Cartilha Software Livre

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Sobre o Projeto Software Livre Bahia O Projeto Software Livre Bahia (PSL-BA) é uma articu- lação, aberta a todos, em constante movimento que busca, através da força cooperativa, disseminar na esfera estadual os ideais de liberdade difundidos pela Fundação Software Livre (FSF). Possibilitando assim a democratização do acesso a informação, através dos recursos oferecidos pelo Soft- ware Livre. Esta busca, que tem seus alicerces fundados na colaboração de todos, formando um movimento sinér- gico que converge na efetivação dos ideais de Liberdade, Igualdade, Cooperação e Fraternidade. Contribuindo com a Ciência, Tecnologia e Cultura, que são bases fundamentais reconhecidas para o desenvolvi- mento social atrelado ao desenvolvimento econômico, o PSL-BA empreende ações de discussão, difusão e efetiva- ção da liberdade da informação e do conhecimento, alme- jando a conscientização e constante evolução de toda a so- ciedade. O Projeto Software Live Bahia é formado pela articu- lação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, empresas, governos ou ONGs, e demais seto- res da sociedade, e ao mesmo tempo é independente de qualquer entidade ou estrutura individual, não havendo nenhum tipo de hierarquia formal. O PSL-BA não coordena, não representa e não decide nada em relação à comunidade software livre da Bahia. A comunidade é um movimento totalmente amorfo, e não possui esse tipo de liderança. O PSL-BA terá respaldo com a comunidade na medida em que seus participantes fize- rem contribuições significativas para essa comunidade. Cartilha de Software Livre 2 a Edição Abril de 2005

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Cartilha sobre Software Livre

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Sobre o Projeto Software Livre Bahia

O Projeto Software Livre Bahia (PSL-BA) é uma articu-lação, aberta a todos, em constante movimento que busca,através da força cooperativa, disseminar na esfera estadualos ideais de liberdade difundidos pela Fundação SoftwareLivre (FSF). Possibilitando assim a democratização do acessoa informação, através dos recursos oferecidos pelo Soft-ware Livre. Esta busca, que tem seus alicerces fundadosna colaboração de todos, formando um movimento sinér-gico que converge na efetivação dos ideais de Liberdade,Igualdade, Cooperação e Fraternidade.

Contribuindo com a Ciência, Tecnologia e Cultura, quesão bases fundamentais reconhecidas para o desenvolvi-mento social atrelado ao desenvolvimento econômico, oPSL-BA empreende ações de discussão, difusão e efetiva-ção da liberdade da informação e do conhecimento, alme-jando a conscientização e constante evolução de toda a so-ciedade.

O Projeto Software Live Bahia é formado pela articu-lação de indivíduos que atuam em instituições publicas eprivadas, empresas, governos ou ONGs, e demais seto-res da sociedade, e ao mesmo tempo é independente dequalquer entidade ou estrutura individual, não havendonenhum tipo de hierarquia formal.

O PSL-BA não coordena, não representa e não decidenada em relação à comunidade software livre da Bahia. Acomunidade é um movimento totalmente amorfo, e nãopossui esse tipo de liderança. O PSL-BA terá respaldo coma comunidade na medida em que seus participantes fize-rem contribuições significativas para essa comunidade.

Cartilha de Software Livre

2 a EdiçãoAbril de 2005

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ANOTAÇÕES

Sumário

Sobre a Cartilha . . . . . . . . . . . . . . . 5

Nota de direitos autorais . . . . . . . . . . . 6

Software Livre . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Conceito de Software Livre . . . . . . . . . . 15Licenças de Software . . . . . . . . . . . . 18A Comunidade Software Livre . . . . . . . . 22

Por Que Usar Software Livre? . . . . . . . . . . 24

GNU/Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Sobre o GNU/Linux . . . . . . . . . . . . 26Distribuições GNU/Linux . . . . . . . . . . 28Interfaces Gráficas ou Gerenciadores de Janelas . . 31Tabela de Programas Equivalentes . . . . . . . 35

Inclusão Digital . . . . . . . . . . . . . . . 37

O que é Inclusão Digital? . . . . . . . . . . 37

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Page 4: Cartilha Software Livre

Divagações sobre Inclusão Digital . . . . . . . 38Tabuleiros Digitais . . . . . . . . . . . . . 39Acessibilidade . . . . . . . . . . . . . . . 41

