Capacitação em Defesa Civil

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    MÓDULO IREFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E

    POLÍTICA NACIONAL

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    CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

    GOVERNO FEDERAL

    APRESENTAÇÃO

    O maior objetivo das ações de Defesa Civil é a proteção da vidae a redução do risco de desastres. Para tanto, as políticas públicasnessa área incluem, além de ações estruturais, a preparação dascomunidades em áreas de risco e a capacitação dos agentes de defesacivil.

    Um dos problemas comuns em todos os níveis do Sistema Nacional

    de Defesa Civil (Sindec) é a rotatividade entre os membros que ocompõem. Dessa forma há sempre novos agentes, não capacitados,atuando em todos os níveis.

    A Secretaria Nacional de Defesa Civil por meio do Programa deFormação Continuada em Gestão de Riscos e Ações de Proteção Civil visa estabelecer orientações de prevenção, mitigação, preparação,resposta e reconstrução na busca de uma sociedade proativa para aredução do risco de desastres, em consonância com as entidades eórgãos que tratam do assunto em âmbito mundial.

    Por tudo isso, um grande desafio da atualidade concentra-se noestabelecimento de comunidades mais resilientes, promovendo umamaior conscientização da importância da redução de desastres comoum importante componente do desenvolvimento sustentável. Nesteenfoque, a Sedec lança a Capacitação Básica em Defesa Civil para

    formar aqueles que atuam diretamente junto a estas comunidades.

     Por isso, agradeço a sua participação e saúdo a sua presença noSistema Nacional de Defesa Civil, em nome da equipe da SecretariaNacional de Defesa Civil. Bom curso!

    Rafael Schadeck Diretor do Departamento de Minimização de Desastres

    ®Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.

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    CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

    Índice

    MÓDULO I - Reflexões Históricas, SINDEC e Política Nacional ...8

    DEFESA CIVIL NO BRASIL E NO MUNDO .............................10

    Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC ...........................12

    Estrutura do SINDEC: ........................................................13

    Política Nacional de Defesa Civil ...............................................16

    Diretrizes da Política Nacional de Defesa Civi l: .............. 16

    Metas da Política Nacional de Defesa Civil – ano base

    2000: ......................................................................................20

    Classificação dos Desastres .................................................21

    CODAR – Codificação de Desastres, Riscos e Ameaças 23

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    MÓDULO I - REFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E POLÍTICA NACIONAL CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

    MÓDULO IREFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC

    E POLÍTICA NACIONAL

    OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 

    Ao final desta unidade, você será capaz de compreender:

    • Como surgiu a Defesa Civil no Brasil e no Mundo.

    • A Defesa Civil também como instituição estratégica para

    redução de riscos e desastres.

    • A Política Nacional de Defesa Civil e o Sistema Nacional de

    Defesa Civil, sua estrutura e abrangência.

    • As Diretrizes e Metas da Política Nacional que norteiam a

    Defesa Civil.

    • As Classificações e definições de Desastres sob diferentes

    perspectivas.

    Caro aluno:

    Nessa unidade do Curso de Capacitação Básica de Defesa Civil,

    iremos apresentar como surgiu a Defesa Civil no Brasil e no

    mundo, como funciona a estrutura do Sistema Nacional de Defesa

    Civil-SINDEC. Apresentaremos também as Diretrizes, Metas e

    Classificação dos Desastres da Política Nacional de Defesa Civil.

    Bom estudo!

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    MÓDULO I - REFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E POLÍTICA NACIONAL CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

    DEFESA CIVIL NO BRASIL E NOMUNDO

    No Brasil e no mundo, o surgimento da Defesa Civil, de suas

    estruturas e estratégias de proteção e segurança estão vinculados

    à Segunda Guerra Mundial. Na época, o confronto ultrapassou

    os limites militares, fazendo com que os ataques ocorressem

    diretamente aos civis, destruindo cidades inteiras e levando à morte

    mais de 45 milhões de cidadãos.

