Capítulo 4 - Gestão Da Qualidade Das Atividades de Retaguarda Em Serviços

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    UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    Capítulo 4:Gestão da Qualidade dasAtividades de Retaguarda

    em Serviços

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL

    Prof. Julio Nichioka, DSc

    Disciplina: Qualidade em Serviços

    Setembro de 2014

    Capítulo 4: Gestão da Qualidade dasAtividades de Retaguarda em Serviços

    4.1. A Importância da Qualidade na Retaguarda dosServiços4.2. Análise e Desenho de Processos em Serviços4.2.1. Controle Estatísticos do processo Aplicado aServiços4.2.2. Os Custos da Não-Qualidade: aindanegligenciados em Serviços4.2.3. Mecanismos à Prova de Falhas (Poka-Yoke) em

    Serviços4.2.4. Processos de Melhoria da Qualidade em Serviços4.2.5. . Benchmarking em Serviços4.2.6. Mecanismos de Certificação da Qualidade emServiços

    ATIVIDADES DERETAGUARDA

    Suporte para o sucesso dasatividades referentes aos

    momentos de contato

    Influência no nível de eficiência nouso de recursos

    4.1. A Importância da Qualidade na

    Retaguarda dos Serviços

    As atividades de retaguarda em muito se assemelham aoperações fabris tradicionais e o tratamento da qualidadeem retaguarda pode-se beneficiar dessa similaridade, já

    que há um grande nº de técnicas desenvolvidas para lidarcom qualidade em ambientes fabris, onde a possibilidade

    de haver padronização e controle é muito maior.

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    O famoso framework de Corrêa & Caon (2.002),que mudou a forma de o mundo ver os Serviços...

    Qualidadena retaguarda

    Resultado

    Lucratividadeoperacional

    Satisfação dos colaboradores

    em back office

    Satisfação / encantamento

    FidelizaçãoRetenção

    Preço

    Market shareCusto

    Uso dosrecursos

    Produtividade   E  s   t  r  a   t   é  g   i  a   d  e  o  p  e  r  a  ç   õ  e  s

       C  o  n  c  o  r  r  e  n   t  e  s

       O  u   t  r  o  s  a   t  o  r  e  s

       P  a  r  c  e   i  r  o  s

    Instalações RH

    Competências

    Tecnologia da informação

    em front officeValor ofertado

    Qualidadenalinhade frente

    Supply chain

    Posição da Qualidade das Atividades de Retaguarda noquadro geral de Competitividade da Empresa de Serviços

    Service Blueprint 

    Ferramenta para mapear conjuntos de atividades inter-relacionados que concorrem para o sucesso do serviço

    Identificarrelações

    Atividade linhade frente

    Retaguarda

    Análise e Desenho de Processos em Serviços

    M 1 M 2   M 3 M 4   M 5   M 6   M nC L I E N T EL i n h a d e  

    C o n t a t o  

    A t i v - A

    L i n h a d e  

    V i s i b i l id a d e  

    P e s s o a ld e

    C o n t a t o

    L i n h a d e I n t e ra ç ã o  

    I n t e r n a  

    S u p o r t e

    L i n h a d e  

    C o n t r o l e  

    P r o d u ç ã o

    G e r ê n c i a

    A t i v - B A t i v - C   A t i v - D A t i v - E A t i v - F A t i v - G

    A t i v - H   A t i v - I   A t i v - J   A t i v - K   A t i v - L   A t i v - M

    A t i v - N A t i v - O A t i v - P A t i v - Q A t i v - R

    A t i v - S A t i v - T A t i v - U

    C r i t é r i o s d eD e s e m p e n h o

    C r í t i c o s

    R e c u r s o sC r í t i c o s

      R e c R e c R e c R e c     R e c R e c R e c  

    C D 1

    C D 2 

    C D 3 

    C D 2 

    C D 4 

    C D 4 

    C D 5 

    C D 7 

    C D 8    C D 3 

    C D 6 

    C D 1

    C D 5 

    C D 8 

    C D 4 

    R e c 

    C D 8 

    C D 8 

    M 3

    A t i v - P

    R e c u r s o  

    C r i té r i o d e D e s e m p e n h o  

    M o m e n t o d a V e r d a d e  

    A t i v id a d e ( p o d e d e p e n d e r d o s r e c u r s o s d e u m a o u m a i s á re a s d e d e c i s ã o )  

    Fluxo de Processos em Serviços: “Serviceblueprint” 

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    O principal objetivo do CEP é possibilitar um controleeficaz da qualidade, feito pelo próprio operador em temporeal, monitorando as características de interesse,assegurando que elas irão se manter dentro de limitespré-estabelecidos e indicando quando devem ser tomadasações de correção e melhoria.

