CANTE - PAUTAS MUSICAIS 01 in TRADIÇÃO

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CANTE - PAUTAS MUSICAIS 01- in TRADIÇÃO de Serpa 1899 - 1904 - com 63 PAUTAS e Letras digitalizadas, contributo para conhecer, estudar, valorizar e divulgar o CANTE. As imagens ilegíveis podem ser vistas no LINK, final da capa ou pedidas ao autor: [email protected]

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CANTE - PAUTAS MUSICAIS 01 Tradio Serpa, JAN 1899 JUL 190463 PAUTAS e Letras

Recolha, digitalizao e organizao de Jos Rabaa Gaspar Corroios 2010 02 25http://www.joraga.net/gruposcorais/pags01_pautas_01_TSerpa/0000_63pautas_TradicaoSerpa.htm

N Pauta 1 2 3 4 5 6

Ttulo da MODA REIS Manuelsinho voc chora Vai Colher a Silva Os OLHOS da Marianita Verde Caracol O S. JOO EM SERPA

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Dizes qu'eu sou lavadeira Marianita foi fonte Hei-de m'ir para o Algarve S JANEIRAS

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Tinhas-me tanta amisade AO DEUS-MENINO

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DE NOITE BATEM PORTA CARMESITA, CARMESITA MARIANITA VEM COMIGO OS PINHES

Obra Tradio Serpa, JAN 1899 JUL 1904 Tradio Anno I N 1 Serpa, Janeiro de 1899 srie I, p. 8 (letra) e 9 (pauta). Tradio Anno I N 2 Serpa, Fevereiro de 1899 srie I, p. 24 (letra) e 25 (pauta). Tradio Anno I N 3 Serpa, Maro de 1899 srie I, p. 41 (pauta) e 42 (letra). Tradio Anno I N 4 Serpa, Abril de 1899 srie I, p. 54 (letra) e 57 (pauta). Tradio Anno I N 5 Serpa, Maio de 1899 srie I, p. 73 (pauta) e 74 (letra). Tradio Anno I N 9 Serpa, Setembro de 1899 srie I, p. 89 (pauta no n 6) e 139 a 141 (letra). Tradio Anno I N 7 Serpa, Julho de 1899 srie I, p. 104 (letra) e 105 (pauta). Tradio Anno I N 8 Serpa, Agosto de 1899 srie I, p. 120 (letra) e 121 (pauta). Tradio Anno I N 9 Serpa, Setembro de 1899 srie I, p. 136 (letra) e 137 (pauta). Tradio Anno I N 1 Serpa, Janeiro de 1899 srie I, p. 8 (letra) e Tradio Anno I N 10 Serpa, Outubro de 1899 srie I, 153 (pauta). Tradio Anno I N 11 Serpa, Novembro de 1899 srie I, 169 (pauta) e 173 (letra). Tradio Anno I N 1 Serpa, Janeiro de 1899 srie I, p. 7 (letra) e + Tradio Anno I N 12 Serpa, Dezembro de 1899 srie I, 185 (pauta). Tradio Anno II N 1 Serpa, Janeiro de 1900 volumeII, p. 11 (pauta) e p. 13 (letra). Tradio Anno II N 2 Serpa, Fevereiro de 1900 volume II, p. 25 (pauta) e p. 28 (letra). Tradio Anno II N 3 Serpa, Maro de 1900 volume II, p. 41 (pauta) e p. 45 (letra). Tradio Anno II N 4 Serpa, Abril de 1900 volume II, p. 59 (pauta) e p. 60 (letra).

Totais 1 2 3 4 5 6

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O TOUREIRO NOVO A MACELLA ADEUS, MARIANNITA, ADEUS! AS COBRINHAS D'AGUA AS LETTRAS O FANDANGO PEDITRIO A SANTOS TRISTE VIUVINHA ANGELICA, D-ME A CAPINHA! MINHA MANASINHA EU FUJO! SILVA, QUE ESTS ENLEADA O' meu panninho, panninbo O CERRO DA NEVE

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Vamos l seguindo

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As saias camponeza Minha HESPANHOLA

Tradio Anno II N 5 Serpa, Maio de 1900 volume II, p. 73 (pauta) e p. 78 (letra). Tradio Anno II N 6 Serpa, Junho de 1900 volume II, p. 89 (pauta) e p. 93 (letra). Tradio Anno II N 7 Serpa, Julho de 1900 volume II, p. 104 (letra) e p. 105 (pauta). Tradio Anno II N 8 Serpa, Agosto de 1900 volume II, p. 120 (letra) e p. 121 (pauta). Tradio Anno II N 9 Serpa, Setembro de 1900 volume II, p. 137 (pauta) e p. 138 (letra). Tradio Anno II N 10 Serpa, Setembro de 1900 volume II, p. 153 (pauta). Tradio Anno II N 11 Serpa, Novembro de 1900 volume II, p. 169 (pauta). Tradio Anno II N 12 Serpa, Dezembro de 1900 volume II, p. 183 (pauta). Tradio Anno III N 1 Serpa, Janeiro de 1901 volume III, p. 7 (pauta) e p. 10 (letra). Tradio Anno III N 2 Serpa, Fevereiro de 1901 volume III, p. 23 (pauta) e p. 24 (letra). Tradio Anno III N 3 Serpa, Maro de 1901 volume III, p. 38 (letra) e p. 39 (pauta). Tradio Anno III N 4 Serpa, Abril de 1901 volume III, p. 54 (letra) e p. 55 (pauta). Tradio Anno III N 5 Serpa, Maio de 1901 volume III, p. 71 (pauta) e p. 72 (letra). Tradio Anno III N 6 Serpa, Junho de 1901 volume III, p. 85 e 86 (letra) e p. 87 (pauta). Tradio Anno III N 7 Serpa, Julho de 1901 volume III, p. 104 (pauta) e p. 105 e 106 (letra). Tradio Anno III N 8 Serpa, Agosto de 1901 volume III, p. 118 e 120 (letra) e p. 119 (pauta). Tradio Anno III N 9 Serpa, Setembro de 1901 volume III, p. 132 (letra) e p. 135 (pauta). Tradio Anno III N 10 Serpa, Outubro de 1901 volume III, p. 148 (letra) e p. 151

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Vae fazer a cama prima

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Ai! que chita!

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QUERO BALHAR alentejana Ru'baixo, ru'cima Eu fui um dia a passeio Valha-me a senhora Anglica Um raminho de alecrim L vae o balo ao ar No te assomes EU OUVI MUITO CHOREI EU O LOUREIRO

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AMANH ANDA A RODA

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Minha saia

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NA BOTICA NOVA O GOUVEIA SENHORA QUINTANEIRA

(pauta). Tradio Anno III N 11 Serpa, Novembro de 1901 volume III, p. 166 (letra) e p. 167 (pauta). Tradio Anno III N 12 Serpa, Dezembro de 1901 volume III, p. 178 (letra) e p. 181 (pauta). Tradio Anno IV N 1 Serpa, Janeiro de 1902 volume IV, p. 5 (pauta) e p. 6 (letra). Tradio Anno IV N 2 Serpa, Fevereiro de 1902 volume IV, p. 21 (pauta) e p. 24 (letra). Tradio Anno IV N 3 Serpa, Maro de 1902 volume IV, p. 37 (pauta) e p. 38 (letra). Tradio Anno IV N 4 Serpa, Abril de 1902 volume IV, p. 53 (pauta) e p. 55 (letra). Tradio Anno IV N 5 Serpa, Maio de 1902 volume IV, p. 69 (pauta) e p. 70 (letra). Tradio Anno IV N 6 Serpa, Junho de 1902 volume IV, . 84 (letra) e p. 85 (pauta). Tradio Anno IV N 7 Serpa, Julho de 1902 volume IV, p. 100 (letra) e p. 101 (pauta). Tradio Anno IV N 8 Serpa, Agosto de 1902 volume IV, p. 114 (letra) e p. 117 (pauta). Tradio Anno IV N 9 Serpa, Setembro de 1902 volume IV, p. 132 (letra) e p. 133 (pauta). Tradio Anno IV N 10 Serpa, Outubro de 1902 volume IV, p. 146 (letra) e p. 149 (pauta). Tradio Anno IV N 11 Serpa, Novembro de 1902 volume IV, p. 165 (pauta) e p. 170 (letra). Tradio Anno IV N 12 Serpa, Dezembro de 1902 volume IV, p. 181 (pauta) e p. 184 (letra). Tradio Anno V N 1 Serpa, Janeiro de 1903 volume V, p. 4 (letra) e p. 5 (pauta). Tradio Anno V N 2 Serpa, Fevereiro de 1903 volume V, p. 21 (pauta) e p. 27 (letra). Tradio Anno V N 3 Serpa, Maro de 1903 volume V, p. 37

