Cartilha Hortalicas Nao Convencionais

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Hortalias no convencionais

Hortalias no convencionaisHortalias no convencionais so aquelas presentes em determinadas localidades ou regies e que exercem uma grande influncia na alimentao de populaes tradicionais. Compem pratos tpicos regionais, importantes na expresso cultural dessas populaes. De modo geral, so hortalias que em algum momento foram largamente consumidas pela populao, e, por mudanas no comportamento alimentar, passaram a ter expresses econmica e social reduzidas, perdendo espao e mercado para outras hortalias. Diante disso, o resgate e a valorizao dessas hortalias na alimentao representam ganhos importantes do ponto de vista cultural, econmico, social e nutricional.

Quais so as hortalias no convencionais?No existe uma lista fixa destas hortalias, pois medida que se vai conhecendo os costumes culinrios mais interioranos de Minas Gerais e do Brasil, uma nova espcie acrescentada a esta relao. Algumas dessas hortalias so: almeiro-de-rvore, araruta, azedinha, beldroega, bertalha, capuchinha, car-moela, chicria-do-par, chuchu-de-vento, feijo-mangal, inhame, jacatup, jambu, maria-gond, ora-pro-nbis, peixinho, serralha, taioba, taro, vinagreira e outras mais. Para o cultivo, deve-se atentar para a adoo de prticas agrcolas conservacionistas. Assim, para o preparo do solo, devem ser realizadas arao e gradagem, efetuando-se o enleiramento, a formao de canteiro ou camalhes e a adubao de acordo com a necessidade de cada cultura.

Algumas hortalias no convencionaisAlmeiro-de-rvore (Cichorium intybus L. - Asteraceae)Conhecido tambm como almeiro ou almeiro-domato. Possui folhas lanceoladas, com nervuras roxas ou verde-claras e sabor levemente amargo. Existe uma diversidade de tipos mantida pelos produtores e simpatizantes. H variedades com folhas verdeclaras, repicadas ou lisas e arroxeadas. Recomenda-se o cultivo em perodos de temperaturas mais amenas. Adapta-se a vrios tipos de solo com adequado nvel de matria orgnica. Devem ser preparadas mudas para plantio em canteiros. 2

Os canteiros devem ter de 1,0 a 1,2 m de largura por 10 a 15 cm de altura. Devem ser realizadas capinas quando necessrio, e irrigar normalmente 2 a 3 vezes por semana em perodos secos. A colheita feita quando as folhas apresentam-se tenras com 20 a 25 cm de comprimento. A produtividade pode variar de 20 a 40 kg/ha.

Araruta (Maranta arundinacea L. - Amarantaceae)Tambm conhecida como agutingue-p, ararutacaixulta, araruta-comum, araruta-palmeira e embiri. planta herbcea perene podendo atingir de 1,5 a 1,8 m de altura. Um intrincado complexo de pequenos caules rizomatosos formado no sistema radicular. As estruturas subterrneas (caules rizomatosos) so utilizadas para consumo, especialmente para a extrao de amido. Apreciado e procurado por suas caractersticas organolpticas, o amido de tima digestibilidade. A colheita feita com auxlio de enxado ou aiveca, quando as folhas esto murchas e plidas. Aps colhidos, os rizomas devem ser lavados e preparados para o processamento. A produtividade pode superar 30 mil kg/ha.

Azedinha (Rumex acetosa L. - Polygonaceae)Esta planta, pelo sabor caracterstico, tambm conhecida como azedeira, azedinha-da-horta, azeda-brava. Trata-se de uma herbcea perene e que forma touceiras de 20 cm de altura. adaptada a clima ameno, com temperaturas entre 5 C e 30 C e no tolera o calor excessivo, tendo seu crescimento prejudicado acima de 35 C. Recomenda-se o preparo de canteiros semelhante aos utilizados para hortalias como alface. Os solos devem ser bem drenados, no compactados e possuir bom teor de matria orgnica. Na colheita, retiram-se as folhas, quando essas atingem bom tamanho 10 a 20 cm de comprimento. 3

Beldroega (Portulaca oleracea L. - Portulacaceae)Possui outras denominaes como: salada-de-negro, caaponga, porcelana, bredo-de-porco, verdolaga, beldroega-pequena, beldroega-vermelha, beldroegada-horta, onze-horas. Planta herbcea prostrada, anual, suculenta e ramificada com ramos de 20 a 40 cm de comprimento. uma planta que se desenvolve em climas diversos desde os subtropicais aos tropicais. O solo deve ter bom teor de matria orgnica. Comumente encontrada como planta invasora por se propagar facilmente e ser adaptada s condies climticas brasileiras. Pela sua rusticidade e resistncia a prolongadas secas, encontrada em todo territrio brasileiro, at nas ruas das cidades. A semeadura pode ser feita diretamente nos canteiros definitivos ou em bandejas de isopor ou saquinhos de papel. As mudas estaro prontas quando as plntulas possurem de quatro a seis folhas definitivas. A colheita deve ser feita de preferncia antes do florescimento, quando o caule ainda est tenro e as folhas redondas, com colorao verde-escura. Os ramos devem ser cortados a uma altura de 5 a 10 cm acima do solo com comprimento de 20 a 40 cm. Aps o corte, os ramos devem ser lavados e amarrados em maos, com peso mdio de 300 g. A produtividade pode chegar a 20 mil kg/ha.

