Carlos e. Morimoto - Pt - Redes - Guia Completo 3º Edição

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    Direitos Autorais

    Este e-book foi escrito por Carlos E. Morimoto ([email protected]) e vendidoatravs do Guia do Hardware, no endereo http://www.guiadohardware.net.

    Apesar de estar em formato digital, este livro no de livre distribuio. A coleo completa, quealm deste inclui os e-books Manual de Hardware Completo 3 Ed, Guia de Novastecnologias 3 Ed,Guia de Upgrade e ManutenoePlacas 3D, modelos e recursos, porum preo simblico de 8 reaisatravs do prprio autor.

    Se voc recebeu este e-book de outra forma, atravs de um amigo, num CD de revista, atravs dealgum Website, saiba que tm em mos uma cpia pirata, que apesar de ter o mesmo contedodo original, no remunera o autor pelo seu trabalho e desestimula o aparecimento de mais ttuloscomo este.

    Se for o seu caso, seja honesto e adquira o pacote com todos os e-books atravs do Guia do

    Hardware, atravs do link: http://www.guiadohardware.net/e-books/index.aspO pagamento pode ser feito de vrias formas, incluindo deposito bancrio, vale postal, carta, etc.Os 8 reais podem no fazer muita diferena para voc, mas se no fosse a contribuio de cadaleitor, este trabalho no existiria.

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    ndice geralDireitos Autorais..............................................................................................................2Prefcio...........................................................................................................................7Porque ligar micros em rede?..........................................................................................8

    Compartilhando arquivos.................................................................................................8Compartilhando perifricos...............................................................................................9Sistema de mensagens e agenda de grupo.........................................................................9Jogos em Rede..............................................................................................................10

    Como as redes funcionam..............................................................................................10Placas de Rede..............................................................................................................10Cabos..........................................................................................................................11Topologias....................................................................................................................11Arquiteturas.................................................................................................................12Protocolos....................................................................................................................13Recursos......................................................................................................................13N.O.S..........................................................................................................................14

    Cabeamento...................................................................................................................15

    Cabo coaxial.................................................................................................................15Cabo de par tranado.....................................................................................................18Par tranado x Coaxial...................................................................................................23Fibra ptica..................................................................................................................24

    Placas de Rede...............................................................................................................25Hubs..............................................................................................................................27

    Hubs Inteligentes..........................................................................................................28Conectando Hubs..........................................................................................................28

    Repetidores...................................................................................................................29Crescendo junto com a rede...........................................................................................2910 ou 100?.....................................................................................................................30Bridges, Roteadores e Gateways....................................................................................30

    Bridges (pontes)...........................................................................................................30Como funcionam os Bridges? .........................................................................................31Roteadores (routers).....................................................................................................31Ns de interconexo......................................................................................................33

    Arquiteturas de rede......................................................................................................34Topologias Lgicas........................................................................................................34Redes Ethernet.............................................................................................................35Pacotes........................................................................................................................37Modo Full-Duplex .........................................................................................................37

    Tecnologias antigas de rede...........................................................................................39Redes Token Ring..........................................................................................................39Redes Arcnet................................................................................................................41

    Novas tecnologias de rede.............................................................................................42

    IEEE 802.11b.................................................................................................................42Segurana....................................................................................................................45ESSID..........................................................................................................................46WEP............................................................................................................................47RADIUS........................................................................................................................47Permisses de acesso....................................................................................................48Como so dados so transmitidos e interferncia................................................................48Aumentando o alcance ..................................................................................................50

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    Modo Ad-hoc ...............................................................................................................51A questo do custo........................................................................................................52

    IEEE 802.11a.................................................................................................................53IEEE 802.11g ................................................................................................................53Home PNA .....................................................................................................................54

    HomePlug Powerline......................................................................................................55HomeRF.........................................................................................................................56Bluetooth.......................................................................................................................57

    A demora.....................................................................................................................57Usos para o Bluetooth....................................................................................................59Como funciona o Bluetooth.............................................................................................61Consumo eltrico..........................................................................................................61

    Gigabit Ethernet.............................................................................................................6210 Gigabit Ethernet.......................................................................................................64

    Ponto a ponto x cliente - servidor..................................................................................65Cliente - servidor..........................................................................................................66Servidores de disco.......................................................................................................66Servidores de arquivos...................................................................................................67

    Ponto a ponto...............................................................................................................67Servidores no dedicados...............................................................................................67Impressoras de rede......................................................................................................68

    Protocolos......................................................................................................................68Camadas da rede..........................................................................................................69NetBEUI.......................................................................................................................70IPX/SPX.......................................................................................................................70DLC.............................................................................................................................71TCP/IP.........................................................................................................................71

    Endereamento IP.........................................................................................................72Mscara de sub-rede......................................................................................................75Mscaras complexas......................................................................................................76Usando o DHCP.............................................................................................................79Defaut Gateway............................................................................................................80Servidor DNS................................................................................................................81Servidor WINS..............................................................................................................82Redes Virtuais Privadas..................................................................................................82

    Configurar a rede e compartilhar a conexo...................................................................83Planejando a rede..........................................................................................................85Configurao de rede no Win 98....................................................................................86

    Instalando a placa de rede.............................................................................................86Configurando uma rede ponto a ponto.............................................................................86Configuraes...............................................................................................................88Logando-se na rede.......................................................................................................92Compartilhando recursos................................................................................................92

    Acessando discos e pastas compartilhados........................................................................94Acessando impressoras de rede ......................................................................................96Compartilhamentos ocultos............................................................................................98

    Configurao de rede no Windows 2000........................................................................98Compartilhar a conexo com a Internet usando o ICS..................................................102

    Compartilhar a conexo no Windows 2000 Professional....................................................103Compartilhar a conexo no Windows 98 SE.....................................................................103ICS com IP fixo...........................................................................................................105

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    Detalhes sobre o ICS...................................................................................................106Compartilhar a conexo usando o Analog-X Proxy.......................................................107Acessando um Servidor Windows 2000 ou Windows NT ..............................................111Acessando um Servidor Novell NetWare.......................................................................113Conectando-se a uma VPN...........................................................................................116

    Segurana na Internet.................................................................................................117Como so feitas as invases.........................................................................................117Como se proteger .......................................................................................................119Trojans......................................................................................................................119Bugs .........................................................................................................................120Portas TCP abertas......................................................................................................121Roubo de dados e senhas.............................................................................................122Antivrus....................................................................................................................122Firewalls e portas TCP..................................................................................................123

    Dicas para tornar seu Windows 2000 um sistema seguro.............................................127O bsico.....................................................................................................................127As dicas.....................................................................................................................128TCP/IP.......................................................................................................................129

    Contas.......................................................................................................................130Servios.....................................................................................................................131Teste sua segurana....................................................................................................132Patches .....................................................................................................................133O bom e velho firewall.................................................................................................134Spywares...................................................................................................................136

    Como configurar um servidor Linux ............................................................................136A distribuio...............................................................................................................136Instalando...................................................................................................................137

    Particionando o HD .....................................................................................................140As parties no Linux...................................................................................................143Pacotes de Aplicativos..................................................................................................144Finalizando ................................................................................................................146Acesso Web e rede....................................................................................................147Gerenciador de boot.....................................................................................................148Configurao do vdeo..................................................................................................148

    Como instalar via rede ou apartir do HD.......................................................................150Colocando a mo na massa..........................................................................................154

    Comandos do prompt...................................................................................................154Fechando programas travados ......................................................................................157Montando e desmontando.............................................................................................158Acessando a partio do Windows apartir do Linux..........................................................159O terceiro boto .........................................................................................................159Editando arquivos de texto...........................................................................................160Desligando ................................................................................................................161

    Configurando o Servidor..............................................................................................161Samba..........................................................................................................................162Acessando compartilhamentos de mquinas Windows .....................................................169Configurando manualmente..........................................................................................173

    Usando o NFS...............................................................................................................175Apache.........................................................................................................................178Servidores em Cluster e balanceamento de carga........................................................180Economizando com o uso de terminais leves................................................................182

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    Montando a rede.........................................................................................................184Terminais via VNC ......................................................................................................188Rodar aplicativos a partir do servidor.............................................................................192Rodando aplicativos via SSH ........................................................................................193Rodar a interface grfica e todos os programas a partir do servidor ...................................196

    Estaes diskless com o Etherboot.................................................................................198Usando os terminais ...................................................................................................200

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    Prefcio

    As redes vem sendo cada vez mais utilizadas, no apenas em grandes empresas, mas empequenos escritrios, ou mesmo em casa. A demanda por profissionais qualificados neste mercadovem tornando-se cada vez maior, e as remuneraes no so nada ruins. Mesmo que voc nopretenda tornar-se um especialista em redes, possuir pelo menos os conhecimentos bsicos irajudar bastante sua carreira profissional. Se voc j trabalha como tcnico poder agora oferecermais um servio a seus clientes.

