Caracterização Do Solo 2 - Copia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ANDERSON CLARICE FRIGGI TAVARES TÂNIA C. BARBOSA SOUZA RELATÓRIOS DOS ENSAIOS LABORATÓRIO DE SOLOS PARTE 1

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solos 2 de engenharia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO TECNOLÓGICO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

ANDERSON

CLARICE FRIGGI TAVARES

TÂNIA C. BARBOSA SOUZA

RELATÓRIOS DOS ENSAIOS LABORATÓRIO DE SOLOS PARTE 1

VITÓRIA

2014

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RELATÓRIOS DOS ENSAIOS LABORATÓRIO DE SOLOS PARTE 1

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de

Laboratório de Mecânica dos Solos do curso de

Engenharia Civil da Universidade Federal do

Espírito Santo, como requisito para avaliação.

Orientador: Sr. Prof. Patrício Pires

VITÓRIA

2014

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SUMÁRIO

1. CARACTERIZAÇÃO DO SOLO .....................................................4

2. GRANULOMETRIA..............................................................................................4

3. OBJETIVO............................................................................................................4

4. DESCRIÇÃO DO ENSAIO...................................................................................4

5. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS........................................................5

5.1. DADOS.............................................................................................................5

5.1.1. Determinação da umidade higroscópica da amostra..................................6

5.1.2. Determinação da massa seca de solo........................................................6

5.1.1. Peneiramento Grosso.................................................................................7

5.1.1. Peneiramento Fino......................................................................................7

6. INCERTEZAS E RESULTADOS INESPERADOS...............................................9

7. CONCLUSÃO.......................................................................................................9

8. LIMITES DE CONSISTÊCIA................................................................................9

9. OBJETIVO..........................................................................................................10

10. LIMITES DE LIQUIDEZ...................................................................................10

11. DESCRISÃO DE ENSAIO...............................................................................10

11.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS.............................................11

12. LIMITE DE PLASTICIDADE.............................................................................13

12.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO.........................................................................13

13. LIMITE DE CONTRAÇÃO................................................................................15

14. DESCRIÇÃO DO ENSAIO...............................................................................15

14.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS.............................................16

14.2. IINCERTEZA DOS RESULTADOS...........................................................17

15. MASSA ORGÂNICA........................................................................................18

16. OBJETIVO.......................................................................................................18

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17. EQUIPAMENTOS............................................................................................18

17.1. DESCRIÇÃO DO ENSAIO........................................................................18

17.2. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS.............................................19

1. MÉTODO DA BALANÇA HIDROSTÁTICA OU DA PARAFINA.........................20

18. OBJETIVO.......................................................................................................20

19. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS....................................................................20

19.1. DESCRIÇÃO DO ENSAIO........................................................................20

20. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS...................................................21

2. INCERTEZAS DOS RESULTADOS...................................................................23

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1. CARACTERIZAÇÃO DO SOLO

2. GRANULOMETRIA

Tendo em vista que a determinação da constituição granulométrica é uma

importante ferramenta no auxílio da classificação dos solos, descreve-se

suscintamente a seguir tal procedimento segundo a norma técnica brasileira NBR

7181/1984 “Solo – Análise Granulométrica”:

3. OBJETIVO

Obter a curva granulométrica para a amostra de solo ensaiada no laboratório.

4. EQUIPAMENTOS

Balança com sensibilidade de 0.01g e 0.1g;

Estufa;

Série de peneiras;

Almofariz e mão de gral;

Escovas de cerdas metálicas.

5. DESCRIÇÃO DO ENSAIO

Inicialmente, para a determinação da amostra de ensaio, seca-se o material

até a proximidade da umidade higroscópica, efetua-se o destorroamento

conforme prescreve a norma NBR6457/1981 (considerando que no

experimento em questão utilizou-se de secagem prévia da amostra) e em

seguida o quarteamento para homogeneizar e definir a porção amostral. Feito

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isso, eliminam-se os grãos de tamanho superior a 75mm no solo e toma-se a

massa de solo conforme ilustra a tabela:

Tabela 1 - Massa amostral x tamanho de grãosDimensão das maiores partículas contidas na

amostra (mm) Quantidade mínima a

tomar (kgf) > 25 10

5 a 25 5 < 5 1,5

Fonte: NBR 7181/1984

Em seguida, pesa-se a amostra e logo depois inicia-se o peneiramento

passando o solo na peneira nº10 (abertura de malha de 2mm), é

recomendado por norma efetuando-se destorroamento da amostra em cada

peneiramento, até a verificação visual do verdadeiro tamanho dos grãos.

