CARAVANA BRASIL - Ministério Turismo · 2013-12-01 · Caravana Brasil Nacional 6 Caderno de...

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Viagem PI CADERNO DE AVALIAÇÃO CARAVANA BRASIL PALMAS E JALAPÃO TO 13 a 17 de maio de 2009

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Viagem PI

CADERNO DE AVALIAÇÃO

CARAVANA BRASIL

PALMAS E JALAPÃO – TO 13 a 17 de maio de 2009

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Avaliação Tocantins

MINISTÉRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira Júnior, Secretário

Departamento de Promoção e Marketing Nacional Márcio Nascimento, Diretor Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Apoio à Comercialização

SEBRAE NACIONAL – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Diretor-Presidente

Diretoria de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos, Diretor

Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor

Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Ricardo Guedes, Gerente Aryanna Nery Dival Schmidt Germana Magalhães Lara Franco Valéria Barros

BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Eduardo Barbosa – Presidente Monica Eliza Samia – Diretora Executiva Daniela Sarmento – Coordenadora Geral Leandro Queiroz – Supervisor Técnico Marina Telles – Equipe Técnica Nivea Lima – Equipe Técnica Roberta Giglio – Equipe Técnica

Consultores Eduardo Cecchini José Cordeiro Rafael Andreguetto Rosier Saraiva Oficina de Hospitalidade Alessandro Rodrigues Pinto Ana Laura Ravagnani Simone Scorsato

Articulador local Aldina Batista

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ÍNDICE

Caravana Brasil_____________________________________05

Palmas e Jalapão ___________________________________07

Oficina de Capacitação ______________________________08

Viagem Técnica ____________________________________12

Avaliação Destino __________________________________15

Hospitalidade __________________________________18

Produtos e Serviços _____________________________24

Público Alvo ___________________________________27

Promoção e Comercialização _____________________29

Encontro de Negócios ______________________________33

Considerações Finais ________________________________35

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CARAVANA BRASIL O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003, tem como principal meta incentivar a comercialização de novos produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. Com isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450 destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e internacional, além da imprensa. A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o SEBRAE firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana Brasil Nacional, que segue as mesmas linhas conceituais do projeto original. Busca, no entanto, incorporar novas características a fim de se adaptar com mais eficiência ao mercado atual. Dessa forma, o projeto realiza: 1- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os participantes conhecem destinos e produtos turísticos e também visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor; 2- Viagens com Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os destinos já comercializados; 3- Viagens com Operadoras de Turismo, nas quais os participantes conhecem novos destinos com a finalidade de diversificar sua “cesta de produtos”. A Caravana Brasil Nacional promove ainda: 1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo, bem como adequar seus produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece durante a viagem precursora em que representantes do projeto visitam o destino para a validação do roteiro final. 2- Encontros de Negócios, que são encontros entre Operadoras de Turismo, Representantes Institucionais e Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as viagens com Operadoras de Turismo.

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3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação do destino de forma diferenciada para Operadoras e Agentes. Esta ação acontece durante as viagens entre Operadoras de Turismo e Agentes de Viagem. 4- Encontros para Apresentação dos Resultados das Avaliações, que constituem um retorno ao destino das avaliações feitas pelos Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo. Esta ação acontece em um evento previsto para aproximadamente um mês depois da viagem. O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações, desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um importante gerador de divisas do país.

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Fonte: Viagem Tecnica / maio 2009 Fotógrafo: Manoel Junior.

TOCANTINS – PALMAS E JALAPÃO

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Durante a viagem precursora ao destino foi realizada a Oficina de Capacitação para os empresários locais. O foco central da oficina é a preparação dos fornecedores locais para o Encontro de Negócios, bem como, propiciar a todos os participantes por meio de exercícios e dinâmicas de integração, reflexão sobre a hospitalidade do destino, o turista e suas expectativas, produtos e segmentos e as possíveis ferramentas de promoção, comercialização e distribuição do produto turístico.

