CARTA MENSAL .DAS .. EQUIPES NOSSA SENHORA · de, ousa exigir. Existe um outro dom ainda mais...

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CARTA MENSAL .DAS .. EQUIPES DE NOSSA SENHORA S e c r e t a r i a d o Rua Po.ruguo.çú , 2 5 8 Fone 51-7563 Süo Po.ulo , . sumarJ.o ano V - 3 s.p., junho 57 editorial - O Jôgo de Equipe tome nota - NotÍcia Muito Importante lemos e gostamos - Amôr e Casamento formação doutrinária - A Virgem No La.r paro. sua biblioteca - Rwno à Felicidade o que vai pelas equipes - Aviso (I) - Alegremo-nos Com oração - Para o Mês de Julho í j \

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CARTA MENSAL .DAS .. EQUIPES DE NOSSA SENHORA

~· ·

S e c r e t a r i a d o Rua Po.ruguo.çú , 2 5 8 Fone 51-7563 Süo Po.ulo

, . sumarJ.o

ano V - nº 3 s.p., junho 57 editorial

- O Jôgo de Equipe

tome nota - NotÍcia Muito Importante

lemos e gostamos - Amôr e Casamento

formação doutrinária - A Virgem No La.r

paro. sua biblioteca - Rwno à Felicidade

o que vai pelas equipes - Aviso

(I)

- Alegremo-nos Com ~las

oração - Para o Mês de Julho

í

j

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O JOGO DE EQ.UIPF.

Pe . Caff8.rel

.-Jogam vocês franc am ente o jôgo da equipe? Há sempre uma ~ú'.t..s:ç.ão rilil .• ~:r~;J:oaç~.af , pois <:>. regra. do jôgo contraria muitas das nos3as inclinaçõns Tt<l.t'úfifi:F.l'; ..

·.Ueu propósito hoje é lemb:ra.r a voc0s algumas l eis da vida U.e eq'..lJ:_ pe. 1ão elas que orientJ.m :1 b0a forma da sua equipe e portanto 1 seu progre..ê. so cristão . SobrE.:t,ldo, peço a vocôs que não dif,am : "quu importa a maior ou menor coesao, a mai.or ou menor perfuição U.a nof'sa equipe? O essenci3l ·. é o be:·•efício qu·) todoG nós r •cr:bernos dr'I.S noo·'lan r•'uni õc::s" . Se sbmonte impo1·tam as ::qui8ições i.ntelecturüs, porque en!;ão formar equipes? Um círculo de cst~ do , 11ma confo*tncia por W.cuma p8ssôa competente daria mui to mais resultado

E ' precisamente o fazer um jôgo de equipe , de eqnipo cristã , que 6 esseueial , po1·gue é i!:; to que luti..l contra o no ~r: o velho individualismo c po}l; co a !lOUno o ~limina, porquo 6 ist0 que nos f:~~ choga.r a. um maior amôr. fra­terno , a um auxílio e3piritual mais pl'nfsito, norqu•J é ist;o que realiza es ­ta "ecclnsia" , astR ~asGembléia de Deus" ~ qu · ~ o Cristo prometeu sua pre­s<mça: " qu~Jdo dois ou trl3s se reunirem em meu nome;, r;;u est;ar8i no· meio d.Q. los" . Eu penso pois, qu ·~ de tod::1.s as obric;açõe:.:; elos ust.atutor1 1a mais essen­cial 6 a de constituir a equipe c do f~.zeJ' seu jôgo franc'll!lente .

Eu repito: "fazer o jôgo frnncamcmte" . Procis·•mou , por6m estar bom do ac8rào sôhrn ~ate jôgo de equipe .

Eis aqui, suas gr :.cndos l~is:-

LE],__ :@.S. O MJ[E_C_~~..Til: -H - _Ç.QJ1l1.e_c_9J' . .2.2' outrQ_§,: E'muito im portru1tn conhecer OR outros; s r: não f8r assim não será posRivel dedicar Ews um verd::>.tl..:iro nmôr e ':ljud - los eficazmente ,

Se me f8sse pnseivel dizer eu o diría: E ' preciso conhecer o con­texto em quo ôles vivem, o contexto f::'l!lilia:!:' , profisnional e soci'll , CQ nhcccr as cl.ificuld<!des que êles '3n­frc.nt"X!1 1 à ajud"'.. quo recebem, 3.1'! · )re~

ponsr-.bilid2.dOS que êl8S O.SS11m< :m · 9)U deveriam assumir.