Após, essa etapa determina-se a massa retida na peneira nº10 e desta fração

lava-se em água corrente com a baixa pressão, e retira-se a porção de finos

aderidos, logo após é levado para uma estufa a 105ºC - 110ºC, e finalmente

este matéria é retornado ao peneiramento grosso.

Para o material passante na peneira nº10, retira-se aproximadamente 120g

para o peneiramento fino e 100g para a aferição da umidade higroscópica

(mínimo de três amostras).

Finalmente, após a aferição da massa úmida da amostra destinada ao

peneiramento fino e calculada a umidade higroscópica do solo, deve-se lava-

la na peneira de 0,075 mm e seca-la em estufa.

Efetuados esses procedimentos têm-se as amostras preparadas para a

execução dos peneiramentos grosso e fino, bem como para a determinação

da umidade higroscópica da amostra.

Com esses dados é possível determinar as frações granulométricas do solo,

seu teor de umidade, traçar a curva granulométrica e consequentemente

determinar parâmetros de classificação inerentes à granulometria, o que se

pode verificar no tópico “Resultados”.

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6. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS

6.1. DADOS

Massa da amostra aferida para a passagem na peneira nº 10: 2000g

Massa das duas amostras destinadas à determinação da umidade

higroscópica

6.1.1. Determinação da umidade higroscópica da amostra

A umidade de cada uma das três amostras é definida pela expressão:

w=(Ps+Pt+Pa−(Ps+Pt ))

(Ps+Pt+Pa−Pt )X 100

O que resulta em:

Tabela 2-umidade higroscópica

Fonte: Laboratório de Mecânica dos Solos - UFESPs – Massa total de solo; Pa – Massa de água ; Pt – Massa da cápsula

w=3,83%

  Cápsula nº 127 110 Unidade

  Ps+Pt+Pa 28,18 30,56 g

  Ps+Pt 27,45 29,72 gP1 Pa 0,73 0,84 g  Pt 8,74 7,41 g

P2 Ps 18,71 22,31 g  Umidade (h) 3,90 3,77 %  Umidade Média 3,83 %

  Fator de Correção 0,96  

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6.1.2. Determinação da massa seca de solo

A partir do conhecimento da umidade da amostra, determina-se a massa inicial de

solo seco da seguinte maneira:

W TS=W R¿10¿+W P¿10¿

(1+w )

W TS :Peso desolo seco

W R¿10¿ :Pesode solo secoretido na peneira10∗¿

W P¿10¿ :Pesode soloúmido passantena peneira10∗¿

* Dados retirados do ensaio de peneiramento grosso

Logo, para o experimento em questão:

Tabela 3-Massa total seca ensaiadaAmostra + Recipiente 2.112,70 g

Recipiente 13,40 g

Amostra Total Úmida 2.099,30 g

Retida na Peneira nº 10 1.563,10 g

Passa na Peneira nº 10 536,20 gPassa na Peneira nº 10 Seca 516,40 g

Amostra Total Seca 2.079,50 gFonte: Laboratório de Mecânica dos Solos - UFES

W TS=199,88+1800,121+0,1147

W TS=¿1814,77 g

Esse valor deve ser corrigido com os dados do nosso ensaio

6.1.1. Peneiramento Grosso

A tabela a seguir ilustra as porções granulométricas de solo aferidas no

peneiramento grosso a partir da relação:

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% passante=100∗(Wts−Wi)/Wts

Wi :%retida acumuladaemcada peneira

6.1.1. Peneiramento Fino

Determinação da massa seca da amostra parcial destinada ao peneiramento fino –

antes de efetuada a lavagem na peneira de 0,075mm.

