Cap15 macro

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1 J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia : Teorias e Aplicações à Economia B Parte 5 – Modelos para economia aberta Nas partes anteriores foi considerada uma economia fechada, ou seja, que não realizava transações com outras economias. Não ocorria nem exportações nem exportações. O fluxo de capitais com o setor externo era nulo. Nesta parte 5 esta hipótese será relaxada e será considerada uma economia aberta ao resto do mundo.

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Parte 5 – Modelos para economia aberta

Nas partes anteriores foi considerada uma economia fechada, ou seja, que não

realizava transações com outras economias. Não ocorria nem exportações nem

exportações. O fluxo de capitais com o setor externo era nulo.

Nesta parte 5 esta hipótese será relaxada e será considerada uma economia aberta ao

resto do mundo.

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Capítulo 15 Modelos macroeconômicos para uma economia aberta

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Aula AnteriorCAPÍTULO 14 – Modelo IS/LM ampliado

14.1 As modificações causadas pelas novas definições das funções consumo, investimento e oferta de moeda sobre as curvas IS, LM e de demanda agregada;

14.2 O modelo básico ampliado da Síntese Neoclássica;

14.3 Modelo macroeconômico geral ampliado dos novos keynesianos;

14.3.1 Efeitos da política fiscal no modelo geral ampliado dos novos keynesianos.

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Nesta AulaCAPÍTULO 15 – Modelos macroeconômicos para uma

economia aberta15.1 O equilíbrio no mercado de produto;

15.2 A curva que representa o equilíbrio do Balanço de Pagamentos;

15.3 O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação da taxa de câmbio nominal fixa e inalterada;

15.4 Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos;

15.5 Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa;

15.6 Modelo geral dos novos keynesianos para um economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa;

15.7 O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível;

15.8 Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de pagamentos e taxa da câmbio flexível;

15.9 Modelo geral dos novos keynesianos para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de pagamentos e taxa de câmbio flexível.

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• Este aula re-elabora o modelo IS-LM, visto nas aulas anteriores e ampliado na última aula, considerando uma economia aberta.

• Em seguida, essa nova versão do modelo IS/LM/BP (também conhecida como modelo Mundell-Fleming) é combinada com as curvas de oferta agregada gerais da Síntese Neoclássica e dos novos keynesianos.

Introdução

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• Balanço de Pagamentos.

Introdução

I. Balança comercial: a qual registra as exportações e importações de mercadorias, bens físicos.

II. Balanço de serviços: o qual registra as vendas e compras de serviços de não-fatores.

III. Balanço de rendas: que registra as receitas e despesas com serviços de fatores.

IV. Transferências unilaterais correntes, ou donativos: que registra a entrada e saída de doações.

V. Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (= I + II + III + IV)

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• Balanço de Pagamentos.

Introdução

V. Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (= I + II + III + IV)

VI. Conta de capital e financeira: a qual registra a entrada e saída de capitais sob a forma de financiamentos, empréstimos e amortizações. Esta conta inclui os empréstimos de regularização do balanço de pagamentos, a quantidade de moeda nacional em poder de estrangeiros e os atrasados comerciais.

VII. Erros e omissões. É a conta de fechamento contábil do balanço de pagamentos.

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• Balanço de Pagamentos.

Introdução

V. Saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (= I + II + III + IV)

VI. Conta de capital e financeira

VII. Erros e omissões.

VIII. Saldo do balanço de pagamentos (= V + VI + VII)

IX. Variação das reservas internacionais. É igual ao simétrico do saldo do balanço de pagamentos. Ou seja, conta IX = conta VIII. A conta IX mostra a forma de financiamento ou de destino do saldo da conta VIII.

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Introdução

• Para efeito da análise desenvolvida nesta ala, consideram-se como nulos os valores das transferências unilaterais correntes e de erros e omissões.

• Adicionalmente, considera-se que X é o valor nominal das exportações de bens e serviços (de fatores e de não fatores) e M é o valor nominal das importações de bens e serviços (de fatores e de não fatores).

• Logo, (X – M) é considerado como a soma das balanças comercial e de serviços e de rendas*.

