Caro aniversariante, pparabéns por arabéns por eesse dia ... · Natanael Ribeiro de Campos...

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DIRETORIA EXECUTIVAPresidente:William Marinho de Faria (l1)[email protected] Vice-Presidente:Marcos de Souza(11)[email protected]ário:Walter Figueiredo Souza(31)3641-1172walter.fi [email protected] Tesoureiro: Paulo Barbosa Mendonça(l9)3542-3286

Pirassununga Renato Pavão...................(19)356l-605lBauru Gino Crês.......................(14)3203-3577Itapetininga Sílvio Munhoz Pires ......(15)3272-2145S. José dos CamposNatanael Ribeiro de Campos (l2)3207-9869Itajubá José Benedito Filho........(35)3623-4878

COORDENADORIASBoletim Informativo Inter-Ex João Costa Pinto....Res. (11)2341-2759 Cel.(11)96493-4520

DIAGRAMAÇÃOMarcelo Silva Calixto....(11)3476-9601

CARAVANAMoacyr Peinado Martin..(11)2421-4460

ATOS RELIGIOSOS Daniel R Billerbeck Nery.(11)2976-5240Lásaro A P dos Santos......(11)3228-9988

[email protected] Espiritual: Pe. Manoel F. dos Santos Jr(11)[email protected]

CONSELHO FISCAL - TITULARJosé Manoel Lopes Filho(l4)3223-3399Lásaro A. P. dos Santos(11)3228-9988

CONSELHO FISCAL - SUPLENTEItelvino Giacomelli(l1)4695-1288Vanderlei dos Reis Ribeiro (l1)2512-0063

REGIONAIS Ibicaré André Mardula ................(49)3522-0840São PauloMarcos de Souza..............(11)3228-5967CampinasJercy Maccari.....................(19)3871-4906CuritibaMarco Rossoni Filho........(41)3253-7135

EXPEDIENTEASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS MSC

PresidênciaAl. dos Uapés, 529 - São Paulo - CEP: 03146-010

Tel: (11) 5078-8239 Cel: [email protected]

Boletim Informativo Inter-ExRua dos Cíclames, 858 - Vila Prudente - SP

CEP: 03146-010 - São Paulo - SP

arta do padre Bernardo Ditters dias após ter participado da reunião de ex-alunos no mês de

agosto, em Pirassununga.(Transcrita do Boletim Informativo no. 19 do mês de

dezembro de 1984)Que experiência! Tive que esperar por 38 Encontros

para, afi nal, ganhar esta experiência inesquecível, educativa e madura. Não tinha muita ilusão e não esperava muito desse Encontro. A grande maioria dos presentes não me conhecia e eu fomentava apenas a esperança de rever um pequeno número de pioneiros, daqueles que mais sofreram comigo na década de 30, gurizada de 10 anos em média, hoje vovôs e por isso mesmo, presumia eu, mais liberais e mais meigos do que naqueles tempos agrestes. Mas não! Fui recebido no meio de uivos e vozerias do jeitinho de antigamente, bem familiares! Envolvia-me o cheiro afetuoso do ninho antigo, do bate papo confi dencial alegre e despretensioso misturado ao perfume das chuteiras no porão. Ai, colégio da Raia das minhas saudades .... gurizada .... hoje pais de família, fazendeiros, advogados, médicos, professores, comerciantes ..., antes de tudo, gurizada, todos com a tatuagem indelével da espiritualidade MSC, piedosa, alegre, acessível, obsequiosa. Obrigado, meu Deus!

Três coisas me impressionaram de trás para frente. As conversações com meus ex-alunos e os assuntos sérios da vida deles, o interesse que mostraram por minhas experiências de sacerdote e como eles se empenhavam na vida da paróquia como ministros da eucaristia, acólitos, na catequese, em atividades pelos pobres e, sobretudo, nas comunidades eclesiais de base. Bom naipe! “Bruder” Adriano Lansbergen deve estar sorrindo satisfeito no seu túmulo. Todos eles vieram para a Escola Apostólica dos MSC. Eu me perguntava: tinham vocação? Palavra difícil de ser respondida por um garoto de dez ou onze anos. Desejo da família (vocação de pai ou mãe)? Por que não vingaram? O que os teria levado à conscientização de que esse não era o caminho deles? Com quantas lutas encararam na vida lá fora, agora não mais protegida? E as crises da fé e religiosidade?

Muito mais se passou pela minha mente. Confesso que não gosto e nunca gostei de reuniões, mas nessa eu fi quei até o fi m. Não saí. Senti todos eles nas mãos de Deus.

NR: O padre Bernardo nasceu em 1908 e foi professor na Escola Apostólica de Pirassununga de 1933 a 1938 e de 1943 a 1945, construtor do seminário de Ibicaré. Faleceu em 1986 aos 78 anos.

CONTEÚDO DO BOLETIMO Redator é o responsável pelo conteúdo de sua matéria, pelo formato redacional e por eventual

opinião manifestada.

REDATORES DESTA EDIÇÃOJoão Baptista Gomes, O Sombra, Antonio Henriques, Raimundo José Santana, Monello Biondo, Alberto José Antonelli, Ézio Monari, Luppo da Gubbio, Vilmar Daleffe, João Costa Pinto e Eurico Padula Cotrim (In memoriam)2

INTER EX Março/2014

João Baptista Gomes (1942-1948)

TÚNELTEMPO

do

C

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01/04 - Delfi m Pinto Carneiro (19) 3881-236901/04 - Marco Aparecido Crepaldi (14) 3232-684502/04 - Pe. Domingos H. Cruz Martins (98) 3382-111603/04 - Isaias José de Carvalho (35) 3645-127604/04 - Renato Pereira Leite (11) 5584-794305/04 - José Irineu Baptistela (19) 3561-376706/04 - Luiz Carlos Flach (41) 3527-553907/04 - Edson Niehues (41) 3347-460007/04 - Antoninho Hahn (00) 3385-027907/04 - Raimundo José Santana (11) 2973-110808/04 - Pe. Air José Mendonça (11) 2211-645410/04 - Marcos de Jesus Travagim (19) 3571-555410/04 - Oswaldo Renó Campos (35) 3662-132111/04 - Marlinaldo de Andrade Freire (11) 3831-203712/04 - José Carlos Ferreira (19) 3541-074712/04 - Benedito Ronaldo Fernandes (35) 9199-015812/04 - Carlos Hermano Cardoso (19) 3239-119012/04 - José Roberto P. Carneiro (11) 3872-010314/04 - Arlindo Giacomelli (48) 3247-424917/04 - Wilson D. Mendes (00) 3565-168418/04 - Carlos Alberto Barbosa Lima (45) 3524-492618/04 - João Corrêa Filho (35) 3622-492520/04 - Sérgio Roberto Costa (35) 3221-723421/04 - Ivo Bottega (67) 3321-646422/04 - Pe. Ednei Antônio B. Rodrigues (14) 3236-491123/04 - Antônio Altafi n (19) 3434-759724/04 - Jorge Ferreira da Rosa (15) Itapetininga-SP25/04 - Pe. Walter Licklederer (retornou à Áustria)26/04 - Ângelo Garbozza Neto (41) x367-429228/04 - Pedro Antonio Grisa (48) 3249-626330/04 - Adelino Gouveia da Rocha (11) 2973-6046

03/05 - Luiz Carlos da Costa (12) 3912-953704/05 - Alexandre Araújo Pereira (19) 3232-661905/05 - Amilcar Monteiro Varanda (11) x287-371909/05 - Sílvio Munhoz Pires (15) 3272-214509/05 - Delfi m Pinto Carneiro Jr. (11) 2916-728311/05 - José Benedito Filho (35) 36234878 13/05 - Luiz Henrique da Costa (35) Itajubá19/05 - Francisco Levandowski (46) x523-200919/05 - Romeu Dias da Silva (35) x423-430920/05 - Pe. Jorge de O. Gonçalves Telefax (97) 3471-1063

Caro aniversariante,parabéns por parabéns por

esse dia, em que esse dia, em que você festejavocê festeja

mais um ano de vida, mais um ano de vida, junto com familiares,junto com familiares,

amigos ou confrades.amigos ou confrades.Seja feliz e receba Seja feliz e receba

as bençãos do Altoas bençãos do Alto

INTER EX Março/2014

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ABRIL 23/05 - Mário Ferrarezzi (19) 3561-544324/05 - Moacyr Peinado Martin (11) 6421-446025/05 - Darci Donizette Ferreira (11) Alguém sabe?

