Capa Expansão em bases sólidas - mackenzie.br · bem remuneração pelos serviços que ......

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Mackenzie 7 Capa Expansão em bases sólidas Qualidade, crescimento, política institucional e eficiência de gestão, os macroobjetivos da estratégia institucional do Mackenzie Mackenzie 6 levou-o também para o exterior. Em 1982, em Paris, fez curso sobre Ad- ministração de Empresas Estatais, no Institut Français Gestion. Em 1984, em Washington, cursou Finan- ças Públicas, no International Mone- tary Fund. Freqüenta a Igreja Pres- biteriana de Brasília, cujo pastor efetivo é o reverendo Adail Carvalho Sandoval, e é presbítero há 21 anos. Atualmente tem a responsabilidade da Tesouraria da Igreja. Em entrevista exclusiva, o dou- tor Adilson Vieira falou à revista Mackenzie. Como encara a responsabilidade do cargo de presidente do Conselho Deliberativo do Mackenzie? Integrei o Conselho Deliberativo em 30 de março de 1996 e fui eleito presidente em dezembro de 2001, com exercício a partir de 1º de janeiro de 2002. Em qualquer instituição, o cargo de presidente implica em um elevado grau de responsabilidade. No caso do Mackenzie, há algo mais que faz toda a diferença – a certeza de que, antes de sermos escolhidos pelos nossos pares, fomos eleitos por Deus para desempenhar, por algum tempo, essa tarefa. Estamos conscientes de que o cargo pode trazer alguma visi- bilidade ao seu ocupante, levando-o até ao risco de experimentar uma ponta de vaidade.A nossa oração é pa- ra que Deus nos livre disso e nos dê sabedoria para, com humildade, de- sempenharmos a função, visando a concretização do sonho dos fundado- res da instituição de manter em am- biente de fé cristã evangélica, firmada na Bíblia Sagrada, não só a educação básica, continuada e teológica, mas também cursos em todos os graus de ensino, inclusive formação profissio- nal e atividades correlatas, abrangen- do a pesquisa e a prestação de ser- viços inerentes à formação acadêmi- ca, dando oportunidades às pessoas que, independentemente de sexo, raça ou crença, procurem nossas Escolas para obter instrução, edu- cação e cultura. Creio ser oportuno esclarecer que os membros do Con- selho Deliberativo do Mackenzie, as- sim como seu presidente, não rece- bem remuneração pelos serviços que prestam. Que linha administrativa deseja imprimir no Mackenzie? Primeiro é preciso entender a es- trutura e compreender o funciona- mento do Mackenzie enquanto Ins- tituto. Por delegação expressa da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Insti- tuto Presbiteriano Mackenzie é a enti- dade mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, dos cursos, das escolas, dos centros de estudos, das unidades existentes e das que vie- rem a ser criadas. O Conselho Delibe- rativo, que me cabe a honra presidir, é formado pelos membros do Conselho de Curadores e pelos Associados Eleitos. O Conselho de Curadores, composto de sete membros, repre- senta o Associado Vitalício, que é, com exclusividade, a Igreja Presbiteriana do Brasil, proprietária dos bens mó- veis e imóveis, cedidos por comodato ao Mackenzie. Os curadores são elei- tos pelo Plenário do Supremo Con- cílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. Os Associados Eleitos, em número de 12, são indicados, privativamente pelo Conselho de Curadores, para cada mandato, e eleitos por maioria dos votos do Conselho Deliberativo. O De- liberativo é o órgão superior de di- reção do Mackenzie e, em regra, ope- racionaliza os seus trabalhos através de quatro Comissões Permanentes – Administração e Patrimônio, Finanças, Em 7/4/1995, na solenidade em que recebia a Ordem do Mérito Judiciário Militar, outorgada pelo STM. Presidente do Conselho Delibera- tivo do Mackenzie desde dezembro de 2001, Adilson Vieira nasceu em 10 de maio de 1946 no bairro de Inhaúma, Zona Norte do Rio de Ja- neiro. Apesar de ter sido registrado em 18 de junho, comemora seu ani- versário em 10 de maio. Casado com Godemira – Gody, como a chama carinhosamente, segundo ele “um presente de Deus”– o casal tem três fi- lhas: Ana Luiza, casada, nutricionis- ta, nascida em 28 de novembro de 1975;Ana Carolina, solteira, dentista, que nasceu em 24 de julho de 1978; e Ana Beatriz, solteira, universitária, cursando a Faculdade de Direito, nascida em 16 de maio de 1981. O doutor Adilson Vieira graduou- se em Economia em 1970 e em Ad- ministração de Empresas em 1973, quando ainda morava no Rio de Janeiro. Em 1972, residindo dentro da USP, estudou na Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, onde concluiu curso sobre Administração Financeira. Dois anos mais tarde, fez curso na EPGE- FGV, Escola de Pós-Graduação em Economia, da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, e, em 1978, desta vez em Brasília, termi- nou o curso da Faculdade de Ciên- cias Contábeis. Em 1996, formou-se advogado, na Faculdade de Direito do Distrito Federal. A vontade de saber sempre mais Em Washington, EUA, o presidente do FMI entrega-lhe (30/11/1984), o certificado de conclusão do curso de Finanças Públicas. O presidente em exercício integra o Conselho Deliberativo desde 1996.