Conhecer tudo aquilo que forma a pcrsonalid2.de dêlf's: A oriGnta­çao do ponsrmcnto, seus gostos,suas atitudes , o caráter,

E ' prooiso aind'l preqsentir (eu n~o digo conh~cer) o mistério pesn~ '1.1 d.ôles , C::.d2 um, com e feito, ·é ·um filho do Deus Ünico, <3m que um te-

souro · está escond i do - cu dir í a me ­lhor - o germem do 'llur. s----tidad8 ú­nic'l. cujo desabroclw.r .~u; ·, .. fenecer sP.rvirtÍ. p'l.r'l. o ,julgn.me11to de suas vidafl,

Nao ~ fácil c6nheccr d ~ ste mo - · do os outros . E ' n•.;cessário uma atol!. ção profund~ , perspicaz, quo saiba 11 vêr" os outros, ::stn. 3.tenção ó um<'. qualidade , eu dirü. quasi um 'I. fo.cul dr:.de de arnôr . Q.ualid'1.d3 quo cxit;c,p do modo neg::J.ti vo a dosocup::>.ção de sí mesmo e , de modo :~stti vo esta graça prometida em nome de Dona por r.;zequicl: 11 cu porei meu 8lho no teu coração" ,

~sta atenção que vem qo dmôr cheg a ao amôr, a um G.môr maior, Fa­zcnd0 descobrir as riquczaG ~ d e um sBr, oJ.r-, RUSCÍ t:l '3. <tdtnirn.ção , que desperta o "môr . Revela..nd.o- nos suas pen'l.s, sun.s im...,c ·feições, seus de -

. l ,

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· '.ü tos, ela gera a piedade. Nã.o po­;·.Sm, esta condescendência arrogante e altiva em que alguns julgam con• s ~stir a piodade, mas uma piedade ·~. hoia de o.feiçiio e dovotsmerrto. Es­•, a é uma atenção capaz de fazer mi­l ·.lgres, é ela que faz br otar as fon tes e amadurecer a mece. Faz dosa: brochar a pers onalidade humana e cr~s+,~ de um sêr. 2 Q - T!'~.z er-ao ;,:r.}n.heC'er : Seria. inu­til i-~ãitcr os · li,;;ill:;::~s· de uma equi-pe o conhecer os out rrJS, se, em con tt" apo.rtidu, n'õ.o se os inei ta a se f a ze:c c.onhecor.

Isto n5o quer di zer que se de­va corrtar ou exi bir os ~~peGtos fa­mil:i. o.r·es de um egoisro(l gabolo.. O

r • ' ; que e prec1so e o da~ d9 s1 me smo • Como p<..:.ra toda doaç "ão de s í mesmo é

!.~ • nec&eBc;u..r.O vencer a. pregu:J.·i a e a v~ reza do cor·açã.o, o fo..-LSO pudor e o individualismo ci umerrc o, e orgulho e o individualismo. Eis a{ a gran­de virtÚdo.

Um meu amigo certo dia, tritm­fante, me deu o que êle chamava. a def:l.niçoo do lionês (ter nascido em Li'tlo é o meu segundo pecado origi : "'!'.

nal): "temos de supo-lo cheio de perfume ronuncia.ndo porém a abri-la Jogar o jôgo de equipe é oferecer aos outros seu perfume (ou ao mono~ um s acarrôlha ••• ).