    Era tempo de direcionar esforços às vítimas, quase 30 milhões

    de mutilados e incontáveis milhões de traumatizados por torturas e

    cenas de guerra. A História conta que foi na Inglaterra, nos primeiros

    anos da década de 1940, que surgiu a Defesa Civil como frente aos

    ataques por bombas que afetavam cidades e indústrias.

    Também nessa época, o Brasil cria mecanismos de enfrentamento

    aos danos humanos e econômicos provocados por guerras, nominando

    assim Defesa Civil. Anteriormente, entretanto, legislações de 1824,

    1891, 1934 e 1937 já tratavam de questões como socorro público,

    calamidade pública, efeitos da seca, desastres e perigos iminentes.

    Assim, entre 1942 e 1960 foram ao menos dez diferentes atos legais

    federais tratando do tema, até que em 1966 diante de uma grande

    enchente o então Estado da Guanabara cria a primeira legislação

    estadual dando conta de ações de resposta a catástrofes naturais.

    E então por mais 22 anos, até 1988, o Brasil teve sua Defesa Civil

    focada para ações de resposta a desastres.

    No dia 19 de dezembro de 1966, o Estado da Guanabara tornou-se

    o primeiro no Brasil a ter uma Defesa Civil Estadual organizada.

    A proposta de pensar a Defesa Civil também como instituição

    estratégica para redução de riscos de desastres veio com a organização

    do Sistema Nacional de Defesa Civil, por meio do Decreto nº 97.274,

    de 16.12.1988.

    Hoje, temos Antônio Luiz Coimbra de Castro reconhecido como

    o grande idealizador da Defesa Civil no Brasil. Autor de grande

    parte dos materiais de referência utilizados no Brasil, Castro liderou

    a construção da Política Nacional de Defesa Civil na estrutura dos

    quatro pilares: prevenção, preparação, resposta e reconstrução;

    a organização do Manual de Planejamento em Defesa Civil, e a

    definição do CODAR – Codificação de Desastres, Ameaças e Riscos.

    Em continuidade ao trabalho de Castro, e diante da recorrência

    de desastres de grande porte, que atingiram populações em

    todo o território nacional nos últimos anos, as discussões para o

    fortalecimento do Sistema Nacional de Defesa Civil e modernização

    da Política Nacional de Defesa Civil tem se ampliado nos diversos

    espaços sociais.

    Há, por exemplo, o movimento nos espaços legislativos com

    a formação de comissões na Câmara dos Deputados e no Senado,

    além da formação de Grupos de Trabalho liderados pela Secretaria

    Nacional de Defesa Civil (SEDEC). Há igualmente o envolvimento

    de demais órgãos do executivo como a organização da semana

    nacional para 2011 com o tema: “Mudanças climáticas, desastres

    naturais e prevenção de riscos”, realizada pelo Ministério da Ciência,

    Tecnologia e Inovação (MCT).

    heça o Histórico

    Defesa Civil no

    da SEDEC –

    ://defesacivil.

    br/historico/

    x.asp e o artigo

    esquisador

    CEPED UFSC,

    ro Paulo Souza -

    derações sobre a

    esa Civil no Brasil

    us desdobramentos

    ros com base na

    ise da legislação

    ente – Revista

    m Ciência

    biental, nº 38.)

    Saiba mais sobre a

    Semana Nacional

    realizada pelo

    Ministério da Ciência,

    Tecnologia e Inovação

    acessando o link

    http://semanact.mct.

    gov.br/index.php/

    content/view/4293.html

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    MÓDULO I - REFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E POLÍTICA NACIONAL CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

     Sob o aspecto dos órgãos nacionais de gestão, há o investimento

    para modernização e reestruturação do CENAD – Centro Nacional

    de Gerenciamento de Riscos e Desastres; e do CEMADEN - Centro

    de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.

    Por fim, há a dedicação de institutos de pesquisas, universidades

    e demais instituições ligadas à área, na avaliação do cenário

    internacional e verificação de tendências aplicáveis à realidade

    brasileira, tendo como principal referência os trabalhos da Estratégia

    Internacional para Redução de Desastres da Organização das NaçõesUnidades (UNISDR, na sigla em inglês).