Links . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

Mais sobre Software Livre . . . . . . . . . . 44Projeto Software Livre nos estados brasileiros . . 45Distribuições GNU/Linux . . . . . . . . . . 46Interfaces Gráficas (Gerenciadores de Janelas) . . 47Alguns Softwares Livres bastante utilizados . . . 48

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☞ Gimp (bitmap , com algumas características vetoriais)www.gimp.org

❒ Jogos

☞ Armagetronarmagetron.sf.net

☞ Stratagus game enginestratagus.sourceforge.net

☞ Chromiumwww.reptilelabour.com/software/chromium/index.htm

☞ Portal de jogos GNU/Linuxtuxgames.gratishost.com

☞ Outro portal de jogos GNU/Linuxwww.happypenguin.org

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☞ Fluxboxwww.fluxbox.org

Alguns Softwares Livres bastante utiliza-dos

❒ Escritório

☞ OpenOffice.org: (em português)www.openoffice.org.br

☞ Mozillawww.mozilla.org.br

☞ Xmmswww.xmms.org

☞ Xinexinehq.de

☞ Mplayerwww.mplayerhq.hu

❒ Editores de Imagem

☞ Sodipodi (vetorial)www.sodipodi.com

☞ Inkscape (vetorial)inkscape.sf.net

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Sobre a Cartilha

A Cartilha de Software Livre do Projeto Software Li-vre Bahia tem o objetivo de ser uma introdução simples,clara e objetiva aos principais conceitos do mundo do Soft-ware Livre.

Esta Cartilha é uma obra coletiva. As seguintes pes-soas contribuíram na sua construção: Abelmon Bastos, An-tonio Terceiro, Aurélio Heckert, Carla Elaine Freitas, CarlaSchwingel, Charles Santana, Daniel Batista, Flávio Civatti,Krishnamurti Nunes, Leandro Santos, Mônica Paz, NelsonPretto, Paulo Cézar Oliveira, Pedro Kröger, Thiago Tava-res, Vinícius Pinheiro.

Esta cartilha é um documento livre. Você pode uti-lizar o seu conteúdo segundo os termos na licença Crea-tiveCommons “Atribuição-Uso não Comercial-Comparti-lhamento pela mesma Licença”.

Essa publicação foi feita inteiramente usando SoftwareLivre. Os textos foram editados colaborativamente usandoo TWiki, e a versão impressa foi feita usando ferramentas

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como o LATEX, html2latex e Inkscape.

Nota de direitos autorais

c©2005, pelos autores citados acima.

Alguns direitos reservados. Este trabalho está licenci-ado sob uma Licença Creative Commons “Atribuição-Usonão Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença”.Para ver uma cópia desta licença, visite creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.0/br/ou envie uma cartapara Creative Commons, 559 Nathan Abbott Way, Stan-ford, California 94305, USA.

O conteúdo deste trabalho pode ser utilizado, copi-ado, distribuído ou modificado de acordo com os termosda sua licença de disctribuição.

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☞ Red Hatwww.redhat.com

☞ Knoppix GNU/Linuxwww.knoppix.net

☞ Gentoo Linuxwww.gentoo.org

☞ Conectiva Linuxwww.conectiva.com.br

☞ Outras distribuiçõeslwn.net/Distributions/

Interfaces Gráficas (Gerenciadores de Ja-nelas)

☞ Gnomewww.gnome.org

☞ KDEwww.kde.org

☞ Kuruminwww.kurumin.org

☞ Xfcewww.xfce.org

☞ WindowMakerwww.windowmaker.org

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☞ Projeto Software Livre Rio de Janeirowww.pslrj.org.br

☞ Projeto Software Livre Rio Grande do Sulpsl-rs.softwarelivre.org

☞ Projeto Software Livre Santa Catarinawww.softwarelivre.sc.gov.br

☞ Projeto Software Livre São Paulowww.psl-sp.org/

☞ Software Livre no INPA - Amazonassoftwarelivre.inpa.gov.br/

Distribuições GNU/Linux

☞ Kurumin Linuxwww.kurumin.com.br

☞ Debian GNU/Linuxwww.debian.org

☞ Debian-BR-CDDcdd.debian-br.org

☞ Slackware Linuxwww.slackware.org

☞ Suse Linuxwww.suse.com

☞ Mandrake GNU/Linuxwww.mandrakelinux.com

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Software Livre

Histórico

O que é um software? Como surgiu o Software Li-vre? O que o diferencia do software proprietário? Como oSoftware Livre evoluiu até os dias de hoje? Por que o Mo-vimento Software Livre cresce tanto em nosso país? Porque encontramos nele a solução para tantos problemas?

