Caro PRÉ SEMINARISTA! · 2008. 10. 27. · Caro PRÉ‐SEMINARISTA! Pelo que me é dado conhecer,...

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Caro PRÉSEMINARISTA! Pelo que me é dado conhecer, no nosso grupo de préseminaristas há alguns que são ou poderiam ser muito bons alunos. Mas outros, nem por isso. Têm as suas dificuldades e nem sempre conseguem resultados agradáveis. Alguns destes, para não dizer todos, têm boa vontade e também boas qualidades e bons sentimentos. E isso é muito importante. No entanto, nesta altura do ano lectivo, não quero deixar de chamar a atenção de todos, no sentido de dar cada um o seu melhor. Também como aluno todo o préseminarista tem obrigação de ser “um rapaz diferente”. Assim sendo, quer tenha muita facilidade em aprender, quer tenha mais dificuldade, só pelo facto de ser préseminarista, deve ser um aluno aplicado e cumpridor. A experiência ensina que, na maior parte dos casos, as notas negativas que por vezes aparecem (e não deviam aparecer) ficam a deverse não propriamente à falta de capacidades, mas sim à preguiça e à distracção. Notase a olho nu que alguns têm uma tremenda dificuldade de se concentrarem. São até capazes de estar sossegados nas aulas, mas é como se não estivessem lá: mergulham facilmente no mundo da fantasia tão fora da realidade. Precisam de tomar consciência desta sua maneira de ser e de fazer bons esforços, sem estar à espera de ser constantemente chamados à atenção. Outra questão é a preguiça. Esta ‘trama’ (passe o termo) tanto os que têm mais dificuldade como os demais. Toda a gente sabe que há alunos bem malandros. Alguns até poderiam ser excelentes alunos, se o vírus da preguiça não os contaminasse. Até préseminaristas há que sofrem daquela ‘preguicite aguda’ que leva tantos a deixar tudo para a última hora, em vez de estudarem todos os dias, como é seu dever. Só estudam para os testes, ou na parte final do ano, ou quando se vêem aflitos com negativas, ou, então, quando os pais começam a ameaçar com castigos. Tu não podes ser assim. Ninguém devia ser assim. Mas tu, sobretudo, como préseminarista, não podes de modo nenhum ser assim. Estás farto de saber – e isso é tantas vezes recordado – que um préseminarista deve ser um “rapaz diferente”. “Diferente” também nisto. De resto, também já muitas vezes ouviste dizer que um préseminarista que se preze não estuda para as notas. Estuda porque é essa a sua obrigação, porque é a vontade de Deus a seu respeito. Estuda para dar o seu melhor. Nisto, como em todas as coisas, nem devia precisar que lhe chamassem a atenção, nem pais, nem professores, nem ninguém. Tem a sua consciência e exactamente porque é responsável e consciencioso, faz tudo pelo melhor, independentemente de lhe chamarem ou não a atenção. E isto, apesar de ser ainda muito novo. É novo, mas já não é nenhuma criança e, menos ainda, bébé. Pe. Fernando Ribeiro, SCJ E m Fr m Fr m Frente Publ. Mensal nº 181 Novembro de 2008 Preço 0,25€ (IVA incl.) Contacto com os Pré Contacto com os Pré seminaristas Dehonianos seminaristas Dehonianos

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Caro PRÉ‐SEMINARISTA! 

Pelo que me é dado conhecer, no nosso grupo de pré‐seminaristas há alguns que são  ou  poderiam  ser muito  bons  alunos. Mas  outros,  nem  por  isso.  Têm  as  suas dificuldades e nem sempre conseguem resultados agradáveis. Alguns destes, para não dizer todos, têm boa vontade e também boas qualidades e bons sentimentos. E isso é muito importante. 