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MARIA RITA TANTAS LIBRAS ATIRA CAADOR Eu j vi uma andorinha VOC DIZ OUE ME NO OUER ALIPUM J l vem a Mariannita O' minha. pombinha branca. A mim no me enganas tu Eu sou marujinho Anda aqui uma menina Esse teu vestido

(pauta) e p. 39 (letra). Tradio Anno V N 4 Serpa, ABRIL de 1903 volume V, p. 53 (pauta) e p. 55 (letra). Tradio Anno V N 5 Serpa, MAIO de 1903 volume V, p. 68 (letra) e p. 69 (pauta). Tradio Anno V N 9 Serpa, Setembro de 1903 volume V, p. 132 (letra) e p. 133 (pauta). Tradio Anno V N 10 Serpa, Outubro de 1903 volume V, p. 149 (pauta) e p. 152 (letra). Tradio Anno V N 11 Serpa, Novembro de 1903 volume V, p. 165 (pauta) e p. 168 (letra). Tradio Anno V N 12 Serpa, Dezembro de 1903 volume V, p. 181 (pauta sem letra). Tradio Anno VI N 1 Serpa, Janeiro de 1904 volume VI, p. 2 (letra) e p 5 (pauta). Tradio Anno VI N 2 Serpa, Fevereiro de 1904 volume VI, p. 20 (letra) e p 21 (pauta). Tradio Anno VI N 3 Serpa, Fevereiro de 1904 volume VI, p. 37 (pauta) e p 49 (letra). Tradio Anno VI N 4 Serpa, Abril de 1904 volume VI, p. 53 (pauta) e p 56 e 57 (letra). Tradio Anno VI N 5 Serpa, Maio de 1904 volume VI, p. 68 (letra) e p 69 (pauta). Tradio Anno VI N 6 Serpa, Junho de 1904 volume VI, p. 84 (letra) e p 85 (pauta).

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01 - RIS Tradio Anno I - N 1 - Serpa, Janeiro de 1899 - srie I, p. 8 (letra) e 9 (pauta).

Muitas creanas em trajo, por assim dizer, de carnaval continuam a pristina usana de esperar os Ris (que ho-de chegar das bandas do Oriente) visitando as familias das relaes mais intimas; pelo que recebe a petizada quantos mimos e gulodices inventou entre ns a conservaria dos conventos. Alm d'isto, que se verifica em a noite de 3 de Janeiro, ha ainda os descantes aos Ris, realisados pelo mesmo modo e nas mesmas condices dos descantes s Janeiras. Publicmos hoje a musica dos coros - a primeira do nosso Cancioneiro - e eis as quadras que lhe correspondem: AOS RIS - Quaes s' n'os trs cavalhros Que fazem sombra no mra? - S'n'os trs de o Oriente, Que a Jsus veem buscra. No prguntam por poisada, Nem aonde pernoitra; S prcuram n'o Deus-Menino: Aonde o iro achra? Foram-n'o achar em Roma Revestido no altra, Com trs mil almas de roda, Todas para commungra. Missa-nova quer dizra, Missa-nova quer cantra: So Joo ajuda missa, So Pedro muda o missla. M. DIAS NUNES.

02 -Manuelsinho, voc chora Tradio Anno I - N 2 - Serpa, Fevereiro de 1899 - srie I, p. 24 (letra) e 25 (pauta).

Manuelsinho, voc chora, Voc chora, quem lhe deu? Qual seri' atrevido Que o Manuelsinho offendeu! Rufam-se as caixas no Porto, E o meu corao no teu! Manuelsinho, voc chora, Voc chora, quem lhe deu? Notas. - A musica d este resquebre, inserta n'outro logar da nossa revista, convm precisamente aos bailes de roda e ao meio, j descriptos. Como o resquebre composto de duas quadras, ha que bisar, dois a dois, os versos das cantigas que quizermos subordinar moda do Manuelsinho. M. DIAS NUNES

03 Vai colher a Silva Tradio Anno I - N 3 - Serpa, Maro de 1899 - srie I, p. 41 (pauta) e 42 (letra). Pode ouvir em: cantoalentejano/ouvir/mid=48 pelo Grupo Coral e Etnogrfico "Amigos do Alentejo" do Feij (Almada)

Modas - estribilhos alemtejanas

Vae colher a silvaVae colhl-a silva, Vae colhl-a, vae! Se a fores colhra, No digas-ai !ai! No digas - ai! ai! No digas-ai! ui! Vae colhl-a silva, Vae, que eu tambm fui. Notas. - Esta moda foi a predilecta do povo serpense durante o carnaval. Em andamento de alegreto, dana-se ao meio, nos bailes de roda, conforme a descripo feita em o numero antecedente da nossa revista. - Na linguagem popular, quando forma verbal terminada em r segue immediatamente o, a, os, as, seja embora artigo, aquella lettra geralmente substituida pela euphonica l, tal como acontece em Vae colhl-a silva. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno I - N 4 - Serpa, Abril de 1899 - srie I, p. 54 (letra) e 57 (pauta).

04 - Os OLHOS da Marianita

Modas-estribilhos alemtejanas Tradio Anno I - N 4 - Serpa, Abril de 1899 - srie I, p. 54 (letra) e 57 (pauta). Os olhos da Marianita / So verdes cr de limo./ bis Ai! sim Marianita, ai! Sim / Ai! no Marianita, ai! No / bis NOTA.- O resquebre que hoje inserimos de genero egual ao dos ultimas dois publicados - Vae colher a silva e Manuelsinho, voc chora - e dana-se do mesmo modo. M. DIAS NUNES.

Os olhos da Marianita

Tradio Anno I - N 5 - Serpa, Maio de 1899 - srie I, p. 74 (letra) e 73 (pauta).

05 - Verde Caracol

Modas-estribilhos alemtejanas Verde caracol Verde caracla, Minha rica pomba! Eu ando comtigo Do si par sombra. Do sl par sombra, Da sombra pr sla. Minha rica pomba, Verde caracla! Notas. Verde caracol propriamente um descante, mas tambem se adapta aos bailes de roda e aos pares, cuja descripo faremos dentro em breve, na sequencia do nosso artigo inserto em o n. 2 da Tradio sob a epigraphe Danas populares do Baixo Alemtejo. - Quanto a linguagem, devemos notar a addio do a breve s palavras caracol e sl, no final dos versos 1, da primeira quadra, e 2. e 4. da quadra segunda. M. DIAS NUNES.

06 - Ao BAPTISTA - S. JOO Tradio Anno I - N 6 - Serpa, Junho de 1899 - srie I, p. 89 (pauta) e de 90 a 93 (letra). - e continua em Tradio Anno I - N 8 - Serpa, Agosto de 1899 - srie I, p. 89 (pauta no n 6) e 123 e 124 (letra). Tradio Anno I - N 9 - Serpa, Setembro de 1899 - srie I, p. 89 (pauta no n 6) e 139 a 141 (letra).