    Como você deve estar percebendo, os esforços para tornar a

    Defesa Civil cada vez mais preparada para reduzir riscos e

    desastres, ampliar sua atuação em ações de gestão de riscos com

     vistas à minimização de impactos e redução de perdas humanas,

    materiais e econômicas tem ganhado cada vez mais força.

    Devemos considerar, nesse contexto, que os processos de mudança,

    principalmente de cultura, exigem a contribuição de todos, e os

    resultados só podem ser vistos com o decorrer do tempo, uma vez

    fortalecidos e internalizados por toda a sociedade.

    Sistema Nacional de Defesa Civil –SINDEC

    A Defesa Civil no Brasil está organizada sob a forma de sistema,

    o Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC, centralizado pela

    Secretaria Nacional de Defesa Civil – SEDEC, órgão do Ministério

    da Integração Nacional.

    O SINDEC organiza a Defesa Civil no Brasil

    definindo seu universo de atuação como a REDUÇÃO

    DE DESASTRES, a partir do objetivo de planejar,

    articular e coordenar as ações em todo o território

    nacional. À frente do SINDEC está a Secretaria

    Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração

    Nacional, responsável pela sua articulação,

    coordenação e supervisão técnica.

    Quanto à estrutura, o SINDEC é composto por:

    Órgão Superior: Conselho Nacional de Defesa Civil - CONDEC,

    que integra o SINDEC como órgão colegiado, de natureza consultiva,

    tendo como atribuição propor diretrizes para a política nacional de

    Defesa Civil.

    O CONDEC é composto por representantes do:

    • Ministério da Integração Nacional, que o coordena;

    • Casa Civil da Presidência da República;

    • Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da

    República;

    • Ministério da Defesa;

    • Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

    • Ministério das Cidades;

    • Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

    heça o material

    Campanha

    ades Resilientes

    ealizada pela

    SDR e replicada

    rasil pela SEDEC-

    sando o site http://

    sacivil.gov.br/

    desresilientes/

    x.html

    Desastre: resultado

    de eventos adversos,

    sejam eles naturais

    ou provocados pelo

    homem, sobre um

    ecossistema vulnerável.

    Os desastres

    promovem danos

    humanos, materiaisou ambientais e

    consequentes prejuízos

    econômicos e sociais.

    Saiba Mais sobre o

    Conselho Nacional

    de Defesa Civil –

    CONDEC acessando

    http://www.defesacivil.

    gov.br/sindec/superior.

    asp

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    • Ministério da Saúde;

    • Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da

    República;

    • Estados e Distrito Federal (dois representantes);

    • Municípios (três representantes);

    • Sociedade c ivil (três representantes).

    Órgãos Regionais: as Coordenadorias Regionais de Defesa

    Civil - CORDEC, ou órgãos correspondentes, localizadas nas cinco

    macrorregiões geográficas do Brasil e responsáveis pela articulação

    e coordenação do Sistema em nível regional. 

    Órgãos Estaduais: Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil

    - CEDEC  ou órgãos correspondentes, Coordenadoria de Defesa

    Civil do Distrito Federal ou órgão correspondente, inclusive as suas

    regionais, responsáveis pela articulação e coordenação do Sistema

    em nível estadual.

    Órgãos Municipais: Coordenadorias Municipais de Defesa Civil

    - COMDEC ou órgãos correspondentes e Núcleos Comunitários de

    Defesa Civil - NUDEC, ou entidades correspondentes, responsáveis

    pela articulação e coordenação do Sistema em nível municipal.

    Órgãos Setoriais: abrangem os órgãos e as entidades da

    Administração Pública Federal, envolvidos na ação da Defesa Civil.

    Órgãos de Apoio: órgãos públicos e entidades privadas,

    associações de voluntários, clubes de serviços, organizações não-

    governamentais, associações de classe e comunitárias, que apoiam

    os demais órgãos integrantes do Sistema.

