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Adoção

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Índice

Introdução ............................................................................................................................................................... 5Adoção, um ato de amor............................................................................................................................ 6Ajuda necessária ................................................................................................................................................ 7Motivos para adotar ....................................................................................................................................... 8Nasce um pai, uma mãe, uma família ............................................................................................ 8Gestação afetiva ................................................................................................................................................. 9Quem pode adotar ...................................................................................................................................... 10Planejamento .................................................................................................................................................... 11Devagar e sempre: o desafio da escola .................................................................................... 12Uma nova grande família....................................................................................................................... 12A “síndrome do coitadinho”................................................................................................................. 13Como lidar com crianças com necessidades especiais.............................................. 14Novas configurações familiares ....................................................................................................... 17A história de Hália ......................................................................................................................................... 17A história de Suzana ................................................................................................................................... 18Perguntas mais frequentes................................................................................................................... 20Projetos, grupos e links úteis .............................................................................................................. 23Hora da pipoca ................................................................................................................................................ 25Para ler antes e durante........................................................................................................................... 27Passo a passo da adoção ........................................................................................................................ 28

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Introdução

Como nasce uma família?

Engana-se quem respondeu no momento do parto, porque essa não é a única forma.

Acredite: laços de afeto e amor podem ser ainda mais fortes do que os de sangue. Esse é o exemplo da adoção. Dia após dia, mitos e preconceitos ficam mais distantes dessaprática. Grupos de apoio e pessoas famosas jogam luz sobre o assunto, o que só ajuda adesmistificar o tema.

Esta cartilha foi elaborada para ajudar a esclarecer e afastar possíveis medos que ainda possam existir.

Foram consultados alguns dos melhores especialistas do país e há duas histórias inspiradoras.

Conheça e compartilhe.

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Um ato de amor

Nos últimos dez anos, uma revolução cultural, sutil e silenciosa, mudou a maneira de encarar a adoçãono Brasil. Como o assunto passou a ser tratado mais abertamente (por pais, educadores e meios decomunicação), muitos dos mistérios e preconceitos vêm diminuindo e alguns até desapareceram.Atualmente, adotar ganhou uma característica ainda maior do que a realização do sonho damaternidade e paternidade.

Se antes o que impulsionava os casais era puramente a impossibilidade de gerar filhos biológicos,agora a vontade de dar uma família a uma criança é o que move boa parte das pessoas à adoção. Apsicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Caminhos do coração”, compara o adotante deontem e de hoje. “É como se eles dissessem: 'Não só quero apenas uma criança para mim, querotambém dar uma família a ela'”.

Esse novo olhar, solidário e consciente, a respeito dos pequenos que precisam de uma família, vemmotivando casais quem já têm filhos biológicos a adotar outros. O resultado é um novo fenômenosocial: as famílias mistas, com irmãos biológicos e adotados convivendo em harmonia.

A psicóloga Maria Tereza diz que esse fenômeno gera ainda uma mudança no perfil dos pais adotivos.Antes, a maioria deles só queria adotar bebês com menos de um ano e boa parte preferia criançascom tipo físico semelhante ao da família. “Por isso, os maiores de 2 anos ficavam nos abrigoseternamente. Os que não se pareciam com as famílias que aguardavam na fila da adoção tambémcontinuavam esperando. Às vezes, para sempre”, diz Maria Tereza.

As famílias passaram a adotar crianças mais velhas, inclusive adolescentes e grupos de irmãosbiológicos, para não separá-los.

Outra mudança importante de comportamento: antes, muitos transformavam a adoção em um se-gredo inconfessável. Campanhas de conscientização e até adotantes famosos, como Angelina Jolie eMadonna, ajudaram a rever esse padrão de comportamento no Brasil e no mundo. “Passou-se aconsiderar necessário dizer ao filho muito cedo que ele foi escolhido pela família. O que dá à criançaa noção de que o fator biológico não é mais importante e deixa claro que a essência da maternidadeou paternidade é constituída de amor e disponibilidade”, reflete Maria Tereza.

A mentira que as famílias mantinham, muitas vezes durante toda a vida, era motivada pelo medo do

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abandono. O temor da criança procurar os pais biológicos e nunca mais voltar. E também, em parte, paraproteger a criança da “vergonha” de descobrir que “não saiu da barriga da mãe”. Ao longo dos anos, osestudos mostraram que, quando sabem desde cedo a verdade, os pequenos se sentem acolhidos emais comprometidos com a família. Podem ter curiosidade de descobrir os pais biológicos, mas nãopensam em abandonar a família.

Ajuda necessária

Campanhas ajudam a romper mitos e preconceitos. Um bom exemplo é o trabalho da ONG Terra dos Homens(http://www.terradoshomens.org.br/pt-BR/), que já ajudou milhares de crianças, adolescentes e famílias.

Eles coordenaram uma campanha eficaz de conscientização para mudar a “cultura da adoção” no Brasil.A ideia do programa pode ser resumida assim: adotar não é só buscar um filho que não posso ter, masoferecer uma família para uma criança que não a tem.

