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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO
SECRETARIA EXECUTIVA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA Departamento de Desenvolvimento de Produção Agropecuária
Culturas Estratégicas
R E L A T Ó R I O T É C N I C O
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE
CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta) NO VALE DO JURUÁ – ACRE.
Rio Branco – AC Abril de 2001
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
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SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO - SEPRO Dr. José Fernandes do Rego SECRETARIA ADJUNTA Francisco Rildo Cartaxo SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA E PECUÁRIA - SEAP Lourival Marques de Oliveira Filho DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA Reginaldo Silveira de Lima SECRETARIA DE PRODUÇÃO – REGIONAL CRUZEIRO DO SUL Francisco Júnior COORDENAÇÃO:
EDSON ALVES DE ARAÚJO Eng. Agr. M.Sc. Solos e Nutrição de Plantas
Técnico SEAP/SEPRO EQUIPE TÉCNICA:
CARMINDA LUZIA SILVA Eng. Agrônoma. Esp. em Sistemas Agroflorestais
EMANUEL FERREIRA DO AMARAL Técnico SEPRO
MÁRCIO VENÍCIO DE OLIVEIRA Discente de Agronomia Estagiário SEPRO
DEAN CHRISTEM FREIRE BEZERRA Discente de Agronomia Estagiário SEPRO
GENILSON RODRIGUES MAIA Discente de Agronomia Estagiário SEPRO
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................. 4 2. METODOLOGIA ............................................................................ 5-12 2.1. Caracterização geral da área .................................................. 5-6 2.2. Estudos preliminares da área ................................................ 6 2.3. Coleta e preparo das amostras .............................................. 6-7 2.4. Entrevista com agricultores .................................................... 7 2.5. Mapeamento com auxílio do GPS .......................................... 7 2.6. Análises químicas ..................................................... 7-8 2.7. Avaliação da fertilidade ........................................................... 8-9 2.8. Recomendações de adubos e corretivos ................................ 9-12 3. RESULTADOS................................................................................ 13-27 3.1. Fertilidade ................................................................................ 13-22 3.2. Recomendação de adubos e corretivos .................................. 22-27 3.3. Entrevista com agricultores ..................................................... 28-30 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................ 31-32 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 33-34 ANEXOS............................................................................................. 35-37
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1.0 – INTRODUÇÃO
Atualmente, a regional do Vale do Juruá, notabiliza-se principalmente pela
produção de farinha de mandioca de excelente qualidade. Segundo dados do
Zoneamento Ecológico e Econômico do Acre (ACRE, 2000a) e IBGE (1999), o
rendimento médio dessa cultura na regional do Vale do Juruá está em torno de
15 t/ha. Esse rendimento está bem abaixo do rendimento de outras regionais
do Estado, como as do Alto Acre (19,8 t/ha), Purus (18 t/ha) e Tarauacá Envira
(18 t/ha). Mesmo assim, a regional do Juruá detém a segunda maior produção
de mandioca do Estado (76.000 t), após a região do Vale do Baixo Acre que
produz cerca de 91.000 t.
Para se alcançar um melhor rendimento para a cultura da mandioca na
região, necessário se torna manejá-la racionalmente, além da utilização de
corretivos e fertilizantes orgânicos e, ou, minerais em áreas de capoeira em
diferentes estádios de degradação. Somam-se a isso a utilização de
mecanização agrícola onde se faça necessária a melhoria das condições
físicas do solo (aeração, descompactação do solo) e a utilização de cultivares
produtivas e resistentes a pragas e doenças.
Pensando nisso é que o Governo do Estado, através do Programa de
Ampliação e Modernização da Produção de Farinha de Mandioca no Vale do
Juruá, tem investido na melhoria de toda a cadeia produtiva. Este programa
prevê o incremento da produção de mandioca e cana-de-açúcar, seja pela
melhoria das áreas utilizadas, ou pela reincorporação de áreas abandonadas
ao processo produtivo.
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar e avaliar
preliminarmente a fertilidade do solo em áreas previstas pelo Governo do
Estado para implantação das Unidades de Produção Familiar de farinha de
mandioca na região do Juruá (Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues
Alves), assim como efetuar recomendação de calcário e fertilizante orgânico e,
ou, mineral para as culturas da mandioca e cana-de-açúcar.
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2.0 – METODOLOGIA
2.1 - Caracterização geral da área de estudo
A área de estudo está inserida na região do Vale do Juruá (Regional Juruá)
e engloba os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves
(Figura 1).
Figura 1 – Área percorrida nesse estudo preliminar
A área apresenta clima quente e úmido, com variações térmicas médias
muito pequenas, oscilando em torno de 25o C. A umidade relativa do ar
apresenta média anual de 84% e é mais ou menos uniforme durante o ano,
apresentando ligeiro decréscimo nos meses de agosto e setembro. A
precipitação pluviométrica apresenta média anual de 2.000 mm (ACRE,
2000b).
A cobertura florestal é constituída de floresta aberta com palmeiras em
áreas aluviais, floresta aberta com palmeira + floresta densa e floresta aberta
com bambu + floresta aberta com palmeira (ACRE, 2000c).
A floresta aberta com palmeiras em áreas aluviais concentra-se nas
adjacências do município de Cruzeiro do Sul, onde ocorrem os Gleissolos e
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Neossolos Flúvicos (solo aluvial). Nessas áreas, próximas a córregos e
igarapés, verifica-se com freqüência a ocorrência de palmeiras como o buriti
(Mauritia flexuosa), açaí (Euterpe oleraceae), paxiúba, dentre outras palmeiras.
A floresta aberta com palmeira + floresta densa ocorrem com maior
proximidade dos municípios de Mâncio Lima e Rodrigues Alves.
A floresta aberta com bambu + floresta aberta com palmeira e floresta
aberta com palmeiras + floresta densa ocorrem com maior freqüência nas
proximidades no Projeto de Assentamento Santa Luzia.
Quanto ao recurso solo, ocorrem em sua maioria nas várzeas do rio Juruá e
rio Moa, os Gleissolos e Neossolos Flúvicos. Em seguida aparecem os
Argissolos Amarelos, em sua maioria distróficos. Como manchas e em
menores proporções aparecem os Argissolos Vermelho Amarelo e Alissolos
(ACRE, 2000d).
