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    Cartas eargumentao

    Dinmica 7

    9 Srie | 2 Bimestre

    oto objtvo

    Lngua PortuguesaEnsino Fundamental

    9 ano

    ConjunesSubordinativas.

    Estabelecer relaeslgico-discursivas

    presentes no texto,marcadas por

    conjunes, advrbiosetc.

    Caras e arumena.

    Hb H19 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto,marcadas por conjunes, advrbios etc.

    Hb oH18 Estabelecer relao causa/consequncia entre partes e ele-mentos do texto.

    o oIdentificar e empregar o papel argumentativo dos conectores su-bordinativos.

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    Orania da dinmica:

    Professor/a, nesta Dinmica, voc desenvolver as seguintes Etapas comseus alunos:

    tv

    to

    to ogzo gto

    1Discusso dos tex-tos motivadores.

    Leitura e discusso dos textos. 30 min Toda a turma. Individual.

    2Sistematizaodos contedos.

    Reconhecendo as relaes decausa e consequncia.

    30 minGrupos de 5

    alunos.Escrito/Coletivo.

    3 Autoavaliao. Questes do Saerjinho. 20 min Individual.Escrito/

    individual.

    4 Etapa opcional. Atividade de fixao. 20 min Individual. Escrito.

    Recurss necessris para esa dinmica:

    Textos geradores.

    Professor/a,

    O objetivo da Dinmica estabelecer relao de causa e consequncia entreas partes de um texto, identificando esse processo na argumentao das cartas do lei-tor. Selecionamos trs textos para serem trabalhados na Etapa 1 dois so do gnero

    carta do leitor e um do gnero reportagem a fim de analisarmos o uso da lngua

    no que diz respeito indicao de causa e consequncia e s relaes lgico-discursi-vas que se processam, dependendo do tratamento dado a um mesmo tema. Na Etapa2, propomos a realizao de duas atividades que visam a verificar, na prtica textual,como a relao lgica de causa e consequncia construda no discurso. Por fim, naEtapa 3, resolvendo duas questes do Saerjinho, os alunos tero a oportunidade detestarem o que aprenderam.H ainda uma Etapa opcional a qual poder ser aplicadapara fortalecer a habilidade principal trabalhada nesta Dinmica.

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    ETAPA1DISCUSSODOSTEXTOSMOTIVADORES LEITURAEDISCUSSODOSTEXTOS(30 MIN)

    Escrever textos em que emitimos opinio sobre quaisquer assuntos exige queo usurio da lngua estabelea, entre as ideias, relaes lgico-discursivas como as decausa e consequncia. Afinal, argumentar sobre os temas que nos cercam e sobre de-bates dos quais desejamos participar requer que no apenas digamos se gostamos ouno gostamos de algo, se concordamos ou discordamos de um assunto, se aprova-mos ou no determinadas opinies.Alm de darmos nossa opinio, precisamos darfundamento a ela, mostrando, por exemplo, as causas e as consequncias envolvidasna argumentao que fazem parte de nosso ponto de vista sobre os assuntos. Vamosobservar, assim, como essas estratgias so construdas nos textos por meio de deter-minados recursos lingusticos como as conjunes subordinativas, mais especificamen-te as conjunes subordinativas causais (que expressam causa) e consecutivas (queexpressam consequncia).

    Conduo da Atividade

    Oriente os alunos a realizarem uma leitura silenciosa de cada texto, su-blinhando as passagens das cartas do leitor em que identificarem a pre-sena de opinio.

    Faa uma leitura compartilhada, indicando, nas cartas, os perodos emque h argumentao, que a opinio justificada por evidncias.

    Promova um breve debate sobre o tema dos textos para que os alunoscompartilhem suas opinies acerca do assunto.

    Orientaes didtico - pedaggicas

    Prezado/a professor/a,

    Como o objetivo principal da Dinmica verificar como seestabelece a rela-o de causa e consequncia entre as partes de um texto, identificando-sea construo do processo argumentativo, sobretudo no gnero carta doleitor, muito importante que sejam criadas condies para que os alunospercebam a estreita relao entre o recurso lingustico conjuno subordi-nativae a construo do sentido de causa e consequncia.

