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Revista do Farmacêutico é uma publicação doConselho Regional de Farmácia do Estado deSão Paulo – CRF-SP

DIRETDIRETDIRETDIRETDIRETORIAORIAORIAORIAORIA

PresidentePresidentePresidentePresidentePresidenteRaquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi

Vice-presidenteVice-presidenteVice-presidenteVice-presidenteVice-presidenteÁlvaro Fávaro Júnior

Secretária-geralSecretária-geralSecretária-geralSecretária-geralSecretária-geralHellen Harumi Miyamoto

Diretor-tesoureiroDiretor-tesoureiroDiretor-tesoureiroDiretor-tesoureiroDiretor-tesoureiroPedro Eduardo Menegasso

CONSELHEIROS REGIONAISCONSELHEIROS REGIONAISCONSELHEIROS REGIONAISCONSELHEIROS REGIONAISCONSELHEIROS REGIONAISÁlvaro Fávaro Jr.Eliana de Paula Dias OrioloFrancisco de Paula Garcia Caravante Jr.Hellen Harumi MiyamotoMárcia Tréglia (suplente)Margarete Akemi KishiMaria Fernanda CarvalhoMoisés Ferreira Duarte (suplente)Nalu Cristina Massei CanovaPaulo Chanel Deodato de Freitas (suplente)Pedro Eduardo MenegassoRaquel Cristina Delfini Rizzi GrecchiRosângela Borges ReinaThaís Adriana do CarmoVânia dos Santos

CONSELHEIRO FEDERALCONSELHEIRO FEDERALCONSELHEIRO FEDERALCONSELHEIRO FEDERALCONSELHEIRO FEDERALDirceu Raposo de Mello (licenciado)Ely Eduardo Saranz Camargo

COMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITORIALORIALORIALORIALORIALRaquel Cristina Delfini Rizzi GrecchiÁlvaro Fávaro JúniorHellen Harumi MiyamotoPedro Eduardo Menegasso

REPORREPORREPORREPORREPORTTTTTAAAAAGEM/REDGEM/REDGEM/REDGEM/REDGEM/REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAssessoria de Comunicação do CRF-SP

EdiçãoEdiçãoEdiçãoEdiçãoEdiçãoKátia Carminatto – MTB 23.255

RedaçãoRedaçãoRedaçãoRedaçãoRedaçãoFran Rodrigues, Karina Toledo e Thais Noronha

Projeto Gráfico e DiagramaçãoProjeto Gráfico e DiagramaçãoProjeto Gráfico e DiagramaçãoProjeto Gráfico e DiagramaçãoProjeto Gráfico e DiagramaçãoLugh Comunicação

ImpressãoImpressãoImpressãoImpressãoImpressãoGlobo Cochrane

PublicidadePublicidadePublicidadePublicidadePublicidadecomunicacao@crfsp.org.br

TiragemTiragemTiragemTiragemTiragem30 mil exemplares

Conselho Regional de Farmácia do Estado deSão Paulo – CRF-SPRua Capote Valente, 487 – Jardim AméricaSão Paulo – SP – CEP. 05409-001PABX: (11) 3067-1450Fax: (11) 3064-1450e-mail: [email protected]: www.crfsp.org.br

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Farmacêuticos em Foco 7Curtas e Boas 8Esfera - Ampliação das Farmácias Notificadoras 10Pharmacia 12Personagem 14Ética 16Entidades 18Jurídico 20Prestando Contas 22Acontece no Interior 24Agenda/Livros 26Orientação 27CRF-SP na Mídia 28Seccional - Barretos 29Seccional - Franca 30Notícias da Diretoria 31Eventos - VI Encontro Paulista de Farmacêuticos 36Especial - Campanha pela Jornada de 30horas 38Distribuição e Transportes 42Farmácia 46Farmácia Hospitalar 48Fitoterapia 50Homeopatia 51Indústria 52Resíduos e Gestão Ambiental 54

CAPA

Homenagem e reconhecimentono dia do farmacêutico

40ANÁLISES CLÍNICAS

Administração de laboratórios

44EDUCAÇÃO

E agora José ?

56SAÚDE PÚBLICA

Prerrogativas: ter ou não ter

Sumário Expediente

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Revista do FarmacêuticoRevista do FarmacêuticoRevista do FarmacêuticoRevista do FarmacêuticoRevista do Farmacêutico|||||dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006|||||5

O ano de 2006 começou para nós com o desafio de mobilizar a categoria nofortalecimento do nosso trabalho junto à sociedade e de resgatar o orgulhode ser farmacêutico.

E iniciamos o ano com uma grande oportunidade de reunir a categoria. Janeiro, mês dofarmacêutico, contou com eventos voltados para a capacitação profissional em 25 locaisdiferentes do Estado, além, é claro, de uma campanha publicitária que não apenas homena-geou o profissional, mas procurou mostrar para a população quão importante é a presença dofarmacêutico na dispensação, orientação e atenção à saúde.

Escolhemos como tema “Dedicação. Este é o melhor remédio” porque esse é o compo-nente essencial em tudo o que fazemos. Dedicação também reflete o perfil desta diretoria que,desde os primeiros dias do ano, vem buscando as melhores alternativas para atender osanseios da categoria.

Não é de agora que estamos nesta jornada. Desde 1992, lutamos por uma renovação dosrumos da profissão, e para que a valorização do profissional seja um triunfo para os farmacêu-ticos. E é para que isso realmente se transforme em realidade, que esta administração assumeo compromisso de construir junto com a classe farmacêutica uma proposta de trabalho.

Por meio dos Encontros Regionais, que já estão acontecendo em todo o Estado, estamosdefinindo o planejamento estratégico desta diretoria. Todos os farmacêuticos estão convida-dos a participar desses encontros nas suas cidades, para discutir temas como o relacionamen-to com o profissional, o trabalho das Comissões Assessoras e das Comissões de Ética, os

DE SER FARMACÊUTICO !Orgulho

serviços prestados pelo CRF-SP, a Fiscaliza-ção, a eficácia da comunicação e as rela-ções com as instituições e a sociedade.

Acreditamos que essa iniciativa vai am-pliar a participação dos farmacêuticos no pro-cesso decisório do CRF-SP, reafirmando nos-sa proposta de democratização da gestão.Assim, as reivindicações que fazem parte docotidiano dos farmacêuticos, a partir de ago-ra, terão eco neste Conselho, cuja premissaé a defesa do âmbito profissional.

Outra iniciativa, que já pode ser conferidanesta edição, é a redefinição da forma decomunicação com os farmacêuticos. Quere-mos nos fazer mais presentes, abordando as-suntos que realmente façam diferença no dia-a-dia do profissional. Por conta disso, criamoseditorias novas, estabelecemos uma distri-buição harmoniosa das informações e umaabordagem mais dinâmica dos assuntos.

A proximidade com o farmacêutico é paranós, um ponto fundamental. Em razão dis-so, outro importante canal de comunicação,que é o nosso site, também vai se tornarmais ágil, com a criação de um canal diretocom a presidência do CRF-SP e a implemen-tação de uma série de ferramentas que faci-litarão a vida dos farmacêuticos do Estado.

Muitos outros projetos estão por vir eesperamos continuar contando com o apoiodos farmacêuticos que nos escolheram pararepresentar a categoria nesta jornada, poisa honra de dirigir o maior Conselho Regionalde Farmácia do País é o que motiva o nossodia-a-dia. Afinal, temos muito orgulho de serfarmacêutico !

Da esquerda para a direita: Dr. Álvaro Fávaro Jr. – Vice-presidente,Dra. Hellen Harumi Miyamoto – Secretária-geral, Dra. Raquel Rizzi Grecchi – Presidente,

Dr. Pedro Eduardo Menegasso – Diretor-tesoureiro

Editorial

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Espaço Interativo

“O Sindicato dos Odontologistas do Estado deSão Paulo serve-se do presente instrumento paraacusar o recebimento da Revista do Farmacêuticonº 78. Agradecemos o envio e parabenizamos pelafeitura e conteúdo altamente informativo”.

DDDDDrrrrr. HENRIQUE MOTILINSKY. HENRIQUE MOTILINSKY. HENRIQUE MOTILINSKY. HENRIQUE MOTILINSKY. HENRIQUE MOTILINSKY(Pres idente SOESP)(Pres idente SOESP)(Pres idente SOESP)(Pres idente SOESP)(Pres idente SOESP)

DDDDDrrrrr. ROGÉRIO JOSÉ A. DE ARAÚJO. ROGÉRIO JOSÉ A. DE ARAÚJO. ROGÉRIO JOSÉ A. DE ARAÚJO. ROGÉRIO JOSÉ A. DE ARAÚJO. ROGÉRIO JOSÉ A. DE ARAÚJO(Secretár io Gera l SOESP)(Secretár io Gera l SOESP)(Secretár io Gera l SOESP)(Secretár io Gera l SOESP)(Secretár io Gera l SOESP)

“Ao ler o artigo da página 38, edição nº 78, parabenizo-os por mais esta ação,divulgando aqueles que contribuem e comprometem o âmbito de atuação profis-sional e a saúde da população, visando a responsabilização pelos danos causa-dos com a comercialização indevida de produtos não correlatos em estabeleci-mentos farmacêuticos. Tenho, contudo, a acrescentar - uma vez que não foiabordado no texto - que o mais lamentável e inesperado, ainda que óbvio, são asliminares concedidas por juízes para a venda dos produtos, e não pelos legislado-res municipais apenas. Como ex-responsável por unidade de Vigilância SanitáriaMunicipal, tivemos que ‘engolir’ liminares concedidas para comercialização emvários estabelecimentos farmacêuticos por juízes, a meu ver totalmente equivoca-dos para não dizer irresponsáveis e desconhecedores da legislação sanitária, umavez que se apegam ao famoso ‘direito de livre comércio’. Seria muito oportunoabordar essa situação também e não apenas a dos legisladores municipais.Valeria ao menos como um alento para os fiscais sanitários que batalham paraque a legislação seja cumprida e, nessas situações, não podem fazer nada,ficando sujeitos a chacotas por parte dos proprietários de estabelecimentos (pas-mem, farmacêuticos), que ingressam na justiça para tal comercialização!!!”

AVAVAVAVAVANÍ REGINA GONÇALANÍ REGINA GONÇALANÍ REGINA GONÇALANÍ REGINA GONÇALANÍ REGINA GONÇALVES DIASVES DIASVES DIASVES DIASVES DIASf a r m a c ê u t i c af a r m a c ê u t i c af a r m a c ê u t i c af a r m a c ê u t i c af a r m a c ê u t i c a

O CRF-SP solicita à farmacêutica Re-O CRF-SP solicita à farmacêutica Re-O CRF-SP solicita à farmacêutica Re-O CRF-SP solicita à farmacêutica Re-O CRF-SP solicita à farmacêutica Re-gina Célia Raposo de Abreu, CRF 11.601,gina Célia Raposo de Abreu, CRF 11.601,gina Célia Raposo de Abreu, CRF 11.601,gina Célia Raposo de Abreu, CRF 11.601,gina Célia Raposo de Abreu, CRF 11.601,que atualize seus dados em nosso ca-que atualize seus dados em nosso ca-que atualize seus dados em nosso ca-que atualize seus dados em nosso ca-que atualize seus dados em nosso ca-dastro, junto à central de atendimentodastro, junto à central de atendimentodastro, junto à central de atendimentodastro, junto à central de atendimentodastro, junto à central de atendimentopelo telefone 3067-1450 ou pelo e-mailpelo telefone 3067-1450 ou pelo e-mailpelo telefone 3067-1450 ou pelo e-mailpelo telefone 3067-1450 ou pelo e-mailpelo telefone 3067-1450 ou pelo [email protected]@[email protected]@[email protected]. Se preferir. Se preferir. Se preferir. Se preferir. Se preferir, a, a, a, a, afarmacêutica pode procurar uma dasfarmacêutica pode procurar uma dasfarmacêutica pode procurar uma dasfarmacêutica pode procurar uma dasfarmacêutica pode procurar uma dasSeccionais do CRF-Seccionais do CRF-Seccionais do CRF-Seccionais do CRF-Seccionais do CRF-SPSPSPSPSP.....

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Farmacêuticos em Foco

Farmacêutica é nomeada diretora da Anvisa

Dra. Maria Cecília Martins Brito foi nomeada para a Diretoria Colegiada da Anvisae exercerá o cargo por três anos. Farmacêutica, ela tomou posse em 05 de janeiro,após ser aprovada por unanimidade pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

Membro da Câmara Técnica de Vigilância Sanitária do Conselho Nacional deSecretários de Saúde e superintendente de Vigilância Sanitária e Ambiental doEstado de Goiás, dra. Maria Cecília é pós-graduada em Saúde Pública, pela Univer-sidade Estadual de Ribeirão Preto, e atua na área de saúde há mais de vinte anos.

Dirceu Raposo de Mello, Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques, Victor HugoCosta Travassos da Rosa e Franklin Rubinstein completam a Diretoria Colegiadada Anvisa. Dra. Maria Cecília Martins:

mais uma farmacêutica na Anvisa

Dr. Vanilton passa a integrar o Conselho da ADJ

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Book

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Parceria entre CRF-SP e ADJ

O integrante da Comissão de Farmáciado CRF-SP, dr. José Vanilton de Almeida, foiconvidado, em novembro, a participar do Con-selho Consultivo Multiprofissional da Associa-ção de Diabetes Juvenil (ADJ). O farmacêuti-co foi um dos organizadores da Campanha dePrevenção e Orientação sobre Diabetes, reali-zada durante o XIV Congresso Paulista de Far-macêuticos, em parceria com a ADJ. O convi-te não apenas reforça a aliança entre as duasentidades como reafirma a posição da cate-goria farmacêutica na equipe multiprofissionalde atendimento ao diabetes.

Anvis

a

Homenagem à reitora da USP

A recém-eleita reitora da Universidade de São Paulo, a farmacêutica Suely Vilela, foihomenageada com a Comenda ao Mérito Farmacêutico, no último dia 19 de janeiro, emBrasília. A medalha oferecida pelo Conselho Federal de Farmácia, é entregue anualmen-te a um profissional de cada Estado que se destaca pelos serviços prestados. Dra. Suelyrecebeu a homenagem das mãos da secretária-geral do CRF-SP, dra. Hellen HarumiMiyamoto, e do conselheiro federal dr. Ely Saranz Camargo.

Também foram homenageados, o Ministro da Saúde, Saraiva Felipe e o presidentedo CFF, Jaldo dos Santos, pelos seus mais de 50 anos como farmacêutico.

O evento, realizado no Memorial JK em Brasília, contou com a presença de repre-sentantes de Conselhos regionais de todo o País.

Dra. Suely Vilela (centro), homenageada com a Comenda ao Mérito Farmacêutico

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Curtas e Boas

Um estudo publicado no jornal Neurosciencesugere que o chá verde ajuda a proteger os neurôniosdo avanço do mal de Alzheimer, enfermidade queleva à demência. A pesquisa com animais, mostrouque um composto presente na bebida retarda aprogressão da doença.

Já um trabalho publicado na revista científica“Lancet” afirma que pessoas de meia idade que

fazem exercícios por meia hora, pelo menos duas vezes por semana, podem reduzir pela metadeo risco de desenvolver o mal. Cientistas suecos envolvidos na pesquisa afirmam que há muitasrazões que explicam a influência dos exercícios sobre a mente e o corpo. Além de manterpequenos vasos sangüíneos do cérebro saudáveis, eles protegem contra pressão alta e diabe-tes. A atividade física também pode reduzir a concentração da proteína amilóide, que se acumu-la no cérebro de pessoas com Alzheimer.Fonte: IstoÉ / BOL

Efeitos da Aids no cérebro

Esquistossomose

Pesquisadores da Universidade deFranca e da Universidade de São Paulo(USP) podem estar próximos da cura paraa esquistossomose, doença que atingemais de 200 milhões de pessoas no mun-do, e de 6 a 10 milhões no Brasil. Eles des-cobriram uma substância extraída da pi-menta asiática que conseguiu eliminar adoença em animais infectados. A equipe,comandada pelo farmacêutico Márcio LuísAndrade e Silva, estuda a cubebina há seteanos e depositou a patente do produto noInstituto Nacional de Propriedade Intelec-tual (Inpi).

Enquanto os medicamentos atualmen-te existentes têm efeito apenas nas for-mas adultas do Schistosoma mansoni,acredita-se que a substância recém des-coberta atue nas formas intermediárias doparasita. Assim, a nova droga poderá serusada não só no tratamento como tam-bém na profilaxia da doença.

Uma outra pesquisa do Trinity CollegeDublin, da Irlanda, descobriu que o vermecausador da esquistossomose libera umamolécula com fortes característicasantiinflamatórias. Assim sendo, seus ovospoderiam ser a chave para o tratamentode problemas inflamatórios e auto-imunes,como doenças pulmonares e psoríase.Fonte: O Estado de S. Paulo / Globo On-line

Prevenindo o Alzheimer

Cientistas da Universidadeda Califórnia (UCLA) e da Uni-versidade de Pittsburgh desco-briram que o cérebro é bem maisvulnerável ao vírus HIV do queoutras partes do corpo, mesmoentre os doentes que seguemuma terapia medicamentosa.

Os remédios usados comsucesso para conter o avançoda Aids no corpo humano sãoimpotentes para freá-lo no cére-

bro, onde o vírus ataca zonas da atividade motora, lin-guagem e sentidos. O estudo foi divulgado no periódicoamericano “Proceedings of the National Academy ofSciences”.

De acordo com os especialistas, os pacientes comAids sofrem, freqüentemente, a perda de vocabulário,problemas de julgamento e dificuldades para se organi-zar. Os casos mais graves levam à perda de memória e auma demência comparável à provocada pelo mal deAlzheimer.Fonte: Agência Aids

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Antibiótico prejudica o sorriso

Crianças tratadas com o antibiótico amoxicilina correm maisrisco de ter problemas dentários durante a vida, indica um estu-do da Universidade de Iowa, publicado no Archives of Pediatricsand Adolescent Medicine.

De acordo com os pesquisadores, a droga parece estar ligadaà danificação permanente dos dentes, que podem ir de sutispontos brancos a pequenas cavidades e manchas marrons.

A amoxicilina é um dos antibióticos mais utilizados emcrianças, para combater problemas como infecções de ouvi-do. Descobriu-se que o uso desse medicamento por um perío-do de três a seis meses dobrava o risco de fluorose dental(envenenamento por flúor).Fonte: Folha Online

Benefício doGinseng

Segundo estudo publicado no boletimda Associação Médica Canadense, quemconsome ginseng diariamente tem menoschances de ficar resfriado. O extrato dessaplanta, de origem coreana, demonstrou efi-cácia na hora de reduzir tanto a gravidadedos sintomas, como a duração da doença.

Os constituintes ativos do ginseng me-lhoram o sistema imunológico ao estimulara produção de imunoglobulina, substânciaem que se aderem as substâncias estra-nhas como as bactérias, quando penetramno organismo.

Experimento realizado na Faculdade deMedicina Veterinária da Universidade de SãoPaulo, por sua vez, sugere que o extrato doginseng brasileiro (Pfaffia paniculata) podeatuar na prevenção e no combate ao cân-cer, diminuindo o crescimento de linhagenstumorais de células mamárias humanas. Noentanto, ainda é necessário estudar o efeitosobre as células normais.Fonte: JB On-line / Folha de S. Paulo

S u b s t â n -cias usadas pe-los anfíbios pa-ra se defenderde vírus e bac-térias mostra-ram-se eficien-tes para des-truir o vírus HIV. A substância foi testadaem cultura de células por pesquisadoresamericanos. O trabalho foi publicado naedição de outubro do Journal of Virology.Fonte: IstoÉ

O remédio do sapo

Antidepressivo e congênitos

O uso do antidepressivo Paxil durantea gravidez pode estar relacionado a umamaior incidência de defeitos congênitosem recém-nascidos. A informação foi pres-tada pela FDA, órgão que regulamenta efiscaliza drogas e alimentos nos EstadosUnidos. Um estudo encontrou maior nú-mero de crianças nascidas com defeitoscongênitos em mulheres que tomaramPaxil no primeiro trimestre de gestação,

em compara-ção a outrasque usaramdrogas seme-lhantes, afir-mou a FDA. De acordo com a fabricanteGlaxo Smith Kline, o risco vai constar nabula do remédio. Defeitos no coração es-tão na lista dos problemas detectados.Fonte: Folha de Londrina

Café contra hipertensão

Beber café diariamente pode diminuir o risco de hipertensão,aponta um estudo realizado por um grupo de médicos da Univer-sidade de Keio, no Japão. Segundo os cientistas, o ácidoclorogênico, tipo de polifenol presente no café, tem efeito dilatadornos vasos sangüíneos. No entanto, eles advertem que o consu-mo exagerado de cafeína pode provocar perturbações no siste-ma vascular cerebral em pessoas idosas e excesso de acidezestomacal.Fonte: Jornal do Comércio - RJ

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Esfera

m dezembro, o CRF-SP promoveu, em parceria com o CVS-SPe a Anvisa, a terceira Oficina de Farmácias Notificadoras doEstado de São Paulo. O evento, promovido no auditório da

Universidade São Judas Tadeu, contou com a presença de 75 pessoas ecapacitou mais 33 estabelecimentos para receber notificações.

