Cap12 sociologia

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CAP. 12 – As teorias do desenvolvimento: Do evolucionismo à hermenêutica.

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aula capitulo 12 - sociologia

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CAP. 12 – As teorias do desenvolvimento:

Do evolucionismo à hermenêutica.

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Com o fortalecimento do capitalismo e das relações entre antigas colônias e metrópoles as antigas comparações científicas entre sociedades se tornaram ultrapassadas, pois:

os objetivos da burguesia em os mesmos (lucro) os Estados tinham o reconhecimento internacional as leis e a burocracia eram criadas a imagem dos países da Europa ocidental

Obs.: tais concepções não poderiam mais se adequar aos conceitos de sociedades “primitivas” ou “selvagens” .

A sociologia passou a explicar as diferenças entre as sociedades não eram de ordem natural, mas de acordo com o grau de desenvolvimento.

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As comparações desenvolvimentistas tinham por objetivo incentivar a racionalidade e os comportamentos direcionados ao desenvolvimento capitalista.

obs.: trata-se de um novo evolucionismo, que não procurava mais as diferenças entre a sociedade e as sociedades arcaicas “condenadas” ao desaparecimento, mas tentava encontrar, nas novas nações, as instituições básicas capazes de garantir a continuidade e a reprodução das relações capitalistas.

As nações que se firmavam como centros de dominação passaram a ser modelo.

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Classificação:

“desenvolvidas” “semi-desenvolvidas” “pré-capitalistas”

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As ideias de William Wilber Rostow, do MIT ( Instituto de Tecnologia de Massachusetts) identifica os estágios do desenvolvimento econômico em etapas:

1ª - Sociedade tradicional – produção limitada, tecnologia rudimentar, subordinação do homem ao ambiente e inadequado aproveitamento dos recursos naturais;

2ª - sociedade em processo de transição – estágio em que aparece precondições para o desenvolvimento econômico – atitudes racionais adequadas ao controle e à exploração da natureza;

3 ª - Sociedade em início de desenvolvimento – inclui as sociedades nas quais são ultrapassados os primeiros limites das sociedades tradicionais – investimento de capital na produção, crescimento da manufatura e aparecimento de um sistema político, social e institucional – base da sociedade moderna.

4 ª sociedade em maturação – estágio em que as forças de expansão econômica passam a predominar na sociedade;

5ª sociedade em produção em massa – é estágio de desenvolvimento efetivo da produção em bases industriais e científicas e de um aumento significativo do investimento produtivo de capital.

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Obs.: para sustentar essa classificação o pesquisador tem de desprezar todas as particularidades históricas de cada sociedade, tem de pressupor que todas tiveram uma mesma formação original, aqui chamada de maneira generalizante de “sociedade tradicional” - todos atravessaram as mesmas etapas de um único processo.

Falha = o desenvolvimento das sociedades tem avanços e retrocessos

As sociedades tem as suas particularidades não dá para comparar , por exemplo, o desenvolvimento brasileiro com o desenvolvimento de outros países...

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Dentro dessa perspectiva desenvolvimentista existe uma visão preconceituosa de que a “culpa” pelo pouco desenvolvimento é atribuído aà composição da população e, em especial, às características étnicas e culturais dos povos nativos. Ex.:

o índio é “preguiçoso” o negro era “incapaz” de atingir a civilidade. até quem colonizou servia para “justificar” o “atraso”.

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Abordagem dualista do desenvolvimento:

“Desenvolvida” – crescimento: urbano, industrial, do sistema de comunicação. Tem alta produtividade e avanço tecnológico.

“Subdesenvolvida”, “atrasada” – população reduzida, cidades pequenas, produção agrária, níveis de renda baixos, produtividade insuficientes e dispersão demográfica.

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Para a abordagem dualista, o problema não se encontra na constituição étnica, cultural ou racial da população, mas na condução de políticas administrativas e econômicas, no comportamento das camadas dirigentes, na falta de estímulo para o progresso, na má orientação do governo.

Tais obstáculos impedem o bom aproveitamento das forças produtivas e acabam estimulando uma economia “periférica”, isto é, setores econômicos tradicionais, de baixa produtividade, que se desenvolvem à parte ou na “periferia” dos setores “ desenvolvidos”.

O conceito de periferia diz respeito ao que, em uma sociedade, é secundário, irrelevante e até anormal em relação ao que é central, desenvolvido.

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Outro conceito importante é o de MARGINALIDADE.

O setor tradicional ou marginal é aquele que fica excluído dos processos de desenvolvimento tecnológico e de rápido aumento da produtividade que caracterizam o modelo (capitalista dominante).

As nações do Terceiro Mundo:

1- As regiões, populações e setores identificáveis como subdesenvolvidos, arcaicos, tradicionais ou atrasados são parte integrante das novas nações, o que significa que não estão em processo de transformação para formas sociais e econômicas “adiantadas” ou “evoluídas”;

2 – As regiões ou os setores “atrasados” são dominados pelo setor ou região capitalista desenvolvido, o qual se impõe nos processos de independência como representante de toda nação;

3 – Os setores ou regiões “atrasadas” tendem a permanecer como tais, desde que assegurem o desenvolvimento do setor dominante, fornecendo mão de obra barata por meio de migrações internas e imigrações...

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4 – As formas tradicionais de vida (economia de subsistência, artesanato, sub-emprego...) tendem a desaparecer quando não representam mais nenhum tipo de fluxo de capital ou mão de obra, como sociedades tribais brasileiras, em franco processo de extinção.

5 – Os setores “atrasados” são remanescentes de um processo de exploração colonialista, contribuindo para a acumulação de capitais nas metrópoles...