No entanto, nesta altura do ano lectivo, não quero deixar de chamar a atenção de todos, no  sentido de dar  cada um o  seu melhor. Também como aluno  todo o pré‐             ‐seminarista  tem obrigação  de  ser  “um  rapaz  diferente”. Assim  sendo, quer  tenha muita  facilidade em aprender, quer tenha mais dificuldade, só pelo  facto de ser pré‐        ‐seminarista, deve ser um aluno aplicado e cumpridor. 

A experiência ensina que, na maior parte dos casos, as notas negativas que por vezes aparecem (e não deviam aparecer) ficam a dever‐se não propriamente à falta de capacidades, mas sim à preguiça e à distracção. Nota‐se a olho nu que alguns têm uma tremenda dificuldade de se concentrarem. São até capazes de estar sossegados nas aulas, mas é como se não estivessem lá: mergulham facilmente no mundo da fantasia tão fora da realidade. Precisam de tomar consciência desta sua maneira de ser e de fazer bons esforços, sem estar à espera de ser constantemente chamados à atenção. 

Outra questão é a preguiça. Esta  ‘trama’ (passe o termo) tanto os que têm mais dificuldade como os demais. Toda a gente sabe que há alunos bem malandros. Alguns até poderiam ser excelentes alunos, se o vírus da preguiça não os contaminasse. Até pré‐seminaristas há que sofrem daquela  ‘preguicite aguda’ que  leva  tantos a deixar tudo para a última hora, em vez de estudarem  todos os dias, como é seu dever. Só estudam para os  testes, ou na parte  final do  ano, ou quando  se  vêem  aflitos  com negativas, ou, então, quando os pais começam a ameaçar com castigos. 

Tu não podes ser assim. Ninguém devia ser assim. Mas tu, sobretudo, como pré‐      ‐seminarista, não podes de modo nenhum ser assim. Estás  farto de saber – e  isso é tantas  vezes  recordado  –  que  um  pré‐seminarista  deve  ser  um  “rapaz  diferente”. “Diferente” também nisto. 

De  resto,  também  já muitas vezes ouviste dizer que um pré‐seminarista que  se preze não estuda para as notas. Estuda porque é essa a  sua obrigação, porque é a vontade de Deus a seu respeito. Estuda para dar o seu melhor. Nisto, como em todas as  coisas,  nem  devia  precisar  que  lhe  chamassem  a  atenção,  nem  pais,  nem professores,  nem  ninguém.  Tem  a  sua  consciência  e  exactamente  porque  é responsável  e  consciencioso,  faz  tudo  pelo  melhor,  independentemente  de  lhe chamarem ou não a atenção. E isto, apesar de ser ainda muito novo. É novo, mas já não é nenhuma criança e, menos ainda, bébé. 

Pe. Fernando Ribeiro, SCJ 

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Fomos  nós  que  trespassámos  Jesus.  Fomos nós  os  autores  de  toda  a  sua  Paixão.  Fomos  nós que O enchemos de  amargura no  Jardim da  ago‐nia;  que O  cumulámos  de  opróbrios,  flagelámos, coroámos de espinhos e crucificámos. Caifás, Pila‐tos e os algozes eram como que nossos mandatá‐rios.  A  causa  determinante  da  Paixão  foram  os nossos pecados. 

Com efeito, que há de comum entre um Deus e o  sofrimento? A sua união é anormal. Foi necessário um facto estranho, novo, desorde‐nado, para  causar o  sofrimento do  Filho de Deus  feito homem:  esse facto são os nossos pecados. O Filho de Deus sofre e sofre por nossa causa. 

Ah! sejamos penitentes! Procuremos  (ver) em que O ofendemos, quais foram as desordens do nosso comportamento. Confrontemos a nossa vida com os deveres que deveríamos ter cumprido, com os man‐damentos,  com  as  virtudes evangélicas,  com  as obrigações do nosso estado.  Choremos  as  nossas  faltas  que  humilharam,  feriram,  ultraja‐ram, crucificaram Jesus. Como O consolaremos? Chorando a seus pés como S. Madalena, renunciando às nossas más  inclinações, corrigindo os nossos defeitos.  