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    Cabe orient-los no sentido de distinguirem causa de consequncia, tor-nando clara a diferenciao entre aquilo que provoca (causa) um deter-minado efeitoe o efeito (consequncia) propriamente dito. Nesse sentido,torna-se fundamental, no processo do desenvolvimento da habilidade deestabelecer relaes de causa e consequncia, bem como de percebercomo so construdas no texto, a tomada de conscincia lingustica sobre o

    papel coesivo desses elementos da lngua.

    TEXTO1

    HORMNIOS

    [...]Data apenas de um ms, por exemplo, o anncio do detalhamento da aoda irisina, o hormnio produzido pelos msculos com ao nas clulas de gordura.

    As descobertas sobre a irisina foram divulgadas pelas presiisas revistascientficas Nature e Celi. Os estudos conduzidos pelo mdico Bruce Spiegelman, daUniversidade Harvard, nos Estados Unidos, avaliaram o impacto da irisina em camun-dongos. Durante trs semanas, as cobaias praticaram uma hora diria de atividade f-sica sobre rodas (o equivalente a um exerccio em esteira ergomtrica) em ritmo decaminhada rpida. A partir do 21 dia (da dcima semana no calendrio humano), osanimais produziram irisina em quantidade suficiente para ativar, em determinadas c-

    lulas de gordura, a termognese, processo no qual ocorre a produo de calor. Ou seja,o que se mostra aqui que a irisina tem o poder de acelerar o metabolismo do tecidoadiposo (em at cinquenta vezes) e, portanto, de fazer emagrecer.

    De posse dessas informaes, os pesquisadores desenvolveram em laborat-rio a verso sinttica do hormnio. O composto foi ento injetado em camundongosobesos e sedenris, alimentados base de uma dieta hipercalrica, rica em gorduras.Ao cabo de dez dias, apesar da inatividade fsica e do excesso de comida gordurosa, osroedores perderam 2% do peso corporal o que, entre homens e mulheres, equivalea uma reduo de 4 quilos em seis meses. Nenhuma outra substncia, seja ela horm-nio, alimento ou suplemento, capaz de aumentar nesse grau (e de forma to rpida)

    a velocidade de funcionamento do organismo.

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    As experincias com a irisina em humanos devem comear a partir de 2013."Confirmados os resultados obtidos com as cobaias, estar deflagrada a maior revo-luo no tratamento da obesidade desde os tempos da descoberta dos anorexgenos,na dcada de 40", diz o endcrinlisaAntonio Carlos do Nascimento. Trocando emmidos, a irisina a ginstica em cpsula ou em gotas.

    Disponvel em: http://www.legrandonline.com.br/noticias/noticiasInterna.asp?Textos_ID=28749. Aces-

    so em: 20 mar. 2013.

    vobo:

    tgo que tem prestgio, reconhecida por todos.

    to que no pratica atividades fsicas.

    ooogt mdico especialista em glndulas.

    TEXTO2

    Carta do leitor

    J vi esse filme antes... Comea com um murmrivindo das primeiras pes-quisas ainda em animais de laboratrio (que muitas vezes no apresentam nem delonge os mesmos resultados em seres humanos) e logo toma corpo na forma de umururinh, transformado depois em francagritaria. Finalmente a obesidade ser ven-cida, e, melhor ainda, sem esforo! O velho problema de sempre com o velho roteirobatido: caso a irisina tenha efeito similarem humanos, certamente ser ransiri, jque o mealismcelular regido por ineraesmuito complexas. Estamos sempre procura da bala de prata" que pode nos tornar imunesao ambiente de excesso deoferta e falta de atividade fsica. No quero ser pessimista, mas, como ficamos buscan-

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    do solues mgicas para situaes pontuais, a obesidade segue aumentando e a leide Darwin, que seleciona os mais aptos ao meio ambiente, vai fazendo o seu trabalho.Diminui a expectativa de vida dos poupadores de energia (sedentrios) e privilegiaos gastadores.