    Ainda na estrutura do SINDECestão o CENAD - Centro Nacional

    de Gerenciamento de Riscos e Desastres e oGADE - Grupo de Apoio

    a Desastres. Em sua regulamentação a Medida Provisória nº 494

    fortalece o CENAD, que atua na agilidade da resposta à emergência

    e monitora riscos e ameaças de maior prevalência no país.

    O CENAD  conta com o GADE, formado por uma equipe

    multidisciplinar e mobilizável a qualquer tempo para atuar nas

    diversas fases do desastre em todo o território nacional, de acordo

    com o sistema de comando unificado de operações.

    Em dezembro de 2010 representantes de diferentes Estados

    brasileiros reuniram-se com o objetivo de operacionalizar a atual

    equipe do GADE, composta por 22 integrantes das cinco regiões

    do Brasil. Entre os principais conhecimentos do GADE destacam-se

    planejamento, fundamentos da organização (recursos, organograma

    e instalações), fundamentos da direção (liderança) e fundamentos

    do controle numa resposta ao desastre.

    a Mais sobre

    oordenadorias

    onais de Defesa

    l – CORDEC

    sando o site http://

    w.defesacivil.gov.br/

    ec/regionais.asp

    Você pode conhecer na

    íntegra o documento

    da Política Nacional de

    Defesa Civil acessando

    http://www.defesacivil.

    gov.br/politica/index.

    asp

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    MÓDULO I - REFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E POLÍTICA NACIONAL CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

    Políca Nacional de Defesa Civil

    A Política Nacional de Defesa Civil foi publicada no Diário Oficial

    da União nº 1, de 2 de janeiro de 1995, através da Resolução nº

    2, de 12 de dezembro de 1994, e orienta desde então as ações de

    Defesa Civil no Brasil.

    Aprovada pelo Conselho Nacional de Defesa Civil- CONDEC,

    trata-se de um documento de referência para todos os órgãos de

    Defesa Civil e estabelece diretrizes, planos e programas prioritários

    para o desenvolvimento de ações de redução de desastres em todo o

    País, bem como a prestação de socorro e assistência às populações

    afetadas por desastres.

    Por ter sido elaborado em 1995, o documento

    apresenta metas para o ano de 2000. É neste ponto,

    por exemplo, que se propõe a revisão e modernização

    da Política Nacional de Defesa Civil. Conhecer a

    história, compreender as relações do presente é o que

    nos possibilita pensar e planejar o futuro.

    Vamos agora conhecer as Diretrizes da Políca

    Nacional de Defesa Civil:

    Diretriz nº1: Atribuir a um único Sistema - o Sistema Nacional

    de Defesa Civil (SINDEC) a responsabilidade pelo planejamento,

    articulação, coordenação e gestão das atividades de Defesa Civi l, em

    todo o território nacional.

    Diretriz nº2: Implementar a organização e o funcionamento

    de Coordenadorias Municipais de Defesa Civil – COMDEC  ou

    órgãos correspondentes, em todo o território nacional, enfatizando

    a necessidade e a importância da resposta, articu lada e oportuna, do

    órgão local.

    Diretriz nº3: Apoiar estados e municípios na implementação

    de Planos Diretores de Defesa Civil, com a finalidade de garantir a

    redução de desastres, em seus territórios.

    Diretriz nº4: Promover a ordenação do espaço urbano,

    objetivando diminuir a ocupação desordenada de áreas de riscos de

    desastres, com a finalidade de reduzir as vulnerabilidades das áreas

    urbanas aos escorregamentos, alagamentos e outros desastres.

    Diretriz nº5: Estabelecer critérios relacionados com estudos e

    avaliação de riscos, com a finalidade de hierarquizar e direcionar

    o planejamento da redução de riscos de desastres para as áreas de

    maior vulnerabilidade do território nacional.

    Diretriz nº6: Priorizar as ações relacionadas com a Prevenção de

    Desastres, através de atividades de avaliação e de redução de riscos

    de desastres.