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Expansão em bases sólidasQualidade, crescimento, política institucional e eficiência de

gestão, os macroobjetivos da estratégia institucional do Mackenzie

Mackenzie6

levou-o também para o exterior. Em1982, em Paris, fez curso sobre Ad-ministração de Empresas Estatais,no Institut Français Gestion. Em1984, em Washington, cursou Finan-ças Públicas, no International Mone-tary Fund. Freqüenta a Igreja Pres-biteriana de Brasília, cujo pastorefetivo é o reverendo Adail CarvalhoSandoval, e é presbítero há 21 anos.Atualmente tem a responsabilidadeda Tesouraria da Igreja.

Em entrevista exclusiva, o dou-tor Adilson Vieira falou à revistaMackenzie.

Como encara a responsabilidadedo cargo de presidente do ConselhoDeliberativo do Mackenzie?

Integrei o Conselho Deliberativoem 30 de março de 1996 e fui eleitopresidente em dezembro de 2001,com exercício a partir de 1º de janeirode 2002. Em qualquer instituição, ocargo de presidente implica em umelevado grau de responsabilidade. Nocaso do Mackenzie, há algo mais quefaz toda a diferença – a certeza deque, antes de sermos escolhidos pelosnossos pares, fomos eleitos por Deuspara desempenhar, por algum tempo,essa tarefa. Estamos conscientes deque o cargo pode trazer alguma visi-bilidade ao seu ocupante, levando-oaté ao risco de experimentar umaponta de vaidade.A nossa oração é pa-ra que Deus nos livre disso e nos dêsabedoria para, com humildade, de-sempenharmos a função, visando aconcretização do sonho dos fundado-res da instituição de manter em am-biente de fé cristã evangélica, firmadana Bíblia Sagrada, não só a educaçãobásica, continuada e teológica, mastambém cursos em todos os graus deensino, inclusive formação profissio-nal e atividades correlatas, abrangen-do a pesquisa e a prestação de ser-viços inerentes à formação acadêmi-ca, dando oportunidades às pessoasque, independentemente de sexo,

raça ou crença, procurem nossasEscolas para obter instrução, edu-cação e cultura. Creio ser oportunoesclarecer que os membros do Con-selho Deliberativo do Mackenzie, as-sim como seu presidente, não rece-bem remuneração pelos serviços queprestam.

Que linha administrativa desejaimprimir no Mackenzie?

