Carta da imoralidade aos Políticos do Brasil.

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Carta da imoralidade aos políticos do Brasil.

A campanha eleitoral estar nas ruas, todos se esganando para chegarem ao poder e outros

para se manter mamando nas tetas da velha pátria adormecida, que se acorda apenas de

quatro em quatro anos para a festa da democracia de poucos. Os oportunistas do

neoliberalismo apresentam suas propostas de enganação ao povo, e quando são eleitos

rasgam suas idéias outrora no papel e passam a fazer os acordos de interesse dos grupos

políticos e da classe dominante, mesmos aqueles partidos que se diziam revolucionários

entram na prostituição do jogo político. Não sei se poderíamos chamar isso de democracia ou

prostitucracia!

Esta é a carta da revolta, de não aceitar a imoralidade e omissão dos políticos que passaram 8

anos no poder, a exemplo dos senadores de vários estados do Brasil e de aproximadamente

550 deputados federais que durante quatro anos não tiveram a coragem de votar a PEC 54/99,

que faz justiça a meio-milhão de trabalhadores que entraram no serviço público antes da

promulgação da Constituição de 1988. Esses trabalhadores farão diferença na hora do voto.

Essas são as pessoas que exploram os trabalhadores, pois muitos não têm interesse de votar a

PEC 54/99, pois são atrelados dos prefeitos e governadores e usam esses servidores como

massa de manobra - curral eleitoral – “ou votam no meu candidato ou estão no meio da rua”.

Além da tortura psicológica, o não direito a receber terço de férias, qüinqüênios, afastar-se

para cursar uma pós-graduação - mesmo especializado ganhando inferior a outro do quadro

efetivo, as gratificações não incorporam para a aposentadoria, não podem contrair

empréstimo em folha de pagamento, não tem direito a licença prêmio e muitos não podem se

inscrever no projeto “minha casa, minha vida”. Porém, o pior castigo é a tortura psicológica

daqueles que se revezam no poder de quatro em quatro anos, “diga em que você vota ou

perderas o emprego!”.

Esses servidores têm mantido o silêncio por 22 anos, não podem participar do movimento

sindical, pois são demitidos sumariamente sem qualquer direito. Muitos prefeitos acionam o

Ministério Público para que autorizem os mesmos a demissão em massa desses

trabalhadores. Pois hoje, são considerados entulhos para os atuais gestores modernos, é

preciso terceirizar o serviço público, expulsando essa gente via carta de ajustamento de

conduta do ministério, pois precisam urgentemente - prefeitos e governadores colocar no

serviço público outra leva de profissionais via terceirização, outro curral eleitoral. “Eu te dou

um emprego e nas próximas eleições quero o seu voto em troca”. Mesmo sob a alegação do

concurso público divulgado pelo Ministério Público, os políticos desdenham da própria

Constituição Federal – “nossos interesses acima do bem público”.

Logo, a Associação dos Servidores Públicos das Regiões Norte/Nordeste está orientando os

trabalhadores para votarem em candidatos que se comprometam com a aprovação da PEC

54/99, que se encontra há 11 anos nas gavetas da Câmara dos Deputados, em Brasília. E só

votar em Deputados Estaduais se os mesmos colocarem em sua plataforma de trabalho o

apoio a PEC 54/99, a mesma orientação segue para os candidatos ao Senado e a Presidência.

Professor Gilson Nunes – Consultor Sindical da ASPRENNE - [email protected] -