Caracterização acústica das consoantes Português...

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1 Caracterização acústica das consoantes líquidas do Português Europeu Tese de Doutoramento apresentada por: Susana Filipa Viegas Rodrigues Orientação científica: Professor Doutor Fernando da Assunção Martins Coorientação científica: Professor Doutor Luís Miguel Teixeira de Jesus Doutoramento em Voz, Linguagem e Comunicação Ramo de conhecimento de Linguística na especialidade para Diagnóstico e Intervenção Lisboa, 20 de julho de 2015 2 Caracterização acústica das consoantes líquidas do PE | Susana Rodrigues | 20 de julho de 2015 Conteúdos introdução revisão da literatura metodologia resultados conclusões

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Caracterização acústica das consoantes líquidas do Português Europeu

Tese de Doutoramento apresentada por:

Susana Filipa Viegas Rodrigues

Orientação científica:Professor Doutor Fernando da Assunção Martins

Co‐orientação científica:Professor Doutor Luís Miguel Teixeira de Jesus

Doutoramento em Voz, Linguagem e ComunicaçãoRamo de conhecimento de Linguística na especialidade para 

Diagnóstico e Intervenção

Lisboa, 20 de julho de 2015

2Caracterização acústica das consoantes líquidas do PE | Susana Rodrigues | 20 de julhode 2015

Conteúdos

introdução

revisão da literatura

metodologia 

resultados

conclusões 

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Introdução | motivação

• Porquê estudar as consoantes líquidas?

• Porquê utilizar a análise acústica?

• Porquê estudar uma amostra de participantes adultos, sem patologia?

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Introdução | objetivos

• Contribuir com dados empíricos para a caracterização acústica das consoantes líquidas do PE.

• Construir uma base de dados anotada para o estudo acústico das consoantes líquidas do PE.

• Contribuir para o desenvolvimento de instrumentos que favoreçam uma avaliação quantitativa e objetiva de patologias de fala.

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Revisão da literatura 

• As consoantes líquidas apresentam uma grande variabilidade fonética. 

• Laterais e vibrantes partilham características com outros segmentos: vogais, oclusivas e nasais.

(Ballard & Starks, 2004; Kent & Read, 2002; Ladefoged & Maddienson, 1996 Ladefoged & Johnson, 2011; Bradley & Willis, 2012).

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Revisão da literatura 

InglêsLehiste (1964), Dalston (1975), Lindau (1980), Sproat e Fujimura(1993), Hagiwara (1995), Espy‐Wilson et al. (1992, 2000), entreoutros.

CatalãoRecasens e colaboradores (1990, 1991, 1995, 1996, 2004, 2005,2010, 2012).

Português EuropeuAndrade (1998, 1999); Marques (2010); Monteiro (2012); Oliveira,Martins, Teixeira, Marques e Sá‐Couto (2011).

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Revisão da literatura 

Português Europeu

Nos últimos anos, estudos articulatórios debruçaram‐se sobre a produção das laterais /l/ e /ʎ/ (Oliveira et al., 2010; Martins et al., 2010; 

Teixeira et al., 2012a, 2012b; Martins, 2014).

Resultados de Ressonância Magnética, que incluem dados para tapse trills, mostram que a produção do tap nem sempre envolve um breve encerramento (Teixeira et al, 2012a).

A produção da vibrante uvular é caracterizada pela aproximação entre articuladores.  Alguns autores reportam produções como fricativas uvulares (vozeadas e não vozeadas) (Jesus & Shadle, 2005; Teixeira et al, 2012a; Rennicke & Martins, 2013).

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Metodologia | questões de investigação

QCI1: Quais as características acústicas das consoantes líquidas do PE? 

QCI2: Existem diferenças importantes quanto aos dados acústicos 

das consoantes líquidas do PE e de outras línguas? 

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Metodologia | questões de investigação

Q1: Existe influência da posição silábica nas propriedades acústicas das consoantes líquidas do PE? 

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Q2: Existe influência do contexto vocálico (vogal nuclear) nas propriedades acústicas das consoantes líquidas do PE? 

Q3: As consoantes em estudo podem ser integradas na classe das 

consoantes líquidas, com base nas propriedades acústicas em estudo? 