W s=W h−cápsula359

(1+w )

W s=153,52−14,10

(1+0,1147 )

W s=125,07 g

Tabela 4-Peneiramento fino

PeneiraMassa

Total (g)Massa

Peneira (g)

Material Retido% Total

que Passa

Abertura da malha Massa Retida

(g)

Massa que

passa (g)

%Parcial que

passa # mm

16 1,180 469,25 464,40 4,85 75,75 93,98% 23,34%30 0,600 435,87 429,12 6,75 73,85 91,63% 22,75%40 0,425 416,40 413,56 2,84 77,76 96,48% 23,96%60 0,250 398,47 393,32 5,15 75,45 93,61% 23,25%

100 0,150 401,83 397,51 4,32 76,28 94,64% 23,50%200 0,075 372,05 367,97 4,08 76,52 94,94% 23,58%

Massa Total 27,99Fonte: Laboratório de Mecânica dos Solos – UFES

A partir disso, determinam-se os valores de solo que passa nas peneiras do

ensaio de peneiramento fino e, consequentemente, da porcentagem passante em

relação à porção de solo seco da amostra parcial, conforme tabela a seguir:

Determinação do teor de finos da amostra:

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Com o valor da massa de solo seco antes de efetuar-se a lavagem na peneira

de 0,075mm para o peneiramento fino e o valor de solo seco depois de efetuada

essa lavagem, vem que:

Teor de finos : ¿

Teor de finos :(125,07−(63,53−14,10 ))/125,07

Calcculo do teor de finos foi feito???

Teor de finos : 60,5%

Por fim, é possível traçar a curva granulométrica do solo em questão:

Observa-se que os parâmetros, coeficiente de uniformidade e coeficiente de

curvatura não podem ser determinados de posse exclusiva dos dados do ensaio de

peneiramento, uma vez que esse não indica os valores do diâmetro efetivo (D10) e

nem mesmo o diâmetro D30.

7. INCERTEZAS E RESULTADOS INESPERADOS

No ensaio de granulometria, sobretudo na preparação das amostras, o material

está condicionado à inspeção visual do laboratorista. Dessa forma, é possível que,

mesmo com orientação normativa, encontrem-se resultados diferentes para uma

mesma massa de solo sujeita a manipulação de técnicos distintos, muito embora

uma análise qualitativa dos resultados obtidos possa diminuir as incertezas quanto a

essas discrepâncias. Além da preparação das amostras, outro procedimento que

colabora com o grau de incerteza é a incorreta calibração dos equipamentos de

medição.

No ensaio em questão, é possível notar na curva de granulometria que há um

ponto destoante à linha de tendência do gráfico. Como alternativa, descarta-se tal

ponto e aproxima-se essa região do gráfico por métodos estatísticos de interpolação,

ou até mesmo deve-se realizar outro ensaio, caso o resultado não seja satisfatório.

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8. CONCLUSÃO

O ensaio foi realizado parcialmente de modo que os dados obtidos não são

suficientes para a determinação do diâmetro das partículas.

9. LIMITES DE CONSISTÊCIA

No início do século XX, Atteberg estudou o comportamento dos solos

variando os teores de umidade e através de seus estudos elaborou um método

capaz de descrever as suas consistências, assim foi possível concluir que um solo

com teor de umidade muito baixo comporta-se como sólido e, quando o teor de

umidade é muito alto, o conjunto solo/água pode fluir como um líquido. Assim, o

comportamento do solo ficou dividido em quatro estados: sólido, semissólido,

plástico e líquido.

Os três limites determinado por Attebemg são:

Limite de contração: teor de umidade no qual ocorre a transição do

estado sólido para o semissólido;

Limite de plasticidade: teor de umidade no ponto de transição do estado

semissólido para o estado plástico;

Limite de liquidez: teor de umidade no qual o solo passa do estado

plástico para o estado líquido.

A elaboração destes ensaios seguiu as orientações das normas técnicas:

NBR 6459 – Limite de Liquidez, NBR 7180 – Limite de Plasticidade– Limite de

Contração.