Participaram da mesa de abertura a presidente do CRF-SP, dra. RaquelRizzi Grecchi, a diretora técnica do CVS-SP, dra. Iara Alves Camargo e, repre-sentando a Anvisa, dra. Carolina Penido. Também compareceram ao evento opresidente da Anvisa, dr. Dirceu Raposo de Mello, o diretor técnico do Núcleode Farmacovigilância do CVS-SP, dr. Marcos Mendes, o farmacêutico respon-sável pelo programa de Farmácias Notificadoras do CVS-SP, dr. Sérgio Mengardoe o palestrante dr. Rodinei Vieira Veloso.

Balanço positivoO projeto, que teve início em fevereiro de 2005, chega ao fim de seu primeiro

ano com 126 estabelecimentos inscritos e uma meta ambiciosa. “Pretendemosalcançar o número de mil farmácias ao final do próximo ano. Para isso, vamosintensificar as capacitações a partir de fevereiro e levá-las também para o interiordo Estado, por meio das Seccionais do CRF-SP”, afirma dra. Iara.

A diretora do CVS-SP ressalta, ainda, a importância de sensibilizar os demaisconselhos profissionais de saúde. “O CRF-SP tem conseguido de forma brilhante recrutaros farmacêuticos para a capacitação, mas é importante estender a iniciativa para asdemais categorias. Além do médico e do farmacêutico, é importante que todos osprofissionais de saúde estejam atentos às reações adversas dos medicamentos”.

Para dr. Sérgio Mengardo, o saldo deste primeiro ano é muito positivo.“Podemos perceber que a qualidade das notificações melhora a cada novacapacitação. Cerca de 70% delas se referem a desvios de qualidade dosmedicamentos, o que já era esperado, mas também foram notificadas algu-mas reações adversas não esperadas”.

Dr. Marcos Mendes explica que além das capacitações já agendadas para2006, também serão realizadas palestras para estudantes de farmácia e medici-na. “O intuito é mostrar para os futuros profissionais a importância da farmacovigilânciapara a sociedade”.

AMPLIAÇÃO DO PROGRAMA DE

FarmáciasProjeto recebereconhecimento da OMS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitá-ria participou de dois encontros promovidospelo Conselho das Organizações Internacio-nais de Ciências Médicas e pela OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS), em Genebra (Suí-ça). Os convites para participações nos en-contros refletem o reconhecimento interna-cional ao projeto brasileiro que vem sendodesenvolvido na área de farmacovigilância daAnvisa. “Para nós do CRF-SP, que apostamosno projeto desde o início, o reconhecimento éuma motivação a mais para incentivarmos aparticipação de um número maior de farmá-cias”, diz dra. Raquel.

E

Veja as diversas formas de enviar a notificação:•On-line:On-line:On-line:On-line:On-line: www.cvs.saude.sp.gov.br

•Fax:Fax:Fax:Fax:Fax: CRF-SP (11) 3064-8973 /CVS-SP (11) 3065-4744

•Correio:Correio:Correio:Correio:Correio: Rua Capote Valente, 487 - 1º andar –Jardim América, São Paulo – SP – Cep: 05409-001

•E-mailE-mailE-mailE-mailE-mail: [email protected] caso de dúvida, o farmacêuticoEm caso de dúvida, o farmacêuticoEm caso de dúvida, o farmacêuticoEm caso de dúvida, o farmacêuticoEm caso de dúvida, o farmacêutico

pode procurar os coordenadorespode procurar os coordenadorespode procurar os coordenadorespode procurar os coordenadorespode procurar os coordenadoresregionais ou fiscais do CRF-regionais ou fiscais do CRF-regionais ou fiscais do CRF-regionais ou fiscais do CRF-regionais ou fiscais do CRF-SPSPSPSPSP.....

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NotificadorasFique atento às datas das próximascapacitações:

• 13/02• 13/02• 13/02• 13/02• 13/02 - São Paulo (das 13h às 22h)

• 18/03• 18/03• 18/03• 18/03• 18/03 - Santa Fé do Sul (8h às 17h)

• 29/04• 29/04• 29/04• 29/04• 29/04 - Santos (8h às 17h)

• 06/05• 06/05• 06/05• 06/05• 06/05 - Presidente Prudente (8h às 17h)

• 27/05• 27/05• 27/05• 27/05• 27/05 - Bauru (8h às 17h)

• 24/06• 24/06• 24/06• 24/06• 24/06 - Campinas (8h às 17h)

• 08/07• 08/07• 08/07• 08/07• 08/07 - São José do Campos (8h às 17h)

• 19/08• 19/08• 19/08• 19/08• 19/08 - Ribeirão Preto (8h às 17h)

Qualquer farmacêutico pode participarQualquer farmacêutico pode participarQualquer farmacêutico pode participarQualquer farmacêutico pode participarQualquer farmacêutico pode participar, mesmo sem, mesmo sem, mesmo sem, mesmo sem, mesmo semestar vinculado a um estabelecimento. As inscriçõesestar vinculado a um estabelecimento. As inscriçõesestar vinculado a um estabelecimento. As inscriçõesestar vinculado a um estabelecimento. As inscriçõesestar vinculado a um estabelecimento. As inscriçõespodem ser feitas pelo telefone 3067-1493 ou pelopodem ser feitas pelo telefone 3067-1493 ou pelopodem ser feitas pelo telefone 3067-1493 ou pelopodem ser feitas pelo telefone 3067-1493 ou pelopodem ser feitas pelo telefone 3067-1493 ou pelo

e-mail: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]

Dra. Raquel Rizzi Grecchi Dr. Marcos Mendes

Dr. Sérgio Mengardo Dra. Iara Alves Camargo Dra. Carolina Penido

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Pharmacia

o período colonial, botica era onome dado ao local onde se dis-pensava drogas e medicamentos

à população, aos enfermos e até aos indigentes. Nestaépoca existiam boticas militares, comerciais e hospitala-res. Ou ainda, botica podia ser caracterizada como umacaixa de madeira ou de folha de frades que armazenavamedicamentos e drogas mais necessárias, podendo serfacilmente transportada e muito utilizada pelos curan-deiros ambulantes.

O primeiro boticário a pisar em terras brasileirastrazido pelo governo geral de Thomé de Souza foi Diogode Castro, com a função de oficial e com ordenado de 15$000 (quinze mil réis).

No ano de 1553, os jesuítas instituíram enfermarias e boticas em seus colégios. Em SãoPaulo, o padre José de Anchieta foi considerado o primeiro boticário, “Boticário de Piratininga”. Osjesuítas foram considerados os primeiros boticários da Nova Terra, e os colégios as primeirasboticas, sendo para uso privativo, mas acabaram atendendo o povo devido à desordem dasboticas públicas que eram entregues a práticos incompetentes, leigos que praticavam erros noaviamento das receitas e na substituição das drogas prescritas.

As boticas se multiplicaram de norte a sul, dirigidos por boticários aprovados em Coimbra pelofísico-mor do Reino, ou pelo delegado-comissário do Estado do Brasil. Esses boticários eram quaseanalfabetos, possuindo apenas o conhecimento da manipulação de medicamentos corriqueiros.Outros concorrentes das boticas legalizadas eram os cirurgiões-barbeiros que além das sangriasfaziam seu comerciozinho de remédios. Muitos boticários enriqueceram às custas de uns e outros.

O período marcante da Farmácia se deu após a independência, pois começaram a organizara profissão, que agora deveria ter boticários nomeados. Com isso, no ano de 1832, nos núcleosdas academias médico-cirúrgicas da Bahia e do Rio de Janeiro originaram-se as faculdades de

BREVE HISTÓRIA DA

farmácia

N

medicina. E houve a criação oficial do Cursode Farmácia, com duração de três anos erecebendo os diplomados o título de farma-cêutico.

Em 4 de abril de 1839, o GovernadorProvincial de Minas Gerais fundava em OuroPreto uma Escola de Farmácia, pioneirapara o ensino exclusivo da profissão far-macêutica no País. A segunda escola parao ensino autônomo de Farmácia originou-se em 1896, em Porto Alegre. Em seguida,no ano de 1889, foi criada a terceira escolaem São Paulo.

A quarta escola, que teve um papel im-portante para o desenvolvimento da Farmá-

Dr. Ely destaca a história da Farmácia

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cia, foi criada em 1912 em São Paulo, que foiconsiderada a primeira Universidade Brasilei-ra, USP. Nessa época, existiam seis farmá-cias em São Paulo: Botica ao Veado d’ Ouro,de Gustavo Schaumann; a de Antonio Joséde Oliveira; a de Joaquim Pires deAlbuquerque; a de Manuel Rodrigues Fon-seca Rosa; a de Julio Lehmann; e a de LuizMaria da Paixão. Em 1916, foi criada na capi-tal da República a Associação Brasileira deFarmacêuticos, que teve papel fundamentalna solução de problemas e atualmente épresidida pelo dr. Jorge Cavalcante. Em 20de janeiro, foi inaugurado o Museu “AntonioLago”, da Associação Brasileira de Farma-cêuticos, no Rio de Janeiro. O principalidealizador e favorecedor do museu foi Anto-nio Lago, que também foi fundador e diretorda Gazeta da Farmácia.

A Farmacopéia Nacional, denominadaFarmacopéia Paulista, apareceu como pio-neira no Estado Bandeirante, entrando emvigor, em 1917 no Estado de São Paulo. Po-rém, foi em 1926 que surgiu a primeira edi-ção da Farmacopéia Brasileira, ou Phar-macopéia dos Estados Unidos do Brasil, es-crita pelo farmacêutico Rodolpho Albino Diasda Silva. E no ano de 1929, com a declara-ção de uso, torna-se obrigatório e oficial ouso da Farmacopéia Brasileira.

Através da lei 3.820, de 11 de novembrode 1960, foram criados os conselhos Federal

e Regionais de Farmácia, “destinados a zelar

pela fiel observância dos princípios da ética e

da disciplina da classe que exercem atividades

profissionais farmacêuticas no País”. Dessaépoca para cá, pode-se observar que a profis-são teve um avanço lento no início, e hojedevido às lutas e conquistas da classe o profis-sional vem ocupando lugar de destaque nasociedade.

É conhecido que, em todas as regiões doEstado de São Paulo, associações, diretoriasregionais do Sinfar e outras entidades, traba-lham exaustivamente para um futuro cada vezmelhor. Desde a retomada do desenvolvimen-to da profissão, em 1992, pelo grupo NovoConselho, hoje “Participação e Democracia Far-macêutica”, o CRF-SP adotou uma marchasegura que, sem dúvida alguma, alterou osrumos da profissão farmacêutica.

Hoje, somos aproximadamente 30 mil far-macêuticos em São Paulo. Desse número,destacam-se colegas que ocupam cargos,nunca galgados por farmacêuticos, como, porexemplo, a farmacêutica Profa. Dra. Suely Vilelaque se tornou a primeira mulher e farmacêuti-ca a ocupar o cargo de Reitora da Universida-de de São Paulo, considerada a maior da Amé-

rica Latina, lembrando que a primeira mulher ase diplomar em Farmácia foi a dra. Maria LuizaTorrezão de Survilhe, formada em 1888 pelocurso de Farmácia da Faculdade de Medicinado Rio de Janeiro.

Outro colega em destaque é o dr. DirceuRaposo de Mello, atual presidente da AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que,pelo seu trabalho em três mandatos consecuti-vos no CRF-SP, vai trazer credibilidade e respeitopara Agência. Porém, é gostoso lembrar e citaros bons feitos, os avanços, mas é difícil organi-zar em pouco espaço, pois são muitos. Nessecontexto, aproveitamos para cumprimentar cadafarmacêutico que de uma forma ou de outracontribui para o engrandecimento da profissãonesse imenso e maravilhoso Brasil.

Tenho orgulho de ter sido escolhido, pelamaioria, para representar a categoria do Estadode São Paulo no plenário do Conselho Federalde Farmácia e, assim aproveito para convidar oscolegas a trabalhar conosco, enviando suges-tões e críticas para que possamos ir cada vezmais longe na busca do ideal farmacêutico.

Farmacêutico, parabéns pelo seu dia !

*Ely Eduardo Saranz Camargo

no Brasil

* Ely Eduardo Saranz Camargo representa

São Paulo no Conselho Federal de Farmácia

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Personagem

ascida em uma das mais bonitas capitais brasileiras, arecifense dra. Gilda Almeida de Souza, tem estampadonos olhos o orgulho da infância, da família e, principalmen-

te, do trabalho desenvolvido desde que abraçou a profissão de farmacêutica.Hoje, aos 59 anos, dra. Gilda relembra da infância muito simples, mas rica

em aprendizado. Foi a convivência com avós, bisavós, pais e seis irmãos queproporcionou a ela a força e determinação que carrega por toda a vida. Equando o assunto é família, dra. Gilda esbanja carinho. “Minha infância foi amelhor que uma criança poderia ter tido. Nosso espírito de solidariedade eramuito forte, as lembranças dessa época são todas relacionadas à afetividade.Compartilhávamos tudo, éramos muito unidos. Lembro com saudade das pes-carias com o meu pai, aprendi a nadar em alto mar com apenas quatro anos”.

Apesar do pai médico, dra. Gilda diz que não teve influência de ninguémpara optar pela área da saúde. A experiência vinda das participações demovimentos pré-universitários fez com que ela percebesse que Farmácia erauma área que unia as questões políticas e técnicas. “Minha atuação comomilitante me fez perceber que ser farmacêutica era importante, porque a pro-fissão englobava a saúde da população e também tinha relevância no pontode vista estratégico”.

Engajamento políticoA paixão pela militância política foi herança do pai. Oficialmente, dra. Gilda

milita em partidos desde 1968, mas mesmo antes de entrar na universidadejá se envolvia com questões sociais por meio do movimento estudantil. “Nun-ca fui excelente aluna, mas fui uma ótima militante, sempre em favor dosinteresses dos estudantes. Comecei lutando por vagas nas universidades pú-blicas, depois no centro acadêmico e também contra a ditadura”.

ENGAJAMENTO, CORAGEM E

Raio-XCor:Cor:Cor:Cor:Cor: VermelhoEsporte:Esporte:Esporte:Esporte:Esporte: NataçãoPrato preferido:Prato preferido:Prato preferido:Prato preferido:Prato preferido: Peixe e camarãoUm lugar:Um lugar:Um lugar:Um lugar:Um lugar: NatalUm livro:Um livro:Um livro:Um livro:Um livro: “Subterrâneo da Liberdade”, de Jorge AmadoUm filmeUm filmeUm filmeUm filmeUm filme: “Olga”Uma personalidade:Uma personalidade:Uma personalidade:Uma personalidade:Uma personalidade: Fidel Castro

determinação

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São adjetivos quedefinem apersonalidade e avida dessafarmacêutica quenunca mediuesforços paralutar pormelhorias emqualquer área

Depois de formada na Universidade Federalde Pernambuco, dra. Gilda veio para São Paulofazer uma especialização. Prestou um concursopara trabalhar no Instituto Butantan como es-tagiária e conseguiu o primeiro emprego. Após30 anos, lá está ela até hoje como pesquisado-ra. Nesse período, entrou para Associação dosFuncionários Públicos do Instituto Butantan, ecomo não poderia deixar de ser, travou lutas emfavor dos funcionários por melhores salários e aconstrução de uma creche.

Em 1986, assumiu a presidência do Sin-dicato dos Farmacêuticos do Estado de SãoPaulo. Durante uma das três gestões noSinfar, foi eleita presidente da FederaçãoNacional dos Farmacêuticos, o que contribuiupara a unificação das entidades e dos inte-resses em favor da categoria em todo o País.

Atualmente como diretora do Sinfar, dra.Gilda dedica grande parte de sua rotina àsatividades como Secretária de Políticas So-ciais da CUT Nacional, onde está desde 1997.Desenvolve projetos anti-racismo, contra otrabalho infantil, violência e em benefício dosportadores de deficiência.

Toda a dedicação e trabalho em favor nãosó da categoria farmacêutica, mas de todosos cidadãos do País, trouxeram um grandeenriquecimento para a vida dela. “É uma viade mão dupla, os afazeres no Sindicato meauxiliam no amadurecimento político, ao mes-mo tempo que me sinto útil à categoria”.

Vida pessoalDivorciada e mãe de dois filhos já casa-

dos, dra. Gilda reserva um tempo, na vidacorrida que leva, para a diversão. Nos mo-mentos de lazer, ela prioriza as conversascom os amigos, o contato com os filhos,leituras e principalmente a paixão pela mú-sica. Apaixonada por Chico Buarque, elatambém não poupa elogios a Cartola eAdoniran Barbosa.

A farmacêutica não dispensa uma praia.Amante incondicional do mar, ela já avisoua todos que quando morrer quer ter as suascinzas jogadas no mar da sua terra natal.

Um dos defeitos que ela acredita ter éa dificuldade de falar em público. Já quan-do se fala em qualidades, define-se comouma pessoa normal, mas os que estão pró-ximos asseguram que é uma mulher abne-gada, companheira, determinada e extre-mamente dedicada aos filhos, aos amigose ao partido.

Daqui para frente...Fazer planos não é bem o ponto forte

dessa farmacêutica. “A vida é muito dinâmi-ca, tudo muda a toda hora. Apesar de já estarquase me aposentando, não vou ficar para-da. Não podemos perder a perspectiva, sem-pre é tempo de voltar a atuar na profissão.Minha vida de militante nunca vai terminar”.

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ntre outras definições, éticaprofissional é o conjunto deprincípios morais que devem

ser observados no exercício de uma profissão.O trabalho das Comissões de Ética do

CRF-SP vem sendo disseminado por todo oEstado para conscientizar o farmacêutico so-bre seu papel como responsável peladispensação de quaisquer medicamentos es-senciais para a garantia da saúde do usuário.Outra preocupação das Comissões é incenti-

UMA QUESTÃO DEéticavar o profissional a colaborar com o seu Conselho, participando das diversas Comissões Asses-soras, das Comissões de Ética e das Seccionais.

De acordo com dr. Marcos Nascimento, membro da Comissão de Ética de São Paulo, osfarmacêuticos não só têm o direito de participar das decisões que envolvem a profissão, comotambém a obrigação de ajudar na condução dos problemas relacionados a ela, inclusive a dedenunciar atitudes que ferem a ética profissional. “Queremos uma profissão reconhecida porseus serviços de alto gabarito técnico e absoluto primor ético e, para isso temos os ConselhosRegionais atuando na regulamentação, na fiscalização e na orientação. Somos responsáveispela situação atual e pelo futuro da nossa profissão”.

É importante que o farmacêutico conheça o funcionamento do CRF-SP, foro em que asquestões técnicas, administrativas, políticas e sociais, estão sempre em pauta nas reuniões

das diversas Comissões, Diretoria e Plenária.Dr. Marcos diz que o próprio profissional farmacêutico pode ajudar

a melhorar a imagem da profissão, coibindo ou denunciando atoslesivos à ética e à técnica farmacêutica. “Não há nenhum constran-gimento em denunciar atos ilícitos ao órgão regulamentador da clas-se. Agindo assim, o profissional defende o bom nome da profissão etem a oportunidade de orientar e corrigir um colega que atua demaneira dissonante da maioria da categoria e em desacordo com oque seja o mais apropriado para o paciente”.

Como principal responsável pelo crescimento da categoria, o farma-cêutico deve priorizar o paciente em qualquer situação. Independente daárea em que atuar, o profissional deve desenvolver o seu trabalho basea-do nas necessidades da população e na promoção da saúde.

Para dr. Adalberto Alexandrino Leite, membro da Comissão de Éticado CRF-SP de Bragança Paulista e região, o farmacêutico deve somaresforços na busca por uma sociedade mais saudável, trabalhando emconjunto com outros profissionais e exercendo sua profissão de formahonesta, sem tentativas furtivas de ludibriar seus clientes ou se pro-mover financeiramente diante de pessoas pouco informadas.

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Mais informações sobre como participar dasMais informações sobre como participar dasMais informações sobre como participar dasMais informações sobre como participar dasMais informações sobre como participar dasComissões do CRF-SP pelos e-mails:Comissões do CRF-SP pelos e-mails:Comissões do CRF-SP pelos e-mails:Comissões do CRF-SP pelos e-mails:Comissões do CRF-SP pelos e-mails:

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Ética

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AFAG SE TORNA

A partir do sonho de um farmacêutico engajado,Guarulhos ganhou uma Associaçãoque trabalha em defesa da categoria

om um pouco mais detrês meses de existên-cia, a Associação dos

Farmacêuticos e Acadêmicos de Guarulhos,a AFAG, já é uma referência aos profissio-nais de Guarulhos e região. Por se localizardentro da Seccional do CRF-SP, que por suavez está situada no campus da Universida-de Guarulhos, a Associação é uma impor-tante fonte de informação e um canal aber-to para a troca de experiências entre profis-sionais e alunos.

realidade

Fábio Cristiano Garcia, presidente da AFAG

Entidades

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A AFAG dará todo suporte aos profissio-nais e acadêmicos de Guarulhos e região pormeio de cursos de aperfeiçoamento, pales-tras, grupos de discussão, mesas redondas eoutras atividades relacionadas ao âmbito far-macêutico.