* Esta mesma suposição encontra-se na literatura em, por exemplo, Branson e Litvack (1978).

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Introdução• PIB pela ótica do dispêndio

PIB = Y = C + I + G + (X – M)

• Mas a conta VI do Balanço de Pagamentos (indicando movimentos de capital e financeira) envolve transferências de recursos e não a produção corrente.

• Portanto, o saldo da conta VI não apresenta relação direta com o PIB.

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Introdução

• Saldo Total do Balanço de Pagamentos (BP) – Considere que F seja a saída líquida de

capitais (saída de capitais menos a entrada de capitais).

– O valor F é o simétrico da conta VI (movimento de capital e financeira).

– Assim, tem-se que o saldo total do balanço de pagamentos (BP) é dado pela fórmula:

BP = (X – M) – F

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Equilíbrio no Mercado de Produto

• Para um dado nível de preços internacionais e de renda agregada externa, as exportações reais (x) dependem:

– do nível de preços vigentes no Brasil (P); e,

– da taxa de câmbio ().

λP,xx

0P

x

x

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Equilíbrio no Mercado de Produto

• As importações reais de bens e serviços (m) dependem:

– do nível de renda do Brasil (y); – da taxa de câmbio (); e,– do preço interno (P).

λP,y,mm

0y

m

m

0

P

m

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Equilíbrio no Mercado de Produto

• As compras de produtos brasileiros efetuadas pelo resto do mundo (que são as exportações brasileiras) constituem um acréscimo ao fluxo de renda de equilíbrio;

• já as importações, que o Brasil realiza, correspondem a retiradas de renda de equilíbrio.

tscm-xgic

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Equilíbrio no Mercado de Produto

tscm-xgic

tsm-xgi

λP,y,m-λP,xgyr,iCRP

A,yt-ycy

,

λP,xgyr,iλP,y,mytCR,P

A,yt-ys

xgimts

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Equilíbrio no Mercado de Produto

λP,y,m-λP,xgyr,iCRP

A,yt-ycy

,

λP,xgyr,iλP,y,mytCR,P

A,yt-ys

• Estas expressões geram a Curva IS.

• Para um nível de preço P0, uma taxa de câmbio 0, um certo valor nominal A0 dos ativos líquidos possuídos pelo setor privado e de CR0 de crédito para consumo, encontram-se as combinações (y, r) que dão o equilíbrio no mercado de produto.

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Equilíbrio no Mercado de Produto

i + g + x

s + t + m

y

r

s + t + m(P0)A0 P0

i(r, y0)+x(P0, 0)+g

i + g + x = s + t + m

45º

y0

A

A

r0 C

y1

i(r, y1)+x(P0, 0)+g

x(P0)+g

B

B

r1 D

I

S

Dedução da curva IS para uma economia aberta

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Equilíbrio no Mercado de Produto

• Um aumento de preço de P0 para P1 causa os seguintes efeitos:

– diminui o valor real dos ativos líquidos, reduzindo o consumo do setor privado; e,

– diminui as exportações (e aumenta as importações) reais de bens e serviços.

• Os efeitos acima mencionados diminuem a renda de equilíbrio no mercado de produto.

• Logo, para a mesma taxa de juros, tem-se um nível de renda menor, ou seja, a curva IS se desloca para a esquerda.

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x(P1)+g

Equilíbrio no Mercado de Produto

Deslocamento da curva IS devido a um aumento dos preços

i + g + x A

s + t + m

yy0

r

45º

A

r0

x(P0)+gI0

S0

C

s + t + m(P0)A0 P0

i + g + x = s + t + m

i(r, y0)+x(P0, 0)+g

Aumento no nível de preços

P1 > P0

s + t + m(P1)A0 P1

i(r, y0)+x(P1, 0)+g

B

B

r1 D

I1

S1

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Equilíbrio no Mercado de ProdutoAumento exógeno das exportações de bens e

serviços

i + g + x A

s + t + m

yy0

r

45º

A

r0

x1(P0)+gI0

S0

C

s + t + m(P0)A0 P0

i + g + x = s + t + m

i(r, y0)+x0(P0, 0)+g

x0 (P0)+g

i(r, y0)+x1(P0, 0)+g

D

I1

S1

B

B

y1

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Equilíbrio no Mercado de ProdutoAumento exógeno das importações de bens e

serviços

i + g + x A

s + t + m

yy0

r

45º

A

r0

I0

S0

C

s + t + m(P0)A0 P0

i + g + x = s + t + m

i(r, y0)+x0(P0, 0)+g

x0 (P0)+g

s + t + m1(P0)A0 P0

D

I1

S1

y1

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Equilíbrio no Mercado de Produto

• A curva LM no Modelo Estático Básico Geral para uma economia aberta tem a especificação habitual.

