Capitulo 5 Os meninos Keller.

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Capitulo 5: Os meninos Keller. Era uma mata escura, um lago congelante. Matthew olhava para o horizonte, havia muita angústia em seu olhar. Seus olhos já não eram claros cristalinos, era um preto aterrorizante. A agonia penetrava seu ser. Uma moça bela, pele de porcelana, olhos castanhos inocentes e cabelo ruivo sem igual gritava seu nome. O corpo dela coberto de sangue, já não tinha mais sua mão direita colocada ao seu corpo. Ela estava agonizando, Matthew nada sentia, ele estava em transe, sua alma marcada por um monstro era completamente indiferente àquela moça e seu vestido branco manchado de vermelho. - Matt, por favor. Suspirou, a morte estava próxima. Eu te amo. Ela o amava com todo o seu ser, cada parte do seu corpo pelejava pelo toque daquele jovem menino. Ao se dar conta do que havia feito, seus olhos voltaram ao normal. Ele já não era mais aquele monstro de olhos escuros sombrios, estava confuso. - Clarice. Havia muita dor em sua voz. O que foi que eu fiz? Segurou-a em seus braços apertando-a contra seu peito, as lágrimas caíam e carregavam a dor de um grande arrependimento. A garota tocou seu rosto e sorriu ao encontrar seus olhos azuis, um resto de lágrima que ainda havia em seus olhos teimou em cair para logo em seguida fechá-los. A morte havia acolhido mais uma velha amiga. - Clarice! o grito foi cortante, a dor era só o que restava. ... Clarice! Gritava relutante. - De novo não. Reclamou Ethan. Ei, Matt! Sacudiu o braço de Matthew que acordou assustado. Quem é Clarice? - O que? Perguntou confuso. - Você chama por ela todas as noites. É pesadelo, não é? Eu sinto sua voz trêmula ao dizer o nome dela. - Não é da sua conta. Matthew virou para o outro lado da cama e encarou a parede com pesar. - Só prometa que dormirá, amanhã tenho um jogo importante não posso acordar cansado. Era o jogo que dava continuidade ao campeonato. Logo após o jogo seria realizado o primeiro baile do colégio. Diante dos acontecimentos recentes, algumas festas foram adiadas então seria comemorado o Halloween junto com o baile de boas-vindas. ...

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Capitulo 5: Os meninos Keller.

Era uma mata escura, um lago congelante. Matthew olhava para o horizonte, havia muita

angústia em seu olhar. Seus olhos já não eram claros cristalinos, era um preto

aterrorizante. A agonia penetrava seu ser. Uma moça bela, pele de porcelana, olhos

castanhos inocentes e cabelo ruivo sem igual gritava seu nome. O corpo dela coberto de

sangue, já não tinha mais sua mão direita colocada ao seu corpo. Ela estava agonizando,

Matthew nada sentia, ele estava em transe, sua alma marcada por um monstro era

completamente indiferente àquela moça e seu vestido branco manchado de vermelho.

- Matt, por favor. – Suspirou, a morte estava próxima. – Eu te amo. – Ela o amava com

todo o seu ser, cada parte do seu corpo pelejava pelo toque daquele jovem menino. Ao se

dar conta do que havia feito, seus olhos voltaram ao normal. Ele já não era mais aquele

monstro de olhos escuros sombrios, estava confuso.

- Clarice. – Havia muita dor em sua voz. – O que foi que eu fiz? – Segurou-a em seus

braços apertando-a contra seu peito, as lágrimas caíam e carregavam a dor de um grande

arrependimento.

A garota tocou seu rosto e sorriu ao encontrar seus olhos azuis, um resto de lágrima que

ainda havia em seus olhos teimou em cair para logo em seguida fechá-los. A morte havia

acolhido mais uma velha amiga.

- Clarice! – o grito foi cortante, a dor era só o que restava.

...

– Clarice! – Gritava relutante.

- De novo não. – Reclamou Ethan. – Ei, Matt! – Sacudiu o braço de Matthew que acordou

assustado. – Quem é Clarice?

