Capitulo 4
description
Transcript of Capitulo 4
Técnicas de Análise de Circuitos
I. Definições Ramo : caminho que liga 2 nós. Circuito planar : circuito que pode ser desenhado no plano sem que dois ramos de cruzem. Exemplo :
Circuitos planares
1 R
3 R 5 R
2 R
4 R
1 R
3 R
5 R
2 R
4 R
Circuito não planar
II. Método das tensões de nó (análise nodal)
É baseada na Lei de Kirchhoff para correntes (LCK). Incógnitas são tensões.
No de tensões incógnitas = No de nós – 1 .
Roteiro : a. Converter as resistências em condutâncias ; b. Escolher o nó de referência , atribuindo-lhe tensão nula ; c. Associar a cada nó (exceto o nó de referência, que tem tensão nula)
uma tensão incógnita (tensão de nó); d. Aplicar a LCK em cada nó (exceto no nó de referência) considerando
todas as correntes saindo do nó (por convenção); e. Resolver o sistema de equações.
1. Fontes do circuito: só fontes de corrente
a. Só fontes de corrente independentes
b. Incluindo também fonte de corrente controlada
=
−−
3
6
72
24
2
1
V
V
...
VV
VV
1
2
2
1
==
Nó 1 0)(226 211 =−++− VVV
Nó 2 035)(2 212 =−+− VVV
...
1V 2V
Ω5,0 Ω2,0
Ω5,0
A6 A3−
0S2
S2S5
ABV
A BG
ABV
A BG
i
i
( )AB A Bi GV G V V= = −
( ) ( )AB A B B Ai GV G V V G V V= − = − − = −
2. Fontes do circuito incluem fontes de tensão (dep endentes ou independentes)
a. Todas as fontes de tensão estão ligadas ao nó de referência
b. Nem todas as fontes de tensão estão ligadas ao n ó de referência
Nó 1
1 1 26 2 2 2 ( ) 0i V V V− − + + − = Nó 2
2 1 22( ) 5 2 3 0V V V i− + + − = i
25i V= −
0,5Ω
Ω5,0
0,2Ω6A 3A−
2V1V
i25S
2S 2S
1 2 1
21 2
4 8 6 4 8 6
2 3 3 2 3 3
V V V
VV V
+ = ⇒ ⇔ = + = − −
...
2
1
6
21
2
V V
V V
=−=
Nó 2
2 1 2 31( ) 6 1( ) 0V V V V− − + − =
Nó 3
3 2 3 41( ) 4 2( ) 0V V V V− − + − =
2
3
6
2
V V
V V
=⇒ =
1V 2V 3V S2S1S1
V2A4−A6V4
4V
1
4
4
2
V V
V V
= = −
Cada fonte de tensão ligada ao nó de referência diminui o número de tensões incógnitas em 1 unidade
1V 2V aI 2xi
S2 A2S1A4V10xi
S2 3V
Solução: considerar a fonte de tensão e os seus 2 nós como um único grande nó (supernó) ⇔ curtocircuitar nós 2 e 3.
II. Método das correntes de malha (análise de malha)
É baseada na Lei de Kirchhoff para Tensões (LTK). Incógnitas são correntes.
No de incógnitas = No de correntes de malha .
Roteiro :
a. Converter as condutâncias em resistências ; b. Associar em cada malha uma corrente de malha no sentido horário ; c. Aplicar a LTK em cada malha; d. Resolver o sistema de equações, obtendo o valor das correntes de
malha.
Correntes de ramo , em função das correntes de malha:
1 1
2 2
3 3
4 1 2
5 3 2
i I
i I
i I
i I I
i I I
== −== −= −
Correntes de malha : 1 2 3, ,I I I .
VV 101 = Nó 2
2 1 22( ) 4 1 0aV V V I− − + + = Nó 3
32 2 0aI V− + + =
Problema: não se conhece a corrente aI na fonte de tensão
2
3
2
6
2
8
24x
x
i
V V
V V
i A
P W
= =
⇒ =
=
2 1 2 32( ) 4 1 2 2 0V V V V− − + + + =
No supernó, 232xiVV =−
)(2 21 VVi x −=
=
− 10
22
12
23
3
2
V
V
1I 2I 3I
1i 2i 3i
4i 5i
1. Fontes do circuito: só fontes de tensão
a. Só fontes de tensão independentes
b. Incluindo também fontes de tensão controladas
3 malhas⇒3 correntes incógnitas
⇒1
2
3
25 5 20 50
5 10 4 0
5 4 9 0
I
I
I
− − − = − −
...
1
2
3
29,6
26
28
I A
I A
I A
= = =
Malha 1
1 31 1 1 1 2 30 0R RV V V V R i R i− + + = ⇔ − + + =
Malha 2
3 32 3 2 2 2 30 0R RV V V R i V R i+ − = ⇔ + − =
Mas
1 11 1 1 2 1 2
2 22 3 2 2 2 2
3 1 2
( ) 0
( ) 0
i IV R I R I I
i IV R I R I I
i I I
= − + + − == ⇒ + + − == −
1 2 2 1 1
2 2 3) 2 2
( )
(
R R R I V
R R R I V
+ − ⇒ = − + −
...