Sempre engajado em questões que en-volvem o aprimoramento da categoria, dr.Fábio Cristiano Garcia, presidente da AFAG,desde 2003 sonhava em fundar uma asso-ciação de farmacêuticos. “Meu sonho só seconcretizou depois que eu encontrei pessoasque realmente tiveram disposição de levar esteprojeto à frente com seriedade e profis-sionalismo. Recebi apoio de entidades comoo CRF-SP e o Sinfar”.

A exemplo do CRF-SP, que define suasatividades a partir do apoio de comissões es-pecíficas nas diversas áreas, a AFAG manteráuma linha de atuação voltada para o enri-quecimento do profissional farmacêutico, pro-movendo fóruns formados por colegas expe-rientes dos mais diferentes segmentos. “Otrabalho começará com as áreas de Indústria,

Farmácia e Drogaria, Análises Clínicas eToxicológicas, Distribuidoras e Transportado-ras. Também pretendemos estabelecer con-vênios e parcerias com entidades e institui-ções relacionadas à saúde que possam be-neficiar os associados”.

O incentivo ao desenvolvimento das Ciên-cias Farmacêuticas, por meio de patrocínios deeventos sócio-culturais e esportivos e a defe-sa dos interesses da classe, também integramas propostas da AFAG para reivindicação dosdireitos, o que inclui um piso salarial mais justoe o conseqüente fortalecimento da categoria.

Dr. Fábio ressalta que é fundamental ocomprometimento dos profissionais para a ca-minhada rumo ao crescimento da categoriae união da classe farmacêutica. “Precisa-mos do envolvimento dos associados, poissó assim criaremos forças para enfrentaros obstáculos e nos tornar uma categoriareconhecida e valorizada”.

Os farmacêuticos ou estudantes que qui-serem se associar à AFAG podem entrar emcontato pelo e-mail [email protected].

Diretoria da AFAG

Presidente:Dr. Fábio Cristiano Garcia, farmacêuticocom experiência nas áreas Hospitalar, deTransporte e Drogaria;

Vice-presidente:Dr. Gerald Saraiva, farmacêutico comexperiência na área de Educação, éatualmente coordenador da Seccionaldo CRF-SP de Guarulhos e mestrandona USP;

1º Secretário:Dr. Eduardo Kinio Sugawara, farmacêu-tico com experiência nas áreas deToxicologia, Pesquisa Clínica e Indústria,é mestrando na UNIFESP;

2º Secretária:Dra. Luciane Maria Ribeiro Neto, farma-cêutica com experiência em Toxicologia,Pesquisa Clínica e Educação, professoraadjunta visitante na UNIFESP, membroda Comissão de Análises Clínicas eToxicológicas do CRF-SP;

1º Tesoureiro:Dr. Robson Alexandre Brochetti, farma-cêutico com experiência em drogaria eassessoria ética;

2º Tesoureiro:Dr. Anderson Uyemura, farmacêuticocom experiência em comércio varejista(drogaria).

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ais uma vitória a favor dofarmacêutico e da segu-rança da população. O

Superior Tribunal de Justiça, STJ, nos autos doRecurso Especial nº 769.224, tendo por relatoraa ministra Eliana Calmon, apreciou a matériasobre assunção de responsabilidade técnica portécnicos de Farmácia em farmácias e drogarias,e se manifestou favoravelmente ao CRF-SP, ne-gando o provimento ao Recurso interposto por

GANHA CAUSA NO STJFernando Barreto e Companhia Ltda.

Segundo voto da ministra relatora, os téc-nicos de Farmácia não podem assumir a res-ponsabilidade técnica por farmácia ou drogaria,salvo nas hipóteses em que se configure o inte-resse público, de acordo com o artigo 28 doDecreto 74.170/74.

A decisão foi unânime entre os ministros JoãoOtavio de Noronha, Castro Meira e FranciscoPeçanha Martins, que participaram do julgamento.

Essa mesma deliberação tomada pelo STJjá havia sido proferida em 2004 a favor do CRF-MG, no julgamento do Recurso Especial, RESPnº 543.889, que teve como relator o ministroJoão Otávio de Noronha.

A necessidade da presença de um profissio-nal de Farmácia em estabelecimentos de saúdeé o principal argumento do Departamento Jurídi-co, e vem garantindo a vitória do CRF-SP nosdiversos processos movidos contra o Conselho.

MCRF-SP

Jurídico

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reciclagemesde o último dia 16 de janeiro, os funcionários da sedee das 22 Seccionais do CRF-SP estão participando daCampanha Não Hesite, Recicle!, uma iniciativa do De-

partamento de Recursos Humanos para a reciclagem de papel, papelão,metal e plástico, que antes eram descartados como lixo. Para isso, cestosde coleta seletiva, foram instalados em todos os andares da sede, facili-tando assim o engajamento de todos na Campanha.

É NOVO PROJETO DO CRF-SP

CAMPANHA DE

A ação é inédita no CRF-SP e pretende conscientizar os funcionáriose visitantes sobre a importância do reaproveitamento do material que édescartado todos os dias. Em apenas uma semana foram reciclados 90kg de papel, papelão e plástico. A expectativa dos idealizadores da Cam-panha é que esse número supere a marca dos 200 kg semanais.

Para dr. Pedro Menegasso, diretor-tesoureiro do CRF-SP, o investi-mento nesse tipo de ação contribui para a qualidade de vida da popula-ção. “Os maiores beneficiados por essa Campanha são o meio-ambientee a saúde da população, já que a reciclagem reduz a utilização dos aterrossanitários. Nós, como entidade que zela pela saúde temos que colaborarpara que os altos índices de materiais desperdiçados diminuam”.

Só no Brasil são produzidas 240 mil toneladas por dia. O mais impres-sionante é que 35% desse total poderiam ser reciclados ou reutilizados, eoutros 35%, transformados em adubo orgânico. Mas o que acontece narealidade é que apenas 2% do lixo é reaproveitado.

Apesar de ser uma Campanha interna, todos os farmacêuticos efreqüentadores do CRF-SP podem contribuir com a doação de materialpróprio para ser reaproveitado, basta procurar qualquer posto de coletadistribuído pelos andares do CRF-SP.

Algumas curiosidades sobre a reciclagem:

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• Cada 50 kg de papel usado,transformado em papel novo, evitaque uma árvore seja cortada;• Cada 50 kg de alumínio usado ereciclado, evita que sejam extraídosdo solo cerca de 5.000 kg deminério, a bauxita;• Além da economia de energia ematérias-primas, podemos diminuira poluição do ar, da água e do solo;• Uma lata de alumínio ou garrafa

plástica pode demorar até 100anos para ser absorvida pelo meio-ambiente;• Os países industrializados são osque mais produzem lixo e tambémos que mais reciclam. O Japãoreutiliza 50% do seu lixo sólido;• Em torno de 88% do lixo domésti-co brasileiro vai para o aterro sanitá-rio. A fermentação gera dois produ-tos: o chorume e o gás metano.

Prestando Contas

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Acontece no Interior

Farmacêutica centenáriaNo dia 12 de dezembro de 2005, a farmacêutica Maria das Dores Ornellas Rosa

completou 100 anos de vida e mais um capítulo de uma história de dedicação àprofissão farmacêutica. A data foi comemorada em um almoço de confraterniza-ção, que reuniu amigos e parentes de diversas partes do País, na cidade de Avaré.

Nascida em 1905, no município de Itaí, interior de São Paulo, dra. Maria dasDores formou-se farmacêutica pela antiga Escola de Pharmacia e Odontologia deItapetininga, em 1936. Embora tenha optado pelo curso meio por acaso, porque naépoca trabalhava na secretaria da escola, atuou durante 65 anos ininterruptosmanipulando fórmulas e aviando receitas, profissão que, segundo ela, sempredesempenhou com muito prazer.

No decorrer de sua longa carreira, trabalhou em diversas farmácias nos esta-dos do Paraná e São Paulo até radicar-se em Avaré, no início dos anos 40. Traba-lhou também na empresa de Cosméticos Maru Ltda, na capital paulista.

Quando se aposentou em 2000, dra. Maria das Dores sentiu muita faltado trabalho, conta sua sobrinha Vera Villaça. “Hoje, com 100 anos, continuamuito ativa e com uma cabeça excelente. Cozinha, faz crochê, assiste a jogosde futebol na tevê e lê muito... tudo sem óculos!”.

Embora nunca tenha se casado, foi a “mãezona” querida para muitossobrinhos. Corinthianaroxa, como faz questãode ressaltar, “tia Dasdo-res” é um exemplo deamor à vida para fami-liares e amigos, “umabatalhadora incansável”,define Vera.

Reunião Regionalizada de SantosEm 10 de dezembro, a Seccional de Santos sediou a últi-

ma reunião regionalizada de 2005, com as presenças dos coor-denadores de Campinas, São João da Boa Vista, Guarulhos,Santos, São José do Rio Preto, Marília, Bragança Paulista eMogi das Cruzes. Durante o encontro, os participantes defini-ram o I Encontro das Associações de Farmacêuticos de San-tos, que será realizado em 23 de março, com o objetivo defortalecer a categoria da Baixada Santista e integrar os repre-sentantes do CRF-SP, do Sindicato dos Farmacêuticos do Es-tado de São Paulo (Sinfar-SP) e das Associações dos Farma-cêuticos de todo o Estado.

Jundiaí promove extensão da Campanhade Diabetes

A Seccional de Jundiaí, em parceria com a rede desupermercados Carrefour, promoveu no dia 19 de no-vembro, uma extensão da Campanha de Prevenção eOrientação sobre Diabetes. Realizado durante toda amanhã no espaço cedido pelo supermercado, o eventocontou com a participação de diversos farmacêuticosque, além de orientar a população realizaram testes deglicemia. A avaliação do coordenador da Seccional, dr.Luiz Roberto Del Porto é de que aproximadamente 250pessoas foram atendidas.

Dra. Maria das Dores Ornelas, umexemplo de amor à vida

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Seccionais sob nova coordenaçãoAlgumas Seccionais começam o ano de 2006 sob novocomando. Veja a lista atualizada de coordenadores e vices:

Primeira reunião de coordenadoresregionais de 2006

No último dia 21 de janeiro, a presidente, dra. RaquelRizzi Grecchi, e a secretária-geral, dra. Hellen HarumiMiyamoto, dirigiram a primeira reunião do ano com os coor-denadores regionais. Durante o encontro, dra. Raquel apre-sentou os novos coordenadores e definiu as diretrizes dostrabalhos para 2006.

A secretária-geral detalhou a proposta dos EncontrosRegionais e destacou a importância da participação dos far-macêuticos. “Esta é uma grande mobilização da categoria eos coordenadores terão papel fundamental para o sucessoda iniciativa, pois estamos falando da identificação das priori-dades do profissional. Nossa meta é reunir o maior númeropossível de farmacêuticos em cada uma das cidades”, ava-liou dra. Hellen.

No encontro, também foram definidas as atividades doPlano de Ação 2006 dos coordenadores, a programação parao encontro do CRF-SP com as associações de todo o Estado,e o projeto Farmácias Notificadoras. Além dos coordenado-res, participaram da reunião, os fiscais do Estado e a DiretoriaExecutiva do CRF-SP.

Dra. Raquel definiu asdiretrizes de trabalho para os

mais de 60 participantes

CIDADE COORDENADOR E VICE-COORDENADOR

Araçatuba Marco Aurélio P. Santana

Araraquara Márcia Regina T. MagananiCristiane Feriato da Silva

Barretos Luciane Pereira / Claudia Aparecida Soares Garcia

Bauru Fábio S. Manfrinato/Fábio Henrique Valentim

Bragança Paulista Rodinei V. Veloso/Silmara Serinoli Rodrigues

Campinas Arnaldo Alves de LimaLeonel Francisco de Almeida Leite

Fernandópolis Reges Evandro T. Barreto/Rosana M. Kagesawa

Franca Wilson Rigoni da Silva/Remerson de P. Andrade

Guarulhos Gerald Saraiva Silva/Andréia Francisca R. Teren

Jundiaí Luiz Roberto Del Porto/Janaina Cassaniga

Marília Priscila Nogueira Camacho Dejuste

Mogi das Cruzes Priscila Vautier Bertacini

Piracicaba Alexssandra Belote RodriguesAndré Candido de Souza

Presidente Prudente Cecília Leico S. Saito/Sandra Helena A. Rezende

Registro Glicério Diniz Maia/Juliano Christian C. Branco

Ribeirão Preto Kleber Fernando Ferreira

Santos Maria Fernanda Barreto P. PedrosoMaria Cristina Ramirez

Santo André Márcio de Souza Garcia

São João da Boa Vista Antonio Geraldo R. dos Santos JrAlisson Rogério Marques

São José do Rio Preto Maria Luiza Rodrigues/Edivaldo F. Mariano

Sorocaba Maria Aparecida MarczynskiCleyton Eduardo Silva

Visa e CRF-SP interditam drogarias em TupãDois estabelecimentos farmacêuticos, localizados no centro da

cidade de Tupã, foram interditados em uma ação conjunta entre afiscalização do CRF-SP e a Vigilância Sanitária local. Ambos esta-vam em situação irregular e já haviam sido notificados. Um delesnão possuía responsável técnico há mais de um ano, e o outrodesde julho de 2005. Mais um exemplo de que a parceria é a melhoralternativa para o sucesso das ações em defesa da saúde pública.

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Agenda

SBRAFH EM NOVO ENDEREÇODesde o último dia 13 de dezembro, a Sociedade Brasileira de Farmácia

Hospitalar (SBRAFH) está funcionando na rua Vergueiro, 1.855, 12º andar, naVila Mariana, em São Paulo. Com cerca de 1.400 associados, a SBRAFH éuma entidade representativa dos farmacêuticos que atuam no segmentohospitalar em todo o País. O telefone da nova sede é (11) 5083-4297. Outrasinformações podem ser obtidas no site www.sbrafh.org.br.

TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ANÁLISES CLÍNICASA Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) está com inscrições

abertas para a realização do concurso para o Título de Especialista em Análi-ses Clínicas (TEAC). Podem participar farmacêuticos-bioquímicos, médicos ebiomédicos que exerçam Análises Clínicas, e que sejam legalmente habilita-dos para assumir a responsabilidade técnica por Laboratórios Clínicos, deacordo com a legislação federal vigente no País. O recebimento das fichas deinscrição para o Concurso do TEAC vai até o dia 15/05/2006. Outras informa-ções no site www.sbac.org.br.

ESPECIALISTA EM FARMÁCIA HOMEOPÁTICAA Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas (ABFH) está realizando inscrições para o Exame de Título de Especialista em Farmácia Homeopática

(TEFH) para os seus membros efetivos. As inscrições ficam abertas até 27 de fevereiro e o exame será realizado em 08 de abril. Mais informações no sitewww.abfh.com.br.

PARTICIPAÇÃO DOS FARMACÊUTICOSA nova diretoria do CRF-SP convida todos os farmacêuticos do

Estado de São Paulo a participarem dos Encontros Regionais, no interiore capital. As reuniões acontecerão entre os dias 11 de fevereiro e 18 demarço em todas 22 cidades onde o CRF-SP possui Seccional. O resul-tado do trabalho servirá de base para a elaboração do Plano de Gestão2006/2007 da nova diretoria.

“Esses encontros funcionarão como um fórum de discussão sobreas reivindicações da categoria, e a presença dos farmacêuticos seráfundamental para garantir a democratização e o sucesso das nossasações. Queremos construir nosso planejamento a partir dos ‘olhos dosfarmacêuticos’”, comentou dra. Raquel Rizzi Grecchi.

Os farmacêuticos podem obter informações sobre os locais dosEncontros por e-mail, [email protected] , telefone, (11) 3067-1468,ou nas Seccionais.

Participe!

Livros

FARMÁCIA HOSPITALAR -UM ENFOQUE EM SISTEMASDE SAÚDE

De autoriade Míriam EliasCavallini e Mar-celo PolacowBisson, a obraaborda a reali-dade hospita-lar, ressaltandopontos funda-

mentais para os farmacêuticos hos-pitalares e para os profissionais queatuam na área de saúde. Abordandouma problemática atual, baseada noAtendimento Gerenciado à Saúde -Managed Care -, os autores procu-ram, com uma abordagem holística,situar a moderna farmácia hospitalardentro de parâmetros internacionaisde qualidade de atendimento egerenciamento racional, incluindo tó-picos administrativos e técnicos paraa busca da excelência dessa área tãoimportante dos sistemas de saúde. Pu-blicado pela editora Manole em 2002,o livro pode ser adquirido pelo sitewww.manole.com.br, R$ 61,20.

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO DAFACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO IPHMatrículas:Matrículas:Matrículas:Matrículas:Matrículas: 13/01/06 a 23/02/06Local: Local: Local: Local: Local: Rua Apeninos, 267Horário:Horário:Horário:Horário:Horário: 19h às 22hInformações:Informações:Informações:Informações:Informações: (11) 3209-0629 / 3758-0120Site:Site:Site:Site:Site: www.faculdadeiph.com.br

II CONGRESSO BRASILEIRO DENUTRIÇÃO E CÂNCER E GANEPÃO 2006Data:Data:Data:Data:Data: 24 a 27 de maio de 2006Local:Local:Local:Local:Local: Centro de Convenções Rebouças - SPInformações:Informações:Informações:Informações:Informações: (11) 3284-6318E-mail:E-mail:E-mail:E-mail:E-mail: [email protected]:Site:Site:Site:Site: www.ganep.com.br

CursosMANUAL DE BIOSSEGURANÇA

A obra de Mário Hiroyuki Hirata e Jorge Mancini Filho,publicada pela Editora Manole em 2002, transmite, de formaprecisa e simples, a base científica da Biossegurança, permitin-do que alunos e profissionais possam conhecer, com a devidaamplitude, os fatores relacionados ao tema. Abordando tópicoscomo os aspectos que visam a segurança daqueles que traba-lham em laboratórios, o manuseio e o descarte de resíduos eprodutos químicos, o risco de câncer na atividade laboratorial,além de levantar questões quanto à legislação e qualidadetotal, este livro se torna um manual in-dispensável para todos os laboratóriosde pesquisa, de ensino ou de rotina, quetrabalham com produtos químicos, ma-terial biológico, medicamentos, cosmé-ticos e correlatos, radioisótopos e orga-nismos geneticamente modificados. Olivro pode ser adquirido pelo sitewww.manole.com.br, R$ 132,30.

HOMEOPATIA – MEDICINA SOB MEDIDAEste lançamento da editora Publifolha aborda os princípios básicos da Homeopatia,

sua história e as perspectivas que oferece. Explica também porque a Homeopatia éconsiderada uma medicina sob medida para a vida. Dividido em nove capítulos, o livro éuma referência fundamental para quem quer saber mais sobre o assunto. Entre os temasestão as preocupações do paciente, auto-observação, tratamento, tecnologia e ciência.De autoria do médico Paulo Rosenbaum, o livro pode ser adquirido nas principais livrariasdo País ou pelo televendas 0800-140090. R$ 29,90.

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insumosfarmacêuticos

ABERTAS CINCO CONSULTASPÚBLICAS SOBRE

m 27 de dezembro de 2005, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa) publicou no Diário Oficial da União, cinco Consultas Públicas queregulamentam o controle sanitário dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs),

matérias-primas utilizadas na manipulação e fabricação de medicamentos.Todas as consultas integram o Programa de Insumos Farmacêuticos Ativos (RDC 250/

05), lançado pela Anvisa em setembro, com o objetivo de garantir que a matéria-prima dosmedicamentos consumidos no Brasil seja fiscalizada. O programa prevê uma série de ações,como o controle da entrada de insumos no País, a inspeção na indústria e a revisão dalegislação do setor. Algumas iniciativas já estão em andamento. É o caso do recadastramentode todas as empresas que fracionam, importam ou fabricam insumos no território nacional.

Os textos ficarão disponíveis no site www.anvisa.org.br durante 90 dias. Críti-cas e sugestões podem ser enviadas para o CRF-SP pelos endereços:E-mail:E-mail:E-mail:E-mail:E-mail: [email protected] • Informações pelo telefone:• Informações pelo telefone:• Informações pelo telefone:• Informações pelo telefone:• Informações pelo telefone: 3067-1483.

As colaborações também podem ser encaminhadas diretamente para a Anvisa:SEPN 515, Bloco “B” Edifício Ômega, Sala 23, Térreo, Asa Norte, Brasília-DF, CEP 70770-502 •••••FFFFFaxaxaxaxax (61) 3448-3118 • E-mail:• E-mail:• E-mail:• E-mail:• E-mail: [email protected]

Veja mais detalhes sobre as

Consultas Públicas em andamento

Consulta nº 97:Consulta nº 97:Consulta nº 97:Consulta nº 97:Consulta nº 97: propõe uma regulamenta-ção geral para o controle sanitário de IFAs, apre-sentando normas mais detalhadas para as em-presas que trabalham com fabricação, importa-ção, distribuição e fracionamento dessas maté-rias-primas.