2.2 – Estudo preliminar da área
Anteriormente a viagem de campo, procedeu-se o estudo prévio da área de
estudo com relação às unidades de mapeamento de solo, condições de acesso
(ramais) e comunidades que plantam e produzem farinha de mandioca.
2.3 – Coleta e preparo das amostras
Com o objetivo de caracterizar preliminarmente o solo das áreas cultivadas
com mandioca e avaliar a fertilidade desses solos, além de se subsidiar as
recomendações de adubos e corretivos, efetuou-se a coleta de amostras nas
profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm (Quadro 1). Em cada área amostrada
retiraram-se em média cinco amostras simples para compor uma amostra
composta, levando-se em consideração para distinguir as diferentes glebas, o
relevo, a textura do solo, o tipo de cultivo e o histórico de uso das áreas
(EMBRAPA, 1999).
As amostras foram acondicionadas em saco plástico e etiquetadas. No
laboratório as amostras foram postas para secar em estufa a 50º C. Após a
secagem, foram destorroadas e passada em peneira de 2 mm, obtendo-se a
fração denominada terra fina seca em estufa (TFSE), de onde se processaram
as análises físicas e químicas.
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Quadro 1 – Relação das áreas amostradas para caracterização física e química Profundidade
No Município Ramal Produtor Situação (cm)
1 Mariana Wilson Topo 0-20 2 Mariana Gadelha Topo 0-20 3 Mariana Gadelha Topo 20-40 4 Guarani Enoc A. Melo Área 1 0-20 5 Guarani Enoc A. Melo Área 1 20-40 6 Guarani Enoc A. Melo Área 2 0-20 7 Guarani Enoc A. Melo Área 2 20-40 8 Guarani Enoc A. Melo Área 3 0-20 9 Guarani Enoc A. Melo Área 3 20-40
10 Virgínios Aldeíde Baixada 0-20 11 Virgínios Aldeíde Baixada 20-40 12 Virgínios Aldeíde Topo 0-20 13 Virgínios Aldeíde Topo 20-40
2.4-Entrevista com agricultores
Ao mesmo tempo em que se coletaram as amostras de solo, os
produtores foram entrevistados informalmente de maneira que eles se
sentissem à vontade para expressar suas idéias e conhecimento de sua área.
Durante as entrevistas foi-se tentando direcionar as perguntas acerca do meio
físico e do manejo adotado em sua propriedade (ERNESTO SOBRINHO et al.,
1983; LANI, 1987; CERQUEIRA, 1996; ARAÚJO, 2000).
2.5 - Mapeamento de trilhas com auxílio de GPS Ao mesmo tempo em que a região ia sendo percorrida, efetuou-se a
marcação da trilha com auxílio do GPS marca GARMIN 12 com precisão de 5
metros, de forma a georeferenciar e espacializar a área percorrida. Pontos
estratégicos como o Aeroporto de Cruzeiro do Sul, o núcleo urbano do
município, sedes do poder público, rios, entroncamentos e entrada de ramais,
os locais onde se retiraram as amostras de solo foram localizadas de maneira a
facilitar futuramente o tracejado da área percorrida.
2.6 - Análises químicas
As análises químicas foram efetuadas na terra fina seca em estufa
(TFSE), e constaram de: pH em água e em solução de KCl 1 mol L-1 (1:2,5);
Excluído: em amostras de terra
Excluído: dos materiais dos solos
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cálcio, magnésio e alumínio trocáveis extraídos com solução de KCl 1 mol L-1.
O cálcio e o magnésio foram quantificados por espectrofotometria de absorção
atômica, e o alumínio por titulação com solução NaOH 0,025 mol L-1; potássio e
sódio trocáveis extraídos com solução de HCl 0,05 mol L-1, e quantificados por
fotometria de chama. A acidez potencial (H+Al) foi extraída com solução de
acetato de cálcio 0,5 mol L-1 ajustada a pH 7,0, e determinada por titulação
com solução de NaOH 0,025 mol L-1; o fósforo disponível foi extraído com
solução de HCl 0,05 mol L-1 + H2SO4 0,0125 molL-1 (Mehlich 1), sendo
determinado por colorimetria. Os procedimentos de extração e quantificação
foram realizados, conforme os métodos descritos e aplicados rotineiramente na
Embrapa-Acre ( EMBRAPA, 1997). O carbono orgânico total foi determinado
por meio do processo de Walkley-Black, com oxidação da matéria orgânica, por
via úmida, com dicromato de potássio 0,1667 mol L-1 sem aquecimento, sendo
a titulação realizada com sulfato ferroso amoniacal 0,1 mol L-1, conforme
descrito por EMBRAPA (1997).
2.7 - Avaliação da fertilidade Para a avaliação da fertilidade fez-se o uso dos parâmetros de
interpretação das análises química (Quadros 2 e 3), utilizados pelo laboratório
de fertilidade de solo da Universidade Federal do Acre (AMARAL e SOUZA,
1997), e comumente utilizada por trabalhos de avaliação da fertilidade do solo
no Estado (EMBRAPA, 1998).
Quadro 2 - Interpretação dos valores de pH em H2O
Parâmetro ----------------------------------------------------- Interpretação ------------------------------------------
Acidez elevada Acidez média Acidez fraca neutro alcalino
pH < 5,0 5,0 a 5,9 5,9 a 7,0 = 7,0 > 7,0
Excluído: enquanto
Excluído: VETTORI,1969;
Excluído: ; EMBRAPA ,1997
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Quadro 3- Interpretação dos valores de parâmetros de fertilidade de solos
------ Parâmetros (unidade) ---- ------------------------------------------ Interpretação --------------------------------------------------
Limitante Muito baixo baixo médio Alto Muito alto
Alumínio (cmolc/dm³) - - < 0,2 0,2 a 1,0 > 1,0 -
Cálcio(cmolc/dm³ ) - - < 2,0 2,0 a 6,0 > 6,0 -
Magnésio (cmolc/ dm³) - - < 0,5 0,5 a 1,5 > 1,5 -
Potássio (cmolc/ dm³) - - 0,0 a 0,11 0,11 a 0,23 0,23 a 0,60 > 0,60
Carbono orgânico (dag/kg ) - - < 0,8 0,8 a 1,4 >1,4 -
Fósforo (mg/ dm³) - 0,0 a 2,99 3,0 a 9,99 10,0 a 30,0 30 a 90,0 -
Soma de bases (cmolc/dm³) - - < 2,0 2,0 a 5,0 > 5,0 -
Saturação de bases (%) < 25,0 25,0 a 50,0 50,0 a 70,0 70,0 a 90,0 90,0 a 99,0 > 99,0
CTC a pH 7,0 (cmolc/dm3) - - < 4,5 4,5 a 10,0 > 10,0 -
Saturação por alumínio (%) - 20 20,1 a 40,0 40,1 a 60,0 60,1 a 80,0 > 80,0
Fonte: AMARAL e SOUZA, 1997.