A cultura brasileira da adoção passa por mudanças positivas. A mais recente foi a quebra de tabu sobrea adoção de crianças por casais homoafetivos. “Se antes havia um preconceito geral na sociedade, hojecriticar esse tipo de adoção passou a ser visto como inaceitável. As mudanças são positivas”, diz apsicóloga Maria Tereza Maldonado.

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Motivos para adotar

Carência? Medo da solidão? Cuidado para não cair nessas armadilhas

Quem não consegue ter filhos biológicos naturalmente pode optar por tratamentos de reproduçãoassistida, mas ainda assim alguns não obtêm sucesso nessa alternativa, e a adoção pode ser um cami-nho para a realização do sonho da maternidade/paternidade.

Inconscientemente, boa parte das mulheres e homens, em algum momento da vida, têm ímpetos decuidar, criar, educar e participar do crescimento de outro ser. Nesse desejo não está incluída,necessariamente, a vontade de gerar biologicamente o ser que será criado.

Seja qual for a forma de ter um filho, os especialistas lembram sempre: a responsabilidade é a mesma.

São unânimes em afirmar que para adotar é fundamental estar disposto a um ato de extrema doaçãode amor. Exatamente como deve ser a maternidade e paternidade biológica responsável.

Nasce um pai, uma mãe, uma família

Como se preparar emocionalmente para receberuma criança

O preparo emocional pré-adoção é muitoimportante e diverso. Para um casal que feztratamento, mas não conseguiu ter filhosbiológicos, aconselha-se antes de qualquer passotrabalhar o luto pela impossibilidade de gerar.

Um solteiro precisa enxergar o filho comoalguém para amar e de quem vai cuidar, nãocomo uma companhia para suprir a carência oua solidão.

Famílias que já têm filhos biológicos devemprepará-los para receber o irmão adotivo.Participar de grupos de apoio (veja sugestões napág. 22) pode auxiliar nessa preparação. Nas

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reuniões, os adotantes trocam experiências e dicas para ajudar a vivenciar uma fase que pode serencarada como uma gestação de tempo indeterminado. “Se o casal faz muitas exigências em relaçãoao perfil do filho, pode demorar anos para encontrá-lo. Mas se não há tantas restrições, esse filho ‘nasce’de repente. A gestação do filho adotivo é uma gravidez que está na cabeça e no coração”, explica apsicóloga Maria Tereza.

As famílias devem estar cientes de que passarão pelo que Maria Tereza chama de “teste do amor”.Crianças abandonadas, que viveram em abrigos, às vezes têm reações inesperadas, que podem semanifestar com atitudes agressivas. Afinal, independentemente da idade, ainda não sabem viver numaestrutura familiar.

O período de adaptação dessa criança ao novo lar pode não ser fácil. Alguns não aceitam os limitesimpostos pela nova família, que deve estar munida de muito amor, persistência e paciência para vencerdesafios como esse.

Gestação afetiva

A professora Hália Pauliv de Souza tem duas filhas adotivas. Autora do livro “Adoção – Exercício daFertilidade Afetiva” (Ed. Paulinas), coordena um grupo de apoio a pretendentes à adoção, em Curitiba(PR), chamado Adoção Consciente (www.adocaoconsciente.com.br). Ela compara a espera pelaadoção a um parto sem data marcada e sem barriga. Sua dica para esse período de pré-adoção épaciência. Ela também considera essencial que sejam gerados psicológica e emocionalmente os laçosde afeto – a serem estabelecidos durante a convivência –, que irão oferecer a segurança de que paise filhos necessitarão.

Assim, para que o processo de fertilidade afetiva seja bem-sucedido, os futuros pais precisamconsiderar a adoção em múltiplos aspectos: legais, psicológicos, financeiros, familiares e sociais. “Aadoção é apenas o processo para ter um filho. Depois de concluída, será apenas uma etapa da vidados pais adotantes e do filho adotado. Dali para a frente, acaba o “filho adotivo” e começa a fase de filhoe ponto final”, diz a professora.

Há quem não passe pelo período de “gestação afetiva” e adote uma criança sem o devido preparoemocional. O resultado mais traumático desse processo pode ser a devolução da criança, o que podegerar mais problemas para essa criança em função de um segundo abandono. Como evitar isso?“Muitos pretendentes fantasiam um filho sonhado, mas o que existe é uma criança real.

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Como a realidade não corresponde ao idealizado, devolvem a 'criança-objeto’”, lamenta Hália. “Éimportante lembrar que filho é para toda a vida, não tem certificado de validade e, sobretudo, vaicrescer e se transformar em adulto”, diz.

Preparar o quarto, comprar roupas e brinquedos para esperá-los é gostoso, mas não é tudo. Para quemvai iniciar o processo de adoção ou já está aguardando a criança chegar, buscar ajuda, saber as reaisdificuldades e estar preparado para elas é mais valioso do que qualquer móvel ou presente.