Para ti, A PALAVRA DO PADRE DEHON 

Comentário As palavras são claras. Fomos nós que maltratámos Jesus com os nossos pecados. 

Precisamos de fazer penitência. Mesmo que não tenhamos feito grandes maldades, não esqueçamos  que  todo  o mal  que  fazemos  e  tudo  aquilo  que  fazemos mal  ofende  a Jesus, fere o seu Coração tão sensível. Evitemos toda e qualquer decisão errada, toda e qualquer  acção  pecaminosa,  resistamos  às  más  inclinações  (preguiça  sensualidade, gula, mentira, vingança,  inveja...) e corrijamos os nossos defeitos. São os grandes con‐selhos que nos dá o Padre Dehon.  

“Hão‐de olhar para Aquele que trespassaram” (Zac. 12). 

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Para ti, A PALAVRA DO PAPA 

Queridos  jovens, com o Baptismo vós  já nascestes para a vida nova em virtude  da  graça  de  Deus. Mas,  dado  que  esta  vida  nova  não  suprimiu  a debilidade da natureza humana, nem a inclinação para o pecado, é‐nos dada a oportunidade de nos aproximarmos do Sacramento da confissão. Todas as vezes que o  fizerdes  com  fé  e devoção, o  amor  e  a misericórdia de Deus movem o vosso coração, depois de um atento exame de consciência, para o ministro  de  Cristo. A  ele,  e  assim  ao próprio  Cristo,  exprimis  a  dor pelos pecados cometidos, com o firme propósito de não voltar a pecar no futuro e com a disponibilidade para aceitar com alegria os actos de penitência que ele vos indica para reparar o dano causado pelo pecado. Experimentar assim o "perdão dos pecados; a reconciliação com a  Igreja, a recuperação, se foi perdida, do estado de graça; a remissão da pena eterna merecida por causa dos pecados mortais e, pelo menos em parte, das penas temporais que são consequência  do  pecado;  a  paz  e  a  serenidade  da  consciência,  e  a consolação  do  espírito;  o  aumento  das  forças  espirituais  para  o  combate cristão de  cada dia". Com o  lavacro penitencial deste  Sacramento,  somos readmitidos à plena comunhão com Deus e com a  Igreja, companhia fiável porque é "sacramento universal de salvação". 

 

COMENTÁRIO Estas  palavras  fazem  parte  de  uma  homilia  do  Santo  Padre  dirigida  a  jovens,  sobre  o 

sacramento da Reconciliação ou confissão. Depois de recordar as condições para uma confissão bem feita, que são: 

‐ fé e devoção ‐ exame de consciência; ‐  dor  pelos  pecados  cometidos,  com  firme  propósito  de  não  voltar  a  pecar 

(=arrependimento); ‐ disponibilidade para aceitar a penitência, “para reparar o dano causado pelo pecado”; 

 o Papa refere os maravilhosos efeitos da mesma confissão, que são: 

‐ o perdão dos pecados; ‐ a reconciliação com a Igreja; ‐ a recuperação do estado de graça, se foi perdido com o pecado mortal; ‐ a remissão da “pena eterna” merecida por causa dos pecados mortais e, em parte, das 

penas temporais que são consequência do pecado; ‐ a paz e a serenidade e a consolação do espírito; ‐ o aumento das forças espirituais para a luta de cada dia. 

Perante  tantas maravilhas,  francamente  só não  se  confessa ou não gosta de  confessar‐se quem não tem fé ou é tonto.  

erdao dos pecados p -

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O bispo  auxiliar de Braga, D. António Couto,  confessou que uma das belas imagens que ele guarda do despertar da sua vocação sacerdotal, quando criança, é a do esplendor de sua paróquia.  

D. António Couto completou em Setembro passado um ano de episcopado na diocese de Braga. Falou sobre a sua vocação, entre outros temas. 