Primeiro é preciso entender a es-trutura e compreender o funciona-

mento do Mackenzie enquanto Ins-tituto. Por delegação expressa daIgreja Presbiteriana do Brasil, o Insti-tuto Presbiteriano Mackenzie é a enti-dade mantenedora da UniversidadePresbiteriana Mackenzie, dos cursos,das escolas, dos centros de estudos,das unidades existentes e das que vie-rem a ser criadas. O Conselho Delibe-rativo, que me cabe a honra presidir, éformado pelos membros do Conselhode Curadores e pelos AssociadosEleitos. O Conselho de Curadores,composto de sete membros, repre-senta o Associado Vitalício, que é, comexclusividade, a Igreja Presbiterianado Brasil, proprietária dos bens mó-veis e imóveis, cedidos por comodatoao Mackenzie. Os curadores são elei-tos pelo Plenário do Supremo Con-cílio da Igreja Presbiteriana do Brasil.Os Associados Eleitos, em número de12, são indicados, privativamente peloConselho de Curadores, para cadamandato, e eleitos por maioria dosvotos do Conselho Deliberativo.O De-liberativo é o órgão superior de di-reção do Mackenzie e, em regra, ope-racionaliza os seus trabalhos atravésde quatro Comissões Permanentes –Administração e Patrimônio, Finanças,

Em 7/4/1995, na solenidade em que

recebia a Ordem do Mérito Judiciário

Militar, outorgada pelo STM.

Presidente do Conselho Delibera-tivo do Mackenzie desde dezembrode 2001, Adilson Vieira nasceu em 10de maio de 1946 no bairro deInhaúma, Zona Norte do Rio de Ja-neiro. Apesar de ter sido registradoem 18 de junho, comemora seu ani-versário em 10 de maio.Casado comGodemira – Gody, como a chamacarinhosamente, segundo ele “umpresente de Deus”– o casal tem três fi-lhas: Ana Luiza, casada, nutricionis-ta, nascida em 28 de novembro de1975;Ana Carolina, solteira, dentista,que nasceu em 24 de julho de 1978; eAna Beatriz, solteira, universitária,cursando a Faculdade de Direito,nascida em 16 de maio de 1981.

O doutor Adilson Vieira graduou-se em Economia em 1970 e em Ad-ministração de Empresas em 1973,quando ainda morava no Rio deJaneiro. Em 1972, residindo dentroda USP, estudou na Faculdade deEconomia da Universidade de SãoPaulo, onde concluiu curso sobreAdministração Financeira. Doisanos mais tarde, fez curso na EPGE-FGV, Escola de Pós-Graduação emEconomia, da Fundação GetúlioVargas, no Rio de Janeiro, e, em1978, desta vez em Brasília, termi-nou o curso da Faculdade de Ciên-cias Contábeis. Em 1996, formou-seadvogado, na Faculdade de Direitodo Distrito Federal.

A vontade de saber sempre mais

Em Washington, EUA, o presidente do FMI entrega-lhe (30/11/1984), o certificado de

conclusão do curso de Finanças Públicas.

O presidente em exercício integra o Conselho Deliberativo desde 1996.

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Creio que daforma como essapolítica está sendoimplantada, não hápor que esperarresultados ne-gativos. Consigoenxergar os se-guintes pontos po-sitivos: a imple-mentação da ex-pansão da marca e

da filosofia Mackenzie,traduzida na suaimagem, qualidade, tradição e adminis-tração sólida e a possibilidade de inte-gração com as comunidades locaisonde os cursos estão sendo instalados.É bom frisar que a instalação de novasunidades ou cursos está sendo ante-cedida de estudos técnicos de viabili-dade, por meio de pesquisas de merca-do e de logística urbana.

Para encarar o momento atual epreparar o mackenzista para o futuro,qual deve ser o preceito fundamentala ser ensinado? O verso 6, do capítulo22 de Provérbios – “Ensina a criançano caminho em que deve andar e ain-da quando envelhecer não se desviarádele” – pode ou deve ser tal princípio?