02/06 - Raul Carraro (19) 3421-203306/06 - Pe. Edvaldo Rosa de Mendonça (35) 3622-074906/06 - Pe. Nelson Ribeiro de Andrade (98)3382-1116-Telefax07/06 - Pe. Samuel Brandão de Oliveira (85) 9994-309208/06 - Paulo Barbosa Mendonça (19) 3542-853209/06 - Dimas Begalli de Figueiredo (35) 3212-898110/06 - Mauro Pavão (19) 99729-851614/06 - José Barbosa Ribeiro (35) 3465-476116/06 - Waldir Chaves de Mello (11) 4227-3148 17/06 - Tiago da Fonseca (18) 8143-699321/06 - Pe. Alex Sandro Sudré (19) 3367-534322/06 - Pe. Humberto Capobianco (19) 3561-891424/06 - João Negri Sobrinho (11) 4612-406425/06 - Jones Fabio de Lima (35) Alguém sabe?25/06 - Cláudio Picolli Pirassununga25/06 - Pe. Ivo Trevisol (85) 3377-123429/06 - Edyr Borges da Silva (19) 3289-515230/06 - Eliseu Pavão (19) 3561-5742

02/07 - Mário Walter Decarli (11) 4654-135102/07 - Orlando Os (35) 3622-459603/07 - Jair Ribeiro (35) 3622-4596 03/07 - Daniel Canale (49) 3256-015709/07 - Norival José de Oliveira Paiva (35) Itajubá10/07 - Osvaldo Muller (19) 3869-147411/07 - Gino Crês (14) 3203-357711/07 - Mário Lobo Alguém sabe?15/07 - Alfredo Martins Aquino Alguém sabe?16/07 - Rogério Alberico Garbossa (41) 3049-272820/07 - Adeval Romano (17) 3464-442522/07 - Gerard J. Gustav Bannwart (15) 3646-949926/07 - Alberto Maria da Silva (13) 3227-509626/07 - Luiz Gonzaga Rolim (11) X619-761327/07 - José Maria Aguiar Santana (11) 2203-323127/07 - Leonel José Gomes de Souza (15) 3152-689028/07 - Marcos Lelis Pinto (35) 3622-580929/07 - William Marinho de Faria (11) 5078-823929/08 - Paulo Cesar Morais Rennó (19) 3296-041030/07 - Paulo Figueiredo (31) 3577-0225 30/07 - Pedro Luís Brandão (17) 3011-1697

MAIO

JUNHO

JULHO

Notas importantes e oportunasI - Caro Ex-Aluno, se você souber o telefone completo ou faltante de um aniversariante, queira, por especial favor,

comunicá-lo por email ou telefone à Coordenação do Boletim/Inter Ex, como segue: [email protected] - Tel.: (11) 2341-2759 • [email protected] - Tel.: (11) 5078-8239

II – Caso seu nome não conste da relação ou, por lapso, tenha deixado de constar, pedimos desculpas por essa falha, pois estamos revendo todos os nomes, datas e telefones. Não deixe de avisar a Redação.

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Palavra do LeitorPalavra do Leitor

Partir, c'est mourir un peu, Partir é morrer um poucoC'est mourir à ce qu'on aime: Para tudo o que se adora:On laisse un peu de soi-même Por toda parte, a toda hora, En toute heure et dans tout lieu. Deixa-se a alma pouco a pouco. C'est toujours le deuil d'un voeu É o luto de um sonho, um oco Le dernier vers d'un poême: Na vida, um verso que chora: Partir c'est mourir un peu! Partir é morrer um pouco!

Et l'on part, et c'est un jeu, E parte-se, e é um jogo, e a trocoEt jusqu'à l'adieu suprême, de nada, até a última hora,C'est son âme que l'on sème, É a alma que se joga foraQue l'on sème à chaque adieu: A cada adeus como um louco:Partir c'est mourir un peu... partir é morrer um pouco...

O Último VersoMonello Biondo

Em 2013, Antônio Brogliatto se foi. Morreu um pouco para si, para aquilo que ele tanto amou neste mundo, enquanto aqui estava. Deixou muito de si mesmo em cada instante e por onde esteve. Foi, de fato, um luto in-descritível de um adeus supremo.

Ele partiu como numa cartada defi nitiva ao olhar puramente humano, um adeus supremo. Mas deixou aqui uma parte de si mesmo escrevendo a poesia de uma vida toda dedicada a Deus, aos seus e ao próximo. Deixou sua própria alma semeada na lembrança de todos aqueles que tiveram o privilégio de com ele conviver.

Partir foi para ele um morrer aos pedaços, o último verso de um poema inesquecível.Partir é morrer um pouco... Na vida, um verso que chora.

Monello Biondo, janeiro 2014.

Nota - Original francês de Haraucourt. Tradução para o português (Brasil) de Guilherme de Almeida

Mensagem do presidente

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Sobre o escrito “Tiro pela Culatra” no qual o infeliz daquele jornalista (Mathews) querendo tosquiar acabou sendo tosquiado, deixo claro que não sou o autor do mesmo. O texto saiu

na Net, já publicado há algum tempo. Agradeço à Redação do Inter-Ex essa cortesia em atribuir a mim algo que não me pertence.

(a) É. Monari.

Em o último Boletim Informativo, na página do Sombra, alguém permane-ce na dúvida quanto à atitude de Pio XII com relação ao Nazismo. Alguém interessado no assunto para maiores

esclarecimentos, recomendo solicitar ao nosso es-timado amigo João Baptista Gomes o envio do arti-go por extenso (sem os justos cortes perfeitamente aceitáveis por questões de espaço). Como se dizia na época do governo Figueiredo, como incentivo à produtividade da cana de açúcar para o Pró-alcool, “Plante que o João garante”.

(a) Lupo da Gubbio

Venho transmitir minhas palavras de agradecimento a todos os que em mim confi aram, escolhendo minha pessoa para presidir nossa belíssima Associação.- de homenagem à Diretoria anterior que cumpriu seu mandato com dedicação, dig-nidade e amor à Associação dos Ex-Alunos.- de valorização da nossa Associação que

vem demonstrando força e vitalidade décadas seguidas. Aqueles que partem, ao chegar sua hora, deixam-nos o exemplo de dedicação, fraternidade e solidariedade.- de intercâmbio com associações de Ex-Alunos MSC de ou-tras Províncias, que também comungaram do mesmo sonho e do mesmo ideal, os quais, trazendo o sinal do carisma do Pe. Chevalier, desejam que seja amado o Coração de Jesus por todos e por toda a parte.- de acolhimento aos Ex-Alunos mais jovens da Província de São Paulo, desejando que estejamos próximos a eles e eles de nós, por todos os meios de comunicação.- a cada um de vocês, caríssimos associados, para que, juntos com seus familiares, apoiem nossa Associação e contribuam com sugestões e críticas construtivas, para o bem de todos.- enfi m, palavras de agradecimento à Congregação e ao nosso Diretor Espiritual que sempre nos recebem de braços abertos.

William Marinho de FariaPresidente

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O Sombra

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• Raimundo, quando garoto bom no estilingue, deve ter caçado muita rolinha e armado muito alçapão e urupucas lá pelas cercanias da Serra do Cantagalo, Barra, Pedra Preta, Pedra da Princesa, Cafua, Trotil, Biguá e todas as demais, porque conhece palmo a palmo todas as trilhas, nascentes, oitões e vertentes do sopé da Mantiqueira. Nenhum prefeito da região conhece tão bem seus municípios quanto ele. Pena que aquelas andanças por ele contadas tenham terminado com os apelos do estômago e o “potverdomem“ do Irmão Chico. Ah Raimundo, você errou de profi ssão. Nasceu para guia turístico.

• Foi uma judiação que aquele bando de moleques que ele conduziu por aquelas matas não tenha chegado à caverna do estranho Robinson Crusoé. O Raimundo avivou tanto a nossa curiosidade, descrevendo minuciosamente aquela pitoresca fi gura, para, no fi m, voltar correndo com medo de noite escura ou de uma inofensiva jaguatirica. Que vexame!

• Olha Raimundo: se ainda tiver fôlego para repetir a façanha, é só convidar. Tem aqui um bando de sessentões que, como você, são viciados em Rhum Creosotado. Vamos lá!

• Faz muito tempo que o Lupo da Gubbio não me dá umas cacetadas. Que surpresa! Vejo-o, agora, todo bonzinho e solícito. Prontamente se apressou em atender o meu pedido, saindo em defesa do Papa Pio XII, quando o acusavam de conivente com o nazismo. Amanhã mesmo vou mandar fl ores para ele. Ele merece. Foi demais!

• O Antonelli não querendo confessar que era ele quem amarrava linha nas patas dos besouros e os soltava voando e zunindo pela sala de estudos, vem agora acusar o coitado do Sarmento que não pode mais se defender. Traquinagem melhor que essa qualquer dia eu conto, mesmo à sua revelia.

• O Santana é um cara de bem e não brinca em serviço. Se ele mata a cobra, logo se apressa em mostrar o porrete. Foi o que vi agora com suas explicações sobre o padre Santo Marini seu herói na infância e que eu disse não conhecer. Até foto ele mostrou. Não é a primeira vez. Também, noutra ocasião, rapidamente correu até Itapetininga atrás do piano do padre Seelen. Só ele mesmo!

• Falar dos bons tempos da Idade Média parece ter sido a tese de doutorado do M. Biondo. Vejam

como se doeu quando Dom Helder Câmara disse ao papa que “não somos mais medievais”. Ele começa soprando a caspinha do ombro da batina dele, elogiando-o como um verdadeiro humanista para, logo em seguida, soltar os cachorros em cima do arcebispo de Olinda. Esse cara é um perigo! O negócio é fi car amigo dele.

• Pelo que se vê, o Claudio Carlos leu todos os livros que existiam na biblioteca dos alunos do seminário. Ficou fascinado quando viu a biblioteca dos padres repleta de livros até o teto. Se pudesse entrar, devoraria tudo. Até hoje não para de ler. São livros, revistas, jornais, propagandas na TV, etc. Se acontecer de não ter nada à mão para ler, vai à farmácia e pede emprestadas as bulas de remédios. É mole?

