Cartilha de palestra lúdica

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PEFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer Coordenadoria Regional da Educação – Cajazeiras ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR MILTON SANTOS Rua Principal, 99 – Valéria – Salvador Contato: 71 3611 7905 / [email protected] Cartilha PALESTRAS LÚDICAS Este documento é parte integrante das Oficinas Preparatórias do Projeto de Ciclo de Palestras Pensar Milton Santos Salvador - 2012

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Page 1: Cartilha de palestra lúdica

PEFEITURA MUNICIPAL DE SALVADORSecretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e LazerCoordenadoria Regional da Educação – CajazeirasESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR MILTON SANTOSRua Principal, 99 – Valéria – Salvador Contato: 71 3611 7905 / [email protected]

Cartilha

PALESTRAS LÚDICAS

Este documento é parte integrante das Oficinas Preparatórias do Projeto de Ciclo de Palestras Pensar Milton Santos

Salvador - 2012

Page 2: Cartilha de palestra lúdica

SumárioPrefácio......................................................................................................... 3Como fazer um discurso marcante..........................................................4O que quero dizer com isso?.....................................................................4Regras básicas para uma boa Apresentação..........................................5 Como o participante de uma aula se comporta, para começar?.5 1- Coloque-se no lugar da sua plateia.............................................5 Como escapar dessa armadilha?............................................6 Resumo da regra: .............................................................7 2 - Simplicidade com a Regra 10-20-30...........................................7 3- Coloque seu conhecimento..........................................................8 Como, então, diferenciar-se nesse momento?.....................9Comece a Apresentação pelo Final!......................................................10Não agradeça quando começar uma apresentação!..........................12Numa Apresentação, não diga “nós” ou “vocês”.................................14Roteiro Simplificado para uma Apresentação.....................................16 1- Estratégia.........................................................................................16 2 - Roteiro.............................................................................................16 3 - Coleta de material.........................................................................18 4 - Preparação da aula/apresentação..............................................18 5 - Postura e composição na apresentação....................................19 6 - Por fim, Humor!..............................................................................19

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Prefácio

Iniciar um ciclo de palestras não é uma função fácil, tão pouco

pensar didática e metodologicamente como elas serão

apresentadas e executadas ao público-alvo é outro trabalho árduo a

se realizar, que esta relacionada diretamente a avaliação positiva do

ciclo.

Esta cartilha tenta responder a seguinte questão: “Como

deixar ao máximo uma palestra lúdica?” tendo em vista que o

perfil do público-alvo é composto em seu grande âmbito por

crianças e pré-adolescentes?

Esse material não responde todas as dúvidas referentes a

questão, mas por meios dá um aporte teórico para na prática,

ocorrer um amplo e valioso trabalho, que seja significativo para

nossos estudantes e participantes da palestras e oficinas.

Atenciosamente,Denilton Santos

Organizador do Ciclo de Palestras Pensar Milton Santos

Page 4: Cartilha de palestra lúdica

Como fazer um discurso marcanteSe você está encarregado de realizar uma apresentação e o tempo é curto,

como fazer para criar algum impacto?

Digamos que o tempo seja de 15 a 20 minutos. Pouco, não é?Num tempo tão curto, a ideia é mostrar a mágica, e não discorrer sobre o

truque!O que quero dizer com isso?Assim como um mágico, que realiza uma proeza e sai de cena (deixando

todos maravilhados), podemos falar sobre algo com o intuito de inspirar e motivar

as pessoas.

Fale diretamente aos sentimentos da pessoa.

Busque em seu tema os pontos pelos quais as pessoas poderão pensar

"Uau, se eu fizer isso também será genial" ou "Que bacana, isso que ele falou é

muito importante na minha vida!".

Quebre a cabeça em busca do momento Uau! da sua palestra. Afinal, se

você não sabe o que excita e estimula no seu assunto, quem irá saber?

Uma vez demonstrado isso, aponte a direção para a qual as pessoas devem

ir a fim de conseguir o objetivo. "Leia tais livros, que são sensacionais", ou "O tal

curso é um excelente início". Isso já deixa as pessoas extremamente satisfeitas.

Não precisa dar todas as coordenadas, pois não vai dar tempo.