    Controle Estatístico de Processo (CEP)

    Definição: método preventivo de se comparar,

    continuamente, os resultados de um processo comreferenciais, identificando a partir de dados estatísticosas tendências para variações significativas, a fim deeliminar ou controlar essas variações;

    Objetivo: reduzir a variabilidade de um processo atravésda eliminaçãodas causas especiais de variação.

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Número da Amostra

    LSC

    Média

    LIC

    LSE

    LIE

    CausaEspecial

    Gráficos decontrole mostram

    a variação doprocesso ao

    longo do tempo

    Controle Estatístico de Processo (CEP)

    procure pela causa da variação especial

    procure pela causa da variação especial

    Variações normais

    Passagem do tempo ou eventos

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    LSC

    LIC

    x

    Parâmetro dedesempenho

    CEP: Busca pelas Causas “Especiais”

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    MédiaMédia MédiaBaixa dispersão,

    Concentrada em tornoda média

    Alta dispersão,espalhada emtorno da média

    Distribuições com desvio padrão crescente

    Distribuição Normal

    Distribuição Normal

    Média

    DesvioPadrão

    95.5%

    Controle Estatístico de Processo (CEP)

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    Tipos de Variação

    Aleatória:

    Inerentes aoprocesso

    Podem sereliminadas somenteatravés de melhoriasno processo

    Tipicamente 15%dos problemas

    Causas comuns

    Não Aleatória:

    Devido a razõesidentificáveis(assinaláveis)

    Podem ser eliminadasatravés de ações dooperador ou da gerência

    Tipicamente 85% dosproblemas

    Causas especiais

    Controle Estatístico de Processo (CEP)

    Processo fora de controle: Presença de causas especiais

    Processo instável Processo não previsível

    Processo sob controle: Causas especiais eliminadas Presença somente de causas comuns de

    variação Processo estável Processo previsível

    µµµµ

    Implementação de

    Controle de Processo

    Limite superior de controle

    Limite inferior de controle

    3 desvios padrão

    3 desvios padrão x xx x

    xx

    xx

    xx

    xx x

    PROCESSO SOB CONTROLE

    LSC

    LIC

    LSC

    LIC

    LSC

    LIC

    LSC

    LIC

    LSC

    LIC

    PROCESSO FORA OU SAINDO DE CONTROLE(para limites definidos por 3 desvios-padrão)

    x xx

    x

    x

    xx

    xx

    x

    x xx

    xx

    x x xx x

    xx

    xx x

    x x xx

    x xx

    xx

    xx

    x

    x

    x

    x

    x

    Regras usuais em CEP (SPC)

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    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    80%

    90%

    100%

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

    Toques

    Porcentagem Porcentagem acumulada

    Toques num Call Center 

    Apenas 82% das ligações foram atendidas até o 10ºtoque

    Capabilidade do Processo - Padrão interno: 95%de atendimento até o 10º toque.

    02468

    10121416

       0  1  /   0   2  /   0   2

       0  3  /   0   2  /   0   2

       0   5  /   0   2  /   0   2

       0   7  /   0   2  /   0   2

       0   9  /   0   2  /   0   2

      1  1  /   0   2  /   0   2

      1  3  /   0   2  /   0   2

      1   5  /   0   2  /   0   2

      1   7  /   0   2  /   0   2

      1   9  /   0   2  /   0   2

       2  1  /   0   2  /   0   2

       2  3  /   0   2  /   0   2

       2   5  /   0   2  /   0   2

    Toques antes do atendimento em amostras de 5 chamadas

    Gráfico de controle do Call Center 

    LSC

    O gráfico mostra um ponto fora do limite de controle,decorrente de uma causa a ser investigada e tendência de

    aproximação do LSC.

    Aumento detoques antes

    do atendimento

    Mão de obra Máquina Método

    Materiais Mercado

    Volume maiorde ligações

    Tipo diferentede ligação

    Faltou manualde instruções

    Defeito nosistema

    Telefonenão tocou

    Telefonetocou baixo

    Falta plano decontingência para falta

    Falta plano decontingência para

    defeitoPessoas temporárias

    mal treinada

    Pessoas novas

    Pessoasausentes

    Análise das causas da demora para atendimento:Diagrama de Causa e Efeito

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    4.2.2. Os Custos da Não-Qualidade

