CARACTERIZAÇÃO AGREGADOS

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Page 1: CARACTERIZAÇÃO AGREGADOS

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INTRODUÇÃO

Este relatório tem por finalidade, mostrar os princípios de materiais de

construção, através de ensaios realizados em laboratório. Serão abordadas as

principais características dos agregados graúdos e miúdos.

Dentre os parâmetros avaliados estão a granulometria, massa específica,

massa unitária, umidade e outros, pertinentes a caracterização destes agregados e

a formulação de traços de concreto.

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1 CARACTERIZAÇÃO DOS AGREGADOS

1.1 GRANULOMETRIA BRITA E AREIA

1.1.1 DEFINIÇÕES

Composição Granulométrica – proporção relativa das massas dos diferentes

tamanhos dos grãos que constituem o agregado, expressa em percentagem.

Percentagem retida – percentagem em massa, em relação à amostra total do

agregado, que fica retida numa determinada peneira, tendo passado pela peneira da

série normal ou intermediária imediatamente superior.

Percentagem retida acumulada – soma das percentagens retidas nas peneiras de

abertura de malha maior e igual a uma determinada peneira.

Curva granulométrica – representação gráfica das percentagens retidas

acumuladas em cada peneira em relação à dimensão da abertura de sua malha. A

percentagem retida acumulada é representada em escala natural (ordenada) e a

abertura da peneira em escala logarítmica (abscissa).

Diâmetro máximo característico – grandeza correspondente à abertura nominal,

em milímetro, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o

agregado apresenta uma percentagem retida acumulada, em massa, igual ou

imediatamente inferior a 5%.

Módulo de finura - soma das percentagens retidas acumuladas em massa de

agregado, em todas as peneiras das série normal, dividida por 100.

1.1.2 OBJETIVO

Obter a Curva Granulométrica;

Obter a Diâmetro Máximo Característico;

Obter o Módulo de Finura.

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1.1.3 APARELHAGEM

Balança com resolução de 0,1% da massa da amostra;

Estufa;

Bandejas;

Escova ou pincel;

Peneiras, tampa e fundo;

1.1.4 METODOLOGIA

A massa para o ensaio é proporcional à dimensão máxima do agregado, para

a brita foram utilizados 6.781g e para a areia foram utilizados 1.000g;

Formar uma amostra;

Determinar a massa, à temperatura ambiente;

Colocar a amostra no conjunto de peneiras;

Promover agitação manual;

Destacar as peneiras e agitar manualmente até que o material passante seja

inferior a 1% da massa total da amostra ou fração, em 1 minuto de agitação;

Determinar a massa do material retido em cada peneira.

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1.1.5 RESULTADO

GRANULOMETRIATipo de

AgregadoPeneiras

(mm)MassaRetida

(g)

Massa Retida

(%)

Massa RetidaAcumulado (%)

Massa Passante (%)

Brita

19,1 - - - 1009,52 5282,40 77,90 77,90 22,104,76 1459,90 21,53 99,43 0,57

Fundo 38,70 0,57 100,00 -Total 6781,00 100,00 177,33 -

Diâmetro máximo característico: 19,1 mmMódulo de Finura: 1,77 Classificação do Agregado: Brita 1

GRANULOMETRIATipo de

AgregadoPeneiras

(mm)Massa Retida

(g)

Massa Retida(%)

Massa RetidaAcumulado (%)

Massa Passante (%)

Areia

2,38 - - - 100,001,19 2,00 0,20 0,20 99,800,59 0,90 0,09 0,29 99,71

0,297 119,50 11,95 12,24 87,760,149 804,20 80,42 92,66 7,34Fundo 73,40 7,34 100,00 -Total 1000,00 100,00 105,39 -

Módulo de Finura: 1,05Classificação do Agregado: Areia fina

CURVA GRANULOMÉTRICA BRITA

100908070605040302010

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CURVA GRANULOMÉTRICA AREIA

1.2 MASSA ESPECIFICA (DETERMINÇÃO DA MASSA ESPECIFICA

DO AGREGADO MIUDO POR MEIO DO FRASCO CHAPMAN –

NBR 9776)

1.2.1 DEFINIÇÃO

Massa específica – relação entre a massa do agregado seco e o volume dos

grãos, incluindo os poros impermeáveis

100908070605040302010

150m 300m 600m 1,18 2,36 4,75 9,5 19 37,5 75 150mm

100908070605040302010

150m 300m 600m 1,18 2,36 4,75 9,5 19 37,5 75 150mm

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1.2.2 OBJETIVO

Determinar a massa específica do agregado miúdo;

1.2.3 APARELHAGEM

Balança com capacidade de 1 kg e resolução de 1g.