    Texto adaptado. RICARDO FERNANDES ARRAIS

    Mdico endocrinologista peditrico Natal, RNVeja de 22/8/2012 (edio 2.283)

    vobo:

    o som de muitas vozes juntas.

    bbHo som confuso de muitas vozes juntas.

    livre, desimpedida.

    de mesma aparncia.

    tto de pouca durao, passageiro.

    tbooConjunto dos mecanismos qumicos necessrios ao organismo para a for-mao, desenvolvimento e renovao das estruturas celulares.

    t trocas.

    que tem imunidade, no pega doena.

    TEXTO3

    Carta do leitor

    Queridos Editores,

    Foi com profunda tristeza e revolta que li hoje a capa da nova edio da revista,fazendo alusa um hormnio, chamado Irisina. Sou mdico, no conheo o tal hor-mnio e de maneira nenhuma questiono o ercientfico da reportagem. No entanto,sem ao menos abrir a revista, percebo o desseri populao estampado na capa.

    Nesta, ressalta-se a propriedade do hormnio em auxiliar na queima das calo-rias e na perda de peso. At a tudo bem. Porm, fecha-se a frase com a infeliz conclu-so, equivocada e por demais pernicisa: e abre caminho para a ginstica em gotas.

    Embora ciente de que o objetivo principal, mesmo que inadequado, seja cha-mar a ateno do potencial leitor e vender a revista, reduzir os benefcios da atividade

    fsica perda de calorias e ao emagrecimento, neliencianda sua importncia em

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    outros aspectos da sade, como na reduo do risco cardiovascular e na sade mental,apenas para citar dois exemplos, nefas.

    Mesmo que a reportagem desfaa essa primeira impresso, e acredito que ofaa, dada a competncia de seus jornalistas, para quem passa pela banca de jornal erecebe o imprin semnicdessa capa, omal est feito. Como querem vender a revis-ta, os senhores esto fazendo aplia preguia, e sendo profundamente irrespons-

    veis quanto educao em sade do cidado. Esto vendendo doena.

    Texto adaptado

    Disponvel em:http://imprensasaudavel.wordpress.com/?s=gin%C3%A1stica+em+gotas&submit=Pesquisa.Acesso em: 19 mar. 2013.

    vobo:

    o referncia.

    to contedo.

    vo mau servio.

    o mau, nocivo, ruim.

    ggo descuidando.

    to que causa desgraa.

    t to expresso que quer dizer do efeito de sentido que a capa provoca.

    oog louvor, elogio.

    Caleidoscpio

    HORMNIOS

    Por Fabiana Santos Gonalves

    Hormnios so substncias qumicas especficas de ao sistmica que soproduzidas por clulas especializadas, so lanadas na circulao e vo produ-zir efeitos especficos (induo ou inibio) em um rgo especfico do corpo.

    A origem da palavra hormnio grega, hormao, que significa estmulo, movi-mento. Foram os fisiologistas Ernest Starling e William Bayliss, ambos britni-cos, que identificaram as substncias denominadas hormnios, em 1902.

    Os hormnios so produzidos pelo prprio organismo, em glndulas ou te-

    cidos especializados, e so derivados de protenas, lipdios, glicdios, etc.

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    Eles regulam o crescimento, funes de vrios tecidos, funes do sistemareprodutor, desenvolvimento, metabolismo de forma lenta, porm man-tm-se por mais tempo que os impulsos nervosos.

    Possuem funo reguladora ou homeosttica, integram os diversos siste-mas do organismo, desenvolvimento, reproduo e crescimento de rgosdo corpo e ajudam outros hormnios em suas funes, alm de alterar a

    permeabilidade celular, eles podem alterar a atividade de enzimas e libera-o de outros hormnios.

    Disponvel em: http://www.infoescola.com/hormonios/hormonios/. Acesso em: 27 out. 2013.

    ETAPA

    2ANLISEDOSTEXTOSESISTEMATIZAODOSCONTEDOSRECONHECENDOASRELAESDECAUSAECONSEQUNCIA(30 MIN)

    Aps a leitura dos textos, entendimento do que propem como debate e iden-tificao das formas de construir a argumentao, vamos identificar o modo de se esta-belecerem as relaes de causa e consequncia e os recursos da lnguaque as orientam.

