CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS...

57
Profª. Simone Rosa da Silva 2019 CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANAS

Transcript of CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS...

Page 1: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Profª. Simone Rosa da Silva2019

CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANAS

Page 2: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Torres empresariais : Isaac newton e

Alfred Nobel

Const.: Rio Ave

Page 3: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Aspectos HistóricosPedra Moabita (850 a. C.) - encontrada no Oriente Médio, na qual o rei sugere que seja feita um reservatório em cada casa para aproveitamento de água de chuva.

Fonte: Tomaz (2011).

Page 4: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Aspectos Históricos

Fonte: Tomaz (2011).

Fortaleza dos Templários, construída em 1160, na cidade de Tomar – Portugal.215m3 + 145m3

Page 5: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Aspectos Históricos

Fonte: Tomaz (2011).

Forte São Marcelo (Bahia) – 1664.

Page 6: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Sistema de aproveitamento de águas pluviais

Fonte – Gonçalves (2009).

Fonte – Lamberts (2010).

Page 7: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Política Nacional de Recursos HídricosLei 9.433/1997

Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidadede água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo otransporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos deorigem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursosnaturais.IV - incentivar e promover a captação, a preservação e o

aproveitamento de águas pluviais.(Incluído pela Lei nº 13.501/2017)

Page 8: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Razões para aproveitamento de águas pluviais

Conscientização da necessidade de conservação de água, Disponibilidade hídrica < 1.200 m3/hab x ano, Tarifas de água elevadas, Rápido retorno de investimentos (payback), Racionamento de água pela concessionária, Exigência por lei, Período de estiagem > 5 meses,

Page 9: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Fonte: ANA/SINDUSCONSP (2005)

Reúso das águas azuis

Page 10: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Aproveitamento de águas pluviais

Fonte - Casa Abril (2013).

Page 11: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Consumo de água nas RMs

Fonte: Lamberts et al (2010).

Page 12: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Usos de águas pluviais em áreas urbanas

Usos para fins não potáveis: Descargas em bacias sanitárias, Irrigação de gramados e jardins, Lavagem de veículos, Limpeza de calçadas e ruas, Limpeza de pátios, Espelhos d’água, Usos industriais.

Não dispensa o atendimento também com água potável. Para lavagem de roupa deve preceder uma análise daqualidade da água.

Page 13: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Demanda hídrica a ser atendida

• Este dado deve ser definido a partir de estudos do usofinal para um consumo específico em cada edificação.

• Ele representa a percentagem de água potável que podeser substituída por água pluvial para o consumo da águaem análise, além de também representar valor máximo deeconomia de água potável que se pode alcançar com ouso da água pluvial.

• Previsão do consumo de água não potável: pode serestimado a partir de parâmetros de engenharia.

Page 14: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Parâmetros para estimativas do consumo de água

Page 15: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Parâmetros para estimativa do cons. de água

Page 16: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

NBR 15.527/2007

• No Brasil, a Constituição Federal de 1988 e aregulamentação para o gerenciamento daságuas brasileiras, a partir da Lei nº 9.433/97,introduziram novos conceitos sobre o uso derecursos hídricos.

• A partir daí a água tornou-se reconhecida comoum recurso natural limitado, com valoreconômico, além de ser um bem de domíniopúblico.

Page 17: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Projeto de captação de águas pluviais

• determinação da precipitação média local (mm/mês);• determinação da área de coleta;• determinação do coeficiente de escoamento superficial;• caracterização da qualidade da água pluvial,• projeto do reservatório de descarte;• projeto do reservatório de armazenamento;• identificação dos usos da água (demanda e qualidade);• estabelecimento do sistema de tratamento necessário;• projeto dos sistemas complementares (grades, filtros, tubulações etc.).

Fonte: ANA/SINDUSCONSP, (2005)

Page 19: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997
Page 20: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Precipitações médias mensais (1961-2007)

Page 21: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Precipitação média anual em PE

Fonte: Pernambuco, 2006.

Page 22: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Qualidade da água de chuva

• Antes de atingir o solo

• Após escorrer pela área de coleta

• Dentro do reservatório

• No ponto de consumo

Page 23: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

First flush = escoamento inicial

• ±10min

• 3 dias sem chuva

• Partículas 3 μm a 250 μm

• Média 90% das partículas < 45 μm

• Regra: descarte do first flush

• 0,4mm a 8,5mm (litros/m2): ABNT 2mm

Page 24: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Amostrador: first flushEm 10 min. a água fica limpa.

Page 25: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Reservatório de descarte

Page 26: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Destina-se à retençãotemporária e posteriordescarte da água coletadana fase inicial daprecipitação.

Os volumes sãodeterminados em funçãoda qualidade da águadurante as fases iniciaisde precipitação, queocorrem após diferentesperíodos de estiagem.

Fonte – Sempre sustentável (2014).

Dimensionamento do reservatório de descarte

Page 27: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Coeficiente de escoamento

Fonte: Tomaz (2003).