O S. JOO EM SERPA Depois de Santo Antonio, o famoso casamenteiro, pertence a S. Joo Baptista o maior culto popular. A juventude, mrmente, toda cantares e jubilos e folguedos na tradicional commemorao do santo pegureiro ( ). Pois se elle invocado, no menos que o nosso thaumaturgo, em eternas questes do eterno amor! * 14 de Junho: vespera das novenas ao Precursor, que ordinariamente se rezam nas egrejas de Santa Maria, S. Salvador e S. Paulo ( ). Durante a tarde, grupos de raparigas - esbeltas camponezas de seio tmido, respirando saude e alacridade - se entregam divertida tarefa de "compr o Santo" com seu diadema de prata bem polido, largas fitas de seda mui garridas, e copiosos ramos d'ouripel. Das mencionadas egrejas, claro, cada uma possue o seu Baptista, e a cada imagem corresponde um grupo ou irmandade de raparigas solteiras. A' noite, numerosa mocidade de ambos os sexos costuma reunir junto porta dos templos a que alludi, a fim de "dar a alvorada ao Santo". Nunca assistiu, leitor, a uma alvorada? Pois vale a pena, s para ouvir cantar estas formosissimas quadra( ) em louvor de

S. Joo Baptista I Se o Baptista bem soubesse Quando era o seu dia, Descia dos cus terra Com prazer e alegria. II O Baptista no vem hoje, Ha-de vir segunda-feira; Ha-de achar a cama feita, Coberta de erva cidreira. III - D'onde vindes meu Baptista, Pela calma, sem chapeu? - Venho de vr as fogueiras Que se acenderam no cu. IV Oh! que lindo annel d'oiro Que o BilPtista traz no dedo! Que lhe deu sua madrinha Santa Clara do Loredo. V Do altar de San Joo At ao de San Francisco, Tudo so cravos e rosas Postas pela mo de Christo. VI Do altar de Santo Antonio At ao de San Joo, Tudo so cravos e rosas Postas pela sua mo. VII O' Baptista, Baptista, O' Baptista meu compadre Casastes as moas todas, Delxastes vossa comadre!... VIII Do altar de Santo Antonio At ao de San Joo, Tudo verdura e flores 'Spalhadas no meio do cho.

IX L vem San Joo abaixo, Vestido d'azul-ferrete: N'uma mo traz a bandeira, E na outra um ramalhete. X L vem o Baptista abaixo, Dando volta ao rocio, Dizendo aos inquilinos: - Vo pagar ao senhorio ( ). XI L vem o Baptista abaixo Perguntando uma cadeira. Se vem p'ra salvar as almas, A minha seja a primeira. XII San Joo se adormeceu No collo de sua tia: Eram tres dias passados,San Joo inda dormia! XIII - Onde estar o Baptista, Que no 'st no seu altar? -Foi ao ceu vr as fogueiras, Para tornar a voltar. XIV San Joo e mais San Pedro Ambos vestem um vestido: San Joo, prata lavrada, San Pedro, oiro batido. XV Baptista dae-me capella, E em meu peito fortaleza, Para poder festejar Vosso dia com grandeza. XVI San Joo minha porta? Eu no sei que lhe hei-de dar! Darei lhe uma canna verde Para pr no seu altar. XVII San Joo minha porta? Hei-de lhe dar a capella; Hei-de pedir ao Baptista Me faa ba donzella. XVIII Santo Antonio apanha flres, San Francisco leva a cesta, San Joo faz a capella, E Christo a pe na cabea. XIX San Joo apanha flres E vae deitando pr cesta; A Virgem faz a capella E diz: - ponham na cabea. XX Quinta-feira d' Ascenso

Do ceu caiu uma flr. Dizem que a me do Baptista E' prima-irm do Senhor. XXI L no rio do Jordo Passeia Santa Isabel; Dizem que me do Baptista: Oh! que dita de mulher! XXII O Baptista chora, chora, Chora sem consolao, Que perdeu o cordeirinho L no rio do Jordo. XXIII Ajuntem-se as moas todas! Vamos ao rio do Jordo A buscar o cordeirinho Para o dar a San Joo. XXIV Vamos moas, vamos todas! Vamos ao rio do Jordo, Para vr baptisar Christo E Christo baptisar Joo. XXV San Zacharias mudo; Por graca de Deus, ento: - Como se chama o menino? - Ha de chamar-se Joo. XXVI San Joo comprou um burro Para pular as fogueiras; E depois de as pular todas, Deu-o de presente s freiras. XXVII A treze do mez de Junho Santo Antonio se demove, San Joo a vinte e quatro, E San Pedro a vinte nove. XXVIII San Joo e mais San Pedro So dois santos mudadores: San Joo muda os casaes, San Pedro muda os pastores. XXIX San Joo e mais San Pedro Foram jogar uma lucta: San Joao ficou por baixo; San Pedro no teve a culpa. XXX Foram deitar uma lucta San Pedro mais San Joo; San Pedro, por ser mais velho, Caiu-lhe o c. do calo! XXXI Meu engraado Baptista, Minha joia, meu amor! Tendes por gloria ser primo

Padrinho do redemptor! XXXII O merito do Baptista, A que gro Deus o levou, Que, depois de degollado, Ainda o Baptista fallou! XXXIII Baptista, no permittaes Que eu vosso deixe de ser! Baptista cada vez mais, Baptista at morrer! XXXIV O livro do Sacramento S o Baptista o abriu; Aos braos da Virgem pura S o Baptista subiu. XXXV No altar de San Joo 'St um ramo d'acucenas Onde os namorados vo Dar allivio s suas penas. XXXVI No altar de San Joo 'St um lindo damasqueiro: D damascos de milagre, No se vendem por dinheiro. XXXVII No altarr de San Joo 'St'ma linda cerejeira: Pode-se dar por ditoso Quem lhe colher a primeira. XXXVIII Alem vem o San Joo Alegre como um pombinho: N'uma mo traz uma cruz, E na outra o cordeirinho. XXXIX Senhoras evangelistas, No tenham falta de f, Que entre todos os santinhos O Baptista maior . XL San Joo me prometteu De me dar uma capella. Tambem eu lhe prometti Toda a vida ser .donzella. XLI L n'aquellas ervas verdes, Foi a minha perdio; Perdi o meu annei d'oiro Na Iloite de San Joo. XLII No adro do Salvador 'St um mastro levantado. Em campanha do Baptista 'St Jesus sacramentado. XLIII

Entre carroas de oiro E vidraas de crystal, Vem a sagrlda Custodia A San Joo adorar. XLIV Grandes festas ha no ceu Em dia de San Joo: San Joo baptisa Christo, Christo baptisa Joo. XLV O Baptista divino, Por divino se aclamou; No ventre de sua me, A Jesus se ajoelhou. XLVI San Zacharias mudo; Esta noite ha de fallar, Para dizer que o Baptista, Joo se ha-de chamar. XLVII O' apostolo San Pedro Que do cu tindel-as chaves, Dae-me novas do Baptista, Que lhe tenho saudades. XLVIII Festa que fazem os moiros Em noite de San Joo! Quando os moiros o festeiam, Que far quem e christo! XLIX O' Baptista, Baptista, O' Baptista no Jordo! Parente de Jesus Chnsto, Sois um cravo em boto! L Quando a Virgem Maria Santa Isabel visitou O Baptista, de contente, No seu ventre ajoelhou. LI Santa Isabel se prepara P'ra uma grande visita, Que ahi vem o Santo Verbo Santificar o Baptista. LII O Baptista, no deserto, Cobriu o rosto de veu. Quinta feira d'Ascenso Subiu Jesus Christo ao ceu. LIII No sei que tem o Baptista No dia em que quer nascer, Que, sejam velhos ou moos, Tudo faz endoidecer. LIV Que das moas d'esta terra Que no as posso encontrar?