• Há muita chacota sobre mulher loira e de olhos azuis, taxando-a de curta inteligência. Já no homem a coisa é o contrário. Olhos azuis dão status e revelam grande inteligência e superioridade, mas não se iludam com a cor dos olhos do Antonio Henriques. Até o padre Alberto entrou na onda dele. Na verdade ele sempre usou lente de contato azul. Engana bem!

• Preciso conhecer o Sebastião Mariano. Ouvi dizer que nos últimos setenta anos ele tem comparecido religiosamente a todos os encontros de ex-alunos. É quase inacreditável. Bela prova de coleguismo, amor e apego por tudo que viveu no seminário. Mas, pensando bem cá com os meus botões, será que numa prosa bem mansinha ele não acaba entregando a fórmula? Uai!

• O Carlindo Maziviero, depois de ter superado a difícil fase por que passou, vem agora repartir conosco os conhecimentos e experiências que adquiriu na luta contra aquela terrível doença. Gesto altruísta, comovente e digno dos maiores elogios.

• Logo vai acontecer um encontro no IPN de Itajubá. Muito raramente eu participo de algum encontro de ex-alunos, mas desta vez não quero e não posso perder. • Quero ouvir o convite deles do jeitinho que eles falam. Ouça lá: “Procêis qui mora nuistadiminas e procêis que vem cá asveis: oi qui bão sô....procêis entendê mió, uai!”

• Vou parar por aqui, mas confesso que estou temendo que o Lupo me devolva aquelas fl ores juntamente com alguns bombons envenenados. Eu, hein? kkk

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eralmente, a heresia costuma surgir dentro de alguma comunidade religiosa.

Aconteceu em IBICARÉ, em Santa Catarina, no Sul do Brasil. Pelo seu falar com forte infl uência teutônica, essa simpática metrópole se assemelha à Viena, mais que especialmente pelo grande rival do Danúbio que divide a cidade, o Rio do Peixe.

Foi no Seminário local. Naqueles remotos bons tempos, a "piazada" recrutada pelos padres Missionários holandeses e brasileiros prometia muito. Contam-se entre eles o inesquecível e saudoso Pe. Irineu Benneman, o Egon Müller, o Licínio Poersch (vulgo Lico), todos de origem teuta; mais os itálicos Agostinho Buzzanello (vulgo Mouton - o Velocino de Ouro), o Vicente Brunetta (Brunão), o Arlindo Giacomelli (Jacó), o Ivo Bottega e outros sequazes.

O fulcro do desvio dogmático era de fundo escatológico. Abalava os fundamentos do Cristianismo. Tratava-se da segunda vinda do Cristo, quando o Filho do Homem deverá vir com grande poder e majestade, causando pavor até nas almas mais embrutecidas e rombudas. Figurava Cristo como uma potente locomotiva de aço, bem à moda dos Cavaleiros do Apocalipse. Ele viria resfolegando em meio a zumbidos

HERESIALupo da Gubbio

apavorantes e fumaceando por todos os lados. Quem detectou tal desvio doutrinário foi o zeloso

Pe. Thomaz Marquez, que era um dos professores incansáveis daquele bando perigoso. No fi nal da tarde, após a reza do Terço, costumava-se recitar, em seguida, o Angelus. Nessa hora, quando o professor escandia "E o VERBO se fez carne", a resposta da piazada era cortante: "...e APITOU entre nós".

"O tempora, o mores...Stulti professores!" Lupo da Gubbio, janeiro de MMXIV.

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Da esquerda para a direita: Ernesto Schaffrath, Vilmar Daleffe, Luiz Vitor Martinello, Luiz Carlos Ruzene, (?Mauro Pavão, Gambá, Láercio, Djalma Rosin?), Luiz Carlindo Maziviero, Renato Pavão(?), José Maria (Mar-tarelli ou José Maria Aguiar, Ângelo Garbossa Neto, (Mirivaldo Rosin? ou Ângelo?), Edson Marinho, (?Laerte Costa de Toledo ou Ângelo Sacco?), R. Augusto Paese, Marcos Selmi, Nelson Turim, Alair (meio escondido e na frente do Rui Ribeiro), Rui Ribeiro, José Jorge Gonçalves, Clodoaldo e (José Célio Silva (Gato)? ou Victor?)

Foto cinquentenáriaFoto cinquentenáriaPáteo dos Maiores - PirassunungaPáteo dos Maiores - PirassunungaColaboração do Nelson TurimColaboração do Nelson Turim

G

N.R.1) Agradeço a ajuda dos colegas consultados sobre a foto.2) Quem puder ajudar a tirar as dúvidas na identifi cação dos que fi guram na foto, por favor, envie mensagem para a Redação do Inter-Ex num dos seguintes endereços:

[email protected] ou [email protected]

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urante todo o meu tempo de seminário convivi com padres holandeses. Sempre notei que eles

eram muito patriotas e orgulhosos de sua pátria, a Holanda. Era a Holanda daqui, a Holanda dali e tudo na Holanda era melhor. Diziam, por exemplo, que a Holanda era um país pequeno, situado abaixo do nível do mar e que, então, desde muitos séculos, os holandeses construíam diques para conter as águas do mar e que, consequentemente, iam ganhando terreno, o que é uma verdade. Diziam, então, que Deus criou o mundo, mas os holandeses fi zeram a Holanda. Diziam, também, que o holandês é a pessoa mais honesta que há no mundo. Ele pode ter muitos outros defeitos, mas, em matéria de honestidade, ninguém o supera. Para comprovar isso, eles contavam a seguinte história:

Quando houve a segunda grande guerra mundial (1939-1945), Hitler decidiu conquistar toda a Europa. Um dos primeiros países a ser invadido foi justamente a Holanda. Uma vez lá dentro, as tropas nazistas, além de prenderem todos os judeus e mandá-los para campos de concentração, saquearam e roubaram todos os animais domésticos que poderiam fornecer carne para as tropas nas diversas frentes de batalha. Dessa forma não restou no país nenhuma ovelha, cabra, porco ou vaca. Todos esses animais foram roubados e levados para a Alemanha. Um cidadão, porém, conseguiu esconder uma vaca no porão da sua casa e, naturalmente, vivia preocupado e com medo que alguém ou algum vizinho o denunciasse. Se isso acontecesse, ele não só perderia a vaca como também poderia ser enviado para um campo de concentração.

Ao seu lado morava um casal que, com o correr dos dias, teve certeza de que havia uma vaca no porão daquela casa. Esse casal tinha uma criança e era preciso conseguir leite, mas onde, se não existiam mais leiterias na Holanda. Pensaram nisso vários dias até que o homem criou coragem e disse:

- Seja o que Deus quiser, eu vou falar com ele. E foi. Bateu à porta e quando o homem atendeu, ele disse:

- Meu senhor. O senhor é holandês e eu também sou holandês. Nunca, jamais, em tempo algum se ouviu dizer que um holandês denunciasse o outro. Temos lá em casa uma criança que necessita muito de leite. Sabemos que o senhor tem uma vaca escondida no porão, mas, por favor, não se assuste; eu também sou holandês. Vim aqui para apelar ao seu bom coração, pedir que nos socorra, mesmo sabendo que não temos dinheiro para lhe pagar.

Refeito do susto inicial, porque viu que alguém já sabia de sua vaca, botou fé nas palavras do vizinho porque ele era holandês (e todo holandês é honesto). Pensou um pouco e disse o seguinte:

- Meu senhor, chegou o inverno e o frio está

A vaca no porão

rigoroso. Diz o serviço de meteorologia que este será o inverno mais frio dos últimos vinte anos. Tanto isso é verdade que, como vê, mal começou e já estamos com quase trinta centímetros de neve na soleira da porta. Então, eu lhe proponho o seguinte: traga um par de meias de lã por cada litro de leite que o senhor levar.

Ouvindo isso, o homem fi cou pensativo, não disse sim nem não, despediu-se e voltou para casa. Sua mulher que fi cara esse tempo todo em casa orando ao Senhor para obter o leite, muito ansiosa, já o esperava na porta. Ele foi chegando e logo disse:

- Mulher, a coisa fi cou muito difícil!- Mas por quê? O que aconteceu? O que foi que o

homem disse?- Imagine você que o homem quer um par de meias

de lã por cada litro de leite e onde vamos encontrar tantos pares de meias se nem comércio existe mais em nossa cidade. Ouvindo isso, a mulher ergueu as mãos para o alto e disse:

- Obrigado Senhor, muito obrigado! Marido, nós temos aí aquela grossa colcha de lã. Toda noite eu vou desfi ar um pouquinho, tricoto as meias e está garantido o nosso leite! Foi o que aconteceu. Já na manhã seguinte, lá foi o homem com o par de meias e, muito feliz, voltou com um litro de leite. Isso se repetiu por mais quinze dias, um mês, dois, três, cinco, dez meses até que a colcha acabou. E agora? Honesto como ele era (porque era holandês), no dia seguinte chegou para o homem e disse:

- Meu senhor, muito obrigado! O senhor tem sido muito bom para nós e só Deus pode lhe pagar tanto benefício. Hoje, porém, eu só posso levar meio litro de leite!

- Mas por quê? O que aconteceu? A criança não toma mais leite?

- Não é isso, senhor. É que hoje não consegui um par de meias e trouxe apenas um pé!