Bertalha (Basella alba L. Syn e B. rubra - Basellaceae) tambm chamada espinafre-tropical, espinafreindiano, bertalia, folha-tartaruga. Trata-se de uma planta trepadeira, vigorosa, com as folhas espessas de colorao verde-clara. A bertalha desenvolve-se melhor em regies de clima quente, com temperaturas ideais para o crescimento entre 26 C e 28 C, em solo leve, frtil e com bom teor de matria orgnica. Normalmente, cultivada nas hortas junto aos muros ou deve ser tutorada por seu hbito de crescimento. 4

A colheita realizada quando as folhas se apresentam totalmente desenvolvidas, macias e tenras. Na colheita, os ramos so cortados com 40 cm de comprimento, lavados e amarrados em maos de 300 g. A produtividade oscila entre 15 mil e 37 mil kg/ha.

Cansano (Urera caracasana (Jacq.) Gaudich. ex Griseb)Possui outros nomes populares como: urtiga, cansao-verdadeiro. um subarbusto ou arbusto que atinge 2 m de altura ou mais. No perodo de seca, as folhas caem. E, se irrigado, produz o ano todo. No interior do estado de Minas Gerais bem conhecido e utilizado na culinria, atribuindo-lhe grande valor proteico. Apresenta tambm propriedades medicinais. uma planta urticante, o seu contato com a pele d a sensao de fogo, irritando a epiderme. Para a colheita untam-se as mos e colhem-se as folhas perfeitas. No preparo retiram-se os cabos das folhas. Estas devem ser lavadas e processadas em liquidificador com um pouco de gua e fub. Em seguida, refogadas.

Capioba (Erechtites valerianifolius DC. - Asteraceae)Conhecida tambm como gind, maria-gond, maria-gomes e capiova. uma planta herbcea, ereta, anual, ramificada, com hastes grossas, um tanto carnosa, podendo atingir de 40 a 100 cm de altura. Desenvolve-se bem em diferentes regies de clima tropical, em solos com bom teor de matria orgnica. O plantio pode ser feito durante todo o ano, mas em regies de clima mais quente, recomenda-se o plantio no perodo de maro a agosto. Os ramos so colhidos aps 60 a 80 dias do plantio, quando so cortados com 40 cm de com5

primento, lavados e amarrados em maos com peso mdio de 300 g. Produz cerca de quatro maos por metro quadrado, rendendo o equivalente a 12 mil kg/ha.

Capuchinha (Tropaeolum majus L. - Tropaeoleceae)Possui outros nomes populares como: chaguinha, chagas, papagaios, flor-de-sangue, agrio-do-mxico, flor-de-chagas, espora-de-galo, agrio-grande-do-peru. uma planta anual, suculenta e que se alastra com facilidade. As folhas so arredondadas de colorao azul-esverdeada, suas flores so vistosas com a colorao que varia de amarela a vermelho-escura. Pode ser utilizada tanto como planta ornamental como planta alimentcia. Como hortalia possui toda a parte area comestvel, incluindo caules, folhas, flores, botes florais e frutos verdes. As sementes em conserva lembram alcaparras. As folhas e as flores apresentam sabor picante, muito parecido ao do agrio. Existe uma diversidade de cores das flores que vai do amarelo ao vermelho-escuro. Para produo de estacas, que devem ter de 10 a 15 cm, deve-se utilizar a parte intermediria do caule. necessrio um cuidado especial nas regas para evitar o ressecamento das estacas. Pela sensibilidade da planta a ambientes encharcados, recomenda-se o plantio em canteiros, com espaamento de 0,50 m x 0,60 m. A colheita realizada 50 dias aps o plantio. Colhem-se as folhas e flores. As folhas podem atingir uma produtividade de 8 mil a 10 mil kg/ha e as flores de 4 mil a 5 mil kg/ha.

Car-do-ar (Dioscorea bulbifera L. - Dioscoreaceae)Popularmente conhecido como car-do-ar, car-voador, carareo, car-moela, car-traramela, car-de-rvore. planta trepadeira e apresenta tubrculos areos que surgem nas axilas das folhas. Esses tubrculos so utilizados como alimento e boa fonte de fsforo. Existe uma diversidade de tubrculos areos com variaes no tamanho, formato e colorao externa e interna. A propagao feita com os tubrculos areos, embora possa florescer e produzir sementes. A planta se desenvolve bem em regies tropicais e subtropicais, com temperatura ideal na faixa de 25 C a 30 C. 6

O plantio das tberas pode ser realizado em pequena cova, no havendo necessidade de camalhes. Pode ser cultivado rasteiro, mas recomenda-se o tutoramento das plantas que pode ser realizado de diversas formas com material disponvel na propriedade. A colheita pode ser parcelada, quando os tubrculos areos atingirem o tamanho mximo que pode variar de 50 a 200 g.

Caruru (Amaranthus spp. - Amarantaceae) a designao comum a certas plantas do gnero Amaranthus, algumas de folhas comestveis so bastante utilizadas na culinria. Tambm conhecida como bredo. uma planta herbcea anual que, em geral, mede 80 cm. considerada planta daninha por ser espontnea, muito frequente e adaptada s condies climticas brasileiras. Pode ser plantada durante todo o ano, desde que haja disponibilidade de irrigao. A colheita realizada 60 dias aps o transplantio. Colhe-se toda a planta.