Consultas nº 94 e 98:Consultas nº 94 e 98:Consultas nº 94 e 98:Consultas nº 94 e 98:Consultas nº 94 e 98: trazem, respectiva-mente, atualização para o regulamento técni-co das Boas Práticas de Distribuição e Fracio-namento de Insumos Farmacêuticos (atual RDC35/2003) e o regulamento técnico das BoasPráticas de Fabricação Específicas de InsumosFarmacêuticos Derivados de Droga Vegetal(anexo II da RDC 249/05).

Consultas nº 95 e 96:Consultas nº 95 e 96:Consultas nº 95 e 96:Consultas nº 95 e 96:Consultas nº 95 e 96: propõem regras paraa inspeção e a certificação dos fabricantes deinsumos localizados no Brasil e fora do país. Deacordo com a Anvisa, essa fiscalização propor-cionará um monitoramento equivalente tantopara os insumos nacionais como para os im-portados. Cerca de 80% do volume de maté-ria-prima utilizado pelas empresas farmacêuti-cas instaladas no Brasil vêm de produtores in-ternacionais.

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Orientação

Firmada parceria entre CRF-SP e CIMAM O Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP) e o Instituto Superior de Comunicação

Publicitária (ISCP), mantenedor da Universidade Anhembi Morumbi, firmaram um acordode cooperação mútua com o objetivo de auxiliar gratuitamente os farmacêuticos inscritosno CRF-SP em suas dúvidas sobre medicamentos e cosméticos. Os questionamentosdevem ser enviados para o e-mail [email protected], de onde serãoencaminhados para a equipe do Centro de Informações de Medicamentos e CosméticosAnhembi Morumbi (CIMAM), que prestará informações técnico-científicas atualizadas,objetivas e oportunas sobre medicamentos e cosméticos. As respostas elaboradas peloCIMAM serão enviadas para o CRF-SP que por sua vez, remeterá ao farmacêutico noprazo de até 04 (quatro dias), a partir do recebimento da solicitação. Para mais informa-ções, é só acessar o site: www.crfsp.org.br.

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CRF-SP na Mídia

O projeto de Farmacovigilância – Farmácias Notificadoras foi destaquena imprensa entre os meses de dezembro e janeiro. Alguns veículos publica-ram a lista de estabelecimentos credenciados para o recebimento de noti-ficações sobre reações adversas e desvios de qualidade em medicamentos.

Outro assunto que gerou repercussão na mídia foi a distribuição defolders nos pedágios e supermercados do Estado, no dia 20 de janeiro. Aação alertou sobre os perigos da automedicação e a importância de sempretomar medicamentos sob a orientação de um farmacêutico.

Confira a lista completa no site wwwwwwwwwwwwwww.crfsp.org.crfsp.org.crfsp.org.crfsp.org.crfsp.org.br.br.br.br.br

TTTTTema: Fema: Fema: Fema: Fema: Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmácias Notificadorasarmácias Notificadorasarmácias Notificadorasarmácias Notificadorasarmácias NotificadorasDezembro / JaneiroDezembro / JaneiroDezembro / JaneiroDezembro / JaneiroDezembro / Janeiro• TV TEM – Votuporanga• Rádio Eldorado• Rádio Bandeirantes• Rádio ABC• Diário de S. Paulo• Agora São Paulo• Rádio Trianon

TTTTTema: VI Encontro Pema: VI Encontro Pema: VI Encontro Pema: VI Encontro Pema: VI Encontro Paulista de Faulista de Faulista de Faulista de Faulista de FarmacêuticosarmacêuticosarmacêuticosarmacêuticosarmacêuticosJanei roJanei roJanei roJanei roJanei ro• Rádio CBN (Campinas)

TTTTTema: Distribuição de folders sobre automedi-ema: Distribuição de folders sobre automedi-ema: Distribuição de folders sobre automedi-ema: Distribuição de folders sobre automedi-ema: Distribuição de folders sobre automedi-cação nos pedágioscação nos pedágioscação nos pedágioscação nos pedágioscação nos pedágiosJanei roJanei roJanei roJanei roJanei ro• Rádio Trianon• Rádio Eldorado• TV Cultura

Dra. Raquel Cristina Rizzi Grecchi - Presidente

TTTTTema: Pema: Pema: Pema: Pema: Presença do farmacêutico na farmáciaresença do farmacêutico na farmáciaresença do farmacêutico na farmáciaresença do farmacêutico na farmáciaresença do farmacêutico na farmáciaDezembroDezembroDezembroDezembroDezembro• TV Record – Programa Tudo a Ver• Rádio Record

TTTTTema: Fema: Fema: Fema: Fema: Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmacovigilância – Farmácias Notif icadorasarmácias Notif icadorasarmácias Notif icadorasarmácias Notif icadorasarmácias Notif icadorasDezembroDezembroDezembroDezembroDezembro• Rádio CBN – Campinas• Jornal A Cidade – Ribeirão Preto• TV Record – SP Record

Dr. Álvaro Fávaro Jr. - Vice-presidente

TTTTTema:ema:ema:ema:ema:Venda de produtos alheios ao ramoVenda de produtos alheios ao ramoVenda de produtos alheios ao ramoVenda de produtos alheios ao ramoVenda de produtos alheios ao ramo

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Programa Tudo a Ver

Dr. Pedro E. Menegasso – Diretor-tesoureiro

• TV Record• TV Tem Guarulhos

Page 29: CAPA 79 - CRF-SPportal.crfsp.org.br/images/stories/revista/rf79/rf79.pdfDirceu Raposo de Mello, Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques, Victor Hugo Costa Travassos da Rosa e Franklin

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BARRETOSNa Capital do Rodeio, as áreas deIndústria e Farmácia Hospitalar se

abrem aos farmacêuticos

Qual a representatividade daQual a representatividade daQual a representatividade daQual a representatividade daQual a representatividade daSeccional para a cidade e quaisSeccional para a cidade e quaisSeccional para a cidade e quaisSeccional para a cidade e quaisSeccional para a cidade e quaisas atividades desenvolvidas?as atividades desenvolvidas?as atividades desenvolvidas?as atividades desenvolvidas?as atividades desenvolvidas?A abertura da Seccional proporcionouuma aproximação entre a sede doCRF-SP e os profissionais de Barretose região, que podem ser atendidossem se deslocar para outras cidades.Oferecemos serviços cartoriais, pales-tras e cursos de atualização profissio-

nal, divulgação de programas de Educação em Saúde e de Farmá-cias Notificadoras, informações sobre leis e consultas públicas. Aten-demos, mensalmente, cerca de 140 profissionais por telefone, 100pessoalmente e recebemos várias correspondências também.

Qual é o perfil do profissional da região e quais seus prin-Qual é o perfil do profissional da região e quais seus prin-Qual é o perfil do profissional da região e quais seus prin-Qual é o perfil do profissional da região e quais seus prin-Qual é o perfil do profissional da região e quais seus prin-cipais desafios?cipais desafios?cipais desafios?cipais desafios?cipais desafios?

Com a nova demanda de serviços em hospitais e indústrias, os far-macêuticos conquistaram um mercado de trabalho praticamente novoem nossa região. Nas farmácias hospitalares, esse profissional nãoexercia plenamente o seu papel e hoje isso começa a mudar.

Qual a principal área de atuação do farmacêutico da região?Qual a principal área de atuação do farmacêutico da região?Qual a principal área de atuação do farmacêutico da região?Qual a principal área de atuação do farmacêutico da região?Qual a principal área de atuação do farmacêutico da região?Os profissionais da região atuam predominantemente em farmá-cias de manipulação e drogarias.

Por que se interessou em trabalhar como voluntária doPor que se interessou em trabalhar como voluntária doPor que se interessou em trabalhar como voluntária doPor que se interessou em trabalhar como voluntária doPor que se interessou em trabalhar como voluntária doCRF-SP? Como concil ia sua rotina de trabalho com suasCRF-SP? Como concil ia sua rotina de trabalho com suasCRF-SP? Como concil ia sua rotina de trabalho com suasCRF-SP? Como concil ia sua rotina de trabalho com suasCRF-SP? Como concil ia sua rotina de trabalho com suasatividades como representante do CRF-SP?atividades como representante do CRF-SP?atividades como representante do CRF-SP?atividades como representante do CRF-SP?atividades como representante do CRF-SP?

Sou apaixonada pela profissão e me interessei porque conhecipessoas que compartilham os mesmos ideais, sonhos e disposiçãopara trabalhar em prol da profissão e da comunidade. Consigoconciliar as duas atividades porque tenho a valiosa colaboração depessoas na farmácia, na família, na Associação.

Quais são os principais projetos implementados em suaQuais são os principais projetos implementados em suaQuais são os principais projetos implementados em suaQuais são os principais projetos implementados em suaQuais são os principais projetos implementados em suagestão como coordenadora?gestão como coordenadora?gestão como coordenadora?gestão como coordenadora?gestão como coordenadora?

Foram realizadas palestras sobre fracionamento de medicamen-tos e gerenciamento de resíduos. Também foi estabelecida par-ceria com a Fundação Educacional de Barretos (FEB), contatocom a promotoria, com a Visa municipal e com a Secretaria doMeio Ambiente.

Quais são os principais desafios à frente da Seccional?Quais são os principais desafios à frente da Seccional?Quais são os principais desafios à frente da Seccional?Quais são os principais desafios à frente da Seccional?Quais são os principais desafios à frente da Seccional?Implantar a Comissão de Ética, reativar a AFARB, promover maiscursos e palestras de atualização e a participação dos profissionaisque atuam em diversas áreas como Indústria, Farmácia, AnálisesClínicas, Ensino e Serviço Público, e firmar parcerias com outrosprofissionais de saúde como médicos, dentistas e enfermeiros.Ainda em 2006, pretendemos inaugurar a Seccional em um novoendereço.

Situada ao norte do Estado, a cidade de Barretos é conhecida pela tradicional Festa do Peão de Boiadeiro, que em 2005 completou 50 anos.Com uma população de 108 mil habitantes, a Capital do Rodeio atrai turistas de todo o Brasil e também de outros países. Na época da famosafesta, a região se mobiliza para receber quase um milhão de visitantes. Além do turismo, a agricultura, o comércio e a prestação de serviçosformam a base da economia barretense, que também conta com um diversificado parque industrial.

Devido ao crescimento da cidade e ao projeto de descentralização do CRF-SP, em junho de 2004, foi inaugurada a Seccional de Barretos.Coordenada pela dra. Luciane Pereira desde agosto de 2005, a regional funciona ao lado da Associação dos Farmacêuticos da Região de Barretos(AFARB), e atende as cidades de Colina, Bebedouro, Guaíra, Terra Roxa, Jaborandi, Severínia, Colômbia, Altair, Olímpia, Monte Azul Paulista, Cajobi,Embaúba, Viradouro e Guaraci. Saiba mais sobre o perfil da região na entrevista com a coordenadora local.

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30|||||Revista do FarmacêuticoRevista do FarmacêuticoRevista do FarmacêuticoRevista do FarmacêuticoRevista do Farmacêutico|||||dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006dez/jan/fev de 2006

Seccional

FRANCAA criação da Seccional de Francaajudou a projetar o farmacêutico

na sociedade da região

Por que F ranca fo i es-Por que F ranca fo i es-Por que F ranca fo i es-Por que F ranca fo i es-Por que F ranca fo i es-colhida para sediar umacolhida para sediar umacolhida para sediar umacolhida para sediar umacolhida para sediar umaSecc i ona l ?Secc i ona l ?Secc i ona l ?Secc i ona l ?Secc i ona l ?Ela foi concebida em um mo-mento bastante politizado daAfarfran, que na época se en-contrava no auge. Diante da lo-calização da cidade, da total de-pendência da Seccional de Ri-beirão Preto, da demanda au-mentada de profissionais na re-gião, era inconcebível não teruma Seccional em Franca, já que

a interiorização do CRF-SP estava de “vento em popa”. Conversamoscom o então presidente, dr. Dirceu Raposo, que nos concedeu a regional.

O que sua abertura trouxe de positivoO que sua abertura trouxe de positivoO que sua abertura trouxe de positivoO que sua abertura trouxe de positivoO que sua abertura trouxe de positivo para os farmacêuticos?para os farmacêuticos?para os farmacêuticos?para os farmacêuticos?para os farmacêuticos?Contribuiu para integrar a profissão à sociedade. Agora, somos cha-mados a participar de todos os eventos que envolvam profissionaisde saúde na região, o que antes não ocorria. A profissão era repre-sentada por leigos, proprietários de farmácia. Hoje, possuímos maiorpoder de negociação entre os órgãos fiscalizadores e perante a so-ciedade francana. Hoje, o farmacêutico pode mostrar a sua cara.

Qual o perfil do profissional da região?Qual o perfil do profissional da região?Qual o perfil do profissional da região?Qual o perfil do profissional da região?Qual o perfil do profissional da região?A maioria é RT em alguma drogaria, poucos são os que atuam emAnálises Clínicas e universidades, e outros poucos são proprietáriosde farmácia de manipulação. Nosso principal desafio é a integraçãodesse profissional e o resgate do orgulho de ser farmacêutico.

Por que se in teressou em t raba lhar como vo luntár ioPor que se in teressou em t raba lhar como vo luntár ioPor que se in teressou em t raba lhar como vo luntár ioPor que se in teressou em t raba lhar como vo luntár ioPor que se in teressou em t raba lhar como vo luntár iodo CRF-SP?do CRF-SP?do CRF-SP?do CRF-SP?do CRF-SP?

Desde que me formei, em 1990, participo da Afarfran, da qual souum dos fundadores e atual presidente. Venho acompanhando oCRF-SP desde a formação do grupo “Novo Conselho”, na épocacom o dr. Dirceu Raposo. Quando o coordenador anterior, dr. Ale-xandre Henrique Leonel colocou o cargo à disposição, dr. Dirceu meconvidou e, bastante lisonjeado, aceitei.

Como concil ia sua rotina de trabalho às atividades comoComo concil ia sua rotina de trabalho às atividades comoComo concil ia sua rotina de trabalho às atividades comoComo concil ia sua rotina de trabalho às atividades comoComo concil ia sua rotina de trabalho às atividades comocoordenador?coordenador?coordenador?coordenador?coordenador?

Sinceramente, anda bastante difícil, pois a farmácia nos conso-me totalmente e também trabalho em Análises Clínicas. Massempre encontro um tempo para fazer as atividades mais ur-gentes. A nossa secretária Thaís também ajuda bastante. Te-nho conseguido conciliar as viagens para as reuniões de coor-denadores com o trabalho e a família, pois minha esposa tam-bém é farmacêutica e sempre acaba “segurando minha onda”quando estou fora.

Quais são os principais projetos desenvolvidos e desafiosQuais são os principais projetos desenvolvidos e desafiosQuais são os principais projetos desenvolvidos e desafiosQuais são os principais projetos desenvolvidos e desafiosQuais são os principais projetos desenvolvidos e desafiosà frente da Seccional?à frente da Seccional?à frente da Seccional?à frente da Seccional?à frente da Seccional?

Existem alguns projetos em andamento, como a colocação demais farmacêuticos nas UBS. Desafios são vários, mas o maisimportante, é mostrar que a Seccional existe não somente pararesolver problemas burocráticos, mas promover a integração en-tre os profissionais. E que nossa fiscalização atua não em prejuízoda classe, mas também para sua proteção, como profissional ecomo usuário do sistema.

Também conhecida como “A Capital do Calçado”, graças ao desenvolvido setor calçadista reconhecido internacionalmente pela sua qualidade, Franca estásituada entre os três maiores centros econômicos do País: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A privilegiada localização facilita o intercâmbio comercial entreos maiores mercados consumidores brasileiros, e resultou no crescimento da cidade e em um nível de qualidade de vida bem acima do padrão médio brasileiro.

Com o aumento da demanda de serviços por parte dos farmacêuticos, em 27 de janeiro de 2001, a cidade ganhou uma Seccional do CRF-SP.Coordenada pelo dr. Wilson Rigoni da Silva desde o final de 2004, ao lado do vice dr. Remerson Andrade, a regional funciona no mesmo prédio da Associaçãodos Farmacêuticos de Franca (Afarfran), e realiza cerca de 200 atendimentos por mês. Veja mais detalhes sobre a região na entrevista com o coordenador.

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Conheça mais sobre os novos diretores doCRF-SP eleitos para os próximos dois anos.

Dr. Pedro Eduardo MenegassoDiretor-tesoureiro

Uma paixão para toda a vida. É assim quedr. Pedro Menegasso define sua relação coma Farmácia. O diretor-tesoureiro do CRF-SP falacom muito orgulho da sua farmácia que fica nobairro Mooca, na capital. “É lá que coloco emprática os princípios que prego aos colegas do CRF-SP”.

Casado com uma dentista chamada Kátia, o pai da Giulia, de 3anos, e do Pedro Vinícius, de 10, ainda guarda o sonho do jovemengajado em movimentos estudantis. “Estar no CRF-SP é uma oportu-nidade de mudar os rumos da categoria e transformar as coisas queinfluenciam o crescimento da profissão”.

O farmacêutico, formado há 17 anos divide seu tempo entre o CRF-SP onde, além de diretor-tesoureiro, é coordenador da Comissão deFarmácia e ministrante de cursos e palestras por todo o Estado, suafarmácia e, é claro, a família. “Às vezes nem eu mesmo sei onde encon-tro tempo para tudo isso, mas como estou fazendo as coisas que gosto,todos os dias me sinto motivado a continuar”.

Notícias da Diretoria

Dra. Raquel Rizzi GrecchiPresidente

Professora, analista clínica, esposa emãe. Mesmo com tantos compromissos, essaescorpiana de fibra assumiu um grande de-safio: dirigir o maior Conselho de Farmácia doPaís. “Conciliar essa rotina é difícil, fico olhan-do a foto do meu filho e falo com ele pelo telefone umas 200 vezes,pois sinto muita falta”.

Com um perfil inquieto e contestador, ainda na faculdade parti-cipava dos movimentos estudantis e, logo que se formou, ajudou afundar a Associação dos Farmacêuticos de Piracicaba. Anos depois,como diretora do Sinfar, aproximou-se do grupo liderado pelo dr.Dirceu Raposo de Mello, que ganhou as eleições do CRF-SP, em1998. “Meu primeiro projeto foi a descentralização do Conselho”.Antes de ser presidente, ela foi conselheira, coordenadora daseccional de Piracicaba e tesoureira.

Hoje tem como meta “transformar o farmacêutico numa referênciapara o usuário e à equipe de saúde no que diz respeito ao medicamen-to”. Para alcançar esse objetivo, aposta na capacitação dos profissio-nais e na promoção de campanhas de esclarecimento da população.

Dr. Álvaro Fávaro JúniorVice-presidente

Conhecido por seu senso prático e pelo perfilde gestor empresarial, sua marca registrada é apostura austera que tem quando está tratandodos assuntos profissionais. No entanto, a expres-são séria do vice-presidente do CRF-SP se abre

em sorriso quando ele fala da esposa Valéria e da filha Yasmin, de 8 anos,cujas fotos estampam a proteção de tela do seu computador.

A opção pelo segmento magistral veio depois de uma experiênciana indústria. "Na farmácia, mantenho o contato mais humano, pois é oespaço onde estabeleço uma relação de proximidade com o usuárioalém, é claro, de colocar em prática grande parcela dos meus conheci-mentos das ciências farmacêuticas", explica dr. Álvaro que, desde 1992 éproprietário de farmácia, em princípio em São José do Rio Preto e, apartir de 1998 na capital.

Em seu terceiro mandato como vice-presidente do CRF-SP, dr. Álvarotambém dedica parte de seu tempo para a Anfarmag, onde é tesoureiro."Planejo meu tempo para me dedicar ao CRF-SP e à Associação porqueacredito que estou ajudando a construir nossa profissão e transformar afarmácia em um local de promoção da saúde".

Dra. Hellen Harumi MiyamotoSecretária-geral

Além de ocupar a Secretaria Geral do CRF-SP, dra. Hellen atua como gerente de risco doInstituto da Criança do Hospital das Clínicas(USP), e é docente da Associação dos Farma-cêuticos de Londrina.

Influenciada por uma tia, escolheu ser farmacêutica desde muitojovem. Tendo a determinação como uma das características da perso-nalidade, dra. Hellen é um exemplo de profissional que se projetou nomercado de trabalho rapidamente.

No CRF-SP, foi vice-coordenadora da Comissão de Farmacia Hospitalar,participou da Comissão de Saúde Pública, ministrou cursos deFarmacovigilância e Farmácia Clínica e representou a entidade no Fórum dosConselhos da Saúde. Como diretora, vem trabalhando na busca de solu-ções para agilizar o atendimento aos profissionais e do trâmite das informa-ções. Criar o Núcleo de Educação Permanente para profissionalizar acapacitação dos farmacêuticos é outra proposta que vem sendo desenvol-vida pela secretária-geral.

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Capa

omenagem, reconhecimento e atualização profissional. Esses três elemen-tos nortearam as ações promovidas pelo CRF-SP para comemorar o Dia doFarmacêutico no primeiro grande evento da nova diretoria.

Muitas foram as maneiras de parabenizar esse profissional de saúde que sempre trabalhaem benefício da população. Ao longo de todo o mês de janeiro, uma campanha de orientaçãoem saúde e valorização da categoria foi veiculada na mídia paulista.