• Isto é, a expressão geral da curva LM é:

y,rmP

rd,R,B,rM 3

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• O cruzamento da curva IS com a curva LM dá – para certos valores de P, , A e CR – a combinação (y, r) que equilibra, simultaneamente, os mercados de bens e de moeda.

• Para saber se uma combinação específica (y0, r0)

corresponde a um déficit ou a um superávit do Balanço de Pagamentos é necessário obter no plano cartesiano y versus r uma curva em que seus pontos impliquem um saldo do Balanço de Pagamentos (BP) igual a zero.

Equilíbrio no Mercado de Produto

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• O saldo do balanço de pagamentos, em valores nominais é:

BP = (X – M) – F

Em que (X – M) = saldo do balanço de pagamentos em

transações correntes (saldo da conta V, supondo o saldo da conta IV ser nulo)

F = saída líquida de capitais (ou seja, o simétrico do saldo da conta VI).

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

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• Os valores nominais das exportações (X) e das importações (M) são:

X = P · x(P,)M = · Pf · m(y,P,)

em que:Pf = preço em dólar das mercadorias importadas = quantidade de reais trocada por cada dólar.

• Logo, · Pf = preço em reais de cada mercadoria importada.

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

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• F = saída líquida de capitais de um país = saída de capital menos a entrada de capitais.

• Dado um nível de taxa de juros no exterior, quanto maior for a taxa de juros interna (r) menor será a saída de capital e maior será a entrada de capital.

• Logo, quanto maior é a taxa de juros interna, menor é o valor de F.

• Assim:F = F(r)

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

0r

F

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F = F(r)

• A saída líquida de capitais depende, além da taxa de juros doméstica (explícita na equação acima), da taxa de juros externa e do grau de confiança dos investidores estrangeiros no país (medido pelo indicador “risco país”).

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

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• O saldo em transações correntes (também chamado de exportações líquidas ou NX) é dado pela diferença entre exportações (X) e importações (M) de bens e serviços. Ou seja:

CTC = NX = X – M

CTC = NX = P x(P, ) – Pf m(y,P,)• O aumento do PIB (y) aumenta as importações,

o que reduz o saldo da conta de transações correntes.

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

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CTC = NX = P x(P, ) – Pf m(y,P,)

Há um nível de renda y0 que zera o valor das exportações líquidas (ou seja, que faz CTC =0).

A curva NX

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

NX

0y0

y

NX0(P0,, Pf0)

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

CTC = NX = P x(P, ) – Pf m(y,P,)

Se o valor do PIB for inferior a y0 (por exemplo, y1), há superávit no balanço de

pagamentos em transações

correntes.

A curva NX

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

NX

NX1

0y1 y0

y

NX0(P0,, Pf0)

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CTC = NX = P x(P, ) – Pf m(y,P,)

Se o valor do PIB for superior a y0 (por exemplo, y2), há

déficit no balanço de pagamentos em transações

correntes.

A curva NX

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

NX

NX1

0y1 y2y0

y

NX2

NX0(P0,, Pf0)

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CTC = NX = P x(P, ) – Pf m(y,P,)

A posição da curva NX depende dos valores do nível de preços doméstico (P), da

taxa de câmbio () e dos preços internacionais (Pf).

A curva NX

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

NX

NX1

0y1 y2y0

y

NX2

NX0(P0,, Pf0)

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A curva F(r)

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

F2F1

r2

r1

r0

0

r

F

• Se a taxa de juros doméstica for menor que r0 (por exemplo, r1), tem-se que as saídas de capitais ultrapassam as entradas de capitais e F > 0.