O bispo confessou que sempre gostou muito da sua paróquia. “É uma  igreja antiga, românica de origem, e muito bonita ao ponto de ficarmos esmagados pelo seu esplendor. E para uma criança que andava no mundo dos adultos, isso fascina‐va‐me.” 

“Lembro‐me de entrar na igreja e sentir que aquilo era outra coisa. Em minha casa, era preciso uma candeia acesa para se ver alguma coisa. Na  igreja tudo era grandioso. Os mosaicos, os  dourados  das  talhas,  um mundo  fabuloso para  uma criança.” 

“Muitas vezes  ‐ prossegue o prelado  ‐, durante a semana, eu  ia à missa por‐que gostava de estar no meio daquela sublimidade. Isso é que me levava a aproxi‐mar daquele lugar sagrado. E gostava de ser acólito.” 

Segundo D. António Couto, o pároco de sua comunidade era muito idoso. Ele “estava na paróquia há mais de  50  anos  e dizia, para  estimular os  rapazes, que quem chegasse primeiro ajudava no altar como acólito. E era quase sempre eu. A missa era às 6h30, mas eu ia mais cedo para chegar em primeiro lugar”. 

Nesse  contexto, afirma o bispo, “fascinava‐me o  sagrado e a  igreja, aquele mundo, mas não tinha colocado a hipótese do sacerdócio”. 

“Entretanto, passou um padre pela minha escola, como era habitual naquela altura,  e perguntou quem gostaria  de  ser padre. Houve  uns  três ou quatro que levantaram a mão. E eu fui um deles.” 

O sacerdote passou a enviar‐lhe livros, santinhos, além de fazer  a l g u m a visita. “E foi aí que comecei a pensar no assunto sozinho”. 

D. António Couto recorda que, quando decidiu entrar no  seminário, em  sua casa ninguém gos‐tou: “houve um silêncio sepulcral”. 

Mas  confessa  a  sua  convicção. “Decidi sozinho. Passava horas a pen‐sar no assunto, mesmo de noite eu  pensava.  E  decidi  de  facto que  ia, porque percebi uma pre‐sença  de  Deus  muito  perto  de mim”. 

UMA HISTÓRIA DE CADA VEZ 

O esplendor da igreja fascinava

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Uma “voz” chamou‐te? Deves ir. O caminho é longo, mas vai. “Sem alforge, nem bastão, nem sandálias”. Mas não sem esperança. “Ir  tem o seu  fascínio,  faz parte da nossa  pobre  felicidade;  talvez  seja  a  única  parcela  de felicidade que nos  é permitido gozar  cá  em baixo”  (Pe. Mazzolari). 

A vocação é caminho a percor‐rer.  Não  há  caminho  sem  dificul‐dades,  não  há  projecção  no  futuro sem  incertezas. Não há esforço sem cansaço.  Não  há  crescimento  sem compromisso, sem risco. Tudo isso se percebe, considerando o limite natu‐ral que a todos nos condiciona. 

“Para mim é um grande confor‐to  pensar  que  Deus  me  toma  tal como  sou.  Desde  que  se  viva  com rectidão de intenções, com prontidão de arrependimento dos próprios er‐ros, com abandono a Deus, sem que dêmos por  isso, Alguém nos  faz ca‐minhar”. (Pe. Mazzolari) 

“Não  temais,  Eu  venci  o  mundo”  ‐  diz  Jesus. Definitivamente. Venceu‐o  também para nós. E “é mais forte Aquele que está em vós ‐ Cristo ‐ do que aquele que está no mundo”. Esta fé alimenta a nossa esperança. 

PÁGINA VOCACIONAL 

‘Ir tem o seu fascínio, faz parte da 

nossa pobre felicidade’ 

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Na  Bíblia  são  numerosos  os  “casos”  nos  quais  se encontra o homem chamado e enviado por Deus, tomado de  desconfiança  e  desânimo.  Sem  esperança,  ao  que parece. Basta pensar na aventura de Elias e na de Jonas. 