!>JfJ....r~J-?§..~:fiR O ENC!lliill: 12 - ~s,JT.:f.r g_ ~!1:..~.9-~ ~ : Amar não é exped .;r:e11t vr turl'l. B~oç át3 mais ou me­nos ugro.davel na presenç a de um. ser, tr. a.s pr (ftneter de nada pou-;:H:tr, de não se po~par, pura lh<3 permi tir que a­t5 nj a seu desonvo l.:<J:.mento humano e crist·áo. ~ neces s~rio ajuda ·lo a ut i.l:i.2.ar seus dons , que soubemos dee .~cbrir nôlo. É para esta tarefa, de t..rt:Dizar seus dons, que êle teLl necessi dade da nossa fé nêle,de nos ao estimulo, do nossas experiência~ o t eJLbt.m que o ajudemos a tomar cons ciência daquilo que êle deve re tificar, transformar, ou revôr, da: quilo que Ôle nesessitar adquirir •

Cumprir a lei do Cristo é car­regar os fardos uns do s outros, es-

creveu São Paulo o..os Gálatas.Os ffl!: .­dos materiais e os fardos espiritu-ais, a preocupação por aquele que pordàu o emprêgo, e esforço de um outro para aprender a rezar, e des~ nimo de um casal que n~o consegue a sua unidade, a dSr - que não tom nQ me para oxprimi··la - dos pais qoo têm un filho a."lo:rmal •••

Una sÓ palavra diz tudo isso ainda q•Je o uso a tsn."la desgastado : devotar-se, dedic-a-r:--sc aos irmãos como n6s nos entregamos a Deus. 2 2 - D9ixar que t0mrm o enco:rgo de n-5s : -:~·6- -;--;i;~: d;-~ ;erd~;~1;:o a-;.a:.:: fr at e r-no é de se ded1car aos o~ tros, o sinal de um ~môr fraterno mro.or ainda é o de consentir na do­dicaçfí.o dos outros. Co::no todas us gr andas coisas is3o pode degenerar em mo:..eza, frouxid'ão; ha mendingos prof issionais e que nem sempre se vestem de f arrapos. A estes é prec! so chamar a uma sã aHi vez. Mas, mg i s nuHe rosas ainda são aqueles que é neces sário convidar a una sã hu­n:d."ldade: saber pedir à Equipe a aju da ne cEtssária. Eu con.l!oço Ulila equi: pe que se "soldou" v0rdadeiramente na car i dade do Cristo, depois que um casal não sem dificuldade conse~ t.;i.u em contar aos outros a embaraç.Q. sa situação profissional que o le­vou à falência, financeira e conju­cal.

Ao: "Eu noo quero dever nada a ninguem" dJI todos os indi vidualis -tas da terra, o cristão opõe a ale­gria de reconhecer: "eu lhes devo tanto".

LEl: DO DOM: lQ~D~;~~Vocôs tomaram o encargo dos m; mbros do sua equipe, vocês se sentem) vocês querem ser responsá -vais (oro parte) de seu aperfeiçoa­menta humano e crist·ão. Restr.-lhes trabalhar. Dar-lhes. Dar-se.

Mesmo que voc.ê fôsse o mais PQ bre, você ainda teri a infini tamt'lnte para dar, pois, os que nos sercam têm antes necessidade de nós mesmos do que de nossos bens. E é também o mais dificil de se conseguir. "Meu

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~?ração está amárrado com um elás -~ico~ no momento am que eu o dou êle ~olta para mim": assim se expr! mía em confissão um homem que que -ria me fazer compreender seu egoÍs­mo. ~ difÍcil: é cansativo dar-se, estar sempre disponível. Disponível para lhes prestar um serviço matar! al, sem dÚvida mas, antes de tudo ~ . . , ef:tc serv~ço de um preço J.ncompara-velmente superior, que lhes consis­te em oferecer um coração atento, compreenssivo, encorajador, que in­funde confiança, sabe dizer a verd~ de, ousa exigir.

Existe um outro dom ainda mais precioso, Poucos, entretanto o pr~ ticam. Quero referir-me à vida de Deus em nós que é a nossa principal riqueza e da qual somos tão ávaros. Quer se trate de avareza ou de pu -dor ou de respeito humano, e que a­contece é que esta vida fica guard§ da dentro de cada um. Rios de agu~

viva jorrarão dôles, an~nciava Cri~ to falando de seus disc~pulos futu-ros.

~.Ias, os disCÍpulos fecharam as comportas. Numerosas equipes adota~ ram, dura11te um ou dois anos, o que nós cham~Jos de método de meditação do Evangelho; muitas reconheceram que isto provocou uma un:Lao mais profunda. O segredo disto é que ca­da um expõe com tôda a simplicidade durante sua meditação, aquilo que ma.is lhe chamou atenção no trecho do Evangelho escolhido.

