Capítulo 1
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A Morte da Razão
Francis Schaeffer
Apresentação: Leonardo Verona
Motivos-Bases
Conceito cunhado por Herman Dooyeweerd
O princípio motivador e controlador de uma
cultura não é, primariamente, a política, a
economia, ou as ideias, mas a religião.
Motivo-base religioso: Cada comunidade
espiritual é unida por um espírito comum que
controla ativamente a vida dessa comunidade.
A diferença fundamental entre o motivo-base
bíblico e os motivos-bases apóstatas é que o
primeiro tem um caráter integral, do ponto de
vista ontológico, e os últimos são
irrecuperavelmente dualistas. A razão disso é
que eles são frutos da composição de dois
motivos-bases contraditórios, num processo
permanente e insolúvel de tensão.
Há basicamente dois tipos de dialética: aquela
que é produto da absolutização de uma
dimensão relativa da experiência e aquela que é
produto da tentativa de síntese entre o motivo
bíblico com um motivo apóstata.
Natureza e Graça – Tomás
de Aquino
A ciência moderna
nos primórdios
A ciência moderna em seus primórdios foi o
produto daqueles que viveram no consenso e
cenário do Cristianismo.
O cristianismo era necessário para o começo
da ciência moderna pela simples razão de que o
cristianismo criou um clima de pensamento que
colocou o homem em posição de investigar a
forma do universo.
Francis Bacon (1561-1626)
Francis Bacon, que afirmou, na obra Novum Organum Scientiarum (O novo órgão das ciências): “O homem pela queda decaiu ao mesmo tempo do estado de inocência e do domínio sobre a natureza. Ambas essas perdas, entretanto, podem ser mesmo nesta vida reparadas em parte; a primeira religião e pela fé, a segunda pelas artes e ciências”.
Portanto, a ciência como ciência (e a arte como arte) foi admitida, no melhor sentido, como atividade religiosa.
Bacon não via a ciência como autônoma, pois se situava no âmbito da revelação das Escrituras ao ponto da Queda.
Todavia, dentro dessa “forma”, a ciência (e a arte) era livre e de valor intrínseco não só diante dos homens como também de Deus.
Cência Moderna e a Moderna
Ciência ModernaCiência moderna: uniformidade das causas naturais.
Moderna ciência moderna: uniformidade das causas naturais em um sistema fechado.
Qual, porém o resultado de seu anseio por um campo unificado? Vemos que incluem em seu naturalismo não mais apenas a física; também a psicologia e a ciência social estão agora incorporadas à maquina. Afirmam que deve haver unidade, não divisão. Entretanto, o único modo de atingir-se unidade nesta base é excluindo simplesmente a liberdade.
Em outras palavras, o que realmente aconteceu é que a linha foi removida e
posta acima de tudo – e no andar superior nada mais se encontra.
Isto, é claro, tem repercussão na esfera da moral, como:
Se a vida em seu todo é apenas um mecanismo – se isso é tudo o que já – então
a moral na realidade não importa. Não é nada mais que uma palavra para
designar a expressão sociológica.
HegelHegel argumentou que por milhares de anos tentativas se fizeram para achar uma resposta com base na antítese e a nenhum resultado positivo se havia chegado. O pensamento filosófico humanista tentara apegar-se ao racionalismo, à racionalidade e a um campo unificado, mas falhara, não lograra êxito. Logo, concluiu ele, temos de procurar outra maneira de enfrentar o problema.
A nova proposta de Hegel foi a seguinte:O pensamento cientifico não seria somente baseado na antítese mas em uma função entre antítese e tese que resultaria em uma síntese.
Hegel(1770-1831)
Kierkegaard e a Linha do
DesesperoKierkegaard abandonou a esperança de um campo unificado de conhecimento.
Acima da Linha do Desespero, temos o homem convivendo com seus absolutos roma nticos, ainda que o sustentados por uma base gica. Abaixo da linha, o homem passou a pensar de maneira diferente sobre a verdade.
Kierkegaard (1813-1855)
A linha do desespero
O Salto
O existencialismo diz que a experiencia do
homem o pode ser descrita em termos
ficos e racionais.
Kierkegaard demonstrou seu pensamento
fico quando escreveu sobre o e o
cio de Isaque. Segundo ele, esse foi um
ato de fé que nada tinha nenhuma base racional.
Disso resultou o conceito moderno de “salto de
fé” e a o entre o e fé.
Sendo que o o entre a fé e a o, o
autor representa isto da seguinte maneira:
O salto pode ser observado na arte, como, por
exemplo, nas obras de picasso:
A Nova
Teologia
O ltimo degrau a ser alcanc ado justamente a teologia. o obstante aparec a no ltimodegrau, a teologia faz parte do mesmo contexto cultural que envolve as demais disciplinas.
Enquanto Kierkegaard foi a porta de acesso para o pensamento existencialista, Karl Barth foi a porta para o salto existencialista na teologia.
Liberalismo teológico – rejeição do sobrenatural, tentando encontrar um Jesus histórico por meio do método racionalista
No vel inferior: o racional e gico – As Escrituras o repletas de erros – pessimismo. O racional e
gico levava ao pessimismo, assim, a neo-ortodoxia saltou para o “ vel superior”, na tentativa de encontrar sentido para a vida. Isso mostra como a teologia, assim como as outras disciplinas, acabou por cair para baixo da Linha do Desespero.
No nível superior: a Nova Teologia faz uso de mbolos e palavras conotativas sem
es, m de forma a dar uma o de significado capaz de levar a es profundas e sentimentos de espiritualidade.
"Misticismo semântico": expressão Schaefferiana, para designar a ilusão de que o mero uso da linguagem cristã tornará o nosso discurso cristão, mesmo que sua carga semântica seja fruto de nossa própria imaginação filosófica. Como se as palavras dessem a luz ao sentido, e não o sentido às palavras; como se as meras palavras pudessem criar espírito e realidade, tal qual um "pó de pirlimpimpim" teológico.
Racionalidade e Fé
O o lico precisa ser cuidadoso
porque certos licos vem recentemente
asseverando que o que importa o procurar
provar ou negar es o
encontro com Jesus. Tendo o o feito tal
o, colocou-se ele, em forma analisada
ou o-analisada, no andar superior.
Se lemos a o de que estamos escapando
de certas es do debate moderno pelo fato
de o insistirmos na Escritura proposicional e
simplesmente inserirmos o termo "Jesus" ou
"experiencia" no andar superior, cumpre-nos
enfrentar a seguinte o: Que diferenca
entre assim procedermos em o ao que o
mundo secular tem feito em seu misticismo
sema ntico, ou ao que fez a Nova Teologia?
Se os os licos comecarem
dicotomia, separando o encontro com Jesus do
do das Escrituras (inclusive do vel e
do vel), sem o desejarmos
entretanto, estaremos lanc ando tanto a s
mesmos como a o vindoura no
redemoinho do sistema moderno. Este sistema
nos cerca como um consenso quase tico.
Uma das consequ encias de se colocar
moral.
Em consequ encia o que realmente define o
chamado "ato o simplesmente o
que o generalizado consenso da igreja ou o
dominante conceito da sociedade admite como
vel em deter- minado momento. o se
pode ter verdadeira moral no mundo real uma
vez feita essa o. O que nos resta, em
tais circunsta ncias um rio de normas
ticas inteiramente relativas.
Existe uma solução?
Conceito humanista
X
Conceito cristão