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    MÓDULO I - REFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E POLÍTICA NACIONAL CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

    Diretriz nº7: Implementar a interação entre os órgãos do governo

    e a comunidade, especialmente por intermédio das Coordenadorias

    Municipais de Defesa Civil – COMDEC ou órgãos correspondentes

    e dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil - NUDEC, com a

    finalidade de garantir uma resposta integrada de toda a sociedade.

    Diretriz nº8:  Implementar programas de mudança cultural

    e de treinamento de voluntários, objetivando o engajamento de

    comunidades participativas, informadas, preparadas e conscientes

    de seus direitos e deveres relativos à segurança comunitária contra

    desastres.

    Diretriz nº9: Promover a integração da Política Nacional de

    Defesa Civil com as demais políticas nacionais, especialmente com

    as políticas nacionais de desenvolvimento social e econômico e com

    as políticas de proteção ambiental.

    Diretriz nº10: Implementar o Sistema de Informações sobre

    Desastres no Brasil - SINDESB e promover estudos epidemiológicos,

    relacionando as características intrínsecas dos desastres com os danos

    humanos, materiais e ambientais e com os prejuízos econômicos e

    sociais consequentes.

    Diretriz nº 11:  Buscar novas fontes de recursos financeiros

    para o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, aprimorar os

    mecanismos existentes e implementar:

    • Os recursos relacionados com o Fundo Especial para

    Calamidades Públicas - FUNCAP;

    • Projetos capazes de atrair apoio tecnológico e/ou financeiro

    das agências internacionais e/ou de cooperação bilateral.

    Diretriz nº 12: Implementar as atividades do Comitê Brasileiro

    do Decênio  Internacional para Redução dos Desastres Naturais

    – CODERNAT (*) - e o intercâmbio internacional, objetivando

    concertar convênios de cooperação bilateral e multilateral na área

    de redução de desastres, estabelecendo caráter de permanência, a

    fim de que as ações não se esgotem com o término do Decênio.

    (*) O decênio internacional para redução dos desastres naturais

    expirou em 2000, então as Nações Unidas criaram a Estratégia

    Internacional para Redução de Desastres (UNISDR, na sigla em

    inglês).

    Diretriz nº13: Estimular estudos e pesquisas sobre desastres.

    Diretriz nº14: Implementar projetos de desenvolvimento

    científico e tecnológico do interesse da Defesa Civil.

    a mais sobre o

    NCAP acessando:

    ://www.defesacivil.

    br/mp494/index.

    Decênio: período de

    dez anos.

    Leia o Decreto do

    Decênio Internacional

    para Redução de

    Desastres acessando:

    http://www.planalto.

    gov.br/ccivil_03/DNN/

    Anterior%20a%20

    2000/1991/Dnn348.

    htm

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    Diretriz nº15: Promover a inclusão de conteúdos relativos à

    redução de desastres, valorização da vida humana, primeiros

    socorros e reanimação cardiorrespiratória nos currículos escolares.

    Vamos ver agora as Metas da Políca Nacional de

    Defesa Civil – ano base 2000:

    Meta nº1: Implementar 2.400 Coordenadorias Municipais de

    Defesa Civil - COMDEC, com prioridade para os municípios de

    maior risco.

    Meta nº2: Implementar 120 projetos de Desenvolvimento de

    Recursos Humanos, qualificando profissionais de defesa civil, em

    todos os níveis do SINDEC, permitindo a estruturação de quadros

    permanentes, altamente capacitados e motivados.

    Meta nº3: Implementar 12 (doze) Centros Universitários de

    Estudos e Pesquisas sobre Desastres - CEPED, estimulando,

    inclusive, os Cursos de Especialização em Planejamento e Gestão

    em Defesa Civil.

    Meta nº4: Promover o estudo aprofundado de riscos, bem como

    a organização de banco de dados e de mapas temáticos relacionados

    com ameaças, vulnerabilidades e riscos, em 80 municípios situados

    em áreas de maior risco de desastres.

    Meta nº5: Promover, em todos os municípios com mais 20

    mil habitantes, estudos de riscos de desastres, objetivando o

    microzoneamento urbano, com vistas à elaboração do Plano

    Diretor de Desenvolvimento Municipal, de acordo com o previsto

    na Constituição Federal de 1988 (Art. 182, parágrafo primeiro).