Fonte: Capacitação / Fevreiro 2009. Foto: Simone Scorsato.

A Oficina de Capacitação foi realizada na cidade de Mateiros no Jalapão, tendo a participação de representantes de empresas e de instâncias de governança local. Ao todo participaram 46 pessoas de diferentes setores empresariais conforme tabela abaixo:

OFICINA DE CAPACITAÇÃO

18 de fevereiro de 2009

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Empresas e Instituições - Oficina de Capacitação

Nome da Empresa Representante

1

(ACAPPM) Associação Comunitária de Pequenos Produtores de Mateiros Maria Júlia dos Santos

2 ADTUR. Antônio Dias

3 ADTUR. Francisco Pereira

4 ADTUR. Kleiryanne Aguiar

5 ADTUR. Mayna Bezerra

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Associação de Capim Dourado da Comunidade de Mumbuca. Dalmaciano da Silva

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Associação de Ponte Alta do Tocantins. Wagner de Albuquer

8 Associação: ASAS. Adilson Terra.

9 Atrativo Dunas. Abenita de Sousa

10 Cachoeira da Formiga. Joséda Silva

11 Camping. Vicente de Oliveira

12 Casa de Caboclo. Darlan Soares

13 CEDEA/PARANÁ/CTRA. Newton Sponuoll

14 Condutor Ambiental. Alessandro Machado

15 Condutor Ambiental. Claudemir de Sousa

16 Condutor Ambiental. Dalmo Filho

17 Condutor Ambiental. Emivaldo Cunha

18 Condutor Regional. Joni Junior

19 Condutora Ambiental. Aldina Batista

20 Condutora Ambiental. Ilana da Silva

21 Condutora Ambiental. Sirlene Matos

22 Condutora Ambiental. Valdelice da Silva

23 Conselho do Pej. Fátima Costa

24

Diretoria de Turismo e Meio Ambiente. Ana Cláudia Silva

25 Lanchonete Carioca. Ilciléia Maia Ramos.

26 Lanchonete e Pizaria Carioca. Dázio Ramos

27 Nortetur. Guia Regional. Flávio Ribeiro

28 Panela de Ferro. José Roberto Tartilas

29 Parque Estadual do Jalapão. Cassiana Moreira

30 PEJ: Condutor. Emivaldo Campos

31 PEJ: Naturatins. Jailma Soares

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32 Pousada Buritis do Jalapão. Júlio Mokfa

33 Pousada da Antônia. Antônia da Silva

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Pousada e Restaurante Vereda Tropical. Brígida Ferreira.

35 Pousada Galhão Gilmar Sousa

36 Pousada Galhão. Ana Cléia Soares

37 Restaurante da Dona Rosa. Maria Rosa Sousa

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Restaurante e Pousada Capim Dourado. Nilton Luiz Moura

39 Restaurante Rancho 21. Rozimar Oliveira

40 Roteiros Receptivos. Marcelo Perim

41 Roteiros Receptivos. Marcos Aurélio Borges

42 SEBRAE/TO. Izana Alves

43 SEBRAE/TO. Rogério Marcos

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Secretaria de Turismo e Meio Amb. Eduardo Gomes

45 Sorveteria Pinguim. Marcos Antônio Santos

46 Turismólgo. Diego Sommer

Na Oficina de Capacitação foram desenvolvidos três tipos de exercícios:

Exercício 1: Análise do destino nos aspectos da Hospitalidade.

De preenchimento individual, este exercício possui o objetivo de avaliar elementos e características do destino que possam representar indicadores de hospitalidade do lugar. Cada participante avaliou por meio de notas o nível de excelência para elementos/situações e/ou serviços que representem a grau de hospitalidade do lugar.

Valores de referência 3 – Indicadores na média considerados excelentes (ótimo). 2 – Indicadores na média considerados satisfatórios (bom). 1 – Indicadores na média considerados pouco adequados (regular). 0 – Indicadores na média considerados insuficientes, inexistentes ou ruins. (ruim).