- De jeito nenhum, respondeu ele. Por favor, leve o litro cheio como vem fazendo durante todo esse tempo! E colocando a mão no seu ombro, disse:

- Vou lhe contar uma coisa: todos esses pares de meias que o senhor tem trazido para cá durante quase um ano, nunca calçaram os pés de ninguém. Toda noite, com muita paciência, minha mulher vai desmanchando um por um e já está quase terminando de fazer uma colcha!

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João Baptista Gomes (1942-1948)

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As paixões de Padre Leopoldo

Raimundo José Santana (54-61)

m janeiro de 1959, ainda na ressaca dos muitos eventos ocorridos no ano anterior: copa do mundo

ganha pelo Brasil (junho/58), criação da NASA ( julho/58) super-super campeonato carioca de futebol (1958), morte de Pio XII (outubro/58), eleição de João XXIII (outubro/58), bossa nova (1958), surgimento, em 1958, de dois mitos do esporte brasileiro (Éder Jofre, no boxe, e Maria Ester Bueno, no tênis), nós aguardávamos ansiosos a chegada do novo Superior do seminário. Mudança de Superior é, “mutatis mutandis”, como mudança de técnico de futebol: sempre acaba gerando espontaneamente, na comunidade, alguma perspectiva de melhoria futura.

E foi o que aconteceu. Padre Leopoldo van Liempt, o novo Superior do IPN (Instituto Padre Nicolau), chegou...e com todas as suas paixões. Lembramo-nos de, pelo menos, quatro: o “Aggiornamento” do seminário menor, o Escotismo, a Astronomia e o Canto Gregoriano. Já o conhecíamos de nome e de fama por ele ter sido, durante muitos anos, o Superior dos escolásticos de Vila Formosa. Era (já na faixa de cinqüenta anos) de estatura mediana, nem magro, nem gordo. Homem fi no, culto, educado (nunca o ouvimos erguer a voz contra ninguém), sério, de presença marcante, um código. Imune a qualquer contestação: estava sempre correto; em quaisquer circunstâncias, era certo, exato ... um teorema de Pitágoras! Costumava usar, na época do frio, por sobre a batina preta, uma capa também escura de “nylon” e algodão, uma espécie de murça que lhe cobria as espáduas e lhe descia até o meio do tronco: traje que, até então, nunca víramos, e que lhe propiciava um aspecto todo singular perante seus pares. Andava, pelos corredores, calmo, cabisbaixo, discreto; difi cilmente mirava alguém de cima para baixo, olho no olho, dedo em riste, autocraticamente; vez ou outra, até deixava escapar, pelas comissuras da boca, um sorrisinho irônico, acompanhado de um leve menear de cabeça e de uma olhadela oblíqua em seu interlocutor. Uma fi gura ímpar... nobre como um lorde esse Padre Leopoldo!

No decorrer dos dias, foi-nos apresentando seus novos projetos. Os alunos, no seu entender, não deveriam viver acaramujados dentro dos muros do seminário e distantes da comunidade: segundo ele, a interação com a sociedade era de suma importância em nossa formação.

Pediu-nos que entrássemos logo em contato com Dona Marizinha Renó, responsável pela Legião de Maria em Itajubá, e montássemos um núcleo dessa entidade no âmbito das classes mais avançadas do IPN. Assim foi feito e ele, à semelhança de Jesus (que enviou seus discípulos dois a dois para anunciarem

ao povo que estava próximo o reino de Deus), talvez por questão de segurança dos alunos, ou, quem sabe, até por insegurança própria, nos mandou de três em três.

Lá foi, então, o nosso grupo – Walter Moreira (Poeta), Nilsinho (Cabelinho de Fogo) e eu - a pregar o Evangelho num bairro de periferia, ali no caminho de Anhumas. Fomos para lá, num domingo, após o almoço. O pessoal do lugarejo se divertia numa pelada de futebol de várzea. Nós, agindo como uns chatos desmancha-prazeres, conseguimos estragar a diversão daqueles pobres-diabos e montar, (sob muita reclamação dos jogadores), para nossa palestra, uma platéia um tanto reticente e bastante heterogênea, constituída de crianças, jovens e adultos, dentre os quais uns estavam jogando e outros, bebendo cerveja em volta do campo. Nessa tarde, porém, deixamos, no seminário, a mansuetude e a inocência de um Domingos Sávio, de um Luiz Gonzaga e, como missionários, nos enchemos dos brios, da coragem e do ardor de um Francisco Xavier, de um Anchieta e de um Monsenhor Verjus (cuja vida junto aos Papuas da Nova Guiné era contada, naquela época, em prosa e verso, entre os seminaristas). Estávamos empolgados. Éramos, ali, naquele instante, como eles, missionários!

Mas Nilsinho nem bem iniciara a pregação e já começou a ser vaiado. Achávamos que era pelo seu problema de dicção: sofria um pouquinho daquele famoso mal de Demóstenes; ao falar em público, sua timidez o fazia gaguejar um pouco. Pedimos, então, imediatamente ao Walter (o poeta) que o substituísse. E o Walter, como Cristo, naquele anoitecer, em Emaús, iniciou a palestra lá nas alturas “incipiens a Moyse et omnibus Prophetis...” (Começando por Moisés e por todos os Profetas...). Também não teve sucesso. Vieram mais imprecações.... e com elas, de permeio, alguns objetos não identifi cados. Temendo que o encontro degringolasse em furdúncio e pancadaria ou que, talvez, o grupo viesse a debandar e, por conseguinte, não sobrasse mesmo nem um só Dionísio Areopagita para ser convertido, resolvi intervir e perguntar a um dos pivetes mais estouvados e insolentes da turma o porquê de todo aquele rancor contra nós. E a resposta veio, debochada, na lata:

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- Que é que esses donzelo quer? Vem aqui... atrapaia o nosso jogo...com essas converseira mole! Aqui, não sobra pro cês não! Aqui nóis é tudo da macumba! Se pincha fora! Puxa o carro! Pode chispá todo o mundo!

Que estopada! Entendemos na hora que era uma insanidade falar em Espírito Santo, Santíssima Trindade, Pecado Original e Mistério da Encarnação para aquela gente...e ... por isso, muito frustrados, jururus, rabo entre as pernas, abandonamos a missão.

À noite, na reunião da Legião de Maria, Padre Leopoldo tentou nos consolar, discorrendo sobre as agruras, os percalços por que passa, na vida, um missionário. Valeu a lição!

Hoje, por mais que tente escarafunchar a memória, não consigo me lembrar mais do “day after” e de como Dona Marizinha Renó conseguiu resolver esse “imbroglio” junto à Legião de Maria... O fato é que não voltamos mais a essas “evangelizações”. Nem sei também no que deu a Legião de Maria lá no seminário.

Quanto ao Escotismo, o Padre nos fez palestras sobre o assunto, nos expondo a vida do líder Robert Baden Powel e até nos autorizou, pelo menos, uma vez por semana, a montar uma tenda no campo de futebol. Lá, espontaneamente, o abnegado seminarista/escoteiro, se quisesse, poderia passar a noite só com um cobertor e um travesseiro. Um ou outro mais ousado topou a idéia. Mas também não durou muito a brincadeira. Foi um rápido fogo de palha! Nada de vida muito espartana! Bastavam os banhos frios naquelas manhãs de junho! No inverno, ninguém estava tão louco a pique de trocar uma caminha quente com cobertor e colchão por um pedaço de terra nua, dura e fria só para, no dia seguinte, diante dos colegas, poder pavonear-se de suas românticas conversas com as estrelas durante uma noite insone! Eu, hein? Sai pra lá, jacaré! Mais um projeto gorado de nosso criativo Superior. Mas valeu também como experiência de vida.

No tocante à Astronomia, aqui, sim! Entramos de cabeça no espaço sideral. O Padre nos motivou e, com seus pequenos telescópios, passamos a observar o céu, sobretudo naquelas noites límpidas e estreladas, como verdadeiros discípulos de Galileu e Copérnico. Um vocabulário antes totalmente desconhecido passou a compor, de repente, nossas conversas do dia-a-dia, de uma maneira bastante corriqueira: por exemplo Io, Europa, Ganymede, Callisto (luas de Júpiter), Sírio

(estrela da Constelação de Cão Maior), Aldebarã ( estrela da Constelação Taurus) etc. Passamos a ter acesso a revistas de Astronomia e a comentar, nos recreios, artigos dos padres jesuítas (astrônomos) de São Leopoldo(RS). E o Padre Superior patrocinava toda essa ebulição cultural! Foi também uma ótima experiência.

Finalmente, chegamos ao Canto Gregoriano. Aqui, Padre Leopoldo, de certa forma, nos fez desapegar um pouco daquele fantástico tripé clássico, básico, “Bach/Mozart/Beethoven”, e nos fez descobrir a beleza na simplicidade espiritualizante da monodia gregoriana revigorada pelos monges de Solesmes. O Padre Superior vibrava ao falar em neumas, ársis, tésis, antífonas, responsórios. Para ele, era Deus no Céu e monges de Solesmes na Terra. Extasiado, falava em Solesmes como se estivesse no Monte Tabor e vociferava contra certas afi rmações do musicólogo Mário de Andrade, que dizia, numa de suas obras, que era enfandonho ouvir u´a missa em Cantochão... que o Cantochão não era pra gente ouvir... era pra gente se deixar ouvir.