    Montar e configurar redes pequenas e mdias uma tarefa surpreendentemente simples. Oobjetivo deste livro lhe dar todo o conhecimento necessrio para montar redes de pequenoporte, como as usadas em casas e escritrios, incluindo compartilhamento da mesma conexo Internet, configurao de endereos IP, etc. Porm, tambm so abordados tpicos maisavanados, como a configurao de mscaras de sub-rede complexas, criao de redes virtuais,etc. que lhe daro uma boa idia de como montar redes mais complexas. Apesar do assuntoparecer bastante tcnico, procurei usar uma linguagem os mais didtica possvel, abordando todos

    os detalhes, porm sem cair no tecnismo, a mesma linguagem que uso em meus outros livros

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    Porque ligar micros em rede?

    A partir do momento em que passamos a usar mais de um micro, seja dentro de uma empresa,escritrio, ou mesmo em casa, fatalmente surge a necessidade de transferir arquivos eprogramas, compartilhar a conexo com a Internet e compartilhar perifricos de uso comum entreos micros. Certamente, comprar uma impressora, um modem e um drive de CD-ROM para cadamicro e ainda por cima, usar disquetes, ou mesmo CDs gravados para trocar arquivos, no amaneira mais produtiva, nem a mais barata de se fazer isso.A melhor soluo na grande maioria dos casos tambm a mais simples: ligar todos os micros emrede. Montar e manter uma rede funcionando, tem se tornado cada vez mais fcil e barato. Cadaplaca de rede custa apartir de 35 reais, um Hub simples, 10/10 pode ser encontrado por 100reais, ou at um pouco menos, enquanto 10 metros de cabo de par tranado no custam mais doque 6 ou 8 reais.

    Se voc mesmo for fazer o trabalho, ligar 10 micros em rede, custaria entre 500 e 800 reais,usando cabos de par tranado e um hub e placas 10/100 em todos os micros.

    Com a rede funcionando, voc poder compartilhar e transferir arquivos, compartilhar a conexocom a Internet, assim como compartilhar impressoras, CD-ROMs e outros perifricos, melhorar acomunicao entre os usurios da rede atravs de um sistema de mensagens ou de uma agendade grupo, jogar jogos em rede, entre vrias outras possibilidades.

    Compartilhando arquivos

    Num grupo onde vrias pessoas necessitem trabalhar nos mesmos arquivos (dentro de umescritrio de arquitetura, por exemplo, onde normalmente vrias pessoas trabalham no mesmodesenho), seria muito til centralizar os arquivos em um s lugar, pois assim teramos apenasuma verso do arquivo circulando pela rede e ao abri-lo, os usurios estariam sempre trabalhandocom a verso mais recente.

    Centralizar e compartilhar arquivos tambm permite economizar espao em disco, j que ao invsde termos uma cpia do arquivo em cada mquina, teramos uma nica cpia localizada noservidor de arquivos. Com todos os arquivos no mesmo local, manter um backup de tudo tambmtorna-se muito mais simples.Simplesmente ligar os micros em rede, no significa que todos tero acesso a todos os arquivosde todos os micros; apenas arquivos que tenham sido compartilhados, podero ser acessados. E

    se por acaso apenas algumas pessoas devam ter acesso, ou permisso para alterar o arquivo,basta proteg-lo com uma senha (caso esteja sendo usado o Windows 95/98) ou estabelecerpermisses de acesso, configurando exatamente o que cada usurio poder fazer (caso estejausando Windows 2000, XP, Linux, Netware, ou outro sistema com este recurso).

    Alm de arquivos individuais, possvel compartilhar pastas ou mesmo, uma unidade de discointeira, sempre com o recurso de estabelecer senhas e permisses de acesso.

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    A sofisticao dos recursos de segurana variam de acordo com o sistema operacional utilizado.No Windows 98 as nicas formas de segurana so pastas ocultas e senhas. Usando um servidorWindows NT, 2000 ou Linux voc ter disposio configuraes muito mais complexas, comogrupos de usurios ou de domnios, vrios nveis de acesso, etc., mas em compensao ter emmos um sistema muito mais difcil de configurar. Ao longo deste livro iremos analisar os pontos

    fortes e fracos dos principais sistemas de rede.

    A Internet nada mais do que uma rede em escala mundial. Se por exemplo voc abrir ocone redes no painel de controle, instalar o compartilhamento de arquivos e impressoraspara redes Microsoft e compartilhar suas unidades de disco, sem estabelecer uma senha deacesso, qualquer um que saiba localizar seu micro enquanto estiver conectado, ter acessoirrestrito a todos os seus arquivos, j que eles esto compartilhados com a rede (no caso aInternet inteira).

    Compartilhando perifricos

    Da mesma maneira que compartilhamos arquivos, podemos tambm compartilhar perifricos,permitindo a qualquer micro da rede imprimir na impressora ligada ao micro 2, ler um CD queest no drive do micro 4, ou mesmo compartilhar a mesma conexo Internet estabelecidaatravs do modem instalado no micro 7.

    Como no caso dos arquivos, possvel estabelecer senhas e permisses de acesso para evitar, porexemplo, que a Maria do micro 5 use a impressora Laser para imprimir seus rascunhos, ao invsde usar a matricial.

    Sistema de mensagens e agenda de grupo

    Um sistema que permita enviar mensagens a outros usurios da rede, pode parecer intil numapequena rede, mas numa empresa com vrias centenas de micros, divididos entre vrios andaresde um prdio, ou mesmo entre cidades ou pases diferentes, pode ser muito til para melhorar acomunicao entre os funcionrios. Alm de texto (que afinal de contas pode ser transmitidoatravs de um e-mail comum) possvel montar um sistema de comunicao viva voz, ou mesmode vdeo conferncia, economizando o dinheiro que seria gasto com chamadas telefnicas.Estas chamadas podem ser feitas tanto dentro da rede interna da empresa, quanto a outras filiais,localizadas em outras cidades ou mesmo outros pases, via Internet. Este um recurso em modaatualmente, o famoso voz sobre IP, que vem atraindo a ateno at mesmo da empresas detelefonia, pois torna as chamadas muito mais baratas do que so atravs do sistema comutadoatual.

    Via Internet, uma chamada para o Japo no custaria mais do que uma chamada local comum,muito pouco. O maior problema estabelecer links rpidos o suficiente para manter uma boaqualidade.

    Outro recurso til seria uma agenda de grupo, um programa que mantm a agenda de todos ou

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    usurios e pode cruzar os dados sempre que preciso; descobrindo por exemplo um horrio em quetodos estejam livres para que uma reunio seja marcada.

    Jogos em Rede

    Mais um recurso que vem sendo cada vez mais util izado, so os jogos multiplayer como Quake 3 eDiablo II que podem ser jogados atravs da rede. A maior vantagem neste caso, que acomunicao permitida pela rede muito mais rpida que uma ligao via modem, evitando ofamoso LAG, ou lentido, que tanto atrapalha quando jogamos os mesmos jogos via Internet.

    Em geral, depois de configurada a rede, a configurao dentro do jogo bastante simples, bastaverificar quais protocolos de rede so suportados. Atualmente, a maioria dos jogos suportamultiplayer via TCP/IP. No apenas os jogos, mas vrios outros recursos, como ocompartilhamento de conexo s funcionaro com este protocolo. Apenas alguns jogos antigos,como o Warcraft II exigem IPX/SPX, ou mesmo o uso de um cabo serial.

    No Diablo II por exemplo, basta acessar a opo Multiplayer Game. Configure o PC mais rpidocomo host, ou seja, quem ir sediar o jogo e permitir a conexo dos outros PCs. Nos demais,basta escolher a opo de conectar-se ao host e fornecer seu (do host) endereo IP, configuradonas propriedades da conexo de rede, como por exemplo 192.168.0.1

    Compartilhando a conexo com a Internet

    Este provavelmente o uso mais comum para as redes hoje em dia. Antigamente se falava emuma proporo de 80/20 entre os dados que trafegam entre os micros da rede local e os dadosque vo para a Internet. Hoje em dia esta proporo muito diferente, a maior parte dos dados

    vai para a Internet.

    Muita gente trabalha apenas usando o navegador e o cliente de e-mails e cada vez mais as redesdas empresas esto se integrando Web para permitir que clientes e os prprios funcionriostenham acesso s informaes em qualquer lugar.

    Hoje em dia muito simples compartilhar a conexo com a Internet e veremos ao longo do livrotanto como compartilhar a conexo a partir de um servidor Windows quanto a partir de umservidor linux. Afinal, pra qu ter um modem e uma linha telefnica para cada micro se voc podeter uma conexo de alta velocidade compartilhada entre todos a um custo muito mais baixo?