2.8 - Recomendações de adubos e corretivos
A idéia inicial era a de efetuar as recomendações de adubos e corretivos
por intermédio do software CliqSolo (www.agromidia.com.br), o mesmo
permite a interpretação de análise de solos e recomendações de calagem e
adubação para plantas cultivadas sejam agronômicas ou florestais. No entanto,
como até o presente o referido software não foi adquirido, optou-se por efetuar
as recomendações segundo a versão mais recente da Comissão de Fertilidade
do Solo do Estado de Minas Gerais (CFSEMG, 1999).
Os cálculos para a necessidade de calagem a ser incorporado por
hectare para as profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm foram efetuados
utilizando-se três distintos métodos:
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1. Método da neutralização do Al3+ trocável e da elevação dos teores
de Ca2+ e de Mg2+ trocáveis (CFSEMG 1989).
NCt/ha = Y . Al + (X – (Ca + Mg)) (PRNT1 = 100%).
O valor de Y é variável em função da textura do solo, e o valor de x é
variável em função da exigência da cultura.
Y = Valor 1: para solos arenosos ( < 15% de argila)
Valor 2: para solos de textura média ( 15 a 35% de argila)
Valor 3: para solos argilosos (> 35% de argila)
X = Admitiu-se valor 1,0 para a cultura da mandioca e 3,5 para a
cana-de-açúcar.
2. Método da neutralização do Al3+ trocável e da elevação dos teores
de Ca2+ e de Mg2+ trocáveis (CFSEMG, 1999).
NC = Y (Al - (mt.t/100)) + (X - (Ca + Mg)), Onde:
NC = necessidade de calagem em t/ha
Y = valor em função da capacidade tampão do solo
arenoso (0-15% argila) = 0 a 1,0
Textura média (15 a 35% argila) = 1,0 a 2,00
argiloso (35 a 60) = 2,0 a 3,0
muito argiloso (60 a 100% argila) = 3,0 a 4,0
1 PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total. É obtido multiplicando-se o poder de neutralização (PN) pela reatividade (RE) e dividindo-se o total por 100. Quanto maior o PRNT mais fácil e mais rápido o calcário irá reagir, no processo de correção da acidez. Por lei só podem ser comercializados calcários com o PRNT mínimo de 45%.
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Y pode ser fornecido também em função do valor do P remanescente
P rem (mg/dm3) - Y
0 a 4 - 4 a 3,5
4 a 10 - 3,5 a 2,9
10 a 19 - 2,9 a 2,0
19 a 30 - 2,0 a 1,2
30 a 44 - 1,2 a 0,5
44 a 60 - 0,5 a 0,0
Al = acidez trocável (cmolc/dm3)
mt = máxima saturação por Al tolerada pela cultura (%). A mandioca e
cana-de-açúcar toleram 30%.
t = CTC efetiva (Ca + Mg + K + Al)
X = variável em função dos requerimentos de Ca e Mg requeridos pelas
culturas. Para a mandioca o valor é 1,0 e para a cana-de-açúcar 3,5.
3. Método da elevação da Saturação por Bases (CFSEMG,
1999).
No terceiro método, a calagem é calculada para elevar a saturação de
bases (V%) da capacidade de troca de cátions a pH 7,0, a valores desejados
de acordo com a cultura de interesse.
Para efeito de cálculo, usa-se a seguinte relação:
NC = T (V2 – V1) 100
Em que:
NC = necessidade de calcário em t/ha, considerando-se a camada de
incorporação de 0-20 cm e calcário com PRNT = 100%.
T = capacidade de troca de cátions do solo a pH 7,0
V2 = percentagem de saturação de bases desejada para a cultura em
questão. Para a mandioca admitiu-se 40% e para a cana de açúcar 60%.
V1= percentagem de saturação de bases do solo.
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O cálculo da necessidade de calagem por diferentes métodos teve por
objetivo comparar os resultados obtidos, discuti-los e optar pela alternativa
mais viável economicamente.
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3.0– RESULTADOS
3.1- Fertilidade 3.1.1 - pH Os valores de pH demonstram que a quase totalidade dos solos
amostrada apresenta acidez elevada (Figura 2). Isso sugere que muito
provavelmente teremos um ambiente desfavorável a presença de cátions
trocáveis (Ca2+, Mg2++ e K+) e fósforo disponível, ambos essenciais à nutrição
mineral de plantas.
Figura 2 - Freqüência dos valores de pH encontrados no Vale do Juruá
Um fato que deve ter contribuído também para os baixos valores de pH,
seriam os teores de carbono orgânico do solo, que em sua maioria foram
considerados médios (0,8 a 1,4 dag/kg), chegando inclusive a valores altos (>
1,4 dag/kg). Isso condicionaria o solo a manter baixos valores de pH por
intermédio do tamponamento do pH do solo, oriunda da dissociação de
hidrogênios ligados a CTC. Isso sugere que seriam necessárias maiores
quantidades de calcário para atingir os valores de saturação por bases (V%),
desejadas. Muito embora, a predominância textural do solo tenha sido de
arenosa a média e a CTC a pH 7,0 tenha variado de baixo a médio.
Acidez elevada 92%
Acidez média 8%
Excluído: baixos teores
Excluído:
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3.1.2 – Cálcio, magnésio e potássio trocáveis.