Mas, convenhamos: o Canto Gregoriano pode não ter a magnifi cência das cerimônias do Templo de Salomão, com levitas, cantores e cento e oitenta sacerdotes tocando trombetas, mas quem, há sessenta anos, cantou humildemente, “a cappella”, um “Christus factus est”, um “Veni, Creator Spiritus”, um “Parce, Domine”, um “Et valde mane” recebeu como que um ferrete na memória, não? Até à hora da morte, certamente, não vai se esquecer nunca dessas belas melodias da Igreja medieval! Que nos perdoe o Mário de Andrade!

Ainda hoje, com efeito, passados tantos anos, e já um tanto desbotado como um velho pergaminho, juro que (com muita gratidão por tudo quanto ele infl uiu em minha vida) me lembro demais desse Padre Leopoldo van Liempt e daquela época da juventude (em que era feliz e não sabia), quando me era possível, como dizia Olavo, “perder o senso e ouvir estrelas”... No céu escuro de minha cabeça sempre estarão piscando Sírio e Aldebarã. Ora! Para mim, falar em estrelas é, de certa forma, falar em Padre Leopoldo. Mesmo que alguns dos seus projetos não tenham sido exitosos “in totum”, o lastro do que fi cou compõe ainda, irrefragavelmente, um fantástico legado de pertinácia, dedicação e amor à cultura, invejáveis qualidades que fi zeram dele um grande humanista e, para sorte minha, meu grande mestre.

Bons momentos para recordação

Edgar Parada, José Maria de Edgar Parada, José Maria de Paiva, Gino Crês e Alberto Paiva, Gino Crês e Alberto Maria da SilvaMaria da Silva

Daniel Billerbeck Nery e família. Daniel Billerbeck Nery e família. Ao fundo, na mesma mesa, vemos Ao fundo, na mesma mesa, vemos o João Negrio João Negri

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Vilmar Daleffe (1959 - 1965)

FOTOFOCANDO

SORRISOSEsse sorriso das pururucas

é a alegria do estômago

CONTRIBUINTES DO ANO 2013 - EX-ALUNOSAdaildon José Chiaradia - Adeval Romano - Afonso Peres da S. Nogueira - Afonso Celso de S. Meirelles - Alberto José Antonelli - Alfredo M. Aguiar - Alzemiro Basso - Amaro de Jesus Gomes - André Mardula Filho - Angelo G a r b o s s a Neto - Antoninho Marchesini - Antonio Pádua de Siqueira - Antonio Sérgio Marchi - Antonio Valmor Junkes - Aparicio Celso da Silva - Atílio Lorenzon - Benedito Ignácio - Bene-dito Antunes Pereira - Benedito Coldibelli - Bonifacio Eu-frausino Barbosa - Bruno V. Neuvalt - Carlos Hermano Car-doso - Carlos M Antunes Pereira - Carlos Savietto - Claudio A Magnabosco - Cônego Carlos Menegazzi - Dagmar Roque Sotier - Daniel R Billerbeck Nery - Delfi m P Carneiro Junior - Dimas B Figueiredo - Dolores Peters - Edmundo V. Cortez - Edwardus M. Mechtilda Vande - Erci Frigo - Alzira Rosário Setti - Gerard G. Josef Bannwart - Helias Dezen - Irinor P. Parise - Isaias José de Carvalho - Itelvino Giacomelli - Ivar Gazzoni - Ivo Bottega - Ivo Luiz Bortolazzi - Jeronimo A. Rocha - João Arendt - João B. Larizzatti Junior - João B. Marcondes Cyrineu - João Carlos Billerbeck Nery - João Costa Pinto - José Possebon - José Benedito Ribeiro II - José Gaspar de O. Nascimento - José Genézio Fernandes - José Henrique Chaves - José Luiz Zambiasi - José Manoel R. Fi-lho - José Maria Aguiar Santana - José Maria de Paiva - José Mauro Pereira - José Morad - José Raimundo Soares - José Valentim Modena - Laert Costa Toledo - Lásaro A Pereira

dos Santos - Licinio Poersch - Luiz Antonio Fagundes - Luiz Boschetti - Luiz Gonzaga de Almeida - Luiz Carnelós - Luiz Victor Martinello - Luiz Zagonel - Manoel dos S. R. Pontes - Marcos de Souza - Marcos Mendes Ribeiro - Mário Alcindo Rosim - Mauricio Sinotti Jordão - Mauro Pavão - Natanael R. de Campos - Paulo Cezar de Oliveira - Paulo Roberto de C. Silva - Pe. Ednei A. B. Rodrigues - Pedro Toresan - Raimundo José Santana - Raul Carraro - Roberto Penteado - Rubens Dias Maia - Sebastião Mariano F. Carvalho - Sérgio Luiz Dallacqua - Therezinha Antonelli - Valdir Luiz Pagnoncelli - Vanderlei de Marque - Vitorino Alexandre Oro - Waldemar Checchinato - Walter Figuei-redo Souza - Paulo Lopes Costa - João Baptista Gomes - Paulo Barbosa Mendonça - Geraldo José de Paiva.

AGRADECIMENTO DA DIRETORIANosso especial agradecimentos a todos

vocês que colaboraram depositando con-fi ança nos propósitos desta Diretoria e da Associação, ainda mais, ajudando a manter as edições do Boletim Informativo e os pre-parativos dos nossos Encontros.

Observação: Da lista acima deveriam constar os nomes de mais uns 4 ou 5 contribuintes, mas não foi possível identifi car seus nomes nas

contribuições depositadas.

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Semana Santa no meu tempoJoão Baptista Gomes (1942-1948)

Ainda conservo uma vaga lembrança de como eram as comemorações da Semana Santa no

meu tempo de seminário, muito diferentes da de hoje, resultado da Reforma Litúrgica do Concílio Vaticano II, que está completando cinquenta anos. Aqueles que entraram após essa data, não vivenciaram todas estas coisas de que me lembro. Para mim, adoles-cente, o clima da Semana Santa era misterioso, triste e enfadonho. As imagens da capela eram cobertas com um pano roxo que me faziam lembrar a morta-lha do caixão da minha mãe que havia partido pouco tempo antes. Assim, todos eram levados a meditar as diversas passagens da Paixão.

À noite, em fi la de dois, dirigíamo-nos à matriz da cidade para o Ofício das Trevas cantado em Latim pelos maiores, por horas intermináveis e sonolentas. No fi nal todas as luzes eram apagadas, enquanto a cerimônia terminava na mais completa escuridão, o que me dava medo e sensação de terror. Lá no fundo da matriz alguém como que deixava cair um banco produzindo um estrondo como se fosse um terremoto. Era quando os sonolentos, como eu, eram acordados com uma tremenda pancada na cabeça, dada com o livro de orações pelo vizinho de banco.

Na quinta-feira santa prestava muita atenção na ce-rimônia do lava-pés. Observava e me perguntava se as pessoas escolhidas, todas de idade, realmente haviam lavado bem os pés. Na Remoção do Santíssimo, um grande cálice com as hóstias consagradas era com toda pompa levado para outro altar, fora daquele recin-to. Iniciava-se, então, a adoração por turmas que se re-vezavam a noite toda, até a celebração do dia seguinte.

A sexta-feira santa era o ápice da semana. Silêncio obrigatório, não se tocava o sino, não se brincava no pátio, não se jogava vôlei e os padres e os maiores não faziam a barba nesse dia. Isso me fazia voltar à minha casa onde meus pais, profundamente cató-

licos, sequer varriam a casa e o jejum era obrigató-rio até para as crianças. Como eu não aguentava a fome, saía com meu irmão às escondidas e íamos co-mer fruta verde no pomar. Todos os alunos, perambu-lando pelo pátio, davam a impressão de recolhimento e piedade. A cerimônia na igreja era longa. O texto da Paixão era muito mais longo do que o lido hoje e can-tado em Latim. As preces por todos, desde o papa até os ateus, quase no fi nal chamavam a atenção por se referir aos pérfi dos judeus, expressão nada caridosa para uma oração. O dia acabava com a procissão do Senhor Morto. De vez em quando a procissão parava e Verônica uma mulher de bonita voz, subia num lu-gar mais alto e cantava.

O sábado era de alegria total. Ressurreição. A missa era celebrada ao meio dia. Até hoje vibro com o “Exsultet” no início da celebração após a Benção do Fogo cantada em Latim. Matracas e sinos bimba-lhavam na hora do Aleluia e do Gloria. Para aquela molecada o mais esperado estava para acontecer à tarde: o julgamento, o enforcamento e a queima do Judas, boneco de pano cheio de capim e bombi-nhas de São João.

No domingo acordava-se cedo para a procissão do Encontro de Jesus Ressuscitado com sua Mãe. Ter-minada a missa todos corriam para o refeitório onde sabiam que os esperavam muitos bules de chocolate no lugar do tradicional café. No almoço festivo, para variar, vinha groselha. Para aqueles tempos, isso é que era festa e éramos felizes.

PeinadoPeinadoe um velho amigoe um velho amigo

6363oo Encontro Encontro em Pirassunungaem Pirassununga

Bons momentos para recordação

Interior da Igreja Matriz de PirassunungaInterior da Igreja Matriz de Pirassununga

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entado, em meu modesto escritório, corpo erecto, como Pio XII, estou com o pensamento em Alfe-

nas, aonde me levou a fantasia.Estou no verde vale da infância, cujos retalhos ten-

to costurar e cujo perfume – pouco perfume – busco aspirar. Ecoam-me aos ouvidos aquelas canções que me povoam a alma, como:

“Teresinha, Teresinha, Teresinha de Jesus, Fecha a porta, apaga a luz.”“Se esta rua, se esta rua fosse minha, Eu mandava, eu mandava ladrilhar Com pedrinhas, com pedrinhas de cristal Para ver, para ver meu bem passar.”