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10. OBJETIVO

Obter os limites de liquidez, plasticidade e contração.

11. LIMITES DE LIQUIDEZ

O limite de liquidez foi concebido como o menor teor de umidade com que

uma amostra de um solo pode ser capaz de fluir

12. DESCRISÃO DE ENSAIO

O ensaio de Limite de Liquidez é realizado por meio de um aparelho de

Casagrande este é composto por uma concha de latão e uma base de borracha

rígida, A concha será preenchida com a pasta do solo que se deseja analisar,

depois, é feita uma ranhura no centro da amostra com o cinzel padronizado. A

concha deve ser golpeada contra a base a uma altura de 10 mm. O limite de liquidez

sera dado pelo teor de umidade necessário para fechar uma ranhura central após 25

golpes.

12.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS

Primeiramente, devem ser determinados os valores da massa de água,

massa de solo e umidade das amostras, para cada número de golpes. Os resultados

obtidos serão plotados num gráfico “Número de Golpes X Umidade”.

Os dados obtidos do ensaio, seguem na tabela abaixo:

Tabela 5 - Dados do ensaio de limite de liquidezNúmero de golpes 35 32 27 22 17Número da cápsula 089 103 084 101 076

Ps+Pc+Pa [g] 17,46 16,90 17,86 15,30 17,96Ps+Pc [g] 13,89 13,37 14,01 12,13 13,78

Peso da cápsula (Pc) [g]

6,86 6,62 6,89 6,61 6,92

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Peso de água (Pa) [g]Peso de solo (Ps) [g]

Umidade (%)

Para completar a tabela usam-se as relações abaixo:

Pa=(Pa+Ps+Pa) – (Pc+Ps)Ps=(Pc+Ps)−Pc

Umidade é definida como sendo a relação entre massa de água e massa de

solos seco, em porcentagem.

w (%)=PaPs.100

Com estes parâmetros calculados, pode-se completar a Tabela 1 e traçar

um gráfico Número de Golpes X Umidade, no qual o eixo das abcissas deve ser

traçado em escala logarítmica:

A fim de se exemplificar como foram obtidos os valores que acima estão,

tomaremos como base a cápsula 089. Os cálculos para as demais cápsulas são

análogos.

Pa=(Pa+Ps+Pa) – (Pc+Ps)

Pa=17,46 – 13,89

Pa=3,57 g

Ps=(Pc+Ps)−Pc

Ps=(13,89)−6,86

Ps=7,03g

Pela equação do gráfico, pode-se calcular o limite e liquidez determinando-

se o teor de umidade correspondente ao teor de umidade a 25 golpes.

¿=−0,5558×25+69,887

¿=55,99%

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13. LIMITE DE PLASTICIDADE

Este ensaio é simples e fácil de ser realizado. Uma massa de solo com certa

quantidade de água deve ser enrolada em formato elipsoidal sobre uma placa de

vidro utilizando-se as mãos. Este procedimento deve ser repetido até que se

observem rupturas no solo. Ao ser atingida esta condição, deve-se coloca-lo em

uma capsula a fim de ser determinado o teor de umidade correspondente. Todo este

processo deve ser refeito para que se obtenham, ao menos, três resultados.

13.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO

O LP é dado como a média das umidades dos cilindros considerados, em no

mínimo três determinações. Além disto, a diferença entre o maior e o menor valor de

umidade deve ser menor ou igual a 5 %, abaixo os dados obtidos no ensaio.

Tabela 6 - Limite de plasticidadeCápsula Nº (L) 20 3 19 21Massa da Tara + Solo + Água (g) Ps+ Pt + Pa 5,56 5,80 5,40 5,16Massa da Tara + Solo (g) Pt + Ps 5,35 5,52 5,20 4,99Massa da Água (g) Pa 0,21 0,28 0,20 0,17Massa da Tara (g) Pt 4,60 4,61 4,50 4,42Massa do Solo Seco (g) Ps 0,75 0,91 0,70 0,57Umidade (%) 28,00 30,77 28,57 29,82

Tabela 7-- Medias das umidades obtidas no ensaioLimite de Plasticidade

Média das Umidades (%) 29,11

Tabela 8 - Maior valor de umidade obtidoUmidade (%)

Maior Valor Menor Valor Diferença30,77 28,00 2,77

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Os cálculos da massa de água, massa de solo e umidade são feitos da

mesma forma que no limite de liquidez. Sendo assim, estes cálculos não serão

refeitos aqui neste item.