Outra atividade de destaque, foi o VI Encontro Paulista de Farmacêuticos, iniciativa voltadapara a capacitação do profissional, com 51 atividades científicas em todo o Estado.

Marcando o lançamento oficial das ações comemorativas, mais de 800 pessoas participa-ram de uma noite especial repleta de homenagens, história e muita emoção.

HomenagemE RECONHECIMENTO

“Nunca fomos tão parabenizadospelo Dia do Farmacêutico comoneste ano”. A presidente do CRF-SPtraduz, nessa frase, a visibilidadedas ações de comemoração dodia 20 de janeiro

VI Encontro Paulista deFarmacêuticos

O Encontro, que acontece desde 1997,também beneficia a população, que passa acontar com o trabalho de um profissional es-pecializado e em sintonia com as principaisnovidades e as mais recentes legislações decada setor.

Dra. Hellen Harumi Miyamoto, secretária-geral do CRF-SP, destaca que atividades comoo VI Encontro são imprescindíveis para o com-plemento da formação do profissional. “Emum mercado de trabalho cada vez mais com-petitivo, o aperfeiçoamento é um diferencialimportante”.

A sexta edição do evento reuniu cercade três mil pessoas na capital e em 24 cida-des do interior do Estado. Foram 24 pales-tras, 18 mini-cursos e nove mesas-redondas,em que profissionais renomados no mercadoabordaram temas relacionados a todos osâmbitos de atuação do farmacêutico, comassuntos como Farmacovigilância, Biossegu-rança, Gerenciamento de Resíduos, Manipu-lação de Quimioterápicos, Interações Medi-camentosas, Farmácia Clínica, CosméticosHipoalergênicos, Células-tronco, Homeopa-tia e Farmácia Hospitalar.

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Fotos: The Booker

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DEDICAÇÃO. ESTE ÉO MELHOR REMÉDIO.

Saldo positivoTanto entre os inscritos quanto entre os

ministrantes do VI Encontro, a repercussão foimuito positiva. “Gostei da iniciativa, pois tinhamuitas dúvidas e, em meia hora de palestra, odr. Pedro fez com que eu olhasse minha profis-são e meu dia-a-dia na farmácia com outrosolhos”, conta o farmacêutico Fábio Trecco, so-bre a palestra A relevância da farmácia e dosserviços farmacêuticos para a saúde da coleti-vidade, ministrada por dr. Pedro Menegasso.

Dra. Alice Teixeira Ferreira, ministrante da pa-lestra Células-tronco, pesquisa clínica e genomahumano, diz estar satisfeita com o retorno do even-to. “Tenho recebido muitos e-mails de farmacêuti-cos e estudantes pedindo material sobre o tema. Afarmacodinâmica é fundamental para que o far-macêutico conheça o funcionamento das células”.

O integrante da mesa redonda Biosseguran-ça para o farmacêutico, dr. Antonio CarlosMagnanelli, comemora a grande adesão, mesmoem pleno feriado. “Esse tema vem ganhando cadavez mais importância abrindo, inclusive, um novocampo de atuação para o farmacêutico”.

O saldo também foi positivo para as institui-ções assistenciais de cada região, que receberamdoações de fraldas e leite em pó oferecidos pelosparticipantes.

Esse foi o slogan da campa-nha de valorização profissional vei-culada nos principais meios de co-municação do Estado.

Com uma proposta de comu-nicação ousada, iniciada em 16 dejaneiro, o farmacêutico ocupou es-paço nas rádios da capital e dointerior. Entrou na casa de milha-res de espectadores pela maiorrede de televisão do País, e este-ve presente no metrô, ônibus,outdoors e painéis eletrônicos deavenidas movimentadas. Nainternet, as mensagens estiveramem sites de prefeituras, universi-dades e entidades parceiras.

“Mais que esclarecer a popu-lação sobre a verdadeira funçãodo farmacêutico como promotor desaúde, a campanha também vi-sou orientar a comunidade sobreos possíveis riscos da automedi-cação e das interações medica-mentosas”, observa o vice-presi-dente do CRF-SP, dr. Álvaro Fávaro.

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NOITE DE FESTAFarmacêuticos, representantes das principais entidades da categoria e estudantes foram

recepcionados pela nova diretoria do CRF-SP, no dia 20 de janeiro, no Salão Social do Círculo Militarde São Paulo, para o lançamento oficial das ações comemorativas.

O evento contou com as presenças dos deputados federais Arlindo Chinaglia, Ivan Valente,Jamil Murad, Roberto Gouveia e Gilberto Nascimento Silva, e dos membros do Ministério da Saúde,dr. Dirceu Barbano, dr. João Batista de Oliveira e dr. Manoel Roberto da Cruz Santos, além dopresidente da Anvisa, dr. Dirceu Raposo de Mello, e do presidente do CREMESP, dr. Isac Jorge Filho.

“Ficamos honrados em ver tantos colegas compartilhando conosco o orgulho de ser farmacêu-tico. Nesta noite, parabenizamos os quase 30 mil profissionais do Estado, que nos apóiam nadefinição dos novos rumos da profissão”, ressalta dra. Raquel Rizzi Grecchi, presidente do CRF-SP.

HomenagensDois ex-presidentes do CRF-SP e farmacêuticos de destaque no cenário nacional, dr. Dirceu

Barbano e dr. Dirceu Raposo de Mello, receberam das mãos da presidente, dra. Raquel, umahomenagem pelo trabalho que vêm desempenhando em prol da categoria.

No final da cerimônia, a organização do evento fez um tributo emocionante com a exibição deum vídeo com a história da profissão, a apresentação das diversas áreas de atuação do farmacêu-tico e as ações promovidas no mês de janeiro.

Eventos parceiros

Legitimando a premissa de que a parceria é o caminho para o fortalecimento dacategoria, as entidades parceiras escolheram o evento do CRF-SP para importanteslançamentos.

A cerimônia começou com a posse da Câmara Científica da Associação Nacional dosFarmacêuticos Magistrais (Anfarmag). O presidente da Anfarmag, dr. Hugo Guedes,empossou os sete profissionais que atuarão na qualificação e na padronização dos proce-dimentos das farmácias de manipulação.

Logo em seguida, a presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (Sbrafh),dra. Maria Rita Novaes, anunciou o lançamento do III Simpósio Ibero Latino Americano deFarmácia Hospitalar, que será realizado no mês de setembro em Salvador, com temas queabordarão a realidade da Farmácia Hospitalar em países da América do Sul e a assistênciafarmacêutica hospitalar. Dra. Maria Rita também apresentou o novo site da instituição(www.sbrafh.org.br) que, a partir de agora, disponibiliza um espaço para discussão dosaspectos técnicos e um canal direto para sugestões e críticas ao trabalho da Sociedade.

Por último, dr. Marco Aurélio Pereira, presidente do Sinfar, realizou o lançamento oficialda Campanha pela Jornada Máxima de 30 horas (veja matéria na página 37).

“Para o Conselho, é uma honra receber as entidades parceiras, pois acreditamos queintegração é a melhor estratégia que uma gestão pode adotar. Nosso evento tem umatradição e as organizações que confiam no nosso trabalho sabem disso”, comenta dr.Pedro Menegasso, diretor-tesoureiro do CRF-SP.

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Eventos

A sexta edição do Encontro Paulista de Farmacêuticos movimentou todo o Estado com atividades voltadas para o aperfeiçoa-mento profissional. Neste ano, foram mais de 50 atividades, com temas ligados às mais diferentes áreas de atuação dofarmacêutico.

O público superou a casa dos três mil participantes e as atividades contaram, em sua maior parte, com salas lotadas. O material arrecadadocom as inscrições (fraldas geriátricas e leite) está sendo doado para instituições assistenciais. Confira os principais destaques:

REÚNE TRÊS MIL PARTICIPANTES

Palestras23 de jane i ro23 de jane i ro23 de jane i ro23 de jane i ro23 de jane i ro(1)(1)(1)(1)(1) Dra. Márcia Gutiérrez - “210 anos de Homeopatia”(2)(2)(2)(2)(2) Dr. Marcos Mendes - “Programa Estadual de Farmacovigilância”(3)(3)(3)(3)(3) Dra. Alice Teixeira Ferreira – “Células-tronco, pesquisa clínica e genoma humano”

24 de jane i ro24 de jane i ro24 de jane i ro24 de jane i ro24 de jane i ro(4)(4)(4)(4)(4) Dra. Lenir Yago – “Aspectos atuais da assistência farmacêutica”(5)(5)(5)(5)(5) Dr. Eduardo Pagani – “Potencial da fitoterapia”

25 de jane i ro25 de jane i ro25 de jane i ro25 de jane i ro25 de jane i ro(6)(6)(6)(6)(6) Dr. José Vanilton de Almeida – “Aspectos práticos de assistênciafarmacêutica ao paciente com diabetes”(7)(7)(7)(7)(7) Dra. Ivani Leme – “Biossegurança para o farmacêutico”(8)(8)(8)(8)(8) Dra. Julia Felipe – “Ética em pesquisa envolvendo seres humanos”

26 de jane i ro26 de jane i ro26 de jane i ro26 de jane i ro26 de jane i ro(9)(9)(9)(9)(9) Dr. Márcio Alves Valenta – “Gestão de excelência emfarmácia hospitalar ”(10)(10)(10)(10)(10) Dr. Carlos Alessandro Lopes – “Gestão de excelência em farmácia hospitalar”(1(1(1(1(111111))))) Dra. Janeth Suzuki – “Gerenciamento de Produtos da Saúde”

27 de jane i ro27 de jane i ro27 de jane i ro27 de jane i ro27 de jane i ro(12)(12)(12)(12)(12) Dr. Dirceu Raposo de Mello – “A atuação do profissional farmacêuticono atual contexto em suas diversas áreas”(13)(13)(13)(13)(13) Dr. William Rotea Jr. – “Manipulação de quimioterápicos”(14)(14)(14)(14)(14) Dr. Ezequiel Paulo Viriato – “Homeopatia uma visão global”

28 de jane i ro28 de jane i ro28 de jane i ro28 de jane i ro28 de jane i ro(15)(15)(15)(15)(15) Dra. Alessandra Pineda Gurgel – “Avaliação e qualificação defornecedores em farmácia hospitalar – Estudo de casos”(16)(16)(16)(16)(16) Dr. Michel Kfouri – “Erros de Medicação”

11111 22222 33333 44444

55555 66666 77777 88888

99999 1010101010 1111111111 1212121212

1313131313 1414141414 1515151515 1616161616

VI Encontro

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GerbrásSchering do BrasilBiolab SanusLab. Almeida PradoIbeheDrogaria S. PauloApotek

Essas são as entidades que apoiaram o VI Encontro:

DrogasilFurpFarmasaIntecqBanco do BrasilGalenaRoche

LibbsVitadermPersoapNeo QuímicaUnião QuímicaCarrefourHotel Panorama

No dia 13 de janeiro, em Mogi das Cruzes,dr. Pedro Menegasso, ministrou a palestra

“A relevância da farmácia e dos serviçosfarmacêuticos para a saúde da coletividade”.

Dra. Raquel Rizzi Grecchi durante mesa-redondasobre a “Atuação do profissional farmacêutico noatual contexto em diversas áreas”, dia 16 de janeiro,em São José do Rio Preto.

Dra. Hellen Harumi Miyamoto, conduziu emGuarulhos, no dia 17 de janeiro, uma palestrasobre “Farmácia Clínica”.

Hotel CasablancaThomson-DialogCristáliaSinfarSbrafhAnfarmag

Dr. Fernando Koshiba, durante omini-curso “Gerenciamento deResíduos”, em Presidente Prudente.

Palestras da Diretoria Seccionais

Dr. Marco Aurélio Pereira, participouda mesa-redonda “A atuação doprofissional farmacêutico no atualcontexto em suas diversas áreas”,em Araçatuba.

Dra. Amouni M. Mourad, conduziuo mini-curso “Interações Medica-mentosas, em Barretos.

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m meio à comemoração do dia20 de janeiro, promovida peloCRF-SP no Salão Social do Cír-

culo Militar de São Paulo, ocorreu o lança-mento oficial da Campanha pela JornadaMáxima de 30 horas.

Organizada pela Federação Nacional dosFarmacêuticos (Fenafar), em parceria com sin-dicatos, associações e outras entidades declasse, a mobilização visa a aprovação, noSenado Federal, do PLC 113/2005, que fixaem 30 horas semanais a jornada de trabalhodos farmacêuticos.

O projeto foi aprovado na Câmara dosDeputados, em 25 de outubro de 2005. Pelaavaliação do Sindicato dos Farmacêuticosdo Estado de São Paulo (Sinfar) e daFenafar, essa vitória se insere na luta pelaredução da jornada para todos os trabalha-

LANÇADA CAMPANHA PELA JORNADA MÁXIMA DE

30 horasE dores da área de saúde, liderada pela Con-

federação Nacional dos Trabalhadores emSeguridade Social da CUT, e que conta coma participação dessas entidades.

Os representantes do Sindicato e da Fe-deração explicam que essa não é uma ques-tão de corporativismo e sim de atender àsrecomendações de órgãos como a Organi-zação Internacional do Trabalho (OIT). Ostrabalhadores da saúde lidam diretamentecom vidas humanas, dor, perda e morte,portanto, é necessário que tenham boascondições físicas e emocionais para o plenoexercício de sua função.

Outro ponto defendido pelas entidades éde que, se aprovada, a medida terá impactopositivo no aperfeiçoamento profissional dofarmacêutico pois, com maior disponibilidadede tempo, o profissional poderá investir em

Contato com a Comissão: Senado Federal, Anexo 2, Ala Alexandre Costa, Sala 11, Cep 70165-900, Brasília – DF. Tel: (61) 3311-4792, fax (61) 3311-3652. E-mail: [email protected]

Veja como participar da campanha:

atualização e, conseqüentemente, oferecerserviços de melhor qualidade à população.

HistóricoA redução da jornada, sem diminuição

dos salários, é uma bandeira há tempos de-fendida pela categoria farmacêutica. O proje-to original, PL 4.928, de autoria do deputadoIvan Valente, foi elaborado em 2001.

Além de estabelecer uma carga horária de20 horas semanais, o texto original fixava, paratodo o País, o piso salarial de 1.500 reais. Re-jeitado em primeira instância, o projeto vol-tou a tramitar na Câmara dos Deputados,em 2002, sendo a ele apensado o PL nº 6.228e PL nº 6.459, de autoria do deputado JoséCarlos Coutinho, que estabeleceu a jornadasemanal de 30 horas.

A relatora do projeto, deputada Ann Pon-tes, não aprovou a fixação do piso, mas con-cordou com a redução jornada, apresentan-do o PL substitutivo nº 113, que agora trami-ta no Senado Federal sob a coordenaçãoComissão de Assuntos Sociais (CAS).

Em janeiro, a Fenafar deu início àmobilização nacional para esclarecer a socie-dade e sensibilizar os senadores sobre a im-portância do projeto. “Várias entidades dacategoria estão declarando seu apoio ao pro-jeto. Entendemos a necessidade de apro-fundar esse debate para fortalecer a campa-nha”, afirma dr. Marco Aurélio Pereira, presi-dente do Sinfar.

Farmacêuticos se mobilizam para aprovar o PLC 113/2005

Especial

O material de divulgação está disponível na sede Fenafar e do Sinfare também em suas diretorias regionais.

• Distribuir em sua cidade os folhetos, cartazes edivulgar o tema entre os colegas e a população;

• Entregar esse material às autoridadeslocais (prefeitos, deputados, vereadores)para que ajudem a convencer os senadoresde seu Estado;

• Participar dos debates, reuniões e outros

eventos promovidos pelos Sindicatos;• Contatar os senadores da Comissão deAssuntos Sociais;• Publicar cartas, notas e artigos em jornais erevistas de sua região para esclarecer a opi-nião pública;

• Organizar abaixo-assinados.

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Análises Clínicas

urante o II Encontro Paulista de AnálisesClínicas, que ocorreu em outubro de 2005,paralelamente ao XIV Congresso Paulista

de Farmacêuticos, os principais temas abordados foram “Custosdiretos e indiretos em laboratórios clínicos” e “Marketing viral”.

Segundo o coordenador da Comissão Assessora de Análi-ses Clínicas, dr. Luiz Roberto Del Porto, o Encontro foi idealizadopela Comissão com o objetivo específico de abordar temasligados à administração de laboratórios clínicos. “Como os con-gressos, na maioria das vezes, abordam temas científicos, nósconsideramos oportuno criar um evento voltado à gestão doslaboratórios”.

Dr. Del Porto explica que foram priorizados dois pontos críti-cos para quem atua no setor: “O primeiro tema foi voltado àformação dos custos ligados à realização de um examelaboratorial. Este tema foi escolhido porque a grande maioriados profissionais, ao calcular o custo de um exame, divide ovalor do kit pelo número de testes que este é capaz de realizar.Esse cálculo está totalmente errado, pois inúmeras são as variá-veis que influenciam no custo final de um teste laboratorial, taiscomo, mão-de-obra, impostos, água, luz, telefone, entre outros.

ADMINISTRAÇÃO DE LABORATÓRIOS:

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EM ANÁLISESCLÍNICAS

desafios

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A área de marketing é outro “calcanhar deAquiles” da maioria dos profissionais das Aná-lises Clínicas, que necessitam de esclareci-mentos e orientação sobre como realizar umacampanha publicitária de forma eficaz, semdispender muito dinheiro e com um bom re-torno”.

Controle de QualidadeOutro evento relevante para os profissio-

nais da área foi o curso “Como implantar ocontrole de qualidade em laboratórios de Aná-lises Clínicas e Toxicológicas”. Segundo dr.Del Porto, esse tema foi abordado por ser oprincipal ponto da RDC nº 302/2005, daAnvisa, que trata do funcionamento dos la-boratórios clínicos. “Infelizmente no Brasil,quase 80% desses estabelecimentos nãoparticipam de um Programa de Ensaio de Pro-ficiência e mais de 90% não realizam seusProgramas de Controle Interno de Qualidade.Este é um número muito alto e foi o agentemotivador da realização do curso”.

O coordenador da Comissão afirma quehoje os profissionais que atuam em AnálisesClínicas devem ter total ciência das três eta-pas analíticas, independentemente da suaatividade no laboratório. “Ainda que o far-macêutico atue apenas na área demicrobiologia, ele tem a obrigação demonitorar a coleta e o envio das amostras,bem como a expedição do laudo final, umavez que, uma falha em uma dessas etapascompromete e pode até invalidar todo o pro-cesso. Outro ponto interessante, e que amaioria dos colegas deixa de lado, é a ava-liação dos resultados obtidos nos ensaios deproficiência e suas medidas corretivas ”.

O primeiro passo para implantar essesnovos procedimentos, de acordo com dr. DelPorto, é a vontade, por parte do profissional,

de adotar um sistema de qualidade em seulaboratório. “Ele deve estabelecer um Progra-ma de Controle Interno de Qualidade nos exa-mes que realiza. Ele pode, por exemplo, criarum gráfico de Levey-Jennings em um papelmilimetrado, indicando a concentração diáriaobtida da amostra de controle de glicose. Aofinal do mês, ele terá um controle interno deglicose com um investimento irrisório. Paraaqueles que trabalham com equipamentosautomatizados, esse trabalho já é feito diaria-mente pelo equipamento”.

Outro ponto importante, destaca o coor-denador, é que o laboratório deve contratar

Dr. Luiz Roberto Del Porto

The

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er

um Programa de Controle Externo deQualidade para todos os analitos que rea-liza. “Existem consultorias especializadasno assunto, mas elas geralmente sãoonerosas, o que dificulta a contratação.Uma boa dica é a própria Comissão deAnálises Clínicas do CRF-SP que poderáauxiliar, gratuitamente, os colegas inte-ressados. É difícil falarmos em custos re-lacionados à qualidade de um laboratórioclínico, mas eles são, sem dúvida algu-ma, infinitamente menores do que o cus-to do erro do resultado de um exame e acomplicação na vida do paciente”.

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os últimos cinco anos, muito se fez em relação àgarantia da qualidade dos medicamentos nasetapas pós-indústria, ou seja, no momento em

que o medicamento sai da indústria farmacêutica e segue por al-gum meio de transporte para as farmácias, distribuidoras, hospi-tais, prefeituras ou exportação.

O setor de Distribuição e Transportes é um dos segmentos doâmbito farmacêutico que mais emprega, atualmente, no mercado.Além de garantir as mesmas condições preconizadas pelo fabrican-te, o profissional dessa área tem ainda que se certificar das condi-ções de segurança para inibir ou evitar o roubo de cargas de medi-camentos, que hoje representa uma das incidências mais comunsentre as cargas roubadas no Estado.

Para dr. Arnaldo Alves de Lima, coordenador da Comissão deDistribuição e Transportes do CRF-SP, o trabalho nessa área come-ça com o entendimento do tipo do medicamento que o farmacêu-tico está transportando. “Uma classificação correta diminui em muitoo “prêmio” pago à seguradora pela carga transportada, ou seja,uma carga de medicamento OTC popular tem um seguro muitomais caro se comparada a uma carga de medicamentos destinadosao Ministério da Saúde, em que todas as embalagens primárias játêm gravadas a inscrição “PROIBIDA A VENDA”, o que impede queinterceptadores comercializem esse medicamento roubado”.