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Exercício 2: Análise de produto, mercado e segmento.

Exercício em grupo que tem por objetivo identificar na percepção dos empresários locais quais são os produtos mais importantes no destino e para qual público é oferecido. Os grupos devem avaliar por meio de valores de referência o grau de excelência do produto.

Exercício 3: Elaboração de tarifário.

Ao final da oficina orienta-se que os empresários da hotelaria e de receptivos locais se reúnam para debater a construção de um roteiro com preços de tarifa operadora. Os resultados destes exercícios são analisados de maneira comparativa com a avaliação dos operadores ao final da Viagem Técnica, conforme demonstrado neste caderno no item: Avaliação do Destino.

Valores de referência 3 – Excelente: ótima qualidade de serviços e estrutura ofertada ao turista, superando a expectativa do cliente. 2 – Bom: estrutura e serviços funcionais e de qualidade no atendimento das necessidades dos turistas. 1 - Regular: estrutura e serviços atendem de maneira regular as expectativas dos turistas. 0 – Precário: insuficiência e/ou deficiência nos serviços prestados/apresentados para seu uso turísticos.

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A viagem técnica aconteceu seguindo o seguinte roteiro: 13 de maio (quarta-feira)

Palmas –Transfer de chegada aeroporto de Palmas (aeroporto / hotel).

– Check in Pousada dos Girassóis. – Almoço com visita técnica na Pousada dos Girassóis.

– City tour em Palmas.

–Visita técnica nos hotéis: Vitória Plaza, Casa Grande e Pousada das Artes. –Passeio de barco Praia da Graciosa para ver pôr do sol. –Jantar de Recepção ADTUR - Restaurante Cabana do Lago. –Pernoite.

Fonte: Viagem Tecnica / maio 2009 Fotógrafo: Manoel Junior.

14 de maio (quinta-feira)

Mateiros – Café da manhã no hotel e Check-Out.

– Transfer Palmas / Mateiros.

VIAGEM TÉCNICA PALMAS E TOCANTINS

13 a 17 de maio de 2009

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– Fazenda Progresso (Sr. Antonio) – lanche. – Visita a Cachoeira da Velha com trilha.

– Visita às Dunas para o pôr do sol. – Check In Pousada dos Buritis em Mateiros.

– Jantar - Pousada dos Buritis.

Fonte: Viagem Tecnica / maio 2009 Fotógrafo: Manoel Junior.

15 de maio (sexta-feira)

Mateiros – Café da manhã e visita técnica com almoço: Sáfari Camping Korubo. – Encontro de Negócios (14h às 18h) Centro de Atendimento ao Turista. – Visita técnica com jantar - Pousada Vereda Tropical.

Fonte: Viagem Tecnica / maio 2009 Fotógrafo: Manoel Junior.

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16 de maio (sábado) Mateiros – Trilha da Serra do Espírito Santo (saída 05h:30). – Café da manhã na Pousada dos Buritis.

– Visita comunidade quilombola Mumbuca.

– Almoço e visita técnica - Pousada Panela de Ferro.

– Visita ao Fervedouro e Cachoeira do Formiga. Jantar - Pousada dos Buritis. 17 de maio (domingo)

Mateiros / Ponte Alta/ Palmas – Café da manhã e Check Out.

–Transfer Mateiros / Ponte Alta do Tocantins.

– Visita técnica com almoço - Pousada Águas do Jalapão.

– Transfer Ponte Alta do Tocantins / Palmas (aeroporto).