Quem pode adotar?

Qualquer homem ou mulher maior de 18 anos e com uma situação socioeconômica estável, ou seja,capaz de se manter financeiramente e manter uma família. A pessoa precisa também ser pelo menos16 anos mais velha do que quem será adotado. Não é preciso ser casado. Viúvos, divorciados e solteirospodem adotar sem problemas. Porém, para que um menino ou uma menina sejam adotados por umcasal, deve haver uma união civil estável entre eles.

Antes de adotar, pergunte a você mesmo:*

É um real desejo de exercer a paternidade ou maternidade?

Substituir um filho que perdeu?

Ter uma companhia?

Como foi o seu relacionamento com seus pais? Era uma relação harmoniosa ou de conflito?

Como se imagina como pai/mãe?

Qual será sua postura em relação ao filho adotivo?

Se for um casal, como é o relacionamento entre eles?

Se o casal já tiver filhos, por que querem mais um e o que os filhos pensam sobre a possibilidade da adoção?

*O ideal é que todas essas questões sejam amplamente debatidas em família ou com um profissional,que pode ser um psicólogo ou um grupo de apoio à adoção.

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Planejamento

Como se prepara a chegada de um filho adotivo? Éparecido com uma gravidez?

A pré-adoção é uma gravidez psicológica e sur-preendente. Só que o filho pode nascer pequenoou um pouco maior. Ele também já vem com umnome e uma história de vida. Por isso, além dopreparo emocional, você também deve estarpronto financeiramente e logisticamente.

É importante fazer um enxoval – que pode ser emforma de poupança. “Não adianta preparar asroupas antes de saber qual o tamanho do seufilho. Mas você pode comprar um armário,cobertores, toalhas de banho”, ensina a professoraHália. Para o restante, como a cama, por exemplo,é melhor guardar dinheiro e providenciar depoisdo anúncio da chegada da criança.

Conheça outras dicas:

Enquanto espera o filho, tente observar as crianças nas saídas das escolas, shoppings e parques. Assimse comportam crianças reais;

Não exagere nos brinquedos e mimos, vá devagar;

Informe-se com o seu plano de saúde como funciona a inclusão de dependentes (os valorescostumam variar de acordo com a faixa etária);

Escolha um pediatra depois de fazer uma boa pesquisa, desde o início do processo de adoção;

Ao visitar a instituição onde seu provável filho vive, anote a ficha médica, vacinas etc.;

Pesquise as escolas, é importante que seja uma instituição preparada e aberta para receber sua criança.

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Devagar e sempre: o desafio da escola

Espere seu filho estar adaptado à nova casa e depois inicie a introdução ao novo núcleo escolarSe seu filho está em idade escolar e você fará uma transferência de escola, primeiro aguarde a adaptaçãoà nova casa.

A professora Hália explica: “Matricular de imediato numa escola de elite pode não ser uma boa ideia.A criança corre o risco de ser excluída pelos outros alunos ou virar alvo de curiosidade”.

Ao matricular seu filho, conte a história dele, só assim a instituição poderá ajudá-la nesse trabalho deadaptação. Lembre-se: amor e verdade são os melhores antídotos contra eventuais maldades.

Para a psicóloga Melina Blanco Amarins, que atua na maternidade e na pediatria do Hospital AlbertEinstein, a escola pode desenvolver um trabalho sobre preconceitos e adoção com o objetivo dedesmistificar todos os fantasmas sobre esse assunto. Dessa maneira, a criança poderá perceber quecada uma tem diferentes pais, que não são necessariamente todos parecidos, principalmente nos diasatuais, que há diversas formas de constituição familiar.

Durante o processo de adoção, antes de a criança mudar-se para o novo lar, a convivência familiar vaise intensificando gradualmente. Imagine que ela precisa primeiro se sentir forte e segura nesse novoambiente, para só depois encarar as novas inseguranças, que são naturais e acontecem com todas ascrianças ao ingressar na escola.

Pense na seguinte figura: é necessário pisar com os dois pés firmes em um degrau para subir o próximo.A criança precisa estar certa de que, se tiver algum medo na escola, pode contar com o apoio em casa.Se nenhuma dessas bases estiver fortalecida, o resultado será medo e confusão emocional.

Não há receita, mas é preciso compreender que essa criança já foi abandonada e, para sobreviver, criounovos vínculos na instituição em que vivia. Ir para a casa nova, por melhor e mais esperado que seja,é também passar por uma nova perda, uma quebra de vínculo. Tenha paciência, acolha, converse. Osegredo é sempre o amor e demonstrações claras de que a família “é para valer”, que ela pode se sentirsegura, que o elo não será novamente cortado.

Uma nova grande família

Em casa vai tudo bem, mas como agir quando o preconceito vem dos tios, primos, avós ou núcleo escolar?

O núcleo familiar secundário, que inclui avós, tios, primos e amigos próximos, deve passar pelo período

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de preparação, por intermédio dos pais. “Em geral, ascrianças são bem aceitas pela família extensa, se houverdiálogo e preparo”, diz Hália.