Nós somos uma escola confessio-nal, de origem presbiteriana. Não po-demos esquecer a visão do nosso as-sociado vitalício: “A Igreja Pres-biteriana do Brasil é uma comu-nidade de famílias cristãs; reformadae comprometida com a proclamaçãoda Palavra de Deus, com a educaçãodas gerações e com a transformaçãodo ser humano e da sociedade”.Dentro dessa visão é que temos quepontuar a nossa participação en-quanto Mackenzie. Sem sombra dedúvida, o versículo citado é umprincípio a ser praticado. Ele nosindica a necessidade de se perscrutarquanto aos hábitos e interesses dacriança. A instrução deve levar emconta a individualidade e as incli-nações da criança e ser condizente

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Assuntos Educacionais e RecursosHumanos. Subordinada ao ConselhoDeliberativo, a Administração Geral,composta por um diretor-presidente epor quatro diretores, é o órgão deplanejamento, direção, coordenação,execução e controle das atividadesadministrativas. Com essa panorâmicada estrutura, a melhor diretriz que umórgão colegiado pode imprimir é oaprimoramento do processo deci-sório e a definição clara e objetiva dasgrandes linhas de ação, por sinal con-templadas no Planejamento Estra-tégico, muito bem conduzido peloConselho Deliberativo, sendo seupresidente, na época, o doutorHumberto Araújo, com o prestimosotrabalho do conselheiroHesio Maciel e seuscolaboradores.

Como o ConselhoDeliberativo encara apolítica do Mackenzie,de alargar fronteiras,criando cursos de Pós-Graduação Lato Sensuno Rio, além de Brasília,Campinas e Recife?

As estratégias institu-cionais do Mackenzieestão distribuídas emquatro macroobjetivos:qualidade, crescimento,política institucional e eficiência degestão. Na área de crescimento está acriação de novos colégios, faculdadese expansão do Lato Sensu. A nossaUniversidade tem experimentado nosúltimos anos saltos qualitativos deexpressão significativa, fruto do tra-balho, da experiência e da visão donosso reitor, professor Cláudio Lem-bo,com a ajuda do Conselho Universi-tário. Veja, como exemplo, a Pós-Graduação Stricto Sensu, coordenadapela professora Maria Lúcia Vascon-celos, que teve reconhecidos, pela Ca-pes, sete cursos de Mestrado. Relativa-mente aos cursos de Pós-Graduação

reais por ano no Brasil e deve ser osetor que mais crescerá no mundo naspróximas duas décadas. Na sociedadedo conhecimento,o ensinar e o apren-der abrirão uma fronteira de negóciosde dimensões inimagináveis. PeterDrucker, um dos maiores pensadoresda administração moderna, afirma:“A educação será a indústria de maiorcrescimento nos próximos 20 anos”.Arevista Exame publicou recente-mente um artigo no qual informa que,no Brasil, a conta da educação repre-senta cerca de 9% do PIB, ou seja, 90bilhões de reais, segundo estimativasda Ideal Invest,consultoria paulista es-pecializada em negócios do ensino.Nesse quadro, o Mackenzie, necessa-

riamente, precisaalargar as suas fron-teiras tanto na edu-cação formal – aque-la que serve paraqualificar – quantona continuada –aquela que serve pa-ra atualizar. A neces-sidade de dar seqüên-cia à formação aca-dêmica abre enormeperspectiva para aatuação do Macken-zie fora do seu eixogeográfico habitual. Enão é só falar em

ambiente físico ou forma tradicionalde formação. A atualização usará osmeios alternativos, como internet, cur-sos online, seminários de fim de sema-na, cursos à distância, utilizaçãoracional e intensiva dos meios de co-municação e poderá acontecer tantona sala de aula da universidade, quan-to no ambiente de trabalho ou mesmoem casa. Quando, em 1974, eu estuda-va na Escola de Pós-Graduação emEconomia, da Fundação Getúlio Var-gas, fiquei ciente de que a tese deDoutorado de um dos meus profes-sores demonstrava que o investimen-to em educação proporciona retorno