PARTICIPANTES – Operadoras de Turismo

EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF

Andarilho da Luz Cirlene do Rego Belo Horizonte/MG

Brasilian Incentives & Tourism

Marcia de Alencar Rio de Janeiro/RJ

Compass Brazil Elaine Mello Rio de Janeiro/RJ

Del Bianco Tour Operator

Roberta Fraga Rio de Janeiro/RJ

Easygoing Diane Dumas São Paulo/SP

Freeway Brasil Hian Callegari São Paulo/SP

Nascimento Turismo Maria Elisa Festino

São Paulo/SP

Pisa Trekking Luís Morales São Paulo/SP

Terra Brasilis Miguel Lopes Niterói/RJ

Viagens Visual Eliseu Thomae São Paulo/SP

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AVALIAÇÃO DO DESTINO As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais (fornecedores) sobre seu destino. No decorrer da viagem técnica os operadores foram convidados também a opinar sobre questões similares às apresentadas na Oficina. Esta metodologia possui como objetivo propiciar, quando possível, referenciais de comparação entre estes dois olhares (fornecedor x operadores). Os indicadores possíveis de análise comparativa se referem à hospitalidade do destino, especificamente, a acesso, identidade (diversidade de oferta para os operadores/agentes), legibilidade, hospitalidade comercial (atendimento e prestação de serviços para os operadores/agentes), notoriedade (ações de comercialização). Para melhor compreensão estes indicadores possuem em seu conceito as seguintes definições: Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com que o destino e seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos transportes turísticos, estado de conservação de estradas e (se houver) portal turístico, etc. Legibilidade caracteriza a facilidade com a qual as partes da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e organizadas de acordo com uma imagem coerente. A cidade torna-se mais hospitaleira na medida

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em que o usuário a “lê” com mais facilidade e nesta questão se incorporam a análise do desenho urbano, a orientação e a sinalização, a existência de espaços públicos como praças, áreas de lazer e a conservação destes espaços. O item identidade está relacionado ao grau de experiência que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos hábitos, costumes, história e memória do lugar, bem como, se os prestadores de serviço e a comunidade local valorizam e incorporam os aspectos históricos e culturais naquilo que oferecem aos turistas. Por hospitalidade comercial analisou-se a diversidade e a qualidade na prestação de serviços turísticos, ou seja, a possibilidade do destino de possuir uma gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados aos turistas, onde também se insere a qualificação de mão obra local, as ações cooperadas entre os empresários locais e a política comercial destes prestadores de serviços para com empresas do setor de agenciamento e transporte. Já por notoriedade, considera-se o grau de conhecimento do destino pelo mercado, além das ações que objetivam levar informação qualificada ao mercado e ao turista como à comunicação virtual, participação em feiras, existência de roteiros promocionais, etc. De forma detalhada como citado nos conceitos acima os fornecedores locais avaliaram seu destino, já o operador/agente analisou estes tópicos de maneira mais objetiva.

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Para comparar estes dois olhares, a tabulação dos instrumentos de avaliação teve como referência os critérios (médias) conforme tabela abaixo:

Operadores e agentes Fornecedores (média)

Ótimo acima de 2,25

Bom de 1,5 à 2,25

Regular de 0,75 à 1,49

Ruim abaixo de 0,75

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Hospitalidade A avaliação feita na oficina de capacitação entre os fornecedores do destino possibilitou caracterizar a hospitalidade, tendo esta avaliação uma média geral de 1,14 – REGULAR. O indicador que teve maior destaque foi o referente a identidade local com 1,66, considerado uma avaliação “BOA”. Os itens que obtiveram menor índice foram o acesso com 0,69, legibilidade com 0,87 e hospitalidade comercial com 1,08. Estas notas refletem que o destino, no olhar dos fornecedores locais necessita melhor se estruturar para bem receber seus visitantes.

Na viagem técnica participaram 10 operadoras. Foram avaliados como destinos a cidade de Palmas e a região do Jalapão.