Q3.1.: Quais as medidas acústicas que permitem agrupar a consoantes líquidas na mesma classe natural? 

Q3.2.: Quais as medidas acústicas que permitem distinguir consoantes laterais e vibrantes? 

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Metodologia | participantes

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Preenchimento do questionário para caracterização da 

amostra

sem alterações

Audiometria tonal Avaliação das estruturas orofaciais (PAOF)sem alterações

Consentimento informado

autoriza

não autorizaParticipante excluído

Avaliação informal das produções articulatórias

sem alterações

Participante incluído

Obedece aos critérios de inclusão

Recolha de dados acústicos

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Metodologia | corpus para recolha de dados

‐ Extensão de palavra: trissílabos

‐ Posição da consoante líquida na palavra: média

‐ Diferentes complexidades silábicas: ataque simples (CV), ataque ramificado (CCV) e coda (CVC)

‐ Padrão acentual no domínio da palavra: paroxítono

‐ Contexto vocálico adjacente: sete vogais orais do PE (/i, e, ɛ, u, o, ɔ, a/)

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Metodologia | procedimentos para recolha de dados

‐ 275 produções (5 repetições de 55 palavras diferentes)

‐ Frase de suporte (“Diga a palavra_____por favor”)

‐ Solicitada a leitura de forma natural

‐ Organização aleatória dos estímulos em cada repetição

‐ Apresentação dos estímulos em power point

‐ Pausa entre cada repetição

‐ Tempo total de gravação: +/‐ 35 min

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Metodologia | procedimentos para recolha de dados

‐ Laboratório de Audição e Terapia da Fala da Universidade do Algarve;

‐ Cabine com isolamento acústico;

‐Microfone omnidirecional DPA 4006‐TL localizado 30cm em frente dos lábios do informante, conectado a uma interface audio (TASCAM US‐800) e a um PC, no exterior da cabine;

‐ Sinal acústico gravado a 16 bits e com uma frequência de amostragem de 44 100 Hz, utilizando o programa Audacity 2.0.

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Metodologia | medidas acústicas

Medidas de frequência: F1, F2, F3 e F4 (em Hz)

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F1F2F3F4

Medidas adicionais: F2 – F1 (em Hz), apenas para a lateral alveolar;

Declive da transição de F2 (em Hz/ms) para a líquida; 

Declive da transição de F2 (em Hz/ms) para o segmento seguinte.

Medidas de duração: TL, líquida, TS (em ms) 

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Metodologia | análise estatística

‐ Programa SPSS 17.0

‐ Análise de variância (ANOVA)

‐ Testes post‐hoc (Scheffé / Games‐Howell) de comparações múltiplas para a formação de grupos homogéneos (Maroco, 2003)

‐ Nível de significância de 5% (p <0,05 indica existência de diferenças significativas entre grupos comparados)

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Resultados | realizações fonéticas

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0

10

20

30

40

50

60

70

80

[l] [l_?\] [l_r] [l_r_?\]

%

74%743/1000

14%143/1000 8%

78/1000 4%36/1000

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

[L] [L_?\]

%

84%295/350

16%55/350

[l] [ʎ]

[l]                [l]                 [l]̝                 [l̝] [ʎ]                                  []

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Resultados | realizações fonéticas

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0

5

10

15

20

25

30

35

40

%

[ɹ] [ʀ]

05101520253035404550

[R\] [R] [X]

%2%

21/1050

25%265/1050

35%373/1050

11%112/1050

6%63/1050

5%53/050

1%6/1050

8%25/350

46%161/350

46%161/350

[]       []      [ ]     []    [ɹ̝]      [ɹ̝]̊      []      [] []                    []                   []

15%157/1050

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Resultados | efeito da posição silábica

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[l] [ɹ] 

[i, e, ɛ] [u, o, ɔ] [a] [i, e, ɛ] [u, o, ɔ] [a]