    Terminais leves

    Este mais uma possibilidade interessante. Por que sofrer com a lentido dos 486, ou gastar riosde dinheiro para substitu-los por micros novos se voc pode interliga-los a um micro mais rpidoe rodar os aplicativos a partir do servidor, apenas direcionando a sada de tela para os terminais486? Com um Pentium III ou Duron como servidor voc ter potncia de sobra para 10 ou atmesmo 20 terminais. Veremos como colocar esta idia em prtica no final do livro.

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    Como as redes funcionam

    Genericamente falando, existem dois tipos de rede, chamadas LAN e WAN. A diferena queenquanto uma LAN (local area network, ou rede local) uma rede que une os micros de umescritrio, prdio, ou mesmo um conjunto de prdios prximos, usando cabos ou ondas de rdio,uma WAN (wide area network, ou rede de longa distncia) interliga micros situados em cidades,pases ou mesmo continentes diferentes, usando links de fibra ptica, microondas ou mesmosatlites. Geralmente uma WAN formada por vrias LANs interligadas: as vrias filiais de umagrande empresa por exemplo.

    Placas de Rede

    O primeiro componente de uma rede justamente a placa de rede. Alm de funcionar como ummeio de comunicao, a placa de rede desempenha vrias funes essenciais, como a verificaoda integridade dos dados recebidos e a correo de erros. A placa de rede dever ser escolhida deacordo com a arquitetura de rede escolhida (Ethernet ou Token Ring) e tambm de acordo com otipo de cabo que ser usado.

    Atualmente, as placas mais comuns so as placas Ethernet 10/100, que utilizam cabos de partranado e vem em verso PCI:

    Placa de rede Fast Ethernet (cortesia da 3com)

    Cabos

    Para haver comunicao entre as placas de rede necessrio algum meio fsico de comunicao.Apesar dos cabos de cobre serem de longe os mais utilizados, podemos tambm usar fibra pticaou mesmo ondas de rdio. Em matria de cabos, os mais utilizados so os cabos de par tranado,cabos coaxiais e cabos de fibra ptica. Cada categoria tem suas prprias vantagens e limitaes,

    sendo mais adequado para um tipo especfico de rede. Os cabos coaxiais permitem que os dadossejam transmitidos atravs de uma distncia maior que a permitida pelos cabos de par tranadosem blindagem (UTP), mas por outro, lado no so to flexveis e so mais caros que eles. Oscabos de fibra ptica permitem transmisses de dados a velocidades muito maiores e socompletamente imunes a qualquer tipo de interferncia eletromagntica, porm, so muito maiscaros e difceis de instalar, demandando equipamentos mais caros e mo de obra maisespecializada. Apesar da alta velocidade de transferncia, as fibras ainda no so uma boa opo

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    para pequenas redes devido ao custo.

    Cabo de par tranado e cabo coaxial

    Topologias

    Temos em seguida, a topologia da rede, ou seja, de que forma os micros so interligados. Comoquase tudo em computao, temos aqui uma diviso entre topologias fsicas e topologias lgicas.A topologia fsica a maneira como os cabos conectamfisicamenteos micros. A topologia lgica,por sua vez, a maneira como os sinais trafegam atravs dos cabos e placas de rede. As redesEthernet, por exemplo, usam uma topologia lgica de barramento, mas podem usar topologiasfsicas de estrela ou de barramento. As redes Token Ring, por sua vez, usam uma topologia lgicade anel, mas usam topologia fsica de estrela. No se preocupe pois vamos ver tudo com detalhesmais adiante :-)

    Temos trs tipos de topologia fsica, conhecidas como topologia de barramento, de estrela e deanel. A topologia de barramento a mais simples das trs, pois nela um PC ligado ao outro,usando cabos coaxiais. Na topologia de estrela, os micros no so ligados entre s, mas sim a umhub, usando cabos de par tranado. O Hub permite que todos os micros conectados se vejammutuamente. Finalmente temos a topologia de anel, onde apenas um cabo passa por todos osmicros e volta ao primeiro, formando um anel fechado. A topologia de anel fsico praticamenteapenas uma teoria, pois seria complicado e problemtico demais montar uma rede deste tipo naprtica. Sempre que ouvir falar em uma rede com topologia de anel, pode ter certeza que naverdade se trata de uma rede Token Ring, que usa uma topologia de anel lgico, mas que aomesmo tempo usa topologia fsica de estrela.

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    Topologias fsicas de barramento (acima esquerda), de estrela (acima) e de anel (aolado).

    Arquiteturas

    Ethernet, Token Ring e Arcnet so trs arquiteturas de rede diferentes, que exigem placas de redediferentes, e possuem exigncias diferentes a nvel de cabeamento, que iremos examinar mais

    adiante.

    Uma arquitetura de rede define como os sinais iro trafegar atravs da rede. Todo o trabalho feito de maneira transparente pela placa de rede, que funciona de maneira diferente de acordocom a arquitetura para a qual tenha sido construda.Por isso, existem tanto placas de rede padro Ethernet, quanto padro Token Ring e Arcnet. Umavez que decida qual arquitetura de rede ir utilizar, voc ter que usar apenas placas compatveiscom a arquitetura: 30 placas Ethernet para os 30 micros da rede, por exemplo.

    Claro que atualmente as redes Ethernet so de longe as mais usadas, mas nem por isso vamosdeixar de conhecer as opes.

    Protocolos

    Cabos e placas de rede servem para estabelecer uma ligao fsica entre os micros, a fim depermitir a transmisso de dados. Os protocolos, por sua vez, constituem um conjunto de padresusados para permitir que os micros falem a mesma lngua e possam se entender. Os protocolos

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    mais usados atualmente so o TPC/IP (protocolo padro na Internet), NetBEUI e IPX/SPX.Podemos fazer uma analogia com o sistema telefnico: veja que as linhas, centrais, aparelhos,etc. servem para criar uma ligao que permite a transmisso de voz. Mas, para que duas pessoaspossam se comunicar usando o telefone, existem vrios padres. Por exemplo, para falar com um

    amigo voc discar seu nmero, ele atender e dir al para mostrar que est na linha. Vocs secomunicaro usando a lngua Portuguesa, que tambm um conjunto de cdigos e convenes e,finalmente, quando quiser terminar a conversa, voc ir despedir-se e desligar o telefone.

    Os protocolos de rede tm a mesma funo: permitir que um pacote de dados realmente chegueao micro destino, e que os dados sejam inteligveis para ele. Para existir comunicao, precisoque todos os micros da rede utilizem o mesmo protocolo (voc nunca conseguiria comunicar-secom algum que falasse Chins, caso conhecesse apenas o Portugus, por exemplo). possvel instalar vrios protocolos no mesmo micro, para que ele torne-se um poliglota e possase entender com micros usurios de vrios protocolos diferentes. Se voc usa o protocolo NetBEUIem sua rede, mas precisa que um dos micros acesse a Internet (onde e utilizado o protocoloTCP/IP), basta instalar nele os dois protocolos. Assim ele usar o TCP/IP para acessar a Internet e

    o NetBEUI para comunicar-se com os outros micros da rede. Dentro do Windows 98, voc podeinstalar e desinstalar protocolos atravs do cone redes no painel de controle.

    Existe apenas um pequeno problema em usar vrios perifricos no mesmo micro que umapequena perda de desempenho, j que ele ter de lidar com mais solicitaes simultneas, porisso recomendvel manter instalados apenas os protocolos que forem ser usados. De qualquerforma, conforme os PCs vem tornando-se mais rpidos, esta queda vem tornando-se cada vezmenos perceptvel.

    Recursos

    Tudo que compartilhado atravs da rede, seja um arquivo, um CD-ROM, disco rgido ouimpressora, chamado de recurso. O micro que disponibiliza o recurso chamado de servidor ouhost, enquanto os micros que usam tal recurso so chamados de clientes, ou guests. Talvez o tipomais conhecido (e mais obsoleto) de rede cliente-servidor, sejam as antigas redes baseadas emmainframes e terminais burros, onde todo o processamento era feito no servidor, enquanto osterminais funcionavam apenas como interfaces de entrada e sada de dados.

    Num conceito mais moderno, existem vrios tipos de servidores: servidores de disco (quedisponibilizam seu disco rgido para ser usado por estaes sem disco rgido, mas com poder deprocessamento), servidores de arquivos (que centralizam e disponibilizam arquivos que podem seracessados por outros micros da rede), servidores de fax (que cuidam da emisso e recepo defaxes atravs da rede), servidores de impresso (que disponibilizam uma impressora) e assim por

    diante. Dependendo do seu poder de processamento e de como estiver configurado, um nicomicro pode acumular vrias funes, servindo arquivos e impressoras ao mesmo tempo, porexemplo.Existem tambm servidores dedicados e servidores no-dedicados. A diferena que enquanto umservidor dedicado um micro reservado, um servidor no dedicado um micro qualquer, que usado normalmente, mas que ao mesmo tempo disponibiliza algum recurso. Se voc tem 5 micros

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    numa rede, todos so usados por algum, mas um deles compartilha uma impressora e outrodisponibiliza arquivos, temos dois servidores no dedicados, respectivamente de impresso e dearquivos.Outro vocbulo bastante usado no ambiente de redes o termo estao de trabalho. Qualquer

    micro conectado rede, e que tenha acesso aos recursos compartilhados por outros micros darede, recebe o nome de estao de trabalho. Voc tambm ouvir muito o termo n de rede. Umn qualquer aparelho conectado rede, seja um micro, uma impressora de rede, um servidor ouqualquer outra coisa que tenha um endereo na rede.

