosas as de cebola e couve.

O prato mais tradicional é o tourtierre, pastel de batata e carne de caça como a perdiz, veado e coelho (normalmente é preparado com carne de porco). O mais temperado que pode-se saborear em Quebec é um patê de porco temperado com especiarias. Montreal é conhecido principalmente pelo maravilhoso frango, as carnes defumadas e o famoso sanduiche de boeuf fume, pão preto ou de centeio com pepinos, mostarda e vitela defumada.

Não deve deixar de comer o presunto assado no espeto, temperado com xarope de arce, que pode-se degustar no Vieux Montreal, além de desfrutar de um ambiente autêntico. Das sobremesas destaca-se a torta ao açúcar.

Os amantes da comida temperada com especiarias podem desfrutar com a comida de Toronto. Pratos de panela, feijão, ervilhas, pão de milho e camarões e uma longa lista de delícias.

É muito popular nos Estados de Manitoba e Saskatchewam o arroz selvagem que se cultiva nas marismas. Costuma-se servir de acompanhamento os pratos de caça e de aves. Por outro lado, em Winnipeg distingue-se o frango com alho, de origem romena.

Calgary e seus arredores são um grande gosto para o paladar. Os restaurantes incluem estabelecimentos familiares com serviço rápido estilo norte-americano, comedores premiados pela sua qualidade, e comedores e restaurantes internacionais com uma variedade tentadora de cozinhas exóticas. Não deixe de experimentar a famosa carne de vaca de Alberta.

O desjejum com tortas cobertas com xarope de açúcar e toucinho crocante. Nesta zona abundam os restaurantes de diferentes nacionalidades devido à diversa população; pode-se eleger entre escandinavos, espanhóis, franceses, chineses, alemães, italianos, japoneses, vietnamitas, coreanos, mexicanos, gregos, tailandeses e latino-americanos, entre outros.

British Columbia caracteriza-se pelo salmão preparado de várias formas. Em Vitória pode-se degustar tanto pratos do estilo inglês como o roast beef, e pratos franceses.

Década de 40: Queijo Grelhado - O clássico "Grilled Cheese" teve seu auge durante a Segunda Guerra Mundial e tornou-se escolha favorita na década de 40. Ele era servido ao lado da tradicional Sopa de Tomates.

Década de 60: Sopa de Cebolas francesa - Com a popularidade da cozinha francesa, o French Onion Soup tornou-se o prato favorito dos canadenses nos anos 60. Tradicionalmente era feita com cebolas caramelizadas e caldo de carne e servida com queijos Gruyere e Mozzarella derretidos e flambados. Ao lado não poderia faltar uma fatia de pão Francês.

Década de 80: Quiche - Na metade do século 20, surgiam nos livros culinários norte-americanos mais uma receita de influencia francesa: o Quiche. Mas foi no final dos anos 70 que os canadenses tornaram-se fanáticos por esse prato. O quiche e' basicamente um omelete

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com base de torta. Tradicionalmente, o Quiche Lorraine era feito com Bacon, mas pode ser feito com brócolis e queijos Monterey Jack e servido com Salada de folhas verdes.

Década de 90: Macarroni & Cheese - O famoso " Mac and Cheese" e' ate' hoje apreciado pelas famílias canadenses. A pasta já cozida, geralmente a de tipo "Macarroni" e' misturada ao molho Bechamel básico e queijos Cheddar Cheese e parmesão. Só então e' levada ao forno ate' dourar.

Hoje: Quesadilla - Marcada pela forte imigração mexicana, não poderia faltar a Quesadilla. Num ballet de sabores e uma mistura de queijos como o Cheddar, Monterey Jack e Mozzarella e servido com uma deliciosa salada ou com uma das sopas tradicionais canadenses, como Sopa de Cogumelos ou Brócolis, com certeza as Quesadillas fazem um grande sucesso por aqui.

Cultura do Canadá

A cultura do Canadá é um produto da história e geografia do Canadá. A maior parte do território canadense foi ocupada e desenvolvida depois de outras colônias européias na América, o que resulta nos temas e símbolos de pioneiros, desbravadores e comerciantes foram importantes no início do desenvolvimento de sua cultura. A conquista Britânica de Quebec em 1759 colocou uma grande população francófona sob poder britânico criando uma necessidade de compromisso e acomodação, enquanto a chegada de migrantes das Treze colônias leais ao Reino Unido trouxe grande influências britânica e estadunidense.

Apesar de não ser livre de conflitos, as primeiras interações do Canadá com populações aborígenes foram relativamente pacíficas, comparadas às experiências com os povos indígenas nos Estados Unidos. Combinado com o desenvolvimento econômico relativamente tardio em várias regiões, essa história pacífica concedeu aos nativos uma influência relativamente forte na cultura nacional enquanto preservava sua própria identidade.

O prévio desenvolvimento do Canadá francês foi relativamente coesivo durante os séculos XVII e XVIII, e foi protegido pelo Ato de Quebec de 1774, que permitiram que a cultura francófona sobrevivesse e crescesse fortemente dentro do Canadá.