Ainda assim, é bom estar pronto: o casal adotante pode tersuperado o preconceito, mas outras pessoas da famíliatalvez tenham um olhar equivocado sobre o tema.

Nos momentos mais difíceis, você pode até ouvircomentários do tipo: “Eu disse que seria uma loucura adotar”.Ou o clássico: “Não diga que não avisei”.

Mesmo os adultos experientes sentem dificuldades emaceitar novas realidades. A melhor saída para esse tipo desituação é contrapor com diálogo, mostrando que a suafamília “veio para ficar”, que você ama seu filho e quer queele seja respeitado.

Maria Tereza diz que não é tão raro esse tipo de problema nas famílias grandes. A psicóloga conta quea maior parte do preconceito é contra crianças maiores e àquelas que têm tipos físicos diferentes dafamília adotante.

Os especialistas costumam recomendar grupos de apoio para pais que lidam com qualquer tipo dedificuldade familiar com parentes. Outra dica: livros e filmes sobre o assunto podem ser aliados nessecaminho (veja lista de recomendações nas págs. 23, 24 e 25).

A "síndrome do coitadinho"

E se em algum momento eu ouvir "coitado, ele é adotado"? Como reagir?

Quem responde é a psicanalista de adultos e crianças Luciana Saddi, membro associado da SociedadeBrasileira de Psicanálise de São Paulo e também autora de diversos artigos científicos. “Quando há conflitos e desconfianças por parte de quem adota, a síndrome do ‘coitado, ele é adotado’ pega econtagia. A adoção pode gerar sim muitas fantasias preconceituosas nos pais adotivos, nos amigos, nasoutras mães da escola e nos colegas das crianças adotadas. Fantasias relacionadas à origem da criança,ao pouco ou muito que se sabe sobre sua história, costumam alimentar esses temores.

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Alguns pais não se sentem legitimados, outros ainda temem a volta da mãe biológica requerendo oque lhe é de direito. E há aqueles que realmente acreditam que a rejeição pela mãe biológica deixamarcas profundas e insuperáveis – há inúmeras versões desse tipo de medo e insegurança.

Sendo assim, a primeira coisa a fazer é nomear os conflitos internos e as fantasias ligadas à adoçãopara enfrentar os preconceitos. A superação desse preconceito pode ocorrer à medida que ele é com-preendido e analisado profundamente. A psicoterapia de família e de crianças oferece excelentesrecursos para esse tipo de enfrentamento. O conhecimento é a melhor forma de superar ospreconceitos. Pais que veem o processo de adoção como algo positivo e construtivo geram filhosadotivos confiantes.

Pais e filhos confiantes não deixam a síndrome do coitado pegar e terão as melhores respostas, naponta da língua, para ocasiões desse tipo.

Como lidar com crianças com deficiência?

Você pode descobrir depois da adoção ou optar por adotar uma criança deficiente. De qualquer forma, aexigência de amor e cuidados é maior

Adotar crianças com deficiência torna maior o desafio da adoção. Pais biológicos, muitas vezes, sãopegos de surpresa por problemas que não puderam ser detectados durante a gestação.

“Pais que veem oprocesso de adoçãocomo algo positivo e contrutivo geram filhos adotivosconfiantes”

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Muitos se adaptam e a maior parte deles precisa de apoio para passar da fase da negação para a daaceitação. Portanto, não fique intimidado se sentir necessidade de conversar e pedir ajuda profissionalpara aprender a lidar com a situação.

Quem escolhe uma criança que necessitará de cuidados específicos tem a chance de se preparar commais cuidado e tranquilidade para essa vivência, está um passo à frente de quem é pego de surpresa.“Tanto filhos adotivos quanto biológicos podem ter necessidades difíceis de detectar quando bebês,e os pais só percebem com o passar do tempo. O modo de lidar será o mesmo. É preciso, sempre, terdisponibilidade. E muito amor”, conclui Maria Tereza Maldonado.

Onde buscar ajuda

Há lugares especializados em aconselhar e auxiliar quem tem filhos deficientes. Conheça algumasdessas instituições:

Deficiência visual: Laramara – Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual(www.laramara.org.br)

Deficiência motora: Associação de Assistência à Criança Deficiente (www.aacd.org.br)

Deficiência mental: Movimento Apaeano (www.apaebrasil.org.br)

Outras:

http://www.iris.org.br/

http://www.ibc.gov.br/

http://www.aacd.org.br/

http://www.apaebrasil.org.br/

http://www.deficiente.com.br/site/

http://www.ibdd.org.br/

http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=2044

http://www.laramara.org.br/portugues/index.php

http://www.soleis.com.br/deficiencia.htm

http://www.avape.org.br/portal/pt/contato.html

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Novas configurações familiares

Amenizam ou acentuam os dilemas que podem gerar a adoção?