Existe ainda um grau maiÓr de perfeição cristã do dom, é o sacri­f:Ício: "não há maiÓr amôr do que se dar a vida por aquêles que se ama". A vida de equipe exige que se sacr! fique mui tas vezes gostos, vontades e preferências. Ceder a uma exigên­cia pessoal é diminuir o amôr. t re cusar o maiÓr beneficio que pode~mo; esperar da equipe: que ela nos faça morrer a nós mesmos - no homem que morre Cristo surge. Uma equipo pari clita quando os seus membros perdem o espÍrito de sacrifÍcio. 22 - Pedir ~ receber: Recusar pedir, se não é orgulho J desprezo pelos outros; não se lhes dá a honra de

acreditar que Ôles tenham riqueza ou ao menos, que êles tenham ~uôr, para dividir conôsco.

Destroe-se um sêr quando não se espera nada dêle. Nossos dons a­cabam por oprimi-los por menos que êles possuam senão apelarmos para as suas riquezas.

Sabem vocês pedir à Equipe uma opinião, um conselho~ um serviço m~ terial ou espiritual? Solicitar de um casal amigo da equipe, o que se chamousna falta de outro termo~"cor ração fraterna": que âlG lhes diga o que reparou em vocês que não par~ ce bem, que talvez vocês não vejam apeza1· de todos terem reparado .. Com essa correção fraterna chegamos ao pico da amizade cristã. ~ íinha ale -gria é grande quando posso consta -tar que esta prâtica contribUÍu pr~ digiosrumente para o progresso cris­tão de um lar. LEI DO BEH comn.I: Fazer o bem alheio passar na fren­te do seu é a lei do amôr fraterno. Fazer o bem da eouipe pasaar antes de tudo é a lei do bem comum. ~ ês­te o gr 2nde critério que cada um d~ ve adotar, O çue põe em risco o e -quil!brio, a solidez, o fervor, a alegria da equipe, deve ser rejeit~ do. Pelo contrârio, deve ser procu­rado tudo o que pode contribuir pa• ra o progresso desta Equipe da qual me sinto responsável.

t necessário que ela seja um êxito de caridade, quero portanto , tudo que possa contribuir para uma oração mais intensa, para uma parti lha mais leal e educativa, para uma "mise en commun" mais enriquecedora., para um auxÍlio mútuo material e e.ê_ piritual mais generoso, para uma troca de idéias que seja uma procu­ra mais ativa do pensamento de Deus.

Uma Equipe é como a união dos , esposos, que so aos poucos se con -quista. E falar em conquista é fa -lar em esfôrço, trabalho, combate • l.Ius,em troca,quanto mais se tiversê:_ crificado pelo amôr,pela Equip~~ se lucrar~t a velha lei do: "quem perde, ganha" •

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Eu queria para terminar, falar a vocês dos defeitos funestos ao : ;senvolvimento de uma equipe. Ser~ porém necessário? Basta para isso consi ó.e:r ar o inverso do que acabei de desenvolver.

Contentar-me-ai pois,de apresentar tipos de homens (ou de mulhe -r eso •• ) que são v.J rdadeiras catástrofes para uma vida. de E~uipe: o espfrHo de contradição, o gozador sistemático, o autoritário infal~vel, o agressivo que está sempre de tocais, aquêle que só escuta a s{ mesmo, o cético dos ab~ sado , o impenetrável que guarda as distâncias ••• etc. Quem sabe, talvez. ,~ algum responsável~pola minha descrição~vai reconhecer seus equipistas~Entao meus amigos, eu lhes peço - tenham imensa piedade dêle.

·TOM E NOTA

NOTtCIA . MUI'l'O . . II1P.ORi'~

Como já deve ser do seu conhecimento,estará

, entre nos, na primeira quinzena de julho, o Padre

Caffarel •

O assistente geral das ~quipes de Nossa Se-

nhora, que vem ao Brasil pela primeira vêz 1hospedar­

se-á no Convento de Santo Alberto Magno, dos Padres

Dominicanos, à rua Caiuby 1 126, e permanecerá quinze

dias entro nós.

Do programa de suas atividades, o qual ain­

da está sendo preparado, const am dois retiros e al-

gumas conferências.

Aguardo maiÓres detalhes, mas, não deixe do

manter contacto com o casal responsável pela sua e-

quipe.