Os teores de Ca2+, Mg2+ e K+ trocáveis foram em geral baixos em ambas
as profundidades, o que implicará no emprego de doses maiores de Ca e Mg
na correção do solo quando se usa o Método da neutralização do Al3+ trocável
e da elevação dos teores de Ca2+ e de Mg2+ trocáveis. Isso significa que em
condições de fertilidade natural do solo, a sustentabilidade desses
ecossistemas seria deficitária. uma vez que a cultura da mandioca é
considerada como uma cultura que exaure os nutrientes do solo e requer
quantidades adequadas de macronutrientes, principalmente Ca e P, de forma a
produzir a contento (LARA, 2000).
Figura 3 – Variação dos teores de cálcio, magnésio e potássio trocáveis na região do Juruá.
A maioria dos nutrientes disponíveis a nutrição mineral de plantas é oriunda
da própria incorporação de biomassa ao solo após o processo de queima,
bastante comum na região. Observou-se a campo que de maneira geral os
agricultores utilizam o solo por um período médio de 3 anos (a depender das
condições edáficas e ambientais, além do histórico de uso) e o abandonam
(pousio) devido ao esgotamento dos nutrientes liberados durante a queima de
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Locais amostrados
cmol
c/dm
3
MagnésioCálcioPotássio
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biomassa, com a conseqüente diminuição da produção. Após isso, desmatam
uma área de floresta nativa ou capoeira antiga e queimam novamente,
reiniciando o ciclo de uso.
Um fator que provavelmente deva contribuir para o processo de lixiviação
de bases trocáveis (Ca2+, Mg2+, K+, Na+), seja a textura dos solos, em sua
maioria de natureza arenosa na região percorrida. Muito embora essa condição
física seja favorável ao bom desenvolvimento radicular e, por conseguinte do
tubérculo de mandioca.
As relações Ca/Mg e Ca/K foram em geral baixas e bastante dispersas
(Figura 4). Observa-se que as mesmas encontram-se desbalanceadas e em
níveis considerados baixos, em decorrência dos baixos teores dessas bases
trocáveis.
Figura 5 – Relações Ca: Mg, Ca:K e Mg:K verificados na região do Juruá.
0.0
0.1
0.1
0.2
0.2
0.3
0.3
0.4
0.4
0.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
Cálcio (cmolc/dm3)
Mag
nési
o, P
otás
sio
(cm
ol c/d
m3 )
Ca/MgCa/KMg/K
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3.1.3 – Soma de bases
A soma de bases foi em geral baixa (< 2,0 cmolc/dm3) para as duas
profundidades estudadas (Figura 6). Entretanto, observa-se que a soma de
bases na camada superficial (0 a 20 cm), foi superior a camada subsuperficial
(20 a 40 cm). Isso demonstra que os solos em questão possuem fertilidade
natural baixa, sendo os nutrientes em sua maioria concentrados nos primeiros
centímetros de solo e oriundos da mineralização de biomassa vegetal
(ARAÚJO, 2000).
Figura 6 – Variação dos valores de soma de bases nas profundidades de 0-20 e 20 a 40 cm em diferentes locais da região do Juruá
3.1.4 – Fósforo
Os teores de fósforo variaram de muito baixos (0,0 a 2,99 mg/dm3) a
baixos (3,0 a 9,99 mg/dm3), sendo os teores na camada superficial em geral
superiores aos encontrados na camada subsuperficial (Figura 7). Sendo o teor
muito baixo predominante sobre o baixo nas áreas amostradas (Figura 8).
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1 2,3 4,5 6,7 8,9 10,11 12,13
Locais amostrados
Som
a de
bas
es (c
mol c
/dm
3)
0-20 cm20-40 cm
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Figura 7 – Variação dos teores de fósforo verificados na região do Juruá.
Figura 8 - Freqüência dos teores de fósforo segundo os parâmetros utilizados
por AMARAL E SOUZA, 1997.
0123456789
10
1 2.3 4.5 6.7 8.9 10.11 12.13Locais amostrados
Fósf
oro
(mg/
dm3)
0-20 cm20-40 cm
muito baixo69%
baixo31%
n=13
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3.1.4 – Alumínio e saturação de alumínio
Os teores de alumínio trocável variaram de médio (0,1 a 1,0 cmolc/dm3)
a alto (> 1,0 cmolc/dm3), com teores mais elevados na subsuperfície (Figura 9).
O que denota que o Al3+ aumenta em profundidade. Isso ocorre possivelmente
devido aos maiores teores de carbono orgânico, o qual deve complexar parte
do Al3+ trocável. Além disso, boa parte do complexo de troca estaria ocupada
por bases trocáveis na superfície. A freqüência de teores altos predomina
sobre os teores médios encontrados nas áreas amostradas (Figura 10).
A tendência de aumento do alumínio em profundidade indica que
teremos diferentes cálculos de recomendação de necessidade de calagem de
forma a neutralizar o alumínio e sua toxidez as plantas.
Figura 9 - Variação dos teores de alumínio trocável nas profundidades de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm.
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
1 2.3 4.5 6.7 8.9 10.11 12.13
Locais amostrados
Alum
ínio
(cm
olc/d
m3 )
0-20 cm20-40 cm
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
19
Figura 10 - Freqüência dos teores de alumínio trocável de acordo com os critérios utilizados por SOUZA e AMARAL, 1997.
Devido aos teores de alumínio trocável encontrado, que variaram de
médio a alto e aos baixos conteúdos de bases trocáveis, a CTC do solo
encontra-se, em muitos casos praticamente preenchidos por alumínio trocável.
Isso é denotado pelos valores de saturação de alumínio (Figura 11).
Figura 11 – Saturação de alumínio nas diferentes profundidades constatados na região do Juruá.
médio38%
alto62%
n=13
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 2.3 4.5 6.7 8.9 10.11 12.13
Locais amostrados
Satu
raçã
o de
alu
mín
io (%
)
0-2020-40
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
20
Figura 12 - Freqüência de saturação de alumínio de solos amostrados na região do Juruá segundo os critérios utilizados por SOUZA e AMARAL, 1997.
3.1.5 – Capacidade de troca catiônica
As capacidades de troca catiônicas (CTC) variaram de baixas (< 4,5
cmolc/dm3) a média (4,5 a 10 cmolc/dm3), sem grandes variações quando se
contrasta as duas profundidades amostradas (Figura 13).