Elias,  cheio de medo,  “atemorizou‐se e partiu para salvar  a  vida”.  Foge  à  espada de  Jezabel. A  tirana  não brincava.  Já  fizera  rolar muitas  outras  cabeças.  “Isaías pediu para si a morte: Basta, Senhor ‐ disse ele ‐ tirai‐me a vida, porque não sou melhor do que os meus pais”. 

Há,  na  vida  de todos, momentos em que  se  é  tentados  a dizer  “Chega!”.  Mas não  passa  de  tenta‐ção.  Esquece‐se  e  a‐vança‐se.  No  fim  do caminho  da  dúvida, da  provação,  do  de‐sânimo,  está  Ele,  o Senhor,  que  te  espe‐ra.  Talvez  te  repre‐enda  por  não  teres  sabido  confiar  n’Ele. Mas Ele torna a cha‐mar‐te e a enviar‐te. 

Como o profeta. Disse o Senhor a Elias: “Levanta‐te e come, porque ainda tens um longo caminho a percorrer”. 

Jonas  vive  uma  situação  não  menos  dramática. “Pegaram em Jonas e atiraram‐no ao mar”. Acabaram‐se as  esperanças.  Humanamente  falando,  claro.  Mas  no projecto de Deus, não. Engolido pelo mar e pela grande baleia,  Jonas  reza.  Uma  oração  convicta  de  que  “a salvação vem do Senhor”. E o Senhor salvou‐o. 

És  chamado?  Responde.  E  confia. O  Senhor  é  um Deus fiel. 

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Origem   Sou o Irmão Cláudio Aparecido Teixeira, Missionário Redentorista. Nasci 

em  1976  no  Estado  do  Paraná  (Brasil).  Vivi  a  minha  adolescência praticamente  em  ambiente  rural  juntamente  com  a minha  família.  Sou  de uma família simples, de quatro irmãos, sendo eu o primogénito. Falando um pouco  da  minha  vocação,  posso  dizer  que  tudo  começou  muito  cedo. Gostava  muito  de  observar  as  vestes  litúrgicas  dos  padres  quando celebravam  a  Missa,  na  comunidade  que  a  minha  família  e  eu frequentávamos no Paraná. Depois, quando cresci um pouco, afastei‐me da minha primeira motivação vocacional.  

Quando a minha família veio morar na cidade de São José dos Campos, no Estado de São Paulo e posteriormente na cidade de Jacareí (SP), ressurgiu em mim novamente o desejo de ir para o seminário. 

 Planos divinos 

Um  dia,  estando  a  escutar  a  Rádio  Aparecida,  ouvi  uma  propaganda vocacional  redentorista.  Anotei  o  endereço  do  Secretariado  Vocacional  e com  bastante  receio  escrevi  uma  carta, manifestando  o  desejo  de  entrar para o seminário. Recebi  rapidamente a carta de  resposta  juntamente com alguns livros e folhetos, explicando as diversas vocações existentes na Igreja. Passado algum tempo, recebi outra carta convidando‐me para participar no primeiro encontro vocacional no Seminário Santo Afonso em Aparecida (SP). Fiquei muito  feliz por  ter sido convidado, mas não sabia  ir sozinho e quem me levou foi o meu pai. Tendo chegado a Aparecida, fomos até ao Santuário para pedir mais informações a respeito do local do encontro vocacional. Um padre que  andava por  aqueles  grandes  corredores  do  Santuário  a  rezar  o terço,  informou‐nos  como  chegar  até  o  Seminário  Santo  Afonso.  Depois 