- O que? – Perguntou confuso.

- Você chama por ela todas as noites. É pesadelo, não é? Eu sinto sua voz trêmula ao dizer

o nome dela.

- Não é da sua conta. – Matthew virou para o outro lado da cama e encarou a parede com

pesar.

- Só prometa que dormirá, amanhã tenho um jogo importante não posso acordar cansado.

Era o jogo que dava continuidade ao campeonato. Logo após o jogo seria realizado o

primeiro baile do colégio. Diante dos acontecimentos recentes, algumas festas foram

adiadas então seria comemorado o Halloween junto com o baile de boas-vindas.

...

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- Eu estou dizendo, foi um sonho muito esquisito que eu tive. – Louise comentava com

Harry enquanto eles caminhavam até a sala de aula. – Ela tinha o cabelo mais lindo que

eu já vi.

- Você deve ter assistido um filme e ficado com ele na cabeça Loui.

- Não, era real. Assim como o sonho do lago. Talvez um presságio.

- Presságio?! Eu achei que você tivesse parado com isso. Não falou mais no assunto.

- O fato de eu não dizer nada, não quer dizer que tenha ido embora. Eu vou descobrir

quem é essa garota.

Os dois passaram por um rapaz de jaqueta de couro marrom, usava uma blusa xadrez por

baixo e botas sujas de lama. Ele estava na porta do colégio, parecia esperar alguém. Ao

avistar seu alvo caminhou até ele. Matthew encarava a moto do rapaz como se fosse uma

velha conhecida.

- Há quanto tempo você está nessa cidade?

- Olá irmão, não está feliz em me ver?

- Responda a droga da pergunta Erick!

- Há bastante tempo. Alguma coisa contra?

- E só agora você resolveu me dizer? Eu estou morando com estranhos! Estranhos, droga!

– Matthew socou a própria mão em um ato de descontar a raiva que percorria por seu

corpo.

- Ele queria que eu te observasse, sabe que eu sempre acabo encobrindo você.

- Aparentemente não é só eu quem você ajuda. – Matthew virou-se para olhar Erick. –

Foi tudo marcado? Ela já sabe que você está aqui?

- Eu só estou evitando problemas. Ninguém precisa saber quem somos.

- Aí é que está Erick! Agora é tarde demais para evitar algumas coisas. Corpos sem

corações e nenhuma gota de sangue? Esqueceu que essa cidade já teve acontecimentos

parecidos com esse? Eles não são idiotas.

- Você tem sonhado com ela, não tem? Por isso toda essa raiva.

- Pensei que éramos irmãos. Você me abandonou quando eu mais precisei de você. Você

virou as costas para a pessoa que mais foi leal a você. Eu te ajudei em tudo referente a

Anna. – Passou a mão pelo cabelo em um ato de angústia. – Então sim, Erick, eu estou

com raiva! – Matthew passou por Erick que o segurou pelo braço.

- Eu preciso saber se você descobriu algo sobre a Ashley. Ela contatou com o Logan?

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- Diga ao nosso pai que a Ashley está morta, sinto muito não ter aberto o caixão para

mostrar as provas. – Matthew empurrou Erick e adentrou o colégio.

...

O jogo acabou em empate. Ethan se consagrou de longe o melhor jogador da partida. A

torcida estava eufórica, os alunos estavam extasiados. O jogo havia sido na parte da tarde,

durante a noite aconteceria o grande baile. Alice iria com Daniel, os dois se encontravam

a todo momento. Algumas pessoas arriscavam dizer que ela era o romance que havia

durado mais. Era uma típica paixão de colégio intensa lutando para se tornar cada vez

mais real.