• É a relação entre o volume total escoado e o volumeprecipitado, variando de acordo com a superfície deescoamento.

Page 28: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Coeficiente de escoamento

• É utilizado para representar o volume aproveitável de águapluvial após o desvio de escoamento inicial para descarte defolhas e detritos e perdas por absorção e evaporação da águapluvial ao atingir a superfície de captação.

Cap= C × ƞfc

Onde:Cap é o coeficiente de aproveitamento de água pluvial(adimensional);C é o coeficiente de escoamento superficial (adimensional)(0,80 a 0,90);ƞfc é a eficiência do sistema de captação, levando-se em contao descarte inicial de água (adimensional).

Page 29: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Dimensionamento de reservatórios de armazenamento

Métodos previstos pela NBR 15.527/2007:– Método de Rippl– Método da Simulação– Método Azevedo Neto– Método Alemão– Método Inglês– Método Australiano

Outros métodos:– Método da análise sequencial de pico– Método de Fendrich– Método de Monte Carlo

Page 30: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método de Rippl (1883)

• Também denominado Método do Diagrama de Massas.

• Geralmente superdimensiona o reservatório, mas servecomo indicador do limite superior do volume doreservatório de acumulação de águas de chuvas

• O método de Rippl supõe que o reservatório no inicioestá cheio e que a retirada de água do reservatório éconstante.

• Quanto maior a série histórica de dados para usar ométodo de Rippl, maior o volume do reservatório calculado.

Page 31: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método de Rippl

Aproveitamento máximo. Aproveitamento aquém do máximo.

Page 32: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método de Rippl

S (t) = D (t) – Q (t)

Q (t) = C x precipitação da chuva (t) x área de captação

V = Σ S (t) , somente para valores S (t) > 0

Sendo que: Σ D (t) < Σ Q (t)

Onde:

S (t) é o volume de água no reservatório no tempo t;

Q (t) é o volume de chuva aproveitável no tempo t;

D (t) é a demanda ou consumo no tempo t;

V é o volume do reservatório, em m3;

C é o coeficiente de escoamento superficial.

Page 33: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método de Rippl

• Não considera a evaporação da água, mas pode serestimada quando o reservatório é exposto ao sol.

• Um dos grandes problemas do Método de Rippl eanálise sequencial de pico é que não temos maneira decalcular a probabilidade de falhas.

• Ainda é método mais usado no mundo.

Page 34: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método da Simulação

• Aplica-se a equação da continuidade a um reservatório finito:

S (t) = Q (t) + S (t-1) – D (t)

Q (t) = C x precipitação da chuva (t) x área de captação

Sendo que: 0 ≤ S (t) ≤ V

Onde:

S (t) é o volume de água no reservatório no tempo t;

S (t-1) é o volume de água no reservatório no tempo t – 1;

Q (t) é o volume de chuva no tempo t;

D (t) é o consumo ou demanda no tempo t;

V é o volume do reservatório fixado;

C é o coeficiente de escoamento superficial.

Page 35: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método da Simulação

• Para este método duas hipóteses devem ser feitas, oreservatório está cheio no início da contagem do tempo “t”,os dados históricos são representativos para as condiçõesfuturas.

• O período usual de tempo usado no método dasimulação é um mês.

• O tamanho do reservatório é escolhido arbitrariamente.

• É possível calcular a confiança (proporção de tempo emque o reservatório atende a demanda) e a eficiência(relação entre o volume de chuva total aproveitado e ovolume da demanda).

Page 36: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método Azevedo Neto (ABNT, 2007)

É um método prático baseado na seguinte equação:

V = [(P/2) / 12] x A x T

Onde:

P é a precipitação média anual em mm;

T é o número de meses de pouca chuva ou seca;

A é a área de coleta, em m2;

V é o volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório, em litros.

Page 37: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método Prático Alemão (ABNT, 2007)

• É um método empírico, no qual o volume a ser adotado para o reservatório deve ser 6% do menor valor entre V e D, ou seja:

Vadotado= mín (V; D) x 0,06

Sendo:

V é o volume aproveitável de água de chuva anual, em litros;

D é a demanda anual da água não potável, em litros;

Vadotado é o volume de água do reservatório, em litros.

Page 38: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método Prático Inglês (ABNT, 2007)

• Nesse método o volume de chuva é obtido pela seguinte equação:

V = 0,05 x P x A

Onde:

P é a precipitação média anual, em mm;

A é a área de coleta, em m2;

V é o volume de água aproveitável e o volume de água da cisterna, em Litros.

Page 39: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método Australiano (ABNT, 2007)

• O volume de chuva é obtido pela seguinte equação:

Q= A x C x (P – I)

Onde:

C é o coeficiente de escoamento superficial, geralmente 0,80;

P é a precipitação média mensal, em mm;

I é a interceptação da água que molha as superfícies e perdas por evaporação, geralmente 2mm;

A é a área de coleta, em m2;

Q é o volume mensal produzindo pela chuva, em metros cúbicos.