Figura 13 – Capacidade de troca catiônica nos intervalos de 0-20 e 20 a 40 cm de profundidade de amostras estudadas na região do Juruá.
0123456789
10
1 2.3 4.5 6.7 8.9 10.11 12.13Locais amostrados
Cap
acid
ade
de tr
oca
catiô
nica
(cm
olc/d
m3 ) 0-20 cm
20-40 cm
baixo15%
médio23%
alto54%
muito alto8%
n = 13
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
21
Observa-se que a freqüência de valores enquadrados na classe média predomina sobre a classe baixa (Figura 15).
Figura 14 - Freqüência de capacidade de troca catiônica de solos amostrados
na região do Juruá segundo os critérios utilizados por SOUZA e AMARAL, 1997.
Os baixos valores de CTC associados a solos enquadrados na classe
arenosa e média verificados durante a fase de coleta por intermédio do tato
(LEMOS & SANTOS, 1996), devem influir sobremaneira em diversos
fenômenos ligados a esses grupamentos texturais. Dentre eles na adsorção de
P, tanto menos acentuada quanto menor o percentual de argila; na lixiviação,
conseqüentemente na perda de nutrientes facilmente lixiviáveis (K+ por
exemplo) e argilominerais; e na taxa de decomposição da matéria orgânica.
Devido a sua constituição arenosa, são pobres, tanto em macro como
em micronutrientes, além de não disporem de minerais facilmente
intemperizáveis como reserva nutricional a serem liberadas de forma gradativa.
baixo(<4,5 cmolc/dm3)15%
médio(4,5-10 cmolc/dm3)85%
n =13
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
22
3.1.6 – Saturação de bases
A saturação de bases variou de limitante a muito baixo (Figura 14), esse
fato é devido aos baixos teores de bases trocáveis que estão ocupando a CTC
do solo. Isso demonstra o distrofismo generalizado desses solos, necessitando
de corretivos e fertilizantes de forma a suprir as necessidades nutricionais de
planta de forma satisfatória.
Figura 14 – Saturação de bases de solos amostrados na região do Juruá.
3.2. Recomendações de corretivos e fertilizantes
Com base nos três métodos mencionados no item 2.8, calculou-se
inicialmente a necessidade de calagem para a cultura da mandioca, levando-se
em consideração as duas profundidades amostradas (0 a 20 e 20 a 40 cm) o
qual estão expressos no Quadro 4.
limitante85%
muito baixo15%
n=13
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
23
Quadro 4 – Necessidade de calagem para o cultivo de mandioca na profundidade de 0-20 e 20 a 40 cm levando-se em considerações três diferentes métodos
Necessidade de calagem por diferentes métodos (t/ha)1/
Local
amostrado
Profundidade
(cm)
Saturação de Bases
(CFSEMG, 1999)2/.
Neutralização do Al3+
trocável e da elevação dos
teores de Ca2+ e de Mg2+
trocáveis (CFSEMG 1989).
Neutralização do Al3+
trocável e da elevação dos
teores de Ca2+ e de Mg2+
trocáveis (CFSEMG 1999).
1 0-20 1.3 1.7 3.12 2 0-20 1.4 1.8 3.19 3 20-40 1.8 4.1 5.15 4 0-20 0.5 1.2 2.70 5 20-40 1.2 2.8 4.19 6 0-20 0.4 0.4 1.94 7 20-40 1.4 3.4 4.72 8 0-20 1.6 3.1 4.54 9 20-40 0.9 2.1 3.89
10 0-20 1.7 3.3 4.55 11 20-40 1.8 4.5 5.42 12 0-20 2.7 4.3 4.99 13 20-40 2.6 6.2 6.67
Média 1.5 3.0 1.8 V.Máx. 2.7 6.2 4.2 V.Mín. 0.4 0.4 0.0
1/ Quantidade de calcário PRNT = 100% a ser incorporado por hectare, na camada de 0-20 e 20 a 40 cm de profundidade. 2/ Admitiu-se 40% como sendo a saturação de bases desejada ou esperada para a mandioca, conforme CFSEMG (1999).
Observa-se que o método da saturação de bases foi o método em que
se obteve em média as menores quantidades de calcário (1,5 t/ha). Para os
outros dois métodos, as médias foram superiores ao de saturação de bases,
além de variarem bastante, principalmente em função dos teores de Al3+ , Ca2+
e Mg2+ trocáveis.
Nesse caso, a priori, recomenda-se para o cultivo de mandioca o uso do
método de saturação de bases, por ser mais viável sob o ponto de vista
econômico. Além disso, é expressamente recomendável não ultrapassar a
quantidade de 2 t/ha (CFSEMG, 1999).
Para a cana-de-açúcar, utilizando o mesmo processo utilizado no cálculo
da necessidade para o cultivo de mandioca, conforme está demonstrado no
Quadro 5.
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Quadro 5 – Necessidade de calagem para o cultivo de cana-de-açúcar nas profundidades de 0-20 e 20 a 40 cm levando-se em considerações três diferentes métodos
Necessidade de calagem por diferentes métodos (t/ha)1/
Local
amostrado
Profundidade
(cm)
Saturação de Bases
(CFSEMG, 1999)2/.
Neutralização do Al3+
trocável e da elevação dos
teores de Ca2+ e de Mg2+
trocáveis (CFSEMG 1989).
Neutralização do Al3+
trocável e da elevação dos
teores de Ca2+ e de Mg2+
trocáveis (CFSEMG 1999).
1 0-20 2.4 4.2 3.12 2 0-20 2.6 4.3 3.19 3 20-40 3.0 7.6 5.15 4 0-20 1.2 3.7 2.70 5 20-40 2.1 6.3 4.19 6 0-20 1.3 2.9 1.94 7 20-40 2.3 6.9 4.72 8 0-20 2.6 5.6 4.54 9 20-40 1.5 5.6 3.89
10 0-20 2.9 5.8 4.55 11 20-40 3.0 8.0 5.42 12 0-20 4.6 6.8 4.99 13 20-40 4.2 9.7 6.67
Média 2.6 5.9 4.2 V.Máx. 4.6 9.7 6.7 V.Mín. 1.2 2.9 1.9
1/ Quantidade de calcário PRNT = 100% a ser incorporado por hectare, na camada de 0-20 e 20 a 40 cm de profundidade. 2/ Admitiu-se 60% como sendo a saturação de bases desejada ou esperada para a cana-de-açúcar, conforme CFSEMG (1999).