Este breve histórico não possui a intenção desmedidade responder a todas essas perguntas em tão pouco espaço.Esforça-se, contudo, em ser o pontapé inicial que dará im-pulso aos novos navegantes de um universo ainda poucodifundido, criado sobre uma perspectiva que preza pelacolaboração e pela liberdade da informação. Sejam bem-vindos!

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❒ O Software

O software corresponde a qualquer programa de com-putador.

Ao contrário do hardware (monitores, impressoras, mou-ses, placas, memórias etc) o software não é algo físico e porisso não sofre desgaste ao longo do tempo.

Um software é, portanto, uma estrutura lógica, umprograma que realiza funções dentro de um sistema com-putacional. E é, geralmente, desenvolvido por programa-dores que utilizam linguagens de programação para cons-truí-lo. Softwares correspondem aos sistemas operacio-nais (Windows, Linux, Mac OS etc), drivers que contro-lam o comportamento de alguns hardwares (driver de mo-dem, de impressora, de placa de vídeo etc) e todos os apli-cativos utilizados pelos usuários finais, como editores detexto (Winword, Notepad, Gedit, OpenOffice.org Writer),planilhas eletrônicas (Excel, OpenOffice.org Impress, Gnu-meric), navegadores internet (Mozilla, Internet Explorer,Opera), processadores de imagem (Gimp, Paint, CorelDraw,Adobe PhotoPaint), dentre outros.

O software, por não ser físico e sim lógico, pode serduplicado e armazenado em disquetes, cds, discos rídigos(HD). Sua cópia pode ser transportada de um computadorpara o outro, desde que estejam conectados em rede.

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☞ Quilombo Digitalwww.quilombodigital.org

☞ Portal de Software Livre do Governo Federalwww.softwarelivre.gov.br

☞ Tabuleiros Digitaiswww.tabuleirodigital.org

Projeto Software Livre nos estados brasi-leiros

☞ Projeto Software Livre Bahiawww.psl-ba.softwarelivre.org

☞ Projeto Software Livre Distrito Federalwww.psl-df.softwarelivre.org

☞ Projeto Software Livre Espírito Santowww.psl-es.softwarelivre.org

☞ Projeto Software Livre Mato Grosso do Sulwww.psl-ms.softwarelivre.org

☞ Projeto Software Livre Minas Geraiswww.psl-mg.softwarelivre.org

☞ Projeto Software Livre Paranáwww.psl-pr.softwarelivre.org

☞ Projeto Software Livre Pernambucowww.psl-pe.softwarelivre.org

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Links

Mais sobre Software Livre

☞ Projeto GNUwww.gnu.org/home.pt.html

☞ Manifesto de Hipatia (Português)www.hipatia.info/mh.pt.html

☞ Manual Foca Linuxfocalinux.cipsga.org.br

☞ Noticias sobre o mundo Linuxwww.noticiaslinux.com.br

☞ Tabela de softwares equivalentes entre Windows eLinuxwww.linuxshop.ru/linuxbegin/win-lin-soft-en

☞ Projeto Software Livre Brasilwww.softwarelivre.org

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❒ Como surgiu o Software Livre?

Para entendermos o surgimento do Software Livre, éválido compreendermos, primeiro, o que é o software pro-prietário e o papel das grandes empresas de software namonopolização do conhecimento.

Como mencionado, um software é uma estrutura ló-gica desenvolvida por programadores. Essa estrutura ló-gica, isto é, os tijolos que compõem um software, corres-pondem aos bits: 0’s e 1’s . Porém, um programador nãopode desenvolver um programa utilizando-se de 0’s e 1’s,que é uma linguagem somente compreensível pela máquina—- e não por seres humanos. Para tanto, os programado-res utilizam linguagens de programação que possuem pa-lavras chaves e estruturas que permitem enxergar um pro-grama como uma receita de bolo, isto é, um conjunto deinstruções denominado código fonte . Por exemplo:

☞ Programa pede que o usuário digite sua idade e tecleEnter

☞ Programa recebe a informação (idade)

☞ Se idade for maior ou igual a 18 mostra mensagemna tela: “Você já é um adulto!”