“A amenização do preconceito ocorre quando se compreende que os laços familiares são construídospor afeto, não somente por laços sanguíneos e herança genética”, diz a psicanalista Luciana Saddi. Abiologia não é o destino e a família nuclear é apenas uma forma de organização familiar. Há inúmerasmaneiras de as famílias se organizarem e se legitimarem fora dos parâmetros tradicionais.Historicamente, a família nuclear tradicional tem por volta de 200 anos.

As pesquisas no campo da psicologia não indicam, por exemplo, que os filhos criados por casais coma mesma orientação sexual tenham mais problemas emocionais do que os de pais heterossexuais.“Mas as pesquisas indicam que a mentira e o não dito sobre os acontecimentos familiares causamadoecimento psicológico”, afirma a psicanalista.

A história de Hália

“Se eu soubesse quanto é bom, teria adotado mais duas” A bióloga Hália Pauliv de Souza, 74 anos, de Curitiba, adotou duas filhas nos anos 70. Na época, aindarecém-casada, sonhava com uma família grande. Na impossibilidade de engravidar, partiu para aadoção. Hoje, diz que teria adotado mais duas, caso imaginasse antes as delícias de ser mãe.

Viúva desde 2008, ela é a presidente do Grupo de Apoio Adoção Consciente, na capital paranaense,desde 1998. Nesse período, escreveu e lançou diversos livros sobre o tema. Um deles é “Adoção: oamor faz o mundo girar mais rápido” (Ed. Paulinas).

Quantos anos tinham suas filhas quando você as adotou? São irmãs biológicas?Minha adoção foi nos anos 70 e a lei era outra. Uma chegou em casa com quatro dias e a outra com12. Tinham dificuldades – uma sofria com hemangioma (aumento dos vasos sanguíneos) e outra tinhasó 10% de visão, além de infecção hospitalar. Tudo isso passou. Hoje, estão com 39 e 38 anos, casadas,pós-graduadas e felizes. Não são irmãs consanguíneas.

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Fale um pouco da decisão de adotar e do momento em que você as encontrou.A decisão de adotar surgiu do insucesso de engravidar. Naquele tempo, não existiam os exames etratamentos atuais. A adoção ilegal, clandestina, era comum. Mas nós não queríamos uma situaçãoinsegura. Procuramos informações e achamos o caminho da Justiça. Assim foi feito. Esperamos umamédia de um ano para receber cada filha. O encontro é um verdadeiro parto espiritual, muitoemocionante.

Qual foi o momento mais difícil do processo de adoção? Como você resolveu o problema?A primeira dificuldade é a decisão, a renúncia de sua própria fertilidade. Há um luto. Depois, a ideia daadoção se insinua, cresce e você aceita essa gravidez psicológica, sem barriga, sem náuseas e semdata prevista para o parto. A espera é terrível. Quem decide adotar, quer o filho para ontem.

A chegada em casa é um verdadeiro furacão, mas tudo se ajeita. Sobre a escola: elas já foram ma-triculadas com o nosso nome. As que chegam grandes têm de usar o nome antigo até que adocumentação, que sempre demora, fique pronta. Isso é um problema – que se resolve também, claro.

Qual a principal dica que você daria a quem está disposto a iniciar esse processo?Seguir o caminho das pedras pela Justiça, ter paciência e se preparar muito.

Existe algo que você faria diferente, se pudesse começar tudo outra vez?Sim. Teria adotado mais duas. Não sabia que daria conta nem quanto é bom ter família grande.

A história de Suzana

“Gerar uma criança nos torna genitores, somente seremos pais de uma criança se a adotarmosafetivamente”

A pernambucana Suzana Sofia Moeller Schettini, de 58 anos, é professora, terapeuta e mestre empsicologia clínica. Mais do que uma grande profissional, Suzana é dona de uma grande família, decinco filhos. Dois deles são biológicos, nasceram quando ela estava no primeiro casamento. Mais tarde,adotou sozinha um filho com deficiência, que hoje está com 13 anos.

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Quando se casou novamente, o segundo marido trouxe mais dois filhos adotivos para a relação.“Adoção é o processo de filiação fundado nos vínculos afetivos, a única forma de nos tornarmos paisde fato”, diz. Confira a seguir a entrevista e as dicas preciosas de Suzana, que é presidente do Grupode Estudos e Apoio à Adoção no Recife (GEAD-Recife). “O nosso objetivo é acolher pais e filhos adotivos.No meu caso, trabalhar por uma nova cultura de adoção é a missão de vida pela qual optei.”

Quantos filhos você tem?Com meu atual marido (segundo casamento), tenho cinco filhos. Duas filhas biológicas (35 e 31 anos)são fruto do meu primeiro casamento. Após o divórcio, adotei um menino sozinha, que foi tambémadotado por meu atual marido, após o nosso casamento. Esse meu filho, o Matheus, tem hoje 13 anose é uma criança com deficiência. Quando casei com meu atual marido, ele tinha dois filhos adotadosdurante o casamento anterior. Atualmente, eles têm 38 (homem) e 33 anos (mulher). Eu os conheciaos 27 e 22 anos.