TESTEMUNHO 

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perguntou‐me que grau de escolaridade  tinha eu. Respondi‐lhe que estava na 7ª  série. Ele  respondeu que o Seminário Santo Afonso  somente  recebia jovens  que  frequentavam  o  secundário, mas  indicou‐me  o  Seminário  São Geraldo, que fica na cidade do Potim (SP), destinado à formação dos futuros Irmãos Redentoristas. Na verdade, naquela ocasião eu nada mais pretendia do que participar num encontro vocacional. Mesmo assim, não pus de parte aquilo  que  ele  informou  a  respeito  do  Seminário  São  Geraldo. Mais  tarde procurei maiores informações sobre a vocação do Irmão Redentorista. E o Ir. Manuel que,  na  altura,  trabalhava  no  Secretariado Vocacional  explicou‐me um pouco sobre a  importância da vocação e missão do Irmão na Igreja e na Congregação Redentorista.   Seminário 

Reflectindo e meditando sobre isso, cheguei à conclusão de que Deus Se serve de mil formas para chamar as pessoas que chama para o seu serviço e missão na  Igreja. Entrei no Seminário São Geraldo em  1995 para  ser  Irmão Missionário  Redentorista. Durante  seis  anos,  pude  conhecer muito  bem  a Vida  do  Religioso  Consagrado  e  também  pude  contemplar  a  presença  de Deus nos diversos acontecimentos da minha vida vocacional.  

No ano de 2001, os meus  formadores propuseram‐me a experiência do postulantado, a fim de aprofundar os meus conhecimentos na área da vida religiosa,  com  auxílio  de  cursos  promovidos  pela  CRB  (Conferência  dos Religiosos do Brasil) e de outros promovidos pelas Faculdades Claretianas de São Paulo.   Consagração 

Em  2002  fiz o noviciado na  cidade de Tietê  (São Paulo). Foi um  tempo forte de oração e de encontro profundo  com o Senhor da messe que nos chama  e  envia. No  dia  26  de  Janeiro  de  2003,  fiz  a  profissão  religiosa  na Congregação do Santíssimo Redentor  consagrando‐me a Deus pelos votos de  castidade,  pobreza  e  obediência.  No  mesmo  ano  fui  residir  no Alfonsianum,  Instituto  Redentorista  de  Estudos  Superiores,  no  bairro  do Ipiranga  em  São  Paulo,  para  cursar  a  Faculdade  de  Ciências  da  Religião. Terminada a Faculdade em 2005, pediram‐me para trabalhar no Secretariado Vocacional Redentorista, com a missão de auxiliar os adolescentes e  jovens que nos procuram com o objectivo de ter uma orientação vocacional. Nesse sentido,  digo que  a  caminhada  vocacional  redentorista que  realizei  até  ao presente momento tem sido muito gratificante para mim, graças a Deus.  

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1. Não sabeis que, se vos entregais a alguém, obedecendo‐lhe como escravos, sois escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado que leva à morte, quer da obediência que leva à justiça?  

 2. O salário do pecado é a morte; ao passo que o dom gratuito que 

vem de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, Senhor nosso.  3. O que realizo, não o entendo; pois não é o que quero que 

pratico, mas o que eu odeio é que faço.   4. Sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita coisa boa; 

pois o querer está ao meu alcance, mas realizar o bem, isso não.   5. É que não é o bem que eu quero que faço, mas o mal que eu não 

quero, isso é que pratico.   6. Ora, se o que eu não quero é que faço, então já não sou eu que 

o realizo, mas o pecado que habita em mim.   7. Deparo com esta lei: em mim, que quero fazer o bem, só o mal 

está ao meu alcance.  8. Sinto gosto pela lei de Deus, enquanto homem interior. Mas 

noto que há outra lei nos meus membros a lutar contra a lei da minha razão, e a reter‐me prisioneiro na lei do pecado que está nos meus membros. 

 9. Os que vivem de acordo com a carne aspiram às coisas da carne; 

mas os que vivem de acordo com o Espírito aspiram às coisas do Espírito.  