Duração da líquida

AS = Co > AR AS >  Co = AR AS > Co > AR Co = AS > AR AS > Co= AR Co > AS = AR

Duração da transição de F2

Co > AS > AR AS = AR = Co AS = AR > Co Co > AS = AR Co = AS > AR AS = AR = Co

F1 Co = AR > AS Co > AS = AR Co > AS = AR AS = AR = Co AS = AR = Co AS = AR = Co

F2 AR > Co = AS AS = AR = Co AR > Co = AS AS = AR = Co AS = Co > AR AS = AR = Co

F3 Co > AS = AR Co > AS > AR Co > AS = AR AS = AR = Co Co = AS > AR AS = AR = Co

F4 AS = AR = Co AS = AR = Co AS = AR = Co AS = AR = Co AS = AR = Co AS = AR = Co

F2‐F1 AR > AS = Co AS = AR = Co AR > AS > Co ------------------------------------------

Declive da transição de F2

AS > AR = Co AS = AR = Co AS = AR > Co AS = AR = Co AS = AR = Co AS = AR = Co

Q1: Existe influência da posição silábica nas propriedades acústicas das consoantes líquidas do PE? 

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Resultados | efeito do contexto vocálico

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[l] [ʎ]

AS AR Co AS

Duração da líquida

[a] = [u, o, ɔ] > [i, e, ɛ] [a] = [u, o, ɔ] > [i, e, ɛ] [a] = [i, e, ɛ] > [u, o, ɔ] [a] = [u, o, ɔ] > [i, e, ɛ]

Duração da transição de F2

[i, e, ɛ] > [a] > [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] > [a] > [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] > [a] = [u, o, ɔ] [a] = [u, o, ɔ] > [i, e, ɛ]

F1 [a] > [u, o, ɔ] = [i, e, ɛ] [a] > [u, o, ɔ] = [i, e, ɛ] [a] > [u, o, ɔ] = [i, e, ɛ] [a] > [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ]

F2 [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] > [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ]

F3 [u, o, ɔ] > [a] > [i, e, ɛ] [u, o, ɔ] > [a] = [i, e, ɛ] [u, o, ɔ] > [a] = [i, e, ɛ] [i, e, ɛ] > [u, o, ɔ] = [a]

F4 [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] 

F2‐F1 [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] > [a] [i, e, ɛ] > [u, o, ɔ] = [a] [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] > [a] ‐

Declive da transição de F2

[i, e, ɛ] > [a] > [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] > [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] > [a] = [u, o, ɔ] [u, o, ɔ] > [a] > [i, e, ɛ] 

Q2: Existe influência do contexto vocálico nas propriedades acústicas das consoantes líquidas do PE? 

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Resultados | efeito do contexto vocálico

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[ɹ] 

AS AR Co

Duração da líquida [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] > [u, o, ɔ]

Duração da transição de F2

[u, o, ɔ] > [i, e, ɛ] = [a]  [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] > [a]

F1 [a] > [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] [a] > [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] [a] > [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ]

F2 [i, e, ɛ] > [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] > [a] > [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] > [a] = [u, o, ɔ]

F3 [i, e, ɛ] = [a] > [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] > [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] > [a]

F4 [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ] [i, e, ɛ] = [a] = [u, o, ɔ]

Declive da transição de F2

[i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] > [a] [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] > [a] [i, e, ɛ] = [u, o, ɔ] > [a]

Q2: Existe influência do contexto vocálico nas propriedades acústicas das consoantes líquidas do PE? 

[ʀ]

Dur: 94ms

Durtran: 

14 ms

F1

424 Hz

F2

1515 Hz

F3

2540 Hz

F4

3670 Hz

Declive:

3,5 Hz/ms

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Resultados | comparação entre líquidas

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Ataque simples Ataque 

ramificadoCoda

[l], [ʎ] e [ɹ] [l], [ʎ], [ɹ] e [ʀ]

Duração da 

líquida[ʎ] > [l] > [ɹ] [ʀ] > [ʎ] > [l] > [ɹ] [l] > [ɹ] [l] > [ɹ]

Duração da 

transição de F2[ʎ] > [l] = [ɹ] [ʎ] > [l] > [ɹ] = [ʀ] [l] > [ɹ] [l] > [ɹ]

Med

idas de duração

Ataque simples Ataque 

ramificadoCoda

[l], [ʎ] e [ɹ] [l], [ʎ], [ɹ] e [ʀ]

Declive da 

transição de F2[l] > [ʎ] > [ɹ] [l] = [ʎ] > [ɹ] = [ʀ] [l] > [ɹ] [l] = [ɹ]

Med

ida adicional

Q3: As consoantes em estudo podem ser integradas na classe das consoantes líquidas, com base nas propriedades acústicas em estudo? 