Usando correntes de ramos, temos 3 incógnitas e 2 equações.
2 equações, 2 incógnitas
1I 2I
3i
1V
1i
2V
2i 3R1R
2R2RV
2RV1RV
2 malhas⇒2 correntes incógnitas
V50 Ω20
ϕi Ω4Ω5
Ω1
ϕi151I 3I
2I
Malha 1 : 1 2 1 350 5( ) 20( ) 0I I I I−− + − + =
Malha 2 : 2 2 3 2 11 4( ) 5( ) 0I I I I I+ − + − =
Malha 3 : 3 2 3 14( ) 15 20( ) 0I I i I Iϕ− + + − =
1 3i I Iϕ = −
2. Fontes no circuito: incluindo também fontes de c orrente
a. Cada uma das fontes de corrente pertence a uma ú nica malha
Calcular a potência na fonte de tensão:
Malha 2:
2 2 1 1 2 3 22 2( ) 26 1 2( ) 0 4I I I I I I I A+ − − + + − = ⇒ = Potência na fonte de tensão:
1 226( )
26(5 4) 26
P V I I I
W
= + ⋅ = − == − =
⇒Cada fonte de corrente que pertence a uma única malha diminui o número de incógnitas em 1 unidade.
b. Nem todas as fontes de corrente pertencem a uma única malha
Calcular 1V :
Existe uma fonte de corrente que pertence a uma única malha⇒2 incógnitas apenas.
1 4I A=
3 malhas⇒ 3 incógnitas
supermalha
3 malhas⇒3 incógnitas Do circuito, obtém-se imediatamente 1 5I A= e
3 2I A= − .
1Ii
V26
Ω2
Ω3
2I3I
Ω1
Ω2
2I1v
Ω4
Ω1
Ω21V
1I
A4 Ω93I
15V
Malha 2 : 2 1 2 31 4( ) 0I v I I+ + − =
Malha 3 : 3 1 3 2 1 32( ) 4( ) 9 0I I I I v I− + − − + = Problema : não se conhece a tensão na fonte de corrente ( 1v não é incógnita principal do sistema). Solução : considerar a fonte de corrente como um circuito aberto e escrever a LKT na supermalha .
3 1 2 32( ) 1 9 0I I I I− + + =
No interior da supermalha temos:
1 2 35V I I= −
ora 1 1 32( )V I I= − Assim 2 184I A= e 3 16I A= −
IV. Análise nodal ou análise de malhas?
a) Simplificar o circuito, b) determinar o número de equações necessárias utilizando a tabela abaixo. Análise Nodal Análise de Malha Incógnitas
Tensões de nó Correntes de malha
Número de incógnitas
Número de nós –1 Número de malhas
Critério para reduzir o número de incógnitas
Fonte de tensão ligada ao nó de referência
Fonte de corrente que pertence a uma única corrente de malha
Caso especial Fonte de tensão não ligada ao nó de referência ⇒ aplicar conceito de supernó
Fonte de corrente que pertence a duas correntes e malha ⇒ aplicar conceito de supermalha
Obs.: o nó de referência tem que ser colocado de preferência no nó que tem o maior número de fontes de tensão (dependente ou independente) ligado nele.
O método de análise mais adequado será aquele que l eva a escrever o menor número de equações .
Exemplo 1 Determinar a potência na fonte de tensão controlada
Ω300
Ω100 Ω250 Ω500
Ω400 V128V256 Ω200 i50
Ω150
i
V. Transformações de fontes 1. Fonte real de tensão
L s V LV V R I= − 2. Fonte real de corrente
1
L s LI
I I VR
= −
sILV
b
a
LR
LI
IRfonte real
fonte ideal de correnteLI
LV
Modelo Característica tensão-corrente
VR
sV LV
b
a
LR
LI
fonte real
fonte ideal de tensão
LI
LV
Característica tensão-corrente Modelo
3. Equivalência de fontes Objetivo : transformar uma fonte real de tensão numa fonte real de corrente ou vice-versa.
• Fonte de tensão fonte de corrente
VR
sV LV
b
a
LR ⇒V
ss R
VI =
b
a
LRVI RR =
• Fonte de corrente fonte de tensão
VR
sIs IRV =LV
b
a
LR⇒sI
b
a
LRIR
Observações :
• A equivalência deve valer para qualquer valor de IR .
• A seta da fonte de corrente sempre aponta do - para + da fonte de tensão equivalente.
b
a1R
2R ⇔
b
a
2R
b
a1R
2R ⇔
b
a1R
VI. Deslocamento de fontes
1. Deslocamento de fonte ideal de corrente
Nó 1: ia = I + i1 Nó 2: ib = I – i2 Nó 3: ic = i2 + i3
Nó 4: id = i4 – i3 Nó 5: ie = i4 – i5 Nó 6: if = i1 – i5
Nó 1: ia = I + i1 Nó 2: ib = I – i2 Nó 3: ic = i2 + i3
Nó 4: id = I-I+i4 – i3 Nó 5: ie = i4 – i5 Nó 6: if =I-I+ i1 – i5
As equações dos dois circuitos acima são iguais, portanto os dois circuitos são equivalentes.