Sobre os adotivos, com quantos anos chegaram à sua casa?Matheus foi adotado com dois meses e meio. Era órfão e fora abandonado no hospital, depois dofalecimento de sua mãe, que morreu no parto. Matheus teve anoxia de parto e, em função disso, temsequelas neurológicas que originaram dificuldades cognitivas e mentais que impedem o aprendizadoe o desenvolvimento da linguagem. Os dois filhos do meu marido foram adotados bebês, logo apóso nascimento.

Qual foi o momento mais difícil do processo? A espera? O dia em que a criança chegou em casa?A escola? Como você resolveu esses problemas?Em relação ao Matheus, a adoção foi muito tranquila e nos trouxe muita felicidade. Pelo fato de serespecial, proporcionou a todos que com ele convivem a oportunidade de desenvolver estratégias ecapacidades para lidar com sua singularidade. Tem sido uma bênção em nossas vidas! A preocupaçãoé proporcionar-lhe todos os recursos necessários para o melhor desenvolvimento dentro de suaspossibilidades. Atualmente, ele está numa escola inclusiva em uma classe regular, tem sessões deterapia ocupacional, fonoaudiologia, psicopedagogia e ludoterapia.

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Qual a principal dica que você daria a quem está disposto a iniciar esse processo?Em primeiro lugar, que tenha certeza de que a motivação que leva para a adoção realmente seja desejode filho. Essa é a única motivação válida para adotar uma criança. A criança não pode ser adotada paraservir de instrumento para resolver dificuldades existenciais, tais como garantir companhia para a ve-lhice, resolver dificuldades no casamento, fazer caridade, etc. Os pretendentes à adoção devem sepreparar psicologicamente para a chegada do filho adotivo. Tal qual na biologia, é necessário haver umagestação psicológica. É importante que os pais leiam sobre o tema adoção, compartilhem suas dúvidase ansiedades com quem já adotou e, preferencialmente, frequentem algum grupo de apoio à adoçãoem que possam conviver com outras famílias adotivas e pretendentes. É importante também comparti-lhar o desejo de adotar com as suas famílias para que estas tenham oportunidade de preparar-se paraa chegada da criança adotiva. Se os adotantes forem um casal, é imprescindível que os dois estejamsintonizados e queiram adotar. O casal não é uma pessoa. É essencial que os dois estejamabsolutamente seguros do desejo de adoção. Caso contrário, aquele parceiro que não estava querendoadotar terá muitas dificuldades para tornar-se pai ou mãe de uma criança que não desejou. E o sucessoda adoção estará em risco.

Existe algo que você faria diferente, se pudesse começar tudo outra vez?Não. Faria tudo absolutamente da mesma forma. Eu desejei um filho. Matheus precisava deses-peradamente de uma mãe. Graças a Deus, nos encontramos e somos muito felizes desde então.

Perguntas mais frequentes

por Milena Blanco Amarins - psicóloga da maternidade e da pediatria do Hospital Israelita AlbertEinstein

1. Devo contar a verdade? Sempre?Sim, a criança deve ter acesso à sua história de forma clara e verdadeira. Ela também tem direito porlei a ter acesso aos registros de seu processo de adoção quando quiser. Os pais podem ficar com medode causar sofrimento e perder o filho, porém mentir pode gerar muito mais conflitos, ocasionandouma falta de confiança nos pais e uma obscuridade de sua própria história.

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2. Qual a melhor idade para contar sobre a adoção?Não há uma idade certa para contar. Porém, quanto mais cedo melhor. Os pais irão perceber quehaverá momentos em que a criança começará a questionar sobre como os bebês nascem. Esseperíodo acontece, mais ou menos, entre 3 e 5 anos. Converse com ela de forma natural e direta sobreo assunto.

Se a pergunta for: “De onde eu nasci?” Responda: “Da barriga”. Só mais adiante, a criança vai querersaber como. Aí, sim, será o momento de dizer que foi da barriga de uma mãe que não podia cuidardela e, por isso, a mamãe e o papai a receberam com muito amor. Usar a palavra “escolhido” pode serum grande trunfo. “Você foi o nosso escolhido” é uma frase acolhedora. Conte a história da adoção. Digaque você recebeu uma ligação, a emoção que o telefone trouxe, os preparativos, tudo que acabe comqualquer ideia que possa surgir sobre rejeição.

3. E se a criança descobrir antes por um acidente? Ao ouvir a conversa de algum adulto, por exemplo?O ideal é que a criança saiba de sua história pelos próprios pais. Saber por outra pessoa pode ocasionarsentimentos de medo e traição. Se isso acontecer, os pais devem conversar de forma clara com acriança, acolhendo-a, demonstrando todo o desejo de tê-la como filha(o) e contar sobre todo oprocesso para que ela(ele) possa compreender a situação.