Daniel e Alice caminhavam pelo ginásio de mãos dadas usando fantasias que

representavam a realeza, princesa e príncipe. Para quem não estava tão contente com a

cidade, Alice estava mais que familiarizada. Volta e meia alguém parabenizava Daniel

pelo jogo. Ele estava cercado pelos seus fiéis escudeiros, Ethan e James que por sua vez

tinha como acompanhantes Mia e Hanna. Megan estava sozinha dessa vez, não tão

sozinha assim já que Matthew volta e meia ia falar com ela. A música alternava em sons

lentos e uma pegada mais eletrônica. As bebidas já estavam batizadas. Os professores

responsáveis, no caso Max, faziam vista grossa a tudo o que acontecia. As fantasias eram

uma mais elaborada do que a outra. Todos estavam se divertindo como se não houvesse

amanhã. Alice fez questão de ir falar com Matthew assim que o avistou conversando com

Megan. Para ela, era curioso o fato de que algo a atraía nele, seu coração sentia-se dividido

entre os mistérios nos olhos de Daniel e a escuridão envolvente de Matt.

Matthew avistou Alice vindo em sua direção acompanhada por Daniel, sua visão ficou

turva e aos poucos a forma de Alice foi sendo tomada por uma visão de Clarice, a moça

ruiva do sonho. Ela chamava por Matthew em um tom de profunda agonia e desespero, o

sangue tomava seu corpo por inteiro, ela estava coberta de ferimentos. Megan tocou o

ombro de Matthew ao notá-lo atordoado.

- Está tudo bem? – Disse Megan preocupada. Matthew fechou os olhos por um instante e

os abriu voltando a ver Alice em sua frente.

- Alguém está bebendo demais essa noite. – Brincou Alice. Daniel apertou a mão de

Matthew na intenção de ser educado e o silêncio pairou sobre os quatro.

- Tenho que admitir que a fantasia caiu muito bem em você, Ali. – Disse Matthew

quebrando o silêncio e fazendo Alice corar.

- Ideia do Richard. Ele é fã dessas coisas. – Disse Daniel tentando conter o incômodo em

seu tom de voz.

- Por falar no menino purpurina, onde ele está? – Questionou Megan impaciente com

aquela situação.

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Richard estava do lado de fora do colégio esperando a boa vontade de Melody para entrar.

Ele batia o pé impaciente enquanto ela tentava se recuperar da garrafa de vodka que havia

bebido minutos antes. Ela estava sentada na calçada colocando para fora tudo o que havia

ingerido naquele dia e reclamando de um certo alguém que não dava notícias.

- Você tem que superar pequena Mel. Sério, não vale a pena sofrer por amor. Se eu levasse

em conta todo o sofrimento amoroso da minha vida, eu estaria bêbado tentando agarra o

Ethan. O pior nem é isso! A Emily, coitada, ainda é obrigada a ver a Louise agarrada com

o Harry sabendo que até algum tempo elas se beijavam debaixo da arquibancada. Você

acha que tem problemas?! Imagine o que é ser homossexual e toda hora se sentir atraído

por héteros confusos.

- Você fala como se só você pudesse sofrer Richard! Você é muito egoísta!

- Egoísta?! Eu estou aqui de pé ao seu lado ao invés de ficar bêbado e dançar Lady Gaga

naquela maldita festa! Eu jurei que hoje mostraria como se dança de verdade para a

Megan e estou aqui fazendo o bom amigo. Me poupe dos seus dramas, Melody Miller!

- Então vai! Me deixa aqui sozinha reclamando de seja lá quem for aquele idiota que

apareceu em minha vida! Não preciso da sua caridade ou qualquer sinônimo dela! Pro

inferno você e sua ajuda!

- Ótimo! Isso tudo é bem feito pra você! Eu te avisei que você não deveria confiar em

homens mais velhos de sorriso frouxo, você fez justamente o contrário, foi até pra cama

com ele! Aproveite a sua fossa sozinha, cansei disso tudo! Eu vou dançar Gaga, até mais!

– Richard saiu batendo o pé e Melody voltou a chorar.

- Eu posso saber o motivo de tanto choro? – Perguntou um jovem rapaz que estava usando

uma máscara preta e uma roupa de pirata. Melody voltou seu olhar para ele.