Certo que ellas no querem O Baptista festejar! (Conclue) M. DIAS NUNES. Tradio Anno I - N 8 - Serpa, Agosto de 1899 - srie I, p. 89 (pauta no n 6) e 123 e 124 (letra). O S. JOO EM SERPA ( ) (Continuado de pag 93) LV Nascei, nascei meu Baptista, Nascei luz do Evangelho! Inda que sois pequenino, Por grande vos considero. LVI O Baptista est no ceu, Na gloria do mesmo Deus; Mesmo de l 'st rogando Pelos que so servos seus. LVII T os moiros na Moirama Festejam o San Joo: Correm toiros e cavallos, Com cannas verdes na mo!No final de cada quadra, e sempre na mesma toada, da praxe dizer um d'estes dois estribilhos:

Ora viva, E ora viva! Viva o Baptista, e viva! Viva o Baptista, e viva! Ora viva, E ora viva! Viva a gloria mais subida! Viva a gloria mais subida!Alm da preciosa colleco de cantigas que reproduzimos, existe ainda, referente ao S. Joo, uma expressiva moda-estribilho, choreographica e de bonita musica, com a seguinte lettra:

San Joo! San Joo! San Joo! Outro anno no deixeis passar! Dae-me noivo, San Joo, dae-me noivo, Dae-me noivo, que me quero casar!... *No decurso das novenas, effectuadas de modo singello e conforme o ritual, nada se nos offerece digno de meno. E' em 23 de Junho, vespera do Baptista, que principalmente se observa o grande numero de costumes populares - alguns bem singulares e curiosos - estreitamente ligados vetusta festividade do solsticio estivo. N'este dia tarde se verifica a centenaria usana do passeio s hortas para "fazer as capellas". Fazer as capellas significa propriamente comer fructa; to s para as creanas entretecem viridentes coras de mentrasto e buxo, matisadas de flores vrias, e com engraados pingentes de cerejas, e ginjas, ameixas, soromenhos, etc. O costume secular de que fallmos - ao que reza a tradio oral e tambem a tradio escripta - foi outr'ora praticado at pela propria municipalidade serpense, a qual, em meio de ruidosos folguedos, ia fazer suas capellas horta denominada dos Banhos. D'esta velha solemnisao por parte da camara, era ainda, talvez, um resto persistente, a cerimonia, no ha muito cahida em desuso, de nos paos municipaes ser arvorado o respectivo estandarte em dia de S. Joo.

*** Em logar das tres badaladas monotonas do estylo, os sinos repicam alegremente Ave-Marias. Prestes noite e noite de festa. Dentro em poucas horas, quando os sinos de novo repicarem, ao toque d'Almas, bastas fogueiras d'alecrim crepitaro luminosas por essas ruas, e as portas dos templos sero abertas de par em par. Ento comea o movimento, o bulicio, a jubilosa animao d'um povo inteiro, que se diverte rendendo culto ao bemaventurado S. Joo. Grupos de cam-ponezes cantando em cro ao som da viola ou do harmonium, percorrem a villa em todas as direcces. Centenas de pessoas - o elemento feminino predominando - se cruzam nas ruas e largos em visita s egrejas que expem o Santo, egrejas lindamente adornadas com vasos de flores e arcos de verdura d'onde pende um sem numero de bales venezianos. Aqui e alli bailes de roda, em que as raparigas se apresentam com os seus melhores trajos domingueiros. Estes bailes populares, que hoje em dia se realisam dentro de casa, eram feitos ao ar livre e em redor dos mastros; mas isto - relatam os velhos - ha bons 40 annos, ainda no tempo em que o adufe se impunha como instrumento da moda. Por volta da meia-noite encerram-se as egrejas; as fogueiras despedem o ultimo claro; raream os descantes; o bulicio das ruas quasi extincto. Meia-noite a hora solemne das experiencias feitas sob a religiosa invocao do Santo Precursor.

(Conclue) M. DIAS NUNES. Tradio Anno I - N 9 - Serpa, Setembro de 1899 - srie I, p. 89 (pauta no n 6) e 139 a 141 (letra). O S. JOO EM SERPA (Continuado de pag. 124)Conhecer o desconhecido, devassar os segredos do futuro, descerrar a bruma enigmatica e mysteriosa do porvir, tal o objecto capital das experiencias (ou experimentaes), cujo resultado se antolha infallivel crena popular. Multiplas e variadas na frma, podem classificar-se as experiencias, quanto sua essencia, em amorosas, economicas, de vida ou morte proxima, e de meteorologia. As do primeiro genero so peculiares das raparigas solteiras; vejamos como estas sem levantar os horoscopos. Como e, minuciosamente, para qu. Em regra, as experimentaes teem logar meia-noite, pouco mais ou menos; agora o resultado do maior numero d'ellas, seno da quasi totalidade, smente visivel na manh de S. Joo. Por sua vetustade immemorial, cumpre referir em primeiro logar a classica experiencia da alcachofra ( ). Despontada thezoura a flr do cardo, a cabea ou alcachofra passada pela chama da fogueira e depois posta ao relento em toda a noite. Refloresceu a alcachofra? Se refloresceu certo o casamento; no caso negativo, o celibato fatal. E dada a hypothese da reflorescencia, conforme esta foi grande ou pequena, assim o marido ha-de ser homem solteiro ou viuvo. Outra experiencia, muito similhante da alcachofra, se pratica com uma planta denominada em vulgar rabo-de-gato. Sacode-se a inflorescencia d'um pedunculo, o qual, depois da sacramental passagem pelo fogo santo, vae depositar-se, a noite inteira, junto a uma infusa cheia d'agoa. A reflorescencia produziuse? no se produziu? No primeiro caso, vulgarissimo sempre que ficou algum boto prestes a desabrochar, a rapariga pde crer que amada pelo rapaz que namora; que ella a preferida, se porventura tem alguma rival; que ha-de casar, indubitavelmente, com o escolhido do seu corao, etc., etc. No segundo caso adeus ricas esperanas! adeus sonhos d'amor! A experiencia em questo usa-se tambem, e largamente, fra da noite do Baptista. Ahi pelos mezes de Maro e Abril, em especial, tem ella grande voga entre os ranchos de camponezas que mondam as searas, onde o rabo vegeta abarrisco, como que para tentar, dir-se-hia, a curiosidade feminina. Ha porm a notar uma variante na execuo da engraada experiencia. O pedunculo, previamente despojado de suas flores, humedecido no labio e em seguida introduzido no seio das raparigas, cujo calor substitue (e vantajosamente ) a chamma das fogueiras. E' mais rapido e mais pittoresco, vamos! este modo de fazer a experiencla. Eis umas rimas populares allusivas, que ha tempo ouvi dizer a uma mulher do campo:

Duas flores (de) perfeio, A's tenas d'um bem-querer, Foram 'ambas a fazer No seio experimentao. D'estas duas que aqui esto, Uma era a que experimentava. Em se ver to recolhido, Sau das moas florido Entre as duas rabeava!