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O acesso a Palmas teve seis indicações de “ÓTIMO” e quatro de “BOM”, já o acesso até o Jalapão não obteve boas avaliações, considerado por quatro participantes como ”RUIM”, cinco “REGULAR” e somente um “BOM”. Cabe destacar que o acesso até o Jalapão se dá por meio de estradas de terra e como os atrativos e as cidades de apoio (Mateiros, Ponte Alta) são distantes, a avaliação do acesso incorporou necessidades como pontos de apoio, sistema de comunicação e segurança, conforme comentários dos participantes:

“As estradas ruins fazem parte da eco-aventura e são até um “charme” para o negócio, porém não pode faltar rádio comunicadores”. “Acessibilidade aos atrativos no Jalapão: são distantes e as vias de acesso não se encontram em boa qualidade”.

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A legibilidade teve avaliação “ÓTIMO” e “BOM” para a cidade de Palmas. No Jalapão, a legibilidade, obteve 7 citações de “BOM”, 2 avaliações de “REGULAR” e uma de “RUIM”. Cabe destacar que por legibilidade entende-se também sinalização e orientação e, como o território que abrange a região do Jalapão é extenso e com atrativos distantes um do outro a orientação deve ser feita por meio de placas de sinalização, as quais, são insuficientes na região.

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Em relação à identidade, o Jalapão obteve melhores avaliações do que Palmas, tendo 4 indicações de “ÓTIMO” e 4 de “BOM”, já Palmas teve 6 indicações de “BOM” e 3 de “REGULAR”. Os dois destinos tiveram uma indicação para “RUIM”. Como o estado do Tocantins foi criado em 1989 e teve um processo de ocupação por migrantes de outras regiões, este fato justifica a compreensão de tais avaliações, ou seja, um território ainda novo e que precisa reforçar sua identidade. Neste sentido, o Jalapão teve a avaliação do caráter identidade destacado por conta do artesanato de Capim Dourado e por sua diversidade natural. Principais comentários dos participantes sobre este tema:

“Jalapão: beleza natural, com locais que facilmente se tornam símbolo do destino. A variedade de suas atrações que possibilita estadia por pelo menos 3 dias na região e com atividades distintas neste período”. “Artesanato de Capim Dourado: é o cartão postal do destino”.

No que tange ao atendimento (considerado aqui como a cordialidade, a qualidade de atendimento dos hotéis, passeios e demais equipamentos visitados) e a prestação

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de serviços ao turista, Palmas teve avaliação positiva, com 7 indicações de “BOM” e 3 indicações de “ÓTIMO”. Já o Jalapão, além de apresentar indicações de “ÓTIMO” e “BOM” apresentou também 4 indicações de “REGULAR”. Especificamente neste caso os comentários se resumiram na prestação de serviços:

“No Jalapão, grande carência de informação, preparo para lidar com fornecedores e também turistas. Falta qualificação, capacitação técnica. Tudo é feito no “instinto”. “Estrutura hoteleira: tanto em Palmas quanto no Jalapão, mas sobretudo, no Jalapão: ajustes em detalhes de acabamento, apresentação/estética e higiene”. “Serviços locais pouco preparados para atender um turista mais exigente”. “Embora haja uma movimentação por parte dos prestadores de serviços, ainda há muito o que melhorar, especialmente no que se refere ao turismo receptivo (segurança, comunicação), aos restaurantes e ao cuidado na hotelaria”.

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Sobre notoriedade, aqui considerado como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, tanto Palmas como Jalapão tiveram avaliações somente entre “REGULAR e “RUIM”, o que ressalta a necessidade de ações de promoção para melhorar o reconhecimento destes destinos pelo trade turístico.

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Para avaliação de produtos na oficina de capacitação, os participantes foram divididos em pequenos grupos de diferentes setores e, convidados a identificar e avaliar por meio de notas os principais atrativos/produtos do destino. O objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular, bom ou excelente). Foram formados 5 grupos e todos avaliaram os produtos e serviços do Jalapão.