- Acredito que não seja da sua conta. – Resmungou e levantou do chão enxugando as

lágrimas.

- Pelo que eu saiba, fadas são alegres e não choram por aí. Alguém ousou dizer que não

acredita em fadas e você ficou triste? – O rapaz riu sozinho.

- Péssima piada, senhor idiota!

- Você costumava gostar delas. – O rapaz tirou a máscara, tratava-se de Erick o mesmo

conhecido por Matthew. Melody não conteve o espanto.

- O que você faz aqui? – Ela o questionou.

- Você parou de me ligar, sumiu. Fiquei preocupado.

- Tão preocupado que resolveu vir me visitar?

- Eu falei sério quando disse que gostava de você. – Erick caminhou até Melody que deu

dois passos para trás. – Mas vou entender se você não sentir mais o mesmo.

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- Eu percebi que não conheço você, que você foi um romance de verão, daqueles que

some no inverno.

- Você pode até não acreditar, mas eu tive meus motivos para sumir.

- Quais?! Eu sei que posso estar agindo como uma louca ao te cobrar alguma coisa, mas

é mais forte do que eu! Eu achei que nós tivéssemos algum tipo de ligação... – Erick se

aproximou de Melody que dessa vez não fugiu.

- Nós temos, você quer realmente falar sobre os nossos erros, os meus erros, ou matar a

saudade que há entre nós?

- Por que eu sinto que de alguma forma você será a minha perdição? – Melody tocou o

rosto de Erick delicadamente.

- Porque talvez seja amor, Mel. Amor é nos perdemos em uma imensidão de sentimentos

e apreciarmos isso.

Os dois se beijaram colocando de lado qualquer raiva ou mágoa antes sentida. Melody se

entregou aquele beijo como quem se entrega a seu último suspiro de vida, já era tarde

demais, ela estava envolvida demais com aquele forasteiro cheio de mistérios. Ela estava

imersa em uma escuridão da qual apreciava muito, apesar dos riscos que seu coração volta

e meia a alertava, naquele momento ela só fez permanecer ali, nos braços daquele que na

noite anterior ela jurou odiar.

...

O tempo passava rápido demais, a festa já estava perto de acabar. Os casais formados

estavam perdidos pelos cantos da escola. Aqueles que nada conseguiram naquela noite

assim como Richard dançavam fervorosamente ao som de mais um sucesso de Rihanna.

Ethan olhava Richard atentamente, observando sua liberdade espontânea. James só sabia

julgar o irmão constantemente enquanto trocava carícias com Hanna. Megan tentava não

se deixar levar pelo seu incômodo ao ver Hanna e James juntos do outro lado do salão.

Ela dançava em um ato de colocar seus pensamentos longe daquele rapaz. Aquela noite

tinha sido juma montanha russa de emoções para ela, em um momento ela percebeu que

já não a incomodava com quem Daniel estava, James já estava ocupando todo o espaço

permitido em seus pensamentos. Matthew havia dito anteriormente que ela só estava se

dando conta do que havia perdido, que era capricho, mas algo a dizia que era bem mais

complexo que isso. Melody e Erick contentaram-se em curtir a festa sozinhos na

arquibancada do campo de futebol. Boa parte dos convidados já haviam ido embora.

Mia andava perdida pelo colégio tentando encontrar alguém, ora ela resmungava por

Ethan não lhe dar a atenção devida, ora ela se distraía.

- Está perdida mocinha? – Perguntou Max em um tom sério.

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- Você não tem ideia do quanto. – Os dois sorriram. Mia jogou Max contra a parede. –

Eu estou tão cansada de fingir algo que eu não sou. – ela beijou Max com todo o calor

que havia em seu corpo. – Eu quero você. – Disse ofegante.

- Alguém pode nos ver aqui. – Disse afastando Mia. – Eu vou colocar alguém no meu

lugar no salão. Me encontre no estacionamento. – Max beijou Mia novamente mordendo

seu lábio e chupando o sangue que havia no ferimento que tinha feito.

