Canção Popular e Performance Vocal

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CANÇÃO POPULAR E PERFORMANCE VOCAL Cláudia Neiva de Matos Professora Doutora - UFF / CNPq [email protected] Resumo: A execução ou performance de uma canção é em larga medida parte de sua criação. Interagindo com o texto e a música, ela perfaz o triângulo esté- tico e semiótico que constitui a obra. A partir da fonografia, a dimensão voco- performática passa a ser registrada e reproduzida, integrando-se à obra de modo permanente e interessando necessariamente às leituras que dela se fa- çam. A possibilidade de acesso sensorial às obras do passado e a diferentes interpretações da mesma obra abriu novos caminhos e parâmetros tanto para a criação quanto para a pesquisa da canção popular, enfatizando a importância da performance na configuração do sentido e do efeito estético, recolocando sobre novas bases categorias como autoria e tradição, reformulando os proce- dimentos da crítica e da historiografia na área. Palavras-chave:canção popular: história e crítica,performance vocal,fonografia Abstract: Playing or performing a song are both part of this song´s creation. Interacting with text and music, execution or performance make up the aes- thetic and semiotic triangle that gives a song its meaning and artistic effect. By means of phonographic reproduction, the vocal-performing dimension has come to permanently integrate the song, turning into an indispensable tool to its analysis. The possibility of sensorial access to works of the past and to differ- ent performances of the same work has opened new ways and new patterns to both the creation of, and the research on, popular songs, emphasizing the im- portance of performance in the building of aesthetic meaning and reframing no- tions such as authorship and tradition as well as historiographical and critical procedures in this field. Key words: popular song: history and criticism, vocal performance, phono- graphic reproduction

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Trabalho sobre canto popular e performance vocal

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  • CANO POPULAR E PERFORMANCE VOCAL

    Cludia Neiva de Matos Professora Doutora - UFF / CNPq

    [email protected] Resumo: A execuo ou performance de uma cano em larga medida parte de sua criao. Interagindo com o texto e a msica, ela perfaz o tringulo est-tico e semitico que constitui a obra. A partir da fonografia, a dimenso voco-performtica passa a ser registrada e reproduzida, integrando-se obra de modo permanente e interessando necessariamente s leituras que dela se fa-am. A possibilidade de acesso sensorial s obras do passado e a diferentes interpretaes da mesma obra abriu novos caminhos e parmetros tanto para a criao quanto para a pesquisa da cano popular, enfatizando a importncia da performance na configurao do sentido e do efeito esttico, recolocando sobre novas bases categorias como autoria e tradio, reformulando os proce-dimentos da crtica e da historiografia na rea. Palavras-chave:cano popular: histria e crtica,performance vocal,fonografia Abstract: Playing or performing a song are both part of this songs creation. Interacting with text and music, execution or performance make up the aes-thetic and semiotic triangle that gives a song its meaning and artistic effect. By means of phonographic reproduction, the vocal-performing dimension has come to permanently integrate the song, turning into an indispensable tool to its analysis. The possibility of sensorial access to works of the past and to differ-ent performances of the same work has opened new ways and new patterns to both the creation of, and the research on, popular songs, emphasizing the im-portance of performance in the building of aesthetic meaning and reframing no-tions such as authorship and tradition as well as historiographical and critical procedures in this field. Key words: popular song: history and criticism, vocal performance, phono-graphic reproduction

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    A respeito de poesia cantada, Paul Zumthor, h mais de vinte anos, j sublinhava: Palavra potica, voz, melodia texto, energia, forma sonora ati-vamente unidos em performance, concorrem para a unicidade de um sentido. [...] a nvel do sentido que tal unio selada: o sentido o seu penhor. E advertia: Poucos estudos precisos se dedicaram at agora a esta semiose. (Zumthor, 1997: 195)