2. Deslocamento de fonte ideal de tensão
Vca = R1i1 + E Vda = R2i2 + E Vea = R3i3 + E
Vca = R1i1 + E Vda = R2i2 + E Vea = R3i3 + E
As equações dos dois circuitos acima são iguais, portanto os dois circuitos são equivalentes.
VII. Circuitos equivalentes de Thèvenin e Norton
1. Circuito equivalente de Thèvenin
A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de tensão em série com um resistor) a partir de redes lineares quaisquer.
LV
LIa
b
⇔
a
b
LV
LI
THV
THR
Onde
THV é a tensão que aparece entra (a) e (b) com a carga desconectada.
THR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b).
B. Determinação de THV e THR : 1o método
THV : desconectar a carga e determinar a tensão entre os terminais (a) e (b)
CCi : curtocircuitar os terminais (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito no sentido (a) (b)
CC
THTH i
VR =
C. Determinação de THR e THV : 2o método
Objetivo : determinar os valores de THR e THV de tal forma que visto dos terminais (a) e (b) os dois circuitos abaixo são equivalentes.
a
b
⇔
a
b
THV
THR
Redelinear
Então se colocamos nos terminais (a) e (b) uma fonte de corrente de teste com valor TI nos dois circuitos, as tensões abV nos dois circuitos devem ser equivalentes.
Comparando as equações (1) e (2) podemos deduzir que
XRTH =
YVTH =
Observação : se a escolha da direção da corrente na fonte de teste é invertida,
a
b
THV
THR
ABVTI
a
b
ABVTI
Redelinear
ab TH T THV R I V= − + TH
TH
R X
V Y
= −=
a
b
⇔
a
b
THV
THR
Redelinear
ABVTI ABV
TI
ab TV XI Y= + (1) ab TH T THV R I V= + (2)
D. Caso particular: circuito contendo apenas fontes independentes
a
b
cargaRRedelinear
• Determinação de THV : desconectar a carga e determinar a tensão vista dos terminais (a) e (b).
• Determinação de THR : desconectar a carga e determinar a
resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b) com todas as fontes independentes em repouso.
Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto).
Exemplo : determinar o equivalente de Thèvenin que alimenta a carga
LR .
a
b
LRΩ6
Ω3 Ω7
V12
2. Circuito equivalente de Norton
A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de corrente em paralelo com um resistor) a partir de redes lineares quaisquer.
a
b
Redelinear
LI
LV ⇔
a
b
LV
LI
NI NR
Onde: NI é a corrente que vai de (a) para (b) através de um curto-circuito;
NR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b).
B. Determinação de NR e NI : 1o método Idem primeiro do Thèvenin:
CCN iI =
CC
THN i
VR =
C. Determinação de NR e NI : 2o método
De (1) e (2) ⇒ X
RN1= e YI N =
a
b
Redelinear
abI
TV
a
b
NI NR
abI
TV
ab TI XV Y= + (1) 1
ab T NN
I V IR
= + (2)
D. Caso particular: circuito contendo apenas fonte s independentes
Determinação de NR : idem a THR
Determinação de NI : desconectar a carga, curto-circuitar (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito que vai do terminal (a) ao terminal (b). Exemplo :
a
b
LRΩ6
Ω3 Ω7
V12
E. Determinação de NR e NI : 3o método A partir do circuito equivalente de Thèvenin, fazer transformação de fontes.
a
b
TH
THN
R
VI = NR LR
a
b
LRTHV
THR
⇒
VIII. Transferência máxima de potência Objetivo : obter a máxima potência possível de uma rede qualquer.
LRRedelinear LR
LI
THV
THR
⇒ Determinar LR de tal maneira que a potência dissipada nela seja máxima:
22
+==
LTH
THLLLR RR
VRIRP
L
Maximizar LRP ⇔ 0=
L
R
dR
dPL ⇔ THL RR =
Então TH
TH
THTH
THTHmáxR R
V
RR
VRP
L 4
22
, =
+=
Rendimento
LTH
L
THL
THTH
LTH
THL
V
R
RR
R
RR
VV
RR
VR
P
P
TH
L
+=
+⋅
+==
2
η
THR
2
4TH
TH
V
R
LR
LP
Máxima transferência de potência não é necessariamente vantajosa. Ex: sistemas de potência
0,5
THR LR
η
IX. O princípio da superposição Circuito linear : se o circuito é alimentado por mais de uma fonte de energia, a resposta total é igual ao Σ das respostas a cada uma das fontes independentes em repouso. Observações :
Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto). Fontes controladas não devem ser colocadas em repouso.
Redelinear
V
I
i
Redelinear
Vi
Redelinear
I
i