Mia caminhou em direção ao estacionamento, esperou por quinze minutos e passou a

estranhar a demora do professor. Aos poucos ela começou a escutar alguém sussurrar seu

nome. Era um sussurro fraco, quase como uma súplica. Mia se perguntava se era Max

pregando-lhe uma peça, mas não havia nenhum sinal dele.

- Tem alguém aqui?! – Perguntou com medo, não obteve resposta. Seu nome tornou a ser

chamado. Ela virou-se para olhar de onde o som vinha, um vulto fantasiado de morte

aproximou-se dela. Através da máscara ela só podia enxergar uma escuridão. Ela tentou

gritar, mas sua boca foi tampada. Com garras afiadas a pessoa rasgou seu corpo e lambeu

cada gota de sangue enquanto a jovem ser contorcia de medo. As garras caminharam até

a nuca dela cravando-se na pele. A pessoa podia ver cada memória de Mia, em sua maioria

havia o sorriso de Max. Os olhos da “Morte” tomaram uma cor vermelho sangue e Mia

passou a ver Max no lugar da sombra fantasiada de Morte. Não havia mais medo na

garota, para ela era como se fosse mais uma brincadeira entre ela e seu professor querido.

– Você não precisa pedir permissão, Maxwell. Nós dois sabemos como esse jogo

funciona. Eu te permito, porque sou louca por você. – Mia fechou os olhos e se entregou

aos braços daquela coisa que rasgava seu pescoço sugando cada gota de vida que havia

dentro dela, até que sua cabeça foi arrancada do corpo caindo no chão de olhos abertos.

O coração dela foi arrancado com força, o sangue que havia nele foi lambido com desejo

para depois ele ser jogado longe. Seu corpo foi jogado logo em seguida como se é jogado

um lixo no chão. O vulto caminhou calmamente na direção de ir embora.

- Mia! – Gritava Max procurando-a pelo estacionamento. – Mia! – Gritou mais forte, ele

estava longe de achar o corpo da garota.

- Está sentindo esse cheiro? – Perguntou Anna ao aparecer assustando-o.

- O que você faz aqui? – Questionou ele.

- Eu fui atraída pelo cheiro de sangue. – Max parou de andar e se atentou ao cheiro que

Anna dizia sentir. – Mia! – Gritou com raiva e correu na direção do corpo da garota. –

Mia! – Ajoelhou-se diante do corpo ao encontra-lo.

- O que houve com ela, Maxwell?

- Eu não sei! – Max agarrou o corpo de Mia contra si. – Mia! Minha Mia! – Seus olhos

transbordavam ódio. – Mia! – Gritou.

- Max, precisamos ir embora daqui, se alguém chegar...

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- Foram eles, Anna! Os seus amigos! Aqueles malditos! Fizeram disso um aviso!

- Você não sabe o que está dizendo, eles nunca se colocariam em risco desse jeito!

- O Erick está aqui, eu o vi com uma aluna, Anna! – Max se balançava agarrado a Mia. –

Será que você não percebe, eles farão de tudo para nos destruir porque querem matar a

Ashley! – Max gritou com raiva. – Veja o que eles fizeram com uma inocente!

- Daniel! – Gritava Alice bêbada procurando por Daniel no estacionamento. Ao ver Max

e Anna diante do corpo de Mia gritou pedindo socorro. Ela tentou correr, mas Anna

rapidamente a segurou.

- Ela não pode ir embora viva, Max! – Gritou Anna. Max levantou-se, caminhou em

direção a Alice e a olhou friamente.

- Faça alguma coisa, Max. Por favor, caso contrário será nossos pescoços em jogo.

- Eu estou com muita fome para pensar! – Max tomou Alice de Anna e mordeu seu

pescoço sugando bastante sangue, garras surgiram em sua mão e cravaram-se no pescoço

de Alice. Ele podia ver cada memória da garota, em que as principais eram momentos

com Daniel e Matthew nos últimos dias. Ele se atentou a uma memória da festa em que

Matthew conversava com Mia intimamente, Max distorceu a memória e fez com que

Alice visse Matthew matando Mia no estacionamento.

