Carta nº 3

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1 ...mas se morrer dá muito fruto. Connuamos às voltas com as sementes! Normalmente associamos a semente com a vida, com a ferlidade, com a primavera... É menos comum que a relacionemos com a morte, mas, pelos vistos, a semente tem que morrer para dar vida: «se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto; mas se morrer dá muito fruto» (Jo 12,24). Pelo menos nisto Jesus e os biólogos concordam (os biólogos estudam a vida... alguém sabe mais de VIDA do que Jesus?!?). O facto é que se a semente não morrer, não renunciar ao seu bem estar, à sua aparência, ao seu estado “normal”, é totalmente incapaz de dar vida. Para que a planta possa nascer, a semente tem que mudar, tem que se deixar abrir, tem que sofrer as transformações necessárias... e é nesse momento, quando pensa que morreu, que perdeu tudo o que nha e o que era, que a verdadeira vida brota do seu interior. E a que propósito é que vem isto agora? Estamos no tempo litúrgico em que este aspeto da semente nos interpela de forma especial. Na Quaresma há muitos sinais que parecem de morte, ou pelo menos de certa tristeza, sacrificio, renúncia. Recordamos o caminho de Jesus e tratamos de fazer o nosso próprio caminho. É um caminho de crescimento, de decisões, de mudança, e tal como acontece com a semente, este pode ser às vezes um processo doloroso. Mas a morte é o final? Sabemos que não. Recordemos a semente: se morrer dá muito fruto. Recordemos Jesus: passou pela morte e connua bem vivo no meio de nós. É isso a Páscoa: celebrar a vitória da VIDA, celebrar a presença viva e vivificante de Jesus nas nossas vidas. E se já sabemos o final da história, para quê tanta Quaresma, tanto crescimento, tanto processo? Precisamente porque a meta só tem sendo depois de um caminho... E temos tantos caminhos por percorrer! Há sempre algo que aprender, algo que mudar, algo que perdoar, algo que descobrir, algo que aceitar, algo que oferecer... e algo que “morrer” também. Pensa na tua vida: há algo que tenha que morrer para que a vida possa nascer e crescer? Talvez algum rancor, egoismo, talvez a indiferença ou a preguiça, talvez alguma relação, talvez... Neste caminho que fazemos juntos, não tenhas medo de enfrentar alguma destas pequenas mortes, de abraçar a dor que às vezes acompanha o crescimento, de ganhar pequenas batalhas a tudo o que te impede de ser uma melhor pessoa, mais ao eslo de Jesus. Recorda que, mesmo que às vezes seja dificil percebê-lo, no final os frutos nascerão, a VIDA ganhará! Bom caminho!

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Transcript of Carta nº 3

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...mas se morrer dá muito fruto.

Continuamos às voltas com as sementes! Normalmente associamos a semente com a vida, com a fertilidade, com a primavera... É menos comum que a relacionemos com a morte, mas, pelos vistos, a semente tem que morrer para dar vida: «se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto; mas se morrer dá muito fruto» (Jo 12,24). Pelo menos nisto Jesus e os biólogos concordam (os biólogos estudam a vida... alguém sabe mais de VIDA do que Jesus?!?). O facto é que se a semente não morrer, não renunciar ao seu bem estar, à sua aparência, ao seu estado “normal”, é totalmente incapaz de dar vida. Para que a planta possa nascer, a semente tem que mudar, tem que se deixar abrir, tem que sofrer as transformações necessárias... e é nesse momento, quando pensa que morreu, que perdeu tudo o que tinha e o que era, que a verdadeira vida brota do seu interior.

E a que propósito é que vem isto agora? Estamos no tempo litúrgico em que este aspeto da semente nos interpela de forma especial. Na Quaresma há muitos sinais que parecem de morte, ou pelo menos de certa tristeza, sacrificio, renúncia. Recordamos o caminho de Jesus e tratamos de fazer o nosso próprio caminho. É um caminho de crescimento, de decisões, de mudança, e tal como acontece com a semente, este pode ser às vezes um processo doloroso. Mas a morte é o final? Sabemos que não. Recordemos a semente: se morrer dá muito fruto. Recordemos Jesus: passou pela morte e continua bem vivo no meio de nós. É isso a Páscoa: celebrar a vitória da VIDA, celebrar a presença viva e vivificante de Jesus nas nossas vidas.

E se já sabemos o final da história, para quê tanta Quaresma, tanto crescimento, tanto processo? Precisamente porque a meta só tem sentido depois de um caminho... E temos tantos caminhos por percorrer! Há sempre algo que aprender, algo que mudar, algo que perdoar, algo que descobrir, algo que aceitar, algo que oferecer... e algo que “morrer” também. Pensa na tua vida: há algo que tenha que morrer para que a vida possa nascer e crescer? Talvez algum rancor, egoismo, talvez a indiferença ou a preguiça, talvez alguma relação, talvez...

Neste caminho que fazemos juntos, não tenhas medo de enfrentar alguma destas pequenas mortes, de abraçar a dor que às vezes acompanha o crescimento, de ganhar pequenas batalhas a tudo o que te impede de ser uma melhor pessoa, mais ao estilo de Jesus. Recorda que, mesmo que às vezes seja dificil percebê-lo, no final os frutos nascerão, a VIDA ganhará!

Bom caminho!

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(Ao) Ritmo da Esperanca

Grão de Trigo

Se o grão de trigo não morrer na terra é impossível que nasça fruto. Aquele que dá a sua vida aos outros terá sempre o Senhor.