☞ Se idade for menor que 18 mostra mensagem na tela:“Você ainda é um adolescente”

O código fonte seria a representação desses passos emuma linguagem de programação (C++, C, Java, Pascal etc).Esse código fonte ao ser processado por um outro pro-grama, denominado compilador, transforma-se em 0’s e 1’s

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para que possa ser entendido pela máquina. Quem quisermodificar o programa precisa ter o código fonte já que 0’se 1’s não são compreendidos pelo homem.

Antigamente, os programadores compartilhavam seuscódigos fontes uns com os outros e, assim, todos podiammodificar o programa e também partilhavam as mudan-ças. Este hábito era bastante difundido nas grandes uni-versidades estadunidenses das décadas de 60 e 70 e sem-pre foi bastante condizente com o espírito acadêmico, cujosprincípios de liberdade e cooperação se assemelham aos dacultura hacker .

❒ O Software Proprietário

Quando o computador foi abraçado pelo mercado co-mo uma boa idéia, as coisas começaram a mudar de rumo.As pesquisas em desenvolvimento de novas soluções cres-ceram, e empresas começaram a criar seus produtos parase firmar no mercado. Começaram a aparecer, então, pro-gramas que tinham seus códigos fontes escondidos comosegredo comercial. As empresas vendiam seus softwares,mas não disponibilizavam seus códigos fontes. O usuáriosó recebia o programa em 0’s e 1’s, o que tornava possívela utilização do software, mas não mais a modificação. Issoera estrategicamente interessante para as empresas: elaspoderiam desenvolver ótimos softwares e ninguém sabe-ria como foram feitos, nem seus clientes e muito menosseus concorrentes.

Além disso, surgiram outros artifícios: os programa-dores dessas empresas assinavam termos de compromisso

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mentos respiratórios).

Um fantástico exemplo de aplicação para deficientesmotores é o Dasher . Ele permite escrever, mas não é exa-tamente um teclado virtual. Utiliza uma idéia inovadorapara inserir texto através do teclado. É especialmente útilpara escrever em palmtops , pois permite escrever muitomais rápido do que na forma tradicional (clicando sobrecada letra numa figura de teclado).

Na seção de Acessibilidade do projeto Debian é pos-sível encontrar muitas outras opções livres de acessibili-dade, para as mais diversas necessidades.

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petição, de repercussão, bips de alerta etc. Essas opçõespodem ajudar bastante quem tem dificuldade de digitarou possui restrições motoras que estão disponíveis tantopara os sistemas operacionais proprietários quanto para oslivres. As dificuldades encontradas, entretanto, ainda sãomuitas. Páginas web mal feitas são praticamente impossí-veis de serem lidas por alguns programas. Uma soluçãopara isso é programar páginas para internet utilizando astécnicas de tableless , que deixam o código limpo e fácil deentender (tanto para os seres humanos quanto para o soft-ware que vai tentar interpretá-lo).

Para implementar um software que ofereça acessibili-dade aos deficientes, é necessário que os programas com osquais ele tem que interagir (como editores de texto, menusetc) possibilitem uma certa integração com este software.Programas de código fechado normalmente não permitemque essa integração exista. O motivo é óbvio: se não temoscomo alterar um programa, e ele não foi projetado parapermitir que fosse controlado por outra aplicação, nada épossível fazer.

Soluções livres existem, e muitas delas são bastanteseficientes. As opções de acessibilidade do gerenciador dejanelas KDE e do Gnome são ótimos exemplos.

A filosofia do software livre permite que o código dosprogramas seja alterado, de maneira que eles possam serintegrados com os programas que visam oferecer acessi-bilidade. Assim eles podem, por exemplo, ser acessadose até controlados por outros programas. Isso facilita quesejam implementados teclados virtuais, controladores porvoz, dispositivos de mouse alternativos (como aqueles con-trolados pelo movimento do globo ocular ou até por movi-

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de não divulgação dos segredos da programação, e os soft-wares vendidos possuíam licenças cheias de restrições quedeviam ser acatadas pelos seus clientes. Essas licenças in-cluíam regras para controle de pirataria: os clientes, alémde impossibilitados de modificar o programa, não pode-riam fazer cópias dos programas que eles adquiriam, e mui-to menos distribuir essas cópias. Alguns programas tam-bém só poderiam ser utilizados para fins específicos. Re-sumindo, o cliente não era o dono do software. Ele podiasomente comprar uma licença de uso que restringia a uti-lização daquele programa em apenas um computador.