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Resultados | comparação entre líquidas

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Ataque simples Ataque 

ramificadoCoda

[l], [ʎ] e [ɹ] [l], [ʎ], [ɹ] e [ʀ]

F1 [ɹ] > [l] > [ʎ] [ʀ] = [ɹ] > [l] > [ʎ] [l] = [ɹ] [l] > [ɹ]

F2 [ʎ] > [ɹ] > [l] [ʎ] > [ʀ] = [ɹ] > [l] [ɹ]  > [l] [ɹ]  > [l]

F3 [l] > [ʎ] > [ɹ] [l] = [ʎ] = [ɹ] = [ʀ]  [l] > [ɹ] [l] > [ɹ]

F4 [l] > [ʎ] > [ɹ] [ʎ] > [ʀ] = [ɹ] > [l] [l] > [ɹ] [l] > [ɹ]

Med

idas de freq

uên

cia

Ataque simples

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Conclusões 

introdução metodologia resultados conclusõesrevisão da literatura

Caracterização acústica das consoantes líquidas do PE | Susana Rodrigues | 20 de julhode 2015

‐ Variabilidade de realizações fonéticas.

‐ Atributos espectrais que caracterizam as consoantes líquidas em 

estudo:

i) clara definição do padrão de frequência dos formantes.

ii) redução da amplitude/energia face aos segmentos vocálicos 

adjacentes.

‐ Existência de um eventual conflito entre a classe fonológica e fonética 

> róticos, elementos mais “instáveis”.

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Conclusões 

introdução metodologia resultados conclusõesrevisão da literatura

Caracterização acústica das consoantes líquidas do PE | Susana Rodrigues | 20 de julhode 2015‐ As consoantes líquidas em estudo apresentam características 

acústicas distintas entre si.

‐ Os valores de frequência de F1, F2 e F3 são importantes para a caracterização dos diferentes segmentos em estudo.

‐ As medidas acústicas em estudo sofrem influência quer da posição silábica, quer do contexto vocálico.

‐ Os valores de frequência de F4 são imunes à influência dos fatores considerados para os quatro segmentos em estudo.

‐ [ɹ] é o segmento com menor duração.

‐ [ʎ] é o segmento com maior duração.

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Conclusões 

introdução metodologia resultados  conclusõesrevisão da literatura

Caracterização acústica das consoantes líquidas do PE | Susana Rodrigues | 20 de julhode 2015

‐ A questão da velarização da lateral deve compreender informações fornecidas por diferentes medidas acústicas e não adotar uma visão simplista circunscrita aos valores de frequência de F2.

coda

ataque

simples

ataque

ramificado

Valores de F1 e F3 significativamente mais elevados em coda.

Declive da transição de 

F2

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Conclusões | trabalhos futuros

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‐ Aumentar o tamanho da amostra e alargá‐la a outras regiões.

‐ Incluir uma amostra de crianças com desenvolvimento típico e atípico.

‐ Recolha de dados articulatórios (e.g. EPG e/ou ultrassonagrafia).

‐ Realização de estudos de perceção.

‐ Estudar as características acústicas das realizações [ʁ] e [] de acordo com a proposta de Jesus e Shadle (2005).

‐ Estudar a natureza acústica do elemento observado entre os dois segmentos do ataque ramificado (oclusiva+rótico).

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Conclusões | trabalhos futuros

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‐ Controlar o débito de fala.

‐ Relativamente ao fenómeno de coarticulação, utilizar o MCD, para obter informações mais precisas acerca do efeito do contexto vocálico adjacente nos segmentos em estudo.

‐ Considerar o efeito do arredondamento dos lábios nas propriedades acústicas das consoantes líquidas.

‐ Analisar estímulos com diferentes características, nomeadamente considerar combinatórias de consoantes fricativas + líquidas e de oclusivas dentais e velares + líquidas. 

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BibliografiaCaracterização acústica das consoantes líquidas do PE | Susana Rodrigues | 20 de julhode 2015

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Muito obrigada pela atenção.