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LEMOS E GOSTAdOS

Resposta ao tema.

".Amôr e Casamento"

As idades do amôr •

Nosso amôr começou com bençãos. LQ go nos primeiros mêses de namôro, eu recebia a primei­ra comunhão. msse fato nos achegou espiritualmente, PQ is sent!amo-nos contentes de poder a@ar na Santíssima Eucaristía.

Casamo-nos tendo em mira nunca ev,i tar filhos, mao, o amôr de Deus, orações, miss as, co -munhões, mui tas vezes eram esqt:ecidosc- O nascimento de nossa primogêni ta à "forceps", nos aproximou de Deus em pedidos com tôda a alma angustiada, que ~le salva -se a nossa pequenina.

Os anos passaram e os espinhos da vida foram nos ferindo, Dias de expectativa e espera do result ado de uma biopsia. v!awos tudo negro e o Al­tíssimo mais uma vêz não nos abandonou. Em 1953, noõia em que receb:! o Santo Crisma, entrou a Paz em nosso lar ~ parece que da! em diante o nosso nível espiritual se elevou.

Novas angÚstias; perdÍamos em pra­zo relativamente curto as nossas queridas mães;nÓs vi­mos com desespêro, nas angÚsti as do câncer ambas se d~ finharem, sofrendo terrivelmente. No fÍm, já não pensa , , -vamos em nos, ped~amos que Deus as levasse sem demora. Achávamo-nos sós; todos - pais, irmãos, filhos, avós -se apoiaram em nós buscando consôlo e proteção. Recor­rendo a Cristo, pedfamos que nos desse fôrça, para es­banjar a todos, tudo o que esperavam de nós.

A Equipe foi a nossa grande benção. Nela aprendemos a renunciar ao pecado, amar e prÓximo, purificar o nosso amôr, sublimar nossas orações e ado­rar a Deus como dono verdadeiro de nossos destinos.

Nove anos de casados! O amôr fe­bril e sensual dos primeiros tempos, tornou-se mais me!_ go e compreenssivo. ~le é para nós o sustentáculo em todos os embates e adversidades da vida. Tudo desapare ce quando lembramos que estamos juntos, felizes co;;' nossos filhinhos. Há algum tempo, adotamos uma j acula-' tÓria que tem o dom divino de fazer desaparecer inúme~ ras contrariedades, problemas, rusgas, preocupações étc. t a segui nte :

Tudo por VÓs Sacratíssimo Coração de Jesus~

s.

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FOIDdAÇ~O DOUTRINÁRIA

11 A VIRGL:I..í HO LAR"

O SThi DE NOSSA SENHORA

A festa da Anunciação comemora a humilde e fervorosa res -posta de i;,iaria a Deus:FIAT ••• sim ; ~ a festa do consentimento da Virgem à inimaginável proposta divina. ~ a festa do amôr, cuja expressão perfei , -ta e êste breve, discreto e poderoso sim, pelo qual a alma é doada, pela qual J arrebatada. ~ o sim da Espôsa ao Espôso, o consentimento alegre e grave pelo qual o coração se entrega, cede todo o lugar à outra presença ~ Maria disse sim a Deus e o Verbo se fez carne em seu seio.

Antes dêsse dia.,e mun do viv!a. sob . o signo da recusa, do ~ oposto por Adão e Eva a vontade divina. Por intermédio dêsses long!n quos ancestrais, a humanidade rompe~ ra a aliança primitiva e preferira divinizar-se a s1. mesma a submeter -se ao Senhor. Entre o sim o o não optara pola palavra de recusa.

Na Anunciação, é a h~ manidade que se converte a Deus. uma mulher a arrastara à revolta; outra mulher a orienta no caminho da sub -missão. O não orgulhoso expulsara D~ us, o humilde sim o chama e acolhe •

- A # Doravante esta palavra de amor, sara ouvida novamente sôbre a terra.Earia dá o exemplo e obtém que a graça do consentimento seja oferecida a todos os homens. Todos aqueles que disse • ram sim a Deus - quer pertençam ao Antigo, quer ao Novo Testamento - s~ rão seus filhos. Foi, entretanto pre ciso o seu sim, alma secreta e vi­brante dos demais,para que êstes se tornassem poss!veis.

