Prof. Danilo Pastorelli Mestre em Economia – UNESP Graduado em História – UNESP Graduando em Pedagogia – UNESP prof.danilopastorelli@saojudas.br

características gerais

intenso crescimento do PIB

intenso crescimento industrial

crescimento do comércio mundial

pesados afluxos financeiros internacionais

predomínio de bens duráveis e de capital

dependência do K estrangeiro

características gerais

expansão da economia mundial pós guerra

30 anos gloriosos

grande crescimento da economia mundial

crescimento no fluxo do comércio internacional e K financeiro

Taxas médias anuais de crescimento PIB/capita

1950-1960 1960-1967

Brasil 2,9 1,1

Coreia do Sul 2,5 5,1

África do Sul 1,8 4,1

Espanha 2,6 7,2

EUA 1,1 3,6

Japão 7,2 8,6

Portugal 3,7 5,1 Fonte: Yearbook of international statistics, v. 2, 1968. Apud SINGER, Paul. A crise do milagre. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

diagnóstico econômico

• após ajuste das contas públicas no PAEG

• após salários controlados

• considerada componente de despesas

decorrente da capacidade ociosa e dos altos custos financeiros

diagnóstico da inflação: custos

diagnóstico econômico

SOLUÇÃO

retomada do crescimento, com política monetária expansionista (aumento

no crédito)

afrouxamento das políticas de contenção da demanda (monetária, fiscal e creditícia)

exceção: política salarial (considerada como elemento de custos)

• indústria: ↑ 12,6%

• bens duráveis: ↑ 23,6%

• bens de K: ↑ 18,1%

• importações: de 5,4 para 8,6% do PIB

• exportações dobraram

comandado pelos

setores de bens de

consumo duráveis e de capital

“milagre” em números

média de crescimento do PIB (1967-1973)

• 11,2% a.a.

Produto: taxas de crescimento: 1968-1973

ano PIB indústria agricultura serviços

1968 9,8 14,2 1,4 9,9

1969 9,5 11,2 6,0 9,5

1970 10,4 11,9 5,6 10,5

1971 11,3 11,9 10,2 11,5

1972 12,1 14,0 4,0 12,1

1973 14,0 16,6 0,0 13,4

Fonte: GREMAUD (2007:402).

“milagre” em números

interpretações do crescimento

1. expansionismo

• crédito e moeda

• incentivos à exportação

2. ambiente externo

• aumento da economia internacional

• crédito externo farto e barato

3. mudanças institucionais

• herança do PAEG

• reformas fiscal/tributária

1. tese das políticas expansionistas

• entre 1964-67: 7,4% a.a. para setor privado

• entre 1968-73: elevou-se para 25,4%

• queda no crédito para o setor público (-16,2% entre 68-73)

forte expansão do

crédito

• minidesvalorizações cambiais (crawling peg)

• isenções fiscais

• facilidades de importações para empresas exportadoras

estímulo às exportações

2. tese do ambiente externo favorável

• disponibilidade de crédito

• baixa taxa de juros

• expansão do comércio internacional

• aumento da liquidez internacional

aquecimento da economia internacional

3. tese das mudanças institucionais (PAEG)

• ajuste fiscal: redução do déficit público

• redução dos gastos públicos

• elevação da arrecação

• mecanismos de reajuste

reforma fiscal e

tributária

• criação do BC

• correção monetária

• SFH

• FGTS

reforma do sistema

financeiro

contradições

“teoria do bolo”: fazê-lo crescer

para depois dividir

aumento da renda per capita acompanhada de uma forte concentração de renda

maiores benefícios às classes de maior renda (quadros técnicos e mão-de-obra qualificada)

diminuição do valor real do salário mínimo (entre 1964-74 perdeu 42% do poder aquisitivo); em 1972, mais de ½ da PEA recebia até 1 S.M.

salário real da área administrativa ficou acima do nível de 1964

contradições

elevação nos acidentes de trabalho

agravamento das condições de saúde pública

aumento na taxa de mortalidade infantil

agravamento das questões sociais

aumento da inflação

endividamento externo (aumento das reservas)

crescimento vs.

desenvolvimento

BELLINGIERI, Julio. Economia no período militar (1964-1984): crescimento com endividamento. Faculdades Integradas Fafibe. Bebedouro, 2007. (enviado por e-mail)

ABREU, Marcelo de Paiva (org.). Cap. 10: A retomada do crescimento e as distorções do “milagre”: 1967-1973. A ordem do progresso: cem anos de política econômica republicana. 1889-1899. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990.

GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; TONETO JR., Rudinei. Cap. 15: Da crise ao milagre (1960-1973). Economia brasileira contemporânea. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.

referências bibliográficas

VELOSO, F.; VILLELA, A.; GIAMBIAGI, F. Determinantes do “milagre” econômico brasileiro (1963/73): uma análise empírica. Revista Brasileira de Economia. vol. 62, n. 2. Rio de Janeiro. Abr/Jun, 2008.