Observa-se a mesma tendência para o cultivo de cana-de-açúcar, ou
seja, a menor média verificada foi para o método de saturação de bases. Nos
dois métodos restantes, verificaram-se quantidades mais elevadas, em função,
principalmente, dos teores de Al3+ , Ca2+ e Mg2+ trocáveis. Isso é denotado
principalmente quando se comparam as quantidades requeridas para a
camada superficial e subsuperficial.
Esse cálculo é feito considerando que o calcário irá ser incorporado a
uma profundidade de 20 cm em uma área de 1ha (100m x 100m) e
considerando que o solo tenha densidade de 1 g/cm3.
Entretanto, torna-se difícil encontrar calcário com PRNT de 100% e muitas
das vezes não é necessário incorporá-lo em toda a área. Existe uma fórmula
que facilita o cálculo da quantidade de calcário (QC, em t/ha) a ser usado
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25
efetivamente, levando em consideração a área a ser coberta na calagem (SC,
em %), profundidade de incorporação do calcário (PF, em cm), e o PRNT do
calcário (PRNT, em %):
QC = NC x SC/100 x PF/20 x 100/PRNT
Assim por exemplo, supondo que na área 01 (Quadro 4), em que a
necessidade de calagem (NC) foi 1,3 t/ha se deseje implantar um mandiocal.
Vamos efetuar os cálculos para um hectare.
Temos:
NC = 1,3 t/ha
Suponhamos que se queira usar somente 75% da área
SC = 75%
Como iremos implantar um cultivo de mandioca, vamos supor uma
profundidade de incorporação de 20 cm
PF = 20 cm
Supondo que se encontre no mercado um calcário com PRNT de 65%
Aplicando a fórmula temos
QC = NC x SC/100 x PF/20 x 100/PRNT
QC = 1,3 x 75/100 x 20/20 x 100/65 QC = 1,3 x 0,75 x 1,0 x 1,54 QC = 1, 5 t/ha
Isso significa em linhas gerais que aquele valor da NC (1.3 t/ha) irá
depender do PRNT do calcário, da profundidade de incorporação e da área a
ser coberta com calcário.
As recomendações de N, K2O e P2O5 para mandioca e cana-de-açúcar
foram calculadas em função da disponibilidade desses nutrientes no solo, e
estão expressas nos Quadros 6 e 7.
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
26
Quadro 6 – Doses de N, K2O e P2O5 recomendadas para o cultivo de mandioca nas profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm para os diferentes locais amostrados.
Local
amostrado
Profundidade
(cm)
N1
(kg/ha)
P2O5
(kg/ha)
K2O
(kg/ha)
1 0-20 40 80 40 2 0-20 40 80 20 3 20-40 40 80 20 4 0-20 40 80 40 5 20-40 40 80 0 6 0-20 40 80 40 7 20-40 40 80 60 8 0-20 40 80 60 9 20-40 40 80 60
10 0-20 40 80 60 11 20-40 40 80 40 12 0-20 40 80 40 13 20-40 40 80 40
1/ Em cobertura (30 a 60 dias após brotação), manter a dose de 40 kg/ha de N.
Quadro 7 – Doses de N, K2O e P2O5 recomendadas para o cultivo de cana-de
açúcar nas profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm para os diferentes locais amostrados.
Local
amostrado
Profundidade
(cm)
N1/
(kg/ha)
P2O5
(kg/ha)
K2O2/
(kg/ha)
1 0-20 60 120 120 2 0-20 60 120 90 3 20-40 60 120 90 4 0-20 60 120 120 5 20-40 60 120 60 6 0-20 60 120 120 7 20-40 60 120 120 8 0-20 60 120 120 9 20-40 60 120 120
10 0-20 60 120 120 11 20-40 60 120 120 12 0-20 60 120 120 13 20-40 60 120 120
1/ Quando necessário aplicar até 60 kg/ha, dependendo da produtividade esperada. 2/ Em solos arenosos ou de textura média, aplicar no máximo 90 kg/ha de K2O no sulco de plantio. Recomenda-se parcelar a aplicação para evitar perdas.
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
27
As recomendações de N, P e K, foram expressos em termos de N, P2O5 e
K2O respectivamente. Essa é a forma que eles rotulam comercialmente nos
adubos.
As doses de N, P2O5 e K2O foram calculadas levando em consideração as
culturas mencionadas (mandioca e cana-de-açúcar) conforme a 5a
aproximação das recomendações de adubos e fertilizantes (CFSEMG, 1999).
As quantidades a serem aplicadas ao solo irão depender do tipo de
fertilizante adquirido, por exemplo, supondo que peguemos a dose 40:80:40
kg/ha de N: P2O5 : K2O e supondo que iremos dispor de uréia (44% de N),
super simples (18% de P2O5) e cloreto de potássio (58% de K2O), as
quantidades de cada adubo em kg/ha seriam
100 kg de uréia -------- 44 kg de N
X kg de uréia -------- 40 kg de N
X= 90,9 kg de uréia
100 kg de super simples ----------- 18 kg de P2O5
y kg de super simples ----------- 80 kg de P2O5
y = 444, 4 kg de super simples
100 kg de cloreto de potássio ------ 58 kg de K2O
z kg de cloreto de potássio ----- 40 kg de K2O
z = 69 kg de cloreto de potássio
Mistura final a ser aplicada por ha:
90,9 kg de uréia + 444,4 kg de super simples + 69 kg de cloreto de potássio
= 604,3 kg/ha.
Dependendo, portanto, do produto adquirido no mercado pode-se adaptar
esse cálculo para efetuar outro tipo de combinação.
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
28
3.3. Entrevista com agricultores
Foram entrevistados seis produtores durante a fase de coleta de solos
para fins de fertilidade, além de dois técnicos pertencentes ao sistema SEPRO
e que acompanham a construção das Unidades de Produção Familiar de
Farinha de mandioca no Juruá.