A vida inteira da. Vir gem-~mo, compromissada pelo oim dã Anunciação, foi uma cont!nua ascen -eão de amôr. ~ pois perto dela que os lares cristãos aprenderão a pre -

nunciar pela primeira vêz, e depois durante tôda sua vida, o sim,a gran­de palavra do seu amôr. It' r.Iaria, a h~ milde serYa do consentimento, que en sina às suas almas como se repete e como se vive cada dia o sim do pri -n:e:i.ro dia; como, no silêncio do amôr "" pois I.Iaria 11 conservava tôdas essas causas em seu coração" - a chama ca_!! dente do primeiro sim permanece bem viya., Exigente chama que não aceita cinzas g antes dsvora~las-!a, para vi ver mais ardente e mais alta. O amôr só ~ verdadeiro se persevera. Melhor: é verdadeiro somente, se se torna m~ is puro e absoluto.Sua perfeição não est~ na alegria do sim primaveril que os lábios trocaram uma primeira vêz; está na plenitude pesada de se­us frutos, no adiantado da estação 1

depois de muito trabalho, mui tas pe­nas e lassidões. São os sim da velhi ce 1 ao entardece·r de uma vida de fi­~elidade, que exprimem e consentimen to perfeito de dois sâres um ao ou -tro e com,letam esta união que é sua obra e reconpensa •

~ste sim do fim dos dias não é mais a palavra luminosa , a afirmação veemente do jovem amôr • t grave 1 é um vocábulo do coração , que o barulho das palavras amedronta, vocábulo misterioso . que o maiór pu-

d ,. • t , dor e um amor m~s san o pronunc~a

somente a voz baixa. ••• "Felizes, dois aJJ:1!

gos que se amem tanto, que precisam tanto se agradar um ao outro 1 que se entendam tanto, que sejam parentes , que pensem e sintam tanto o mesmo 1

tão parecidos por dentro,quando sep~ rados, tão iguais, quando juntos,que sintam e saboreem juntos o prazer de calar-se juntos, de calar-se um ao lado · do outro, de caminharem por mu;_

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~ o tempo, mui to tempo, mui to tempo. •• de ir, de andar silenciosamente ao lo,n go de estradas eilenei.ôs-as. Felizes dos amigos que se amem tanto, que se c a-- · l em juntos numa ten·a que sabe calar-se ••• " ( Péguy ) •

Esta"terra que sabe calar-se" não avoca irresist!ve:!.mente o l ar do sim pàrfeit~ que foi a casa de Na.z~. que foi e ~ sempre o coração de hlaria ? ~ interroga.rukb5ate .. lar do Jmôr sôbre seu mistério que os espôsos t errenos aprend'Gt'li6 o segredo do sim verdadeiramente crist'ão, fiel e constan te, sam vagaresi nam reticências, do sim das horas de &lsiedade e das horas de alegriÉI.t do siDi que consente ao outro tal como é, do sim respondido às S,!!

as perguntas e às suas exigências por vêzes imcompreenss!veis, do sim que participa de suas alegrias e assume suas mágoas, ao prd'.P1•io exemplo de Cris­to e da Virgem da Compaixlo, do sim de tôda abnegação, sem nenhuma avareza s nem rei'J..oênoia.. "Quero aprender can Deus a ser esta cousa tôda bôa. e tôde, d.2: da que n'Ao re6e~ nada e de quem tom&o-se tudo!" ( Claudel ) •

. PARA SUA BIBLIO~CA --"Rumo à Felicidade" Fulton Sheen

Inauguramos com ê-ete tÍtulo, uma secção destinada a auxilia-lo na formaçM de sua biblioteca. Há já algum tempo recst mandamos a brochura "Ouvindo a Igreja do Silência".

Indicamos desta vêz,"Rumo à Fe­licidade", do conhecid:!ssimo bispo e es -eritor norte-americano Fulton Sheen, au -tor de · inúmeras obras já traduzidas para nossa língua.,

N'"'ao se trata ~ claro de uma o­bra de profundidade.~ semelhança de seus programas radiofônicos, que tanto têm a• gradado o pÚblico americano, . seus peque • nos cap!tulos têm muita eousa que já ouví mos dizer, mas que sempre ~ bom ouvir no­vamente ..