PRODUTOS CITADOS Nº de Citações

AVALIAÇÃO

Comunidade de Mumbuca 4 Bom

Cachoeira da velha/Prainha 2 Bom

Camping do Vicente 1 Bom

Rio Novo 1 Regular

Serra do Espírito Santo 1 Regular

Cidade de Mateiros 2 Regular

Cachoeira da Formiga 1 Regular

Dunas 2 Regular

Parque Estadual do Jalapão 1 Regular

Município de São Félix 1 Regular

A maioria dos atrativos/produtos obteve avaliação “REGULAR” dos fornecedores locais e os atrativos/produtos mais citados foram: a comunidade de Mumbuca, a Cachoeira da Velha e Prainha e a cidade de Mateiros. Referente a estrutura necessária para melhorar estes atrativos, as respostas variam desde infra-estrutra para atender os turistas como acesso, sinalização, guias, bem como, fiscalização, saneamento básico, pontos de apoio ao turista e comunicação. Estes itens vão de

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encontro com a avaliação dos operadores e, para exemplificar, segue comentário:

“O meio de acesso a alguns atrativos, especialmente Dunas, há trechos em que há 4 diferentes trilhas que, pelas características da natureza em algum tempo ocuparão uma área maior, ficando com muita areia e esburacada e aí abre-se outra e sucessivamente ( ...) falta estruturar melhor os atrativos e a cidade para receber o turista.”

Pode-se também comparar a avaliação de produtos com a avaliação feita pelos operadores locais sobre a diversidade de oferta no destino, aqui considerada como diversidade de atrativos, hotéis, restaurantes e receptivo local. Para os operadores, Palmas possui uma diversidade de oferta “REGULAR”, e o Jalapão, embora tenha tido de maneira diversa várias citações entre ótimo a ruim, no geral também não foi bem avaliado, conforme demonstra o gráfico e comentário de participante:

“Palmas: a cidade já possui certa estrutura hoteleira, restaurantes e receptivo, mas não tem grandes atrativos, o que pode ser conquistado

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com opcionais com as cidades e destinos próximos”. “Palmas: só vejo como vender para o corporativo nacional porque até mesmo para eventos é necessário uma infra-estrtura melhor. Porém tem hotéis razoáveis e o pessoal está integrado e preparado para atender. Tem também o city tour básico para fazer”.

Já em relação ao entendimento de quais segmentos turísticos os produtos acima estão relacionados e já ocorrem no destino, foi unanimidade de todos os participantes da oficina de capacitação – fornecedores locais - o ecoturismo, o turismo aventura e o turismo cultural. Os segmentos potenciais de trabalho na opinião dos fornecedores locais se direcionam para público de turismo de aventura e turismo rural.

FORNECEDORES LOCAIS

SEGMENTOS REAIS SEGMENTOS POTENCIAIS

Ecoturismo Turismo Científico

Turismo de Aventura Turismo Rural

Turismo Cultural

Turismo de Negócios/Compras

Científico

Houveram duas citações sobre o turismo de negócios, na verdade, estas citações se referem ao movimento de pessoas até o Jalapão para compra de artesanato de Capim Dourado. O termo turismo científico se refere ao fluxo de pessoas que se deslocam para região do Jalapão devido a pesquisas científicas sobre a fauna e flora da região, ou melhor, pesquisas junto ao ecossistema do cerrado.

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PÚBLICO ALVO Em relação ao público alvo potencial, as operadoras participantes da viagem técnica citaram em ordem de importância os grupos voltados para casais, famílias e solteiros e o público específico estaria direcionado ao turista com motivações sócio-culturais.

Sobre o público específico os participantes esclareceram que este poderia ser focado em um público estrangeiro, havendo a necessidade de guias bilingues, conforme demonstra os seguintes comentários:

“Além do ecoturismo e do turismo aventura, pode ser levado adiante o turismo social. Muitos brasileiros e estrangeiros querem ajudar comunidades a se desenvolverem, mesmo com custo”. “O trabalho desenvolvido na comunidade do Mumbuca atende bem ao perfil do mercado europeu, é mais um produto a ser desenvolvido”. “Falta guias com fluência em outros idiomas”.

