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    Preos AgrcolasMaio de 2000

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    Capital Social

    O conceito de capital social vemsendo h muito tempo discutido porcientistas sociais nas mais diversas reas.Os socilogos Pierre Bourdieu e James

    Coleman, na dcada de 80, elevaram ostatus de capital social a um tpicoespecfico de estudo, tentando entendercomo indivduos inseridos em uma rede(network) de relaes sociais podem sebeneficiar de sua posio ou gerarexternalidades positivas para outrosagentes. Desde ento, o conceito vemsofrendo diversas mutaes ao sabor daaplicao especfica qual utilizado.No presente artigo utilizaremos aseguinte definio: capital socialenvolve o conjunto de recursos que umindivduo ou grupo pode obter a partir

    de sua posio em uma rede derelaes sociais estveis.1 Duasaplicaes distintas do conceito serodiscutidas: como a anlise das relaessociais pode auxiliar o debate sobredesenvolvimento econmico e oposicionamento estratgico de empresas.

    Pesquisas na rea de capital socialcostumam focar-se na estrutura formaldos laos ou relaes que formam umarede social ou no contedo de tais laos.

    Em outras palavras, as fontes de capitalsocial seriam estruturais ou relacionais.Por um lado, o contedo das relaesinterpessoais explicaria as motivaes eas habilidades necessrias para aformao de capital social. Neste sentido,outra contribuio de Mark Granovetterfoi qualificar a natureza de laos sociais.3

    Um lao forte entre dois indivduosenvolve uma elevada dose de tempo eesforo dedicados relao, feioemocional, confiana e reciprocidade.Logo, um relacionamento que se moldae auto-refora ao longo do tempo. Um

    lao fraco exatamente o oposto destasituao, envolvendo transaes pontuaisentre agentes, onde a identidade dosindivduos de menor importncia equestes de confiana e reciprocidadeso mnimas. A contribuiofundamental de Granovetter foi mostrar

    pessoais. Portanto, a anlise detransaes econmicas entre indivduosno pode ser divorciada do contextosocial no qual tais transaes so

    inseridas

    2

    . Por exemplo, um indivduopode preferir transacionar com parceirosconhecidos ou com reputaoestabelecida do que confiar em arranjoscontratuais para dirimir eventuaisconflitos. Ou seja, confiana uma fontede capital social que afeta os custos detransao entre os agentes econmicos.

    Srgio G. Lazzarini Fab io R. Chaddad Ma rco s F. Neves

    O Conc eito d e Ca p ita l Soc ia l e Ap lic a espara Desenvolvimento e Estra tg ia Sustent vel

    Figura 1

    Ex e m p lo d e Re d e d e Re l a e s So c ia i s

    Fonte: Baseado em Granovetter (1973) e Burt (1992)

    I

    A B

    I I

    Redes Sociais

    Sendo um conceitobaseado na anlise de redesde relaes sociais por sis um tpico extenso de

    pesquisa util fazer algunsparalelos entre capital sociale redes sociais. O socilogoeconmico Mark Grano-vetter forjou o termoembeddedness cuja tradu-o particularmente difcil referindo-se noo de queindivduos so encaixadosem uma extensa rede derelacionamentos inter-

    que contrrio ao sensocomum laos que tmmaior probabilidade de gerarinformaes novas, eportanto gerar valor aorelacionamento, so laosfracos. Isto porque, ao longo

    do tempo, laos fortesperdem sua funcionalidade:se os mesmos indivduostransacionarem por tempoprolongado, pode ocorreruma ossificao do rela-cionamento, sendo que ques-tes pessoais se sobrepema questes de eficincia e apossibilidade de inovao cada vez menor.

    Contrrio do sensoc om um, la os soc ia is quetm maior po ssib ilidade

    de g erar informa esnovas, e p ortanto ge rarvalor ao relac iona mento,

    so la os frac os

    Linhas contnuas den ota m la os fortes; l inha s tra ce jad a s, la os frac os.A-B u m l ao f rac o en t re a g en tes A e B q u e e stab e l ec e u m a l ig a o

    no burac o e strutura l e ntre a s re de s I e I I

    O conceito de capital social refere-se habilidade de firmas ou indivduos em gerar valor a partir darede de relaes sociais nas quais esto inseridos. Duas aplicaes do conceito so apresentadas nestetexto: capital social como propulsor de desenvolvimento econmico e como suporte a estratgiacorporativa. Em ambos os casos, o desafio equacionar os benefcios de dois tipos de laos sociais quetendem a ser antagnicos: laos fracos - permitindo a obteno de informaes e capacitaes novas -e laos fortes - permitindo o desenvolvimento de confiana mtua no relacionamento.