O name sugestivo de llvro,"RtJIJo · à. Felicidade" • facilita--lo-á na tentativa . do apostolado da bôa leitura.

Experimente.

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o PELAS EQUIPES

A V I S O

A Equipe de Casais, responsável po~ e~

ta Carta Hensal~ continÚa aguardando noticias ~

bre as equipes de todo o Brasil, Não deixe de

enviar seus testemunhos e colaborações.

~ n0sso intuitoa possivelmente na prÓ-

xima carta: publicar em anéxo uma relação com -

pleta de tôdas as Equipes do Brasil e seus cOII!·-

ponentes.

Colabore co~osco •

ALEGREMO~ NOS COM l!:LES !

Nêste canto de página, participaremos

sempre da alegria,pelo presente enviado por Deus

a um lar das equipes , com o nascimento de um novo

cristão.

16 mai.o,

maio,

VirgÚria 1iaria ( Mir t es e J osé Perini ). Mada He:i.oisa ( Neide e Danilo Marchesi ).

a.

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ORAÇAo PARA O WS DE JULHO -------

O calen1á~io dêste mês traz muitas festas de Santas mulheres começe.."ldo pela Visi taç·ão de Na., Se., à Sta. Izabel: 2 de julho

Sta.,Izabel de Portugal clia 8 Na..: Sao do Gar:no 16 Stae tiaria Madalena 22 Sta. Ana 26 St a., i..Iarta 29

A voca.ç'M prÓpria da mulher, irmã, espôsa~ m'ãe* nos aj u-:~ a penetrat' na Y'> cação de Na~ S~ : da nossa l l'ãe a Sta. Igreja e no amor de Deus revelado pelo amor das m'ães.·

Deus criou o homem à sua imagem, Como semel.ança de Deus o criou; Varão e mulher os cri ou.

A salvação da humanidade, depois do pecado, virá pela mater­

nidade de uma mulher:

Porei uma inimizade entre ti e a mulher, Entre a tua post eridade e a sua posteridade • E esta te pisarâ na cabeça E tu lhe atingirás o calcanhar.

Mas a mulher está ferida no prÓprio mistério da sua materni­

da.

Multiplicarei os trabalhos dos teus partos Com dÔr darás filhos à luz Teu desejo te levará para o teu marido E êle te dominará •

Na .. Sa.. encon-t ra a maternidade na perfeição da virgindade que a guarda i ndivisa ao serviço de Deus s , Serva do Senhor "

Ave cheia de graça O Senhor é contigo

E Sta. Izabel continua

Bendi t a és tú entre as mulheres E bendito o fruto do teu ventre •

As virgens participam dos esponsais de Cristo com a Igreja e a mulher ~ espôsa e mne represent a a Igreja no mistério destas nÚpci as de Cristo.

VÓs marido ~~ amai voss as mulheres Como Crist o amou a Igreja e se entregou por ela. 9.

Page 11: CARTA MENSAL .DAS .. EQUIPES NOSSA SENHORA · de, ousa exigir. Existe um outro dom ainda mais precioso, Poucos, entretanto o pr~ ticam. Quero referir-me à vida de Deus em nós que

Senhor Cristo Senhor Deus, Pa.e do céu Deus, Filho Redentor do mundo Deus, EspÍrito Santo

ORAÇlü LIT0RGICA

As ladainhas s'ão sempre as orações das grandes circunstâncias na Igr~ j a: para os futuros batisados na vig:!lia pascal, para os futuros subdiáconos, diáconos, sacerdotes e bispos nas ordenações :

tende piedade de , nos

. , Santa Trindade, que so~s um so Deus.

Santa i.iaria Santa 11m.e de Deus Jrae de Cristo Mãe do dom de Deus i\.rn.e sempre virgem Motivo da nossa alegria Morada do Esp:!ri to Santo Santa virgem das virgens Santa Izabel Sa.11ta ~Jaria l!:íadalena Santa Marta Santa Mônica Santa Terezinha Santa Maria Goretti

rogai por , nos

VÓs todas as Santas Virgens V&s todas as Santas Uães VÓs todas as nossas Avós,hlraes e Ir.mãs Santa Maria, bendita entre as mulheres.