Em 1867, o Ato da América do Norte britânica foi designado para atender às reivindicações pela autonomia canadense enquanto evitava descentralização excessiva que contribuiu para a guerra civil nos Estados Unidos.

O compromisso feito por John A. Macdonald e George-Étienne Cartier deixaram o Canadá a caminha do bilingüismo, e isto contribuiu para uma aceitação da diversidade que mais tarde levaria ao multiculturalismo e tolerância aos costumes e culturas dos povos nativos.

O patrimônio multicultural foi enriquecido na Sessão 27 da Carta Canadense dos Direitos e das Liberdades. Em partes do Canadá, especialmente as grandes cidades de Montreal, Vancouver e Toronto, multiculturalismo por si só é uma norma cultural e a diversidade é a força que une a comunidade.

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Em Quebec, a identidade cultural é forte, e vários quebequenses falam da cultura do Quebec como distinta da cultura anglo-canadense, mas alguns também vêem o Canadá como uma coleção de várias subculturas regionais, aborígenes e étnicas. John Ralston Saul argumenta que Gabrielle Roy é mais conhecida no Canadá anglófono que na França, e mais franco-canadenses conhecem Margaret Laurence e Atom Egoyan que estadunidenses.

Enquanto a cultura franco-canadense é o exemplo mais óbvio, influencias Celtas permitiram a sobrevivência de dialetos não-anglófonos na Nova Escócia e na Terra Nova; No entanto, a influência de imigrantes da Irlanda do Norte para Toronto teve o efeito de minimizar influências irlandesas na cultura de Ontário, e destacando as influências britânicas em seu lugar até os anos 80. O comércio do Canadá do Pacífico trouxe também uma grande influência chinesa para a Colúmbia Britânica e outras áreas.

A diversidade cultural do Canadá também cria um meio ambiente muito mais acolhedor para com gays e lésbicas do que o se encontra nos Estados Unidos ou a maioria dos outros países. Por exemplo, em 1995, a Suprema Corte do Canadá determinou no caso Egan v. Canada que orientação sexual deveria ser "lida" na sessão 15 da Carta Canadense dos Direitos e das Liberdades, parte da Constituição do Canadá, que garante direitos iguais para todos os canadenses. Seguindo uma série de decisões das corte provinciais e da Suprema Corte do Canadá, em 20 de julho de 2005, a carta C-38 recebeu Sanção Real, legalizando o casamento gay no Canadá. O Canadá tornou-se o quarto país a oficialmente sancionar o casamento gay nacionalmente, depois da Holanda, Bélgica e Espanha. Mais à frente, em 2005, a orientação sexual foi incluída como um estado de proteção nas leis dos direitos humanos do governo federal e para todas as províncias e territórios.

Houve e há, vários povos aborígenes distintos pelo Canadá, cada um com sua própria cultura, credos, valores, língua e história. Muito desse legado mantém-se celebrado artisticamente e em outras formas no Canadá atualmente. Parte do logotipo dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 em Vancouver é uma inunnguaq, uma formação de pedras em formato humano que é parte da cultura esquimó.

Multiculturalismo, oficialmente endossado na sessão 27 da Carta Canadense dos Direitos e das Liberdades, tem larga influência na cultura canadense. De acordo com o Departamento de patrimônio canadense, a diversidade étnica, racial e religiosa do Canadá está crescendo rapidamente. De acordo com o censo de 2001, mais de 200 origens étnicas estão representadas no Canadá. Por volta de 13,5% da população é um membro de um grupo minoritário visível e essa proporção é esperada para atingir 20% em 2016. Imigração agora conta mais de 50% do crescimento populacional canadense, com imigrantes vindos principalmente da Ásia e do Oriente Médio. É projetado que, depois de 2025, o crescimento populacional será baseado somente na imigração.

Fácil acesso a mídia de radiodifusão trouxe várias influências americanas à cultura canadense desde meados do século XX. Em reação, difusores canadenses, em cooperação com os governos federal e provinciais tentaram afirmar a cultura canadense e seus valores em suas transmissões. Um exemplo são os comerciais dos momentos de patrimônio na televisão (que atua como mini-aulas de história). Defendendo e lançando a cultura nacional como uma grande prioridade do governo canadense, com a Comissão de rádio-televisão e telecomunicações canadenses e o Departamento de patrimônio canadense tendo responsabilidade em promover a cultura canadense.

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À parte a pintura tradicional produzida pelos povos indígenas canadenses, a pintura do Canadá se alinhou de modo geral na grande tradição artística européia. Iniciando um florescimento significativo em meados do século XVII, ganhou impulso no século XIX e até meados do século XX foi influenciada principalmente pela pintura francesa e inglesa, para depois entrar na órbita da pintura dos Estados Unidos. Não obstante sua dependência de fontes estrangeiras, a pintura canadense soube desenvolver-se em muitos momentos com características peculiares originais e deixou uma série de obras-primas ao longo de sua história.

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Bibliografia

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/canada/culinaria-canadense.php

http://coelhocanada.blogspot.com/2008/03/comida-tipica-canadense.html

http://www.canadainternational.gc.ca/brazil-bresil/about_a-propos/sports.aspx?lang=por

http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/ingmundo4.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Canad%C3%A1

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Canad%C3%A1