Cap.IIE - Execução de Cobertura de Madeira

Unilins – Curso de Eng.ª Civil

Professor: João Carlos de Campos

Madeira

Estrutura para Cobertura

Cap. II - Execução de Cobertura de Madeira

IntroduçãoA cobertura, parte superior da edificação

que protege das intempéries, é constituída por uma parte resistente (laje, estrutura de madeira, estrutura metálica, etc.) e por um conjunto de telhas com função de vedação (telhado), podendo apresentar ainda um forro e uma isolação térmica.

Cap.II - Execução de Cobertura de Madeira

A estrutura de madeira é considerada como o conjunto de componentes ligados entre si, com a função de suportar o telhado.

A estrutura é composta por uma armação principal e outra secundária, também conhecida por trama. A estrutura principal pode ser constituída por tesouras, ou por pontaletes, e vigas principais, sendo a trama constituída pelas ripas, pelos caibros e pelas terças.

Os componentes da estrutura, ilustradas nas figuras a seguir, são definidas como:

EXECUÇÃO DO MADEIRAMENTO

EXECUÇÃO DE TELHADO


Componentes da Estrutura de Madeira

A – (Ripas ) - peças de madeira pregadas sobre os caibros;

B - (Caibros) - peças de madeira, apoiados sobre as terças;

C - (Terças) - peças de madeira, apoiadas sobre tesouras, sobre pontaletes ou ainda sobre paredes;

D – (Frechal) - viga de madeira no topo das paredes, com função de distribuir as carg as provenientes de tesouras;


E – (Terça de cumeeira) – Terça da parte mais alta do telhado;

G – (Tesoura) – treliça ou conjunto de madeira que serve de apoio para a trama;

H – asna, perna, empena, ou banzo superior;

I – linha, tirante, tensor ou banzo inferior;

J – montante ou suspensório;

K – montante principal;

L – diagonal ou escora;

M – (Chapuz) – calço de madeira;


F – (Pontaletes) – peças de madeira dispos tas verticalmente, constituindo pilares curtos sobre os quais apoiam-se as vigas principais ou as terças;

N- ( Mão francesa) – peça disposta inclinada, com a finalidade de travar a estrutura.


Formas do TelhadoO telhado pode assumir diversas formas, em função da

planta da edificação a ser coberta..

O telhado mais simples é constituído por uma única água, sendo denominado telhado de uma água neste caso não estão presentes nem a cumeeira, nem o espigão e nem o rincão.


O telhado de duas águas apresenta dois planos inclinados que se encontram para formar a cumeeira.

O telhado de três águas, tem dois planos inclinados principais, apresenta um outro plano em forma de triângulo que recebe o nome de (tacaniça), além da cumeeira, o telhado apresenta dois espigões.

No caso de telhado de quatro águas, teremos duas águas mestras e duas tacaniças.


Outros tipos de telhados.


O telhado mais simples é constituído por uma única água, sendo denominado telhado de uma água ou alpendre, neste caso não estão presentes nem a cumeeira, nem o espigão e nem o rincão (Af).


Inclinação do TelhadoNão esqueça que as telhas tem a função de proteger

toda a estrutura da casa e precisam ser apropriadas ao projeto.

Prevenção é o melhor remédio para evitar goteiras, telhas quebradas e condutores de água entupidos em meses de chuvas fortes.

Cada modelo exige uma inclinação diferente. Telhas de fibrocimento pedem inclinação mínima de 10%. Já as telhas romanas (argila) exigem 30% de inclinação.


Para que haja um bom escoamento de água no telhado, evitando infiltrações, é importante seguir a inclinação mínima sugerida para cada telha. Além disso, uma inclinação incorreta pode ocasionar problemas no madeiramento do telhado.


Dicas Para Evitar Problemas de Goteiras

Faça uma revisão geral do telhado um mês antes da época das chuvas.

Não deixe que crianças brinquem no telhado.

Faça impermeabilização das calhas com tintas apropriadas para evitar o rápido apodrecimento.

Verifique se as calhas e condutores não estão sujos.

Fique atento aos cupins.

Tome cuidado com telhados localizados perto de árvores devido ao excesso de sujeira.

TELHADO SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS MAIS COMUNS


Os telhados são constituídos por linhas (vincos) que lhes confere as diversas formas.

As principais linhas são:

a cumeeira é um divisor de águas horizontal e está representada na figura pela letra (C)

- os espigões são, também, um divisor de águas, porém inclinados, letra (E)

- as águas-furtadas ou rincões são receptoras de água inclinados, letra (Af)


- Água : superfície plana inclinada de um telhado;

- Beiral: projeção do telhado para fora do alinhamento da parede;

- Cumeeira: aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas que geralmente localizada na parte mais alta do telhado;


- Espigão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo saliente, isto é, o espigão é um divisor de água;

- Rincão ou Af: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo reentrante, isto é, o rincão é um captador de águas


Rufo: peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede;

Fiada: seqüência de telhas na direção da sua largura.


O telhado pode assumir diversas formas, em função da planta da edificação a ser coberta.


O telhado é geralmente representado na mesma escala da planta, isto é, geralmente na escala 1:100. Também é usual representá-lo na escala 1:200.

Indica-se por linhas interrompidas, os contornos da construção pois a cobertura deverá ultrapassar as paredes, no mínimo 0,50m, formando os beirais ou platibanda que são representados por linhas cheias.