É elegante você se oferecer seu contato (e-mail) a quem quiser se

aprofundar mais a respeito.

Já assisti excelentes palestras e cursos em que se falava muito sobre como

a coisa acontece, mas com pouca ênfase nas razões pelas quais haveríamos de fazer

aquilo. Ou melhor, as razões fornecidas geralmente são racionais (faça isso porque

é o jeito certo) e não emocionais/pessoais (faça isso e você terá muito mais retorno

positivo, terá menos tentativas frustradas, baterá menos a cabeça).

Por fim, fica aqui a pergunta: seu tema é interessante. Mas qual o ponto

que você considera mais vantajoso para sua plateia? Pense nisso e comece por aí!

E boa sorte!

Fonte: http://www.outrojeito.com.br/apresentacoes/como-fazer-uma-palestra-curta-e-marcante/

Page 5: Cartilha de palestra lúdica

Regras básicas para uma boa Apresentação

Três regras simples para uma melhorar sua apresentação

Dominar bem o assunto sempre será o aspecto mais importante de uma

apresentação.

No entanto, existem uma série de regras e dicas que podem ser usadas

numa aula ou numa conferência. Na verdade, damos atenção quase exclusiva ao

conteúdo, na expectativa que isso baste para o bom entendimento por parte da

plateia. Será que isso basta?

O modelo mais empregado nas apresentações atualmente

veio na esteira do uso intenso do Power Point desde os

anos 90, adicionado ao modelo tradicional de relato

científico que utilizamos academicamente.

Deste modo, fazemos uma narração no estilo “meu nome-introdução-o quê-

quando-quem-como-conclusão-obrigado”, considerando que, deste modo,

fornecemos a informação necessária aos colegas. Por outro lado, dispomos essa

sequência no tradicional formato que o Powerpoint nos conduz automaticamente,

com títulos, (identações) espaço para colocarmos o que quisermos na aula. Ou seja,

uma rotina repetitiva no modelo de aulas.

Como o participante de uma aula se comporta, para começar?Algumas pesquisas indicam que a atenção de uma pessoa durante uma aula

dura cerca de vinte minutos. O pico dessa atenção é máximo nos minutos iniciais

(que perdemos agradecendo aos organizadores), decai progressivamente para

subir um pouco mais quando você anuncia que está terminando (a plateia supõe

que você deixou uma mensagem importante para o final).

Se sua aula for longa, convém então realizar breves dinâmicas com seu público a

intervalos regulares de vinte minutos, para que o ritmo não caia em monotonia.

Uma pergunta instigante ou uma pesquisa do tipo “levante a mão quem…” podem

ajudar.

Vamos então a 3 dicas bem simples que poderão auxiliar muito a sua

próxima palestra:

1- Coloque-se no lugar da sua plateia.

Um livro recente e muito interessante, Made to Stick, de autoria de dois

professores da Stanford University Graduate School of Business, debruça-se sobre

o porquê de algumas ideias e conceitos se firmarem imediata e espontaneamente

na mente das pessoas, e outras não. Numa parte do livro os autores também

também comentam da falta de sintonia existente entre o comunicador e sua

audiência.

Page 6: Cartilha de palestra lúdica

Eles dizem que, ao nos aprofundarmos em um assunto, imediatamente

começamos a ver o mundo de outra forma. Eles chamam de “Curse of Knowledge”.

Infelizmente, não é “course” de curso. É “curse” de “maldição”, ou seja, a Maldição

do Conhecimento.

Trata-se de um fenômeno que ocorre quando você se aprofunda demais

num determinado assunto antes desconhecido. Nesse caso, você passa a ver a

situação de outra forma – com os olhos de um expert – e muda, internamente, uma

série de conceitos e valores.

No entanto, quando vai falar sobre o assunto, entra direto nele

considerando que todos também enxergam o tema de igual modo, e espera ganhar

atenção imediata. Afinal, a importância deve ser óbvia, você pensa.

Isso pode ser um engano, e torna temas excitantes em aulas enfadonhas.

Outras vezes, você dedica a aula a explicar o tudo sobre o tema, na esperança de

que, ao final, a plateia conclua: “Isso é muito interessante mesmo para mim por

esse ou aquele motivo”.