4. Filhos adotivos dão mais problemas do que filhos biológicos?Os especialistas fazem coro para responder: “O comportamento dos filhos adotivos e filhos biológicosé o mesmo”. Nem pense nisso na hora de colocar limites nas crianças. Os pais devem ser firmes,demonstrando que elas não podem usar esse assunto para burlar as regras. Não tenha receio de queseus filhos deixem de gostar de você por estar agindo como pai/mãe.

A psicóloga Maria Tereza Maldonato aponta ainda: “Os estudos sobre violência mostram que é maisraro encontrar vítimas de violência doméstica entre filhos adotados. Esse crime é bem mais comumentre pais biológicos”.

O que comprova: vínculo biológico não é garantia de amor.

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5. Quais podem ser os principais sentimentos de uma criança quando ela chegar à casa nova? O acolhimento dos pais é sentido por todas as crianças e bebês. Sentimentos de insegurança e medopodem aparecer nos primeiros dias, sim, pois tudo que está ocorrendo é muito novo para todos. Ospais devem entender essa insegurança e não relacionar com algo pessoal, como se a criança nãoestivesse gostando deles.

O processo de adaptação é difícil e o tempo varia de criança para criança, de família para família. Mashá alguns sinais que demonstram quando você deve pedir ajuda de um profissional, um psicólogo ouassistente social. São eles:

Comportamentos rebeldes que interfiram no cotidiano da família;Agressividade ou isolamento;A criança não quer ir para a escola (pode significar que algo não vai bem por lá).

A psicóloga Maria Tereza Maldonado costuma pedir para esses pais dobrarem a paciência. “Eles devementender que uma reação agressiva muitas vezes significa apenas medo, receio de um novo abandono.Converse muito sobre esses sentimentos, repita quantas vezes forem necessárias e deixe a criançasegura emocionalmente.”

6. Qual a pergunta mais temida pelos pais adotivos?Sem dúvida é: “Por que minha mãe não me quis?”

A curiosidade faz parte do desenvolvimento da criança. Pode ser que ela peça para que os pais contemdiversas vezes sobre sua adoção, exatamente como um filho biológico pede para que uma mesmahistória seja repetida várias vezes. Os pais devem contar tranquilamente e até demonstrar todo oprocesso de ansiedade pelo qual passaram esperando o tão desejado filho.

Muitos especialistas costumam ser bastante enfáticos: nunca fale mal do passado da criança ou da mãee pai que a deixaram. Isso não ajuda e só a magoa mais. Diga que você a ama e a quer para sempre.

Não julgue ou dê sentenças sobre os pais biológicos, você não é o juiz. Você é um pai/mãe, alguémque escolheu ser para essa criança uma família.

7. Como funciona a licença maternidade/paternidade para quem adota?A mãe adotiva tem direito à licença maternidade de 120 dias no caso de adoção de criança de até 1ano; quando a criança tem entre 1 e 4 anos, a licença é de 60 dias; para crianças entre 4 e 8 anos, são30 dias. O pai adotivo tem direito a cinco dias

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Adoção

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Projetos, grupos e links úteis

Toda ajuda é fundamental nesse momento. Nos grupos de apoio, você encontrará outras pessoas queestão passando pelo mesmo processo. Trocar experiências e ouvir histórias pode ser uma maneirapreciosa de aprender e tornar o caminho mais tranquilo. Conheça alguns deles:

Projeto Acolher - www.projetoacolher.org.br

Associação Nacional dos Grupos de Apoio a Adoção - www.angaad.org.br

Projeto Recriar - www.projetorecriar.org.br

Projeto Aconchego - www.projetoaconchego.org.br

Filhos Adotivos do Brasil - www.filhosadotivosdobrasil.com.br

Quintal de Ana - www.quintaldeana.org.br

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Hora da pipoca

Sugestão de filmes sobre laços afetivos, cuidado, relações humanas, úteis para vários momentos deuma família. Confira:

1. I am Sam - Uma lição de amorConta a história de Sam Dawson (Sean Penn), um homem com deficiência mental que cria sua filhaLucy (Dakota Fanning) com uma grande ajuda de seus amigos. Faz uma belíssima reflexão sobre acapacidade de cuidar, mostrando que não há limites quando existe amor.

2. Stuart Little IStuart era um rato abandonado que vivia num orfanato, até que a família Little decide adotar umirmão para seu filho George (Jonathan Lipnicki), e eles se apaixonam pelo carisma do pequeno ratinho.

3. Tarzan (desenho)Tarzan é filho de ingleses, porém foi criado por macacos na África, depois da morte de seus pais. Seuverdadeiro nome é John Clayton III, Lorde Greystoke. Há uma versão mitológica, a história de Rômuloe Remo, que foram criados por lobos e posteriormente fundaram Roma.

4. Presente de gregoEm Manhattan, J.C. Wiatt (Diane Keaton), uma executiva de meia-idade que está prestes a atingir umdos postos mais altos da empresa em que trabalha, tem sua vida profissional e pessoal totalmentealterada quando "herda" a guarda de Elizabeth, uma menina que é filha de um parente distante que morreu.