Vou à Rua Francisco Mariano à la recherche, em busca do tempo perdido. Procuro minha mãe que me batia muito; meu pai, cujo carinho me era tão agradável; meus irmãos. Não os vejo; nem mesmo vejo os cães e o galo de sonoro e longo canto. Onde estão eles?

“Mais où sont les neiges d’antan?” Volto os olhos para os meus vizinhos: o Dr. Alfredo

Lopes da Costa, Juiz de Direito, católico de verdade, e não de tintura ou de pesquisa e cujo fi lho, José Lopes da Costa, foi à Escola Apostólica de Pirassununga. Procuro o Romeu Vieira e Dona Naquita, o Osório e Dona Guilhermina, o Juca Brandão, cuja casa eu frequentava. Onde estão eles? Onde?

“Mais où sont les neiges d’antan?” Posto-me, agora, frente à casa paroquial, ali na

Nonaginta Nonaginta Annos NatusAnnos Natus(Nascido há noventa anos)(Nascido há noventa anos)

Antonio Henriques (1937 - 1948)Praça da Matriz, à espera do Pe. Adriano van Iersel, aquele sacerdote, fonte da doçura; do Pe. Jerônimo Vermin, dono de língua viperina que topava qualquer polêmica com os poucos ateus alfenenses. Deles todos, nenhum se fez presente, o que me deixou triste. Os missionários do Sagrado Coração holandeses, eles, todos eles. Onde estão?

“Mais où sont les neiges d’antan?” Caminho a esmo pelas ruas de Alfenas; passo

pelo armazém do Edmundo, pela banca de jornal do italiano Orfanó; o cinema do José Resk onde assisti a vários fi lmes como ”Frankestein” e outro que não me sai da lembrança: “Sem Novidades no Front” (Im Westen nichts Neues) de Erich Maria Remarque, escritor antimilitarista, cujos livros foram queimados na época nazista.

Agora estou perto da casa de Dona Lili, diretora do Grupo Escolar “Minas Gerais”, onde se comemorava o “Dia da Árvore”. Já na década de 30 havia preocupação com a natureza. Lembranças da ótima e dedicada professora do 4º ano primário, Maria do Rosário.

Onde estão todos eles?“Mais où sont les neiges d’antan?” Chegou o encontro com os amigos e o largo espaço

para os abraços. O José Silvestre, o Francisco Mariano, irmão do Sebastião Carvalho, o José Lopes da Costa, o Paulo Vilhena. Todos fomos juntos à Escola Apostólica de Pirassununga. Ao todo éramos sete, o “Sacrum Septenarium”, como dizia o Pe. Jerônimo Vermin. Ninguém se ordenou; fui o último a deixar a batina.

Todos morreram; sobreviveu o Sebastião Carvalho e o Paulo Vilhena, cujo contato comigo acabou há

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Balanço da Associação dos Ex-Alunos MSC - 2013

Araras, 24 de janeiro de 2014Paulo Barbosa Mendonça

Tesoureiro

muito; nem sei se está vivo. Em estando vivo, deve estar em idade bem avançada.

Vivo e bem vivo está o Sebastião Carvalho que, no dia 21 de janeiro de 2014, completou 90 (noventa) anos. Está bem de saúde e de bem com a vida. Malgrado alguns contratempos físicos, sua atividade intelectual está em sua plenitude.

Dono de extraordinária cultura, Sebastião domina o latim, o português, o francês, o alemão e não sei o que mais. A par disso, é profundamente religioso e estreitamente ligado à nossa congregação e à associação dos ex-alunos msc.

Humilde, alarde não faz de sua inteligência e cultura. Pena é que, possivelmente por isso, não nos deliciou com nenhum artigo no “Inter-Ex” e não se projetou em área nacional ou internacional. Talento para isso não lhe faltaria e ainda sobraria para ser um novo Gustavo Corção.

Sebastião, eu lhe quero muito bem desde os tempos idos e vividos da infância. Você sempre foi uma pessoa iluminada e iluminadora; meu caminho intelectual e espiritual sempre foi iluminado por sua luz.

Ernst Robert Curtius, em seu volumoso e nunca assaz louvado livro “Literatura Europeia e Idade Média Latina”, discorrendo sobre o tópos “Menino e Ancião”, cita passagem de Cícero (1996, p.146) adequada a você, Sebastião: “Ut enim adolescentem, in quo senile aliquid, sic senem in quo est aliquid adolescentis, probo”. (Pois, assim como louvo o jovem, no qual se encontra algo do ancião, [louvo] também o ancião, no qual se encontra algo do jovem). Acho, porém, que, em

você, se acha muito do jovem, e não algo do jovem. Ad multos annos!

Pós-escrito: O leitor deve ter observado que meu artigo é, vamos dizer, uma paráfrase do poeta francês François Villon, cujo estribilho está na “Ballade des dames du temps jadis” (Balada das damas dos tempos idos): “Mas onde estão as neves de antanho?”

SALDO BANCÁRIO EM 2012

CONTAS CORRENTES...................................101,00 APLICAÇÕES................................................4.852,11 Total...............................................................4.953,11

RECEITA DO ANO 2013

CONTRIBUIÇÕES DOS EX- ALUNOS.......14.090,26 RESULTADO DO ENCONTRO EM PIRASS...836,98 RENDIMENTO DAS APLICAÇÕES.................120,91 Total.............................................................15.048,15 20.001,26

D E S P E S A STAXAS BANCÁRIAS

PELA MANUTENÇÃO DA CONTA...................648,00 PELA COBRANÇA DOS BOLETOS.................504,11 Total................................................................1.152,11

DIAGRAMAÇÃOPELA CONFECÇÃO DOS INTER-EX...........2.200,00

PAPELARIAAQUISIÇÃO DE PAPEIS , ENVELOPES E ETC...727,31

CORREIOS

POST. DOS INTER-EX AOS EX-ALUNOS....3.150,30

CONTADORHONORÁRIOS DO CONTADOR - I.R.P.J.......400,00

ARTES GRAFICASPELA CONFECÇÃO DA REVISTA ...............4.296,46

DIVERSOSDESPESAS MIUDAS DO ANO........................385,50 Total.............................................................12.311,68

SALDO PARA O ANO DE 2014 CONTAS CORRENTES...................................458,80 APLICAÇÕES...............................................7.230,78 Total..............................................................7.689,58 20.001,26

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Os livros proibidosAlberto José Antonelli (1944/1956)

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N o Inter-Ex precedente, tentávamos recordar como, após concluir os exames de dezembro

1947, a turma dos menores partiu andando para o sítio. Sensação estranha para mim, que fi quei no colégio junto aos alunos maiores: um silêncio ao qual não estava acostumado, limpeza, disciplina, tudo parecia anormal, congelado no tempo. Sendo o meu primeiro ano nesta turma dos mais velhos, gostei das novidades. Pouco apareciam os vigilantes. Quase não davam ordens, não ouvíamos apitos, nenhuma fi la longa para entrar ou sair. O próprio Irmão Francisco desaparecera: permanecia com seus colegas, que tinham refeitório, recreio e dormitório próprios. Lá funcionava, nestes anos, o Noviciado para os Irmãos. Sobrava um tempo imenso para jogarmos vôlei, futebol, bochas, e para os divertimentos de salão, como baralho, damas e xadrez. Ou simplesmente para fi carmos no pátio conversando. Passeamos pelos arredores da Raia, realizamos uma caminhada longa ao sítio dos Bertazzi, fomos à cidade tomar sorvete. Felicidade completa, mas de pouca duração. Na semana seguinte, retornaram os menores, trazendo a algazarra de sempre.

Chegara a vez de partirmos para o sítio, que alguns Maiores chamavam de ”o nosso Xangri Lá”. Um romance chamado “Horizonte Perdido”, escrito por James Hilton, poucos anos atrás, era o best-seller entre os alunos mais velhos. Falava de viajantes cujo avião caíra entre as montanhas do Himalaia. Encontraram uma localidade onde os habitantes tinham vida longa, sem maiores preocupações, num verdadeiro paraíso. - Antes de partirmos para o sítio, porém, minucioso planejamento se fazia necessário. Baseado na experiência de férias anteriores, cada aluno separou os pertences que julgava necessários: roupas, sapatos,

objetos pessoais, tudo foi colocado num saco de pano. Um número bordado identifi cava o proprietário. O meu número nunca esqueci: 59. Por catorze anos, qualquer peça de roupa, toalhas, lençóis, que ia ou vinha da lavanderia, era separado por esta marca. Não podíamos deixar de levar outros objetos de utilidade, como um canivete para descascar frutas, linhas e anzóis para pesca, sapatos próprios para caminhadas nos morros ou jogar bola, calção de banho, chapéu. E acima de tudo, livros de lazer. No sítio, meu grande prazer era sair com um livro dentro do embornal e subir o morro atrás da capela. Há uma elevação íngreme atenuada em cima por um espaço plano, onde faziam sombras quatro eucaliptos cheirosos (não existem mais: alguém os cortou para ganhar uns poucos reais...) No calor do verão, ouvindo o cricrilar de cigarras e outros insetos, as seriemas gargalhando no milharal, o trinado de pássaros, embriagado pelo odor do capim ao sol, eu viajava por mundos além, realizava aventuras com meus heróis preferidos. A vista ampla descansava os olhos, e podia ler por horas seguidas.