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    vcios e virtudes da dimenso socialcom relao ao processo dedesenvolvimento econmico.

    Por exemplo, o enfoque institucionalreconhece que a capacidade de grupossociais em agir para seu interesse coletivodepende crucialmente da natureza eextenso do seu relacionamento com asinstituies formais. Percebe-se queplanejadores econmicos podem alteraras regras formais na economia (leis,regulamentaes, etc.), mas as regrasinformais (normas, cultura, cdigos deconduta, etc.) so dificilmente alteradase podem at mesmo inibir mudanasformais, como tem sido veementementeenfatizado pelo economista DouglassNorth. Os problemas enfrentados pela ex-Unio Sovitica, com uma economiainformal que sobrevive a despeito dasmudanas formais verificadas, umexemplo ntido. Em outras palavras, asredes sociais tardam a ser influenciadaspor polticas pblicas ou podemdiminuir, e at neutralizar, seus efeitos.Por isso, economistas lidando comdesenvolvimento tendem a ser avessoscom respeito a questes que tangenciamrelaes sociais. Como enfatiza ThrinnEggertsson, normas so de interesselimitado para o estudo dedesenvolvimento econmico, se elas nopodem ser influenciadas direta ou

    indiretamente por polticas pblicas.

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    Mas existe ainda um outro problemafundamental associado aplicaoprtica do conceito de capital social.Grupos de indivduos que sustentam seurelacionamento com base em normas esanes sociais podem de fato gerar umresultado estvel e a baixo custo, umavez que laos fortes inibem aesoportunistas e propiciam o tipo depunio que talvez o mais forte emnvel individual: a sua excluso ouboicote do grupo. Voltando ao nossoexemplo de micro-crdito, em algumas

    regies da frica a prtica de crditorural baseia-se em aspectos culturais esanes sociais que tendem a reduzir osbenefcios privados de se cometeralguma ao oportunista (por exemplo,tomar dinheiro e aplicar em ativos noespecificados no contrato), facilitando omonitoramento de tais contratos. Nestasregies, o mercado de crdito regidopor regras do jogo informais, ondecolaterais so raramente usados, sendo

    Cabe a este grupo efetuar os pagamentosde juros e do principal de acordo com oestipulado no contrato de crdito. Nocaso de quebra contratual ou falta depagamento, o grupo no recebe maiscrdito no futuro. Desta forma, aorganizao que oferece o crditotransfere os custos de monitoramento docontrato de crdito para o grupo desolidariedade, que pode se auto-monitorar a menores custos com basenas relaes interpessoais entre seusmembros. Ou seja, se um indivduo noconseguir pagar seu emprstimo, o grupode solidariedade poder ajud-lo ouento exercer presses sociais para for-lo a cumprir o contrato.6 De acordo comeste enfoque comunitrio, asexternalidades positivas geradas pelasredes de relaes interpessoaisfacilitariam o processo dedesenvolvimento econmico. Ou seja,

    No que tange estrutura de redessociais, o socilogo Ronald Burtestendeu a anlise de Granovetterafirmando que laos fracos sofundamentais para gerar transmisso deinformaes novas, porm somente seforem no-redundantes.4 Considere aFigura 1, onde as redes sociais I e II soconectadas pelo lao fraco entre osagentes A e B. A questo fundamental que o lao A-B no-redundante, poisnenhum outro agente nas redes I ou IIpossui laos entre si. Assim, orelacionamento entre os indivduos A eB tem o potencial de ser condutor deinformaes novas e relevantes para asredes I e II. Neste caso, Burt denominaque o lao A-B estabelece uma ponte noburaco estrutural (structural hole) entreas redes I e II.