    N.O.S.

    Finalmente chegamos ao ltimo componente da rede, o NOS, ou Network Operational System.Qualquer sistema operacional que possa ser usado numa rede, ou seja, que oferea suporte redes pode ser chamado de NOS. Temos nesta lista o Windows 3.11 for Workgroups, o Windows95/98, Windows NT, Windows 2000, Novell Netware, Linux, Solaris, entre vrios outros. Cadasistema possui seus prprios recursos e limitaes, sendo mais adequado para um tipo especficode rede.

    Hoje em dia, os sistemas mais usados como servidores domsticos ou em pequenas empresas soo Windows 2000 Server (ou NT Server) e o Linux, que vem ganhando espao. O mais interessante que possvel misturar PCs rodando os dois sistemas na mesma rede, usando o Samba, umsoftware que acompanha a maior parte das distribuies do Linux que permite que tanto umamquina Linux acesse impressoras ou arquivos de um servidor Windows, quanto que um servidorLinux substitua um servidor Windows, disponibilizando arquivos e impressoras para clientesrodando Windows.

    O Samba no to fcil de configurar quanto os compartilhamentos e permisses de acesso do

    Windows, mas em termos de funcionalidade e desempenho no deixa nada a desejar. Voc podeencontrar maiores informaes sobre ele no http://www.samba.org/

    Cabeamento

    At agora tivemos apenas uma viso geral sobre os componentes e funcionamento das redes.Vamos agora estudar tudo com mais detalhes, comeando com os sistemas de cabeamento quevoc pode utilizar em sua rede.

    Como j vimos, existem trs tipos diferentes de cabos de rede: os cabos coaxiais, cabos de par

    tranado e os cabos de fibra ptica.

    Cabo coaxial

    Os cabos coaxiais so cabos constitudos de 4 camadas: um condutor interno, o fio de cobre que

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    transmite os dados; uma camada isolante de plstico, chamada de dieltrico que envolve o cabointerno; uma malha de metal que protege as duas camadas internas e, finalmente, uma novacamada de revestimento, chamada de jaqueta.

    Se voc envolver um fio condutor com uma segunda camada de material condutor, a camadaexterna proteger a primeira da interferncia externa. Devido a esta blindagem, os cabos coaxiais(apesar de ligeiramente mais caros que os de par tranado) podem transmitir dados a distnciasmaiores, sem que haja degradao do sinal. Existem 4 tipos diferentes de cabos coaxiais,chamados de 10Base5, 10Base2, RG-59/U e RG-62/UO cabo10Base5 um tipo mais antigo, usado geralmente em redes baseadas em mainframes.Esta cabo muito grosso, tem cerca de 0.4 polegadas, ou quase 1 cm de dimetro e por isso muito caro e difcil de instalar devido baixa flexibilidade. Outro tipo de cabo coaxial pouco usadoatualmente oRG62/U, usado em redes Arcnet. Temos tambm o cabo RG-59/U, usado nafiao de antenas de TV.Alm da baixa flexibilidade e alto custo, os cabos 10Base5 exigem uma topologia de rede bemmais cara e complicada. Temos o cabo coaxial 10base5 numa posio central, como um backbone,sendo as estaes conectadas usando um segundo dispositivo, chamado transceptor, que atuacomo um meio de ligao entre elas e o cabo principal.

    Os transceptores perfuram o cabo 10Base5, alcanando o cabo central que transmite os dados,sendo por isso tambm chamados de derivadores vampiros. Os transceptores so conectados

    aos encaixes AUI das placas de rede (um tipo de encaixe parecido com a porta de joystick daplaca de som, encontrado principalmente em placas antigas) atravs de um cabo mais fino,chamado cabo transceptor. Alm de antiquada, esta arquitetura muito cara, tanto a nvel decabos e equipamentos, quanto em termos de mo de obra.

    Os cabos 10Base5 foram praticamente os nicos utilizados em redes de mainframes no inicio da

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    dcada de 80, mas sua popularidade foi diminuindo com o passar do tempo por motivos bvios.

    Atualmente voc s se deparar com este tipo de cabo em instalaes bem antigas ou, quemsabe, em museus ;-)

    Finalmente, os cabos10Base2, tambm chamados de cabos coaxiais finos, ou cabos Thinnet, soos cabos coaxiais usados atualmente em redes Ethernet, e por isso, so os cabos que vocreceber quando pedir por cabos coaxiais de rede. Seu dimetro de apenas 0.18 polegadas,cerca de 4.7 milmetros, o que os torna razoavelmente flexveis.Os cabos 10Base2 so bem parecidos com os cabos usados em instalaes de antenas de TV, adiferena que, enquanto os cabos RG-59/U usados nas fiaes de antena possuem impednciade 75 ohms, os cabos 10Base2 possuem impedncia de apenas 50 ohms. Por isso, apesar doscabos serem parecidos, nunca tente usar cabos de antena em redes de micros. fcil diferenciaros dois tipos de cabo, pois os de redes so pretos enquanto os para antenas so brancos.

    O 10 na sigla 10Base2, significa que os cabos podem transmitir dados a uma velocidade de at10 megabits por segundo, Base significa banda base e se refere distncia mxima para que o

    sinal pode percorrer atravs do cabo, no caso o 2 que teoricamente significaria 200 metros, masque na prtica apenas um arredondamento, pois nos cabos 10Base2 a distncia mximautilizvel de 185 metros.

    Usando cabos 10Base2, o comprimento do cabo que liga um micro ao outro deve ser de nomnimo 50 centmetros, e o comprimento total do cabo (do primeiro ao ltimo micro) no podesuperar os 185 metros. permitido ligar at 30 micros no mesmo cabo, pois acima disso, ogrande nmero de colises de pacotes ir prejudicar o desempenho da rede, chegando ao pontode praticamente impedir a comunicao entre os micros em casos extremos.

    Conectamos o cabo coaxial fino placa de rede usando conectores BCN, que por sua vez soligados a conectores T ligados na placa de rede. Usando cabos coaxiais os micros so ligados unsaos outros, com um cabo em cada ponta do conector T.

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    Conector BCN desmontado

    Conector T na placa de rede

    So necessrios dois terminadores para fechar o circuito. Os terminadores so encaixadosdiretamente nos conectores T do primeiro e ltimo micro da rede. Pelo menos um dosterminadores, dever ser aterrado.

    Terminador

    Se voc no instalar um terminador em cada ponta da rede, quando os sinais chegarem s pontasdo cabo, retornaro, embora um pouco mais fracos, formando os chamados pacotes sombra. Estes

    pacotes atrapalham o trfego e corrompem pacotes bons que estejam trafegando, praticamenteinutilizando a rede.Em redes Ethernet os terminadores devem ter impedncia de 50 ohms (a mesma dos cabos),valor que geralmente vem estampado na ponta do terminador.Para prender o cabo ao conector BCN, precisamos de duas ferramentas: um descascador de cabo

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    coaxial e um alicate de crimpagem. O descascador serve para retirar o dieltrico do cabo,deixando exposto o fio de cobre (voc pode fazer este trabalho com algum outro instrumentocortante, como um estilete, mas usando o descascador o resultado ser bem melhor). O alicatepara crimpagem serve para prender o cabo ao conector, impedindo que ele se solte facilmente. Oalicate de crimpagem possuir sempre pelo menos dois orifcios, o menor, com cerca de 1 mm de

    dimetro serve para prender o pino central do conector BCN ao fio central do cabo. A maior servepara prender o anel de metal.

    Para crimpar os cabos coaxiais indispensvel ter o alicate de crimpagem. No d para fazer oservio com um alicate comum pois ele no oferece presso suficiente. Um alicate de crimpagemde cabos coaxiais custa partir de 45 reais; entretanto, a maioria das lojas que vendem cabostambm os crimpam de acordo com a necessidade do cliente.

    Descascador de cabos coaxiais ( esquerda) e alicate de crimpagem.

    Cabo de par tranado

    Os cabos de par tranados vem substituindo os cabos coaxiais desde o incio da dcada de 90.Hoje em dia muito raro algum ainda utilizar cabos coaxiais em novas instalaes de rede, omais comum apenas reparar ou expandir redes que j existem. Mais adiante teremos umcomparativo entre os dois tipos de cabos.