Felizes seremos nós na pobreza se em nossas mãos houver amor de Deus, se nos unirmos à esperança, se trabalharmos por fazer o bem. Felizes seremos nós na humildade se como crianças soubermos viver: a terra será a nossa herança, a nossa herança.

http://youtu.be/qhIPMZEWpIk

Felizes seremos se partilharmos, Se o nosso tempo for para os irmãos,

Para quem vive em grande tristeza, E para quem caminha em solidão.

Felizes seremos se dermos amor Se houver sinceridade em nossas mãos Poderemos sempre olhar e ver a Deus,

e ver a Deus.

Felizes seremos se oferecermos paz, se denunciarmos toda opressão, se desterrarmos ódio e rancores: será mais limpo o nosso coração.

Felizes seremos na adversidade se nos perseguirem sem terem razão.

então a vida terá, sentido em Deus, sentido em Deus.

“...Há sempre algo que aprender, algo que mudar, algo que perdoar, algo que descobrir, algo que aceitar, algo que oferecer... e algo

que “morrer” também...”

Palavras para quê?

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“Quando um semeador sepulta uma semente, entristece-se por alguns momentos e alegra-se para a posteridade. (...) pois ela renasce e multiplica-se em milhares de novas sementes” Augusto Cury

Esta frase é uma constante na nossa vida. Quantas coisas tiveram de desaparecer na nossa vida para que outras pudessem surgir? Quantas vezes ficamos tristes e sofredores por estas perdas?

Caro jovem, também eu tive momentos destes na minha vida. Recordo que durante os tempos de seminário, tive de renunciar aos convívios regulares com o meu grupo de amigos (Banda Alegre), para poder concentrar-me naquilo que realmente queria: ser padre.

Outro momento marcante foi a morte do jovem João Batista Montagne, que morreu em meus braços, sem sequer conhecer a Deus. Este acontecimento foi um dos incentivos para a fundação dos Irmãos Maristas, para dar a conhecer quanto Deus nos ama e que por isso nos ofereceu o seu Filho, que morreu por nós, para nossa salvação, para que as sementes (seus ensinamentos) pudessem brotar em cada um de nós.

As circunstâncias da morte daquele jovem foram a semente para que milhares de jovens hoje saibam através da missão Marista o quanto Deus os ama.

“Jesus foi o primeiro semeador que deu a vida pelas suas sementes.” Augusto CuryColhe os frutos de Jesus e liberta as tuas Sementes.

Momento...

“Se tivesses que dizer o que te torna único e irrepetível, o que seria?” Sabes de onde vem esta pergunta?…Acertaste se estás a pensar numa das perguntas que pairavam na carta anterior.

Ora bem, de facto a tua vida, tal como tu, é única e irrepetível! Já paraste alguma vez para pensar nisso? Fá-lo por um pouco. Pensa nas pessoas que conheces, nos locais onde já foste, nos momentos que até se tornaram mágicos e

inesquecíveis, que de certa forma te tocaram mais, numa junção de locais e pessoas. (Não avances na carta sem refletires um pouco).

Certamente, grande parte desses momentos te tenham remetido para momentos intensos, sejam eles de sorrisos ou de lágrimas, de vitórias ou derrotas, de contemplação ou de compaixão.

Bem, esses momentos fazem parte do teu caminho, da tua construção. E os mais intensos, talvez os de quando te sentiste verdadeiramente tu, sincero, consciente, humilde, humano, sem máscaras. São nesses momentos, em que deixas morrer o que te impede de ver mais além, os que te ajudam a viver a vida de uma forma mais plena, mais genuína, mais tu!

Fecha os olhos por um bocadinho e toma consciência das tuas falhas e de que tu consegues superá-las! Agarra a vida, agarra-a com força e com sentido!

“…e a vida não é existir sem mais nada a vida não é dia sim, dia não é feita em cada entrega alucinada para receber daquilo que aumenta o coração” Mafalda Veiga

Semeando história...

Semear no silêncio!

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É agora altura de saber se és da Marcha ou não, por isso mesmo aceita o desafio que te colocamos e partilha connosco, seja no grupo da MarCha Vouzela no facebook ou pelo e-mail [email protected]...

A Quaresma é mesmo um tempo de desafios e, por isso, não podes deixar de testar os teus valores, as tuas convicções e a tua força interior.

Sabendo que a semente deve morrer dentro da terra para que nasça o fruto, percebemos também que é preciso fazer esforços e mudanças para deixar a planta da vida nascer em nós.

Que sacrifícios tens feito ao longo deste período de preparação para a Páscoa? Tira uma foto com algumas sementes sobre um objeto ou figura que simbolize o sacrifício que tens feito, e ainda vais fazer até à Pascoa, e partilha connosco. Se não tiveres como tirar a foto, podes mesmo desenhar.

Como Marista é tua obrigação inspirar os outros e semear esperança.Lembra-te de partilhar as fotos através do Facebook ou de e-mail da Marcha.

As semanas que se aproximam são intensas e cheias de atividades em MarCha que nos podem ajudar a prepararmo-nos melhor para a vivência da páscoa. A primeira atividade foi a Páscoa Jovem de Carcavelos para o 11º e 12º anos que decorreu entre 4 a 6 de Abril.

No próximo fim de semana está agendado um pré-juvenato em Vouzela para os rapazes que querem não só preparar-se para a páscoa mas também experimentar uns dias ao ritmo de uma comunidade de irmãos e questionar-se sobre esta opção do juvenato.

Este encontro começará dia 10 com o almoço e termina dia 13, também com o almoço.

Por último, teremos o encontro da Páscoa Jovem em Tui entre os dias 16 e 20 também de abril. Este último encontro destina-se às etapas fonte e horizonte. Se desejam participar em alguma destas atividades e ainda não se inscreveram façam-no com urgência!

Boa Páscoa!

Não és da MarCha nem és nada!

F5 MarCha - Atualiza-te!