    Aplicando-se a todo tipo de cano, a observao ainda vale em nossos dias; e sobretudo no campo da performance vocal que parece estar o X do problema. As dimenses verbal e musical de uma cano so formas estabili-zveis pela grafia ou notao codificada, e assim mais diretamente apreens-veis por abordagens tributrias da cultura escrita. J a forma da voz, como a-ponta Zumthor, essencialmente energia: espcie de objeto voltil que no se agarra, no se escreve e mal se deixa pensar em silncio. No contamos com um quadro terico e metodolgico assentado para trabalhar nesse campo, cuja sistematizao disciplinar limita-se geralmente tcnica objetiva do canto eru-dito.

    Mas j se comeam a abrir caminhos, e creio que se pode constatar uma inflexo atual dos estudos da cano popular para a perspectiva da per-formance, por exemplo, no texto de Jlio Diniz Sentimental demais: a voz co-mo rasura, ou no livro de Helosa Duarte Valente As vozes da cano na m-dia. A questo articula-se tambm com o interesse generalizado pela perfor-mance que freqenta vrios setores das Cincias humanas contemporneas.

    No que diz respeito s poticas da palavra cantada, as primeiras elabo-raes nesse sentido surgiram nos estudos de Folclore e mais tarde nas reas de Etnopotica e Etnomusicologia. Esses campos de pesquisa foram instru-mentalizados e apurados a partir da difuso dos meios tcnicos de registro e reproduo do som. Apesar das diferenas entre as poticas de tipo primitivo ou folclrico e a moderna cano popular mediatizada, os procedimentos de pesquisa em ambos os campos se aproximam pela sua vinculao fonografi-a. Ao disponibilizar registros, esta possibilita comparar variantes da mesma pea, recolocando imperativamente para a recepo crtica a relevncia do in-trprete e da interpretao, a qual tambm domina a recepo pelo ouvinte comum. Nas culturas de tradio oral, o intrprete sempre constituiu uma es-pcie de autor emprico da obra tradicional (cf. Zumthor, 1993: 71). Tambm a recepo massiva da obra mediatizada reconhece nele a encarnao do valor da cano, como aponta Helosa Valente:

    A cano das mdias desenvolveu-se, inicialmente, num contexto em que a performance e a personalidade do artista (can-tor/msico) exerciam papel preponderante. Dito de outro modo, a performance permitiu que a mdia edificasse seus mitos. (Valente, 2003: 91)

    Mdia fonogrfica e destaque da atuao performtica na recepo e co-nhecimento da cano popular so fatores conectados e interdependentes, que vo interferir decisivamente nos caminhos criativos e investigativos da rea. Esta comunicao, limitada no tempo e nas pretenses, intenta simplesmente sublinhar e comentar junto aos pesquisadores dois aspectos decorrentes do quadro acima esboado: suas implicaes na historiografia crtica da msica popular e a necessidade de redefinir a noo de autoria.

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    Para os prprios intrpretes e criadores da cano popular, a fonografia e a mediatizao oferecem novos e mais amplos horizontes e condies de atuao, radicalmente diferentes dos experimentados pelos artistas das cultu-ras de transmisso oral. Estes s tinham acesso a repertrios e atualizaes contguos no tempo e no espao. J o artista miditico, alm das possibilidades tecnicamente expandidas e complexificadas para construir sua prpria obra, tem acesso aos acervos sonoros de lugares e pocas distantes. Assim, pode-se referir mais diretamente tanto s canes de outros povos quanto s do passado nacional; pode-se filiar ou contrapor a diferentes linhagens estticas.