Essa lógica logo foi se tornando o pensamento comumde um mercado constantemente bombardeado por propa-gandas de conteúdo duvidoso. Além disso, as licenças desoftware são mais caras do que deveriam.

A má notícia é que poucas pessoas possuem recur-sos para adquirir um software proprietário e utilizá-lo emcasa. Até mesmo os revendedores de computadores evi-tam fornecer máquinas com softwares proprietários embu-tidos. Como conseqüência, os computadores já vêm comcópias ilegais. A conhecida pirataria está presente na mai-oria dos lares do mundo em que há um computador.

É importante ressaltar que o software distribuído pe-las empresas contém, embutido, o conhecimento de milha-res de programadores brilhantes, que por sua vez se vale-ram do conhecimento de várias pessoas que vieram antesdeles, que desenvolveram teorias e conhecimento deixa-dos para a humanidade. Estas empresas agora se apro-priam de todo esse conhecimento acumulado que poderiaser compartilhado com outras pessoas.

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❒ A Reação: Uma Licença para a Liberdade

Tudo permaneceu assim até que um grupo de hackersprogramadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massa-chussets, nos EUA) perceberam que podiam fazer a dife-rença.

Os hackers, diferentemente de como são co-nhecidos e tratados pela mídia, são pessoascom princípios éticos, defensores da coope-ração e da disseminação do conhecimento a-través da liberdade da informação. São ca-

racterizados como pessoas de elevado conhecimento téc-nico que amam o que fazem e que sentem prazer em com-partilhar seu saber com os outros. Os hackers, diferente-mente dos crackers e dos defacers , não são criminososdigitais e possuem uma estrutura hierárquica implícita ba-seada na cultura da dádiva (Gift Culture). Quanto maiscontribuições um hacker oferece para a sua comunidade,mais status ele possui dentro dela. Os hackers também sãochamados de geeks .

Essa reação começou pequena, com poucos colabora-dores. Um dos programadores do MIT, Richard Stallman,enfurecido pela comercialização do conhecimento, fundouo Projeto GNU visando criar uma plataforma de softwaretotalmente livre. Ou seja, no GNU qualquer pessoa pode-ria:

1. Utilizar o software para qualquer fim

2. Estudar o código do software

3. Modificar o código do software

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Acessibilidade

Quando falamos em acessibilidade, a idéia é tentar dara todos a oportunidade de usar os recursos que o compu-tador oferece. Porém, nem sempre esses recursos estão dis-poníveis para quem é portador de algum tipo de deficiên-cia. Imagine que você tenha uma deficiência motora, quelhe impeça de mover um dos braços. Isso já pode consti-tuir uma enorme dificuldade, pois além de tornar a digita-ção extremamente lenta, é impossível usar mouse e tecladoao mesmo tempo. Se os movimentos são restritos em am-bos os braços, então a situação praticamente impossibilitao uso do computador.

Outra restrição grave são as deficiências visuais. Umapessoa cega ou com dificuldades de enxergar, ou mesmodificuldades de leitura, ou problemas para diferenciar ascores praticamente não tem recursos que lhe permitam usaro computador de forma eficiente. Algumas soluções sãopropostas para esses problemas.

A maioria das soluções proprietárias, entretanto, sãomuito caras, e algumas não são satisfatórias. Para defici-entes motores, existem softwares de teclado virtual, quepermite escrever utilizando o mouse, e softwares contro-lados por voz, que permitem acessar aplicações e menusatravés de comandos de voz. Para deficientes visuais, háos leitores de tela.

Existem ainda opções de acessibilidade como criaçãode atalhos de teclado, teclas de alternância, teclas de re-

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representa mais do que uma simples bancada para suportede computadores - inspirado em soluções do cotidiano dastrabalhadoras do acarajé.