Infelizmente, isso pode não acontecer para a maioria, apesar de você achar

que a conclusão pode ser óbvia. Todos deveriam achar o tema interessante! Ou não?

As pessoas ouviram você, mas não conseguem chegar até ao final do

caminho que você imaginou. Afinal, o único que tem a visão global e aprofundada é

você mesmo. Não conseguem ter noção da importância do tema com suas palavras.

Como escapar dessa armadilha?

Uma dica simples é, após estudar bem o assunto, dedicar um tempo para

descobrir aonde está um ponto que leve ao colega que está sentado na plateia a se

interessar em suas palavras.

Essa motivação pessoal, apesar de individual, geralmente é comum à

maioria.

Via de regra, as pessoas se interessam muito num assunto se perceberem

um desses dois pontos:

–terão algum ganho pessoal com esse conhecimento–evitarão algum infortúnio pessoal com esse conhecimento

Não interprete ganho como um valor monetário. Ganho, nesse caso, pode ser um

resultado muito melhor nos tratamentos, menor esforço para realizar um

procedimento, ou mesmo mais tempo livre depois do trabalho. Qualquer forma de

ganho deve ser identificada e apresentada.

Page 7: Cartilha de palestra lúdica

Infortúnio, por sua vez, é qualquer situação desagradável. Tratamento

ineficaz (e paciente insatisfeito), dificuldade numa manobra cirúrgica, ou

negociação negativa com um convênio médico são algumas condições que, caso sua

apresentação ensine como evitar, despertará atenção imediata.

Se você esclarecer logo de início onde está o ponto de interesse, seus ouvintes

ficarão em máxima atenção, pois você deixou bem claro qual o ganho que terão.

Resumo da regra:

- pergunte-se como você veria esse tema se estivesse na plateia. É excitante ou

chato?

- identifique os pontos que a pessoa da plateia considere como vantagem ou

diferencial.

- apresente esses pontos claramente logo no início da sua apresentação

Resumo da Dica 1:

pense como um ignorante no assunto e encontrará a solução!

2 - Simplicidade com a Regra 10-20-30

Assisti a uma aula num congresso que duraria quinze minutos. O

palestrante avisou que teria mais de quarenta slides, e pediu que o interrompessem

quando o tempo acabasse.

O que você pensaria ouvindo isso?

Eu pensei: começou mal. Já demostra, de início, uma grande falta de

domínio. Se nem ele sabe para onde ruma a aula, já me desinteresso logo de início.

O palestrante tinha grande conhecimento, mas não conseguiu demonstrar

isso, pois era impossível.

Uma corrente de experts sobre Apresentações apregoa uma maior busca

pela simplicidade.

Quanto maior a sobrecarga de informação, menor a eficácia da sua

comunicação.

Um dos mais respeitados nesse assunto é Guy Kawasaki. É o autor de

diversos livros sobre apresentações, e já trabalhou como engenheiro na Apple. Ele

criou uma regra simples, chamada 10-20-30.

a) 10

Dez é o número máximo de slides que sua apresentação pode ter.

É difícil um ser humano normal reter mais que isso com eficácia. Seus ouvintes, seu

chefe, sua equipe, seus alunos, todo mundo é normal - presumivelmente. E eles não

conseguem mesmo reter um amontoado de informações.

Page 8: Cartilha de palestra lúdica

b) 20

Como falamos, no início do artigo, vinte minutos é o tempo ideal para sua

apresentação.

Mais do que isso e a atenção das pessoas começa a dispersar. Ou então o

sono bate.

Se durar mais do que vinte minutos sugiro fazer uma atividade que divida

um bloco de apresentação do próximo. Perguntas para a plateia responder, uma

tarefa em grupo de três minutos. Algo que quebre a monotonia.

c)30

Trinta é o tamanho das letras (fontes) usadas na apresentação.

Via de regra, usamos tamanho 10 de fonte.

Resultado: além da segunda fileira ninguém enxerga nada. Ou espreme os olhos

para entender o que tem ali. Ele não enxerga e logo perde o interesse!

O mesmo vale para gráficos: cuidado com imagens e tabelas muito significativas

para você, mas incompreensíveis para a maioria.

Simplifique-os e deixe bem claros. A plateia não deve levar mais do que

cinco segundos para interpretar um gráfico.