Chuchu-de-vento (Cyclanthera pedata (L.) Schrad. - Cucurbitaceae)Planta trepadeira tambm conhecida por maxixeperuano, boga-boga, cayo, chuchu-paulista, taiude-comer, maxixe-ingls, maxixe-do-reino, pepinode-comer, pepino-do-ar, tabatinga. tradicionalmente cultivada no Norte de Minas Gerais como hortalia-fruto e apresenta tambm propriedades medicinais. Seu sabor amargo se assemelha ao do aspargo. Por ser uma planta tipicamente tropical, no tolera temperaturas muito baixas ou geadas. Recomendase o plantio em perodos com temperatura mdia de 25 C a 30 C. O espaamento recomendado de 1,00 m x 0,50 a 0,70 m. Faz-se a colheita 100 dias aps o plantio, quando os frutos ainda imaturos atingirem de 10 a 12 cm de comprimento. A produtividade de 45 mil a 50 mil kg/ha. 7

Feijo-mangal (Lablab purpureus (L.) Sweet)Existem diversas variedades e denominaes, como feijo-de-lima, fava-belm, feijo-farinha e mangalamargo entre outras. Planta herbcea, trepadeira e, de acordo com a variedade, pode apresentar inflorescncias branca, amarela, vermelha ou roxa. cultivado principalmente nos Estados do Nordeste brasileiro. Os gros, geralmente achatados, so de forma, tamanho e padronagem bem variados, possuem um certo grau de amargor, mas se preparados corretamente so cremosos, saborosos e fazem deliciosos ensopados e saladas. Embora se adapte a diferentes condies ambientais, desenvolve-se melhor em regies quentes e midas, em solos bem drenados e frteis. O semeio deve ser realizado em local definitivo, em cova ou sulcos previamente preparados. Utilizar o espaamento de 1,0 x 0,5 m para variedades de crescimento indeterminado e 0,7 x 0,15 m para variedades de crescimento determinado. As variedades de crescimento indeterminado necessitam de tutoramento da mesma forma que feita para o feijo-vagem e ervilha. Para consumo, as vagens devem ser colhidas ainda imaturas e pouco proeminentes. A colheita deve ocorrer entre 40 e 50 dias aps o plantio para o consumo das vagens. Para consumo das sementes, a colheita se d entre 60 e 70 dias da semeadura, quando as vagens ainda verdes devem ser debulhadas.

Inhame (car) - (Dioscorea spp. L. - Dioscoreaceae)No Brasil em geral chamado car, mas no Nordeste brasileiro e em muitas partes do mundo, conhecido como inhame. uma planta muito rstica, que produz tubrculos (razes tuberosas) comestveis. Em geral apresenta-se como uma planta herbcea trepadeira, com tubrculos subterrneos e, em algumas espcies, areos, caule volvel, folhas estreitas em forma de ponta de faca. As principais espcies so Dioscorea cayenensis, Lam., africana, com vrios nomes: car-dacosta, car-tabica, car-negro, car-espinho-freire, e a D. alata L., asitica, com os nomes: car-so-tom, car-mandioca, car-flrida, roxo-de-ilhus, car-sorocaba. Havendo variao 8

de cor da pelcula, formato e cor da polpa. Deve ser plantado no incio do perodo chuvoso em covas altas (matumbos) ou em camalhes; isso evita o apodrecimento dos tubrculos e facilita o arejamento e a drenagem do solo. As tberas devero ser guardadas em ambiente arejado e escuro para forar o entumescimento das gemas, em seguida podem ser plantadas. O ponto de colheita quando as plantas apresentam muitas folhas amarelas e os ramos comeam a secar. So utilizados enxades ou arado de aiveca para auxiliar na retirada das tberas do solo, onde feita a colheita manual. Os tubrculos ou razes tuberosas devem ser lavados, selecionados, embalados e postos sombra. No devem ser feridos. A produtividade varia de 20 mil a 40 mil kg/ha.

Jacatup (Pachirhyzus tuberosus (Lam.) Spreng - Leguminosae)O jacatup, tambm chamado feijo-macuco ou feijo-batata, mais consumido na Amaznia, especialmente por populaes indgenas. uma herbcea trepadeira, podendo atingir at 3,5 m de altura quando tutorada. Produz razes tuberosas, em geral, em pequeno nmero, com formato de nabo, com a casca marrom e a polpa branca, podendo chegar a quatro ou cinco, quando em timas condies de fertilidade e manejo. Destaca-se o teor de protenas das razes, superior a 9% da matria seca. Quando se objetiva produzir razes, importante podar as inflorescncias em estdio inicial, visto que estas representam forte dreno de nutrientes, reduzindo drasticamente a produo de razes. Para obter sementes, deve-se deixar uma parte do campo para emitir inflorescncias e formar vagens e sementes. Aps a colheita, as razes devem ser lavadas e secas sombra. A produtividade pode superar 30 mil kg/ha. 9