O Tabuleiro Digital é reto, sem encostos, sem almofa-das, projetado para uso rápido e ágil como o do tempo decomer um bom acarajé ou ler e responder meia dúzia dee-mails.

❒ Por que um tabuleiro digital?

☞ É simples de montar e pode não ter grandes sofisti-cações de acabamento. Foi desenvolvido para poderser construído a partir de uma folha padrão de com-pensando, utilizando-se da sabedoria da baiana deacarajé. Basta cortar, lixar e pintar com verniz na-val fosco as peças. Após a montagem, os tabuleirospodem ser dispostos em SilhasT (agrupamento de ta-buleiros isolados). É um modelo prático para adoçãoem espaços de acesso à internet, como infocentros,telecentros, ciberparques.

☞ Inclusão digital é mais do que ter acesso às máquinas.É o exercício da cidadania na interação com o mundoda informação e da comunicação. O Tabuleiro Digi-tal, tal como os tabuleiros de acarajé da cidade de Sal-vador da Bahia de Todos os Santos, espalha-se paraproveito da comunidade universitária.

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4. Redistribuir cópias do software

Esses quatro direitos ficaram conhecidos como as qua-tro liberdades do Software Livre. O Projeto GNU conse-guiu transformar essas liberdades em uma nova licençade uso chamada GNU GPL (GNU General Public Licence ).Dessa forma, todo software distribuído com tal licença es-tava “livre”. De acordo com a GNU GPL, a única condiçãopara que alguém pudesse usufruir desses direitos era quepassasse para as outras pessoas os mesmos direitos dosquais usufruiu. Vale lembrar que a licença não proíbe avenda do Software Livre, somente garante que conterá asquatro liberdades mencionadas e que estas nunca poderãoser retiradas do software. Dessa forma, o software livre jánasce livre e permanecerá livre.

O projeto GNU também foi o responsável pelo desen-volvimento de inúmeros softwares livres. Para cada soft-ware proprietário existente, os desenvolvedores faziam umoutro similar, livre. Um dos softwares mais essenciais foiproposto pelo finlandês Linus Torvalds que por conta pró-pria desenvolveu o núcleo (kernel ) de um sistema opera-cional, batizado de Linux. O Linux e os softwares desen-volvidos pelo Projeto GNU formaram o primeiro sistemacomputacional livre, o GNU/Linux, que atualmente é aprincipal alternativa ao Microsoft Windows.

Como o Software Livre não é uma entidade única, nãopode ser comprado pela Microsoft ou por qualquer outraempresa. O Software Livre também não vai à falência, jáque a única premissa para sua existência é a de que existampessoas com necessidades e com disposição de comparti-lhar seus códigos fontes. O número de indivíduos que par-

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Page 14: Cartilha Software Livre

ticipam dessa iniciativa e o número de empresas que têmapostado suas fichas nessas idéias indicam que o softwarelivre está em crescimento acelerado.

❒ O Nosso Contexto

O Software Livre surge, então, da necessidade de aban-donarmos o velho papel de meros usuários da tecnologiae passarmos a desenvolvê-la e usá-la para o bem de todos.O Brasil, particularmente, precisa acabar com a sua depen-dência tecnológica e passar a desenvolver softwares, ao in-vés de continuar refém dos preços abusivos impostos pelasgrandes corporações e seus mercados.

O Software Livre é a nossa chance de tornar a tecnolo-gia nossa aliada no desenvolvimento nacional. O Governo,sensível a essa oportunidade, vem incentivando cada vezmais o uso de Softwares Livres nas repartições públicas, re-duzindo drasticamente os custos com licenças de softwareproprietário. Sendo que a economia deste recurso poderáser redirecionada para investimentos em tecnologia nacio-nal; ou até mesmo para setores mais problemáticos, comoa saúde e a educação, minimizando a injustiça social.

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Entretanto, um numeroso contingente de indivíduosestá de fora deste já complexo universo sintético de con-sumo e produção de dados. Estes são os denominados“excluídos digitais”. Do mesmo modo que se convencio-nou tratar os desprovidos dos bens sociais básicos comomarginais à sociedade estabelecida, os excluídos digitaisse apresentam como os marginais aos meios de acesso àinformação e geração de conhecimento. Com efeito, estesexcluídos estão alheios ou dificilmente se revelam aos pro-cessos de alcance das necessidades subsistenciais, de cida-dania, de interação social e de consciência do mundo emvolta.