    Para isso, realizaremos, em grupo, as atividades destaEtapa. Siga as orientaes do(a)professor(a) a fim de execut-las.

    Conduo da Atividade

    Organize a turma em grupos de 5 alunos.

    Escreva no quadro as conjunes, a ttulo de destaque.

    Resolva com os alunos, no quadro, um dos exemplos, para que eles pos-sam dar continuidade.

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    Orientaes didtico - pedaggicas

    Professor/a,

    Compreender o papel coesivo e semntico dos conectivos no operaomuito simples para os alunos. Precisamos conduzi-los a esse entendimento,

    pois quase nunca intuitiva a percepo do tipo de relao lgico-discur-siva que as conjunes estabelecem quando unem duas ideias separadas ecriam uma nova ideia. Apresentar vrios exemplos no quadro como formade reforar a aquisio da habilidade uma estratgia que pode enriquecera Dinmica. Oportunizar a identificao das relaes de causa e consequn-cia em textos sempre que elas se fizerem presentes tambm ser um cami-nho no reforo desse contedo.

    A atividade 1 apresenta as seguintes sugestes de gabarito: a) O ser huma-no continua a amar, visto que acredita na sinceridade do amor; b) Comono sabem diferenciar o certo do errado, algumas pessoas fazem escolhasdas quais se arrependem mais tarde; c) Crianas e adolescentes precisaminvestir nos seus estudos, uma vez que o mundo globalizado exige profis-sionais cada vez mais capacitados. Obviamente, trata-se apenas de possibi-lidades, podendo os alunos utilizar os outros conectores. Chame a ateno

    para o uso da conjuno como, sempre no incio da frase.

    Na atividade 2, podemos esperar que os alunos respondam: a) CAUSA: fi-camos buscando solues mgicas para situaes pontuais; CONSEQUN-CIA: a obesidade segue aumentando; b) CAUSA: querem vender a revista;CONSEQUNCIA: os senhores esto fazendo aplia preguia, e sendoprofundamente irresponsveis quanto educao em sade do cidado;c) CAUSA: foi dado incio s obras do programa Porto Maravilha; CONSE-QUNCIA: aumentou o reforo no esquema especial de trfego na regio;d) CAUSA: Visto que um acidente retirou os sinais da esquina das ruas Baroda Torre e Henrique Dumont, em Ipanema, nas quais j faltavam sinalizaohorizontal e um agente de trnsito;CONSEQUNCIA: houve aumento dascolises no local; e) CAUSA:Hoje um time de fubebol um negcio to ren-tvel; CONSEQUNCIA:que no pode ser confundido com um clube socialrecreativo.

    ATIVIDADE

    Una as informaes 1 e 2, presentes nos quadros a seguir, estabelecendo en-tre elas relao de CAUSA E CONSEQUNCIA por meio das conjunes e locues con-

    juntivas pedidas.

    a. Principais cnunes e lcues cnunias causais:porque como vis-to que uma vez que j que

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    1. O ser humano continua a amar.

    2. O ser humano acredita na sinceridade do amor.

    1. Algumas pessoas fazem escolhas das quais se arrependem maistarde.

    2. Algumas pessoas no sabem diferenciar o certo do errado.

    1. Crianas e adolescentes precisam investir em seus estudos.

    2. O mundo globalizado exige profissionais cada vez mais capacita-dos.

    b. Principais cnunes e lcues cnunias cnsecuias: que (reforadopor to, tanto, tal) de sorte que de modo (ou maneira) que de formaque

    1. A amizade um sentimento importante para o ser humano.

    2. Ningum consegue viver completamente feliz sem amigos.

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    1. Choveu no ms de maro.

    2. Houve muitos deslizamentos.

    1. A chamada gerao digital fascinada pela tecnologia da compu-tao

    2. 2. A chamada gerao digital passa horas em frente ao computa-dor.