Jurubeba (Solanum asperolanatum L. - Solanaceae)Recebe outros nomes populares como: jurubebinha, jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba e jo-manso. um arbusto recoberto de pelos curtos, semiperene, de porte mdio, com altura que varia de 3 a 5 m. Apresenta folhas esbranquiadas e aveludadas na face inferior. O fruto uma baga redonda, branco-esverdeada com cerca de 13 mm de dimetro. mais utilizado na culinria e no preparo de bebida alcolica tnica. Como planta medicinal, podem ser utilizados razes, folhas, flores e frutos. Considerada uma planta rstica, no exigente em fertilidade do solo, sendo prpria de clima tropical e subtropical. encontrada em quase todo o Brasil. O plantio deve ser no incio do perodo chuvoso. A coleta dos frutos inicia-se de 4 a 6 meses aps o plantio, quando estes estiverem totalmente desenvolvidos, mas ainda com a colorao verde e imaturos. O rendimento da cultura varia de 4 mil a 5 mil kg/ha.

Mangarito (Xanthosoma mafaffa (L.) Schott - Araceae)Planta originria do Brasil Central, j foi bastante utilizada no passado e hoje est quase extinta. Por sua variabilidade pode apresentar rizomas com diferente colorao interna como: branca, amarela e arroxeada. Exige solos profundos, bem drenados, no compactados e com bom teor de matria orgnica. A propagao feita por pequenos rizomas em local definitivo, com espaamento de 0,30 a 0,50 m entre leiras e de 0,20 a 0,30 m entre plantas. A colheita realizada quando as folhas comeam a amarelar, murcham e secam. Consomem-se os rizomas, relativamente pequenos, mas de paladar especial. A produtividade pode atingir 10 mil kg/ha. 10

Ora-pro-nbis (Pereskia aculeata Mill. - Cactaceae) tambm conhecida em Minas Gerais como lobrobo. Seu nome vem do latim, ora-pro-nbis e significa rogai por ns. uma planta perene, com caractersticas de trepadeira, mas pode crescer sem a presena de anteparo, com folhas suculentas lanceoladas. Para produo das mudas, deve ser utilizado material proveniente da regio intermediria do caule, localizada entre as partes mais tenras e as partes mais lenhosas da haste, pois esse material apresenta um melhor pegamento. Logo aps o corte, as estacas devem ser colocadas num leito, para que haja enraizamento. Esse leito poder ser constitudo de uma parte de terra de subsolo (barranco) e uma parte de esterco curtido. As estacas devem ser enterradas at um tero do seu comprimento. No manejo da cultura, para manter a planta bem conduzida e com maior produo de folhas, recomendada uma poda de trs em trs meses, deixando os ramos com o comprimento de 1,2 a 1,5 m. Quando for necessrio o rebaixamento da parte area, este poder ser realizado a 60 cm de altura em relao ao solo, retirando-se tambm todos os ramos doentes ou secos. A produtividade varia de 2,5 mil a 5 mil kg/ha.

Peixinho (Stachys lanata - Lamiaceae)Tambm conhecido como lambarizinho, lngua-devaca, orelha-de-lebre, orelha-de-cordeiro, peixe-depobre, peixe-frito. No Brasil, cultivado em localidades de clima ameno como o das Regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O plantio sempre realizado em pequenas reas. Recomenda-se o preparo de canteiros semelhante aos utilizados para hortalias como alface. O manejo realizado com a colheita peridica das folhas e desmembramento dos propgulos das touceiras para renovao do plantio, evitando-se o adensamento excessivo que chega a causar algum apodrecimento de 11

folhas, alm de permitir uma reduo na populao de nematoides. A colheita das folhas feita a partir de 60 a 70 dias, medida que elas atingem tamanho entre 8 e 15 cm. Pode produzir durante quatro a seis meses, at a necessidade de renovar os canteiros. A produo varia de dois a quatro maos/m 2 por semana, contendo cada mao cerca de 20-25 folhas ou, aproximadamente, 100 g. Isso equivale a 25 mil a 50 mil kg/ha.

Serralha (Sonchus oleraceus L. - Asteraceae)Tambm conhecida como chicria-brava, cerraia, serralha-lisa. As plantas apresentam folhas recortadas ou denteadas e longas de colorao verde e flores amarelas. As plantas atingem altura que varia de 50 a 110 cm. Normalmente so consumidas as folhas cruas ou refogadas e, assim como as razes, apresentam propriedades medicinais. A cultura desenvolve-se melhor em condies de clima mais ameno. Recomenda-se o plantio de outono-inverno, em canteiros. Inicia-se a colheita quando as folhas esto bem desenvolvidas e tenras, de preferncia antes do florescimento, quando as folhas ainda so macias e no h tanto ltex nos tecidos. So colhidas as folhas mais velhas. A cada 30 dias a colheita se repete. Geralmente, a cultura proporciona seis colheitas. No momento que antecede a florao poder ser colhida toda a planta. As folhas ou planta inteira so comercializadas em maos, com peso de 100 a 200 g cada mao. A produtividade chega a 6.400 dzias de maos/ha ou 15.300 kg/ha.