• De outro lado, se a taxa de juros doméstica ultrapassar o valor r0 (por exemplo, r2), as entradas de capitais ultrapassam as saídas de capitais e F < 0.

Há uma taxa de juros doméstica r0 que zera a saída líquida de capitais,

ou seja, havendo r0 há idênticos valores da saída e da entrada de

capitais.

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A curva F(r)

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

F2F1

r2

r1

r0

0

r

F

• O aumento de uma dessas variáveis faz com que o valor da saída líquida de capitais aumente para cada valor da taxa de juros doméstica, deslocando a curva F(r) para a direita, ou seja, para mais distante da origem dos eixos cartesianos.

• A posição da curva F(r) depende da taxa de juros internacional e do “risco país”.

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A curva F(r)

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

F2F1

r2

r1

r0

0

r

F

Existem autores que definem F como sendo a entrada líquida de

capitais (isto é, a entrada de capitais menos a saída de capitais),

o que implicaria a curva F ser positivamente inclinada no plano

cartesiano F versus r.

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BP = (X – M) – F

X = P·x(P,)

M = ·Pf·m(y,P,)

F = F(r)

A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

BP = [P·x(P,) – ·Pf·m(y,P,)] – F(r)

• Note que um aumento de y reduz as exportações líquidas (X – M) devido, principalmente, a um aumento das importações.

• Para manter BP = 0 é necessário aumentar r para reduzir F.

• Portanto, a inclinação da curva BP = 0 no espaço y versus r é positiva.

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A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

Obtenção gráfica da curva BP

F

F(r)

X – M = F X – M

yy0

r

45º

B0

r0

r1

NX = P0x(P0,0)–0Pfm(y,P0,0)

F1

P0

F0

(X–M)1

(X–M)0

y1

A

B

Suponha o nível de preço interno P0 e a taxa de câmbio 0.

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38

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A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

Obtenção gráfica da curva BP

F

F(r)

X – M = F X – M

yy0

r

45º

B0

r0

r1

NX = P0x(P0,0)–0Pfm(y,P0,0)

F1

P0

F0

(X–M)1

(X–M)0

déficit do BP

(BP<0)

y1

A

B C

Suponha agora que o nível de renda seja y0, mas a taxa de juros tenha um valor menor que r0 (ponto C).

Logo, a saída líquida de capital será maior que (X – M)0 e ocorrerá um déficit do balanço de pagamentos.

Page 39: Cap15 macro

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A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

Obtenção gráfica da curva BP

F

F(r)

X – M = F X – M

yy0

r

45º

B0

r0

r1

NX = P0x(P0,0)–0Pfm(y,P0,0)

superávit do BP (BP>0)

F1

P0

F0

(X–M)1

(X–M)0

déficit do BP

(BP<0)

y1

A

B C

D

Se o nível de renda for y0 e a taxa de juros for maior que r0 (ponto D ), ter-se-á que (X – M)0 é maior que a saída líquida de capital.

Isto implica um superávit do BP.

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A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

Situação de equilíbrio interno da economia com a presença de déficit do saldo do balanço de pagamentos

• Para um dado nível de preços internos P0 e taxa de câmbio 0, pontos (y, r) são determinados em que surge a curva BP = 0 e o ponto A que equilibra os mercados de produto e de moeda (no cruzamento da curva IS com a curva LM).

• A economia encontra-se em equilíbrio interno no ponto A, de coordenadas (y0, r0), mas com déficit do saldo do balanço de pagamentos (isto é, BP < 0), pois o ponto A está à direita da curva B0P0 = 0.

P0

B0

y0

r0

S

I

M

L

r

y

A

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A curva que representa o equilíbrio do balanço de pagamentos

Formatos especiais da curva BP

• Situação em que o capital seja perfeitamente móvel entre os países.

• Situação em que há ausência de mobilidade de capital entre os países.

r

r0 = rf

y

BP = 0

r

rf

y

BP = 0

r0

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Fatores que deslocam a curva BP

• Dois fatores principais deslocam a curva BP: • o nível de preços internos• a taxa de câmbio.