É claro que a fonte 30 é uma sugestão "genérica". A mensagem aqui é: use

material visual que fique otimizado para todos os que vão assistir a apresentação, e

não somente para a tela do seu computador!

Outra vantagem das fontes maiores é que isso impede que você escreva

muito no slide. Na verdade, essa é a intenção!! Você deverá então exercitar a arte

de ser mais conciso e objetivo!

Resumo da Dica 2: em Powerpoint, menos é mais!

3- Coloque seu conhecimento

Muitas pessoas dizem que congressos presenciais irão acabar, mas isso não

irá acontecer, por mais que eu ache que telemedicina é o futuro.

Diferente dos livros, revistas e eventos online, as situações presenciais têm

um forte diferencial: o conhecimento.

Livros e publicações podem conter uma série de informações, mas

conhecimento é diferente, pois necessita da contextualização individual, que é

muito dinâmica.

Uma opinião sobre uma técnica hoje pode mudar no mês que vem. O

material que usamos numa cirurgia varia de acordo com cada médico.

Esta é a característica da era em que vivemos, onde a única certeza é de

que não há certezas. É a Era das Mudanças.

Page 9: Cartilha de palestra lúdica

Tenha em mente que, hoje em dia, qualquer pessoa pode copiar-e-colar um

tema e realizar uma apresentação. As apresentações Made by Internet estão por aí.

Mas ao final o que teremos é uma apresentação que nos diz pouco, pois a sensação

é de que qualquer outra fonte poderia suprir aquela informação.

O palestrante, nesse caso, torna-se um “leitor” dos slides durante a aula.

Como, então, diferenciar-se nesse momento?

É importante que, numa apresentação, você se dê conta que a sua

experiência pessoal no assunto é importante. As pessoas querem ouvir um

especialista, e viajam milhares de quilômetros para isso.

Adicione seu conhecimento a alguns pontos do tema, dando uma opinião

pessoal, embasada e justificada.

Comente sobre a eficácia daquele exame complementar que todos pedem.

Fale a respeito de como adequou sua profilaxia cirúrgica baseando-se na literatura.

Fale da sua experiência pessoal em determinados tópicos.

Pelo bem ou pelo mal, as pessoas valorizam muito esses comentários, e é

isso que faz sua apresentação ser diferenciada.

Esse é o motivo, afinal, pelo qual você foi convidado a falar, e não outro

colega. Seu conhecimento, único no assunto, é o que diferencia você dos outros.

Tenha em mente que o seu conhecimento é o que diferencia sua aula de

todas as outras, mesmo que o tema seja igual.

Resumo da regra 3: saia do muro!

Page 10: Cartilha de palestra lúdica

Comece a Apresentação pelo Final!

Já vi este conselho inúmeras vezes, e se tantos consultores assim

preconizam, deve ser verdade! Mas você já tentou fazer isso?

Começar pelo fim é contra a nossa lógica tradicional, e realmente não faz

muito sentido.

Vou comentar aqui que a história não é bem essa…

Qual é a vantagem de se começar pelo final?

Onde está o pulo do gato neste conselho?

Só quem já tentou aplicar esta regra pôde ver que ela não funciona direito.

Se a sua apresentação de projeto, sua aula ou palestra começar pelo final,

então a coisa fica sem pé nem cabeça. É isso ou estamos enganados?

Mais ou menos.

Quando se fala em começar pelo final, a questão fundamental é: comece

falando sobre o benefício que o ouvinte obterá, ao final da sua apresentação. É

ISSO.

Essa é a lógica.

Geralmente assistimos uma explicação de um assunto e ao final pensamos:

"Humm…interessante! Isso é importante por XXX e YYY, e posso ter uma

vantagem/lucro/benefício de tal jeito"

Ok, para você chegar essa conclusão você TEVE QUE ASSISTIR À

APRESENTAÇÃO INTEIRA!

E isso porque você ainda chegou a essa conclusão por si só!

Mas e se o palestrante lhe falasse no início:

"Hoje vou lhes apresentar algo que poderá melhorar, e muito, o modo como

você está fazendo tal coisa. Esse método tem a vantagem de ser mais rápido e mais

fácil do que esse sistema ABC que eu vi você usar. A economia de tempo é de pelo

menos 60%, isso eu garanto".