Com a tabela completa, o LP pode ser determinado:

LP=15,91+16,87+13,92+26,194

LP=18,22%

∆ w=26,19−15,91=10,28%>5%

Como esta diferença não cumpre a recomendação da NBR 7180, então o ensaio

teve sua verificação reprovada.

Gráfico 1 - Relação entre o número de golpes no aparelho de Casagrande e a umidade

10 15 20 25 30 35 40 4547.00

48.00

49.00

50.00

51.00

52.00

53.00

54.00

Número de Golpes x Umidade

Series2Logarithmic (Series2)

Nº de Golpes

Umid

ade

(%)

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17

14. LIMITE DE CONTRAÇÃO

O limite de contração é o teor de umidade abaixo do qual o solo não ira se contrair

mais, mesmo que continue a perder umidade.

15. DESCRIÇÃO DO ENSAIO

Tomar cerca de 50 g do material que passa na peneira 40 (de uma amostra

homogênea);

Determinar o volume da cápsula de contração(V1) enchendo-a de mercúrio,

removendo o excesso por pressão da placa de vidro contra a face superior da

cápsula, e medindo o volume de mercúrio que a encheu, na proveta graduada

de 25 cm3 ;

Colocar a amostra na bacia de porcelana e misturar lentamente água

suficiente para saturar o solo, até obter massa fluida, homogênea, facilmente

manipulável com a espátula e sem apresentar inclusão de Bolhas de ar;

Lubrificar com vaselina ou óleo apropriado as paredes da cápsula de

contração, de modo a impedir aderência do corpo de prova. Colocar no centro

da cápsula de contração aproximadamente 1/3 do volume do solo necessário

para enchê-la, batendo-a, em seguida, de encontro a uma superfície firme, de

modo que o solo ocupe todo o fundo. Repetir por mais duas vezes esta

operação, enchendo completamente a cápsula de contração, de forma a obter

uma superfície plana de solo. Em todo o processo sempre evitar formação de

bolhas de ar;

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18

5. Secar ao ar até sensível mudança de tonalidade, deixando depois em

estufa a 105 o C-110 o C até constância de peso;

Determinar, com aproximação de 0,1g a massa do solo seco contido na

cápsula de contração (M2);

Determinar o volume da pastilha seca da seguinte forma: colocar na cápsula

de porcelana a cuba de vidro, cheia de mercúrio, removendo o excesso por

aplicação da placa com pinos;

retirar a pastilha da cápsula de contração, colocando-a cuidadosamente sobre

o mercúrio, na cuba; fazer pressão com a placa de vidro, de modo que os três

pinos obriguem a pastilha imergir inteiramente no mercúrio, como na figura 2,

medindo na proveta de 25 cm3 ;

o volume de mercúrio deslocado pela pastilha, que deverá ser anotado como

volume de solo seco (V2);

Evite a permanência de ar entre a placa de vidro e a pastilha.

15.1. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS

Calcula-se o limite de contração pela seguinte fórmula:

LC=(V 2

P1− 1γ S ) ∙100 (%)

Os dados obtidos em laboratório estão mostrados a seguir:

LIMITE DE CONTRAÇÃODeterminação 1 2 3

Peso de solo seco (P1) [g] 18,34 18,24 18,11Volume solo seco (V2) [cm³] 14,36 13,46 13,67

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Densidade dos grãos (s) [g/cm³] 2,68 2,68 2,68Volume de solo úmido [cm³] 15,10 14,58 14,47

Limite de Contração (LC)Peso do mercúrio 194,51 182,28 185,19

Densidade do mercúrio 13,55 13,55 13,55

Tabela 5 - Dados do ensaio de limite de contração

Calcula-se então o LC das amostras:

LC 1=( 14,3618,34− 12,68 )∙100=41,04%

LC 2=( 13,4618,24− 12,68 )∙100=36,52%

LC 3=( 13,6718,11− 12,68 ) ∙100=38,23%

Fazendo a média temos:

LC=38,59%

15.2. IINCERTEZA DOS RESULTADOS

Os resultados de cada ensaio aqui apresentados devem ser analisados com

prudência, observando possíveis inconsistências, que podem ser causadas a fatores

relacionados ao operador e ao equipamento. Entre outros, podemos citar:

Destorroamento feito de maneira não adequada;

Amostra armazenada de forma errônea, permitindo entrada de

umidade, por exemplo;

Utilização de água não destilada, o que influencia no comportamento

do material devido à presença de sais;

Má calibração de equipamentos, como o Aparelho de Casagrande;

Homogeneização mal executada.

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16. MASSA ORGÂNICA

Esse ensaio é realizado para determinar o teor de matéria orgânica nos solos,

através da queima em mufla, à temperatura de (440 + 5) º C, do material

previamente seco em estufa, a temperatura de 105ºC a 110ºC, segundo especifica a

NBR 16600.

17. OBJETIVO

Obter o teor de matéria orgânica nos solos segundo a NBR 16600

18. EQUIPAMENTOS

Equipamentos e utensílios descritos abaixo:

Estufa (105º a 110º) C;

Mufla (440º + 5º) C;

Cadinho de porcelana (100 ml);

Dessecador contendo sílica gel;

Balança;

Pinça metálica, espátula e papel alumínio.

18.1. DESCRIÇÃO DO ENSAIO

Por quarteamento obter uma amostra da ordem de 100g, logo depois

determinar a massa do cadinho de porcelana vedado com papel alumínio.

Homogeneizar a amostra e colocar cerca de no mínimo 50g no cadinho;

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A espessura do material no cadinho não deve ultrapassar 3cm;

Colocar o cadinho com amostra em estufa à temperatura de 105° a 110° por

no mínimo 24 horas até apresentar constância de massa. Nesta etapa não

deve ser colocado o papel alumínio.;

Retirar o cadinho da estufa com auxílio de pinça, vedar com papel alumínio e

colocar no dessecador onde deve permanecer até atingir temperatura

ambiente. Registrar a massa do conjunto.

18.2. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS

Determinando:

MO = Teor de Matéria Orgânica

Tara = Cápsula

Sendo o cálculo do teor de matéria orgânica se dá pela fórmula abaixo:

MO = (1 - B/A) *100

Onde:

MO – Teor de matéria orgânica em %;

A – Massa da amostra seca em estufa (temperatura 105º a 110ºC);

B – Massa da amostra queimada em mufla à temperatura (440º + 5º) C;

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1. MÉTODO DA BALANÇA HIDROSTÁTICA OU DA PARAFINA

O ensaio consiste em impermeabilizar um torrão de solo indeformado com parafina,

e através de uma balança hidrostática determinar o peso específico aparente, deste

torrão baseando-se no Princípio de Arquimedes.

19. OBJETIVO

Determinar peso especifico aparente natural de uma amostra de solo pré-

estabelecida através do uso de parafina e pesagem hidrostática.

20. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Amostra indeformada de solo; Recipiente com parafina fundida; Recipiente com água; Fio dental (pois o mesmo possui peso desprezível); Balança com dispositivo para pesagem hidrostática; Espátula de aço.

20.1. DESCRIÇÃO DO ENSAIO

Talhar manualmente a amostra de solo deixando-a com forma arredondada,

com diâmetro não inferior a 3 cm, e com superfície regular, sem provocar a

alteração da sua estrutura natural, preparando -se assim o corpo de prova.

Determinar o peso do corpo de prova (P1), com resolução de

0,01gf.

. Amarrar o corpo de prova com ao fio dental e impermeabilizar a sua

superfície, mergulhando-o na parafina fundida, e determinar o peso do corpo

de prova parafinado (p2), com resolução de 0,01gf.