• As exportações líquidas (X – M) = CTC têm a posição de sua curva determinada para certo nível de preços e dada a taxa de câmbio.

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Fatores que deslocam a curva BP

O efeito de variações do Preço no deslocamento da BP

F

F(r)

X – M = FX – M

yy0

r

45º

B1

r1

r0

P1x(P1) – 0Pfm(P1)

B

P1

A

B

A

P0x(P0) – 0Pfm(P0)

B0

P0

P

P1 > P0

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Fatores que deslocam a curva BP

• Os efeitos da variação da taxa de câmbio sobre a curva BP são similares às variações dos preços internos.

X e M NX deslocamento da curva BP para a esquerda e para cima.

X e M NX deslocamento da curva BP para a direita e para baixo.

Page 45: Cap15 macro

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

Situação de equilíbrio interno da economia com a presença de superávit do saldo do balanço de pagamentos.

y0

r0

S

I M

L

r

y

A

Se a situação for a desejada pelo governo (que deseja acumular divisas para pagar dívidas nos próximos anos), os efeitos do superávit do balanço de pagamentos sobre a oferta nominal de moeda podem ser anulados com operações de open market.

P

B

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

• Equilíbrio interno da economia (ponto A) com a presença de superávit do balanço de pagamentos.

• Porém, considere que o Banco Central compre dólares emitindo papel-moeda, mas o Banco Central não realiza uma operação de esterilização desse aumento da oferta nominal de moeda através de operações no mercado aberto.

M0

L0

B0

P0

S0

I0

r0

r

y0 y

A

S Curvas de oferta e de demanda agregada

SD0

D0

P0

P

y

A

Curvas IS, LM e BP

y0

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

• B M

• P

P a e NX

P NX

M0

M2

M1L0

L2 L1

B1

B0

P1

P0

S1

S0

I1

I0

r1

r0

r

y0y2 y1 y

A

BC

S Curvas de oferta e de demanda agregada

SD0

D1

D0

D1

P0

P1

P

y0y2 y1 y

A B

C

Curvas IS, LM e BP

Excesso de demanda

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

• Em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e sem operações de mercado aberto compensatórias, um superávit do balanço de pagamentos se auto-liquida ao provocar:

MS P• Na situação de equilíbrio

final da economia é encontrado y e r

• O ajustamento da economia ocorre até o saldo do balanço de pagamentos ser zerado.

M0

M2

M1L0

L2 L1

B1

B0

P1

P0

S1

S0

I1

I0

r1

r0

r

y0y2 y1 y

A

BC

S Curvas de oferta e de demanda agregada

SD0

D1

D0

D1

P0

P1

P

y0y2 y1 y

A B

C

Curvas IS, LM e BP

Page 49: Cap15 macro

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

M0

L0

B0

P0

S0

I0

r0

r

y0 y

E

SCurvas de oferta e de demanda agregada

S

D0

D0

P0

P

y0 y

E

Curvas IS, LM e BP

• Equilíbrio interno da economia (ponto E) com a presença de déficit do balanço de pagamentos.

• Porém, considere que o Banco Central vende os dólares (que são necessários para pagar o déficit do balanço de pagamentos) retirando papel-moeda da economia.

• Mas o Banco Central não realiza uma operação de esterilização dessa redução da oferta nominal de moeda através de operações de mercado aberto.

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

M1

M2

M0L1

L2

L0B1

B0

P1P0

S0

S1

I0

I1

r0

r1

r

y1 y2 y0 y

F

E

G

SCurvas de oferta e de demanda agregada

S

D0

D1

D0

D1

P1

P0

P

y1 y2 y0 y

F E

G

Curvas IS, LM e BP

• B M• P P a e NX P NX

r2

Excesso de oferta

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

M1

M2

M0L1

L2

L0B1

B0

P1P0

S0

S1

I0

I1

r0

r1

r

y1 y2 y0 y

F

E

G

SCurvas de oferta e de demanda agregada

S

D0

D1

D0

D1

P1

P0

P

y1 y2 y0 y

F E

G

Curvas IS, LM e BP

r2

• Em uma situação de taxa de câmbio nominal fixa e sem operações compensatórias de mercado aberto, um déficit do balanço de pagamentos se auto-liquida ao provocar:

• M y• Na situação de equilíbrio final

da economia, é encontrado um menor valor y e r

• O ajustamento da economia ocorre até o saldo do balanço de pagamentos ser zerado.