no menor espaçode tempo. A edu-cação é fator de-terminante de mo-bilidade e ascen-são social.O fato éque todas as uni-versidades parti-culares estão alar-gando as suasfronteiras. Em di-versas cidades dopaís, universidades tentam atrair alu-nos para a sua instituição. Disputamespaços em outdoors e comerciais deTV – é a guerra do vestibular. Os da-dos indicam que, em 1985, havia 859instituições de ensino superior noBrasil. Em 2000, eram 1.180 – 60%delas privadas.A seleção natural, pelomercado, se dará, em grande parte,levando em conta o fator qualidade. Eo Mackenzie, além da qualidade, temtradição. Portanto, não pode deixarpassar a oportunidade de ampliar suasfronteiras.A palavra-chave para garan-tia do sucesso chama-se gestão. OMackenzie, em seu planejamento es-tratégico, analisou as tendências e oscenários atuais e futuros, numa pro-jeção para os próximos dez anos.Buscou identificar oportunidades eameaças. Entre outras, foram identifi-cadas as seguintes oportunidades:

Ampliação e melhor utilizaçãodos espaços físicos existentes • Expan-são das edificações nos campi • Aqui-sição de novos espaços físicos • Utili-zação dos campi aos sábados e duranteo período de férias • Aproveitamentodas vagas remanescentes • Implemen-tação de atividades extra-curriculares.

Expansão das atividades • Implan-tação de novos cursos de graduação epós-graduação • Novos cursos no cam-pus Tamboré • Criação de faculdadesem outros locais • Curso seqüencial •Ensino médio profissionalizante • Cur-sos in company • Novas tecnologiasem educação • Educação à distância •Universidade aberta em tempo útil.

Formou-seadvogado em 1996.É presbítero há 21anos e tesoureiro daIgreja Presbiterianade Brasília.

Nas Bodas de Prata (16/12/1997), a foto

da família: a esposa Gody e Adilson.

Em pé, as filhas, a partir da esquerda,

Ana Beatriz, Ana Carolina e Ana Luiza.

Pós-graduação Stricto Sensu eLato Sensu • Consolidação dos pro-gramas de mestrado e doutorado •Convênio com outras instituições,empresas, centros de pesquisa eagentes financiadores • Pesquisa tec-nológica • Utilização dos laboratóriospara cursos especiais de curto prazo.

Volto a afirmar que a palavra-cha-ve para materializar as oportunidadesidentificadas, com o conseqüentealargamento das fronteiras, chama-segestão. Em seu planejamento estra-tégico, dedicado à eficiência degestão, o Mackenzie definiu algumasestratégias voltadas para o equilíbrioeconômico-financeiro, aos percen-tuais de ocupação da capacidadeinstalada, ao plano de cargos, saláriose carreira, ao plano diretor de infor-mática etc. Somente com uma estru-tura “leve e azeitada”, um processodecisório ágil e “desengessado”, umadisposição para correr riscos calcula-dos e uma mente aberta para acom-panhar as inovações inerentes ao pro-cesso de conhecimento e educaçãoserá possível crescer, alargar fron-teiras e manter-se no mercado. Casocontrário, corre-se o risco de ser“engolido” pelos concorrentes.

Que resultados positivos ou nega-tivos pode-se esperar dessa política?

Lato Sensu, a tarefa foi delegada ao vi-ce-reitor, reverendo Milton Ribeiro,que tem emprestado a sua capacidadee o seu dinamismo para que o desejose transforme em realidade. Esses cur-sos, nos eixos geográficos citados, sãouma realidade. As informações quenos chegam trazem indicadores alvis-sareiros. Sem dúvida, o Conselho vêcom satisfação essa política, realizadaem bases sólidas, que possibilita aoMackenzie o alargamento de suasfronteiras.

Por que alargar as fronteiras?Segundo dados disponíveis, a edu-

cação já movimenta 90 bilhões de

No Culto de Ação de Graças

pela formatura em Direito, entre

os reverendos Samuel Costa e

Adail Sandoval.