Livros e revistas nós pedíamos por escrito ao bibliotecário. Havia dois: um para os maiores, outro para os menores. Se o livro estivesse disponível, logo o recebíamos. Senão, pobres bibliotecários, logo pedíamos outros livros. Durante seis meses, eu exerci esta tarefa. Não foi trabalho fácil: atender os desejos de dezenas de rapazes, responder consultas, trocar

PÁTIO DOS MENORES - 2002PÁTIO DOS MENORES - 2002PÁTIO DOS MENORES - 2002PÁTIO DOS MAIORES - 2002PÁTIO DOS MAIORES - 2002PÁTIO DOS MAIORES - 2002

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frequentemente os volumes, colocar tudo em ordem, exigia paciência e dedicação. Sempre houve duas bibliotecas: uma só para os padres, vasta, situada em frente à escada que descia do dormitório, e a biblioteca dos alunos. Aquela dos padres estava repleta de livros de estudo, dicionários, enciclopédias, gramáticas de todas as línguas, romances, história do Brasil ou história geral, revistas de vários países, recortes de jornais. E naturalmente também tinha livros religiosos, alguns que eles usavam para preparar a palestra que nos davam todo dia após a oração da manhã, ou então para seus sermões, conferências e retiros. Outros eram manuais de teologia, moral, direito, exegese. Mas nesta biblioteca a curiosidade maior fi cava no fundo: um pequeno armário escuro, trancado à chave, sem título impresso. Nossos professores, em sua língua holandesa, o chamavam de “Hel”(Inferno). Continha os livros proibidos por decreto da Congregação do Santo Ofício. Sua leitura, nas devidas condições, constituía um pecado mortal. Durante quatrocentos anos, até o último Concílio Ecumênico, foram se acumulando as obras que a Igreja julgava atentatórias à moral, doutrina e bons costumes. Na última edição, estavam listados mais de 4.000 livros no Index Librorum Prohibitorum. Nomes de romancistas, historiadores, cientistas, fi lósofos, teólogos, padres e leigos. Também livros fundamentais, como o Alcorão ou o Talmud. Cito alguns amigos nossos conhecidos e amados: Pascal, Machiavel, Descartes, Rousseau, Kant, Voltaire, Victor Hugo, Zola, Balzac, Sartre. O Superior da casa tinha a chave do armário “maldito”: podia, a seu critério, permitir que um professor ou padre consultasse alguma obra com o fi m de compreender melhor e estar apto a refutá-la. Após o Concílio Vaticano II, em 1965, este Index Librorum deixou de ser publicado. Só isto. Porque a proibição moral de ler tais livros e muitos outros não morreu: embora sem as penalidades canônicas, o cristão não deve expor-se. Quantas vezes ouvimos o Vaticano desaconselhar a leitura de alguma obra, como aconteceu com o Código Da Vinci. Ou condenar fi lmes como “Je vous salue Marie” e “A última tentação de Cristo”.

Na biblioteca dos Padres havia para mim um objeto

muito querido: aquele piano preto, comum, velho, colocado à direita da porta de entrada. Seu som me soava como de harpas celestiais, nas poucas vezes em que o padre Adriano Seelen aí dedilhou alguma coisa. Neste piano, aos onze anos, primeiros meses na classe da Sexta, Pe. Henrique Alofs me ensinou o be a ba da música (mais dois alunos de minha turma também começaram). Com solicitude paternal aconselhava: “bate um dedinho cada vez”. Não estique a mão, deixe curvada. Não desanime, um dia você aprende... E ele dava o exemplo: girava a banqueta redonda, sentava-se e tocava alguma coisa simples. Lindo: eu me entusiasmava, prometia esforçar-me. “Verba movent, exempla trahunt”. As palavras movem, comovem, mas os exemplos realmente arrastam, e por muito tempo, se forem aqueles do velho sacerdote. Há setenta anos continuo tentando aprender. Agora devemos parar: mas "l´histoire continue”...

ESCADARIA DO DORMITÓRIOESCADARIA DO DORMITÓRIOESCADARIA DO DORMITÓRIO

ENCONTRO EM PIRASSUNGA

SÍTIOAGACHADOS: ALBERTO MA-RIA, ALBERTO ANTONELLI, DOUGLAS, FERRON, DITÃO, JAIR, LARIZZATTI E JERCI MACCARI.DE PÉ: LEONEL, AUGUSTO, JOSÉ JORGE, BEDIM, DO-MINGOS, VITOR, BEBÉ, BO-NIFÁCIO E CACHOEIRA.

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Pimenta CambariTranscrito do Boletim de junho de 1972

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EEurico Padula Cotrim (1936-1944)

stávamos em plenas férias no fi m do ano de 1936, gozando as delícias de nosso sítio. Não

me lembro muito bem do que estaria fazendo, mas acredito que jogava xadrez com o Hercílio Bertolini, pois este era um dos meus passatempos prediletos. Estava tão compenetrado maquinando como iria dar um chequemate no meu adversário, quando o Irmão Francisco chamou-me dizendo que o Pe. José queria falar comigo em seu quarto-escritório. Ele era nosso Superior naquela época e, posteriormente, nosso Mestre de Noviços. Meio apavorado dirigi-me para lá, pensando no que teria aprontado já que eu era muito peralta. A gente gostava do Pe. José, mas quando não se pedia visita ao seu quarto para resolver alguma difi culdade espiritual, o negócio era uma senhora chamada de atenção.

Para minha surpresa não foi nada de desagradável. De anjo de guarda de aluno novato, passei a anjo da guarda de um MSC recém-chegado da Holanda: Pe. Donato van Hest.

“Eurico”, foi me dizendo – “como você é um dos melhores alunos da língua francesa (modéstia a parte), tenho uma tarefa especial para você. Arrie dois cavalos e vá à Escola Apostólica buscar um novo missionário para a nossa Escola Apostólica. Você será seu anjo da guarda durante estas férias e ele será o nosso professor de grego, matéria que será iniciada no próximo ano”.

Chegado à Escola, após as devidas apresentações, juntos demos umas voltas pela Escola e pela nossa maravilhosa chácara. Simpatizei com ele. Baixinho, muito versátil. Viera da Holanda. Tão logo meu protegido resolveu partir para o sítio, puxamos as rédeas dos cavalos e partimos meio a galope porque já o crepúsculo vinha se aproximando e quem de nós não se lembra dos buracos da velha estrada? No dia seguinte saímos pelos recantos do sítio a fora, a fi m de mostrá-lo ao Pe. Donato. O pomar foi o primeiro, depois a piscina improvisada feita por nós mesmos no riacho que fi cava logo abaixo do casarão. Fomos a uma cachoeira, maravilha da natureza, não muito longe dali. Na volta desse último passeio é que o diabo apareceu para este anjo da guarda. Passando em

frente a um fl orido “pé de pimenta cambari” carregada dos diabólicos frutinhos, a curiosidade do padre foi despertada.

- “Qu’est que ce sont, Eurico”) (o que é isto, Eurico)? Não sei por que nunca tivera tanto instinto de maldade, mas aquele dia era o meu.

-“Ce sont des cerises brésiliennes, mon père” (são cerejas brasileiras, padre)

-“Très interessant! Nos cerises sont plus grandes que celles-ci” (muito interessante. Nossas cerejas são maiores que estas)

- “Absolument, père Donato, elles sont petites, mais très delicieuses...” (absolutamente, padre Donato, elas são pequenas, mas muito deliciosas). E fui logo colhendo algumas e colocando-as inteiras na boca sem mordê-las, é lógico. Para que fui fazer tal coisa? O padre apanhou logo umas dez e mandou brasa! Foi aquela água e aquela brasa! Saiu correndo como um doido rumo ao casarão gritando:

- “S’il vous plaît, de l’eau, de l’eau, que je suis en feu! Je suis en feu!” (por favor: água, água, que eu estou em fogo, em fogo). O resto, meus caros, já podem imaginar. Fui chamado pelo padre Superior e o castigo foi bem merecido: oito dias sem sobremesa e sem os banhos no tanque.

Mas o diabo continuava solto e a história não acabou aí. Dias depois, era eu o encarregado de arrumar as mesas no refeitório. Voltei ao campo, colhi mais um punhado de pimentas e esfreguei em todos os talheres dos colegas. O castigo foi imediato: mandado de volta para a Escola Apostólica e lá, sozinho, fi quei os últimos quinze dias de férias sem as delícias do sítio do Barrocão.

Nota - O Eurico Padula Cotrim foi o idealizador e um dos fundadores da Associação dos Ex-Alunos MSC.

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Notícias da Província de São Paulo

João Costa Pinto (1953 - 1966)

Palavra do ProvincialO Provincial discorrendo brevemente sobre “carisma”, ressalta o carisma MSC. Cita o ex-Superior Geral, Pe. Cusquelly, que defi ne o carisma como um “dom do Espírito dado a uma pessoa individual para o bem dos outros”. O carisma MSC é um legado do Pe. Júlio Chevalier, para quem no Coração aberto de Jesus (Jo 19,34), está o remédio para todos os males do mundo. “Essa experiência é o aspecto fundamental da revelação de Deus ao Fundador, que chamamos de graça, dom ou carisma. Este Coração é o sinal maior de amor e torna palpável, visível, o amor de Deus.”