5. Família do futuroLewis (Daniel Hansen) é um jovem responsável por invenções brilhantes e surpreendentes. Seu maisrecente trabalho é o escâner de memória, uma máquina que o ajudará a encontrar sua mãe biológica,o que permitirá que ele enfim tenha uma família.

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6. O jeca e seu filho pretoFilme brasileiro muito divertido de 1978. Zé e Bomba são os pais de um casal de filhos homens,Laurindo e Antenor. Mas Antenor é negro e seus pais são brancos, fato que o casal não entende, mas aceita como "coisa de Deus". No final, um crime acontece e revela o mistério do nascimento de Antenor.

7. O destino de uma vidaKhaila (Halle Berry), uma viciada negra, deixa o filho recém-nascido em uma caixa de papelãoenquanto vai se drogar. Nesse meio tempo, a criança quase morre ao ser jogada em um caminhão delixo, mas acaba sendo levada para um hospital, onde é salva e adotada por Margaret (Jessica Lange),uma assistente social branca que passa a criar a criança com todo o carinho, como se fosse seu filho.

8. Nós sempre te amaremosCasal tem filhos gêmeos, um portador da síndrome de Down e outro com saúde fraca. O casal decidedoar o primeiro a uma família de 13 filhos adotivos com o mesmo problema. Os avós maternos en-tram na justiça para impedir a adoção.

9. Lilo e Stitch – desenhoLilo (Daveigh Chase) é uma pequena garota havaiana de 5 anos que adora cuidar de animais menosfavorecidos e vive com sua irmã Nani (Tia Carrere). Certo dia, ela encontra um cachorro e decide adotá-lo. Entretanto, esse cachorro na verdade é Stitch (Chris Sanders), um ser alienígena que é um doscriminosos mais perigosos da galáxia. Para escapar da polícia, que ainda o persegue, Stitch escondequatro de suas seis pernas e decide se fazer passar por um cachorro comum, desenvolvendo com otempo um laço de amizade com Lilo.

10. Laços de afetoCasal descobre que não pode ter filhos e decide adotar uma criança coreana. A esposa, mais do que o marido, desejava concretizar a adoção. Antes de o bebê chegar, a mãe descobre que temuma doença.

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Para ler antes e durante

Algumas sugestões de livros que podem auxiliar pais e mães adotivos ou que estão no processode adoção

1. “Criança adotiva e suas famílias”, Nazir Hamad, Companhia de Freud

2. “Adoção: significados e possibilidades”, Leila Dutra de Paiva - Casa do Psicólogo

3.“Adoção: os vários lados desta história”, Luiz Schettini Filho e Suzana S. M. Schettini (organizadores) - Edições

Bagaço

4. “Adoção por homossexuais - fronteiras de família na pós-modernidade”, Ana Paula Ariston Barion

Peres - Editora Renovar

5. “Filhos da solidão: institucionalização, abandono e adoção”, Lidia Weber e Lúcia Kossobudzki - Imprensa Oficial do Estado do Paraná

6. “Adoção tardia - da família sonhada à família possível”- Marlizete Maldonado Vargas - Casa do Psicólogo

7. “Aspectos psicológicos da adoção”, Lidia Weber - Juruá

8. “Pais que educam - uma aventura inesquecível”, Ceres Alves de Araújo - Ed. Gente

9. “Adoção - uma história pessoal”, Sueli Trindade Ferreira - Ed. Vozes

10. “Adoção - exercício da fertilidade afetiva”, Hália Pauliv de Souza - Ed. Paulinas

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Passo a passo da adoção:

Dirija-se à Vara da Infância e Juventude mais próxima, com os seguintes documentos:- cópia autenticada da certidão de casamento ou nascimento- carteira de identidade e CPF- cópia do comprovante de renda mensal- atestado de sanidade física e mental- atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida- atestado de antecedentes criminais

1.

Se você for aprovado em análise preliminar (se não houver nada errado com os documentos), será convocado para uma entrevista com um psicólogo e assistente social. Nessa conversa, serão informadas as características da criança que você busca: sexo, idade, tipo físico.

2.

Se for aprovado nessa fase, o interes-sado passa a integrar o cadastro de habilitados e está apto a adotar.

3.

O serviço social confrontará os dados fornecidos pelo interessado com o cadastro de crianças disponíveis para adoção na região (comarca). Se houver coincidência de dados, o interessado é avisado.

4.

O juizado promoverá a aproximação gradativa entre a criança e o candidato à adoção. Esse período é conhecido como “estágio de convivência”. A duração varia caso a caso e é acompanhado pela equipe psicossocial e de entrevistas periódicas.

6.

Quando for avisado sobre a existência da criança, o pretendente pode encontrar-se com ela na própria Vara da Infância e Juventude ou abrigo, de acordo com a decisão do juiz.

5.

A sentença judicial de adoção é lavrada após o término do estágio de convivência, em prazo estabelecido pelo juiz.

7.

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