Carbapenemases
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Resistência bacteriana
aos Carbapenêmicos
Sidnei Rodrigues de Faria
R2- Infecto HEM.
Março- 2014.
ATB
• Surviving sepsis: Início na 1ª hora da suspeita de Sepse;
• Dose de Ataque
• Terapia combinada: Menos resistência;
• EI: Nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, Colite por Clostridiun difficile.
• Resistência Bacteriana: Processo natural das espécies bacterianas X pressão seletiva.
Infecções causadas por produtores de carbapenemases
• Pneumonia nosocomial
• ITU
• Sítio cirúrgico
• Feridas infectadas
• Peritonite
• Endocardite
• Bacteriemia associada a cateteres
Mecanismo de resistência aos ß-lactâmicos
• A. Produção de ß–lactamases: meio mais comum de resisitências dessas bactérias ;
• Carbapenemases: Mecanismo emergente.
B. Modificações estruturais das proteínas ligadoras de penicilina (PLP) codificadas pelo gene mecA;
C. Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de mutações e modificações nas porinas.
Carbapenêmicos
• ß-lactâmicos de amplo espectro
• Efeito: bactericida;
• Origem: semi-sintética,
• Imipenem, meropenem, ertapenem, doripenem;
• Outros: tomopenem, panipenem, biapenem
• Terapia de escolha para infecções hospitalares por enterobactérias.
• Estáveis frente às Betalactamases ( Esbl e AmpC)
Farmacodinâmica/Farmacocinética
Fatores de risco: colonização• Internação em UTI
• Doença grave
• Exposição prévia a diferentes classes de ATBs:
Carbapenêmicos, fluorquinolonas, Cefalosporinas
e Glicopeptideos.
299 pctes em UTI: 7% colonizados à admissão
27% colonizados durante a
internação.
Entre os colonizados 47% desenvolveram infecção
Mucosite em pós TMOHerpes Zoster em pós Tx renal tardio
Carbapenemases
Enzimas que hidrolizam o anel B-lactâmico dos Carbapenêmicos e demais B-lactâmicos.
KPC foi a primeira encontrada em isolados de Klebsiella pneumoniae EUA.
Outros microrganismos: Pseudomonas, Acineto
Serratia spp., Enterobacter spp., Escherichia
coli, Salmonella enterica e Proteus mirabilis; Citrobacter, Providencia spp., Morganellamorgani, Hafnia alvei entre outros.
Carbapenemases
• KPC: Enzima plasmidio mediada.
• Metalobetalactamases
IMP, VIM e
NDM: Subcontinente indiano.
• Oxa-carbapenemases: Oxa 48.
KPC
• 1: CA: K. pneumoniae;
• 2: k. pneumoniae, Salmonella entérica, K. Oxytoca, Enterobacter e P. Aeruginosa
• 3: K. pneumoniae. E. cloacae
• 4: Não foram reportadas Bacterias associadas a essa enzima.
Diagnóstico
• Focalização isolelétrica, disco de difusão, E-Test
• Teste de Hodge modificado ( CSLI 2009): Isolados de enterobacterias resistentes a Cefalosporinas de amplo espectro e MIC >2Ug/mL para Imipenem.
Encontra a existência de Carbapenemase mas não a identifica
• PCR ( gene Bla KPC) Padrão ouro.
Teste de Hodge modificado
• Enfatizar a importância da higienização das mãos para todos os profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes ;
• Disponibilizar continuamente insumos para a corretahigienização das mãos, conforme a RDC n° 42/2010;
• Disponibilizar continuamente Equipamento de Proteção Individual (luvas e aventais) para o manejo do paciente e suas secreções;
• Disponibilizar equipamentos e utensílios para o uso individual do paciente (estetoscópio, esfignomanômetro, termômetro, talheres, copos e outros);
• Estabelecer uma área de isolamento do paciente;
• correta paramentação para lidar com o ambiente em torno do paciente, colonizado ou infectado (ANVISA, 2010);
• Avaliar a necessidade de implantar coleta de culturas de vigilância, de acordo com o perfil epidemiológico da instituição;
• Considerar a adoção de política de descolonização para pacientes portadores de enterobactérias produtoras de carbapenemases.
• Enfatizar as medidas gerais de prevenção de IRAS no manuseio de dispositivos invasivos.
• Fortalecer a política institucional de uso racional de antimicrobianos:
1- Restrição ao uso de certas classes de antimicrobianos potencialmente associadas à maior risco seleção de resistência, como as fluroquinolonas, as cefalosporinas de terceira geração e os carbapenêmicos.
2- Estreitamento de espectro do tratamento antimicrobiano quando da posse dos resultados de antibiogramas;
3- Observação do conceito de “prazo mínimo eficaz” para definição de tempo de tratamento das síndromes infecciosas;
4- Promoção de uso “heterogêneo” de diferentes classes de antimicrobianos, evitando prescrições excessivamente “monótonas” dos mesmos agentes;
5- Promoção de prescrições de posologias mais recentes, baseadas em conceitos de PK/PD e enfatizando a importância das doses de ataque de antimicrobianos hidrofílicos (p.ex: b-lactâmicos, glicopeptídeos, aminoglicosídeos e polimixinas) em pacientes criticamente enfermos.