Esta visão sobre o público alvo é consensual pelos fornecedores locais que destacaram em ordem de

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prioridade como público real as famílias, solteiros, casais e Off road e, como público potencial, segmentos como GLS e melhor idade.

FORNECEDORES LOCAIS

PUBLICO ALVO REAL PUBLICO ALVO POTENCIAL

Famílias Casais

Solteiros Estudantes/jovens

Casais Melhor idade

Estudantes/jovens Pesquisadores/cientistas

Geral GLS

Pesquisadores/cientistas

Off road

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PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

A avaliação das ações de promoção e comercialização teve como objetivo identificar a visão dos operadores de novas e reais possibilidades de negociação com o destino. A primeira questão se refere à possibilidade de estabelecer contatos futuros e as respostas foram positivas:

Questionados sobre se conheceram novos roteiros, 9 participantes afirmaram de maneira positiva, tendo somente um participante destacado não ter reconhecido nestes destinos novos produtos.

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Cerca de que 100% dos participantes identificaram conhecer novos produtos/roteiros e possibilidades de inserção em seu portfólio de produtos, fato este, que demonstra que o projeto Caravana Brasil Nacional atingiu seu objetivo, vale ressaltar alguns comentários satisfatórios dos participantes sobre este tema:

“Nova opção de formato do roteiros, além das expedições já conhecidas”. “Nova imagem do destino fazendo com que desvincule-se da imagem comercial atual”.

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Sobre a promoção, os participantes foram questionados sobre a percepção do esforço de promoção do destino por parte dos fornecedores locais.

Apesar de positiva, a avaliação sugere que há algo a ser feito em relação às ações de promoção, já que o destino possui singularidade mas é pouco conhecido perante o mercado.

Também no quesito distribuição, os participantes entenderam de forma positiva que há esforços de venda por parte dos fornecedores locais.

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Finalmente, os participantes foram questionados sobre a adequação dos preços para o público consumidor que, embora as respostas tenham sido positivas sugere-se que este tema deva ser repensado pelos empresários locais.

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ENCONTRO DE NEGÓCIOS

Fonte: Viagem Tecnica / maio 2009 Fotógrafo: Manoel Junior .

Foi feito um encontro de negócio no dia 15 de maio na cidade de Mateiros. Participaram empresas de receptivo de Palmas e empresários do setor hoteleiro de Mateiros, Ponte Alta e São Félix. As informações apresentadas a seguir são considerações/respostas respondidas pelos operadores que avaliaram o Encontro de Negócios e a comercialização do empresariado local. Na grande maioria o modelo de apresentação dos produtos/roteiros ficou a desejar tendo, de quatro operadores a indicação “REGULAR”, ou seja, os empresários necessitam melhorar sua capacidade de negociação e apresentação dos produtos, conforme demonstra o gráfico e comentários de participantes:

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“Alguns fornecedores ainda não estão preparados para desenvolver a sua própria atividade e possuem vontade de aumentar seu produto, seria melhor, aprimorar os produtos que já possuem”.

Houveram também sugestões dos paticipantes para que os fornecedores locais possam ampliar seu entendimento do processo de comercialização e distribuição de seus produtos, ou seja, é necessário uma melhor articulação entre governo/sebrae/empresários para aprimorar, estruturar e capacitar os produtos e serviços existentes em Palmas e Jalapão, conforme relato de participante da viagem técnica:

“Falta de união entre governo, empreendedores e terceiro setor a fim de praticar as mudanças necessárias em conjunto”. “Jalapão/Mateiros/Mumbuca/Ponte Alta – pessoas surpreendentes e interessadas em fazer o turismo acontecer e aumentar a renda local. Precisam somente de articulação entre iniciativa privada/governo/PEJ para que sejam mostradas as melhorias a serem realizadas.