    O nome par tranado muito conveniente, pois estes cabos so constitudos justamente por 4pares de cabos entrelaados. Veja que os cabos coaxiais usam uma malha de metal que protege ocabo de dados contra interferncias externas; os cabos de par tranado por sua vez, usam um tipode proteo mais sutil: o entrelaamento dos cabos cria um campo eletromagntico que ofereceuma razovel proteo contra interferncias externas.

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    Cabo de par Tranado

    Alm dos cabos sem blindagem (como o da foto) conhecidos comoUTP(Unshielded Twisted Pair),existem os cabos blindados conhecidos comoSTP(Shielded Twisted Pair). A nica diferena entreeles que os cabos blindados alm de contarem com a proteo do entrelaamento dos fios,possuem uma blindagem externa (assim como os cabos coaxiais), sendo mais adequados aambientes com fortes fontes de interferncias, como grandes motores eltricos e estaes de rdioque estejam muito prximas. Outras fontes menores de interferncias so as lmpadas

    fluorescentes (principalmente lmpadas cansadas que ficam piscando), cabos eltricos quandocolocados lado a lado com os cabos de rede e mesmo telefones celulares muito prximos doscabos.Quanto maior for o nvel de interferncia, menor ser o desempenho da rede, menor ser adistncia que poder ser usada entre os micros e mais vantajosa ser a instalao de cabosblindados. Em ambientes normais porm os cabos sem blindagem costumam funcionar bem.Existem no total, 5 categorias de cabos de par tranado. Em todas as categorias a distnciamxima permitida de 100 metros. O que muda a taxa mxima de transferncia de dados e onvel de imunidade a interferncias .

    Categoria 1: Este tipo de cabo foi muito usado em instalaes telefnicas antigas, porem no

    mais utilizado.

    Categoria 2: Outro tipo de cabo obsoleto. Permite transmisso de dados a at 4 mbps.

    Categoria 3: Era o cabo de par tranado sem blindagem usado em redes at alguns anos atrs.Pode se estender por at 100 metros e permite transmisso de dados a at 10 Mbps. A diferenado cabo de categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 o numero de tranas.Enquanto nos cabos 1 e 2 no existe um padro definido, os cabos de categoria 3 (assim como osde categoria 4 e 5) possuem atualmente de 24 a 45 tranas por metro, sendo muito maisresistente a rudos externos. Cada par de cabos tem um nmero diferente de tranas por metro, oque atenua as interferncias entre os cabos. Praticamente no existe a possibilidade de dois paresde cabos terem exatamente a mesma disposio de tranas.

    Categoria 4: Por serem blindados, estes cabos j permitem transferncias de dados a at 16mbps, e so o requisito mnimo para redes Token Ring de 16 mbps, podendo ser usados tambmem redes Ethernet de 10 mbps no lugar dos cabos sem blindagem.

    Categoria 5: Este o tipo de cabo de par tranado usado atualmente, que existe tanto em versoblindada quanto em verso sem blindagem, a mais comum. A grande vantagem sobre estacategoria de cabo sobre as anteriores a taxa de transferncia, at 100 mbps.

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    Os cabos de categoria 5 so praticamente os nicos que ainda podem ser encontrados venda,mas em caso de dvida basta checas as inscries decalcadas no cabo, entre elas est a categoriado cabo, como na foto abaixo:

    Category 5e

    Independentemente da categoria, todos os cabos de par tranado usam o mesmo conector,chamado RJ-45. Este conector parecido com os conectores de cabos telefnicos, mas bemmaior por acomodar mais fios. Uma ponta do cabo ligada na placa de rede e a outra no hub.

    Para crimpar o cabo, ou seja, para prender o cabo ao conector, usamos um alicate de crimpagem.Aps retirar a capa protetora, voc precisar tirar as tranas dos cabos e em seguida arruma-los na ordem correta para o tipo de cabo que estiver construindo (veremos logo adiante)

    Veja que o que protege os cabos contra as interferncias externas so justamente as tranas. Aparte destranada que entra no conector o ponto fraco do cabo, onde ele mail vulnervel atodo tipo de interferncia. Por isso, recomendvel deixar um espao menor possvel sem astranas, se possvel menos de 2,5 centmetros.

    Para isso, uma sugesto que voc destrance um pedao suficiente do fio, para ordena-losconfortavelmente e depois corte o excesso, deixando apenas os 2 centmetros que entraro dentrodo conector:

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    Finalmente, basta colocar os fios dentro do conector e pressiona-lo usando um alicate decrimpagem.

    A funo do alicate fornecer presso suficiente para que os pinos do conector RJ-45, queinternamente possuem a forma de lminas, esmaguem os fios do cabo, alcanando o fio de cobree criando o contato. Voc deve retirar apenas a capa externa do cabo e no descascarindividualmente os fios, pois isto ao invs de ajudar, serviria apenas para causar mau contato,deixado o encaixe com os pinos do conector frouxo.

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    transmitindo dados e a outra apenas confirmando o recebimento dos pacotes, onde o modo full-duplex no faz diferena.

    As placas 10Base-2, as antigas, que utilizam cabo coaxial, no suportam full duplex. Isso umaexclusividade das placas que utilizam par tranado ou fibra ptica. As redes gigabit-over-cooper,

    que tambm utilizam cabos de par tranado suportam um modo full duplex, que tambm pode serativado apenas ao ligar diretamente dois PCs ou utilizar um switch.

    Tecnologias antigas de rede

    As redes Token Ring e mesmo as Arcnet j tiveram seus dias de glria, mas acabaram caindo emdesuso com a popularizao das redes Ethernet. Ainda possvel encontrar algumas redes TokenRing, sobretudo em grandes empresas e ainda possvel comprar placas e hubs, mas estamosvendo uma curva descendente, onde no so montadas novas redes e as antigas so apenasreparadas, no expandidas. So as Braslias e Fuscas entre as redes.

    Redes Token Ring

    Diferentemente das redes Ethernet que usam uma topologia lgica de barramento, as redes TokenRing utilizam uma topologia lgica de anel. Quanto topologia fsica, utilizado um sistema deestrela parecido com o 10BaseT, onde temos hubs inteligentes com 8 portas cada ligados entre s.Tanto os hubs quanto as placas de rede e at mesmo os conectores dos cabos tm que serprprios para redes Token Ring. Existem alguns hubs combo, que podem ser utilizados tanto emredes Token Ring quanto em redes Ethernet.

    O custo de montar uma rede Token Ring muito maior que o de uma rede Ethernet, e suavelocidade de transmisso est limitada a 16 mbps, contra os 100 mbps permitidos pelas redesEthernet. Porm, as redes Token Ring trazem algumas vantagens sobre sua concorrente: atopologia lgica em anel quase imune a colises de pacote, e pelas redes Token Ringobrigatoriamente utilizarem hubs inteligentes, o diagnstico e soluo de problemas maissimples.Devido a estas vantagens, as redes Token Ring ainda so razoavelmente utilizadas em redes demdio a grande porte. Contudo, no recomendvel pensar em montar uma rede Token Ring paraseu escritrio, pois os hubs so muito caros e a velocidade de transmisso em pequenas redes bem mais baixa que nas redes Ethernet.Como disse, as redes Token Ring utilizam uma topologia lgica de anel. Apesar de estarem

    fisicamente conectadas a um hub, as estaes agem como se estivessem num grande anel. Disseanteriormente que as redes Token Ring so praticamente imunes a colises, curioso em sabercomo este sistema funciona?Se voc tem uma grande quantidade de pessoas querendo falar (numa reunio por exemplo),como fazer para que apenas uma fale de cada vez? Uma soluo seria usar um basto de falar:quem estivesse com o basto (e somente ele) poderia falar por um tempo determinado, ao finaldo qual deveria passar o basto para outro que quisesse falar e esperar at que o basto volte,

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    caso queira falar mais. justamente este o sistema usado em redes Token Ring. Um pacote especial, chamado pacote deToken circula pela rede, sendo transmitido de estao para estao. Quando uma estao precisatransmitir dados, ela espera at que o pacote de Token chegue e, em seguida, comea a

    transmitir seus dados.A transmisso de dados em redes Token tambm diferente. Ao invs de serem irradiados paratoda a rede, os pacotes so transmitidos de estao para estao (da a topologia lgica de anel).A primeira estao transmite para a segunda, que transmite para a terceira, etc. Quando os dadoschegam estao de destino, ela faz uma cpia dos dados para s, porm, continua a transmissodos dados. A estao emissora continuar enviando pacotes, at que o primeiro pacote enviado duma volta completa no anel lgico e volte para ela. Quando isto acontece, a estao pra detransmitir e envia o pacote de Token, voltando a transmitir apenas quando receber novamente oToken.

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    O sistema de Token mais eficiente em redes grandes e congestionadas, onde a diminuio donmero de colises resulta em um maior desempenho em comparao com redes Ethernetsemelhantes. Porm, em redes pequenas e mdias, o sistema de Token bem menos eficiente doque o sistema de barramento lgico das redes Ethernet, pois as estaes tm de esperar bemmais tempo antes de poder transmitir.

