Cap. 6. Definição e métodos de resolução do problema de valores de fronteira
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Cap. 6. Definição e métodos de resolução do problema de valores de fronteira
1. Pressupostos2. Formulação clássica do problema de elasticidade linear
2.1 Condições no interior2.2 Condições de fronteira2.3 Tipos dos problemas de elasticidade2.4 Condições iniciais2.5 Desvantagens da formulação clássica
3. Métodos de resolução do problema de elasticidade3.1 Método dos deslocamentos3.1 Método das forças
4. Resolução dos problemas simples5. Princípio de Saint-Vénant
1. Pressupostos:
Ou seja material linearmente elástico
análise geometricamente linear
Análise linear
análise fisicamente linear
ou seja a teoria dos pequenos deslocamentos, que implica:(i) a teoria das pequenas deformações,ou seja a linearidade de deformações emfunção de derivadas dos deslocamentos(ii) não se distingue a forma inicial da final do MC
Caso clássico de análise não linear:problema de contacto
lento e gradual aumento das cargas
Análise estática
Materiais não linearesainda para peq. deformações: betão
Elementos estruturais não linearesainda para peq. deformações: cabos
2. Formulação clássica do problema de elasticidade linear
3 Equações de equilíbrio 0f
6 Equações deformações - deslocamento uT
C6 Equações constitutivas
Encontrar campos de deslocamentos (3 componentes), de deformações (6 componentes) e de tensões (6 componentes) para as quais as 15 equações fundamentais (3 tipos)
Vsejam satisfeitas em cada ponto interior do MC, Vx
2.1 Condições no interior
A análise com os pressupostos do slide anterior ou seja a análise linear estáticacostuma-se designar o problema de elasticidade linear que faz parte do conjunto dos problemas de valores de fronteira
O problema de elasticidade define-se da seguinte maneira:
A “necessidade” das condições de fronteira é a consequênciado facto, que as equações fundamentais são diferenciais
Mais é válido
ØSS pu SSS pu
S
Superfícies sem carga e sem deslocamentos impostos fazem
parte da superfície com a carga pS 0t
de facto os conjuntos poderão sersobrepostos desde que se relacionamàs diferentes componentes
Igualmente os campos das entidades incógnitastêm que satisfazer as condições de fronteira
0uu Geométricas
0pnt Estáticas
em cada ponto da superfície do MC,
nomeadamente geométricas na parte da fronteira
e estáticas na parte da fronteira
uSx pSx
2.2 Condições de fronteira
2.5 Desvantagens da formulação clássica
Exige-se demasiada continuidade, que restringeo número dos problemas que se podem resolver
A tensão tem que ser contínua incluindo as primeiras derivadas (e. equilíbrio), queimplica a deformação contínua incluindo as primeiras derivadas (e. constitutivas)e os deslocamentos contínuos até as segundas derivadas (e. deform. – deslocam.)
Quando é preciso implementar as condições de compatibilidade, os deslocamentos têm que ter as derivadas de terceira ordem contínuas, o que aumenta a continuidade das tensões e das deformações até segundas derivadas
Habitualmente assume-se o estado inicial sem carga, sem tensões e sem deformações, mas igualmente podem-se estudar casos com um campo de tensões iniciais imposto, ou com um campo de deformações iniciais imposto, que podem corresponder às deformações térmicas
SSu
1º problemade valores de fronteira
2º problemade valores de fronteira
problema de valoresde fronteira misto
SSp ØS&ØS up
2.3 Tipos dos problemas de valores de fronteira
2.4 Condições iniciais
3. Métodos de resolução do problema de elasticidade
3.1 Método dos deslocamentos uincógnita básica:
= condições de equilíbrio em termos de deslocamentos
0fC 0f C
Equações de Lamé 0fuC T uT
+ condições de fronteira em termos de deslocamentos
0uu uSx geométricas
0pn̂t Cestáticas
0fuGz
w
y
v
x
u
xG x
Exemplo da primeira equação de 3
Gabriel Lamé, 1795-1870
uT 0pCn̂
pSx 0T puCn̂
Ponto de partida: Condições de compatibilidade
3.2 Método das forças incógnita básica:
Não são precisas as condições de compatibilidade
Resolvendo: u uT C
02 Podem-se escrever na forma:
D 0D2
é uma matriz de operadores 2onde
condições de equilíbrio, reordenação
Eugenio Beltrami, 1835-1900
Equações de Beltrami-Michell6
= condições de compatibilidade em termos de tensões
John-Henry Michell (1863 - 1940)
+ condições de fronteira em termos de tensão
Resolvendo: D
pela integração u
Exemplo da primeira equação do primeiro bloco de 3
Exemplo da primeira equação do segundo bloco de 3
z
f
y
f
x
f
1
1
x
f123
x1 zyxx
m2
2
x
y
f
z
f13
yx1 zy
m
2
xy
(difícil exprimir desta maneira as condições geométricas)
do campo de deformação que é já compatível
Existe apenas o número finito dos materiais distintos, igualmenteo número de interfaces entre os materiais diferentes é finito
4. Resolução dos problemas simples
Há possibilidade de assumir a distribuição das tensões e das deformaçõesuniforme em cada material distinto que forma o MC
Como consequência desenvolvem-se apenas as componentes normais das tensões e das deformações
Como consequência o campo de deslocamento é linear
Aplicam-se apenas as cargas normais e o campo de temperatura
Resolução a partir das condições de fronteira
Interfaces
Componente
normaltensão deformação
perpendicular igual diferente
paralela diferente igual
Cargas estaticamente equivalentes
5. Princípio de Saint-Vénant
Os efeitos locais na zona de aplicação de cargas diminuem rapidamente com a
distância, por isso as cargas aplicadas na realidade podem ser substituídas pelas
cargas estaticamente equivalentes
cargas cujas resultantes (força - binário) são iguais na secção transversal de aplicação
Excepção: algumas cargas concentradas aplicadas em cascas
P 4/P 2/P 2/PA/Pp
Distribuição da tensão normal uniforme
Adhémar Jean Claude Barré de Saint-Venant, 1797 - 1886