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No tocante a organização do Encontro, as avaliações foram positivas na grande maioria e, somente, para um operador o Encontro não atendeu às expectativas.

Desta forma, percebe-se novamente que o projeto atingiu seu objetivo e, sobretudo, reforçou a necessidade dos empresários em conjunto com as entidades governamentais em se unirem para estruturar e promover o destino.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fonte: Viagem Tecnica / maio 2009 Fotógrafo: Manoel Junior .

Como considerações finais foram avaliadas as respostas abertas de todos os participantes, enfocando os fatores satisfatórios e os fatores insatisfatórios do turismo no destino de Palmas e Jalapão.

PONTOS FORTES Citações

Atrações e singularidade do Jalapão 9

Contato com a natureza 7

Interesse dos empreendedores para melhorar seu produto: inserção no mercado 6

Interesse em receber turistas 4

Comunidade do Mumbuca: contato com comunidade local 4

Diversidade de ecossistemas e fauna 3

Artesanato Capim Dourado 3

Nova imagem do destino 3

Palmas equipamentos turísticos satisfatórios 2

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Empresas de receptivo em Palmas 2

Hotéis em Mateiros 2

Aeroporto de Palma 1 Percebe-se que a singularidade e as atrações do Jalapão impressionam, bem como, a vontade de empreender e receber turistas pela comunidade local.

PONTOS FRACOS Citação

Falta de qualificação e capacitação de mão de obra 10

Falta de meios de comunicação: rádios 8

Hotelaria insatisfatória 6

Falta ponto de apoio: abastecimento, fiscalização, serviço de emergência 6

Área de alimentos e bebidas insatisfatória 5

Falta união entre governo e iniciativa privada: inibe o desenvolvimento 5

Falta de cuidados com a higiene 4

Fornecedores despreparados 3

Gastronomia típica e história do local - pouco explorada 3

Inviável para o turismo internacional: necessidade de outros idiomas 3

Falta de segurança na execução dos passeios/atividades 2

Infra-estrutura precária 2

Falta normatizações/fiscalização para uso do PEJ 2

Já em relação aos aspectos insatisfatórios estes, recaíram sobre a prestação de serviços, falta de equipamentos para comunicação e segurança do turista, melhoria na hotelaria local e na estruturação dos atrativos, ressaltando os seguintes comentários:

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“A infra-estrutura é muito precária, falta de conhecimento dos hoteleiros, necessidade de guias bilingues, variedade dos restaurantes, melhoria no sistema de comunicação (telefones e rádios nos carros) pode comprometer bastante o trabalho e o socorro dos passageiros, o que torna uma preocupação”. “A qualificação do pessoal é primordial”. “Falta de fiscalização no Parque e no seu entorno”.

E por fim,

“O destino tem atrativos maravilhosos onde podemos criar vários tipos de programações, tanto as mais radicais ou aquelas que buscam um contato com a natureza, a parte humana e social do local – basta saber explorá-lo e estruturá-lo”.

Por tudo o que se avaliou neste documento, os objetivos do Projeto Caravana Brasil Nacional em Palmas e Jalapão foram satisfeitos. A oficina de capacitação parece ter propiciado reflexão coletiva suficiente à percepção dos fornecedores locais quanto a seu produto e as necessidades de criar normas e política comercial de seu uso em conjunto com o as instituições governamentais e as operadoras para melhor trabalhar o turismo na região, importante gerar uma grade de produtos. A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição ocorreu de forma satisfatória, uma vez que, os fornecedores locais compreenderam e se mobilizaram para a necessidade de estruturação, união e elaboração de tarifário, visando ações de promoção junto ao mercado.

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O desafio que se sugere vencer é o de melhorar a prestação de serviços e a estrutura do Jalapão e das comunidades. Ampliar tanto a reflexão coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a máxima freqüência possível. Os resultados positivos serão constantes. É para o que se espera ter contribuído este projeto.

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