Taioba (Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott - Araceae)Plantada no Sudeste brasileiro, a taioba tambm conhecida em alguns pases do Caribe como malang. Destaca-se seu uso no interior de Minas Gerais e Rio de Janeiro como base de pratos da culinria local. Podem-se utilizar os rizomas, semelhana do taro (Colocasia esculenta), mas o que representa uma particular iguaria so as folhas, sempre refogadas, pois cruas apresentam o efeito 12

txico do cido oxlico (oxalato de clcio), que causa irritao da mucosa na garganta, coceira e a sensao de asfixia. Distingue-se de variedades selvagens pela inciso natural das folhas at o pecolo e pela colorao verde do ponto de insero dos pecolos nas folhas. O rendimento das folhas pode chegar a 6 mil kg/ha. No caso de utilizar os rizomas, a colheita feita a partir de 7 a 8 meses e, para aumentar a produo de rizomas, deve-se reduzir ou evitar a colheita de folhas. A produtividade dos rizomas pode atingir mais de 20 mil kg/ha.

Taro (Colocasia esculenta (L.) Schott - Araceae) conhecido como inhame no Centro-Sul do Brasil, onde mais cultivado. Caracteriza-se por suas enormes folhas verdeescuras, limbo na forma de corao, pecolo verde ou arroxeado, longo e inserido no meio da folha, com altura que varia de 30 a 180 cm, de acordo com a cultivar. Est presente em quase todos os municpios mineiros, sendo Minas Gerais o Estado maior produtor do Pas. Apresenta rizomas carnosos, com valor nutricional semelhante ao dos tubrculos da batata inglesa. As cultivares so classificadas em mansas ou bravas (coadoras), de acordo com o grau de irritabilidade. A propagao do taro realizada pelo plantio do rizoma, podendo-se utilizar tanto o rizoma central como os rizomas laterais. Plantam-se os rizomas inteiros, com o broto terminal bem desenvolvido, em sulcos de 7 cm de profundidade, no espaamento de 1,0 x 0,30 cm (33.300 plantas/ha). A colheita realizada quando as folhas comeam a amarelar, murcham e secam. Pode permanecer no campo por at trs meses sem ser colhido, desde que o solo seja bem drenado 13

e no perodo seco do ano. Deve sempre ser colhido antes das chuvas. Logo aps a colheita, fazer a limpeza manual dos rizomas, que consiste no corte da parte area e na retirada do excesso de razes e da tnica (cabelo). Comercialmente os rizomas-filho so separados da cabea central e classificados. Estes podem ser armazenados em galpes bem ventilados, espalhando os rizomas em camadas finas, o que facilita a circulao de ar entre eles. A produtividade de, aproximadamente, 30 mil kg/ha (1.500 sacos ou 1.364 caixas tipo K).

Vinagreira (Hibiscus sabdariffa L. - Malvaceae)Tambm chamada roslia, hibisco, hibiscus, caruru-azedo, quiabo-azedo, quiabo-rseo, quiabo-roxo e quiabo-de-angola. Destaca-se no Maranho como base de pratos da culinria local. um arbusto anual vigoroso, podendo atingir at 3 m de altura, com caule verde ou avermelhado. Existem basicamente dois tipos de vinagreira, as de folhagem verde e as de folhagem avermelhada (prpura). No Brasil consumida como hortalia utilizando-se as folhas. Os frutos e clices so utilizados no preparo de sucos, doces e geleias. H variedades que so empregadas na produo de fibras para a indstria txtil e como ornamental. Como planta medicinal, suas folhas so usadas como fortificante e estimulante estomacal e as flores como antibacterial e antifngica. As mudas podem ser produzidas por estacas ou sementes em canteiros ou em bandejas de isopor. As estacas devem ser tiradas ainda na fase vegetativa de desenvolvimento, antes do florescimento, e podem ser enraizadas no local definitivo, em recipientes ou em bandejas com substrato. No uso como hortalias, cortam-se os ramos com 40-50 cm de comprimento. Efetuamse cortes sucessivos sempre que as plantas atingirem porte suficiente para novo corte de 40-50 cm.

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No caso de uso de clices, spalas ou frutos, deixa-se a planta desenvolver plenamente at a passagem da fase vegetativa para a reprodutiva, com o florescimento a partir de 150 a 180 dias, efetuando-se colheitas sucessivas, duas a trs vezes por semana, para obter produto no ponto ideal, conforme o uso desejado. No caso de uso das fibras, deve-se fazer o corte aps a frutificao.

Hortalias no convencionais na alimentaoO consumo de hortalias de modo geral, convencionais ou no convencionais, traz vrios benefcios por serem leves e de fcil digesto. Auxiliam na saciedade fornecendo poucas calorias. Fornecem gua, nutriente indispensvel para o corpo humano. So ricas em fibras que auxiliam no bom funcionamento do intestino. Contm minerais e vitaminas, importantes no combate de doenas e no bom funcionamento do organismo. O valor nutricional das hortalias no convencionais varia de espcie para espcie e est relacionado com a quantidade significativa de vitaminas (A, B e C), sais minerais (clcio, fsforo, potssio, ferro), fibras, carboidratos e protenas, alm de substncias funcionais (antioxidantes, carotenoides, flavonoides e antocianinas). Como exemplo, tem-se o orapro-nbis, conhecido como carne-vegetal ou carne-de-pobre, por seus elevados teores de protenas. A forma como cada hortalia usada varia de regio para regio. Geralmente so utilizadas folhas, frutos, flores, talos, razes e sementes, em diversas preparaes: saladas cruas e cozidas; refogados, sopas, cremes e molhos; omeletes, pastas, pats, recheios e sufls; produtos de panificao, massa de macarro, pes, biscoitos e bolos; chs, sucos e geleia; em preparaes com carnes, frango e como acompanhamento de arroz, feijo, angu e outros.