Page 40: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método Australiano (ABNT, 2007)

• O cálculo do volume do reservatório é realizado por tentativas, atéque sejam utilizados valores otimizados de confiança e volume doreservatório.

Vt = Vt-1 + Qt – Dt

Onde:

Qt é o volume mensal produzido pela chuva no mês t;

Vt é o volume de água que está no tanque no fim do mês t, em metros cúbicos;

Vt-1 é o volume de água que está no tanque no início do mês t, em metros cúbicos;

Dt é a demanda mensal, em metros cúbicos;

Nota: para o primeiro mês consideramos o reservatório vazio.

Quando (Vt-1 + Qt – D) < 0, então o Vt = 0

O volume do tanque escolhido será em metros cúbicos.

Page 41: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Exemplo: Método de Rippl

Dimensionar o volume de um reservatório para umademanda média mensal de 8 m3/mês, com área decaptação de 100 m2, coeficiente de runoff C =0,80 eusando as médias mensais históricas.

Page 42: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método de RipplEx: área de coleta = 100m2 e demanda 8m3

Fonte: Tomaz (2003).

E – extravasando; D – nível d’água baixando; S – nível d’água subindo

Page 43: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Exemplo: Método da Simulação

Dimensionar o volume de um reservatório para umademanda média mensal de 30 m3/mês, com área decaptação de 350 m2, coeficiente de runoff C =0,80 eusando as médias mensais históricas.

Volume inicial do reservatório arbitrado em 30m3/mês.

Page 44: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Método da Simulação Ex: Área de captação = 350m2 , demanda = 30 m3

Fonte: Tomaz (2003).

Page 45: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Fonte: Lamberts et al, 2010.

Torneira com água não potável, com sinalização de advertência.

Tubulação aparente com identificação por cores distintas para cada tipo de água (água potável, água de chuva, águas

cinzas).

Instalações hidráulicas

Page 46: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Fonte: NBR 15.527/2007.

Qualidade da água pluvial

Page 47: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Considerações finais

• A utilização da água de chuva deve ser compatívelcom fins não potáveis.

• Os custos de utilização da água de chuva serãotanto maiores quanto melhor a qualidade da águadesejável.

• É necessário garantir a separação dos reservatóriose tubulações de água potável e água de chuva eincluir a sinalização no projeto.

• É fundamental uma rigorosa avaliação econômicado projeto à implantar.

Page 48: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Indicações para leitura

Page 49: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Indicações para leitura

Page 50: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva

9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva – Agosto de 2014

http://www.abcmac.org.br/

Page 51: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

International Rainwater Catchment Systems Association – IRCSA (1989)

Page 52: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

International Rainwater Catchment Systems Association - IRCSA

Page 53: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

International Rainwater Catchment Systems Association - IRCSA

Page 54: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

International Rainwater Catchment Systems Association - IRCSA

Page 55: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Referências

• FINEP. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico -

PROSAB. Acesso em: 04 mai 2010. Disponível em:

http://www.finep.gov.br/prosab/produtos.htm

• ANA/FIESP/SINDUSCON-SP. Conservação e reuso da água

em edificações. Acesso em: 07 out 2009. Disponível em:

http://www.sindusconsp.com.br São Paulo: 2005.

• TOMAZ, P. Água: pague menos. ISBN 978-85-905933-7-9.

Acesso em: 09 mai 2012. Disponível em:

http://www.pliniotomaz.com.br

• http://www.acquasave.com.br

Page 56: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Referências

• LAMBERTS, R. (ed.) et al. Casa eficiente : uso racional da água.

Florianópolis: UFSC/LabEEE, 2010. v. 3. 72 p. ISBN: 978-85-7426-100-3

• DANTAS, N. J. (Org.). Uso Eficiente da Água: aspectos teóricos e práticos.

In: Eumed.Net. Disponível em:

<http://www.eumed.net/librosgratis/2008c/447/index.htm>. Acesso em: 18 nov.

2012.

• TOMAZ, P. Aproveitamento de água de chuva para áreas urbanas e fins

não potáveis. 4ª ed. São Paulo: Navegar Editora, 2011.

• RUPP, R. F.; MUNARIM, U.; GHISI, E. Comparação de métodos para

dimensionamento de reservatórios de água pluvial. Ambiente Construído, v.

11, n. 4, p. 47-64, out./dez. 2011.

• DORNELLES, F. TASSI. R.; GOLDENFUM, J. A. Avaliação das Técnicas de

Dimensionamento de Reservatórios para Aproveitamento de Água de Chuva.

Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 15, p. 59-68, 2010.

Page 57: CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM ÁREAS URBANASpecpoli.com.br/sistema/.../fotos/...pluviais_2019.pdf · Fonte –Lamberts (2010). Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433/1997

Referências

• Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.844:

Instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989.

•Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5.626:

Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998.

•Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.217:

Projeto de reservatório de distribuição de água par

abastecimento público. Rio de Janeiro, 1994.

•Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.527:

Água de chuva. Aproveitamento de coberturas em áreas

urbanas para fins não potáveis – Requisitos. Rio de Janeiro,

2007.