    Redes Arcnet

    Das trs topologias, a Arcnet a mais antiga, existindo desde a dcada de 70. claro que de lpra c tivemos muitos avanos, mas no o suficiente para manter as redes Arcnet competitivasfrente s redes Token Ring e Ethernet. Para voc ter uma idia, as redes Arcnet so capazes detransmitir a apenas 2.5 mbps e quase no existem drivers for Windows para as placas de rede. Ospoucos que se aventuram a us-las atualmente normalmente as utilizam em modo decompatibilidade, usando drivers MS-DOS antigos.Atualmente as redes Arcnet esto em vias de extino, voc dificilmente encontrar placas Arcnet venda e mesmo que as consiga, enfrentar uma via sacra atrs de drivers para conseguir faz-las funcionar.Apesar de suas limitaes, o funcionamento de rede Arcnet bem interessante por causa de suaflexibilidade. Como a velocidade de transmisso dos dados bem mais baixa, possvel usarcabos coaxiais de at 600 metros, ou cabos UTP de at 120 metros. Por serem bastante simples,os hubs Arcnet tambm so baratos.

    O funcionamento lgico de uma rede Arcnet tambm se baseia num pacote de Token, a diferena que ao invs do pacote ficar circulando pela rede, eleita uma estao controladora da rede,que envia o pacote de Token para uma estao de cada vez.

    No h nenhum motivo especial para uma estao ser escolhida como controladora, geralmente escolhida a estao com o endereo de n formado por um nmero mais baixo.

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    Apesar de completamente obsoletas, muitos dos conceitos usados nas redes Arcnet foram usadospara estabelecer os padres atuais de rede.

    Novas tecnologias de rede

    As redes Ethernet so extremamente acessveis, com placas de rede que chegam a custar 30 ou35 reais, hubs de menos de 100 reais e cabos de rede com preos simplesmente irrisrios. Avelocidade tambm muito boa: 100 megabits so suficientes para quase todo tipo de aplicao,com exceo de redes muito congestionadas ou servidores de arquivos de alto desempenho.

    Excluindo apenas as limitaes em termos de flexibilidade, j que ainda preciso sair passandocabos de rede pela casa, as redes Ethernet tm hoje um custo-benefcio simplesmente imbatvel.

    Mas, atualmente, as opes de redes vo muito alm das redes Ethernet. Padres de redes semfio como o IEEE 802.11b e o IEEE 802.11atrazem uma comodidade e facilidade de instalao

    atrativa principalmente em ambientes onde predominam os notebooks e portteis em geral. Obluetooth mais um padro de rede sem fio que promete servir como complemento para asdemais arquiteturas, permitindo interligar em rede pequenos aparelhos, como Palms, cmerasdigitais, celulares, etc. Isso sem falar nos padres Home PNA e HomePlug Powerline, que utilizamcomo mdia as extenses telefnicas e tomadas eltricas que todos temos em casa, facilitando ainstalao da rede.

    Alm destes padres, destinados ao mercado domstico, temos padres de rede muito maisrpidos que as redes Fast-Ethernet (100 megabits), destinadas principalmente a interligarservidores de arquivos de alto desempenho.

    Claro, voc no pode deixar de conhecer em primeira mo todas estas tecnologias. Vamos entoanalisar as caractersticas de cada opo:

    IEEE 802.11b

    Esta a tecnologia de rede sem fio mais difundida atualmente e a que tem maiores chances detornar-se padro nos prximos um ou dois anos, passando a rivalizar com as redes Ethernet que

    j esto to bem estabelecidas.

    A topologia das redes 802.11b semelhante a das redes de par tranado, com um Hub central. Adiferena no caso que simplesmente no existem os fios ;-) Existem tanto placas PC-Card, quepodem ser utilizadas em notebooks e em alguns handhelds, quanto placas para micros de mesa.

    No existe mistrio na instalao das placas. Basta deixar que o Windows detecte o novohardware e fornecer os drivers da placa, ou executar o utilitrio de configurao. O Windows XPpossui drivers para algumas placas, facilitando a tarefa. As placas 802.11b so detectadas comoplacas Ethernet, apenas uma forma que os fabricantes encontraram para facilitar acompatibilidade com os vrios sistemas operacionais.

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    Existem muitos casos de fabricantes que optaram por produzir apenas placas PC-Card(presumindo que a maior parte das vendas seria feita para usurios de notebooks) e que oferecemcomo complemento um adaptador opcional que pode ser usado para encaixar os cartes emmicros de mesa. Lembre-se que o padro PC-Card dos notebooks e o barramento PCI dosdesktops so muito semelhantes, por isso basta um adaptador simples.

    O Hub chamado de ponto de acesso e tem a mesma funo que desempenha nas redesEthernet: retransmitir os pacotes de dados, de forma que todos os micros da rede os recebam.

    Placa de rede 802.11b

    Ponto de acesso

    No existe limite no nmero de estaes que podem ser conectadas a cada ponto de acesso mas,assim como nas redes Ethernet, a velocidade da rede decai conforme aumenta o nmero deestaes, j que apenas uma pode transmitir de cada vez.

    A maior arma do 802.11b contra as redes cabeadas a versatilidade. O simples fato de poderinterligar os PCs sem precisar passar cabos pelas paredes j o suficiente para convenceralgumas pessoas, mas existem mais alguns recursos interessantes que podem ser explorados.

    Sem dvidas, a possibilidade mais interessante a mobilidade para os portteis. Tanto os

    notebooks quanto handhelds e as futuras webpads podem ser movidos livremente dentro da reacoberta pelos pontos de acesso sem que seja perdido o acesso rede.

    Esta possibilidade lhe dar alguma mobilidade dentro de casa para levar o notebook para ondequiser, sem perder o acesso Web, mas ainda mais interessante para empresas e escolas. Nocaso das empresas a rede permitiria que os funcionrios pudessem se deslocar pela empresa semperder a conectividade com a rede e bastaria entrar pela porta para que o notebook

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    automaticamente se conectasse rede e sincronizasse os dados necessrios. No caso das escolasa principal utilidade seria fornecer acesso Web aos alunos. Esta j uma realidade em algumasuniversidades e pode tornar-se algo muito comum dentro dos prximos anos.

    Vamos ento s especificaes e aos recursos desta arquitetura.

    A velocidade das redes 802.11b de 11 megabits, comparvel das redes Ethernet de 10megabits, mas muito atrs da velocidade das redes de 100 megabits. Estes 11 megabits no soadequados para redes com um trfego muito pesado, mas so mais do que suficientes paracompartilhar o acesso web, trocar pequenos arquivos, jogar games multiplayer, etc. Note que os11 megabits so a taxa bruta de transmisso de dados, que incluem modulao, cdigos decorreo de erro, retransmisses de pacotes, etc., como em outras arquiteturas de rede. Avelocidade real de conexo fica em torno de 6 megabits, o suficiente para transmitir arquivos a750 KB/s, uma velocidade real semelhante das redes Ethernet de 10 megabits.

    Mas, existe a possibilidade de combinar o melhor dos dois mundos, conectando um ponto deacesso 802.11b a uma rede Ethernet j existente. No ponto de acesso da foto acima voc podenotar que existe um conector RJ-45:

    Isto adiciona uma grande versatilidade rede e permite diminuir os custos. Voc pode interligaros PCs atravs de cabos de par tranado e placas Ethernet que so baratos e usar as placas802.11b apenas nos notebooks e aparelhos onde for necessrio ter mobilidade. No existemistrio aqui, basta conectar o ponto de acesso ao Hub usando um cabo de par tranado comumpara interligar as duas redes. O prprio Hub 802.11b passar a trabalhar como um switch,

    gerenciando o trfego entre as duas redes.

    O alcance do sinal varia entre 15 e 100 metros, dependendo da quantidade de obstculos entre oponto de acesso e cada uma das placas. Paredes, portas e at mesmo pessoas atrapalham apropagao do sinal. Numa construo com muitas paredes, ou paredes muito grossas, o alcancepode se aproximar dos 15 metros mnimos, enquanto num ambiente aberto, como o ptio de umaescola o alcance vai se aproximar dos 100 metros mximos. Se voc colocar o ponto de acessoprximo da janela da frente da sua casa por exemplo, provavelmente um vizinho distante doisquarteires ainda vai conseguir se conectar sua rede.

    Voc pode utilizar o utilitrio que acompanha a placa de rede para verificar a qualidade do sinalem cada parte do ambiente onde a rede dever estar disponvel. O utilitrio lhe fornecer umgrfico com a potncia e a qualidade do sinal, como abaixo:

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    A potncia do sinal decai conforme aumenta a distncia, enquanto a qualidade decai pelacombinao do aumento da distncia e dos obstculos pelo caminho. por isso que num campoaberto o alcance ser muito maior do que dentro de um prdio por exemplo.