Pacientes com Infecção por produtor de Carbapenemases
507 pctes tratados por mais de 48h:
416: Especificava o tipo de tratamento
206: Monoterapia com agente in vitro ativo
216: Terapia combinada com agentes ativos in vitro
65 tinham Carbapenêmicos no esquema
• Mortalidade:
Monoterapia: 49,1%
Terapia combinada: 18,3%
A menor mortalidade foi observada entre os que receberam terapia combinada com Carbapenêmico.
Pacientes com Infecção por produtor de Carbapenemases
Tumbarello e col.
125 pctes Infecção corrente sanguínea por
produtores de carbapenemases
• Mortalidade geral em 30 dias: 42%
• Monoterapia: 54%
• Terapia Combinada: 34%
Combinação Meropenem
Tigeciclina Menor Risco de morte
Polimixina
Tratamento
• Detectar: MDR;
• Cumprir com medidas de Isolamento e controle;
• Terapia combinada:
Evitar monoterapia.
Dose de Ataque e dose dobrada;
Tratamento guiado antibiograma e MIC
Dose de ataque
Terapia combinada:
• Carbapenêmico em altas doses
Polimixina B ou E
Considerar associar: Tigeciclina, Gentamicina,
Fosfomicina ou Rifampicina;
Direcionar o Tratamento pelo MIC;
Carbapenêmicos
Carbapenêmicos
• Essenciais no tratamento de infecções associadas aos serviços de saúde;
• Distribuição corporal: ampla incluindo pâncreas, ossos, articulações, SNC, feto
• RESISTÊNCIA DAS CARBAPENEMASES:
<4MG/L: BAIXA
8-16MG/L: MODERADA Dose dobrada e infusão continua
> 16MG/L : ALTA.
Farmacodinâmica/Farmacocinética
Meia-vida: 1h (IMP, MER, DOR), 4h (ERT);
Níveis séricos de Meropenem. comparativo dose em bolus e infusão continua em pacientes com sepse sem disfunção renal
PLASMA TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO
meropenem regimens over a range of hypothetical pathogen MICs. High-dose extended or continuous-infusion meropenemregimens had high probability pharmacokinetic:pharmacodynamic target attainment upto an MIC of 8–16 mg/l.
CARBAPENÊMICOS: Tempo de infusão: no mínimo 1h. O prolongamento para 3-4h é desejável
ou contínua se possível;
Polimixina: 1950’s.
• É dose dependente;
• Contraindicada em monoterapia: Resistência.
• Deve ser dada em altas doses
• Nefrotoxicidade reversível:
Necessita mais estudos
Altas doses!!!!!!!!!!
Conclusões • A resistência a Carbapenêmicos teve grande aumento nos
últimos anos pela aquisição pela K. pneumoniae e outras enterobacterias de genes codificando Carbapenemases.
• A disseminação dessas enzimas se dão no contexto do uso de ATB de amplo espectro, maior sobrevida de pacientes graves, imunocomprometidos e pelo não cumprimento de medidas de isolamento de contato e higiene por parte de profissionais de saúde;
• As medidas de controle são tão importantes quanto a terapêutica medicamentosa;
• O tratamento baseia-se em terapia combinada contendo Carbapenêmico no esquema base associado a Polimixina ou Tigeciclina ou amioglisideos;
“ Desmaterializando a matériaCom a arte pulsando na artériaBoto fogo no gelo da SibériaFaço até cair neve em TeresinaCom o clarão do raio da silibrinaDesintegro o poder da bactéria”.
Bienal
bibliografia• http://biomedicinaemacao-unip.blogspot.com.br/2013/06/teste-de-hodge-verificacao-
de-bacterias.html ( Acessado em 16\03\2014). • J. Monteiro, S.S. Andrade, T.T. Rocchetti, A.C.Gales e A.C.C. Pignatari. Os testes de
triagem e confirmatório para detecção de carbapenemases são úteis para isolados de Klebsiella
• pneumoniae em amostras brasileiras • Monalize Vieira de Oliveira e Alessandra Marques Cardoso. A Importância da Detecção
de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases pelo Teste de Hodge Modificado. Revista Newslab, Ed 113, 2012.
• http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/ea4d4c004f4ec3b98925d9d785749fbd/Microsoft+Word+-+NOTA+T%C3%89CNICA+ENTEROBACTERIAS+17+04+2013(1).pdf?MOD=AJPERESAcessado em 15/03/2014.
• http://www.medscape.com/viewarticle/814975 Combination Therapy for Carbapenem-resistant Gram-negative Bacteria Alexandre P Zavascki, Jurgen B Bulitta, Cornelia B Landersdorfer DisclosuresExpert Rev Anti Infect Ther. 2013;11(12):1333-1353. Acesso 17/03/2014.
• http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=6222&Itemid=2291 Acessado em 16/03/2014.
• http://www.medscape.com/viewarticle/814975_14