    A relao de uma forma artstica com seu passado se manifesta e se impe em qualquer contexto. Mas nas culturas de tradio oral ela resulta em releituras e reatualizaes de vocao ou atitude mais parafrstica, gerando padres esttico-ideolgicos mais estveis e tendendo manuteno da tradi-o, reiterao do patrimnio potico que preciso conservar. J para a can-o popular fonografada e mediatizada, a aparelhagem tcnica encarrega-se de preservar a voz do passado e mant-la disponvel; ento o artista e o intr-prete esto livres para reinventar a poesia. Por conseguinte, as novas atualiza-es parecem tender, tal como ocorre nas literaturas escritas, a cultivar sua prpria modernidade; o que muitas vezes se traduz em procurar uma marca diferencial que as identifique. Isso afeta profundamente no s noes como identidade e nacionalidade potico-musical, mas o prprio sentido e processa-mento da tradio. E coloca novos pressupostos e questes para o estudo da cano e de sua performance, notadamente no que se refere sua historiogra-fia.

    A presena do registro sonoro e vocal na obra lhe confere uma capaci-dade de reverberao histrica que est ausente do registro grfico. Por isso Paul Zumthor rejeita a noo de oralidade em prol da vocalidade, cujo campo conceitual impe a percepo de uma dimenso temporal da comunicao po-tica: Vocalidade a historicidade de uma voz: seu uso. (Zumthor, 1997: 21) uma percepo da significao histrica da voz cantante que tambm inspira Jlio Diniz a imaginar uma genealogia do canto no Brasil, quando prope:

    O que me interessa basicamente nessa reflexo [...] a idia de que existe uma construo identitria, uma construo significati-va, uma possibilidade de debate cultural, em particular nos anos 60, atravs do que eu chamo de a voz como assinatura, uma as-sinatura rasurada de outras vozes, uma genealogia do canto no Brasil. Para isso eu utilizo uma idia que a de pensar a cano atravs da corporificao que a voz outorga ao conjunto enuncia-o / enunciado, ao escriturante como letra e ao musicante como som. (Diniz, 2003: 99)

    A metfora feliz da voz como assinatura se adequa particularmente cano popular mediatizada: por um lado, destaca o papel autoral do intrpre-te, ao lado dos compositores e letristas, na construo da cano enquanto obra; por outro lado, evoca o carter especfico da vocalidade da cano popu-lar, ao sugerir que esta existe no quadro de uma certa escrita, que a inscrio fonogrfica. Retomando a idia de Jlio no horizonte do sistema fonomeditico, interessa-me perceber o modo como esse sistema se inscreve/escreve na his-tria esttica da cano popular, que ele ajuda a construir. Isto , o modo como

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    a fonografia da cano provoca uma nova maneira de construir e conceber a tradio (e portanto tambm a ruptura e a modernidade).

    No contexto das tradies orais, a interveno do aparato tcnico tem servido basicamente documentao conduzida pelos pesquisadores; ou seja, o carter de tal interveno costuma ser meramente instrumental, pre-tendendo acima de tudo fixar e reproduzir o mais fielmente possvel a poesia e a msica ditas folclricas, as quais em larga medida se definem justamen-te por existirem fora do campo meditico tecnolgico. A moderna cano popular, ao contrrio, algo que nasceu e se construiu no prprio quadro da fonografia e da mediatizao, algo que desenvolveu aos poucos um modo miditico de ser. Neste caso, para alm da funo mediadora e documental, o aparato tcnico ganhou progressivamente relevncia por sua interferncia e atuao direta nos paradigmas e materiais estticos e comunicativos. Os dispositivos de fonografia e difuso so operados na prpria criao e pro-duo do som, quer para suprir deficincias e fragilidades da emisso vocal e instrumental, quer para acrescentar ou alterar elementos e efeitos sonoros. Isso no apenas enseja novos processos e estilos de composio, como tambm multiplica as possibilidades de se produzirem verses diferenciais de uma mesma composio potico-musical, explorando-se inclusive, mor-mente em tempos ps-modernos, vrios caminhos da pardia e do pastiche.