    Capita l Socia l eDesenvolvimento

    Podemos agora discutir a nossaprimeira aplicao do conceito de capitalsocial: desenvolvimento econmico.5 Hum grande interesse no conceito decapital social para promover relaesestveis entre indivduos em pases ouregies de forma a prover crescimentoeconmico sustentvel. Por exemplo,capital social poderia ser um

    micromecanismo no qual agenteseconmicos se embasariam de forma agerar redes de colaborao que se auto-reforam ao longo do tempo ou parafortalecer as relaes verticais entresupridores e clientes com efeitos dereduo de custos de transao. Ou seja,redes de relaes sociais serviriam debase para a formao de plos dedesenvolvimento. A coeso de redessociais tambm promoveria a formaode aes coletivas, propiciando acesso informao, aquisio de conhecimento,aumento do poder de barganha ou

    influncia poltica, e maior solidariedadee engajamento cvico.Um exemplo seria o papel dos grupos

    de solidariedade com relao aosesquemas de micro-crdito quecontinuam se propagando em pases emdesenvolvimento como uma alternativaao crdito formal. Em programas demicro-crdito, o emprstimo no concedido a um credor individual, masa um grupo de micro-empresrios locais.

    Planejadoreseconmicos podem

    alterar as regras forma isna ec onomia

    (leis, regulamentaes,etc .) ma s as reg ras

    informa is so d ific ilme nte

    alterad as e p od em a tmesmo inib ir mud an asformais

    quanto mais capital social entre osmembros de uma comunidade local,melhor para a sociedade como um todo.

    Porm, outros enfoques identificamalguns efeitos malficos do capital social.De acordo com o enfoque estrutural,grupos sociais sem laos com outrosgrupos devido a discriminao,excluso social ou por se colocarem

    margem do sistema legal podem seisolar em guetos levando violncia,corrupo e outros problemas sociais.Outro potencial efeito negativo de grupossociais seria a formao de lobby polticopara extrao de rendas ou que travamreformas polticas com ganhos positivospara a sociedade mas com perdas para ogrupo especfico, tal como salientado porMancur Olson7 . Logo, h necessidade deuma anlise mais sofisticada acerca dos

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    embasadas sobremaneira em sanessociais impostas a indivduos que seaventuram a descumprir o contrato.9

    O problema fundamental, entretanto, que o processo de desenvolvimentoeconmico implica que transaespassam a ter cada vez mais um carterimpessoal, reduzindo o poder de relaessociais em sustentar o cumprimento doscontratos. Embora at mesmo em naesdesenvolvidas sanes sociais aindatenham importncia, o processo dedesenvolvimento tem sido marcado porum aumento de transaes impessoais.Neste sentido, a sociedade passa aassumir um carter mais individualista,caracterizada por procedimentos formaisde cumprimento dos contratos, ondeterceiros sistema judicial ou rgosde arbitragem privada so acionadospara resolver eventuais disputascontratuais. 10 Uma das razes justamente as vantagens de se estabecerlaos fracos como forma de transmitirinformaes novas e gerar inovao.

    Logo, capital social no suficientepara desenvolvimento econmico, pois preciso ajustar os mecanismos quepossibilitam o cumprimento de relaescontratuais de uma forma maisimpessoal. No somente mudanasinformais devem acompanhar mudanasformais, mas tambm mudanas formais

    devem suportar alteraes no padro dasrelaes sociais, em um processoextremamente complexo e (ainda) poucocompreendido pelos cientistas sociais.Entretanto, o conceito de capital socialpoder eventualmente servir de ponteentre os enfoques econmicos e sociaissobre desenvolvimento.

    Capita l Socia l e Estratgia deEmpresas

    A outra aplicao do conceito relacionada a estratgia de empresas. Um

    dos enfoques mais influentes deestratgia tem sido a abordagem baseadaem recursos, enfatizando que odesempenho econmico de organizaes diretamente relacionado a recursosespecficos das empresas e difceis deserem imitados. A recente abordagemrelacional estende este enfoque,preconizando que desempenho influenciado pela capacidade dasempresas em buscar informao e

    conhecimento na rede de organizaesnas quais esto inseridas.11 Neste sentido,estratgia corporativa tem sido explicadasob a tica de como relaes entreempresas so estruturadas ao longo dotempo.