Ao projetarmos uma cobertura, devemos lembra-nos de algumas regras práticas:1 - As águas-furtadas são as

bissetrizes do ângulo formado entre as paredes e saem dos cantos internos.

2 - Os espigões são as bissetrizes do Ângulo formado entre as paredes e saem dos cantos externos.

3 - As cumeeiras são sempre horizontais e geralmente ficam no centro.


Exercícios:


Resolução:c)

d)


Exercícios:


Na compra do vigamento não deixe de observar detalhes importantes como:

retidão das peças

defeitos (trincas,

estrondos, cascas)

bitolas corretas


Vazamento: Há seis causas freqüentes de infiltrações e goteiras.

1. Caimento errado - Projetos malfeitos podem resultar em telhados com caimento tortos. Isso acontece quando os panos (ou águas - superfícies planas e inclinadas) da cobertura não casam. Ou seja, em vez de a água das chuvas correr livremente até escoar pela calha, acaba acumulando em determinados pontos. "Isso faz com que as telhas encharquem e se deteriorem mais facilmente, provocando infiltrações e goteiras".

Solução - É preciso corrigir o caimento do pano, refazendo o madeiramento da parte antiga ou, em casos críticos, toda a estrutura.


2. Inclinação inadequada - Cada modelo de telha pede uma inclinação mínima da cobertura, fundamental ao perfeito escoamento da água da chuva. Boicotar essa regra significa, em geral, vazamentos. Nas palavras de um técnico, o pior é que "consertar a inclinação do telhado pronto torna-se quase praticamente impossível".

Prevenção/solução - Instalar uma manta de subcobertura, barreira impermeável que evita gotejamentos. : "As subcoberturas não deveriam ser usadas para corrigir imperfeições do projeto, como inclinação errada, mas como forma de prevenção".


Dependendo da telha, a estrutura terá uma determinada inclinação, garantindo o escoamento das águas pluviais. A cobertura plana é a mais adotada no país, mais ainda existem a cilíndrica e a cônica.

Como deve ser calculado o caimento:

Para cada metro linear de base do telhado, a inclinação sobe um percentual que pode ser convertido em centímetros. Assim, 50% equivalem a 50 centímetros de rampa por metro.


3. Problemas com calhas, rufos, águas-furtadas e condutores - A instalação e o mau dimensionamento dessas peças também provocam problemas. Calhas rasas, por exemplo, não dão vazão à água absorvida e acabam encharcando o telhado. Rufos mal chumbados motivam infiltrações.

Prevenção/solução - De chapa galvanizada, alumínio ou cobre (os condutores também podem ser de PVC), esses acessórios precisam estar bem dimensionados em relação aos panos da cobertura (veja algumas medidas no quadro abaixo) e bem instalados para cumprir suas funções. Os condutores, por exemplo,


devem estar distanciados uns dos outros no máximo 20m. Além disso, use mão-de-obra especializada e materiais de qualidade e faça manutenção anual, principalmente em locais onde há muitas árvores, poisa as folhas que caem podem gerar entupimentos. Recomendamos ainda que a cada três ou quatro anos se renove a pintura das peças de chapa galvanizada com tinta asfáltica a fim de evitar ferrugem.


4. Deslocamento de telhas Devido aos ventos, costumam escorregar e sair do lugar, abrindo caminho para infiltrações.

Prevenção/solução - Antes da época de chuvas, chame um telhadista para alinhar as peças e encaixar as que estejam fora de lugar.


5. Telhas incompatíveis entre si - Peças de fabricantes diferentes tendem a divergir nas características e nos tamanhos. Por isso, o encaixe entre elas é imperfeito, causando vazamentos. O problema também afeta telhas de uma mesma marca. As duas situações, porém, nunca deveriam acontecer, pois as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinam dimensões precisas para as peças.

Prevenção/solução - Compre telhas de um único lote do mesmo fabricante. Se tiver que substituir unidades quebradas, siga o seguinte conselho "Remaneje as antigas de modo que as novas fiquem agrupadas em um único pano do telhado". Assim, você não mistura peças de diferentes fabricantes. E lembre-se de guardar as telhas velhas que sobrarem para futuras reposições.


6. Defeitos na telha - A queima inadequada, por exemplo, acaba resultando em peças empenadas, muito porosas e até quebradiças. O índice de absorção de água deve corresponder às normas da ABNT. Qualquer que seja o material da telhas, elas não podem permitir a passagem da água.

Prevenção/solução - Procure fabricantes idôneos e que ofereçam garantia. Pergunte também se contam com o Certificado de Conformidade do Produto, conferido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e pelo Centro Cerâmico do Brasil. Ele garante que as telhas atendem às exigências de impermeabilidade, durabilidade e correção de medidas da ABNT.


Use um truque para aferir a qualidade dos modelos de barro: dê um peteleco na parte curva da peça. Se o som produzido for vibrante, semelhante a de um sino, provavelmente o cozimento foi adequado. Se você já tem o telhado instalado, no entanto, a coisa é outra. Peças velhas tem que ser trocadas. Para as novas, ele aposta na impermeabilização com produtos à base de silicone, que prolongam a durabilidade da cor e evitam musgos. Mas adverte que o procedimento é caro e trabalhoso.

Bibliografia

http://www.cearceramicas.com.br/detalhes_sobre_o_ tema_telhado_1.htm

http://geocities.yahoo.com.br/construirereformar/telh adoa.htm#tl1

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