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

• A eficácia das políticas fiscal e monetária em alterar o equilíbrio interno da economia pode ser diferente caso ocorra uma curva BP horizontal e a taxa de câmbio nominal seja fixa.

• Apenas uma política fiscal expansionista será eficaz em alterar o PIB nessa situação.

• A política monetária expansionista é incapaz de alterar o produto.

Page 53: Cap15 macro

53

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

P

y

y

r

P0

r0=rf

y0

r1

y0

I0

L0

M0

L1

M1

yp

yp

E

E

F

OA

DA

BP=0

S0

Eficácia da Política Monetária quando a BP é horizontal.

M

BP < 0

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O ajustamento do saldo do balanço de pagamentos em uma situação na qual vigora taxa de câmbio

nominal fixa e inalterada

Eficácia da Política Fiscal quando a BP é horizontal.

P

y

y

r

P0

r0=rf

y0

r1

y0

I0

L0

M0

L1

M1

yp

yp

E

E

F

OA

DA

BP=0

P

y

y

r

P0

r0=rf

y0

r2

y0

I0

L0

M0

L2

M2

yp

yp

E

EG

OA

DA

BP=0

I1

S1S0

S0

DA´

H

H

Eficácia da Política Monetária quando a BP é horizontal.

P

BP < 0

G

BP > 0

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Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos

• Existem outras medidas para deslocar a curva BP no plano cartesiano y versus r.

• Elas atuam sobre o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes (X – M) ou sobre a saída líquida de capitais [F(r)].

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Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos

• Para alterar as exportações líquidas (X – M), têm-se:• as medidas de manipulação de tarifas

alfandegárias sobre as importações (tM);

• quotas de importação (Q); • redução dos impostos sobre as

exportações (tE); ou,

• subsídios às exportações (SE).

• Elas são conhecidas como políticas comerciais e podem deslocar a curva NX

Page 57: Cap15 macro

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos

• A nova especificação da NX passa a ser:

• Se a elasticidade-preço da demanda por bens importados for, em valor absoluto, maior que um, um aumento nas tarifas de importação reduzirá o valor em reais das importações, deslocando a curva BP para a direita.

Mf

EE tQ,λ,P,y,mPλS,tλ,P,xPNX

Page 58: Cap15 macro

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Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos

• A nova especificação da NX passa a ser:

• Já as quotas de importação reduzem as importações no nível fixado por elas, também deslocando a curva BP para a direita.

• A isenção de impostos sobre as exportações ou a concessão de subsídios às exportações também desloca a curva BP para a direita.

Mf

EE tQ,λ,P,y,mPλS,tλ,P,xPNX

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Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos

• A nova especificação da NX passa a ser:

• A manipulação de tarifas alfandegárias, a fixação de quotas de importação, a alteração de impostos sobre as exportações e de subsídios sobre as exportações reduzem os ganhos em eficiência e em bem-estar obtidos com o livre comércio e, por isso, são condenáveis e combatidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

• Além disso, aquelas medidas alteram as exportações líquidas (X – M), deslocando a curva IS

Mf

EE tQ,λ,P,y,mPλS,tλ,P,xPNX

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos

• Sobre a saída líquida de capital pode-se estabelecer medidas de incentivo à tomada de empréstimos estrangeiros, com o aval do governo e empréstimos externos tomados pelo setor privado e a possibilidade do setor privado repassar esses empréstimos ao governo antes de seu prazo final de pagamento.

• Essas medidas deslocam a curva F(r) em direção à origem dos eixos cartesianos, deslocando a curva BP para a direita.

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Outras medidas para equilibrar o balanço de pagamentos

• Se as medidas de incentivo à entrada de capital estrangeiro em um país afetarem o nível interno de investimento privado (i), as exportações reais de bens e de serviços (x) e/ou as importações reais de bens e serviços (m), ocorrerá a alteração da curva IS.