 10. De facto, a carne aspira ao que conduz à morte; mas o Espírito 

aspira ao que dá vida e paz. É que a carne aspira à inimizade com Deus, uma vez que não se submete à lei de Deus; aliás nem sequer é capaz disso.  

 (S. Paulo) 

sabedoria

10 grãos de

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É,  certamente,  bem  triste  que  haja  pessoas  que  perderam  a  fé!  A  coisa mais trágica que pode acontecer a um  ser humano é perder a  fé em Deus. Mas, a maior parte das vezes, esta tragédia não é uma questão de inteligência, mas sim do coração; não é causada pelas objecções da razão, mas pelas dos sentimentos; não é  fruto de dificuldades científicas, mas é‐o das morais. 

Se fosse possível ao homem deter‐se na fé “racional”, haveria no mundo muito poucas  pessoas  descrentes. Mas  os  dogmas  da  fé  trazem  consigo  consequências morais muito mais graves no que diz respeito à vida prática ‐ às palavras e às acções: e é isto que assusta muitas pessoas. 

Os princípios da religião católica exigem que evitemos o pecado, que vençamos as inclinações perigosas que nos levam a prazeres proibidos; que reprimamos a cólera, o  egoísmo  desregrado,  a  impureza,  a  insensibilidade  perante  as  necessidades  do próximo, etc.; que arranquemos até a raiz dos nossos pecados; e, se fraquejarmos na luta, que   confessemos  leal e  francamente e com sincero arrependimento. Quer  isto dizer que a fé nos impõe uma luta contínua: luta contra as faltas, luta pela perfeição. 

É  precisamente  esta  a  razão  por  que muitas  pessoas  recusam  a  fé.  Recusam acreditar, para não  terem de mudar de vida. Como estão,  sentem‐se à vontade; os pecados não os incomodam. Assemelham‐se aos dois mendigos de S. Martinho. 

‐ Quem eram eles? ‐ perguntas‐me. Eis a sua história. Levavam, um dia, em procissão solene as relíquias de S. Martinho  de  Tours.  Todos  os  doentes  que  se  encontravam  no  caminho ficavam curados à sua passagem. A notícia espalhou‐se com a rapidez do 

relâmpago. Tendo chegado a dois paralíticos que se encontravam no  caminho  por  onde  passaria  a  procissão,  um  deles  voltou‐se perturbado  para  o  outro  e  disse‐lhe:  “Vamos  embora  daqui, camarada,  porque,  se  viermos  a  ser  curados,  quem  se  importará depois connosco e nos dará esmola??”. É por um motivo semelhante que muitas pessoas não querem a fé. Que teriam de fazer, se aceitassem? Não poderiam continuar a viver no pecado, na paralisia moral. 

O homem  acabrunhado de pecados procura, muitas  vezes, defender‐se dos remorsos à maneira da avestruz. Esta, quando se sente perseguida pelos caçadores a cavalo, põe‐se a correr a toda a brida, em  lugar de  atacar o  cavalo  ao qual poderia  facilmente ferir com o longo e duro bico. E, quando já não pode correr mais, dominada pelo cansaço, esconde a cabeça na areia, supondo que os perseguidores desapareceram, pois já não os vê... 

Assim  também  o  pecador  poderia  facilmente  livrar‐se  dos remorsos, se quisesse abandonar o pecado. Qual história! Prefere tapar os ouvidos e fechar os olhos, para não ver o perigo cada vez 

maior  e mais  próximo  da  eterna  condenação:  prefere  negar  a  vida futura depois da morte, a religião, o próprio Deus... Razão  tinha  Rousseau,  escritor  que  era,  todavia,  de  sentimentos religiosos duvidosos, quando escreveu: “Conserva sempre a tua alma 

em estado tal que ela deva desejar a existência de Deus, e verás que jamais a porás em dúvida”. 