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Informaes gerais sobre cultivo e consumoCulturaAlmeiro-de-rvore Araruta Azedinha Beldroega

poca de plantioAno todo em regies de clima ameno, e, de maro a outubro, em regies mais quentes. Ano todo de acordo com a regio. Ano todo de acordo com a regio. Ano todo, em regies de clima mais quente no inverno.

Colheita60 a 70 dias aps o transplantio 6 a 7 meses aps o plantio 50 a 60 dias aps o plantio 75 a 80 dias aps a semeadura

Bertalha

Ano todo, regies mais quentes. pocas mais quentes do ano em regies de clima ameno. Ano todo, regies mais quentes e midas. Necessrio irrigao. Ano todo em regies de clima mais ameno. No inverno, em regies de clima mais quente. Ano todo, desenvolvendo-se melhor em temperaturas mais elevadas. Ano todo, locais quentes. Primavera e incio do vero, inverno com temperatura abaixo de 18 C. Ano todo com disponibilidade de irrigao.

60 a 90 dias aps o transplantio 60 a 90 dias aps o transplante das mudas 60 a 80 dias aps o plantio

Cansano

Capioba

Capuchinha

50 dias aps o plantio

Car-do-ar

7 a 9 meses do plantio

Caruru

60 dias aps o plantio

Chuchu-de-vento

Ano todo em regies mais quentes. E, vero, em regies de clima mais ameno.

100 dias aps o plantio

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de algumas hortalias no convencionaisPropagaoMudas em sementeira, bandejas ou copinhos de jornal. Por rizomas em leiras (camalhes). Mudas (filhotes) pr-enraizadas ou diretamente em canteiros. Semeadura direta no canteiro ou produo de mudas em bandejas de isopor, saquinhos. Semeadura direta no canteiro ou produo de mudas em bandejas de isopor, saquinhos. Estacas de 10 a 15 cm, pr-enraizadas, em cova. Semeadura direta em canteiro ou em bandejas para produo de mudas.

(continua)

Espaamento0,3 a 0,4 m x 0,3 a 0,4 m 0,8 a 1,0 m x 0,3 a 0,5 m 0,2 a 0,25 m x 0,2 a 0,25 m 0,30 x 0,30 m

Parte consumidaFolhas refogadas, em sopas ou outros pratos. Rizomas (fcula - polvilho) para biscoitos, pes e mingaus. Folhas - cruas em saladas ou cozidas em sopas e molhos. Folhas e talos - em saladas cruas, sucos ou cozidos em sopas, omeletes, mexidos, recheios e no preparo de outros pratos. Folhas - refogadas e em sopas.

0,4 a 0,8 m x 0,4 a 0,5 m

0,6 a 0,8 m x 1,0 a 1,2 m

Folhas refogadas para serem utilizadas em sopas e engrossados com diferentes carnes. Folhas - cruas em saladas, refogadas ou cozidas em sopas, omeletes, mexidos, recheios e no preparo de outros pratos. Toda a parte area (caule, folha, flores e frutos verdes) - crua em saladas. Tubrculos areos - fritos, refogados, sopas e pes. Folhas - cruas em saladas, sucos ou cozidas em sopas, omeletes, mexidos, recheios e no preparo de outros pratos. Frutos - cozidos, recheados, preparados cozidos em ensopados e em molhos e assados. Quando verdes podem ser consumidos em saladas cruas.

0,30 x 0,30 m

Semeadura em bandeja ou saquinhos para produo de mudas ou estacas de 10 a 15 cm. Por tberas em pequenas covas.

0,50 x 0,60 m

1,0 a 1,2 m x 0,5 a 0,8 m

Semeadura direta.

0,1 x 0,1 m aps desbaste

Semeadura em bandejas ou saquinhos para produo de mudas.

1,00 x 0,50 a 0,70 m

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Informaes gerais sobre cultivo e consumoCulturaFeijo-mangal Inhame (car)

poca de plantioAno todo em regies mais quentes. E, no vero, em regies de clima mais ameno. No incio do perodo chuvoso.

Colheita40 a 70 dias aps o semeio 6 a 7 meses aps o plantio

Jacatup

Na Amaznia o ano todo. Regio Sudeste e Centro-Oeste no perodo chuvoso. Regio Nordeste: ano todo com irrigao. Incio do perodo chuvoso.

5 a 7 meses aps o plantio

Jurubeba

4 a 6 meses aps o plantio

Mangarito

Ano todo em regies mais quentes. Vero, em regies com temperaturas mais amenas. Incio do perodo chuvoso.

6 a 8 meses aps o plantio

Ora-pro-nbis

2 a 3 meses aps o plantio

Peixinho

Ano todo com disponibilidade de umidade. Ano todo em regies de clima ameno. Em regies de clima mais quente de maro a junho. Ano todo, regies mais quentes e midas. pocas mais quentes do ano em regies de clima ameno. Clima ameno, de set. a dez. Clima quente, de ago. a fev. Clima quente e mido, ano todo. Clima ameno set./out. e mar./abr.