- Você vai matá-la Max! – Gritou Anna tocando em Max e o empurrando. Antes que Max

pudesse soltar Alice e jogá-la longe, ele viu uma espécie de memória em que Ashley e

Logan se beijavam, Ashley sorria para Alice como se a tivesse segurando em seus braços.

Max jogou Alice contra um carro, ela bateu a cabeça e caiu sangrando no chão.

- Ela irá sobreviver e o culpado será punido. – Max disse enquanto ia embora.

- Do que você está falando, Max?

- Eu vi quem fez isso, Anna. Foi ele, o mesmo que destruiu a vida da Clarice. – Max parou

de andar.

- Não! – Anna gritou. – Você quer acreditar que isso seja verdade, mas não é!

- De que lado você está, Annabelle? Hein! – Max se aproximou de Anna com fúria. – Eu

sei o que eu vi nas memórias dessa garota. – Apontou para Alice.

- Só porque ele fez aquilo com a Clary, não quer dizer que tenha sido ele dessa vez. –

Anna abraçou Max. – Você precisa se acalmar, Max. Eu prometo que encontraremos o

culpado.

- Você tem que escolher um lado, Anna. Caso o contrário irá me perder para sempre. –

Se afastou de Anna. – Eu sou a sua família. Eu te salvei de ser prisioneira, eu traí o meu

criador por você. Eu permaneci do seu lado nos momentos mais críticos. Eu transformei

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você. Então se for para acreditar em alguém, acredite em mim! – Max foi embora

rapidamente.

Anna procurou por Erick e Matthew em toda a festa. Encontrando Matthew perto de ir

embora na entrada do colégio.

- Precisamos conversar. – Anna disse ao perceber que Matthew fugia dela.

- Não há nada que você pode dizer que me interesse.

- Aconteceu um acidente. A Alice não está bem! – Matthew partiu para cima de Anna, a

jogou longe e rapidamente segurou seu pescoço, enforcando-a contra a parede.

- O que você fez com ela? – Disse furioso.

- São emoções, Matty? Você finalmente está disposto a gostar de alguém depois do que

fez com a Clary? – Matthew apertou ainda mais o pescoço de Anna. – Nada me machuca.

– Anna segurou o braço de Matthew arranhando com suas garras. O veneno que saia delas

queimava a pele de Matthew. – Mas eu pelo visto te machuco! – Anna riu.

Erick surgiu e separou os dois.

- Eu posso saber o que há entre vocês? – Gritou Erick. – Aqui não é hora, nem lugar para

toda essa situação.

Viaturas e uma ambulância passaram diante deles em direção ao estacionamento. Aos

poucos alunos também se movimentavam em direção ao estacionamento.

- Era disso que eu iria falar. A garota que o seu irmão ama, Erick, foi atacada. Tudo vem

com um preço. – Anna fugiu antes que Erick pudesse pegá-la.

Matthew correu para onde estava o corpo de Alice. Os policiais cercaram a área. Sendo

interrogada por eles estava Louise coberta de sangue acompanhada por Harry. O colégio

todo estava atordoado com cena do corpo de Mia despedaçado no chão. Alice estava

sendo examinada na ambulância. Daniel a aguardava do lado de fora enquanto falava ao

telefone com Logan. Max observava tudo de longe. Erick o olhava desconfiado. Matthew

tentou ultrapassar a barreira dos policiais, mas não teve sucesso.

- Pode ter sido o Max. Ele está nos olhando estranho. – Disse Erick ao tocar o ombro de

Matthew.

- Você acredita mesmo nisso? – Matthew estava nervoso.

- Não me diga que você está apaixonado por ela, Matt.

- Não me chame assim! – Matthew afastou a mão de Erick do seu ombro.

- Não importa o quanto você tenta me afastar, você sempre será um Keller, Matthew.

Somos irmãos, droga!