Essa afirmação poderia ser feita pelo palestrante ao final da apresentação,

para destacar o benefício esperado. Mas o que aconteceu foi o contrário: o benefício

foi colocado NO INÍCIO!!

O fato de colocar o ponto de vista do benefício logo no início tem dois

aspectos positivos:

✔ Você foca melhor no ouvinte, e não no seu assunto. Por mais que você ache seu

assunto importante, se você não conseguir focar sob o ponto de vista dele, sua

apresentação corre o risco de não ter sucesso. Ou seja, você se obriga a lapidar mais

sua apresentação, até ela ficar interessante para seu ouvinte.

✔ Você ganha a atenção total para a sua apresentação logo no início. E isso não é

fácil de se conseguir! Com essa dica, aumentam as suas chances de sua plateia ficar

mais atenta!

Page 11: Cartilha de palestra lúdica

E você , sabe qual o benefício que o ouvinte terá com seu assunto?

Pode ser um tema até "árido". Mas a obrigação de saber onde está o

"glamour", o "sexy" e atraente do seu tema cabe a você, e mais ninguém.

Portanto, quando for preparar um tema, escreva numa frase qual a

vantagem esperada. Diga isso claramente no INÍCIO da sua apresentação. Ressalte-a

no meio e no final. E seja feliz!

Page 12: Cartilha de palestra lúdica

Não agradeça quando começar uma apresentação!

A atenção dos seus ouvintes é muito valiosa. Mas também muito fugaz e

caprichosa.

Sabemos que a atenção das pessoas durante uma apresentação está no

máximo durante os primeiros minutos, e vai decaindo progressivamente.

Desgraçadamente, essa atenção dura cerca de vinte minutos.

Então por que será que perdemos tempo no início da apresentação

(justamente onde a atenção do ouvinte é máxima) para falar baboseiras sem

objetivo como "gostaria de agradecer blá blá blá e parabéns aos organizadores e

blablá etc …".

O que você deseja com isso? Mostrar educação e fineza? Esse não é o

melhor momento para isso: você tem poucos minutos para passar sua melhor

mensagem.

Esse início é precioso, e você irá aprender como aproveitá-lo a seu favor.

O que fazer com esse momento inicial então?

Prepare-se para, assim que tomar a palavra, iniciar seu tópico

imediatamente.

Também não é o caso de falar "a minha apresentação de hoje vai falar

sobre…". Meio sem graça, né?

Mas então como entrar no assunto de um modo mais interessante?

Essa primeira impressão é transmitida nos primeiros segundos em que a

pessoa olha você.

Uma excelente técnica é:

Faça uma pergunta instigante para a plateia, logo de cara.

A pergunta deve ser bem pensada, para despertar interesse, mistério ou

dúvida entre as pessoas.

Ela será o gancho para a fase inicial da sua apresentação.

A técnica da pergunta é uma boa dica pois

– inicia seu tema de imediato

– desperta interesse das pessoas

– faz as pessoas pensarem

– permita que você induza-as às conclusões que você desejar

Para chegar à pergunta ideal, imagine-se um jornalista que está

escrevendo sobre o tema em questão, e procure levantar a "manchete", o título

mais atraente possível.

Da próxima vez que preparar sua apresentação, verifique qual é a grande

pergunta que pode levantar seu tema.

Pense nisso quando dirigir, quando estiver olhando para as nuvens, ou

então no banheiro.

Page 13: Cartilha de palestra lúdica

Em algum momento o relâmpago vai acontecer. Pronto!! A salvação da

lavoura! Ou melhor, da sua apresentação!

Treine para ficar bom em formular A Pergunta. Isso lhe trará bons frutos!

Na apresentação, tasque a pergunta logo no início, e dê uma breve pausa.

Sorria de leve e espere um pouco. Use a pausa a seu favor.

Deixe as pessoas pensarem um pouco. É divertido, é interessante e

certamente trará mais segurança a você, pois você verá que terá controle do seu

público.

Page 14: Cartilha de palestra lúdica

Numa Apresentação, não diga “nós” ou “vocês”

Uma das primeiras coisas que eu aprendi quando se fala à frente de um

público é dizer "nós" e "vocês".