Profi ssão PerpétuaEm dezembro de 2013, no Santuário N. Sra. do

Sagrado Coração, Fernando Clemente, Girley Reis e Rodrigo Domingues, seminaristas do terceiro ano de Teologia, fi zeram sua Profi ssão Religiosa perpétua. O Provincial, em sua homilia, falou da graça que é receber de Deus a Vocação Religiosa e poder consagrar-se a Deus defi nitivamente. Discorreu sobre cada um dos votos, dizendo que eles estão a serviço de uma verdadeira consagração. Por fi m, reafi rmou o carisma MSC: “a consagração é feita em uma Congregação com um carisma específi co e com a missão de levar o amor de Deus a todas as pessoas.”

Centro América-MSCOs Superiores das Províncias de São Paulo e de

Curitiba, Pe. Manoel Ferreira dos Santos Jr. e Pe. Getúlio Saggin, respectivamente, viajaram para o Equador, em novembro passado, para a realização de várias reuniões, das quais poderão resultar relevantes defi nições e decisões muito em breve, entre as quais a abertura de uma Secção (*), se viável, a solicitação de mais dois missionários da Indonésia para atuarem no Equador, uma nova paróquia na capital Quito, ampliação da Casa de Formação, a Reunião dos Formadores, em nível de Centro América-MSC, de 12 a 19 de julho de 2015, na cidade de São Domingos (Santo Domingo de Guzmán). (Ver NR 2)

(*) - NR - Secção é um setor, ainda incipiente, de uma Ordem ou Congregação Religiosa, que poderá crescer e se tornar uma pró--província e futuramente uma Província.

NomeaçõesTodo fi nal de ano o Provincial, junto com o Conselho,

tem a delicada missão de fazer as nomeações dos padres e religiosos para atuarem nas várias Casas e paróquias, nas várias regiões do Brasil e no Equador, em todo o ano seguinte. Todos sabemos ser grande a messe, mas, poucos os operários. Nas palavras do Pe. Manoel, “a grande maioria, ou quase todos os confrades, são de uma impressionante generosidade, abertura e liberdade interior”.

Vamos ver como fi cou o mapa de nomeações e para onde os padres e os religiosos foram nomeados.

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que completou 66 anos de existência em 6 de outubro de 2013

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Missão do Amazonas. Em São Gabriel da Cachoeira: permanecem os padres Jorge de Oliveira Gonçalves e Reuberson Rodrigues Ferreira. Em Pari Cachoeira estarão o padre Jackson Douglas Furtado e o diácono Otacílio.

Missão do Equador Padres Abimael F. do Nascimento e Tomaz Kundzicz, este já presente no Equador há alguns anos, além do Pe. Moacir Goulart de Figueiredo, que conduz a Casa de Formação Pe. J. Chevalier.

Norte e Nordeste • São Luís: padres Luís Carlos Araujo Moraes e João Crisóstomo • Fortaleza- Aerolândia: padres Francisco Tarcísio, João Helder e Jênisson L. S. de Jesus• Santa Helena: padres Domingos Higino e Nelson Ri-beiro de Andrade• Floriano: padres Carlos Buzanelli e João Schmidt• Tanque do Piauí: Pe. Hubert Kilga • Itaitinga/Paróquia S. Antonio: padres Ivo Trevisol e Ailton R. Damasceno• Itaitinga/Messejana: Pe. Alfredo Nidermeier

São Paulo-Capital• Ponte Pequena: O Superior Provincial, os padres Valmir Teixeira, Agenor Possa, Joaquim dos Santos Filho, Eugê-nio Luís de Barros e o Ir. Henrique Domingos G. Costa.

• Vila Formosa: padres Milton Tassoni e Air José de Mendonça• Casa de Teologia: Pe. Valdecir Soares Santos.

São Paulo-Interior• Campinas: padres Alex S. Sudré, Henrique B. Roberto e Tarcísio P. Machado• Pirassununga: José Saraiva Jr. (Propedêutico) e Pe. Humberto Capobianco (Colégio)• Pirassununga-Santa Rita: padres Mauro Fernando Ferreira e Sírio J. Motter• Bauru: padres Gilberto Gonçalves Pinto e Victório de Almeida• Itapetininga: padres Júlio César Machado e Luís Ber-tazzi

Sul de Minas• Itajubá-Matriz da Soledade: padres Edvaldo Rosa de Mendonça, Geraldo Barbosa Mendonça, Lucemir Al-ves Ribeiro e Dom Ricardo Pedro Paglia.• Itajubá-Noviciado: padres Benedito Ângelo Cortez, João José de Almeida e Rosário Martins de Azevedo. • Delfi m Moreira: padres Geraldo Alves Cassiano e Mi-chel dos Santos• Piranguçu: Pe. Carlos Roberto Rodrigues

Encargos específi cos• Colégios: Pe. Tarcísio P. Machado - Revista: Pe. Air e Pequena Obra: Pe. J. Saraiva Jr.

IX Assembleia das FLMSC“Todo ano os leigos MSC se reúnem para realizar sua assembleia, em nível de Província (São Paulo). O objetivo é a convivência fraterna entre integrantes da fraternidade, a tomada de decisão de assuntos próprios dos grupos e principalmente o fortalecimento da sua espiritualidade. Cada ano, a assembleia é realizada numa cidade onde um dos grupos está localizado. Neste ano, tivemos um Encontro nos dias 27, 28 e 29 de setembro. Fomos recepcionados pelos leigos de Delfi m Moreira e Marmelópolis. Além destes participaram do

Encontro os membros vindos de São Paulo, Pirassununga, Itajubá, Bauru, Fortaleza, Curitiba, e também religiosos, seminaristas, noviços, Irmãs FDNSSC e vários padres MSC. E ainda fomos prestigiados pelo Pe. Cortez e pelo Pe. Manoel, Superior Provincial. Encerrando o Encontro, fi zemos a eleição da cidade-sede para o ano de 2014, assim como do tema da X Assembleia. “Bauru nos aguarda”. (Síntese do relato de Florilda S. S. Souza, da Coordenação FLMSC-Província de SP)

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Mix - Notas rápidas• No fi nal de 2013, a Província contava com 22 semi-naristas.• Profi ssão Religiosa dos Noviços: dia 1º de fevereiro de 2014.• Conferência Geral em Roma: de 14 a 27 de setembro de 2014. • Festas de N. Sra. Aparecida - No dia 12 de outu-bro houve duas grandes solenidades em homenagem a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Pa-droeira do Brasil, nos dois Santuários dedicados a esta devoção, em Itapetininga e Bauru. O Superior Provin-cial se fez presente, presidindo a santa missa das 8hs em Itapetininga e a das 18hs em Bauru. • No CDP-Pinheiros, em São Paulo, houve celebração eucarística presidida por Dom Odilo, em novembro, pelo Natal dos Encarcerados. Foi organizada pelo Pe. Eugênio Luís de Barros, MSC, da Pastoral Carcerária, com a Cúria e a direção do CDP. Dom Odilo acon-selhou os detentos a aproveitarem o tempo de cárcere para refl etirem sobre os erros cometidos e nunca per-derem a esperança de uma vida nova, “Deus olha com misericórdia e amor para vocês” acrescentou o Car-deal. Também estiveram presentes o Pe. Provincial, o Dc. Otacílio, MSC, os seminaristas MSC José Eduardo e Rafael. “Nosso carisma nos convida a sermos entre os excluídos sinais da misericórdia de Deus.”, disse o Pe. Manoel.

O Pe. Mauro Sérgio de Souza havia deixado a Congregação, mas a ela voltou há dois anos. Depois de um pro-cesso de discernimento, decidiu em defi nitivo deixar a comunidade religiosa. Escreveu ao Conselho Provincial, pedindo a dispensa dos Votos Religiosos.

Notas da RedaçãoNR 1. Fonte - A fonte principal do conteúdo desta coluna foram as Comunicações da Província de São Paulo, no. 625. Inevitável vez por outra reprodução parcial de texto. Com espaço gráfi co redu-zido, as notícias seguem resumidas. Agradeço os colegas consultados sobre a foto. NR 2. São Domingos ou Santo Domingo de Guzmán (nome ofi cial), sediará o Curso de Teolo-gia para os seminaristas de língua espanhola e abrigará um dos dois Noviciados-MSC em toda a América Latina, um deles permanecendo no Brasil. Essa cidade, que assumiu papel importante na re-estruturação das várias Casas da Congregação espalhadas pela América Latina, é a capital da República Dominicana, banhada pelas águas do Mar das Antilhas e do Caribe. Fundada em 1496 e transferida para sua localização atual em 1502 é o mais antigo assentamento europeu de ocupação contínua da América e foi a primeira sede do governo colonial espanhol no Novo Mundo. A cidade foi nomeada Santo Domingo por Bartolomeu Colombo, irmão de Cristóvão Colombo e fundador do assentamento. Destaca-se como centro político, industrial e comercial. Em 2006 sua população era de 2.253.437 habitantes. Conta com uma Universidade desde 1538, a mais antiga das Américas, criada pelo papa Paulo III e administrada pela Ordem Dominicana. (Fonte: Internet e Encicl. La-rousse Cultural-1998)

Redação: [email protected]

Mauro Sérgio de Souza

Celebração eucarísticano CDP-Pinheiros

Festa de N. Sra. Aparecida12 de Outubro

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