Tihaéer Toth  

PARA LER E MEDITAR 

OS MENDIGOS DE SÃO MARTINHO

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R R R a) Por que é que alguns pré‐seminaristas deixaram de o ser? b) Que vão fazer aqueles que entraram no Seminário? c) Qual deve ser a tua principal preocupação? d) Que deves continuar a ser? e) Que terás de ir fazendo? f) Como deves ser na escola? g) Que deves fazer para seres fiel aos teus compromissos?  

a) Que dá o amor a Jesus? b) Que acontece aos que amam Jesus com generosidade? c) O que é que Jesus mais deseja que Lhe façam?  

a) Quantas e quais são as condições para “subir ao monte do Senhor”? b) O que é importante hoje? c) Quando é puro um coração? d) Qual é a altura para a qual o homem é destinado?  

a) Que descoberta fez o Imperador? b) Que fazia, então, o pajem, em vez de prestar atenção à peça? c) Que mostra quem tem coragem de rezar até num teatro? d) Que chegou a ser mais tarde aquele pajem?  

a) O texto é longo, mas, no fundo, resume‐se a um tema. Qual é esse tema? b) Vai ao teu dicionário, procura e transcreve o significado da palavra ‘teofania’. c) Qual é a palavra que irá amparar o profeta na luta? d) Em que consiste o ‘rito da consagração’? e) Que significa o ‘rito da consagração’? f) Qual é o outro rito? g) Que é a dureza de Israel? h) E que é a dureza de Ezequiel e de onde lhe vem ela? i) Que nos ensina a vocação profética de Ezequiel?  

Perguntas sobre o “Directório” (página 6) a) Que é importante saber logo à partida? b) Para que fundou o Pe. Dehon a Congregação? c) Que significa “ser uma Congregação do Sagrado Coração de Jesus? d) Que significa “Congregação apostólica”? e)  Que quis o Pe. Dehon ao fundar a Congregação? 

[eler]  [eflectir]  [esponder] 1.

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Aproxima‐se a data do 3º “encontro formativo” do presente ano  lectivo. Passado pouco mais de um  mês  depois  do  último  “encontro”,  vamos mais uma vez aproveitar e aproveitar bem mais esta  oportunidade  que  Jesus  nos  oferece. Exactamente  porque  se  trata  de  uma oportunidade  oferecida  por  Jesus,  deve  ser aproveitada.  E  a  melhor  forma  de  o  fazer  é marcar presença. 

Já mais do que uma vez se chamou a atenção para  o  cuidado  que  todos  devem  ter  de  não faltar, custe o que custar. Faltar aos “encontros” é muito  prejudicial.  Por  que  isto  é  como  quem está a realizar uma caminhada em conjunto com outros. Deixar‐se  ficar para  trás provoca muitos inconvenientes. 

Neste  “encontro”  terá  lugar  a  “Reunião  de Pais”. Alerta os teus para  isso, a fim de que não sejam  apanhados  de  surpresa  pela  respectiva “convocatória”  que  irão  receber  dentro  de alguns dias. 

Repara agora nos pontos que se seguem: 

1.   DATA: 29 e 30 de Novembro. 2.  CHEGADA: entre as 9.00 e as 10.30, sem falta. 3.  REGRESSO A CASA: só no fim da Reunião dos Pais. 

TRAZER: as coisas do costume, mas com espe‐cial cuidado para não esquecer mesmo nada. 

Em Frente (Contacto com os Pré‐seminaristas Dehonianos) Publicação Mensal ‐ Ano IX ‐ nº 181 ‐ Novembro de 2008 

Proprietário, Director e Editor: Pe. Fernando Ribeiro, SCJ Redacção e Administração: Caminho do Monte, 9 | Ap. 430 | 9001‐905 ‐ FUNCHAL 

Telf. 291 22 10 23 | Email: [email protected] Impresso nos Serviços Privativos do Colégio Missionário Sagrado Coração ‐ FUNCHAL 

Depósito Legal nº 120 306 

CONVO

CATÓ

RIA