Eu não sei se o mesmo acontece com você mas, sempre foi um tal de nós e

vocês, e nunca me pus a refletir sobre isso.

Ou seja, a coisa era mais ou menos assim:

– Nós estamos aqui para mostrar…

– Nós vamos precisar deste projeto…

– Sempre que (nós) procuramos uma saída para isso…

– Nós nos sentimos responsáveis…

E também o tal de "vocês":

– Vocês podem ver que…

– Como todos vocês sabem, nós podemos também…. (epa, essa tem os dois!)

– Assim como vocês irão participar de uma decisão…

E assim fui falando, achando que estava tudo certo. Mas o que eu descobri e

que você também vai aprender? Você sabe dizer onde está o erro?

O fato é que, quando falamos, sempre falamos a alguém. Quanto mais

pessoal for a nossa conversa, mais eficaz é a mensagem.

Não importa quantas pessoas estejam ouvindo você, mas se a sua

linguagem for pessoal, com certeza ela afetará as pessoas de modo mais pessoal

também.

Quando você fala "nós" ou "vocês", você está falando com todos, mas ao

mesmo tempo com ninguém individualmente.

Por outro lado, ao falar "você", o registro mental inconsciente de quem o

ouve capta uma mensagem individual, única e muito mais poderosa.

O contrário também é verdadeiro: quando se refere à sua própria pessoa, o

palestrante muitas vezes fala "nós". Por exemplo, "Nós fomos convidados para dar

esta palestra…". O quê? Todo mundo foi convidado? Não!!! só você, o palestrante,

foi convidado! Diga, então, "Eu fui convidado…"!

Usar "nós" para se referir a si mesmo é uma falsa modéstia que interrompe

o link pessoal de conexão que você deseja estabelecer.

(Eu ainda me pego usando esse "nós" e "vocês" algumas vezes. Fico muito

p* da vida, mas um dia acerto a coisa.)

Quando você entende que sua apresentação é uma conexão entre Eu e

Você, muita magia começa a acontecer. É perceptível a mudança de comportamento

das pessoas. A mensagem, muito mais pessoal, ganha atenção, interesse e mais

vida.

Page 15: Cartilha de palestra lúdica

Você percebe o interesse do seu público, da sua equipe ou dos seus

clientes.

Numa apresentação do tipo Eu e Você, não é só os seus ouvintes que

entram neste estado pessoal de conexão. Você também entra no mesmo estado!

Ou seja, você não vai mais falar para um grupo (o que é temido por muitas pessoas),

mas você se condiciona a falar apenas para uma pessoa! Sua mente se adéqua a este

modelo, "entende" que pode falar "individualmente" com um grupo (paradoxal,

não?), e sente-se mais confortável… afinal, conversar um-a-um é o que você está

habituado a fazer, não é?

Qual o benefício adicional para você, então?

Menos nervosismo. Uma conversa pessoal gera uma tensão menor.

Só nisso a dica já tem um grande valor.

Fantástico, você concorda?

Pra finalizar, eu vou deixar aqui dois exemplos dessa aplicação para você ter

uma ideia.

O primeiro é este próprio artigo: se você o reler, vai perceber que usei

muito o Eu e Você, apesar de a publicação estar disponível para milhares de pessoas

(internet). Não importa: neste exato momento, nossa conexão é pessoal. Eu e você.

Legal!!

O segundo exemplo é um famoso cartaz mostrado abaixo, de convocação

para alistamento militar nos EUA. Com certeza você já viu, mas observe a

linguagem, e o dedo do sujeito apontando.

Veja o texto: Eu quero Você!!

Sabe para quem ele aponta?

Isso mesmo: para Você!

Quer mais pessoal que isso?

Pense nisso, e boa semana!! Pra você!

Page 16: Cartilha de palestra lúdica

Roteiro Simplificado para uma ApresentaçãoO roteiro que você irá ler serve para muitos tipos de apresentação. As dicas

servem para uma apresentação de projeto, uma reunião corporativa, uma palestra

ou aula.

Você poderá se preparar muito melhor dando atenção a alguns itens

básicos. Para preparar e apresentar uma aula, você pode seguir algumas regras

fundamentais.