Após o resfriamento do corpo de prova parafinado, determinar o seu

peso quando submerso em água (p3), utilizando a balança hidrostática, com

resolução de 0,01gf ,

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Obs.: para o parafinamento amarar o corpo de prova com ao fio dental e

impermeabilizar a sua superfície, mergulhando-o na parafina fundida, e determinar o

peso do corpo de prova parafinado (p2), com resolução de 0,01gf.

21. MEMÓRIA DE CÁLCULO E RESULTADOS

Três amostras diferentes de solo foram obtidas para teste, e os pesos

aferidos estão relacionados na tabela a seguir:

Tabela 9- Dados iniciais das amostras indeformadasRegistro amostra Amostra 387 Amostra 000Tara cápsula 46,06 36,25W1 (g) Peso do torrão natural 76,07 33,3W2 (g) Torrão + parafina 80,82 36,13W3 (g)Torrão + parafina submerso 12 7,6

É preciso determinar:

- o peso da parafina envolvendo o torrão (Wp);

W p=W 2−W 1

- o volume da parafina envolvendo o torrão (Vp), sendo que o peso específico da

parafina é fornecido;

V p=W p

γ p, ondeγ p=0,89 g /cm3

- o peso da água deslocada (Ww);

W w (deslocada )=W 2−W 3

- o volume do torrão + parafina (V t+p), sendo que à temperatura T = 25°C, o peso

específico da água é dado;

V t+p=W w

γw, ondeγw=0,9971 g/cm

3à temp .de25 ° C

- o volume do torrão de solo (Vt).

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V t=V t+p−V p

É necessário também calcular os teores de umidade das amostras. Os resultados a

seguir apresentam os pesos das amostras de solo antes e após secagem em estufa:

Tabela 10 - dados das do solo úmido e do solo secoRegistro amostra Amostra 387 Amostra 000Tara cápsula 46,06 36,25Tara + solo úmido + água - M1 (g) 81,14 53,24Solo seco + Tara - M2 (g) 78,14 51,66w (%) Teor umidade 9,351620948 10,25308241

Capsula378→w=81 ,14−78,1478,14−46,06

×100∴w=9,35%

Capsula000→w=753,24−51,6651,66−36,25

×100∴w=10,25%

Tabela 11 - Resultados do método da parafina

Aplicando os valores encontrados à equação a seguir, o peso específico aparente do

solo é determinado.

γ t=W 1×100

(100+w )×V t

Registro amostra Amostra 387 Amostra 000Tara cápsula 46,06 36,25W1 (g) Peso do torrão natural 76,07 33,3W2 (g) Torrão + parafina 80,82 36,13W3 (g)Torrão + parafina submerso 12 7,6Wp (g) Parafina 4,75 2,83Vp (cm³) - Vol. Parafina 5,337078652 3,179775281Ww (g) Deslocada 68,82 28,53Vt+p (cm³) -volume do torrão + parafina 69,02015846 28,61297764Vt (cm³) Volume do torrão 63,68307981 25,43320235Tara + solo úmido + água - M1 (g) 81,14 53,24Solo seco + Tara - M2 (g) 78,14 51,66w (%) Teor umidade 9,351620948 10,25308241peso especifico aparente do solo 1,092355835 1,187551484

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Amostra01→γt=76,07×100

(100+9,35 )×63,68∴ γ t=1 ,092g /cm3

Amostra02→γt=33,3×100

(100+10,25 )×25 ,433∴ γt=1 ,187 g /cm3

2. INCERTEZAS DOS RESULTADOS

Apesar da aparente precisão dos resultados, este ensaio apresenta

incertezas, assim é importante relatar alguns fatores que podem ter acarretado

incertezas e erros. os mais prováveis são:

Talhamento de forma errada do solo, levando a compactações indesejáveis;

Compactação indevida do torrão de solo;

Mal procedimento de impermeabilização do solo pela parafina, deixando

falhas por onde possa penetrar água, este não foi verificado pois é perceptível

ao realizar o ensaio devido ao aumento de peso da amostra.

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