Frasco de Chapman.

1.2.4 METODOLOGIA

Usar 500 g do material seco em estufa (105ºC - 110ºC) até constância de

massa.

Colocar água no frasco (até a marca de 200 cm³);

Introduzir 500g de agregado seco;

Agitar até eliminar as bolhas de ar;

Efetuar a leitura do nível atingido pela água.

A massa específica do agregado miúdo é calculada pela seguinte expressão:

γ=MV

1.2.5 RESULTADO

MASSA EPECIFICA DA AREIADETERMINAÇÃO

MS MASSA DE AREIA SECA (g) 500Lo LEITURA INICIAL (cm³) 200L LEITURA FINAL (cm³) 391γ MASSA ESPECIFICA (g/cm³) 2,618

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1.3 MASSA ESPECÍFICA (DETERMINAÇÃO DA MASSA

ESPECIFICA, MASSA ESPECIFICA APARENTE E ABSORÇÃO

DE AGUA DO AGREGADO GRAUDO – NBR NM 53)

1.3.1 DEFINIÇÃO

Massa específica – relação entre a massa do agregado seco e o volume dos

grãos, incluindo os poros impermeáveis

1.3.2 OBJETIVO

Determinar a massa específica do agregado graúdo.

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1.3.3 APARELHAGEM

Balança com capacidade mínima para 10 kg e resolução para 1 kg;

Recipiente para amostra, constituído de um cesto de arame com abertura de

malha igual ou superior a 3,35 mm;

Tanque de imersão;

Peneira com abertura nominal com dimensão conforme necessário.

1.3.4 METODOLOGIA

A massa mínima para ensaio e proporcional a dimensão máxima do

agregado;

Lavar a amostra e secar até constancia de massa a temperatura de 105ºC –

110ºC e pesar conforme tabela acima;

Imergir em água a temperatura ambiente por 24h;

Secar superficialmente a amostra e determinar a massa Ms (agregados

saturados com superfície seca);

Colocar a amostra em recipiente para a determinação da massa Ma (massa

em água);

Secar até massa constante a 105ºC, deixar esfriar e pesar novamente (m,

agregado seco).

Os cálculos a serem realizados estão abaixo relacionados:

Massa específica do agregado seco;

γ= MMs−Ma

Massa específica do agregado na condição saturado seca;

γs= MsMs−Ma

Massa específica aparente do agregado;

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γa= MM−Ma

Absorção de água.

A=Ms−MM

∗100

1.3.5 RESULTADO

MASSA ESPECIFICA E ABSORÇÃO DO AGREGADO GRAUDOM MASSA DA AMOSTRA SECA (g) 1414Ms MASSA DA AMOSTRA NA CONDIÇÃO SATURADA

SUPERFICIE SECA (g)1433

Ma MASSA EM ÁGUA DA AMOSTRA (g) 949γ MASSA ESPECIFICA (g/ cm³) 2,92

γ s MASSA ESPECIFICA SUP. SECA (g/cm³) 2,96

γa MASSA ESPECÍFICA APARENTE (g/cm³) 3,04A ABSORÇÃO DE ÁGUA (%) 1,34

1.4 MASSA UNITARIA EM ESTADO SOLTO AGREGADO MIÚDO –

NBR 7251

1.4.1 DEFINIÇÃO

Massa no estado solto – relação entre a massa do estado fresco contida em

determinado recipiente e o volume deste.

1.4.2 OBJETIVO

Determinação da massa unitária do agregado miúdo;

1.4.3 APARELHAGEM

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Recipiente;

Balança;

Estufa;

Concha ou pá;

1.4.4 METODOLOGIA

Utilizar o dobro do volume do recipiente.

Determinar a massa do recipiente;

Encher o recipiente lançando o agregado de uma altura de 10 a 12cm no

topo;

Alisar a superfície com régua (agregado miúdo) ou regularizar

Determinar a massa do recipiente cheio com o agregado.

A massa unitária é calculada pela expressão abaixo:

μ=Mt−McV

1.4.5 RESULTADO

MASSA UNITARIA EM ESTADO SECO E SOLTO DA AREIAMc MASSA DO RECIPIENTE (g) 1258Mt MASSA DO REC. + AMOSTRA (g) 4455M MASSA DA AMOSTRA (g) 3197V VOLUME DO RECIPIENTE (cm³) 2029 MASSA UNITARIA (g/cm³) 1,583

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1.5 MASSA UNITÁRIA EM ESTADO COMPACTADO AGREGADO

GRAÚDO – NBR NM 45

1.5.1 DEFINIÇÃO

Massa no estado compactado – relação entre a massa do estado fresco

contida em determinado recipiente e o volume deste.