No menos usada e no menos antiga que as duas anteriores, a experiencia dos credos. Effeitua-se d'est'arte: Com um bochecho d'agoa, reza-se o credo in mente trs vezes successivas, percorren-do o espao comprehendido entre trs portados que estejam na mesma direco e dos quaes o ultimo deite para a rua. A' rua se deita o bochecho d'agoa logo que a experiente chegou ao portado ter-minus, perto do qual se quda "a escutar as vozes do mundo". O primeiro nome masculino que a rapariga ouvir, o nome do homem que vir a esposal-a. Succede s vezes - coisa engraada! ser d'algum animalejo, que o dono chama, o nome pronunciado Experiencia divertida, a da peneira, cujo escpo consiste, principalmente, em aquilatar das intenes amorosas d'alguem. Dos biccos d'uma thezoura, que duas raparigas seguram ao de leve com dois unicos dedos, est suspensa pelo aro, verticalmente, a mysteriosa peneira contendo um rosario, uma fatia de po e uma mochinha de sal. Acabada de soar a ultima badalada da meia-noite, falla assim uma das raparigas, a mais interessada na operao: - Em louvor de S. Pedro e S. Paulo, e Jesus Sacramentado, e as Ondas do Mar Salgado, dize-me Peneira, sim ou no: (e aqui se formula expressamente a pergunta do que se deseja). Uma volta arrebatada da peneira, que por si s se move (sic), resposta affirmativa; a immobilidade importa negao. Ha quem interrogue o prestimoso utensilio caseirinho, elevado categoria de oraculo, para informar-se da ba ou m sorte, que espera determinada creatura; para, averiguar se sim ou no apparecer certa causa perdida, etc., etc. A differena est meramente na pergunta; quanto ao mais, nenhuma alterao. Trs experiencias - seculares, vulgares e similares entre si: a do ovo, a da cera e a da cinza. Um ovo, partido e deitado em meio copo d'agoa, fica durante a noite ao relento. Ao outro dia de manh, ha rapariga que v nitidamente (sic) desenhar-se na albumina, um ou mais objectos symbolos da profisso do seu noivo ideal. A cinza, peneirada n'uma taboa e posta ao sereno da noite, bem como a cera derretida, que da praxe lanar n'uma bacia d'agoa, possuem uma virtude reveladora identica do ovo. Cera e cinza manifestam, aos olhos das meninas solteiras, quantos symbolos appetece phantasia juvenil! Mais trs experiencias populares, que no devmos esquecer, so as da bacia d'agoa, .5 ris e maans. A bacia d'agoa - como de resto todos os objectos empregados nas experimentaes - exposta ao relento e, antes, passada pela fogueira quando bate meia-noite. No dia seguinte, entre meio-dia e uma hora, agoa para a rua! O nome da pessoa do sexo forte que primeiro atravessar o local molhado, ser, por sem duvida, o nome do esposo futuro. A moeda de 5 ris arremessada pyra, de cujas cinzas vae desenterrar-se assim que rompe o dia, para com ella esmolar o primeiro pobre que surge. O noivo chamar-se-ha como o pedinte. Entre meio-dia e uma hora, jogam-se rua as maans, em numero de trs. Se ninguem cubiar o legendario fructo, a menina ir cova de palmito e capella, na bem conhecida expresso popular. Pelo contrario, se qualquer indivduo passando pela rual colher espontaneamente alguma das maans, o casamento seguro. E a graa do maridinho? Igual do transeunte que o acaso deparou. Que o leitor nos desculpe se comemos a aborrecel-o; mas j agora mais duas experiencias, para completar a s. rie das amorosas. Uma a dos papelinhos metade em branco, metade inscrevendo diversos nomes - que as raparigas tiram sorte. Ficar solteira toda aquella a quem couber um papelinho em branco. Papelinho escripto, traduz consorcio e at designa o par da feliz donzella! A outra experiencia, que falta descrever, feita com o auxilio de: um livro, um po, uma canna verde e um mlho de chaves. Estes quatro objectos, ou se collocam em cima d'uma mesa, ou se pem junto aos quatro cantos d'uma casa. Uma, duas, trs ou quatro raparigas entram na casa s escuras, e cada uma procura encontrar seu objecto cuja posio particular ellas desconhecem. Ao livro corresponde o prognostico de morrer donzella; ao po, o casamento com um viuvo; canna verde, o casamento com um rapaz solteiro. O mlho de chaves significa que a rapariga ba dona de casa, mas que morrer solteira.

(Conclue) M. DIAS NUNES.

Tradio Anno I - N 7 - Serpa, Julho de 1899 - srie I, p. 104 (letra) e 105 (pauta).

07 - Dizes qu'eu sou lavadeira

Modas-estribilhos alemtejanas Dizes qu'eu sou lavadeira Dizes qu'eu sou lavadeira, \ Que ando no mar a lavra. \ bis Eu passo uma vida alegre \ Na ribeira a namorra. \bis Na ribeira a namorra \ E' qu eu passo o meu bom tempo \bis Desejava amor sabra \ Qual era o teu pensamento! \bis M. DIAS NUNES.

Tradio Anno I - N 8 - Serpa, Agosto de 1899 - srie I, p. 120 (letra) e 121 (pauta).

08 - Marianita foi Fonte

Modas-estribilhos alemtejanas Marianita foi fonte Marianita foi fonte E a cantarinha quebrou. Ah! ah! ah! oh meu lindo bem! Ah! ah! ah! oh meu lindo amor! Marianita no tem culpa, Culpa tem quem n'a mandou. Ah! ah! ah! oh meu lindo bem! Ah! ah! ah! oh meu lindo amor! M. DIAS NUNES.

Tradio Anno I - N 8 - Serpa, Agosto de 1899 - srie I, p. 120 (letra) e 121 (pauta).

08 - Marianita foi Fonte

Modas-estribilhos alemtejanas Marianita foi fonte Marianita foi fonte E a cantarinha quebrou. Ah! ah! ah! oh meu lindo bem! Ah! ah! ah! oh meu lindo amor! Marianita no tem culpa, Culpa tem quem n'a mandou. Ah! ah! ah! oh meu lindo bem! Ah! ah! ah! oh meu lindo amor! M. DIAS NUNES.

Tradio Anno I - N 9 - Serpa, Setembro de 1899 - srie I, p. 136 (letra) e 137 (pauta).

09 - Hei-de m'ir para o Algarve

Modas-estribilhos alemtejanas

Hei-de m'ir para o AlgarveHei-de m-'ir par Algarve, Sim, sim! Hei-de l 'star oito dias, No, no! Quero cantar e balhra Sim, sim! Com as moas algarvias. No, no! M. DIAS NUNES.

Tradio Anno I - N 10 - Serpa, Outubro de 1899 - srie I, 153 (pauta). Ver letra antes: Tradio Anno I - N 1 - Serpa, Janeiro de 1899 - srie I, p. 8 (letra)

10 - JANEIRAS

(Pode clicar na imagem para ver maior)

AS JANEIRASEsta noite de Janras i de grande mer'cimento, Por sel-a noite primra Em que Deus passou trumento (tormento) O trumento que passou Foi pru nossa redempo; O sangue que derramou Foi pru nossa salvao. Esta noite da Janras Se rezam n'as prophecias; Mandou Deus dos ceus terra Um Menino d'oito dias. M Dias Nunes

Tradio Anno I - N 11 - Serpa, Novembro de 1899 - srie I, p. 169 (pauta) e 173 (letra).

11 - Tinhas-me tanta amizade

Modas-estribilhos alemtejanas

Tinhas-me tanta amisadeTinhas-me tanta amisade Que me qu'rias sustentara Abalaste para Lisba E eu c fiquei a chorra! Eu c fiquei a chorra, Chorava d-'uma paixo Abalaste para Lisba Lindo amor do coraco! M. DIAS NUNES.