    A reinterpretao de uma cano sempre uma espcie de releitura, pois ela implica que o novo intrprete tenha ouvido o(s) anterior(es). Jlio corte-ja o termo a propsito de Caetano Veloso: O que Caetano faz , de uma certa maneira, incorporar no s a cano ao seu domnio de cantor, mas interpretar a msica e ao mesmo tempo reinterpret-la, rel-la (talvez esse fosse o termo que eu gostaria de utilizar) como autor. (Diniz, 2003: 101)

    Com efeito, Caetano um dos artistas que melhor explicitam as possibi-lidades da performance criativa na construo de uma cano popular consci-ente de sua prpria histria. Seria com certeza um dos casos mais relevantes a investigar, num projeto que tratasse da relao que intrpretes (e criadores) atuais entretm com intrpretes (e criadores) do passado.

    Para a msica popular dos anos 20 e 30, no incio da era fonogrfica, o passado era bagagem histrica e esttica que se trazia na conscincia criado-ra, mas no um universo referencial que fosse preciso cultivar ou confrontar. Ao mesmo passo que parecia descuidar da tradio, esse perodo brilhante de inveno e novidade fundou uma nova e vigorosa linhagem, qual hoje em dia se volta como se volta s razes. Essa tradio foi a primeira base de dados para as releituras propriamente ditas, realizadas desde os anos 60, quando a chamada MPB comeou a constituir-se pela remisso a si mesma, ao seu pr-prio passado. Alm de renovar radicalmente a cultura musical do pas e sua relao com as msicas populares estrangeiras, notadamente a anglo-americana, a bossa nova e em seguida o tropicalismo vo modificar o relacio-namento com o passado e a tradio nacionais. Ambos os movimentos repre-sentam ao mesmo tempo: uma ruptura com a tradio interna, um propsito inovador e aberto para os ventos que sopram de fora; e um interesse acrescido e atento face a essa tradio. Trik de Souza apontou que a principal afinidade entre Tom Jobim e Joo Gilberto seria possivelmente o fato de ambos promo-verem uma ruptura com o tradicionalismo e ao mesmo tempo reassegurarem a linha evolutiva da MPB atravs de citaes, tributos e influncias de antepas-

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    sados. (Souza, 2003: 51) Esse desejo de evoluo, de transformao, porm sem quebra total de continuidade, emblematizado na expresso linha evolu-tiva da MPB, cunhada por Caetano Veloso em 1966. E se configura nas in-meras reinterpretaes que Joo Gilberto, e mais tarde Caetano, entre outros, oferecem de velhas canes.

    Na bossa nova e no tropicalismo, h uma tomada de posio mais cons-ciente, mais autoconsciente, por parte dos compositores e intrpretes, os quais pela primeira vez criam e integram tendncias que vm a ser vistas como mo-vimentos. O encadeamento entre eles, e o papel que a desempenham o in-trprete e sua performance vocal, tm sido freqentemente apontados, como fizeram os ensastas do Balano da bossa e como faz Jlio Diniz:

    a voz que para mim funciona nessa passagem da Bossa Nova para o Tropicalismo, do intimismo ao excesso, da introspeco espetacularizao, do banquinho e violo ao concerto barroco das justaposies, daquilo que eu poderia chamar de a rasura da voz ou a voz como uma assinatura rasurante. [...] Acredito que existe toda uma tradio do canto como traduo, que de uma certa ma-neira comea na Bossa Nova e vai ganhar muito espao e muita fora no Tropicalismo, que um afluente caudaloso, em parte, da onda bossanovista. (Diniz, 2003: 100)

    O intrprete moderno de cano popular em primeiro lugar um ouvinte privilegiado, leitor atento do acervo fonogrfico. A diversidade e disponibilidade de referncias complexificou sua atividade e a maneira como ela percebida pelo pblico. Introduz-se nela um componente intelectual, que se debrua so-bre os acervos do passado, em boa parte com eles se identifica e ao mesmo tempo sente-se impelido a afimar uma singularidade que o possa distinguir no mar da indstria cultural, uma busca de originalidade que contribui para a di-versidade algo catica da MPB contempornea.