De maneira geral, verificou-se que as áreas utilizadas com plantio de
mandioca são de textura arenosa a média, fato que deve estar relacionado com
a própria gênese desses solos e, ou, seria uma espécie de Zoneamento
agrícola efetuado pelo próprio agricultor. Uma vez que se recomenda o uso de
solos com essa característica física, além dos mesmos possuírem essa visão
quando indagados se preferiam utilizar solos argilosos (barrentos) ou arenosos
(ariúscos):
“... a gente prefere solo ariúsco, porque a terra fica mais frouxa para a
mandioca...”
Observou-se que a utilização da terra é feita de forma
predominantemente itinerante. Em sua maioria em áreas de capoeira usadas
por diversas vezes por período muitas vezes superior a 20 anos. Ele utiliza
normalmente o solo com o cultivo de mandioca por um período que varia em
média 3 anos, e abandona para a formação de capoeira e conseqüentemente
na melhoria das condições químicas do solo.
Dos plantios visitados, nenhum deles estava consorciado com outra
cultura, fato que deve estar relacionado com a própria idade da capoeira, pois é
sabe-se que durante o primeiro ciclo de uso, normalmente o produtor costuma
consorciar a mandioca com outras culturas, principalmente arroz, milho e feijão.
Também não se observou o emprego de leguminosas como fonte de N e
proteção para o solo. Assim como tratos culturais (cobertura morta) e a
utilização de fertilizantes orgânicos e, ou minerais. Em algumas áreas observou-se uma desuniformidade no plantio em
termos de altura e coloração de folhas, o que sugere uma variabilidade natural
existente no solo, e também devido à exaustão do mesmo, devido às perdas
sofridas pela exportação de nutrientes pelo cultivo de mandioca e perdas
associadas a fenômenos erosivos do solo.
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
29
Os plantios situam-se geralmente em relevo plano (0 a 3% de inclinação
do terreno) a suave ondulado (3 a 8% de inclinação do terreno). Um fato
positivo, pois não se recomenda o plantio em solos com declives superiores a
8%, de vez que a mandioca é considerada uma das culturas que mais expõe o
solo erosão e conseqüentemente a processos de perda de solo (Quadro 8).
Quadro 8 – Perdas de solo associadas a diferentes culturas
Cultura Perdas de Solo (t/ha/ano) Mamona 41.50 Feijão 38.10 Mandioca 33.90 Amendoim 26.70 Arroz 25.10 Algodão 24.80 Soja 20.10 Batatinha 18.40 Cana-de-Açúcar 12.40 Milho 12.00 Fonte: LARA, 2000.
Os ramais percorridos apresentaram boas condições de trafegabilidade,
o que deve estar relacionado com a textura dos solos encontrados na região,
de natureza arenosa, uma vez que à época da coleta de solo (fevereiro), chovia
torrencialmente no Estado. Um aspecto positivo seria as condições
intermitentes de escoamento da produção durante o ano.
Nas áreas visitadas não se constatou a utilização de mecanização nas
etapas de desbravamento, plantio e capina, limitando-se a utilização de
utensílios manuais como enxadão, facão e foice. Não se constatou a campo a presença de animais, devendo este fato
estar ligado à tradição no cultivo de mandioca. Isso é um fato interessante, pois
fatalmente, caso se comprove este fato numa escala de estudo mais detalhado,
fatalmente implicará na limitação do uso de compostos orgânicos de origem
animal, como esterco de gado e galinha.
Nos plantios constatou-se a presença da planta espontânea
(anteriormente designada de planta invasora ou daninha) denominada de
pluma (nome científico?), cujos produtores e técnicos relataram ser de
ocorrência bastante freqüente e endêmica na região. Além disso, disseram
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
30
estar relacionada com a acidez do solo. No entanto, pelos dados químicos não
foi possível diagnosticar tal relato, de vez que os valores de pH encontram-se,
em sua maioria, na faixa de acidez elevada (< 5,0).
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
31
4.0 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Os solos amostrados de maneira geral são pobres quimicamente
(distróficos), muitos com problemas de toxidez por alumínio (álicos), o que
demonstra a baixa sustentabilidade desses ecossistemas em condições de
fertilidade natural. Muito embora muitos produtores já produzam nessas áreas
há mais de 20 anos no sistema itinerante, ou seja, a presença de nutrientes
disponíveis a nutrição mineral de plantas está associada basicamente à
incorporação de nutrientes ao solo via queima de biomassa, e, ou, o reciclo
desses nutrientes efetuados pela vegetação (capoeira).
Os solos cultivados com mandioca, em sua maioria, são de textura
arenosa a média, condicionando baixos valores de CTC e predisposição,
“quando desnudos”, a maiores perdas por lixiviação e erosão. O que deve
condicionar a baixa retenção de P e rápida mineralização da matéria orgânica
do solo.
Os plantios visitados geralmente situam-se em relevo plano a suave
ondulado. Um fato positivo, pois não se recomenda o plantio em solos com
relevo movimentado, de vez que a mandioca é considerado uma das culturas
que mais expõe o solo erosão e conseqüentemente a processos de perda de
solo e nutrientes. A utilização da terra é feita de forma predominantemente itinerante. Em
sua maioria em áreas de capoeira usadas por diversas vezes, por período
muitas vezes superior a 20 anos. Eles utiliza normalmente o solo com o cultivo
de mandioca por um período que varia em média 3 anos, e abandona para a
formação de capoeira e conseqüentemente na melhoria das condições
químicas do solo.
As quantidades requeridas de corretivo (calcário) e fertilizantes para a
cultura da mandioca foram inferiores aos calculados para a cana-de-açúcar,
devido a esta última demandar mais recursos do solo em relação ao cultivo de
mandioca.
Recomenda-se uma caracterização mais detalhada das principais
classes de solo que ocorrem na área de estudo e que são utilizadas com
Excluído: nutrientes.
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
32
plantio de mandioca e cana-de-açúcar, de forma a fornecer subsídios técnicos
para a melhor utilização e manejo desses solos.
Acredita-se que na maioria das áreas levantadas a utilização de
mecanização agrícola não seja necessária, dada as condições físicas dos solos
mencionadas inicialmente. Mas somente a utilização de corretivos e
fertilizantes de forma a suprir as necessidades nutricionais da mandioca e
cana-de-açúcar. Além do uso de variedades produtivas e resistentes a pragas
e doenças, adaptadas as condições da região e, portanto, respaldada pela
pesquisa.
