CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEMOLÓGICA …47cbg.com.br/apresentacoes/PAP016061.pdf · Opala-C...
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L UI Z A RO DRI G UES RO CHA
O R I E N TA D O R : D R . J U R G E N S C H N E L L R AT H
C O - O R I E N TA D O R A : P R O F. D R A . C Í C E R A N E Y S I D E A L M E I D A
CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E GEMOLÓGICA
DAS OCORRÊNCIAS DE OPALA VERDE NA REGIÃO DE
BOA NOVA, BAHIA.
Universidade Federal do Rio de JaneiroCCMN / Instituto de Geociências
Departamento de Geologia CBG 2014 - Salvador
Opalas amorfas
Opalas – AG: Opala preciosa, precipitação de sílica gel (G) com jogo de cores, causado pela difração da luz branca em um pacote ordenado de nanoesferas de sílica amorfa.
Opalas – AN: Hialita, vidro (N: network) de sílica, produto de sublimação vulcânica
Opala-C e -CT
Opalas – CT: Opala com cristalização incipiente, apresentando picoscaracterísticos de cristobalita e tridmita. Formada a baixas temperaturas e associadas a vulcanismo.
Opalas – C: Opala mais cristalina, com picos de cristobalitamais definidos, formada a temperaturas mais elevadas e igualmente associadas a vulcanismo.
Espectroscopia UV/VIS/NIR
Opala verde escura
Cromo e ferro em valores equivalentes, valores de níquel elevados.
Espectroscopia UV/VIS/NIR
Opala verde maçã
Níquel como elemento principal, ferro e cromo praticamente ausentes.
Espectroscopia UV/VIS/NIR
Opala verde amarelada
Valores de ferro e níquel equivalentes, cromo ausente.
Conclusão
As opalas extraídas em Boa Nova não são consideradas puras, pois contêm inclusões e/ou apresentam intercrescimento com outros minerais. As três principais fases encontradas, detectáveis na difração de raios-X, foram: calcedônia, saponita/paligorskita e serpentina. A presença destas fases prejudicam a leitura dos índices de refração, aumentam os valores das densidades, causando maior dispersão dos dados no gráfico de correlação n x D.
A difração de raios-X e análise dos valores de índice de refração e densidade indicam se tratar de opalas-CT. A partir dos valores de índice de refração é possível estimar um teor médio de água entre 6% a 7%, muito próximo do valor obtido por Cassedane (1975) de 7,33% (perda ao fogo).
A fluorescência de raios-X revelou a presença de diferentes elementos de transição responsáveis pela cor verde das opalas e suas diferentes tonalidades: níquel, ferro e cromo. A relação entre estes três elementos com as diferentes tonalidades das opalas (verde escuro, verde maçã e verde amarelado) ficou evidente.
Conclusão
Foram registrados, pela primeira vez, espectros de absorção no UV/VIS/NIR, que permitiram tirar algumas conclusões sobre as causas de cor das opalas de Boa Nova, que corroboram com os resultados das análises químicas.
E, finalmente, empregando o microscópio eletrônico de varredura, com EDS acoplado, foi possível observar a presença de diversas fases como inclusões ou intercrescimento com a opala. São elas: calcedônia, filossilicatos diversos, dentre os quais destacamos a nontronita e a saponita/paligorskita, a cromita e a faialita. Muitas destas fases contêm elevados percentuais de ferro e cromo, mas não o elemento níquel. Supõe-se que o níquel ocorra de forma mais dispersa na opala, possivelmente na forma de nano-inclusões, frequentemente relatadas em opalas.