    Tempo

    Antes da iniciativada qualidade

    Depois da iniciativada qualidade

    Custos da

    Qualidade

    PlanejamentoPrevenção

    InspeçãoCorreção

    Custos Totais da Qualidadeantes da iniciativa

    Custos Totais da Qualidadedepois da iniciativa

    Iniciativa da qualidade 

    Tempo

    Antes da iniciativade qualidade

    Depois da iniciativade qualidade

    Custos daQualidade

    Prevenção

    Inspeção

    Custos Totais da Qualidadeantes da iniciativa

    Custos Totais daQualidade depoisda iniciativa

    Falha interna

    Falhaexterna comrecuperação

    Falha externacom perda

    Custos da Qualidade

    Nível de qualidade

        C   u   s    t   o

    Baixo

    Alto

    Custos defalhas

    internas eexternas

    Custos deprevenção e

    avaliação

    Baixo Alto

    Relação entre Qualidade e Custos

    Fonte: Juran & Gryna, 1970

    Curva do Custo Total

    Nívelpreferencial de

    defeitos

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    25

    Custos da Qualidade: Custos de Prevenção

    Classificação de Custos em Serviços: Prevenção

    Manutenção da QualidadeCustos InternosCustos Externos

    Gestão de Pessoas - recrutamento,seleção e treinamento

    Desenvolvimento de novastecnologias

    Facilidade de projeto

    Documentação do Sistema deGestão da Qualidade

    26

    Classificação de Custos em Serviços:

    Prevenção

    Manutenção da Qualidade

    Avaliação

    Inspeção e Ensaios

    Auditorias da Qualidade

    Custos InternosCustos Externos

    Custos da Qualidade: Custos deManutenção da Qualidade

    Classificação de custos em Serviços:

    Prevenção

    Manutenção da Qualidade

    Custos Internos

    Custos Externos

    Rotatividade excessivaRetrabalho no escritórioPerda de moral daspessoasMarketing adicional paramanutenção de clientes

    Custos da Qualidade: Custos Internos

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    Classificação de custos em Serviços:

    Prevenção

    Manutenção da Qualidade

    Custos Internos

    Custos Externos

    Verificáveis 

    Seguros e garantiasPerda do cliente

    Não Verificáveis 

    Desembolso não declarado do clienteTempo despendido pelo clienteDesgaste emocional do clienteDivulgação negativa da empresa

    Custos da Qualidade: Custos Externos

    Poka-yoke do servidor Poka-yoke do cliente

    Preparação

    Contacto

    Conclusão docontacto

    Tratamento Tangíveis

    Tarefa

    4.2.3. Mecanismos à Prova de Falhas:Poka-yoke

    Referente à tarefa em si, aotratamento dado ao cliente ou aos

    tangíveis envolvidos

    Refere-se a atividadesrealizadas pelos clientes,

    mas podem ter impacto naqualidade e na satisfação

    do cliente

    Falhas Possíveis Poka-yokes

    Tarefa

    trabalhar diferente dosolicitado

    trabalho não solicitado trabalhar errado trabalho devagar

    Bandejas com depressões para instrumentos- hospital

    Código de barra em check out -supermercado

    Gravação de solicitações - call centers Rádio para transmissão de pedidos -

    restaurantes

    Treinamento Não notar o cliente Não ouvir o cliente Não reagir correto ao

    cliente

    Microfones para ouvir melhor o cliente Sinos à porta de lojas Padrões de toques antes de

    atendimento telefônico Telas para atendimento em call centers Pager em restaurantes para chamar garçon

    Tangíveis

    Limpeza deficiente Limpeza dos uniformes Controle ambiental Estocáveis entregues Documentos entregues

     Spelling checker nos editores de texto usados Banheiros públicos “auto-limpáveis” Espelhos para checagem de aparência de

    garçons Mecanismos servo-controlados de ar-

    condicionado

    Poka-yoke do servidor

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    Unid 1 Unid 2 Unid 3 Unid 4 Unid 5

    Giro de estoques

    Tempo de entrega

    Pedido completo

    Rastreabilidade

    ..........................

    Indicador N

    Função Logística

    Confiabilidade

    16 11 24 8,5 4

    4d 4d 6d 3d 5d

    98% 92% 89% 95% 97%

    89% 91% 92% 88% 100%

    Excele Boa Boa Pobre M boa

    A B C D E

    Benchmark interno (desempenho Classe Empresa)

    Pior desempenho comparativo interno

    Benchmark externo (desempenho Classe Mundial)

    Conc 1 Conc 2

    28

    5d

    100%

    94%

    M boa

    E

    14

    7d

    97%

    99%

    M boa

    E

    Benchmarking Competitivo

    Benchmarking Funcional

    Escolha bem os parceiros e ramos de atividades

    Ênfase em práticas e não em desempenhos

    Estude bem seu próprio processo

    Prepare a visita

    Não pergunte o que não quiser compartilhar

    Leve o gestor funcional junto

    Visite a operação in loco  Prepare relatório rapidamente

    Mecanismos de Certificação

    Não necessariamente reflete em satisfação do cliente

    Diferentes benefícios para diferentes empresas

    Pode engessar (excesso de documentação,burocracia)

    Papel em marketing e na motivação

    Pode ser critério qualificador, mas não diferenciador