Tradio Anno I - N 12 - Serpa, Dezembro de 1899 - srie I, p. 185 (pauta). E a letra j atrs Tradio Anno I - N 1 - Serpa, Janeiro de 1899 - srie I, p. 7 (letra) Pode ouvir uma das verses em: cantoalentejano/ouvirmid=2 pelo Grupo Coral Alentejano "Os Amigos do Barreiro"

12 - Ao Deus Menino

(para ver aumentado, clicar AQUI ou na imagem)

AO DEUS-MENINO- Que havemos dar Menino Esta noite de Natla? Camisinhas de bertanha Botanitos de crystla. Namorou-se o Deus-Menino Da cigana, em Belem. Olha a dita da Cigana! Que lindo amor que tem! O Menino est na neve. A neve o faz tremra Menino Deus da minh'alma! Quem lhe podra valra! L no palaio rela Uma estrella baixou Visital-o Deus Menino, Que Deus mundo mandou. - meu Menino-Jsus, Quem vos deu? pruque choraes? - Deram-me as moas na fonte, J no quero l ir mais. Esta noite, ma noite, Ovi cantar Divino: Era Santa Madanela Que embalava o Deus-Menino. - meu Menino-Jsus, Quem vos deu o fato verde? - Deu.m'o minha av Sant' Anna D'uma doena que tve. Sameou-se o po da vida Nas entranhas da Senhora: Nasceu uma tal Espiga Que sustenta a gente toda! Nasceu essa tal Espiga N'uma noite de Natla; Nasceu junto ma noite, Antes do gallo cantra. Caminhando vae Josi, Caminhando vae Maria: Tanto caminham de noite Como caminham de dia. So chegados a Belem: J toda a gente dormia; S um portal estava aberto,

Aonde o gado se acolhia. Josei embala n Menino Que a Senhora logo vm, Foi laval-os curinhos fontinha de Belem. Entrae, pastorinho, entrae Por esse portal sagrado, Vinde vl-o Deus-Menino Entre Plhinhas dtado. Estribilhos, que se dizem, ora um ora outro, depois de cada uma das quadras antecedentes: Li-ail-ail-ail, Li-ail-ail-aili. O Menino nascido i. (Ou) Li-ail-ail-ail, Li-ail-aili, Menino! Quem vae para o ceu vae bem Se no erral-o caminho. M. Dias Nunes

Tradio Anno II - N 1 - Serpa, Janeiro de 1900 - volumeII, p. 11 (pauta) e p. 13 (letra).

13 - de Noite batem porta

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

DE NOITE BATEM PORTADe noite batem porta: O' filha, vae vr quem ! Se fr teu amor primeiro, Vae aquecer o caf. Vae aquecer o caf, Vae aquecer o ch'colate. De noite batem porta: O' filha, vae vr quem bate! M. DIAS NUNES.

Tradio Anno II - N 2 - Serpa, Fevereiro de 1900 - volume II, p. 25 (pauta) e p. 28 (letra).

14 - Carmesita, Carmesita

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

CARMESITA, CARMESITACarmesita, Carmesita, Carmesita da lembrana! Anda, vem danar ao meio Uma linda contradana! Uma linda contradana, Anda, vem danar ao meio! Carmesita, Carmesita, Dana, no tenhas receio. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno II - N 3 - Serpa, Maro de 1900 - volume II, p. 41 (pauta) e p. 45 (letra).

15 - Marianita vem comigo

MODAS-ESTRIRIBILHOS ALEMTEJANAS

MARIANITA VEM COMIGOMariannita vem commigo A' egreja a dar a mo! A' egreja a dar a mo, A' egreja a dar o sim Mariannita vem commigo Passear ao meu jardim! Passear ao meu jardim, Passear ao meu quintal Mariannita vem commigo! mentira, no ha tal! M. DIAS NUNES.

Tradio Anno II - N 4 - Serpa, Abril de 1900 - volume II, p. 59 (pauta) e p. 60 (letra).

16 - Os Pinhes

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS OS PINHES Li-ol, toma l pinhes! Li-ol, toma l pinhes! Poucochinhos, que elles do sezes Poucochinhos, que elles do sezes M. DIAS NUNES.

Tradio Anno II - N 5 - Serpa, Maio de 1900 - volume II, p. 73 (pauta) e p. 78 (letra).

17 - O Toureiro Novo

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

O TOUREIRO NOVOO' toureiro novo L de Montemr! Dizem n'os de Beja Que o nosso melhor. Que o nosso melhor, Sempre tem ganhado; V o touro praa Para ser picado! Para ser picado! Sem pena nem dor. Dizem n'os de Beja Viv' picador! M. Dias NUNES.

Tradio Anno II - N 6 - Serpa, Junho de 1900 - volume II, p. 89 (pauta) e p. 93 (letra).

18 - A Macella

MODAS-ESTRIBlLHOS ALEMTEJANAS

A MACELLAEu hei-de ir colher macella, \ Da macella a macellinha, \ bis L nos campos, verdes campos, \ D'aquella mais miudinha. \ bis D'aquella mais miudinha, \ D'aquella mais amarella, \ bis L nos campos, verdes campos, \ Eu hei-de ir colher macella. \ bis M. Dias NUNES.

Tradio Anno II - N 7 - Serpa, Julho de 1900 - volume II, p. 104 (letra) e p. 105 (pauta).

19 - Adeus Marianita

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

ADEUS, MARIANNITA, ADEUS!Adeus, Mariannita, adeus! J me despeo de ti, Que eu vou p'ra Loureno Marques, No sei que ser de mim!... No sei que ser de mim, De mim no sei que ha-de ser! Adeus, Mariannita, adeus! Sadinha, at mais vr! M. DIAS NUNES.

Tradio Anno II - N 8 - Serpa, Agosto de 1900 - volume II, p. 120 (letra) e p. 121 (pauta).

20 - As Cobrinhas dgua

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

AS COBRINHAS D'AGUAAs cobrinhas d'agua So minhas comadres, Quando l passares D-lhes sadades. D-lhes sadades, Sadades minhas Quando l passares Ao p das cobrinhas. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno II - N 9 - Serpa, Setembro de 1900 - volume II, p. 137 (pauta) e p. 138 (letra).

21 - As Lettras

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

AS LETTRAS- Com que lettra s'escreve Maria? Com que lettra s 'escreve corao? Com que lettra s'escreve lealdade? Com que lettra s'escreve gratido? - Maria s'escreve com um me, Corao, corao com um c, Lealdade, lealdade com um le, Gratido, gratido com um gu. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno II - N 10 - Serpa, Setembro de 1900 - volume II, p. 153 (pauta).

22 - O Fandango

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http://euterpe.blog.br/historia-da-musica/o-fandango-no-sec-xviii

Tradio Anno II - N 11 - Serpa, Novembro de 1900 - volume II, p. 169 (pauta).

23 Peditrio

(Pode ver a pauta em formato maior clicando na imagem)

http://www.joraga.net/gruposcorais/pags06_pautas_06_CPP_MGiacometti/0257_CPP_MGiacometti_13_t oquedePeditorio.htm

Tradio Anno II - N 12 - Serpa, Dezembro de 1900 - volume II, p. 183 (pauta).

24 - a Santos

(Pode ver a pauta em formato maior clicando na imagem) Pode ver ainda s a PAUTA em tamanho maior, clicando na imagem abaixo...

Tradio Anno III - N 1 - Serpa, Janeiro de 1901 - volume III, p. 7 (pauta) e p. 10 (letra).

25 - Triste Viuvinha

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

TRISTE VIUVINHA- Triste viuvinha, Que fazes tu l dentro? - 'Stou fazendo os bolos Para o nosso casamento. No te quero a ti, Nem a ti tambem! S te quero a ti Lindo amor, s o meu bem! Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 2 - Serpa, Fevereiro de 1901 - volume III, p. 23 (pauta) e p. 24 (letra).

26 - Angelica d-me a capinha

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

ANGELICA, D-ME A CAPINHA!- Angelica, d-me a capinha! \ - No te a dou, que no minha. \ bis O' t, ter-tt! Quem no tem capinha No venha c! O' ti, teri-titi! Quem no tem capinha No venha aqui! Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 3 - Serpa, Maro de 1901 - volume III, p. 38 (letra) e p. 39 (pauta).

27 - Minha Manasinha

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMITEJANAS

MINHA MANASINHAMinha manasinha, Nosso pae morreu!... Minha manasinba, Quem te o diz sou eu! Ah! Ah! Ah! Quem te o diz sou eu!... Minha manasinha, Nosso pae morreu!... Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 4 - Serpa, Abril de 1901 - volume III, p. 54 (letra) e p. 55 (pauta).

28 - Eu fujo

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

EU FUJO!O' meu lindo amor, \ Eu fujo! \ bis Pelo mar abaixo, \ Vou a ser marujo! \ bis Vou a ser marujo! \ Mais ella! \ bis Pelo mar abaixo \ Vae o barco vela. \ bis Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 5 - Serpa, Maio de 1901 - volume III, p. 71 (pauta) e p. 72 (letra).