    Conforme a potncia e qualidade do sinal se degrada, o ponto de acesso pode diminuir avelocidade de transmisso a fim de melhorar a confiabilidade da transmisso. A velocidade podecair para 5.5 megabits, 2 megabits ou chegar a apenas 1 megabit por segundo antes do sinal seperder completamente. Algumas placas e pontos de acesso so capazes de negociar velocidadesainda mais baixas, possibilitando a conexo a distncias ainda maiores. Nestes casos extremos oacesso rede pode se parecer mais com uma conexo via modem do que via rede local.

    As redes sem fio, sejam baseadas no 802.11b ou em qualquer outro padro, apresentam umgrande potencial para o futuro. Uma mudana mais interessante que eu vejo o estabelecimentode pontos de acesso Web em lojas, supermercados, shoppings, restaurantes, escolas, etc. ondeo acesso Web ser oferecido como convenincia aos clientes armados com notebooks epalmtops, que dentro dos prximos anos se tornaro muito mais populares e j viro cominterfaces de rede sem fio. Ser uma forma de acesso muito mais barata (e mais rpida) que aatravs dos celulares 2.5G ou mesmo 3G e ao mesmo tempo ser algo muito barato de implantarpara os comerciantes que j tiverem um PC com acesso Web.

    J que na maior parte do tempo em que no estamos em casa ou no trabalho estamos em algumdestes lugares, estas pequenas redes pblicas diminuiro muito a necessidade de usar o acessovia celular, que mesmo com o 2.5G continuar sendo caro, j que no haver mais cobrana por

    minuto, mas em compensao haver tarifao pela quantidade de dados transferidos. Ser umagrande convenincia, j que voc poder acessar a Web em praticamente qualquer lugar. O velhosonho de muitos educadores de escolas onde cada aluno tem um computador conectado rede daescola tambm poder tornar-se realidade mais facilmente.

    O alcance de 15 a 100 metros do 802.11b mais do que suficiente para uma loja, escritrio ourestaurante. No caso de locais maiores, bastaria combinar vrios pontos de acesso para cobrirtoda a rea. Estes pontos podem ser configurados para automaticamente dar acesso a todos osaparelhos dentro da rea de cobertura. Neste caso no haveria maiores preocupaes quanto segurana, j que estar sendo compartilhado apenas acesso web.

    Segurana

    A maior dvida sobre o uso de redes sem fio recai sobre o fator segurana. Com um transmissorirradiando os dados transmitidos atravs da rede em todas as direes, como impedir quequalquer um possa se conectar a ela e roubar seus dados? Como disse acima, um ponto de acessoinstalado prximo janela da sala provavelmente permitir que um vizinho a dois quarteires dasua casa consiga captar o sinal da sua rede, uma preocupao agravada pela popularidade que as

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    redes sem fio vm ganhando.

    Alguns kits permitem ainda conectar antenas Yagi, ou outras antenas de longo alcance nasinterfaces de rede, o que aumenta ainda mais o alcance dos sinais, que com as antenas especiaispode chegar a mais de 500 metros. Veremos isto com mais detalhes logo adiante.

    Para garantir a segurana, existem vrios sistemas que podem ser implementados, apesar de nemsempre eles virem ativados por default nos pontos de acesso.

    Todo ponto de acesso 802.11b, mesmo os de baixo custo, oferece algum tipo de ferramenta deadministrao. Alguns podem ser acessados via web, como alguns modems ADSL e switches, ondebasta digitar no browser de uma das mquinas da rede o endereo IP do ponto de acesso e aporta do servio.

    Neste caso, qualquer PC da rede (um um intruso que se conecte a ela) pode acessar a ferramentade configurao. Para se proteger voc deve alterar a senha de acesso default e se possveltambm alterar a porta usada pelo servio. Assim voc ter duas linhas de proteo. Mesmo quealgum descubra a senha ainda precisar descobrir qual porta o utilitrio est escutando e assim

    por diante.

    Em outros casos ser necessrio instalar um programa num dos micros da rede para configurar oponto de acesso, mas valem as mesmas medidas de alterar a senha default e se possvel a portaTCP utilizada pelo servio.

    Dentro do utilitrio de configurao voc poder habilitar os recursos de segurana. Na maioriados casos todos os recursos abaixo vem desativados por default a fim de que a rede funcioneimediatamente, mesmo antes de qualquer coisa ser configurada. Para os fabricantes, quanto maissimples for a instalao da rede, melhor, pois haver um nmero menor de usurios insatisfeitospor no conseguir fazer a coisa funcionar. Mas, voc no qualquer um. Vamos ento sconfiguraes:

    ESSID

    A primeira linha de defesa o ESSID(Extended Service Set ID), um cdigo alfanumrico queidentifica os computadores e pontos de acesso que fazem parte da rede. Cada fabricante utilizaum valor default para esta opo, mas voc deve alter-la para um valor alfanumrico qualquerque seja difcil de adivinhar.

    Geralmente estar disponvel no utilitrio de configurao do ponto de acesso a opo broadcastESSID. Ao ativar esta opo o ponto de acesso envia periodicamente o cdigo ESSID da rede,permitindo que todos os clientes prximos possam conectar-se na rede sem saber prviamente o

    cdigo. Ativar esta opo significa abrir mo desta camada de segurana, em troca de tornar arede mais plug-and-play. Voc no precisar mais configurar manualmente o cdigo ESSID emtodos os micros.

    Esta uma opo desejvel em redes de acesso pblico, como muitas redes implantadas emescolas, aeroportos, etc. mas caso a sua preocupao maior seja a segurana, o melhor desativar a opo. Desta forma, apenas quem souber o valor ESSID poder acessar a rede.

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    WEP

    Apenas o ESSID, oferece uma proteo muito fraca. Mesmo que a opo broadcast ESSID estejadesativada, j existem sniffers que podem descobrir rapidamente o ESSID da rede monitorando otrfego de dados.

    Heis que surge o WEP, abreviao de Wired-Equivalent Privacy, que como o nome sugere trazcomo promessa um nvel de segurana equivalente das redes cabeadas. Na prtica o WEPtambm tem suas falhas, mas no deixa de ser uma camada de proteo essencial, muito maisdifcil de penetrar que o ESSID sozinho.

    O WEP se encarrega de encriptar os dados transmitidos atravs da rede. Existem dois padresWEP, de 64 e de 128 bits. O padro de 64 bits suportado por qualquer ponto de acesso ouinterface que siga o padro WI-FI, o que engloba todos os produtos comercializados atualmente. Opadro de 128 bits por sua vez no suportado por todos os produtos. Para habilit-lo serpreciso que todos os componentes usados na sua rede suportem o padro, caso contrrio os nsque suportarem apenas o padro de 64 bits ficaro fora da rede.

    Na verdade, o WEP composto de duas chaves distintas, de 40 e 24 bits no padro de 64 bits ede 104 e 24 bits no padro de 128. Por isso, a complexidade encriptao usada nos dois padresno a mesma que seria em padres de 64 e 128 de verdade.

    Alm do detalhe do nmero de bits nas chaves de encriptao, o WEP possui outrasvulnerabilidades. Alguns programas j largamente disponveis so capazes de quebrar as chavesde encriptao caso seja possvel monitorar o trfego da rede durante algumas horas e atendncia que estas ferramentas se tornem ainda mais sofisticadas com o tempo. Como disse, oWEP no perfeito, mas j garante um nvel bsico de proteo.

    O WEP vem desativado na grande maioria dos pontos de acesso, mas pode ser facilmente ativadoatravs do utilitrio de configurao. O mais complicado que voc precisar definir manualmenteuma chave de encriptao (um valor alfanumrico ou hexadecimal, dependendo do utilitrio) quedever ser a mesma em todos os pontos de acesso e estaes da rede. Nas estaes a chave,assim como o endereo ESSID e outras configuraes de rede podem ser definidas atravs deoutro utilitrio, fornecido pelo fabricante da placa.

    Um detalhe interessante que apartir do incio de 2002 os pontos de acesso devem comear asuportar o uso de chaves de encriptao dinmicas, que no exigiro configurao manual. Aoadquirir um ponto de acesso agora importante verificar se ele pode ser atualizado via software,para que mais tarde voc possa instalar correes e suporte a novos padres e tecnologias.

    RADIUS

    Este um padro de encriptao proprietrio que utiliza chaves de encriptao de 128 bits reais, oque o torna muito mais seguro que o WEP. Infelizmente este padro suportado apenas poralguns produtos. Se estiver interessado nesta camada extra de proteo, voc precisar pesquisar

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    quais modelos suportam o padro e selecionar suas placas e pontos de acesso dentro desse crculorestrito. Os componentes geralmente sero um pouco mais caro, j que voc estar pagandotambm pela camada extra de encriptao.