    A exacerbao da atividade performtica - aquela que d existncia f-sica e forma corprea cano que sai das caixas de som para nossos ouvi-dos - comea na possibilidade de fixao e difuso do som e vai at sua ma-nipulao esttica. Sua produo complexa extrapola o mbito da execuo ou interpretao e problematiza o prprio conceito de autoria, alis, j complicado no caso da cano por causa do processo criativo em parceria. Pela magnitude da atuao do intrprete na formatao da obra, lcito v-lo tambm como um efetivo parceiro em sua criao, como faz Jlio Diniz no artigo supracitado, ao apontar nas regravaes de canes de Roberto Carlos por outros intrpretes todo um trabalho de parceria que, hoje em dia, vrios segmentos da msica brasileira fazem com o prprio Roberto Carlos. (Diniz, 2003: 101)

    Uma grande variedade de tpicos devem ser levados em conta quando se examina a (re)interpretao de uma cano: o tratamento vocal, compreen-dendo timbres, emisso e projeo, escanso, articulao, sustentao, infle-xes emotivas; o tratamento musical, compreendendo registro, ritmo, anda-mento, levada, harmonia e at variaes meldicas, tudo isso afetando a identi-ficao da cano a determinado gnero; o tratamento textual, admitindo-se na letra mudanas casuais ou propositais, supresso ou acrscimo de versos e estrofes; o estabelecimento de contextos ou comentrios sonoros que podem evocar outras obras (por exemplo mediante citaes ou incluso em pot-

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    pourri), agregar rudos de natureza dramtica ou ornamental, tecnicamente fa-bricados ou circunstanciais.

    Isso nos leva a sublinhar que a performance de uma cano popular na mdia no cabe apenas ao intrprete cantor. Inclui harmonizao, arranjo, a-companhamento etc.; e tambm efeitos tcnicos e de ambientao (como no caso da gravao ao vivo). Se considerarmos um sistema mais amplo de cono-taes e acrscimos semnticos, incluem-se at a embalagem, a difuso, a publicidade. Com a sofisticao, especializao e terceirizao da indstria fonogrfica, as decises sobre todas essas variantes so repartidas por um largo espectro de parceiros.

    A conscincia da integralidade multifacetada do evento esttico deve impulsionar os pesquisadores em direo a uma abordagem holstica da arte da cano, enriquecida pela investigao de sua performance. Essa perspecti-va ajuda a considerar o sistema esttico da cano popular em seu processo de constante reorganizao interna, mediante deslocamentos, inovaes e tambm reiteraes da tradio. Parmetros de gnero e estilo so problematizados e dinamizados: diferentes interpretaes produzem diferentes resultados estticos, alterando o perfil historicamente consagrado de uma obra e sua situao no sistema. Enfim, a reflexo crtica se torna mais abrangente e mais aguda, solicitando mais intensamente o envolvimento sensorial e subjetivo da audio na elaborao analtica e historiogrfica. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

    DINIZ, Jlio. 2003. Sentimental demais: a voz como rasura. In Do samba-cano Tropiclia, org.

    P. S. Duarte e S. C. Naves. Rio de Janeiro: Relume-Dumar.

    SOUZA, Trik de. 2003. Joo Gilberto e Tom Jobim - figuras paradigmticas da Bossa Nova. In Do samba-cano Tropiclia, org. P. S. Duarte e S. C. Na-ves. Rio de Janeiro: Relume-Dumar.

    VALENTE, Helosa de Arajo Duarte. 2003. As vozes da cano na mdia. So Paulo: Via Lettera/ Fapesp.

    ZUMTHOR, Paul. 1993. A Letra e a voz; a literatura medieval. So Paulo: Cia. das Letras.

    ZUMTHOR, Paul. 1997. Introduo poesia oral. So Paulo: Hucitec.