Os elementos que compõem uma boa aula são:

1- Estratégia

2- Roteiro

3- Coleta de material

4- Preparação da aula/apresentação

5- Postura e composição na apresentação

6- Humor!

1- Estratégia

Talvez a etapa mais importante do planejamento de uma aula. É neste

ponto que sua se decide se onde sua jornada levará você e seus alunos – se todos

ficarão contentes com a viagem e o destino final.

Para começar a traçar uma estratégia para sua aula, inicie respondendo a

estas questões:

– qual o tipo e perfil do seu público

– qual o estado de conhecimento do seu público no momento inicial (T=0) e para

onde deseja levá-lo ao final da apresentação?

– de toda a apresentação, qual a pergunta ou elemento motivador que deseja que

perdure e que o público leve para casa?

Procure melhorar continuamente sua estratégia, antes e depois da

apresentação.

Reflita sempre sobre essas questões acima, e analise, sob o ponto de vista

dos alunos, qual o elemento que “incendeia” a imaginação, motivação e curiosidade

sobre o tema. Assista na TV e veja na internet o que pode ser polêmico ou atual

sobre o tema, e reflita como esses ingredientes podem ativar sua aula.

2 - Roteiro

Se a primeira parte foi o planejamento estratégico, o roteiro tem a ver com

as táticas. Será o mapa com o caminho para chegar até o objetivo final da aula, e os

elementos necessários durante sua apresentação.

Page 17: Cartilha de palestra lúdica

Uma sugestão é começar sua aula com um assunto que não tenha a ver com

a aula em si, mas com alguma atualidade intimamente relacionada com cada aluno

individualmente.

De modo geral, em minhas apresentações, gosto de começar falando sobre

alguma relação com mercado competitivo, conhecimento como diferencial, campo

de trabalho, tudo isso associado à importância do tema da aula e como isso deve

ser valorizado pelo aluno.

Essa é uma tática interessante, pois parto do princípio de que, como

domino o assunto, eu sei da importância do meu tema mas o aluno nem sempre

sabe (e vai dormir na aula). Por isso, por mais distante que ele esteja do tema da

aula, coloco logo de início sob a perspectiva do mercado, e aí sim trago o aluno para

dentro da aula.

Por exemplo, em minhas aulas de tecnologia para profissionais da medicina,

eu inicio minha apresentação com uma matéria muito interessante da Folha de São

Paulo. Mostro o texto, com uma pesquisa da UFRJ que relata o aumento de

produtividade de diversos setores no Brasil na década de 90 (agronegócios,

indústria, manufatura, saúde, etc). Bela notícia, não?

Em seguida mostro a manchete-título da matéria: “Tecnologia cortou 10,8

milhões de vagas”(!).

Isso dá o tempero inicial e a discussão sobre a importância da tecnologia,

aumentando nossa produtividade mas ao mesmo tempo mostrando um mercado

muito mais competitivo. Por essa brecha a aula ganha importância e o assunto de

informática começa a se desenrolar como ferramenta importante do profissional

(decifra-me ou devoro- te!).

E falando nessa aula, veja que interessante: no meu planejamento

estratégico qual seria o objetivo para esses alunos?

Qual seria o tema de reflexão que eles levariam para casa?

Como médicos e administradores em saúde, planejei que minha missão

seria inspirá-los a se aprofundar mais em tecnologia após a aula. Se eu fosse ensiná-

los sobre como funcionam os softwares, qual computador é bom ou outras

questões pontuais, não estaria realmente ajudando eles. Estaria “entregando o

peixe na mão” apenas. Também não “ensino a pescar”.

O mais importante, pensei, era mostrar a importância da tecnologia e que

devem entrar num processo de aprendizado contínuo nesta área para terem

vantagem competitiva sobre a concorrência. Para minha satisfação, recebo muito

retorno dos alunos falando sobre como perceberam a necessidade de estarem

mergulhando neste mundo de tecnologia e se aprofundarem mais, inclusive muitos

se matriculando em escolas de informática de diversos níveis subsequentemente.

Page 18: Cartilha de palestra lúdica

Voltando à sua preparação do roteiro: coloque os sub-temas que comporão

sua aulas em termos de começo, meio e fim, baseado na sua estratégia.