As seguradoras, mesmo sem imaginar, atuam em favor dastransportadoras ao impedir o chamado agravo de risco, que acon-tece quando há mistura indevida de cargas. Por exemplo, se houvermistura de medicamentos com sabão em pó, em um mesmo cami-nhão, que tem colocação muito fácil no mercado. Em caso deroubo, a seguradora não faz o pagamento e alega que o transpor-tador aumentou o risco da carga ser roubada. Por um lado, assegu-

SEGURO E RASTREAMENTO DE

Saiba como agem asseguradoras e a importânciade rastrear as cargas duranteo transporte

cargas deN

Distribuição e Transportes

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medicamentosra a qualidade do produto farmacêutico, por outro dá à seguradora odireito de leiloar a carga de medicamentos, caso ela seja recuperadaapós a indenização.

Dr. Arnaldo ressalta que, em caso de roubo, os farmacêuticos sãoobrigados a registrar a ocorrência junto à polícia e notificar as autorida-des sanitárias sobre o furto, informando quem enviou a carga e odestinatário. “Esse processo nem sempre é fácil, pois alguns fabrican-tes não querem seu nome revelado e seu produto recolhido pelasautoridades sanitárias. Algumas delegacias não querem lavrar umBoletim de Ocorrência, pois é um indicativo de crimes especializadosem sua região”.

Uma das alternativas que aumentou a segurança nas estradasfoi o rastreamento dos veículos. Com esse procedimento, é possívelvisualizar em que ponto do País e do Mercosul está a carga e também

Dr. Arnaldo,coordenador daComissão deDistribuiçãoe Transportes

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er

a temperatura do produto. Essa medida, em conjunto comgerenciamento de risco, que inclui um levantamento detalhado davida do motorista, uso de escolta armada e rotas determinadas, aju-dam a manter a qualidade do medicamento enquanto é transporta-do. Dr. Arnaldo destaca que todas essas ações tornam-se inúteisquando existe um mercado que busca lucro a qualquer custo, enco-menda e compra medicamentos roubados, considerando-os comouma mercadoria qualquer.

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E AGORA

egundo dados do Ministério da Edu-cação (MEC), anualmente, mais de2.500 novos farmacêuticos chegam

ao mercado de trabalho paulista. Embora novasáreas de atuação tenham surgido recentemen-te, e o campo de trabalho para a categoria estejaem expansão, a competitividade ainda é grande,enquanto a média salarial nem tanto.

Se existe uma receita para alcançar o suces-so profissional, com certeza ela deverá conter trêselementos: competência, dedicação e constanteaprendizado. “Ter uma boa formação na gradua-ção é fundamental mas não basta, o conceito deeducação continuada deve ser absorvido e postoem prática”, afirma o professor de TecnologiaQuímico-Farmacêutica da Universidade de SãoPaulo, dr. Leoberto Costa Tavares.

Diploma na mão,e uma dúvida

na cabeça.Qual o próximo passo?

José?

S

Educação

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Para saber mais sobreo tema acesse:

• http://www.fapesp.br• http://www.cnpq.br• http://www.capes.gov.br

É com base nessa filosofia que o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP)promove constantemente, na capital e nas 22 Seccionais, cursos e palestras de capacitação eatualização profissional. Também com este objetivo, é realizado, a cada dois anos, o CongressoPaulista de Farmacêuticos e, em todo mês de janeiro, o Encontro Paulista de Farmacêuticos.

Além de abordar temas relevantes e atuais, como o gerenciamento de resíduos, a assis-tência e a atenção farmacêutica, biossegurança e interações medicamentosas, esses eventostambém contribuem para a integração dos profissionais e para discussão de temas polêmicos,que exigem a mobilização da categoria em defesa de seu âmbito.

Pós-graduaçãoOutra opção para incrementar o currículo são os cursos de pós-graduação. Para uma

formação mais rápida e voltada ao mercado de trabalho, pode-se optar por uma especializaçãoou pós “latu sensu”. São programas que têm duração média de 18 meses e não há necessi-dade de elaborar e defender uma tese.

Já para aqueles que se interessam por pesquisa ou pela área de educação, o ideal é optarpela pós “strictu sensu”, como o mestrado e o doutorado. Nesse caso, o aluno precisadesenvolver um projeto de pesquisa, com a ajuda de um orientador.

De acordo com dr. Leoberto, aqueles que desejam se tornar pesquisadores devem darpreferência às instituições públicas já na graduação. “Elas têm maioratuação em pesquisa científica e isso se reflete na formação deseus alunos, que têm mais oportunidades de contato com núcleosde pesquisa através de estágios de iniciação científica e até mesmoatravés de um convívio mais extensivo com seus professores, quenormalmente também são pesquisadores. Quanto às instituiçõesparticulares, parece-me que seus egressos recebem uma formaçãomais voltada para as necessidades do mercado e são, atualmente,responsáveis pelo atendimento de uma grande fatia da demandade profissionais farmacêuticos”.

Escolha criteriosaOutros fatores devem ser levados em conta na escolha da

pós-graduação. Primeiramente, com base não apenas nas afini-dades e preferências pessoais, como também em uma análisedo mercado de trabalho, é preciso definir o tema da pesquisa oucampo de atuação em que o aluno pretende se especializar.

Feito isso, deve-se procurar uma instituição que enfoca, emsuas pesquisas, a área escolhida. Também é fundamental veri-ficar se o curso é credenciado e bem conceituado junto à Coor-denação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Ca-pes), bem como sua aceitação e credibilidade no mercado.

“Atualmente, no Estado de São Paulo temos programas depós-graduação com conceito 7 concedido pela Capes, que é anota máxima, e temos cursos de especialização de excelente

qualidade. Como o setor farmacêutico estáem expansão acredito que todas as suasáreas são promissoras”, avalia dr. Leoberto.

Aqueles que optam pelos cursos “strictusensu” têm, ainda, uma outra escolha impor-tante a fazer: a definição de um orientador.Para isso, é preciso conhecer sua linha deestudos e avaliar se ela é compatível com osobjetivos do aluno.

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Farmácia

a maioria das vezes, os farmacêuticos por possuírem uma formação maistécnica, não estão acostumados com leis, normas ou portarias que tratamdo aspecto administrativo ou de recursos humanos. Quando o assunto é

segurança no trabalho, é fundamental que não só o farmacêutico, mas toda a equipe, tenhaconhecimento dos procedimentos essenciais para evitar possíveis problemas.

Podemos definir segurança do trabalho como um conjunto de medidas que visam minimizaros acidentes e doenças ocupacionais, e proteger a integridade e a capacidade de trabalho osfuncionários. Qualquer incidente dentro ou fora do ambiente de trabalho, ou mesmo em viagema serviço, é considerado acidente de trabalho.

De acordo com o Ministério da Previdência Social, em 2004, o setor da saúde ocupou oprimeiro lugar no ranking de registros de acidentes ocupacionais. Os casos mais comuns sãorelacionados a perfurocortantes, como seringas, escalpes, lancetas e cacos de vidros.

Cada estabelecimento deve possuir uma equipe de segurança do trabalho, composta portécnico, engenheiro, médico e enfermeiro. Esses profissionais formam o Serviço Especializadoem Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Empresas de pequeno portepodem contratar uma empresa especializada em segurança e medicina do trabalho.

Para dr. Daniel Antunes Junior, membro da Comissão de Farmácia do CRF-SP, é muitomais sensato investir em prevenção e em regularização da segurança na empresa do quearcar com complicações legais e prejuízos. “Além de proteger a saúde do trabalhador, oempregador deve ter em mente que a prevenção é o melhor caminho para se evitar gastoscomo encargos com advogados, perda de tempo, de materiais, na produção e indenizaçãopor acidentes de trabalho. Deve haver o envolvimento total da direção da empresa comtreinamentos e campanhas contínuas”.

SegurançaEM FARMÁCIAS E DROGARIAS

do trabalho

N

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A legislação no Brasil para esta área é muito ampla. O Ministériodo Trabalho e Emprego estabelece diversas Normas Regu-lamentadoras (NRs), assim como leis complementares, portarias edecretos, além das convenções Internacionais da Organização Inter-nacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

Dr. Daniel ressalta que as farmácias de manipulação tambémdevem seguir as regras gerais de segurança em laboratório. “Sãoregras simples e fáceis de memorizar, que abrangem a higiene, o usode vestimenta adequada, ausência de jóias ou adereços, assim comoas atitudes de fumar, beber e comer nesta área. Temos que levar emconsideração, também, os outros aspectos de segurança no manu-seio de ácidos ou substâncias e materiais aquecidos”.

BiossegurançaDr. Daniel também alerta que a segurança deve ser prioridade na

aplicação de injetáveis. O uso de luva descartável, sapato fechadocom sola antiderrapante, além de uma sala de aplicação arejada elimpa após cada atendimento para evitar contaminação são práti-cas recomendáveis. Se o aplicador se furar com a agulha usada,deverá se dirigir a um hospital para receber atendimento. A seringaapós o uso, tem que ser descartada imediatamente.

Para evitar acidentes com perfurocortantes, é importante nãoreencapar a agulha após o uso, não desconectá-la da seringa aodescartar e não jogar em lixo comum. O ideal é utilizar um coletor paraperfurocortantes com a capacidade de armazenar o volume de mate-rial usado, como preconiza o Programa de Gerenciamento de Resíduosde Serviços de Saúde (PGRSS).

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Farmácia Hospitalar

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO É MAIS UM PASSO PARA

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om um mercado cada vez mais competitivo, cresce a preocupação tantodos estudantes quanto dos profissionais da área de saúde em conquistarsua vaga no cenário atual de empregos. Como, muitas vezes, o aluno não

tem a oportunidade de colocar em prática o que aprendeu na teoria durante sua graduação,a busca por um programa de aprimoramento é essencial.

Essa foi uma das motivações da publicação do Decreto Estadual 13.919, de 11/09/1979, que regulamenta o programa de bolsas para o aprimoramento de médicos e de outrosprofissionais de nível superior da área da saúde pela Fundação do Desenvolvimento Admi-nistrativo (Fundap), entidade vinculada ao governo estadual voltada para a capacitação derecursos humanos.

Segundo Paula Regina de Francesco Picciafuoco, técnica em desenvolvimentoorganizacional e responsável pelo Programa de Aprimoramento (PAP) da Fundap, a inscriçãoé simples: o interessado tem que se inscrever na instituição desejada e credenciada e,depois prestar um concurso para ingressar. “Normalmente, o programa tem a duração de uma dois anos com 40 horas semanais. Cada aprimorando recebe uma bolsa de R$470,30”.

Para formar um profissional diferenciado e qualificado para o mercado, o PAP conta com400 programas em que 1.100 bolsas são oferecidas. Paula afirma que o retorno profissionalé tão rápido que vários ex-aprimorandos passaram em concursos públicos e, hoje, sãosupervisores do programa.

qualificação

Com o objetivo de complementara formação de recém-graduadosna área de saúde, a Fundapoferece 400 programas

Por conta da grande procura, o PAP, deacordo com a técnica, apresenta uma deman-da reprimida, pois o número de candidatos émuito superior à quantidade de vagas. “O pro-grama tem um ótimo potencial, antes haviacinco ou seis programas e, hoje, são mais de100. O único problema é que, como não temosreajuste há algum tempo, o valor das bolsas ébaixo em comparação a outras instituições”.

Embora o número de vagas seja peque-no, para os profissionais do curso de Farmá-cia que estão interessados em atuar em Far-mácia Hospitalar, as oportunidades ofereci-das pela Fundap são muitas. Ao todo, são 10programas disponibilizados, sendo nove nes-sa área e um no setor de Análises Clínicas.

Atualmente, apenas sete dos 10 progra-mas oferecidos estão funcionando em 2005,pois os outros três programas aguardam aliberação orçamentária para ser implantados.Hoje, há 28 bolsas em andamento na áreada Farmácia, localizadas no Hospital das Clí-nicas da Faculdade de Medicina da USP, Hos-pital das Clínicas de Ribeirão Preto, HospitalGuilherme Álvaro em Santos, Instituto deAssistência Médica ao Servidor Público Esta-dual e Faculdade de Ciências Farmacêuticasde Araraquara.

Além dos programas de aprimoramento,a Fundap oferece bolsas de estágio de nívelmédio, técnico e superior. Para os estudan-tes, recém-formados e profissionais que esti-verem interessados nos programas, bastaacessar o site da Fundação para adquirir maisinformações: www.fundap.sp.gov.br.

C

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Fitoterapia

uso das plantas comomatéria-prima para a ela-boração de ‘remédios’ é

tão antigo quanto a própria humanidade. Aolongo dessa história milenar, diversos méto-dos foram desenvolvidos para otimizar a ex-tração dos princípios ativos existentes nasplantas medicinais.

Dr. Paulo Chanel, membro do Grupo Técni-co de Fitoterapia do CRF-SP, explica que o pro-cesso extrativo mais antigo e primitivo, aindahoje utilizado, é a infusão ou “chá”, que con-siste em adicionar água fervente à droga ve-getal – planta colhida e seca - e tampar orecipiente. “No caso de plantas resistentes aocalor, é utilizado o método da decocção, que éa fervura da droga com a água até se obter aforma farmacêutica chamada decocto”.

Outro processo extrativo bem simples é amaceração, isto é, deixar a droga em contatocom o líquido extrator, geralmente água e ál-cool, por um período de sete a dez dias. Umdos produtos obtidos pela maceração é a tin-tura vegetal. A técnica também pode ser em-pregada na produção de vinhos medicinais, uti-lizando a bebida como líquido extrator.

Segundo dr. Chanel, o processo mais di-nâmico para a obtenção da tintura, ou extra-tos vegetais, é a percolação. Para isso, utiliza-se um equipamento chamado percolador, umaespécie de funil com filtro e torneira para regu-lar a passagem de líquido pela droga, que deve

PROCESSOS EXTRATIVOS UTILIZADOS NA

FitoterapiaO ser lenta e terminar somente quando atingido

o ponto de saturação. “Por este método, épossível esgotar o princípio ativo da droga”.

O farmacêutico destaca que, para as tin-turas vegetais, a proporção entre a matéria-prima utilizada e o produto final deve ser de 1/5, isto é, 1g de droga deve dar origem a 5 mlde tintura vegetal. Algumas farmacopéias ado-tam a proporção de 1/10. Se o volume finalobtido for maior, será preciso concentrá-lo pelaevaporação do líquido a baixas temperatura epressão. “Se continuarmos com o processo deconcentração por evaporação até a proporçãode 1/1, obtemos a forma farmacêutica deno-minada extrato fluido, em que cada mlcorresponde a 1g da droga vegetal”.

Para se obter o extrato seco, assunto tra-tado na edição anterior da Revista do Farma-cêutico, basta continuar com o método deconcentração até todo o líquido evaporar.

Por último, dr. Chanel menciona o proces-so conhecido como digestão, em que a drogavegetal é aquecida em banho-maria comoleóleo, por um período de quatro a seis horas,entre 40 e 60 graus. “A forma farmacêuticaresultante do processo de digestão pode ser oóleo ou óleo medicinal, produto de uso tópico”.

Independente do processo extrativo, é pre-ciso cuidado para que o princípio ativo contidona droga vegetal não se desnature. “É funda-mental que seja feito o controle de qualidadedos fitoterápicos”, diz dr. Chanel.

INFUSÃO

Água fervente

Droga vegetal

MACERAÇÃO

Água e álcoolDrogavegetal

DECOCÇÃOÁgua

fervente

Drogavegetal

Drogavegetal

Água eálcool

Filtro

TorneiraTinturavegetal

PERCOLAÇÃO

Águafervente

ÓleoDroga

vegetal

DIGESTÃO

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Homeopatia

Homeopatia210 ANOS DE

I

Homeopatiachegou ao Brasil

Foi definida aFarmácia Homeopática

e seu objetivo

Fundação daAssociação Paulista

de Homeopatia

Inclusão de noções de farmacotécnicahomeopática, no conteúdo programático

da disciplina Farmacotécnica Galênicapara os cursos de Farmácia

Regulamentada a manipulação, recei-tuário, industrialização e a venda deprodutos utilizados em Homeopatia

Primeira edição daFarmacopéia

Homeopática Brasileira

Brasil como paísdiferenciado na área

de Homeopatia

1840 1886 1936 1952 1965 1976 2006

Rapidamente propagada noBrasil, essa forma de terapêuticaainda está conquistando seuespaço no território nacional

ntroduzida inicialmente em Santa Catarina por um médico e discí-pulo francês de Hahnemann, Benoît Mure, que chegou no País em1840, a Homeopatia obteve suas leis específicas somente a partir

de 1965, por conta de disputas com os segmentos médicos existentes, queresistiam à nova forma de medicina, denominada holística.

Em razão desses impasses, somente em 1979 a Homeopatia se tornouuma especialidade médica reconhecida pela Associação Médica Brasileira.Segundo dra. Mafalda Biagini, membro do Grupo Técnico de Homeopatiado CRF-SP, foi a partir desse reconhecimento que surgiram a Fundação doInstituto Hahnemanniano do Brasil, em 1880, o Regulamento Sanitário doImpério, em 1886, e a Associação Paulista de Homeopatia, em 1936.

Além dessas conquistas, também foi publicada a Lei 1.552, de 1952,que tornou obrigatória a inclusão de noções de farmacotécnica homeo-pática no conteúdo programático da disciplina Farmacotécnica Galênica

para os cursos de Farmácia. Em 1965, o Decreto 57.477 regulamentou amanipulação, o receituário, a industrialização e a venda de produtos utili-zados em Homeopatia. Já a edição da primeira Farmacopéia Homeopáti-ca Brasileira só ocorreu onze anos depois, em 1976.

Com o reconhecimento legal, a adesão dos profissionais teve aumen-to significativo e refletiu no surgimento de cursos de especialização dasdiversas áreas da saúde como Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária eOdontologia. “Os profissionais desses setores criaram associações nacio-nais e regionais para organizar a produção do conhecimento, desenvolverpesquisa e, principalmente, difundir a Homeopatia”, explica dra. Mafalda.

Dra. Andréa Ruggiero, membro do GT de Homeopatia, comenta que,como resultado da organização da área, o número de usuários de medica-mentos homeopáticos aumentou, passando a cobrar a implantação daterapêutica no Sistema Único de Saúde (SUS), o que ampliou o acesso dacomunidade a esse tratamento. “Outra conquista é a inclusão da Homeopa-tia no quadro de especialidades de alguns convênios de saúde”.

Diferente da realidade internacional, em que o medicamento homeo-pático é apenas dispensado pelo farmacêutico, no Brasil, a preparação éfeita nas farmácias de manipulação sob prescrição médica. Para dra.Andréa, essa prática fortalece o âmbito profissional de manipulação.

Dra. Mafalda destaca como mais um diferencial da realidade brasileiraa forma como a Homeopatia está hoje organizada em associações einstitutos, e também sua entrada na grade curricular dos cursos de Far-mácia e Medicina humana e veterinária. “Isso coloca o Brasil em umaposição de destaque e faz com que ele seja um dos celeiros dessa moda-lidade terapêutica em todo o mundo”.

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Indústria

s alergias alimentares, embora representem um sério risco à saúde, ainda são pouco enten-didas pelos profissionais da área. Somente nos últimos dez anos é que se começou adesvendar as causas das reações adversas provocadas por determinados alimentos.

De acordo com o professor e pesquisador da USP, dr. Flávio Finardi, existem dois mecanismos distintos quedesencadeiam as reações alérgicas. Um deles é comandado por uma substância denominada imunoglobulina G(IgG), que causa sintomas leves como urticária, aumento de coriza ou desconforto gastrintestinal. Um exemplo éa doença celíaca, que impede o portador de ingerir qualquer alimento que contenha glúten.

O segundo tipo é comandado pela imunoglobulina E (IgE), responsável pelas formas mais graves de alergia.

O PERIGO DOS ALIMENTOS

Saiba quais são os sintomase como prevenir as alergiasalimentares

alergênicos

A

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PRINCIPAISALERGÊNICOS

Sintomas mais freqüentes

Distúrbios gastrintestinais: diarréia, náusea, vômitos, espasmos, distensão abdominal e dor;

Urticárias: placas avermelhadas e inchadas pelo corpo que provocam intensa coceira;

Problemas respiratórios: aumento de coriza e dificuldade para respirar;

Edemas: inchaço e vermelhidão nas mucosas;

Edema de glote: inchaço na cavidade interna (mucosa) da garganta, provocando dificuldade respiratória; e

Choque anafilático: reações generalizadas e agudas (desenvolvem-se em poucos minutos), começam com coceira nas mãos, gosto demetal na boca, tosse, coceira no corpo, desmaio e possível parada cardiorrespiratória.

Neste caso, as reações costumam ser muito rápidas, podendo levar à morte por paradacardiorrespiratória, caso o paciente não seja imediatamente atendido.

O que acontece em ambas as situações, é que as células do sistema imunológico da pessoa alérgicaconfundem uma substância alimentar, em geral uma proteína, com invasores perigosos, como vírus ebactérias. O organismo então ataca esse nutriente, desencadeando as reações. Assim sendo, quantomais rico em proteína for o alimento, maiores serão as chances de desenvolver o processo alérgico.