60 a 70 dias aps o plantio

Serralha

50 a 60 dias aps a semeadura

Taioba

60 a 75 dias aps o plantio

Taro (inhame) Vinagreira

7 a 9 meses do plantio 60 a 90 dias do plantio para folhagem/ramos 150 a 180 dias do plantio para frutos

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de algumas hortalias no convencionais(concluso)

PropagaoSemeadura direta em sulcos ou covas. Por tberas em covas ou leiras (camalhes) altas (0,3 a 0,35 m de altura). Por sementes em leiras (camalhes). Trs sementes por cova com posterior desbaste. Semeadura direta ou em bandejas ou saquinhos para produo de mudas. Por pequenos rizomas em leiras, local definitivo. Estacas de 20 cm pr-enraizadas em covas. Mudas (filhotes) pr-enraizadas ou diretamente em canteiros. Semeadura em sulcos, em canteiros sementeira.

Espaamento1,0 x 0,5 m 0,7 x 0,15 m 1,2 x 0,8 m (covas) 1,0 a 1,2 m x 0,4 a 0,6 m (leiras) 0,8 a 1 m x 0,3 a 0,5 m

Parte consumidaVagens - refogadas ou cozidas. Sementes - cozidas e refogadas. Tberas - fritas, cozidas, assadas ou no preparo de pes. Razes - cruas, cozidas ou defumadas. Polvilho no preparo de bolos, biscoitos e tortas. Frutos - cozidos, para fazer conservas e bebidas. Rizomas - cozidos, fritos, em forma de pur, bolinhos, sopas, assados e saladas. Folhas - cozidas em sopas, omeletes, mexidos, recheios e no preparo de outros pratos. Folhas - no preparo de sucos, refogados, sopas, omeletes e recheios, empanadas ou milanesa. Folhas - cruas em saladas ou cozidas em sopas, omeletes, mexidos, recheios e no preparo de outros pratos. Folhas e talos - refogados e no preparo de omeletes, sufls e outros pratos. Rizomas - cozidos, assados, no preparo de sopas e pes. Folhas - refogadas, em saladas e no preparo de pratos; Flores - ch e saladas; Clices florais - doces, geleias e sucos.

1,50 x 1,00 m

0,30 a 0,50 m x 0,20 a 0,30 m 1,0 a 1,3 m x 0,4 a 0,6 m

0,2 a 0,25 m x 0,2 a 0,25 m

0,30 x 0,30 m

Por meio de rizomas em leiras (camalhes). Por meio de rizomas em leiras (camalhes). Semeadura direta com desbaste, produo de mudas em bandejas ou saquinhos, ou estacas de 20 cm prenraizadas.

0,8 a 1,0 m x 0,4 a 0,5 m

0,8 x 0,5 m 1,0 x 1,0 m (para produo de frutos) 1,0 x 0,5 m (para colheita apenas de folhagem)

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Algumas receitasSequilhos de ararutaIngredientes200 gramas de margarina 150 gramas de acar 400 gramas de polvilho de araruta 1 xcara de coco ralado 1 ovo 1 mao de salsinha picada 1 xcara (ch) de cebolinha verde picada Azeite de oliva vontade Sal a gosto

MontagemCorte os pes ao meio e raspe com um garfo o miolo tomando cuidado para no se quebrarem, depois molhe as cascas dos pes com gua at umedecerem, depois de midos esprema os pes nas mos e coloque em uma travessa para salada, pique a cebola e coloque em uma vasilha com gua e gelo por uns quinze minutos. Corte bem miudinho a azeitona, palmito, tomate, salsinha, cebolinha, azedinha e misture tudo com os pes inclusive a cebola. Tempere com o limo, sal e a pimenta do reino a gosto, e regue com bastante azeite de oliva. Deixe meia hora na geladeira antes de servir.

Modo de PreparoMisture todos os ingredientes. Se precisar, junte mais um pouco de araruta. A massa fica uma bola e solta das mos. Faa bolinhas pequenas e achate-as com um garfo, fazendo um desenho. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada e leve ao forno at ficarem durinhos. No devem dourar. Retire do forno, deixe esfriar e guarde em um pote bem fechado.

Po de inhame (car) Salada de po amanhecido com azedinha IngredientesIngredientes6 pes francs 3 tomates sem cascas e sem sementes 2 xcaras (ch) de azedinha picada 2 colheres (sopa) de suco de limo-rosa 10 azeitonas verdes picadas 1 cebola roxa picada 30 g ou 2 tabletes de fermento para po 1/2 xcara (ch) de gua (aproveite a gua em que cozinhou o car) 2 colheres (sopa) de leo 2 colheres (ch) de sal 1 colher (sopa) de acar 2 xcaras (ch) de pur de car 4 xcaras (ch) de farinha de trigo

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Modo de PreparoLave e descasque o car (aproximadamente 500 g). Coloque para cozinhar em gua fervente; aps o cozimento reserve a gua e passe-o no espremedor. Dissolva em uma vasilha o fermento utilizando a gua morna do cozimento do car e junte o leo, o acar, o sal e o pur de car. Misture a metade da farinha de trigo e amasse. Aos poucos, acrescente o restante da farinha e continue sovando a massa. Quando a massa no estiver grudando mais na mo, deixe crescer at dobrar de volume. Amasse novamente e forme dois pes, ou, se preferir, faa-os em tamanhos menores. Coloque os pes em uma frma untada e enfarinhada, passe gema por cima, cubra-os e deixe crescer por uma hora. Asse em forno quente por 50 minutos.