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Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa

equilíbrio no mercado de produto:

λP,y,mλP,xgyr,iCR,P

A,ytycy

equilíbrio no mercado monetário:

yr,mP

rd),RB,M(r, 3

função de produção: KN,yy

equilíbrio no mercado de trabalho:

NP,jNfP equação do saldo do balanço de pagamentos:

F(r) λP,y,mPλ λP,xPBP f

Page 63: Cap15 macro

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Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa

• Têm-se cinco equações e cinco variáveis endógenas (y, P, r, N e BP).

• São variáveis de política econômica: a base monetária (B), a taxa de redesconto de liquidez (rd) e a taxa do depósito compulsório (R3), que definem a parcela exógena da oferta nominal de moeda; os gastos do governo (g) e as alíquotas de impostos (t’), definidos pela política fiscal; e a taxa de câmbio nominal (), determinada pela política cambial.

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Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa

• Com as equações, é possível encontrar o equilíbrio interno com BP = 0 (se o Banco Central não esterilizar os efeitos do saldo do balanço de pagamentos sobre a oferta nominal de moeda) ou o equilíbrio interno com desequilíbrio no balanço de pagamentos (quando o Banco Central esteriliza os efeitos do BP 0 sobre a oferta nominal de moeda).

Page 65: Cap15 macro

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Modelo geral dos novos keynesianos para um economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa

equilíbrio no mercado de produto:

λP,y,mλP,xgyr,iCR,P

A,ytycy

equilíbrio no mercado monetário: yr,m

P

rdR B,r,M 3 ,

função de produção:

KMP,N,yy

equação de determinação de salários:

Ψ yp

yypε1WW 1

curva de oferta agregada:

MPPM

Pmp

TPM

Ψ

yp

ypyε1

TPM

WmP

EEE

1

equação do saldo do Balanço de Pagamentos:

rFλP,y,mPλλP,xPBP f

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Modelo geral dos novos keynesianos para um economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa

• Têm-se seis equações e seis variáveis endógenas (y, P, r, N, W e BP).

• As variáveis exógenas são as que definem a política monetária (B, rd e R3), a política fiscal (g e t’) e a política cambial ().

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Modelo geral dos novos keynesianos para um economia aberta com taxa de câmbio nominal fixa

• Com as equações acima é possível encontrar equilíbrio interno com BP = 0 (se o Banco Central não esterilizar os efeitos do saldo do balanço de pagamentos sobre a oferta nominal de moeda) ou o equilíbrio interno com desequilíbrio do balanço de pagamentos (quando o Banco Central esterilizar os efeitos do BP 0 sobre a oferta nominal de moeda).

Page 68: Cap15 macro

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O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível

• Considere a taxa de câmbio flexível. Ela é fixada pela oferta e pela demanda de divisas no mercado.

• A oferta de divisas é fornecida pelas exportações:

• A demanda de divisas corresponde às importações mais a saída líquida de capital:

λP,xPX

rFλP,y,mPλM f

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O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível

• Para certo nível de renda y0, nível interno de preço P0, preço internacional dos produtos importados Pf e taxa de juros interna r0, existe e tal que:

ou seja, um e tal que BP = 0.

)F(rλ,P,ymPλλ,PxP 0e

00fe

00

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O ajustamento do balanço de pagamentos no caso da taxa de câmbio flexível

• Ocorrendo o valor e para a taxa de câmbio, o saldo do balanço de pagamentos é nulo.

• Além disso, observe que o valor e depende dos formatos das funções x(·), m(·) e F(·), bem como do nível de preços externos (Pf).

P0x(P0, )

Pfm(y0, P0, ) + F(r0)

divisas

e

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Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de

pagamentos e taxa da câmbio flexível

equilíbrio no mercado de produto:

λP,y,mλP,xgyr,iCR,P

A,ytycy

equilíbrio no mercado monetário:

yr,mP

rd,RB,r,M 3

função de produção: KN,yy

equilíbrio no mercado de trabalho:

NP,jNfP

equilíbrio no mercado de divisas:

rFλP,y,mPλλP,xP f

Page 72: Cap15 macro

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Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de

pagamentos e taxa da câmbio flexível• Têm-se cinco equações para determinar cinco incógnitas (y, P,

N, r e ). • Observe que agora a taxa de câmbio () é uma incógnita e

BP = 0. • O sistema de equações é um sistema interativo.