Mesmo com o uso de insumos e tecnologias, não se recomenda o
cultivo de mandioca em solos argilosos e cultivos sucessivos na mesma área.
Sendo aconselhável a prática da rotação de culturas, uma vez que a mandioca
utilizaria os nutrientes das lavouras anteriores e, em geral, as respostas ou
incrementos de produção à adubação são pequenos.
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
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5.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento
Ecológico e Econômico do Acre. Zoneamento ecológico-econômico: aspectos socioeconômicos e ocupação territorial. Rio Branco: SECTMA, 2000a. v.2, p.189-213. (Indicadores Econômicos)
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento
Ecológico e Econômico do Acre. Zoneamento ecológico-econômico. recursos naturais e meio ambientes. Clima. Rio Branco: SECTMA, 2000b. v.1, p.30-36.
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento
Ecológico e Econômico do Acre. Zoneamento ecológico-econômico. recursos naturais e meio ambientes. Vegetação. Rio Branco: SECTMA, 2000c. v.1, p.50-81.
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento
Ecológico e Econômico do Acre. Zoneamento ecológico-econômico. recursos naturais e meio ambientes. Solos e aptidão agroflorestal. Rio Branco: SECTMA, 2000d. v.1, p.37-49.
AMARAL, E.F., SOUZA, A.N. Avaliação da fertilidade de solo no sudeste
acreano: o caso do PED/MMA no município de Senador Guiomard. Rio Branco: EMBRAPAP/CPAF/AC, 1997. 32 p. (Documentos, 26).
ARAÚJO, E.A. Caracterização de solos e modificações provocadas pelo
uso agrícola no assentamento Favo de Mel, na região do Purus, Acre. Viçosa, MG: UFV, 2000. 118 p. Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas) - Universidade Federal de Viçosa, 2000. (No prelo).
CERQUEIRA, A.F. Estratificação de ambientes do município de Venda
Nova do Imigrante, ES. Viçosa, MG: UFV, 1996. 188p. Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas) – Universidade Federal de Viçosa, 1996.
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DE MINAS GERAIS –
CFSEMG. Recomendações para uso de fertilizantes em Minas Gerais (4a aproximação). Lavras, 1989. 176p.
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS –
CFSEMG. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais (5a. aproximação). RIBEIRO, A.C.R., GUIMARÃES, P.T.G., ALVAREZ V., V.H. (Editores). Viçosa, MG, 1999.
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
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CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
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CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
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Anexo 1 – Dados analíticos dos solos coletados
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA CPAF/ACRE - CENTRO DE PESQUISA AGROFLORESTAL DO ACRE LABORATÓRIO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DE SOLOS
Solicitante: SEAP/SEPRO Obs: amostras coletadas pelo solicitante
Tipo de cultura: Mandioca Data de Coleta:
15/02/2001
Local: Cruzeiro do Sul Data de Entrega:
05/04/2001
pH (1:2,5)
P K K Ca Mg Al H+Al C M.O SB t T V m
PROTOCOLO Profundidade H2O m/kg cmolc/dm m/kg -----------------cmolc/dm3 ----------- ----dag/kg ------ --------cmolc/dm3 ------- -----------% ----------
010091 0 - 20 4.6 7 0.1 40 0.5 0.4 0.8 4.7 1.34 2.282 1.0 1.8 5.7 17 44 010092 0 - 20 4.6 4 0.1 45 0.6 0.3 0.8 5.0 1.42 2.412 1.0 1.8 6.0 16 45 010093 20 - 40 4.3 2 0.1 45 0.4 0.1 1.8 5.5 0.86 1.462 0.6 2.4 6.1 10 75 010094 0 - 20 5.1 9 0.1 26 0.8 0.2 0.6 2.8 0.95 1.608 1.1 1.7 3.8 28 36 010095 20 - 40 4.8 1 0.2 87 0.4 0.1 1.1 3.9 1.08 1.838 0.7 1.8 4.6 15 62 010096 0 - 20 5.1 2 0.1 38 0.9 0.3 0.3 3.0 0.77 1.309 1.3 1.6 4.3 30 19 010097 20 - 40 4.6 1 0.0 16 0.4 0.1 1.4 4.2 0.96 1.638 0.5 1.9 4.7 10 74 010098 0 - 20 4.8 2 0.0 14 0.4 0.1 1.3 4.7 0.91 1.539 0.5 1.8 5.3 10 72 010099 20 - 40 4.8 0 0.0 17 0.3 0.1 0.7 2.8 0.55 0.934 0.4 1.1 3.2 12 64 010100 0 - 20 4.5 2 0.0 19 0.4 0.2 1.4 5.2 1.08 1.838 0.6 2.0 5.8 10 70 010101 20 - 40 4.5 1 0.1 25 0.4 0.1 2.0 5.3 0.64 1.087 0.6 2.6 5.9 10 77 010102 0 - 20 4.6 3 0.1 30 0.5 0.4 2.1 8.3 1.48 2.511 1.0 3.1 9.2 10 69 010103 20 - 40 4.5 1 0.1 21 0.3 0.2 2.8 7.3 0.90 1.531 0.5 3.3 7.8 6 85
CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E RECOMENDAÇÕES DE ADUBOS E CORRETIVOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE MANDIOCA (Manihot esculenta ) NO VALE DO JURUÁ - ACRE.
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Anexo 2. Recomendação de adubos e corretivos por produtor, para a profundidade de 0 a 20 cm Nome do produtor Município Ramal Necessidade de calagem (t/ha)1/
Adubação N, P2O5 e K2O (kg/ha) Mandioca Cana-de-açúcar Mandioca Cana-de-açúcar Wilson 1,3 2,4 40 80 40 60 120 120 Gadelha 1,4 2,6 40 80 20 60 120 90 Enoc Araújo (Área 1) 0,5 1,2 40 80 40 60 120 120 Enoc Araújo (Área 2) 0,4 1,3 40 80 40 60 120 120 Enoc Araújo (Área 3) 1,6 2,6 40 80 60 60 120 120 Aldeíde (Baixada) 1,7 2,9 40 80 60 60 120 120 Aldeíde (Topo) 2,7 4,6 40 80 60 60 120 120 1/ Método da saturação por bases
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