    Mas h a uma questo relacionada nossa discusso anterior que deve sercuidadosamente analisada para aaplicao deste enfoque. Transaescontinuadas entre as mesmas empresasresultam em dois efeitos que podemreduzir o desempenho organizacional.Primeiro, pode haver um problema desobre-socializao, onde questespolticas e afetivas se sobrepem eficincia na seleo de projetos oualianas entre empresas. Segundo,empresas transacionando ao longo dotempo tendem a apresentar umasobreposio de capacitaes. Isto podeser til em estgios iniciais do

    demandas de mercado e perspectivastrazidas por novos agentes. Bill McEvilye Akbar Zaheer, em outro estudo13 ,verificaram que o desempenho deempresas em certos clusters regionais nosEstados Unidos foi positivamenteinfluenciado pela existncia de laosno-redundantes apresentados por taisempresas, por aumentar adisponibilidade de informaes ecapacitaes novas. 14

    Portanto, o uso de relaes entreempresas no mbito de estratgiascorporativas deve equacionar dois efeitosopostos: transaes continuadas entre asmesmas empresas possibilitamaprendizado conjunto e auxiliam ocumprimento dos contratos porgerarem confiana mas tambm levama um processo de sobre-socializao esaturao na capacidade de inovao dasempresas. Sempre que possvel, precisobuscar buracos estruturais na rede amplade empresas na qual uma determinadaorganizao inserida, de forma a gerarinformaes e conhecimentos novos pormeio de laos fracos que complementemlaos fortes j existentes.

    Uma questo interessante refere-se smudanas trazidas por novas tecnologiasde informao, em particular a Internet.Muitas empresas em diversos setores tmmostrado interesse em mover o sistema

    de suprimento de matrias-primas parao modelo impessoal, fortemente baseadoem preos, trazido pela Internet. Isto curioso porque h pouco tempo atrsempresas tentaram mover o processo desuprimento para um modelo maisrelacional, caracterizado por relaes demais longo prazo e com poucossupridores, o que na indstriaautomobilstica conhecido comomodelo Toyota. Talvez o modelotrazendo maiores benefcios estejajustamente no meio-termo entre estesdois extremos, resultante da prpria

    dinmica das transaes.Por exemplo, mesmo que o processode compras seja totalmente feito viaInternet, de se esperar que certossupridores que, por uma razo ou outra,venceram um grande nmero de leilesde compra passem a ter vantagens sobreoutros supridores (maior confiana porparte do comprador, por exemplo). Osistema tende a mover portanto pararelacionamentos pessoais novamente.

    O proc esso dedesenvolvimento

    ec onmic o imp lic a q uetransaes passama te r c ada vez maisc ar ter imp essoa l,

    red uzindo o p od er derela e s soc ia isem sustenta r o

    c umprimento d oscontratos

    relacionamento como forma de gerarnovo conhecimento e sustentar atransao por exemplo, a partir dodesenvolvimento de confiana mtua.Porm, pode haver um processo desaturao na capacidade das empresasem inovar. Este efeito o que o socilogoBrian Uzzi denominou de paradoxo deembeddedness.12

    Uzzi verificou que a sobrevivncia deempresas na indstria de vesturio deNew York foi maior no caso de firmasque se relacionam utilizando tanto laosfortes quanto laos fracos (ao invs deum ou outro tipo de relacionamento deforma nica), pois os primeirospropiciam o desenvolvimento deconfiana mtua, ao passo que os ltimosgarantem uma exposio a novas

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    Mas a manuteno peridica deprocessos de compra via Internet podedisciplinar estes supridores a no seacomodarem com respeito a custos, oupossibilitar a entrada de outros supridores

    trazendo capacitaes novas.15

    Em suma,cria-se temporalmente um balano entrelaos fortes e laos fracos.

    Conc luso

    O conceito de capital social tem semostrado altamente relevante para osmais diversos tipos de aplicao,permitindo um melhor entendimento dasrelaes entre indivduos ou firmas e seusefeitos em termos de desempenhoeconmico. Entretanto, muitas vezes oconceito erroneamente confundido com

    socializao, confiana mtua ourelaes pessoais de longo prazo. Naverdade, capital social envolve umcomplexo balano entre laos fortes elaos fracos, sendo que os primeirospossibilitam o desenvolvimento deconfiana mtua e os ltimos permitema obteno de informaes ecapacitaes novas.

    Na nossa opinio, uma anlisedetalhada destes dois efeitos deve ser ofoco de pesquisas utilizando o conceito.Isto particularmente importante porquecapital social tem sido bastante utilizado

    de forma normativa, ou seja, como umaferramenta que possa permitir odesenvolvimento de regies e pases, ouo aumento da competitividade deempresas. Mas sem um entendimentoprofundo dos benefcios e dos possveisefeitos adversos do capital social, corre-se o risco de se formularem polticas eestratgias errneas ou que gerem nolongo prazo resultados bastante distintosdos inicialmente almejados.