29 - Silva que ests enleada

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

SILVA, QUE ESTS ENLEADASilva, que ests enleada, Desenleia o meu amor! 'Sts creada e nascida L nos campos ao rigor. Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 6 - Serpa, Junho de 1901 - volume III, p. 85 e 86 (letra) e p. 87 (pauta).

30 - meu panninho, panninho

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

O' meu panninho, panninboO' meu panninho, panninho, O' meu panninho de armar! Eu hei-de ir ao matto lenha, A' rde te hei-de apanhar. A' rde te hei-de apanhar, N'uma charneca tamanha! O' meu panninho, panninllo, O' meu panninho bretanha. Esta moda do panninho, Retratada no vapor Eu tenho um leno marcado Que me deu o meu amor! Que me deu o meu amor, Que me deu o meu bemsinho Retratada no vapor, Esta moda do panninho. Serpa M. DIAS NVNES.

Tradio Anno III - N 7 - Serpa, Julho de 1901 - volume III, p. 104 (pauta) e p. 105 e 106 (letra).

31 - O cerro da neve

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

O CERRO DA NEVETodas as bem-casadinhas Vo par' cerro da neve Eu tambem para l hei-de ir Antes que a morte me leve. Antes que a morte me leve A mim mais ao meu amor Eu tambem para l hei-de ir, Oh,meu Deus, oh meu Senhor! Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 8 - Serpa, Agosto de 1901 - volume III, p. 118 e 120 (letra) e p. 119 (pauta).

32 - Vamos l seguindo

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Vamos l seguindoVamos l seguindo Por estes campos. fra, Que a manh vem vindo Ao romper d'aurora. Ao romper d'aurora. A manh vem vindo Por estes campos. Fora Vamos l seguindo Serpa M. DIAS NUNES

Tradio Anno III - N 9 - Serpa, Setembro de 1901 - volume III, p. 132 (letra) e p. 135 (pauta).

33 - As saias camponeza

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

As saias camponezaEstas saias camponeza Esto bem a toda a pessa. Valem mais as nossas saias \ Que os bales que ha em Lisboa. \ bis Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 10 - Serpa, Outubro de 1901 - volume III, p. 148 (letra) e p. 151 (pauta).

34 - Minha Hespanhola

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Minha HESPANHOLAHespanhola, minha hespanhola! Extrangeira, minha extrangeira! Eu quer'o que voc use Um chapeo marinbeira. Um chapeo marinheira, Um chapeo da moda agora Extrangeira, minha extrangeira, \ Minha hespanbola, minha hespanbola! \ bis Serpa. M. DIAS NUNES

Tradio Anno III - N 11 - Serpa, Novembro de 1901 - volume III, p. 166 (letra) e p. 167 (pauta).

35 - Vae fazer a cama prima

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Vae fazer a camaVae fazel-a cam' prima, Na sala de o balanc; Vae fazel-a cam' prima, \ Yae fazel-a, \ Trai-Ia-ri-I-I! \ bis Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno III - N 12 - Serpa, Dezembro de 1901 - volume III, p. 178 (letra) e p. 181 (pauta).

36 - Ai! que chita!

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Ai! que chita!Ai! que chita to bonita Que eu comprei par' meu vestido, P'r mandar fazer moda, \ p'r mostrar ao meu marido. \ bis Meu marido! oh meu maridinho! S a ti que te eu quero bem! S a ti que te eu adoro, \ S a ti, a mais ninguem! \ bis Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 1 - Serpa, Janeiro de 1902 - volume IV, p. 5 (pauta) e p. 6 (letra).

37 - Quero balhar alentejana

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

QUERO BALHARQuer'balhar alemtejana, A' alemtejana quer'balhar! No me vou embora Sem ao meu amor fallar! O pastor que viu, Logo reparou Em o lindo geito Com que meu bem me fallou. Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 2 - Serpa, Fevereiro de 1902 - volume IV, p. 21 (pauta) e p. 24 (letra).

38 - Ru'baixo, ru'cima

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Ru'baixo, ru'cimaRu'baixo, ru'cima, Mariquinhas janella, Comendo ppas e migas Com 'ma colhr amarella. A Senhora l do Monte, Tem um moinho na mo, Para moer as mentiras Das beatas que l vo. Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 3 - Serpa, Maro de 1902 - volume IV, p. 37 (pauta) e p. 38 (letra).

39 - Eu fui um dia a passeio

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Eu fui um dia a passeioEu fui um dia a passeio, Fui um dia a passear; Encontrei o meu amor: J se v, estava a namorar. J se v, estava a namorar, J se v, estava namorando Encontrei o meu amor: J se v, no fiquei gostando. Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 4 - Serpa, Abril de 1902 - volume IV, p. 53 (pauta) e p. 55 (letra).

40 - Valha-me a senhora Angelica

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Valha-me a senhora Angelica!Valha-me a senhora Angelica! Livrae-me d'estas tabernicas! Que eu ando-me divertindo Com as muchachas donzellicas! Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 5 - Serpa, Maio de 1902 - volume IV, p. 69 (pauta) e p. 70 (letra).

41 - Um raminho de alecrim

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Um raminho de alecrimUm raminho de alecrim Me trouxeram de a salvada. Quem 'st preso o meu amor Com isso no tenho nada! Com isso no tenho nada, Eu com isso nada tenho Quem 'st preso o meu amor: Na vida no fao empenho!... Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 6 - Serpa, Junho de 1902 - volume IV, p. 84 (letra) e p. 85 (pauta).

42 - L vae o balo ao ar

MODAS- ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

L vae o balo ao arL vae o balo ao ar! Se elle vae, deixai-o ir Ajuntem-se as moas todas Para verem o balo subir. Para verem o balo subir, Para verem o balo baixar. Ausentou-se o meu amor, J no ha quem saiba amar! Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 7 - Serpa, Julho de 1902 - volume IV, p. 100 (letra) e p. 101 (pauta).

43 - No te assomes

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

No te assomesNo te assomes, meu bem, janella, Ai, que te pode vr alguem! No te assomes, meu bem; Se te assomas, com desgostos, oh ceus! morrerei. Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 8 - Serpa, Agosto de 1902 - volume IV, p. 114 (letra) e p. 117 (pauta).

44 - Eu ouvi, mil vezes ouvi

MODAS-ESTRIBILHOS ALENTEJANAS

EU OUVIEu ouvi, mil vezes ouvi L no campo rufar os tambores Das janellas me chamam-n'as moas: - J l vou, j l vou, meus amores! Serpa M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 9 - Serpa, Setembro de 1902 - volume IV, p. 132 (letra) e p. 133 (pauta).

45 - Muito chorei eu

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANOS

MUITO CHOREI EUMuito chorei eu no domingo tarde! Aqui est meu leno que diga a verdade. Que diga a verdade, deve haver cautela, Tua me bruxa, tenho medo d'ella. Tenho medo d'ella, medo d 'ella tenho, P'ra casar com ella no preciso empenho. (Serpa) M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 10 - Serpa, Outubro de 1902 - volume IV, p. 146 (letra) e p. 149 (pauta).

46 - O Loureiro

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O LOUREIROO loureiro bate, bate, Ladro! ue eu bem n'o oio bater D co'a rama no telhado, Ladro! Par' amor entender (Serpa) M. DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 11 - Serpa, Novembro de 1902 - volume IV, p. 165 (pauta) e p. 170 (letra).

47 - Amanh anda a roda

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AMANH ANDA A RODAAmanh anda a roda! J devia andar So duzentos contos, Quem se quer habilitar! Amanh anda a roda Na praia do norte So duzentos contos, Quem se habilit' sorte! (Serpa) M DIAS NUNES.

Tradio Anno IV - N 12 - Serpa, Dezembro de 1902 - volume IV, p. 181 (pauta) e p. 184 (letra).