    ATIVIDADE

    Complete os esquemas com a CAUSA e a CONSEQUNCIA presentes nos tre-chos a seguir:

    a. No quero ser pessimista, mas, como ficamos buscando solues mgicaspara situaes pontuais, a obesidade segue aumentando e a lei de Darwin,que seleciona os mais aptos ao meio ambiente, vai fazendo o seu trabalho.(Texto 2)

    : oq:

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    b. Como querem vender a revista, os senhores esto fazendo aplia pre-guia, e sendo profundamente irresponsveis quanto educao em sadedo cidado. Esto vendendo doena. (Texto 3)

    : oq:

    c. Como foi dado incio s obras do programa Porto Maravilha, que visam recuperao da zona porturia do Rio de Janeiro, aumentou o reforo noesquema especial de trfego na regio.

    : oq:

    d. Visto que um acidente retirou os sinais da esquina das ruas Baro da Torre

    e Henrique Dumont, em Ipanema, nas quais j faltavam sinalizao horizon-tal e um agente de trnsito, houve aumento das colises no local.

    : oq:

    e. Hoje um time de fubebol um negcio to rentvel que no pode ser con-fundido com um clube social recreativo.

    : oq:

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    Sistematizao

    LIGANDO IDEIAS

    Para redigirmos um texto de qualidade, um dos princpios bsicos pelo qualdevemos nos guiar o da coeso textual, pois um texto coeso nos oferece

    ideias relacionadas entre si, dando-nos melhores condies de entend-lo.Os principais elementos que podem ser utilizados para dar coeso ao nossotexto so os seguintes:

    a) os conectivosque estabelecem ligaes entre oraes e entre palavras(conjunes e locues conjuntivas, pronomes relativos, preposies e locu-es prepositivas).

    b) algumas palavras ou expresses que se refiram a termos e expressesanteriormente ditas em nosso discurso.

    SANTANA, Luiz Cludio Machado.Curs de Reda. Rio de Janeiro: Editora Cincia Mo-

    derna Ltda., 2009.

    ETAPA3AUTOAVALIAO QUESTESDO

    SAERJINHO(20 MIN)E agora? J se sente preparado(a) para, ao final desta dinmica, reconhecer

    relaes de causa e consequncia em um texto? Consegue idetificar as conjunes nocontexto em que elas aparecem, apreendendo seu sentido? As duas questes objetivasabaixo so um bom recurso para voc testar o que aprendeu.

    QUESTO

    Leia o texto:

    O VALOR DAS FRIAS PARA A FORMAO CULTURAL DOS ALUNOS

    H quem defenda que as frias "certo nmero de dias consecutivos desti-nados ao descanso", como define o dicionrio Aurlio no tm nenhum impacto naaprendizagem. um equvoco. O tempo dedicado ao cio, como indicam muitos estu-dos, parte integrante do quese entende, hoje em dia, por Educao. Como explica opesquisador espanhol Javier Melgarejo Draper, um sistema educativo composto de

    trs subsistemas. Dois so bem conhecidos: o escolar e o familiar. O terceiro deles, o

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    sociocultural, mais difuso. Compe-se dos recursos culturais que podem ter algumafinalidade na formao individual: bibliotecas, cinemas, museus, corais, centros espor-tivos, teatros, televiso, associaes e grupos de amigos.

    [...] Entretanto, em pases marcados pela desigualdade, a cultura tende a serconsiderada um artigo de luxo. No Brasil, uma pesquisa da consultoria J. Leiva Cultura &Esporte, realizada na capital paulista em parceria com o Datafolha e a Fundao Getlio

    Vargas (FGV), indica que 40% dos entrevistados no costumam ir ao cinema, 60% novo a teatros e 61% no frequentam museus. Nos Estados Unidos, onde a diferenaentre ricos e pobres tem aumentado nas ltimas dcadas, comea a ganhar corpo umatese polmica: como os alunos pobres no tm possibilidade de aprender muito duran-te as frias, que tal reduzi-las ou mesmo elimin-las?

    MARTINS, Ana Rita; RATIER, Rodrigo. Nova Escola, dezembro de 2010. Fragmento.