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- Matthew Keller, você está preso. – Disse William ao sair da ambulância, atravessar a

barreira e algemar Matthew. – Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que você

disser será usado contra você no tribunal...

- O que está havendo aqui? – Questionou Erick, afastando William de Matthew.

- Uma das vítimas afirmou ter visto seu irmão assassinando a jovem Mia Lance. Ele terá

que prestar esclarecimentos na delegacia.

- Você não irá levar meu irmão, William.

- Eu posso muito bem levar os dois, cara!

- Erick, por favor! – Disse Logan ao chegar e afastar Erick de perto de William. – Não é

assim que se resolve as coisas.

William levou Matthew até a viatura e o trancou lá. Matthew apenas olhava para Alice

que estava encostada na ambulância.

- Meu pai não vai gostar de saber disso, Logan! – Gritou Erick. – Você deveria cuidar

dele.

- E eu vou, mas primeiro eu preciso me ater aos detalhes. Eu prometo que vou tirar o Matt

dessa, confia em mim!

Erick olhou para Max que sorria diante de toda aquela situação, ao lado dele estava Anna

com o olhar angustiado. No meio da multidão, Melody encontrou Erick e o abraçou.

- Eu não sabia que ele era seu irmão, eu sinto muito Erick. – Erick retribuiu o abraço de

Melody e Anna tentou esconder o incômodo.

...

Todos naquela noite dormiriam falando sobre o que aconteceu com Mia. Matthew sentado

na sala de interrogação fitava a parede intensamente, uma lembrança viria em seguida.

- New Orleans é a melhor cidade em que se pode viver. – Dizia Erick enquanto entornava

uma garrafa de whisky.

- São apenas férias, Erick, não se engane. Logo, ele vai nos achar e exigir a nossa volta

para o bando.

- Olha em volta Matty, nós não precisamos dele, somos nós contra o mundo, irmão! –

Tocou o ombro de Matthew. – O que você mais deseja nessa vida?

- Que você se cure dessas frases de autoajuda. – Matthew riu e bebeu um gole da sua dose

de whisky.

- Minha alegria tem nome e sobrenome. É Annabelle O’Brien. – Avistou Anna do outro

lado da rua em que ficava o bar. – Por falar nela...

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- Divirta-se, Erick. Não é todo os dias em que uma jovem bonita e humana se apaixonada

por um monstro como você. – Matthew riu.

- Você ainda vai gostar de alguém, Matty e pode ter certeza que todas essas piadas terão

volta. – Erick levantou-se e foi de encontro a Anna beijando-a apaixonadamente.

- O amor é lindo, porém não. – Disse uma jovem de cabelo ruivo, pele de porcelana e

olhos castanhos, ela se sentou ao lado de Matthew. – Uma dose de whisky por favor. –

Ela pediu ao garçom que passou na hora.

- Você também é desacreditada da vida como eu? – Perguntou Matthew colocando seu

copo de whisky em frente a moça.

- Acho que enquanto não acontecer comigo, eu não irei acreditar. É isso...

- Matthew. Matthew Keller. – A moça sorriu.

- Me chamo Clarice. Clarice Parrish. – Bebeu um gole do whisky que havia no copo de

Matthew. – Aquele é seu irmão?

- Irmão de consideração. Crescemos juntos em um reformatório. Ele me protegia de

qualquer valentão que aparecesse.

- Então você era o bebê chorão dos meninos?

- Eu só não sabia me defender naquela época.

- Hoje você sabe? – Os olhares de ambos se encontraram.

- Digamos que uma parte de mim cuida desse assunto.

- Quanto mistério Matty, devo me preocupar?

A lembrança mudou-se para os dois em beco se beijando. Clarice estava contra a parede

e Matthew beijava seu corpo.

- Devo me preocupar com o rumo em que isso está tomando? – Clarice perguntou ao

encontrar o olhar de Matthew que transbordava desejo.

- Pode ficar tranquila Clary, ambos sairemos vivos depois dessa transa. – Matthew sorriu

e os dois se beijaram.