48 - Minha saia

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Minha saiaMinha saia j faz roda, Eu j ato o meu lencinho. - So bonitas, balham bem. - Topa aqui, meu rapazinho! Topa aqui meu rapazinho, Topa aqui, meu rapaz! - So bonitas, balham bem, Eu dancei, tu danars. (Serpa) M. DIAS NUNES.

Tradio Anno V - N 1 - Serpa, Janeiro de 1903 - volume V, p. 4 (letra) e p. 5 (pauta).

49 - Na botica nova

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NA BOTICA NOVANa botica nova 'St um boticario. Canta o rouxinol Responde o canario. Responde o canario, Do alto castello. Alm vem meu bem, De fato amarello. De fato amarello, De fato alvadio, Alm vem meu bem Descendo o navio. Descendo o navio, Vae para a estao, Alem vem meu bem Apertar-me a mo. Serpa. ELVIRA MONTEIRO.

Tradio Anno V - N 2 - Serpa, Fevereiro de 1903 - volume V, p. 21 (pauta) e p. 27 (letra).

50 - Gouveia

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O' GOUVEIAO' Gouveia, Gouveia, O' Gouveia meu amor! Encontrei o tal Gouveia Caminhando p'r vapor. Caminhando pr' vapor, Caminhando pr' estao O' Gouveia, Gouveia, Gouveia do corao! Serpa. M. DIAS NUNES.

Tradio Anno V - N 3 - Serpa, Maro de 1903 - volume V, p. 37 (pauta) e p. 39 (letra).

51 - Senhora Quintaneira

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SENHORA QUINTANEIRA- O' senhora quintaneira, - Brinc' laranjinha! - Quantas d por um vintem? - Do.u cinco a quem m'estima, \ - Brinc' laranjinha! - \ Dou seis a quem me quer bem. \ bis Serra. M. DIAS N'UNES.

Tradio Anno V - N 4 - Serpa, ABRIL de 1903 - volume V, p. 53 (pauta) e p. 55 (letra).

52 - Maria Rita

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MARIA RITAJ l vem Maria Rita, J l vem Rita Maria, J l vem o meu amor Que a estrella do meio dia. Serpa. ELVIRA MONTEIRO.

Tradio Anno V - N 5 - Serpa, MAIO de 1903 - volume V, p. 68 (letra) e p. 69 (pauta).

53 - Tantas Libras

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TANTAS LIBRASTantas libras e eu to livre d'e!las, Amarellas, so de cavallinho, So leaes ao meu amor, So leaes ao meu bernzinho. So leaes ao meu bemzinho, So leaes ao meu amor, Tantas libras e eu to livre d'ellas, Amarellas, oh! que linda cr! Serra. ELVIRA MONTEIRO.

Tradio Anno V - N 9 - Serpa, Setembro de 1903 - volume V, p. 132 (letra) e p. 133 (pauta).

54 - Atira caador, atira

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS VI

ATIRA CAADOR(Nota: os nmeros de Junho, Julho e Agosto, saiu num volume e foi dedicado morte do Senhor Conde de Ficalho, que faleceu em 19 de Abril de 1903).

Atira, caador, atira A' pomba que vae no ar! O' ladro, que me roubaste Estando eu para casar Estando eu para casar, A' egreja a dar a mo O' ladro que me roubaste De meu peito o corao! Serpa. ELVIRA. MONTEIRO.

Tradio Anno V - N 10 - Serpa, Outubro de 1903 - volume V, p. 149 (pauta) e p. 152 (letra).

55 - Eu j vi uma andorinha

MOUAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Eu j vi uma andorinhaEu j vi uma andorinha Fazer parada - ai! sim, ai! No O cantar da cabea, O bailar de p no cho. O bailar de p no cho, O' delicadinha, delicadinha! Fazer parada no ar Eu j vi uma andorinha. Serpa. ELVIRA MONTEIRO.

Tradio Anno V - N 11 - Serpa, Novembro de 1903 - volume V, p. 165 (pauta) e p. 168 (letra).

56 - Voc diz que no me quer

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VOC DIZ OUE ME NO OUERVoc diz que me no quer, Por eu ser feia; (bis) Voc que tem n'a dita Namora a Ritta. La da cadeia. Serpa. ELVIRA MONTEIRO.

Tradio Anno V - N 12 - Serpa, Dezembro de 1903 - volume V, p. 181 (pauta sem letra).

57 - ALIPUM

ALIPUM! ALIPUM, ALIPUM ALIPUM, ALIPUM, ALIPUM CATAPUM!

Tradio Anno VI - N 1 - Serpa, Janeiro de 1904 - volume VI, p. 2 (letra) e p 5 (pauta).

58 - J L vem a Maria Rita

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J l vem a MariannitaJ l vem a Mariannita Com seu namorado ao lado, Traz calas de tiro-liro \ Casaco de panno,\ Chapo desabado. \ bis Atirei um tiro pomba, A pomba no ar voou. Enliei-me n'aquella roseira, \ E a maldita pomba \ Sempre l ficou bis Se vier o homem da pomba, E a pomba vier buscar, Dize-lhe que voltei atraz \ A buscar a pomba. \ Que cahiu no mar. \ bis SERPA ELVIRA MONTEIRO.

Tradio Anno VI - N 2 - Serpa, Fevereiro de 1904 - volume VI, p. 20 (letra) e p 21 (pauta).

59 - minha Pombinha branca

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTFJANAS

O' minha pombinha branca.O' minha pombinha branca, J no tenho portador, J no tenho quem me leve Esta carta a meu amor. Est carta a meu amor, Esta carta a meu bemzinho. O' minha pombinha branca, Lindo amor, d-me um beijinho! (Serpa). Elvira Monteiro.

Tradio Anno VI - N 3 - Serpa, Fevereiro de 1904 - volume VI, p. 37 (pauta) e p 49 (letra).

60 - A mim no me enganas tu

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

A mim no me enganas tuA mim no me enganas tu, A mim no me enganas, no! Pera verde, minha verde pera, \ Minha pra verde, meu doce limo! \ (Serpa) Elvira Monteiro.

Tradio Anno VI - N 4 - Serpa, Abril de 1904 - volume VI, p. 53 (pauta) e p 56 e 57 (letra).

61 - Eu sou marujinho

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Eu sou marujinhoEu sou marujinho, eu sou Contra-mestre de o navio. Esta noite dormi eu Na rua, a tremer com frio! Na rua, a tremer com frio, A' porta do meu amor. Eu sou marujinho, eu sou Contra-mestre de o vapor. Doce limo, Branco luar Oh! que lindas damas Para namorar. Doce limo, Verde limo Oh! que lindas damas Do meu corao! Serpa Elvira Monteiro

Tradio Anno VI - N 5 - Serpa, Maio de 1904 - volume VI, p. 68 (letra) e p 69 (pauta).

62 - Anda aqui uma menina

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Anda aqui uma meninaAnda aqui uma menina Que se no quer divertir. Se eu c fra o seu rapaz No lh'o havia consentir. No lh'o havia consentir, No lhe havia dar a mo Muito tolo quem d Ao mundo satisfao! Serpa Elvira Monteiro.

Tradio Anno VI - N 6 - Serpa, Junho de 1904 - volume VI, p. 84 (letra) e p 85 (pauta).

63 - Esse teu vestido

MODAS-ESTRIBILHOS ALEMTEJANAS

Esse teu vestidoEsse teu vestido De chita to linda! D-me c um beijo, No te vs ainda. - Meu bem! No te vs ainda Que eu ind'aqui estou Esse teu vestido, Em quanto importou? - Meu bem! Em quanto importou? Em quanto importava? Um abrao teu E' que e desejava! Serpa Elvira Monteiro

CANTE - PAUTAS MUSICAIS 01 Tradio Serpa, JAN 1899 JUL 190463 PAUTAS e Letras

Recolha, digitalizao e organizao de Jos Rabaa Gaspar Corroios 2010 02 25