Modo de PreparoDissolva o fermento em um pouco de leite morno. Bata todos os ingredientes, menos a farinha de trigo, no liquidificador at ficar cremoso. Entorne numa vasilha e v acrescentando a farinha de trigo at a massa desgrudar das mos. Estique a massa com rolo no tamanho desejado e leve ao forno para pr-cozer. Recheie a gosto e leve ao forno novamente para derreter o queijo.

Omelete com talos de taiobaIngredientes3 ovos pimenta-do-reino cebolinha 1 colher (sopa) de farinha de trigo queijo margarina 2 talos de taioba Azeite vontade Sal a gosto

Pizza de taroIngredientes3 ovos 1 pitada de sal 1 colher (sopa) de margarina 1 colher (sopa) de leo 2 xcaras (ch) de leite 400 g de inhame cozido e amassado 50 g de fermento de po e farinha de trigo at dar o ponto.

Modo de PreparoTirar a pele de dois talos de taioba e cortar em rodelas, passar na gua quente com um pouco de sal, misturar com trs ovos, sal, pimenta-do-reino, uma colher de sopa de farinha de trigo, cebolinha. Coloque na frigideira funda com um pouco de azeite ou margarina, recheie com queijo fatiado. Dobre at formar uma omelete. 21

Geleia de flores de vinagreiraEm um pilo, coloque 5 colheres (sopa) de flores (clices) frescas e amasse bem at adquirir uma consistncia pastosa. Em seguida adicione 3 colheres (sopa) de acar cristal. Leve ao fogo brando e deixe em fervura, mexendo sempre com uma colher de pau para no grudar no fundo da panela. Quando adquirir o ponto de geleia, desligue o fogo e ainda quente, acondicione em vidros at a boca e tampe. Espere esfriar e armazene em geladeira. Utilize como geleia no desjejum.

Acrescentar o jacatup e o coco ralado. Acrescentar alternadamente farinha e leite e amassar bem. Acrescentar o fermento e misturar. Assar em forno preaquecido temperatura mdia de 200 C at corar.

Po de taroIngredientes2 cars(ou inhames) mdios cozidos no vapor e amassados com garfo (300 g) xcara de leo 1 colher(sopa) de fermento biolgico 1 colher(sopa) de acar colher (sopa) de sal 1 xcara de gua Farinha de trigo at dar ponto cerca de 500 g

Bolo de jacatupIngredientes2 ovos inteiros 1 xcara de acar 2 colheres(sopa) bem cheias de margarina 2 xcaras de jacatup ralado 2 xcaras de farinha de trigo 50 g de coco ralado xcara de leite 1 colher(sopa) de fermento

Modo de PreparoAmassar at que a massa no grude nas mos ou grude apenas levemente. Dividir a massa em pores do tamanho desejado e formar os pezinhos. Untar as mos e enrolar os pes. Colocar em forma untada.

Modo de PreparoLavar a raiz de jacatup, descascar e ralar. Em uma tigela bater bem os ovos, o acar e a margarina.

Quando dobrar de tamanho pincelar com gema de ovo e shoyo. Assar em forno preaquecido temperatura mdia de 200 C at corar.

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ProjetoHortalias no convencionais: alternativa de diversificao de alimentos e de renda para agricultores familiares de Minas Gerais

Coordenao:

Marinalva Woods Pedrosa

Marinalva Woods Pedrosa Maria Helena Tabim Mascarenhas Karla Sabrina Magalhes Thvilla Trindade Silvrio EPAMIG Centro-Oeste (31) 3773-1980 Izabel Cristina dos Santos Silvana Silva EPAMIG Sul de Minas (35) 3829-1190 Maria Aparecida Nogueira Sediyama Maira Christina Marques Fonseca EPAMIG Zona da Mata (31) 3891-2646 Georgeton Soares Ribeiro Silveira Faustina Maria de Oliveira EMATER-MG Belo Horizonte (31) 3349-8000 rika Regina de Oliveira Carvalho EMATER Sete Lagoas (31) 3774-1320 Mrio Puiatti Universidade Federal de Viosa Nuno Rodrigo Madeira Embrapa Hortalias Lygia de Oliveira Figueiredo Bortolini Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento Departamento de Publicaes Rosely Aparecida Ribeiro Battista Marlene A. Ribeiro Gomide Dbora Nigri (estagiria) Taiana Amorim (estagiria) Marinalva Woods Pedrosa rika Regina de Oliveira Carvalho Jesus Rodrigues Eres23

Equipe tcnica

Produo Reviso

Projeto grfico Fotos

Apoio

Universidade Federal de Viosa

Empresa de Pesquisa Agropecuria de Minas Gerais EPAMIG Centro-Oeste Rodovia MG 424, km 64 - Caixa Postal 295 - Prudente de Morais - MG CEP 35701-970 - Tel.: (31) 3773-1980 - E-mail: [email protected]

EPAMIG-DPPU 06/2011

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