    No Texto 1, em cmos alunos pobres no tm possibilidade de aprendermuito durante as frias..., a conjuno destacada expressa ideia de

    A ( ) causa.

    B ( ) comparao.

    C ( ) conformidade.

    D ( ) condio.

    Respostas Comentadas

    A resposta correta a da opo A. Ainda que a conjuno como possa tam-bm expresso ideia de comparao, no o que acontece no trecho em destaque, j

    que, para essa relao lgica, necessrio haver dois termos em comparao. Nessesentido, inviabiliza-se a opo B. Se substituirmos a palvra destacada no trecho emanlise por conforme, descarta-se a possibilidade de ela estar atuando com ideia deconformidade, pois o trecho fica sem sentido. Por isso a oo C no est correta. No setrata, por fim de uma condio para que a reduo das frias acontea, estando incor-reta, portanto, a opo D.

    QUESTO

    Leia o texto:

    GUAR

    Somos muito ligados aos assuntos da natureza e temos como passatempo sairpelos lugares em que ainda se pode ver e fotografar pssaros, flores, paisagens etc.Depois de alguns passeios e fotos, resolvemos fazer um pequeno blog onde podemosexpor aos amigos um pouco de nossas experincias naturais. Para a abertura, esco-lhemos aquele que mais nos chamou a ateno pela beleza: o guar. Compartilhamos

    momentos to nicos quanto a bela reportagem da revista (Avermelhou o mangue-

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    zal, edio n 80). Deixamos aqui nosso endereo e o link caso queiram compartilharestas experincias: www.foconanatureza.com. Nossa proposta mostrar que existemroteiros to bons fora dos centros urbanos e dedicados totalmente natureza que valea pena uma viagem.

    RODRIGUES, Pblio; BOTACINI, Silvia M. Terra da gente, fevereiro de 2011. Fragmento. (P091001RJ _SUP)

    Nesse texto, a conjuno destacada em existem roteiros to bons fora doscentros urbanos e dedicados totalmente natureza que vale a pena fazer uma viagem.expressa ideia de

    A ( ) causa.

    B ( ) consequncia.

    C ( ) explicao.

    D ( ) tempo.

    Respostas ComentadasA resposta correta a da letra B. importante ajudar o aluno a identificar que

    valer a pena fazer uma viagem uma consequncia de os roteiros serem to bons. In-clusive, chamando a ateno para a presena do elemento to que, em geral, acom-

    panham o que quando ele conjuno consecutiva. A resposta da letra A no ade-quada porque valer a pena fazer uma viagem no a causa de nada, mas o efeito, oresultado. Tampouco se pode atribuir correo letra C, j que no h nenhuma expli-cao sendo dada no trecho em destaque, o que implicaria, alis, presena de palavrascomo pois ou porque. Por ltimo, a letra D est errada em razo de no haver no

    trecho em destaque nenhum indicativo associado ideia lgica de tempo.

    ETAPAOPCIONALATIVIDADEDEFIXAO(20 MIN)

    Se sobrou algum tempinho, que tal aproveit-lo para fixar o que voc apren-

    deu? Propomos abaixo mais uma atividade para trabalhar a percepo das relaes decausa e consequncia entre as partes de um texto. Aps a leitura do texto, voc devenumerar as duas colunas que o seguem de modo a fazer a correspondncia entre causae consequncia.

    Conduo da Atividade

    Solicite a leitura silenciosa do texto.

    Oriente-os a fazerem a correspondncia numerando a coluna da esquer-

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    da de 1 a 4 primeiro.

    Indique que retomem as ideias no contexto quantas vezes forem neces-srias.

    Orientaes didtico - pedaggicas

    Professor/a,

    Se sobrar algum tempo, deixamos como sugesto mais uma atividade parafixao da habilidade principal. Importa considerar junto aos alunos queo reconhecimento das conjunes causais e consecutivas nos textos pode

    orientar para que causa e consequncia sejam estabelecidas. Ocorre, po-rm, que tais relaes tambm podem ocorrer mesmo que os conectivosno estejam presentes. Uma leitura atenta e interpretativa, que convirja

    para a apreenso dos sentidos, possibilita-nos identific-las, o que contri-bui para uma compreenso mais apurada do discurso, estabelecendo-se asnecessrias relaes entre as partes do texto para captar a sua mensagemglobal.