    Permisses de acesso

    Alm da encriptao voc pode considerar implantar tambm um sistema de segurana baseadoem permisses de acesso. O Windows 95/98/ME permite colocar senhas nos compartilhamentos,enquanto o Windows NT, 2000 Server ou ainda o Linux, via Samba, j permitem uma seguranamais refinada, baseada em permisses de acesso por endereo IP, por usurio, por grupo, etc.

    Usando estes recursos, mesmo que algum consiga penetrar na sua rede, ainda ter que quebrara segurana do sistema operacional para conseguir chegar aos seus arquivos. Isso vale noapenas para redes sem fio, mas tambm para redes cabeadas, onde qualquer um que tenhaacesso a um dos cabos ou a um PC conectado rede um invasor em potencial.

    Alguns pontos de acesso oferecem a possibilidade de estabelecer uma lista com as placas que tmpermisso para utilizar a rede e rejeitar qualquer tentativa de conexo de placas no autorizadas.O controle feito atravs dos endereos MAC das placas, que precisam ser includos um a um nalista de permisses, atravs do utilitrio do ponto de acesso. Muitos oferecem ainda apossibilidade de estabelecer senhas de acesso.

    Somando o uso de todos os recursos acima, a rede sem fio pode tornar-se at mais segura do queuma rede cabeada, embora implantar tantas camadas de proteo torne a implantao da redemuito mais trabalhosa.

    Como so dados so transmitidos e interferncia

    As redes 802.11b transmitem sinais de rdio na faixa dos 2.4 GHz utilizando um modo detransmisso chamado Direct Sequence Spread Spectrum, onde o transmissor escolhe umafrequncia onde no existam outras transmisses e se mantm nela durante o perodo deoperao, a menos que o nvel de interferncia atinja um ponto crtico. Neste caso ostransmissores procuraro outra frequncia disponvel. O padro 802.11b utiliza frequncias entre2.4 e 2.48 GHz, com um total de 11 canais disponveis (2.412, 2.417, 2.422, 2.427, 2.432, 2.437,2.442, 2.447, 2.452, 2.457 e 2.462 GHz).

    Os transmissores podem utilizar qualquer uma das faixas em busca da banda mais limpa, o que jgarante alguma flexibilidade contra interferncias. Apesar disso, as redes 802.11b possuem pelomenos quatro inimigos importantes: os transmissores bluetooth, telefones sem fio que operam nafaixa dos 2.4 GHz, aparelhos de microondas e outros pontos de acesso 802.11b prximos.

    Em nenhum dos quatro casos existe o risco da rede chegar a sair fora do ar (mesmo em casosextremos), mas existe a possibilidade de haver uma degradao de desempenho considervel.

    O Bluetooth costuma ser o mais temido, pois tambm um padro de redes sem fio e tambmopera na faixa dos 2.4 GHz. Mas, na prtica, o Bluetooth o menos perigoso dos quatro, pois

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    utiliza um modo de transmisso diferente do 802.11b, chamado Frequency Hop Spread Spectrum,onde os transmissores mudam constantemente de frequncia, dentro do conjunto de 79 canaispermitido pelo padro. Esta uma forma de evitar interferncia com outros transmissoresBluetooth prximos, j que a sequncia conhecida apenas pelos dispositivos envolvidos e, emconsequncia, tambm evita uma interferncia direta com transmissores 802.11b.

    Na prtica, os transmissores Bluetooth podem causar uma pequena perda de desempenho nosmomentos em que tentarem transmitir na mesma frequncia dos transmissores 802.11b. Mas,como o chaveamento muito rpido, isto s chega a ser um problema nas transmisses de vdeoou outros tipos de mdia via streaming, onde qualquer pequena pausa j atrapalha a visualizao.

    Os modelos de telefone sem fio que operam na faixa dos 2.4 GHz so um pouco mais perigosos, jque ao contrrio do bluetooth operam a uma frequncia fixa. Neste caso o telefone pode invadir afrequncia utilizada pela rede, prejudicando a velocidade de transmisso enquanto estiver sendousado.

    Os aparelhos de microondas tambm utilizam ondas de rdio nesta mesma faixa de frequncia epor isso tambm podem atrapalhar, embora apenas caso fiquem muito prximos dos

    transmissores. Caso o microondas fique a pelo menos 6 metros, no haver maiores problemas.

    Finalmente, chegamos ao problema final. O que acontece caso todos os seus vizinhos resolvamutilizar redes 802.11b, ou caso voc precise utilizar vrios pontos de acesso na mesma rede?

    Como disse acima, os dispositivos de cada rede podem utilizar qualquer um dos 11 canaispermitidos pelo padro. Mas existe um porm: dos 11, apenas 3 canais podem ser utilizadossimultneamente, pois os transmissores precisam de uma faixa de 22 MHz para operar.

    Se existirem at 3 transmissores na mesma rea, no haver problemas, pois cada um poderutilizar um canal diferente. Com 4 ou mais pontos de acesso voc ter perda de desempenhosempre que dois tentarem transmitir dados simultneamente.

    Na prtica, o cenrio parecido com o que temos numa rede Ethernet. Como o Hub encaminhatodos os pacotes para todas as estaes, apenas uma estao pode transmitir de cada vez.Sempre que duas estaes tentam transmitir ao mesmo tempo, temos uma coliso de pacotes e arede fica paralisada por alguns milessegundos, at que as estaes possam voltar a retransmitir,uma de cada vez.

    No 802.11b temos um cenrio parecido. Com vrios pontos de acesso operando no mesmo canal,as transmisses precisam ser feitas de forma alternada. Na melhor das hipteses, voc no ter11 megabits para cada um, mas 11 megabits para todos. Naturalmente isso s se aplica nosmomentos em que ambos transmitirem ao mesmo tempo.

    Mais uma curiosidade que possvel aproveitar os trs canais simultneos para utilizar dois ou

    trs pontos de acesso no mesmo local, como uma forma de aumentar a performance da rede (nocaso de redes muito movimentadas, com muitas estaes), dividindo os usurios entre os pontosde acesso disponveis. Existem alguns casos de pontos de acesso que trabalham simultneamentenas trs frequncias, como se fosse trs pontos de acesso distintos.

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    Aumentando o alcance

    Assim como em outras tecnologias de transmisso via rdio, a distncia que o sinal capaz depercorrer depende tambm da qualidade da antena usada. As antenas padro utilizadas nos

    pontos de acesso, geralmente de 2 dBi so pequenas e prticas, alm de relativamente baratas,mas existe a opo de utilizar antenas mais sofisticadas para aumentar o alcance da rede.

    Ponto de acesso com as antenas padro.

    Alguns fabricantes chegam a dizer que o alcance dos seus pontos de acesso chega a 300 metros,usando as pequenas antenas padro. Isto est um pouco longe da realidade, pois s pode serobtido em campos abertos, livres de qualquer obstculo e mesmo assim o sinal ficaria to fracoque a velocidade de transmisso mal chegaria a 1 megabit.

    Mesmo assim, a distncia mxima e a qualidade do sinal (e consequentemente a velocidade detransmisso) pode variar bastante de um modelo de ponto de acesso para outro, de acordo com aqualidade do transmissor e da antena usada pelo fabricante.

    Existem basicamente trs tipos de antenas que podem ser utilizadas para aumentar o alcance darede.

    As antenas Yagi, so as que oferecem um maior alcance, mas em compensao so capazes decobrir apenas a rea para onde so apontadas. Estas antenas so mais teis para cobrir algumarea especfica, longe do ponto de acesso, ou ento para um usurio em trnsito, que precisa seconectar rede. Em ambos os casos, o alcance utilizando uma antena Yagi pode passar dos 500metros.

    Antena Yagi

    A segunda opo so as antenas ominidirecionais, que, assim como as antenas padro dos pontosde acesso, cobrem uma rea circular (ou esfrica, caso o ponto de acesso esteja instalado acimado solo) em torno da antena. A vantagem a possibilidade de utilizar uma antena com uma maiorpotncia. Existem modelos de antenas ominidirecionais de 3dbi, 5 dBi, 10 dBi ou at mesmo 15dBi, um grande avano sobre as antenas de 2 dBi que acompanham a maioria dos pontos de

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    acesso.

    Antenas ominidirecionais

    Assim como as Yagi, as antenas ominidirecionais podem ser usadas tanto para aumentar a reade cobertura do ponto de acesso, quanto serem instaladas numa interface de rede, emsubstituio antena que a acompanha, permitindo captar o sinal do ponto de acesso de umadistncia maior.

    Mais uma opo de antena so as mini-parablicas, que tambm captam o sinal em apenas umadireo, como as Yagi, mas em compensao podem ter uma potncia ainda maior, dependendo

    do modelo usado.

    Mini-Parablica

    Estas antenas podem custar de 30 a mais de 200 dlares, dependendo da potncia. As antenasYagi esto entre as mais caras, vendidas por US$ 150 ou mais. Alm do problema do preo, existe

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