• Observe que se variar, a curva BP se desloca.• A modificação de também provoca o deslocamento da

curva IS. • Este deslocamento da curva IS provoca, por sua vez, o

deslocamento da curva de demanda agregada. • O deslocamento da curva de demanda agregada provoca

modificação no nível de preço. • A variação no nível de preço provoca o deslocamento das

curvas IS, LM, oferta e demanda de trabalho e da curva BP.

Page 73: Cap15 macro

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Modelo estático geral da Síntese Neoclássica para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de

pagamentos e taxa da câmbio flexível

• Deve ser ressaltado que esse modelo pode ser ampliado colocando na função importações reais de bens e serviços as tarifas alfandegárias e outros tipos de restrições às importações.

• Pode-se colocar na função exportação real de bens e serviços os subsídios às exportações

• e na função saída de capital pode-se colocar a taxa de juros externa e o “risco país”.

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Modelo geral dos novos keynesianos para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de

pagamentos e taxa de câmbio flexível

equilíbrio no mercado de produto:

λP,y,mλP,xgyr,iCR,P

A,ytycy

equilíbrio no mercado monetário:

yr,mP

rd,RB,r,M 3

equilíbrio no mercado de divisas:

rFλP,y,mPλλP,xP f

função de produção:

KMP,N,yy equação de determinação de salários:

Ψ

yp

yypε1WW 1

curva de oferta agregada:

MPPM

Pmp

TPM

Ψ

yp

ypyε1

TPM

WmP

EEE

1

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Modelo geral dos novos keynesianos para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de

pagamentos e taxa de câmbio flexível

• Têm-se seis equações, para determinar seis incógnitas (y, P, N, r, , W).

• Neste modelo também a taxa de câmbio () é uma incógnita, que faz BP = 0.

• O sistema de equações é um sistema interativo:

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Modelo geral dos novos keynesianos para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de

pagamentos e taxa de câmbio flexível• O sistema de equações é um sistema interativo:

• Uma modificação de provoca o deslocamento da curva IS.

• Este deslocamento da curva IS provoca, por sua vez, o deslocamento da curva de demanda agregada.

• O deslocamento da curva de demanda agregada provoca a modificação do nível de preço, gerando novo deslocamento da curva IS e o deslocamento da curva LM.

• As modificações na quantidade demandada provocam modificações na quantidade produzida, alterando o nível de preço.

• Isto ocorre porque as modificações na quantidade produzida provocam modificações na quantidade de trabalho e no salário nominal.

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Modelo geral dos novos keynesianos para uma economia aberta, supondo equilíbrio do balanço de

pagamentos e taxa de câmbio flexível

• A introdução da taxa de câmbio flexível no modelo também faz a curva de oferta agregada se alterar.

• O preço da matéria-prima (Pmp) pode se alterar caso parcela das matérias-primas seja importada e ocorra alteração da taxa de câmbio.

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Próxima Aula

CAPÍTULO 16 – Teorias sobre a inflação

16.1 Teoria da inflação de demanda;

16.2 A teoria da inflação de custos;

16.3 A natureza auto-eliminadora da inflação do modelo estático;

16.4 A Curva de Phillips;

16.5 Teoria monetarista da inflação;

16.6 Teoria keynesiana da inflação;

16.7 Modelo de determinação da taxa de inflação e do nível de produto de equilíbrio;

16.8 O regime de metas inflacionárias.

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Referências Bibliográficas

• BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira. Campinas: Alínea, 2006

• BLANCHARD, O. Macroeconomia: teoria e política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

• BRANSON , W.H. e LITVACK, J.M. Macroeconomia, São Paulo: Habra, 1978.

• DORNBUSCH, R. & FISCHER, S. Macroeconomia. 5a edição. São Paulo: Makron/Mcgraw-Hill, 1991.

• MANKIW, N.G. Macroeconomia: Rio de Janeiro: LTC, 2004.