A - Começo:

– Quais sub-temas comporão?

– Qual a polêmica ou discussão inicial?

– Procure uma questão atual e muito próxima de sua plateia para iniciar a conversa.

B – Meio:

– Sua aula em si

C – Fim:

– Ressalte os benefícios do conhecimento passado em aula, e como poderão

atualizar-se e aprofundar-se no tema.

– Pergunte aos alunos como imaginavam o tema antes da aula em como a

percepção foi mudada. Também como aplicarão os novos conhecimentos. Faça-os

discutirem entre si sobre isso.

3 - Coleta de material

Comece a coletar todo o material da aula conforme seu roteiro e

estratégia. Matéria de revistas, jornais, publicações científicas e artigos. Enriqueça

sua aula com imagens e vídeos.

- quais os elementos multimídia que comporão sua aula (imagens, vídeos, sites, etc);

guarde sempre a referência de onde obteve o material.

4 - Preparação da aula/apresentação

Como a grande maioria das aulas é ministrada em Power Point, é importante

destacarmos algumas dicas essenciais.

✔ Mantenha o texto curto em cada slide: coloque alguns tópicos sobre o assunto,

mas não um texto completo que precise ser lido. O importante da apresentação é o

que você tem a falar, e não o que está escrito na tela. O Power Point é um apoio da

sua aula.

✔ Nunca use animações! Se muito, use muito pouco se for estritamente necessário

para entendimento do contexto!

✔ Não é má idéia esta regra: máximo de 6 palavras por linha, máximo de 6 linhas por

slide.

✔ Fundo escuro com letras claras. A melhor combinação é fundo azul marinho e

letras brancas. A segunda melhor é fundo preto com letras amarelas. Nunca use

letras vermelhas, que são difíceis de visualizar.

Page 19: Cartilha de palestra lúdica

✔ De preferência use Fontes Helvetica ou Arial (Times New Roman pode ser

interessante no seu monitor, mas numa projeção fica borrado para quem está a mais

de 6 metros de distância). Use tamanho de fonte entre 28 a 32.

✔ Não use somente maiúsculas.

✔ Em determinadas apresentações, coloque seu e-mail no rodapé de cada slide. Isso

é útil em congressos, quando os alunos poderão contactá-lo posteriormente.

✔ O Power Point pode apresentar a numeração do slide no canto inferior direito.

Uma dica é, no Slide-mestre, colocar um “/xx” neste campo, onde “xx” é o número

final de slides que compõem sua apresentação. Desse modo, na aula, o aluno verá

no canto da tela “1/76” e em seguida “2/76” e sucessivamente. Terá idéia então de

quantos slides tem sua aula e a quantas anda a progressão. É importante para você

também, que vai se situar melhor no seu andamento.

✔ Lembre-se: no Power Point, menos é mais!

5 - Postura e composição na apresentação

✔ - chegue cedo e verifique se sua apresentação está ok no local

✔ - Sempre fale voltado para o público

✔ - Se algum aluno se manifestar espontaneamente na aula, tanto melhor. Isso logo

destaca alguém interessado e disposto a participar. Explore-o durante a

apresentação. Pergunte o nome dele, sua opinião ao longo dos temas em alguns

casos. Brinque com ele e estará divertindo com a sala inteira!

✔ - ande na sala sempre em alguma ocasiões da apresentação, se possível.

✔ - evite maneirismos. Tipo começar sempre uma frase com “Bom,…”, “Hãããã…”. É

difícil, mas policie-se e seja persistente.

6 - Por fim, Humor!

Apesar do nervosismo e insegurança em algumas apresentações, o humor

pode quebrar o gelo e descontrair a plateia e, por consequência, o palestrante

também.

Se for esse o seu caso, inclua no seu roteiro um slide no começo (não logo

nos primeiros slides) uma imagem bem humorada (na internet tem muita coisa,

você sabe…) que possa ser, mesmo que indiretamente, relacionada com sua aula.

Colocar um pouco de humor no meio da apresentação é um modo de tornar a aula

mais agradável e relaxar em alguns momentos.

A vantagem é que você não precisa ser humorista – uma imagem vale mais

que mil palavras, então um cartum ou uma foto bem humorada levanta a moral da

sessão.

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