    Meta nº6: Implementar o Sistema de Informações sobre Desastres

    no Brasil - SINDESB, objetivando uma melhor difusão.

    Classicação dos Desastres

    A classificação dos Desastres é outro tema de constante reflexão

    na Política Nacional de Defesa Civil. O principal ponto de avaliação

    é a necessidade ou não de articularmos nosso padrão aos padrões

    internacionais, e a implicação disto nas ações locais de avaliação e

    mapeamentos de riscos, por exemplo.

    Assim sendo, a Política Nacional de Defesa Civil, classifica os

    desastres da seguinte maneira:

    Quanto à evolução:

    • Desastres súbitos ou de evolução aguda, como deslizamentos,

    enxurradas, vendavais, terremotos, erupções vulcânicas,

    chuvas de granizo e outros;

    desastres são

    dutos e processos

    orrentes da

    sformação e

    cimento da

    edade, do

    delo global de

    nvolvimento

    ado, dos fatores

    oambientais

    cionados a modos

    ida que produzem

    erabilidades

    ais e, portanto,

    erabilidade aos

    stres. Incluem

    ctos como

    reza, ocupação

    equada do solo,

    pação de áreas de

    o, inexistência de

    pamentos urbanos

    uficiência de

    ticas que atendamecessidades da

    ulação

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    • Desastres de evolução crônica ou gradual, como seca, erosão

    ou perda de solo, poluição ambiental e outros;

    Quanto à intensidade:

    • Acidentes: Os acidentes são caracterizados quando os danos e

    prejuízos são de pouca importância para a coletividade como

    um todo, já que, na visão individual das vítimas, qualquer

    desastre é de extrema importância e gravidade.

    • Desastres de Médio Porte: Os desastres de médio porte

    são caracterizados quando os danos e prejuízos, embora

    importantes, podem ser recuperados com os recursos

    disponíveis na própria área afetada.

    • Desastres de Grande Porte: Os desastres de grande porte

    exigem o reforço dos recursos disponíveis na área afetada,

    através do aporte de recursos regionais, estaduais e, até mesmo,

    federais.

    • Desastres de Muito Grande Porte:  Os desastres de muito

    grande porte, para garantir uma resposta eficiente e cabal

    recuperação, exigem a intervenção coordenada dos três níveis

    do Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC - e, até mesmo,

    de ajuda externa.

    Quanto à origem:

    • Desastres Naturais: São aqueles provocados por fenômenos

    e desequilíbrios da natureza. São produzidos por fatores

    de origem externa que atuam independentemente da ação

    humana.

    • Desastres Humanos ou Antropogênicos:  São aqueles

    provocados pelas ações ou omissões humanas. Relacionam-se

    com a atuação do próprio homem, enquanto agente e autor.

    Esses desastres podem produzir situações capazes de gerar

    grandes danos à natureza, ao habitat humano e ao próprio

    homem, enquanto espécie.

    • Desastres Mistos: Ocorrem quando as ações e/ou omissões

    humanas contribuem para intensificar, complicar ou agravar

    os desastres naturais. Além disso, também se caracterizam

    quando intercorrências de fenômenos adversos naturais,

    atuando sobre condições ambientais degradadas pelo homem,

    provocam desastres.

    Para contribuir à reflexão sobre a classificação de riscos e desastres,

    apresentamos diferentes propostas. A primeira, elaborada pelo

    CENADPRED, que é o Centro Nacional de Prevenção de Desastres

    do México, classifica os riscos como de origem:

    • Geológica

    • Hidrometeorológica

    • Química

    • Sanitária

    • Socioorganizativa

    ropogênicos:

    tos, processos,

    tos ou materiais

    opogênicos são

    eles derivados de

    dades humanas,

    oposição a aqueles

    ocorrem em

    ientes naturais sem

    uência humana. Este

    mo é muitas vezes

    zado no contexto

    xternalidades

    ientais na forma

    esíduos químicos

    iológicos que são

    duzidos como

    produtos de

    dades humanas.