Precisamos da parceria devocês – uma parceria respon-sável e consciente. Com aconjunção dos nossos esfor-ços estaremos encurtando ocaminho para cumprir o nos-so compromisso de continuarformando cidadãos com ca-pacidade de discernimento ecom critérios e condiçõespara fazer a leitura do mundoem que vivem,aptos a intervirna sociedade da qual fazemparte. Quero destacar, dentrealgumas diretrizes aprovadaspelo Conselho Deliberativo,relativamente à qualidade eavaliação, o investimento quese está fazendo para que onosso Ensino Fundamental eMédio propiciem a todos osalunos a efetiva possibilidadede aprovação nos processosseletivos para o ingresso noensino superior.

Os nossos professores sãomotivo de orgulho. Quero di-

rigir-lhes uma palavra de agradecimen-to e incentivo.Agradecimento porquesei do esforço, do carinho e da abne-gação a que muitos se entregam pelointeresse de bem servir.Volto a afirmarque os recursos humanos do Macken-zie são o nosso principal patrimônio.O respeito e a imagem desfrutados pe-lo Mackenzie são, em grande parte, re-sultado do trabalho desse contingentede abnegados funcionários, a maioriados quais permanece no anonimato.Gostaria de incentivá-los a continuarservindo ao Mackenzie e a acreditar naInstituição.Como estratégia na área dequalidade é nosso desejo continuartendo um corpo docente de alto nívele qualificado para não deixar de ofere-cer um ensino de excelência. Paratanto, uma das diretrizes é a imple-mentação de um programa de desen-volvimento para docentes, motivando-os a buscar titulação em nível superiorao que se encontram.

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dições de preparar os nossos alunosse em todas as circunstâncias agirmoscom amor, que é o vínculo da per-feição.

Que mensagem envia a filhos, paise aos professores do Mackenzie?

Aos filhos e pais quero dizer queacredito no Mackenzie.A prova disso éque uma das minhas filhas integrou aprimeira turma do antigo SegundoGrau, hoje Ensino Médio, assim que oMackenzie abriu sua escola em Brasília.É possível que cometamos algum erro.Não queremos escondê-lo debaixo dotapete. Estamos dispostos a corrigi-lo.

com seu grau de desenvolvi-mento físico e mental. Henri-Frédéric Amiel disse: “Esti-mular e inspirar... são a gran-de arte de quem pretendeensinar. E, para isso, é precisodescobrir aquilo que real-mente interessa, ler a menteinfantil como quem interpre-ta uma partitura musical.”

Como o Mackenzie devepreparar seus alunos paraenfrentar os problemas queassolam o mundo, afetando par-ticularmente crianças e jovens?

O Mackenzie está prepara-do para essa tarefa. Nossosprofessores, desde a Escolaaté a Universidade constituemo melhor “capital” que possuí-mos.Eles estão conscientes danecessidade de prepararmosos nossos alunos para en-frentar tais problemas. E, maisdo que conscientes, eles estãomesmo desejosos de fazê-lo.Onosso lema é: Mackenzie, tradição epioneirismo na educação. Estabele-cemos valores e princípios que, ob-servados, nos dão condições de en-frentar todo tipo de problema. Sãoeles: na conduta pessoal – dignidade,caráter, integridade e espírito mac-kenzista; no relacionamento interpes-soal – lealdade, respeito mútuo, com-preensão, honestidade e humildade;no exercício da atividade profissional– ética, competência, criatividade, dis-ciplina, dedicação e disposição para otrabalho voluntário; no processo dedecisão – busca do consenso, justiçae verdade, igualdade de oportu-nidades para todos; no relacionamen-to entre os órgãos colegiados, uni-dades e departamentos – cooperação,espírito de equipe, profissionalismo ecomunicação adequada; no relaciona-mento com outras instituições –responsabilidade, independência etransparência. Estaremos em con-

A passeio, a família viajou por 23 países:

Argentina, EUA, Canadá, México, França,

Bélgica, Holanda, Alemanha, Inglaterra,

Escócia, Espanha, Portugal, Áustria,

Hungria, República Tcheca, Suíça, Egito,

Israel, Grécia, África do Sul, Japão, Coréia

do Sul e Itália – na foto, em Pisa.