    TEXTO

    O FILME

    OContador de Histrias, filme de Luiz Villaa baseado na vida do mineiroRo-bertoCarlos Ramos, a histria de como o afetopodetransformar a realidade. Caulaentre dez irmos, Roberto desde cedodemonstra um talentoespecial para contar hist-rias, transformando, com a narrativa, suasprpriasexperincias de frustrao em fbu-las cativantes. Aos 6 anos, o meninocheio de imaginao deixado pela me em umaentidade assistencial recmcriada pelo governo. Ela acredita estar, assim, garantindoum futuromelhor para seu filho. A realidade na instituio diferente do que se promo-via pela propaganda na TV e Roberto, aos poucos, perde a esperana. Aos treze anos,aps incontveis fugas, ele classificado como irrecupervel, nas palavras da diretorada entidade. Contudo, para a pedagoga francesaMargherit Duvas (Maria de Medeiros),que vem ao Brasil para o desenvolvimento de uma pesquisa, Robertorepresenta umdesafio.Determinada a fazer do menino o objeto de seu estudo, tenta se aproximardele. O garoto em princpio reluta, mas, depois de uma experincia traumtica, procu-raabrigo na casa de Margherit. O que surge entre os dois uma relao de amizade eternura, que por em xeque a descrena de Roberto em seu futuro e desafiarMarghe-

    rit a mantersuas convices.Disponvel em: http://www.robertocarloscontahistoria.com/olhada.asp. Acesso em 21 mar. 2013.

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    : oq:

    ( ) Caula entre dez irmos, Roberto desde

    cedodemonstra um talentoespecial para con-tar histrias.

    ( ) Roberto, aos poucos, perde a esperana.

    ( ) Aos treze anos, aps incontveis fugas. ( ) Ele classificado como irrecupervel, nas

    palavras da diretora da entidade.

    ( ) Margherit Duvas quer fazer do menino o

    objeto de seu estudo.( ) Margherit Duvas tenta se aproximar do

    menino.

    ( ) Aos 6 anos, o meninocheio de imaginao

    deixado pela me em uma entidade assisten-cial recmcriada pelo governo.

    ( ) Transforma, com a narrativa, suasprpria-sexperincias de frustrao em fbulas cativan-tes.

    REFERNCIASBIBLIOGRFICAS:

    COSTA, Cibele Lopresti [et. al.]. Para ier uns: portugus: ensino funda-mental, 7 ano. So Paulo: Edies SM, 2011.

    SANTANA, Luiz Cludio Machado.Curs de Reda. Rio de Janeiro: CinciaModerna Ltda., 2009.

    SITESCONSULTADOS

    http://www.legrandonline.com.br/noticias/noticiasInterna.asp?Textos_

    ID=28749.

    http://imprensasaudavel.wordpress.com/?s=gin%C3%A1stica+em+gotas&-submit=Pesquisa

    http://www.robertocarloscontahistoria.com/olhada.asp

    SUGESTESDELEITURAPARAOPROFESSOR

    BEZERRA M. A. Por que cartas do leitor na sala de aula?. In: DIONISIO,A. P.; Machado, A. R.; BEZERRA, M. A. (Orgs.). Gners Texuais & ensi-n. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

    A reflexo sobre a linguagem especfica do gnero carta do leitor realizadapor meio de atividades que so propostas aos alunos, agrupando-se cadauma de acordo com os interesses do grupo. A finalidade que redijam essetipo de carta para que sejam, posteriormente, publicadas em projetos daescola.

  • 7/23/2019 Carta e argumentao

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    P

    rofessor

    SUGESTESPARAOALUNO

    http://soslportuguesa.blogspot.com.br/2011/08/redacao-2-as-rela-coes-de-causa-e.html

    Por meio da anlise das relaes de causa e consequncia em redaes, ocontedo apresentado com exemplos claros que possibilitam de formasimples e objetiva o conhecimento sobre essas relaes lgico-discursivas.