...

- Tem uma pessoa aqui que quer te ver. – Disse William trazendo Matthew de volta a

realidade.

- O Logan acabou de sair daqui. Não faz nem meia hora. – Resmungou Matthew.

- Sou eu, Matt. – Louise entrou na sala.

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- Você tem quinze minutos Loui. Não abuse da minha consideração. – William saiu e

fechou a porta.

- O que você faz aqui? – Perguntou Matthew surpreso.

- Preciso de respostas. Estou disposta a testemunhar a seu favor. Você estava comigo na

hora em que a menina foi morta.

- O que você pretende dizer a eles exatamente Louise? Que me pegou no laboratório

ingerindo o coração de um animal usado na aula de anatomia e que eu fugi de você?

- Não foi você quem fez isso com ela. Eu senti a paz da menina ao tocar o corpo. Eu fui

guiada até lá. Eu posso tentar contatá-la e descobrir quem fez isso. Eu posso te tirar daqui!

- O que você ganharia com tudo isso?

- Você é o único que pode me dizer a verdade sobre quem eu sou. Você sabe quem eu

sou. Eu só preciso que você me diga isso.

- Você é Louise Collins, a irmã mais nova do almofadinha do Daniel e a menina mais

incompreendida do colégio. Se envolveu com drogas e se apaixonou por uma mulher.

Quer mais?

- Eu quero a verdade Matthew! – Louise bateu com as duas mãos sobre a mesa. – Quem

é você? E quem é a menina de cabelo ruivo com quem eu venho sonhando?

- Clarice! – Matthew levantou-se assustado.

- Você a conhece. Por que eu sei de tudo isso Matt?

- Você é uma bruxa, Louise.

...

- Você precisa descansar bastante. – Disse Angel enquanto caminhava com Alice pelo

estacionamento do hospital.

- Eu já estou bem. Além do mais, não posso ficar trancada para sempre. Preciso prestar

esclarecimentos na delegacia.

- Você tem certeza de que foi aquele menino que fez aquilo? Parece impossível de

acreditar.

- Eu não sei mais o que pensar. Só sei que eu lembro de ter visto ele.

O telefone de Alice tocou, era uma chamada de Daniel.

- Pode atender, vou buscar o carro e avisar o Harry que estamos indo. – Angel se afastou.

- Alô.

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- Me diga que você está, não me deixaram ir com você!

- Eu estou bem, Dan.

- Eu não me perdoaria se algo tivesse acontecido com você. Eu te deixei sozinha.

- Não precisa se culpar por isso, está tudo bem. Pelo menos é o que parece.

- Estão tentando ligar o Matt aos assassinatos ocorridos anteriormente, você tem certeza

de que foi ele?

- Você é a segunda pessoa que me pergunta isso. Eu já não tenho mais tanta certeza.

- Me diga o que você viu.

- Eu vi... – a memória que Alice tinha estava conturbada. Ela via Matthew, mas não

parecia ser exatamente ele. – O Matthew se aproximou dele e...

- Dele?! Alice estamos falando da Mia.

- Qual era a fantasia que ele estava usando hoje?

- Ele não estava usando fantasia, Ali.

- Eu vi a morte Daniel. A morte suja de sangue, eu... – a cabeça de Alice começou a doer

e seu ferimento no pescoço voltar a sangrar.

- Alice, você está aí? – Daniel gritou desesperado.

Alice deixou o celular cair no chão e colocou a mão em seu pescoço sentindo as garras

de Max novamente cravada nele.

- Alice! – Gritava Daniel no telefone.

- Você não pode se lembrar de nada, Alice. Não agora que eu estou perto de descobrir

quem você é. Isso vai doer só um pouquinho. – Max rasgou o ferimento de Alice fazendo-

a sangrar descontroladamente. Ele bebeu um pouco do sangue. Alice voltou a ver

Matthew matando Mia. – Bons sonhos Alice Johnson. – Max soltou Alice que caiu no

chão.