    Notas

    1 Baseado em Adler, P. S. & Kwon, S-W. (1999),Social Capital: The Good, the Bad, and the Ugly,Working Paper. Disponvel no site http://www.ssrn.com.

    2 Granovetter, M. (1985), Economic Action andSocial Structure: The Problem of Embeddedness,American Journal of Sociology, 91: 481-510.

    3 Granovetter, M. (1973), The Strength of WeakTies, American Journal of Sociology, 78: 1360-1380.

    4 Burt, R. (1992), Structural Holes. Cambridge,Massachusetts: Harvard University Press.

    5 Para uma anlise mais detalhada, vejaWoolcock, M. & Narayan, D. (1999), SocialCapital: Implications for Development Theory,Research, and Policy. Mimeo (forthcoming in theWorld Bank Research Observer).

    6 McGuire, P. B. & Conroy, J. D. (1997), Bank-NGO Linkages and the Transaction Costs ofLending to the Poor through Groups: Evidencefrom India and the Philippines, in Schneider, H.(ed.), Microfinance for the Poor? Paris: OECD, p.73-84.

    7 Olson, M. (1982), The Rise and Decline ofNations: Economic Growth, Stagflation, andSocial Rigidities. New Haven: Yale UniversityPress.

    8 Eggertsson, T. (2000), Norms in Economics With Special Reference to EconomicDevelopment, Trabalho apresentado no Centerfor New Institutional Social Sciences Workshop,Washington University.

    9

    Veja Hoff, K. & Stiglitz, J. E. (1993), ImperfectInformation and Rural Credit Markets: Puzzlesand Policy Perspectives, in Karla Hoff, AvishayBraverman, & Joseph E. Stiglitz (eds.), TheEconomics of Rural Organization. Cambridge:Oxford University Press.

    10 Veja Greif, A. (1994), Cultural Beliefs and theOrganization of Society: A Historical andTheoretical Reflection on Collectivist andIndividualistic Societies, Journal of PoliticalEconomy, 102: 912-950.

    11 Dyer, J. H. & Singh, H. (1998), The RelationalView: Cooperative Strategy and Sources ofInterorganizational Competitive Advantage,Academy of Management Review, 23: 660-79.

    12

    Uzzi, B. (1997), Social Structure andCompetition in Interfirm Networks: The Paradoxof Embeddedness, Administrative ScienceQuarterly, 42: 35-67.

    13 McEvily, B. & Zaheer, A. (1999), Bridging Ties:A Source of Firm Heterogeneity in CompetitiveCapabilities, Strategic Management Journal, 20:1133-1156.

    14 Para uma aplicao da anlise de redes parao caso brasileiro, veja Guedes, T. M. M. (1999),Networks of Innovation and Science andTechnology Policy, Mimeo.

    15 Lazzarini, S. G. (2000), Modular Governance:Understanding the Impact of InformationTechnology on the Boundaries of the Firm, Workingpaper.

    prec iso b usc a r burac osestrutura is na red e amp lade emp resas de forma a

    gerar informaes ec onhec imentos novos

    po r meio de la os frac osque c omplementem

    la os fortes j existentes

    FBIO RIBAS C HADAD

    Engenheiro Agrnomo (ESALQ, 1992),Mestre e m Administra o p ela FEA/ USP,

    do utorando em Agribusiness pe laUniversity of Missouri-Columbia, EUA e

    Pesquisador d o PENSA/ USP.

    M A R C O S FAVA NEVES

    Engenheiro Ag rnomo (ESALQ, 1991),Professor de A dm inistrao d e

    Ma rketing e Sistemas Ag roindustriais naFEA/ USP, Camp us de Ribeiro Preto ,

    Pesquisador do PENSA/ USP ePesquisad or- Visitante do Mana ge mentStud ies Group, Wag eninge n University,

    Holand a, em 1998 e 1999.

    SRG IO G IOVANETTI LAZZARINI

    Engenheiro Agrnom o (ESALQ, 1993),Mestre em Ad ministrao pe la FEA/ USP

    e d outorand o e m Ad ministra o pelaJohn M. Olin School o f Business,

    Washington University, EUA e Pesquisadordo PENSA/ USP.