1.5.2 OBJETIVO

Determinar a massa unitária do agregado graúdo.

1.5.3 APARELHAGEM

Recipiente;

Balança;

Estufa;

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Concha ou pá;

Haste de Adensamento.

1.5.4 METODOLOGIA

Usar o dobro do volume do recipiente;

Determinar a massa do recipiente;

Encher o recipiente com agregado até 1/3 de sua capacidade, nivelar a

superfície e adensar mediante 25 golpes da haste de adensamento;

Continuar o enchimento do recipiente até completar 2/3 de sua capacidade,

nivelar a superfície e adensar (25 golpes);

Encher totalmente o recipiente, nivelar e adensar (25 golpes);

Determinar a massa do recipiente com o agregado.

A massa unitária utilizará a expressão abaixo para seu cálculo.

μ=Mt−McV

1.5.5 RESULTADO

MASSA UNITARIA EM ESTADO COMPACTADO DA BRITAMc MASSA DO RECIPIENTE (g) 2474Mt MASSA DO REC. + AMOSTRA (g) 12605M MASSA DA AMOSTRA (g) 10131V VOLUME DO RECIPIENTE (cm³) 6185 MASSA UNITARIA (g/cm³) 1,638

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1.6 UMIDADE DO AGREGADO MIÚDO POR SECAGEM EM ESTUFA

1.6.1 DEFINIÇÃO

Umidade – relação entre a massa de água contida no agregado e sua massa seca.

1.6.2 OBJETIVO

Determinar a umidade presente no agregado miúdo.

1.6.3 APARELHAGEM

Recipientes;

Estufa

Concha ou pá;

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1.6.4 METODOLOGIA

Utilizar uma amostra qualquer de agregado;

Secar o agregado em estufa por 8 horas e pesar a amostra;

Adicionar 5% de sua massa em água (25ml) e pesar a amostra.

Para calcular a umidade utiliza-se a expressão abaixo:

h=(M h−T )−(M s−T )

Msl∗100

1.6.5 RESULTADO

UMIDADE DA AREIARECIPIENTE Cáps.21 Cáps.27Mh MASSA DA AMOSTRA ÚMIDA (g) 91,10 103,84Ms MASSA DA AMOSTRA SECA(g) 87,83 100,45T Tara da Cápsula 33,23 27,43H Água (g) 3,27 3,39Msl MASSA DA AMOSTRA SECA LÍQUIDA (g) 54,60 73,02h UMIDADE (%) 5,99 4,64

MÉDIA(%) 5,32

1.7 UMIDADE DO AGREGADO MIÚDO PELO MÉTODO DO

APARELHO SPEED

1.7.1 DEFINIÇÃO

Umidade – relação entre a massa de água contida no agregado e sua massa seca,

expressa em %.

1.7.2 OBJETIVO

Determinar a umidade do agregado miúdo.

1.7.3 APARELHAGEM

Speed;

Ampolas com cerca de 6,5g de carbureto de cálcio (CaC2).

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1.7.4 METODOLOGIA

Preparar uma amostra com 500 g de areia, adicionando 5% de sua massa em

água;

Coletar 12 g desta amostra umedecida;

Colocar a amostra na câmara do aparelho;

Introduzir duas esferas de aço e a ampola de carbureto;

Agitar o aparelho;

Efetuar a leitura da pressão manométrica;

Verificar tabela de aferição própria do aparelho;

1.7.5 RESULTADO

UMIDADE DA AREIAM MASSA DA AMOSTRA SECA (g) 500,00H Água (g) 25,00Mh MASSA DA AMOSTRA ÚMIDA UTILIZADA (g) 12,00h1 LEITURA DO MANÔMETRO 10,2h UMIDADE TABELA DE AFERIÇÃO(%) 5,1%

Segundo a tabela de aferição, pela quantidade de 12g, o resultado obtido na

leitura do aparelho deve ser dividido por 2.

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CONCLUSÃO

A elaboração desses ensaios permitiu o contato direto com materiais básicos

utilizados na construção civil e, a determinação de resultados que servem de

avaliação de qualidade, como também a determinação de dados que serão

utilizados tanto na elaboração de traços de argamassas, quanto de concreto.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GOMES, A. O..Materiais de Construção II: “Caderno de Aulas Práticas”.

Universidade Federal da Bahia, Escola Politécnica. Salvador/BA. 2008.