CausasSegundo dr. Finardi, existem várias teorias sobre as

causas das alergias alimentares. Uma delas relaciona oproblema ao excesso de higiene. Povos menos desen-volvidos e com pouca assepsia, costumam ter baixíssimoíndice desse problema. Isso porque, desde crianças, elesestão expostos a vários tipos de antígenos, o que fazcom que o corpo desenvolva uma proteção natural. Já acriança que nasce em um ambiente muito limpo, temuma defesa muito menor por falta de estímulo.

Uma outra corrente acredita que alguns grupos étni-cos da África têm pouca incidência de alergias devido aoalto índice de parasitas intestinais o que, de algumaforma, os protegeria.

Acredita-se também que as mães possam passar,via leite materno, anticorpos aos filhos, o que explica ofato de que certas alergias são mais comuns em deter-minados povos e raras em outros. Portanto, aamamentação até os seis meses de idade pelo menos,é fundamental na prevenção das alergias alimentares.

SoluçõesAté o momento, não existe uma cura efetiva para

esse mal. Em geral, o que se procura é preveni-lo, evi-tando os alimentos que desencadeiam as reações, ouminimizar os efeitos por meio de antihistamínicos.

Na busca de soluções para as alergias alimentares,o farmacêutico pode atuar na área de pesquisa. “Nos-so papel é ampliar o conhecimento sobre os mecanis-mos que levam à alergia alimentar para então transmiti-lo a médicos ou nutricionistas, que irão lidar diretamen-te com a população. Podemos atuar, ainda, na pesqui-sa com alimentos geneticamente modificados”, explicadr. Finardi.

• leite• ovos• sementes oleaginosas comocastanhas, amendoins e nozes• frutos do mar• soja e derivados

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Resíduos e Gestão Ambiental

ORIENTAÇÃO É A

Farmacêuticos devem ter conhecimento ecolocar em prática as legislaçõesrelacionadas ao gerenciamento de resíduos

solução

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farmacêutico é um dos profissionais mais capa-citados para ser responsável pela elaboração,implantação, coordenação e treinamento do

Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS).A formação na área de saúde possibilita o acompanhamento criteriosodos processos de descarte dos resíduos de serviço de saúde.

Entretanto, na prática, o que se tem visto é que a utilização de umPGRSS ainda não foi adotada por boa parte das farmácias e drogarias.Durante a rotina de inspeções, o que os fiscais do CRF-SP constataramé que 90% dos estabelecimentos não possuíam o Plano deGerenciamento de Resíduos. Dra. Irene dos Santos, fiscal do CRF-SPacredita que muito se deve ao desconhecimento da legislação porparte dos proprietários e dos próprios farmacêuticos. “Nas fichas deverificação do exercício profissional, que averigua as condições de fun-cionamento dos estabelecimentos para o bom desempenho da profis-são, há um item que aborda a questão da elaboração de um PGRSS.Muitas vezes nos deparamos com a ausência do Plano. Quando issoacontece, orientamos o profissional, dando caminhos para a adequa-ção como a consulta em sites da Anvisa, CONAMA, CFF, Cetesb e opróprio atendimento do CRF-SP”.

As diretrizes do gerenciamento de resíduos estão descritas nasresoluções 306/04 da Anvisa, e 358/05, do Conama. Essas legisla-ções regularizam o setor e estão em harmonia do ponto de vista daclassificação adotada para o gerenciamento dos resíduos dos servi-ços de saúde.

Recentemente, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente publicouuma resolução que atua apenas em âmbito estadual. De acordo comdr. Fernando Koshiba Gonçalves, coordenador da Comissão de Resí-duos e Gestão Ambiental do CRF-SP, a SMA 33 de 16/11/2005, possuialguns pontos que diferem das resoluções federais, como o fato de ogerador ter que devolver o produto inutilizado ao fabricante e protocolarrequerimento junto à Cetesb.

Dra. Eliana de Paula Dias Oriolo, membro da Comissão, acreditaque o caráter orientativo, por parte do CRF-SP pode ser, num primeiromomento, um importante instrumento para o esclarecimento de dú-vidas dos profissionais, conseqüentente, a adequação dos estabele-cimentos, no que se refere às resoluções que abrangem o PGRSS.

OConfira um dos artigos da nova

resolução para os resíduos de serviçosde saúde classificados no Grupo B,

e que devem ser submetidos atratamento e destinação final específicos.

Artigo 5º- Os resíduos de serviços de saúde classificadosno Grupo B deverão ser submetidos a tratamento e destinaçãofinal específicos.

§ 1º - Os quimioterápicos, imunoterápicos e antimicrobia-nos, os hormônios e medicamentos vencidos, alterados, inter-ditados, parcialmente utilizados ou impróprios para consumodeverão ser devolvidos ao fabricante ou, por meio do distribui-dor, ao importador.

§ 2º - Para garantir as condições adequadas de retorno aofabricante ou ao importador, o manuseio e o transporte dosresíduos discriminados no § 1º deste artigo, serão de respon-sabilidade dos importadores, distribuidores, comércio varejis-ta, farmácias de manipulação e serviços de saúde.

§ 3º - Os estabelecimentos de serviços de saúde, licen-ciados pela Cetesb, geradores de resíduos químicos, deve-rão elaborar um plano de gerenciamento desses resíduosde acordo com a norma Cetesb P4.262 - Gerenciamento deResíduos Químicos Provenientes de Estabelecimentos deServiços de Saúde (Procedimento) – a ser submetido àavaliação da Cetesb.

Dra. Eliana Oriolo,membro da Comissãode Resíduos e Gestão

Ambiental

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Saúde Pública

ETER OU NÃO TER

Prerrogativas:

m alguns momentos, al inha que separa osconceitos de prerrogati-

va e privilégio pode parecer tênue, co-tejadas literalmente. A diferença, no en-tanto, está no fato de que as prerroga-tivas estabelecem parâmetros da atua-ção profissional e podem ser utilizadasna defesa do exercício da atividade. Emoutras palavras, prerrogativa pode serdefinida como a defesa do interesse doprofissional na execução do trabalho nasua plenitude.

A Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) é certamente a entidade quepossui a estrutura mais organizadanesse sentido. Em São Paulo, a OABmantém, entre as mais de 60 comis-sões coordenadas pela entidade, a Co-missão de Direitos e Prerrogativas, cujaprincipal atribuição é julgar os pedidosde desagravos contra autoridades queofenderem os direitos e prerrogativasdos advogados.

Com uma estrutura de presidência,vice-presidência, membros e conselho

profissional. Se houver uma condutapessoal inadequada por parte de um ad-vogado, a instância de discussão deixade ser a Comissão de Direitos e Prerro-gativas e passa a ser o Tribunal de Éticae Disciplina da Ordem”, esclarece dr.Marco Aurélio

provisório, a Comissão de Direitos e Prer-rogativas também é responsável por veri-ficar os casos de exercício ilegal da profis-são, promover diligências e demais medi-das na defesa da preservação das prerro-gativas, além de verificar as condições detrabalho dos profissionais inscritos. “Teruma organização que atue nessa di-reção é uma necessidade proemi-nente da profissão, pois o advogadonunca trabalha em benefício próprio,mas sempre representando o inte-resse de um terceiro” , observa o vice-presidente da Comissão, dr. MarcoAurélio Vicente Vieira.

Estabelecidos pela Lei Federal8.906/94, os direitos dos advogadosvão da liberdade de exercer a ativi-dade livremente em todo o territórionacional, até a exigência da presen-ça de representante da OAB no casode prisão em flagrante por motivo li-gado ao exercício profissional. “So-bre esse ponto, é importante ressal-tar que o trabalho da Comissão é li-gado exclusivamente ao exercício

Dr. Rogério Frota

The

Book

er

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As atividades privativas do farmacêutico são taxativas nosdecretos 20.377/31 e 85.878/81 e abrangem a manipulação ecomércio de medicamentos, a dispensação e responsabilidadetécnica em farmácias, indústrias, laboratórios e depósitos de pro-dutos farmacêuticos, entre outros.

Tramita na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei, de auto-ria da deputada Alice Portugal, que estabelece os atos privativosda profissão farmacêutica. Em sua justificativa para a apresenta-ção do Projeto, a deputada destaca que a atividade carece deuma regulamentação legal, pois sua autonomia é prejudicada emfunção da forma de organização atual. Como a Farmácia é umaatividade regulamentada, é necessário que as normas gerais deconhecimento técnico-científico sejam preservadas para a devidapromoção e prevenção da saúde.

A categoria, no entanto, não possui um grupo que enfrente aquestão da defesa das suas prerrogativas. Por esse motivo, dr.Rogério Frota, coordenador da Comissão de Saúde Pública doCRF-SP, vem desenvolvendo uma proposta de instituição de umaComissão de Direitos e Prerrogativas dos Farmacêuticos.

Para o coordenador, os profissionais devem procurar o sindicato, associação, ou opróprio Conselho, quando perceberem que seus direitos e prerrogativas foram viola-dos. “As entidades, por meio de um exame minucioso do caso concreto, auxiliarão oprofissional a tomar as medidas cabíveis, podendo, quando for o caso, avocar a defesada prerrogativa”.

O maior desafio, neste primeiro momento, é a sensibilização dos farmacêuticos edas lideranças da categoria em relação às prerrogativas. “Quando iniciarmos esseprocesso com o registro de denúncias de violação das prerrogativas, e na medida emque intensificarmos as verificações, teremos a real percepção do número de casos emque existe o desrespeito aos direitos dos farmacêuticos em relação ao exercício profis-sional”, avalia dr. Rogério.

No processo de implementação, uma das primeiras etapas é realizar um levanta-mento minucioso de situações e documentos, criando um corpo de conhecimentos apartir de situações reais. Dessa forma, será possível a criação dos parâmetros deatuação da Comissão. “Com o tempo, e com a análise dos vários casos concretos, vãose estabelecendo as ‘jurisprudências’, e um conhecimento maior sobre os fatos, apartir dos quais poderá surgir a necessidade de criação de novas resoluções, leis,portarias e deliberações que deverão ser capitaneadas pelos órgãos de classe, alémde haver a própria atuação das entidades no local onde ocorreu o fato”, explica ocoordenador.

Prerrogativas do farmacêutico

Para participar dessa discussão, os

farmacêuticos podem enviar

mensagem para a Comissão de

Saúde Pública no e-mail

[email protected]

A proposta exige uma discussão am-pla por parte dos farmacêuticos e, paradar um perfil mais abrangente aos tra-balhos, a idéia é de que a Comissão sejacomposta por profissionais de todos ossegmentos farmacêuticos com a asses-soria jurídica do Conselho, e com poder,inclusive, de assistir o farmacêutico, demaneira individual ou coletivamente, nasdemandas judiciais. “Em suma, a luta eproteção das prerrogativas do farmacêu-tico por ele e pelos órgãos de classe im-portam ao indivíduo, ao coletivo da cate-goria e, conseqüentemente, à socieda-de”, define dr. Rogério.

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O Clube de Vantagens é uma parceria do

Conselho Regional de Farmácia do

Estado de São Paulo com outros

estabelecimentos, que pode

proporcionar facilidades especiais no

acesso ao lazer, serviços, diversão e

cultura por meio de descontos.

Todos os farmacêuticos e funcionários

do CRF-SP podem participar, basta estar

em dia com sua anuidade e apresentar

sua identidade profissional. No caso dos

funcionários, deve-se mostrar o crachá.

Fique atento aos lugares

conveniados e aproveite!

Clube de VClube de VClube de VClube de VClube de Vantagensantagensantagensantagensantagens

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dez/jan/fev de 2006 • Revista Científica

CientíficaR E V I S TA

Publicação do CRF-SP • Ano II • DEZ/JAN/FEV 2006

1. INTRODUÇÃO

A Resolução RDC nº 175, de 08de julho de 2003, extinguiu os limi-tes para quantidade de fragmentosde insetos presentes em certos ali-mentos sob a justificativa de que so-mente insetos vetores de enfermida-des seriam motivo para condenaresses produtos. São diversas as in-coerências dessa legislação:

1) Os fragmentos de insetos sãomicroscópicos, não oferecendo porisso elementos diagnósticos em ní-vel de espécie;

2) Certos insetos são reconhe-cida e seguramente vetores de doen-ças, e os demais, além de o serem

Fragmentos de insetos em pães franceses:modificações no método analítico em vigor e

avaliação crítica da aplicação da resolução RDCnº 175/2003 a esse produto alimentício

potencialmente, são, por si mesmos,indicadores de pouca higiene, repul-sivos e alteram as característicassensoriais dos alimentos;

3) Os insetos são, por si pró-prios, causadores de várias enfermi-dades, entre as quais se destacam asreações alérgicas e outras reaçõestóxicas e idiossincráticas. Sabe-seque certos metabólitos dos insetossão carcinogênicos (as quinonas, porexemplo).

Sendo um Laboratório de SaúdePública, o Instituto Adolfo Lutz temacompanhado e orientado a evoluçãoda indústria de produtos de panifica-ção e, de fato, esta vinha melhoran-do a qualidade higiênica de seus pro-dutos, mas essa tendência reverteu-se nos últimos dois anos (ZAMBONIet al, 1985, 1989, 1990). Nesse textosão apresentados dados obtidos empesquisa de fragmentos de insetosem amostras de pães franceses co-lhidas nas praças comerciais de seismunicípios do Estado de São Paulono último trimestre de 2003: SantoAndré, São Bernardo do Campo, SãoCaetano do Sul, Diadema, Mauá e Ri-beirão Pires (grande ABC).

O presente levantamento de da-dos consiste na comparação de re-sultados obtidos a partir de 30 amos-tras (cinco de cada município) segun-do o mé todo preconizado pelaA.O.A.C. 1990, e o mesmo método

modificado. É avaliada também a evo-lução da qualidade higiênica dessespães, comparando-se os dados obti-dos após a vigência da legislaçãoatual, representada pela Resolução– RDC nº 175/2003, com resultadosobtidos por ZAMBONI et al, 1990, em-pregando método da A.O.A.C. 1984,na vigência da legislação anterior(BRASIL. 1978 e BRASIL. 1986).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Foram analisadas em duplicatas30 amostras de pães franceses pro-cedentes de seis municípios do Es-tado de São Paulo, colhidas aleató-ria e dispersamente, no último trimes-tre do ano de 2003.

O método de análise empregadofoi o preconizado pela “Association ofOfficial Analytical Chemists. OfficialMethods of Analysis” - 1990, aplicá-vel à determinação de sujidades le-ves em pães, biscoitos, cookies, bo-los, salgadinhos e outros.

As modificações efetuadas nessemétodo são apresentadas em itálico.Materiais e reagentes empregadoscomo vidraria (béqueres, provetas,vidro de relógio, percolador, etc), cha-pa elétrica, autoclave, agitador mag-nético, ácido cloridrico p.a., lauril sul-fato de sódio, emulsificante, anties-pumante, sabão líquido neutro, álco-ol etílico hidratado 93,8º INPM, álco-

Autores:Ulysses Pereira1

Thales Kiatecoski2

Luzia Ilza Ferreira Jorge3

Augusta Mendes da Silva4

1. Pesquisador científico (biólogo). Institu-to Adolfo Lutz Laboratório I de Santo André2. Bolsista FUNDAP (biólogo). Instituto AdolfoLutz Laboratório I de Santo André3. Pesquisador científico (farmacêutica). Ins-tituto Adolfo Lutz Laboratório I de Santos4. Pesquisador científico (bióloga). InstitutoAdolfo Lutz Laboratório Central (São Paulo)Palavras-chave: pão francês, Resoluçãonº 175/03, fragmentos de insetos, frag-mentos de insetos em pão francês.

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CientíficaR E V I S T A

Revista Científica • dez/jan/fev de 2006

ol etílico comercial e sulfato de sódio.

Preparo da amostra para examemicroscópico

Fragmentar a amostra em peque-nos pedaços e fazer quatro tomadasde ensaio de 225 g da mesma (duaspara executar a análise segundo ométodo tradicional e duas para a aná-lise segundo o mesmo método modi-ficado). Transferir cada amostra parabéqueres de 2000 mL contendo 1000mL de água quente (55º - 70º C) e 20

mL de emulsificante. Como alternati-va pode-se substituir a água e oemulsificante por 1000 mL de solu-ção de lauril sulfato de sódio a 5% a55º C. Misturar bem o conteúdo dobéqueres. Adicionar sob agitação 30mL de HCl p.a., juntar l mL de solu-ção anti-espumante ou l mL de éteretílico (ou 30 mL de sabão líquidoneutro para o método modificado).Cobrir o béquer com vidro de relógioe papel mani lha ou equivalente.Aquecer a 121ºC por 15 a 20 minu-tos em autoclave. Transferir cuidado-

samente o conteúdo do béquerpara peneira nº 230 com auxíliode água quente (55º C – 70º C).No mé todo modi f icado essatransferência é feita com auxíliode jatos de água fria. Lavar aamostra até que o teor de resí-duo permaneça constante e aágua de lavagem torne-sel ímpida e isenta de espuma.Retornar o material retido na pe-neira para o béquer original. Adi-cionar 30 mL de ácido clorídricop.a. e levar o volume a 1000 mLcom água destilada. Aquecer àebulição durante 3 minutos, sobagitação. Adicionar 50 mL deóleo mineral e tornar a aquecerà ebulição (no método modifica-do apenas deixar em repousopor 5 minutos, sem aquecimen-to). Levar o béquer ao agitadormagnético por 3 minutos. Trans-ferir quantitativamente o conteú-do do béquer para o percoladorcontendo cerca de 250 mL deágua. Reservar o béquer paraposterior utilização. Completar ovolume do percolador com águaaté cerca de 1700 mL e deixarem repouso por 1 minuto. Agitaro conteúdo do percolador combastão de vidro e, a seguir,deixá-lo em repouso por 2 minu-tos. Drenar o conteúdo até cer-ca de 250 mL. Completar nova-mente o volume do percoladorcom água fria, deixar decantarpor 2 minutos e drenar até 250mL. Repetir essa extração (lava-gens) até que a fase aquosa setorne límpida e livre de materialem suspensão. Após a última la-

vagem, recolher a camada oleosapara o béquer reservado, enxaguan-do as paredes do percolador com omínimo de 50 mL de água quente, al-ternando com álcool etílico hidratado93,8º INPM (no método modificadoemprega-se álcool comercial). Casoas paredes do percolador não seapresentem limpas, lavar suas pare-des com solução de lauril sulfato desódio a 5% (no método modificadoemprega-se á lcool comum). Filtrarsobre papel de filtro enxaguando obéquer como descrito anteriormente.

TABELA 1 – NÚMERO DE FRAGMENTOS DE INSETOS EM AMOSTRASDE PÃES FRANCESES DA GRANDE S. PAULO

Amostra

Nº de fragmentos de insetos/ 225 g de pão(médias de duplicatas)

Método modificado apartir do A.O.A.C., 1990

Método oficialA.O.A.C., 1990

01 137 13402 118 12203 128 13104 161 15705 139 13406 161 15707 173 16708 189 19409 138 14410 118 12411 144 13912 152 16113 124 13214 188 18315 122 13116 237 24317 159 15118 228 23319 129 13420 230 22721 237 24322 136 14523 144 13724 138 14625 188 19226 237 24227 200 21428 154 16329 163 17230 143 135

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dez/jan/fev de 2006 • Revista Científica

Transferir o papel de filtro para placade Petri e examiná-lo ao microscópioestereoscópico sob aumento de 30vezes, contando os fragmentos de in-setos presentes.

3.RESULTADOS

Foram realizadas aná l ises emduplicatas, segundo o método des-crito acima e o método modificado(apresen tado em i tá l i co ) de 30amostras procedentes de seis mu-nic ípios paul is tas (Santo André ,São Bernardo do Campo, S. Caeta-no do Sul, Diadema, Mauá e Ribei-rão Preto), portanto, cinco amostrasde cada município. Não foram ob-servados pê los de roedores, emambos os métodos.

Amost ras contaminadas compêlos de rato tiveram índices de re-cuperação reproduzidos (compa-rando-se método oficial com méto-do modificado).

Os resultados da contagem defragmentos de insetos encontrados,médias de duplicatas, encontram-seexpressos na Tabela l.

4. CONCLUSÕES E DISCUSSÃO

Mesmo sem efetuar tratamentosestatísticos desses dados, a simplesobservação dos mesmos revela queo método modificado reproduziu osresultados obtidos com o método ofi-cial, podendo ser empregado emsubstituição ao mesmo. E o mesmose deu com a recuperação de pêlosde roedores em amostras contami-nadas intencionalmente (não apre-sentadas nos resultados).

Considerando o exposto, pode-se afirmar que o método modifica-do pode e deve ser empregado emsubstituição ao método oficial, poisreproduz f ielmente os resultadosdaque le , com as van tagens deagilizar a marcha analítica e de re-duzir custos operacionais.