    exemplo, é

    amente aceito

    o aumento de

    ido de carbono

    tmosfera com

    em antropogênica

    ator principal porás das alterações

    áticas (http://

    ikipedia.org/wiki/

    ropog%C3%A9nico)

  • 8/16/2019 Capacitação em Defesa Civil

    13/14

    24 25

    MÓDULO I - REFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E POLÍTICA NACIONAL CAPACITAÇÃO BÁSICA EM DEFESA CIVIL

    Há também a representação gráfica elaborada pela Associação

    Brasileira de Geologia e Engenharia, que abarca os riscos sob o

    guarda-chuva ambiental:

    CODAR – Codicação de Desastres, Riscos e Ameaças

    Ainda dentro da Política Nacional de Defesa Civil está instituída

    a Codificação de Desastres, Riscos e Ameaças, somando 158 tipos

    de desastres e considerando a classificação entre naturais, humanos

    e mistos.

    A codificação completa pode ser consultada no documento

    original. Para efeitos didáticos, inserimos a tabela geral de

    classificação:

    QUADRO NO 1

    Sistematização da Codificação Alfabética e Numérica dosDesastres Naturais Quanto à Natureza ou à Causa Primária.

    QUADRO NO 2

    Sistematização da Codificação Alfabética e Numérica dosDesastres Humanos ou Antropogênicoss Quanto à Natureza ou àCausa Primária.

    QUADRO NO 3

    Sistematização da Codificação Alfabética e Numérica dosDesastres Mistos Quanto à Natureza ou à Causa Primária.

    Desastres NaturaisDesastres Naturais de Origem SideralDesastres Naturais Relacionados com a GeodinâmicaTerrestre ExternaDesastres Naturais Relacionados com a GeodinâmicaTerrestre InternaDesastres Naturais Relacionados com o Desequilíbrioda Biocenose

    CODAR-N

    CODAR-NS

    CODAR-NE

    CODAR-NI

    CODAR-NB

    CODAR-1

    CODAR-11

    CODAR-12

    CODAR-13

    CODAR-14

    CODAR Classificação

    Alfabét ico Numérico

    Desastres HumanosDesastres Humanos de Natureza TecnológicaDesastres Humanos de Natureza SocialDesastres Humanos de Natureza Biológica

    CODAR-H

    CODAR-HT

    CODAR-HSCODAR-HB

    CODAR-2

    CODAR-21

    CODAR-22CODAR-23

    CODAR Classificação Alfabét ico Numérico

    Desastres MistosDesastres Mistos Relacionados com a GeodinâmicaTerrestre ExternaDesastres Mistos Relacionados com a GeodinâmicaTerrestre Interna

    CODAR-M

    CODAR-ME

    CODAR-MI

    CODAR-3

    CODAR-31

    CODAR-32

    CODAR Classificação Alfabét ico Numérico

  • 8/16/2019 Capacitação em Defesa Civil

    14/14

    26

    MÓDULO I - REFLEXÕES HISTÓRICAS, SINDEC E POLÍTICA NACIONAL

    Você chegou ao final desta primeira unidade.

    Nesta primeira parte, você conheceu um pouco da história da

    Defesa Civil no Brasil e no mundo. Viu a estrutura e funcionamento

    do SINDEC – Sistema Nacional de Defesa Civil. Também conheceu

    a Política Nacional de Defesa Civil, sua metas e a classificação dos

    desastres.

    Agora acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA

    e realize a atividade proposta. Se desejar, realize também as

    atividades complementares e opcionais na sequência.

    Bons estudos!

    ATIVIDADES PROPOSTAS

    REFLETINDO:

    1 . Com base nos conceitos apresentados neste primeiro módulo

    quais suas considerações a respeito dos principais pontos de reflexão

    para fortalecimento e modernização da Defesa Civil no Brasil? Citeao menos quatro.

     2. Que contribuições os agentes locais de Defesa Civil podem dar

    ao fortalecimento da Defesa Civil no Brasil?