Comparando-se os resultadosobservados nesse trabalho com osobtidos por ZAMBONI et al, 1990,observa-se que houve um avançoquanto ao grave problema da con-taminação de produtos de panifica-

ção por pê los de roedores. ZAM-BONI et al, 1990, trabalharam comfarinha de rosca, produto mais ex-posto a fatores que facilitam a con-taminação por insetos (tempo deestocagem; resíduos e poeira emequipamentos, no chão e no ar, etc)do que o pão francês. Naquela épo-ca, cerca de 15% das amostras defarinha de rosca de padaria e de 3%das amostras de farinha de roscaindustrializadas apresentavam de 1a 10 pêlos de roedor. Observou-seno presente trabalho que essa con-taminação deixou de existir.

Porém, quanto à contagem defragmentos de insetos houve um re-trocesso significativo, pois, naque-la época, 50 % das amostras de fa-rinha de rosca analisadas apresen-tavam de 30 a 60 fragmentos de in-setos em 100 g de amostra e, rara-mente a lguma amost ra de 100gapresentava mais do que 90 frag-mentos de insetos. Neste trabalhoavaliou-se a condição sanitária dopão francês, que tem “giro” maisrápido do que a farinha de rosca,estando portanto relativamente me-nos exposto a fatores de contami-nação do que aquela. Observou-seque a totalidade das amostras depão continham acima de 100 frag-mentos de insetos por 100 g deamostra.

Esses resultados confirmam oque se inferia que aconteceria apósa vigência da Resolução – RDC nº175 de 2003. Essa lei manteve a im-propriedade para consumo de ali-mentos contendo pê los de roedorque já existia na legislação anterior,porém extinguiu a possibilidade decondenação por “condições higiêni-cas insatisfatórias” quando da pre-sença de grande quant idade defragmentos de insetos em produtosde panificação, cuja base legal erarepresentada pela Resolução nº 12/78 e pela Portaria nº 1 de 1986. Aatual legislação reserva a condena-ção apenas para quando os frag-mentos sejam de insetos vetores dedoenças. Mas como iden t i f i ca rtaxonômicamente insetos atravésde fragmentos microscópicos dosmesmos? A Resolução – RDC nº

175 não trouxe benefício nenhumpara o consumidor, estimulando anegligência com higiene por parteda indústria de panificação, histori-camente afeita ao lucro, mesmo queesse venha em detrimento da segu-rança para a saúde do consumidor.

São inúmeras as condenaçõese as publicações que a Seção deMicroscopia Alimentar do InstitutoAdolfo Lutz tem feito ao longo dosúltimos trinta anos nessa área, taiscomo: ZAMBONI et al, 1985; ZAM-BONI et al, 1985; ZAMBONI et al,1989; ZAMBONI et al, 1990; entreoutros. E, quando essa produçãocomeçava a frut i f icar, quando osmoinhos e os pequenos e médiosprodutores de produtos de panifica-ção começavam a melhorar sua me-canização e condições sanitár ias,com uma “canetada” todo esse es-forço e dedicação são despreza-dos... Mas, como dizia um saudo-so professor dos nossos temposde Universidade, já ausente entrenós mas sempre presente em nos-sas memór ias e em nossos cora-ções: “Insisto, persisto, não desis-to ” (Andre jus Koro lkovas) . Essafrase transmite-nos que o pesqui-sador deve ter perseverança e co-ragem. Perseverança para desen-vo lver suas pesqu isas a ten ta ededicadamente e, coragem paraenfrentar o confronto com idé ias einteresses estabelecidos que osr e s u l t a d o s o b t i d o s p o r ve n t u r acausem. Não fosse pela coragemde Pasteur, de Galileu Galilei e deSantos Dumont, até hoje as mu-lheres estar iam morrendo de par-to e todos estaríamos acreditandoque a Terra não se move e que ohomem não pode voar.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem aos fun-cionár ios das seções de Broma-tologia e Química e de Biologia Mé-dica do Instituto Adolfo Lutz Labo-ratório I de Santo André pela aqui-sição e fornecimento das amostrasa partir de seus locais de moradia(grande ABC), anal isadas nessetrabalho.

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Revista Científica • dez/jan/fev de 2006

CONSELHO EDITORIAL

COORDENADOR:Prof. Dr. José Artur da Silva Emim

MEMBROS:Prof. Dr. Leoberto Costa Tavares

Prof. Dra. Luz Marina TrujilloProf. Dr. Geraldo A. de OliveiraProf. Dr. Fabio Ribeiro da Silva

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Expediente

CONSULTORES:Comissão de Educação

Farmacêutica do CRF-SP

A Revista Científica do CRF-SP é parte integranteda Revista do Farmacêutico, não podendo sercomercializada ou distribuída separadamente.

O conteúdo apresentado é de inteiraresponsabilidade dos seus autores.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ed. Washington, D.C., A.O.A.C., 1990.BRASIL – Leis, decretos, etc. – Re-

solução nº 12/78 da Comissão Nacio-nal de Normas e Padrões para Alimen-tos. Diário Oficial, Brasília, 24 jul. 1978.Seção I, pt. I, p.11613-4. Aprova as Nor-mas Técnicas Especiais do Estado deSão Paulo, revistas pela CNNPA, rela-tivas a alimentos e bebidas.

BRASIL – Leis, decretos, etc. –Resolução – RDC nº 175, de 08 delho de 2003. Diário Oficial, Brasília,08 jul. 2003, republicada no D. O.U.de 10/07/2003.

BRASIL – Leis, decretos, etc. –Portaria nº 1 de 4 de abril de 1986da Divisão Nacional de VigilânciaSanitária de Alimentos do Ministérioda Saúde. Diário Oficial, Brasília, 8de abril de 1986, Seção I, p.5039.Modifica características microscópi-cas de farinhas e seus derivados daResolução nº 12/78 da CNNPA.

ZAMBONI, C. Q. et al – Partícu-

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ZAMBONI, C. Q. et al – Compa-ração entre métodos de extração desujidades em farinha de rosca. Rev.Inst. Adolfo Lutz, 45:27-9, 1985.

ZAMBONI, C. Q. et al – Compa-ração entre métodos para pesquisade sujidades e verificação das con-dições higiênicas das massas ali-mentícias por microscopia. Rev. Inst.Adolfo Lutz, 49:11-7, 1989.

ZAMBONI, C. Q. et al – Farinhade rosca: matérias estranhas. Rev.Inst. Adolfo Lutz, 50:245-9, 1990.

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A importância da farmácia demanipulação nos tratamentos atuais

Loyd V. Allen, Jr., Ph.D.Editor-chefe do Internat ional Journal of

Pharmaceutical CompoundingPresidente da International Society of

Pharmaceutical Compounding

Tradução de Luis Antonio Paludetti,Farmacêutico – Editor-chefe da Ed. Brasileira do

International Journal of Pharmaceutical Compounding,Membro da International Society of PharmaceuticalCompounding

Resumo

Atualmente, a farmácia de manipulação exerce umpapel de extrema importância nos cuidados para coma saúde. O “Food and Drug Administration” (FDA) re-conhece a importância das farmácias de manipula-ção e apóia a manipulação de medicamentos de acor-do com a legislação vigente. Apesar de o FDA acre-ditar que algumas farmácias estão “fabricando” aoinvés de “manipulando”, está havendo evolução nes-te ponto de vista. É possível ficar sem as farmáciasde manipulação? A resposta é NÃO. É preciso terfarmácias de manipulação com qualidade e os far-macêuticos devem se dedicar a cuidar de seus pa-cientes com medicamentos individualizados e espe-cíficos para eles.

Introdução

No passado, a manipulação magistral de medica-mentos era sinônimo de farmácia. Ao longo da histó-ria, os farmacêuticos sempre tiveram que manipularpara seus pacientes, medicamentos em doses per-sonalizadas sempre que prescritas pelos médicos.Mas, no início do século XX, a indústria farmacêuti-

ca iniciou a fabricação de uma miríade de fármacose medicamentos, diminuindo a necessidade por me-dicamentos manipulados. Entretanto, muitas mudan-ças aconteceram desde o final do século XX, e aindústria farmacêutica não é mais capaz de suprir ospacientes com todos os medicamentos de que elesnecessitam.

Por que as farmácias de manipulação sãoimportantes

1. Limitações nas doses dos medicamentos: Aindústria farmacêutica oferece os medicamentos emdosagens padronizadas. Estas dosagens nem sempresuprem todas as necessidades e, eventualmente, énecessário ajustar as dosagens para o paciente, o queé feito pelas farmácias de manipulação.

2. Apresentações limitadas: A indústria farma-cêutica oferece apresentações limitadas de um me-dicamento; geralmente, os medicamentos são fabri-cados apenas para uso oral (forma de comprimidosou cápsulas) ou na forma de injetáveis. De fato, oCongresso dos E.U.A. tem permitido a obtenção depatentes adicionais quando as indústrias farmacêuti-cas produzem medicamentos para uso pediátrico,mas a maioria das indústrias farmacêuticas não ofazem, uma vez que isto não é economicamente in-teressante para elas. Por isso, as farmácias de mani-pulação são necessárias.

3. Assistência domiciliar: Um porcentual signi-ficativo das necessidades dos pacientes assistidosem domicílio é satisfeito pelas farmácias de manipu-lação, como por exemplo, a nutrição parenteral total(gorduras, açúcares e aminoácidos por via intra-venosa) que é necessária para a cura de disfunçõespós-operatórias do intestino. Estes pacientes não

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poderiam ser medicados satisfatoriamente ou man-ter uma condição nutricional adequada com medica-mentos industrializados.

4. Pacientes hospitalizados e sob cuidadospaliativos: As terapias para pacientes terminaisenvolvem a manipulação de medicamentos varia-dos e personalizados, de modo a permitir que ospacientes sobrevivam ou que possam ter sua dore desconforto aliviados. Diversas combinaçõesde medicamentos são utilizadas para o tratamen-to destes pacientes, que não podem ingerir me-dicamentos ou que não possuem massa muscu-lar suficiente para receber várias injeções diaria-mente. As farmácias de manipulação podem pre-parar medicamentos que podem ser aplicadosinalados ou aplicados por via nasal, tópica,transdérmica e retal.

5. Fármacos descontinuados: A indústria far-macêutica tem interrompido a fabricação de cente-nas de medicamentos ao longo dos últimos 25 anos,devido à motivos econômicos. Entre estes, estãomedicamentos efetivos e importantes. O únicomodo de obtê-los é por meio de farmácias de ma-nipulação.

6. Falta de medicamentos: Como a maioria dasmatérias-primas é importada, a comercialização demedicamentos industrializados pode sofrer proble-mas. Na maioria dos casos, estes medicamentospodem ser manipulados para auxiliar a suprir a ne-cessidade até que o medicamento industrializadoretorne ao mercado.

7. Misturas para uso hospitalar: Na maioriados hospitais, quando não em todos, os medica-mentos intravenosos administrados para salvar vi-das são manipulados por farmacêuticos. Isto pou-pa tempo dos profissionais e reduz a necessidadede múltiplas injeções ou administrações de medi-camentos. É difícil imaginar um hospital sem umacentral de misturas para uso intravenoso.

8. Medicamentos órfãos: Quando os médicosprescrevem medicamentos que não mais estão nomercado, eles podem ser manipulados pelas far-mácias.

9. Grupos especiais de pacientes: Neste casopodemos incluir os pacientes sob tratamento da dorterminal, pacientes em tratamento de reposição

hormonal com hormônios bioidênticos, pacientesde traumatologia (atletas profissionais, amadoresou olímpicos), pacientes tratados por dentistas,dermatologistas, pacientes hipersensíveis a cos-méticos ou alérgicos e todos aqueles que estãosendo tratados com sucesso utilizando-se de me-dicamentos prescritos por profissionais de saúdehabilitados e manipulados em farmácias. De fato,o tratamento do câncer envolve ainda misturas demedicamentos ou “coquetéis” que existem devidoà possibilidade de manipulação em farmácias. Alémdisso, medicamentos especiais para cirurgias of-tálmicas ou ortopédicas podem não estar disponí-veis comercialmente.

10. Novas abordagens terapêuticas: Caso ummédico deseje utilizar um medicamento que estásendo utilizado com sucesso em outros paísesmas ainda não esteja disponível aqui, o médicopode prescrever um medicamento manipulado emfarmácias. Por exemplo, se um medicamento apro-vado para o tratamento de artrite por via oral forprescrito na forma de um gel tópica, é possívelevitar o sangramento gástrico e reduzir o custototal para o sistema de saúde com hospitalizaçãoe tratamento.

11. Manipulação veterinária: Os animais po-dem ser agrupados em várias categorias, como porexemplo, os pequenos, grandes, de criação, exóti-cos e de estimação. Não existem muitos medica-mentos disponíveis para os animais, e quando exis-tem são para doenças específicas. Na maioria doscasos, para que um animal seja adequadamentetratado é necessário o uso de medicamentos ma-nipulados em farmácias.

12. Estudos clínicos: Os farmacêuticos podemmanipular medicamentos que não estão disponí-veis comercialmente e são utilizados em váriosestudos clínicos.

13. Radiofármacos: Neste caso, o medicamen-to manipulado é marcado com uma fonte radioati-va que circula no organismo e, eventualmente, seconcentra em determinado órgão, que está sendoanalisado. Entre os mais de 100 diferentes tiposde procedimentos de diagnóstico radioativo con-duzidos a cada dia, podemos citar o diagnósticopor imagem, a determinação do fluxo sanguíneo ea função cardíaca, o bloqueio da bexiga, a deter-minação da capacidade respiratória, a densito-

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metria óssea, artrite infecciosa, tumores, san-gramentos intestinais, localização de focos infec-ciosos, medida da função da tireóide e determina-ção da metástase de cânceres.

O que ocorreria sem as farmácias de manipulação

As farmácias de manipulação são muito im-portantes no atual sistema de saúde, porque semelas:

1. Crianças não poderiam utilizar xaropes esuspensões que facilitam a utlização dos medi-camentos, já que elas têm dificuldade de ingerircomprimidos e cápsulas.

2. Os idosos não teriam acesso a novas for-mas de apresentação que tornam mais fácil o usode medicamentos para aqueles que tem dificul-dade de ingerir comprimidos e cápsulas.

3. Pacientes hospitalizados precisariam re-ceber inúmeros medicamentos separadamente,especialmente os injetáveis, ao invés de uma mis-tura simples, por via endovenosa. Múltiplas inje-ções podem ser traumáticas para o paciente.

4. Medicamentos para o tratamento do cân-cer, quando necessários, teriam de ser adminis-trados individualmente, ao invés de combinados,o que poderia resultar em maiores tempos de ad-ministração e possivelmente mais dor.

5. Os médicos não teriam à sua disposiçãoradiofármacos para diagnóstico e tratamento.

6. Os adultos estariam limitados a recebermedicamentos em dosagens restritas (na maio-ria dos casos, uma única dosagem), a menos queeles espontaneamente cortassem seus compri-midos para obter as doses necessárias.

7. Diversos tipos de terapias não estariamdisponíveis aos pacientes, como por exemplo, aterapia com hormônios bioidênticos.

8. Os pacientes estariam restritos ao uso demedicamentos apenas por via oral ou injetável,apesar de existirem métodos mais modernos,como por exemplo os géis transdérmicos, que sãomais convenientes e melhoram a adesão do pa-ciente ao tratamento.

9. Medicamentos industrializados que tive-ram sua fabricação interrompida devido a “moti-vos econômicos” não estariam mais disponíveispara o pacientes e o médico não mais poderiasolicitar ao paciente que aviasse sua receita nafarmácia de manipulação.

10. No caso de falta de medicamentos, ospacientes seriam obrigados a interromper o trata-mento, podendo demorar muito tempo até que aoferta volte a se estabilizar.

11. Medicamentos órfãos estariam limitadosa poucos pacientes, já que estes medicamentosnão são fabricados e devem ser manipulados.

12. Os pacientes não teriam a opção de no-vas abordagens terapêuticas que os médicos de-sejem ou precisem utilizar para o caso de um pa-ciente em particular.

13. Os pacientes alérgicos a conservantes,corantes, aromatizantes e outros componentes uti-lizados em produtos industrializados não teriamopção e ficariam sem medicação.

14. Indivíduos mant idos sob nutr içãointravenosa teriam que receber várias injeções demedicamentos, ao invés de uma única preparaçãomanipulada contendo todos os medicamentos.

15. Os pacientes não poderiam fazer uso deformas de apresentação atuais como as balas, pi-rulitos, géis transdérmicos, soluções para inala-ção oral, bastões medicamentosos, soluções paraiontoforese ou fonoforese, entre outros.

16. Crianças nascidas prematuramente ou re-cém-nascidos não teriam à disposição diversosmedicamentos que poderiam manter ou salvarsuas vidas, visto que não existem medicamentosindustrializados específicos para elas, devendo osmesmos ser manipulados em baixas dosagens.

Avanços Recentes no Controle de Qualidadedas Farmácias de Manipulação

Nos últimos 20 anos, têm havido algumas difi-culdades mas, recentemente, grandes passos têmsido dados para melhorar a qualidade nas farmá-cias magistrais:

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1. Acreditação em Farmácia de Manipulação:Um consórcio de oito organizações farmacêuticasnorte-americanas que têm trabalhado conjuntamen-te para estabelecer o Conselho de Acreditação emFarmácias de Manipulação. Este Conselho, queatua por meio do Conselho Federal de FarmáciaAmer icano, es tá in ic iando o p rocesso deacreditação em farmácias magistrais. Os padrõespara acreditação são muito rígidos e requeremdocumentação da qualidade dos processos. Ape-sar de não ser obrigatório, há vantagens eviden-tes em ser uma farmácia acreditada, visto que asmesmas seguem padrões muito mais rígidos queuma farmácia não acreditada.

2. Formulário Nacional Americano (USP-NF):Em 1985, durante a Convenção da FarmacopéiaAmericana, foi definida uma resolução sobre as far-mácias de manipulação. Esta resolução foi atuali-zada nas convenções de 1990,1995, 2000 e 2005,em um esforço crescente para estabelecer padrõesde manipulação, especialmente para pacientespediátricos. Atualmente, quatro capítulos daFarmacopéia Americana tratam especificamente doassunto “manipulação de medicamentos em farmá-cias”, a saber, o capítulo 795 (manipulação de me-dicamentos não-estéreis); o capítulo 797 (manipu-lação de preparações estéreis); o capítulo 1075(Boas Práticas de Manipulação) e o capítulo 1160(cálculos em manipulação de medicamentos). Tam-bém está sendo preparado um novo capítulo, quetratará do controle de qualidade em farmácias demanipulação. Além dos capítulos citados, a Farma-copéia Americana (USP) e o Formulário NacionalAmericano (NF) possuem mais de 200 monografiasrelativas à medicamentos manipulados. Recente-mente, foram contratados mais funcionários paraestabelecer os prazos de validade das novasmonografias a serem incluídas.

3. Farmacopéia Farmacêutica Americana: AFarmacopéia Americana foi originalmente desenvol-vida em 1820, para os farmacêuticos. Entretanto, apartir da segunda metade do século XX, a ênfaseda Farmacopéia Americana tem sido a indústria far-macêutica. A Farmacopéia Farmacêutica America-na (“USP-Pharmacists Pharmacopoeia), lançada emjulho de 2005, contém a informação oficial da USP/NF, bem como informações autorizadas para uso dosfarmacêuticos que atuam na dispensação ou mani-pulação de medicamentos. Os padrões definidos

pela Farmacopéia Americana devem ser acatadospelos Conselhos Estaduais de Farmácia, bem comopelo “Food and Drug Administration” (FDA). AFarmacopéia Farmacêutica Americana está divididaem duas partes. A parte I contém monografias parasubstâncias, excipientes e monografias-padrão parapreparações manipuladas, bem como capítulos ge-rais relativos aos padrões para manipulação. A par-te II contém informação de apoio para a qualidadena farmácia de manipulação. Este compêndio é re-visado e atualizado periodicamente, assim como aUSP/NF.

4. Conselho Americano para Ensino Farma-cêutico (ACPE): O Conselho Americano para En-sino Farmacêutico tem solicitado pesquisas ex-ternas relativas à manipulação de medicamentosem farmácias. Estes resultados serão apresenta-dos ainda este ano, para verificação da viabilida-de de implementação nos currículos das Faculda-des de Farmácia americanas. Neste caso, estasfaculdades terão de cumprir os padrões estabele-cidos pela ACPE.

5. Associação Americana de Faculdades deFarmácia (AACP) – Professores de Farmacotécnica:Os professores de Farmacotécnica da AACP estãofazendo uma pesquisa com seus membros a fim dedeterminar a condição atual da farmacotécnica e damanipulação de medicamentos em seus currículos.Esta profunda avaliação irá determinar o conteúdoprogramático da disciplina e saber se ela é ofereci-da isoladamente ou integrada ao curso.

6. Programas de Educação em Farmácia deManipulação: Diversas empresas de consultoria equalificação, bem como o próprio InternationalJournal of Pharmaceutical Compounding, oferecemprogramas de qualificação e informação para farmá-cias de manipulação. Além disso, há diversos livrose websites que oferecem informação de apoio aosfarmacêuticos em praticamente todas as atividadesprofissionais.

7. Laboratórios de Análises: Análises dos me-dicamentos manipulados em farmácias podem serrealizadas em diversos laboratórios. Podem ser ana-lisados o teor, a esterilidade e a presença deendotoxinas. Além disso, várias farmácias já dis-põem de laboratórios analíticos em seus própriosestabelecimentos.

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