A inclusão digital possui o papel de resgatar os excluí-dos digitais ao contexto da sociedade movida pelos pro-cessos de criação, produção e sublimação da informaçãoem conhecimento. Significa efetivar os excluídos digitaisna sociedade da informação, por meio de políticas que vi-sem ao seu crescimento auto-sustentável de forma colabo-rativa e gradual, não com medidas emergenciais e palia-tivas. Conseqüentemente, inclusão digital remete à buscada reflexão do mundo e da localidade, das condições de so-brevivência (emprego, alimentação, moradia etc.), do estí-mulo ao conhecimento renovado e à crítica do já existente,e da diminuição das desigualdades sociais.

Tabuleiros Digitais

Projeto desenvolvido na FACED/UFBA com o Liceude Artes e Ofícios. Trata-se de um modelo de móvel que

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Page 15: Cartilha Software Livre

No entanto, há uma discussão emergindo sobre o usodo termo inclusão digital. Existe, por exemplo, a crítica àbanalização do termo, especialmente por conta da explora-ção política oportunista. Há também o “modismo” vincu-lado ao uso sensacionalista da expressão.

Mas já que se caminha por essas trilhas, seria enrique-cedor apurar os significados atribuídos ao termo, para queassim se possa anular possíveis “explorações”, trazendo-o para um contexto sócio-político real, que o requisita emtoda a sua profundidade e possibilidades. Então, iniciemosum percurso com esse objetivo.

Divagações sobre Inclusão Digital

Quer parecer politicamente correto? Fale em “inclu-são digital”. Não porque a expressão se tornou recente-mente banal de tão pronunciada, instituindo-se como umaparente modismo, mas pela relevância por ela mostrada.Em tempos da sociedade determinada pelo conhecimentoadquirido e sua possibilidade de aplicação, o acesso à in-formação representa uma peça-chave, a partir da qual mui-tos caminhos dentro do ambiente social podem ser con-templados. À primeira vista, isso decorre do contato comas tecnologias da informação e da comunicação, seja atra-vés do reconhecimento inicial do conteúdo em formato di-gital, do uso de ferramentas tecnológicas existentes na pro-dução de conhecimento novo, ou da construção de novasferramentas capazes de atender às demandas permanentesdo mundo da informação.

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Conceito de Software Livre

❒ Software Livre é Uma Questão de Liberdade, Não dePreço.

O termo Software Livre se refere à liberdade que ousuário tem de executar, distribuir, modificar e repassaras alterações sem, para isso, ter que pedir permissão aoautor do programa.

Pode ser definido mais claramente pelas quatro liber-dades defendidas pela Free Software Foundation para osusuários de software:

☞ A liberdade de executar o programa, para qualquerpropósito;

☞ A liberdade de estudar como o programa funciona,e adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao có-digo fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

☞ A liberdade de redistribuir cópias de modo que vocêpossa beneficiar o próximo;

☞ A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar osseus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comuni-dade se beneficie. Acesso ao código fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

Um programa será considerado livre se todos os seususuários tiverem essas quatro liberdades.

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Notem que os quatro itens acima não fazem nenhumareferência a custos ou preços. O fato de se cobrar ou nãopela distribuição ou pela licença de uso do software nãoimplica diretamente ser o software livre ou não.

Nada impede que uma cópia adquirida por alguémseja revendida, tenha sido modificada ou não por esta pes-soa.

Nada impede, também, que as alterações feitas numsoftware para uso próprio sejam mantidas em segredo. Nin-guém é obrigado a liberar suas modificações , se não qui-ser. Porém, se escolher fazê-lo, é obrigado a distribuirde maneira livre . Essa é uma observação importante a sefazer, porque muitas pessoas (especialmente corporações)têm receio de usar software livre porque temem que seus“concorrentes” tenham acesso a informações e métodos detrabalho privados. As personalizações não têm que ser dis-tribuídas. A restrição é que, se elas forem distribuídas dealguma maneira, têm que manter as quatro liberdades des-critas acima.

A liberdade de utilizar um programa significa a liber-dade para qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, uti-lizar o software em qualquer tipo de sistema computacio-nal, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem queseja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualqueroutra entidade em especial. A liberdade de redistribuirdeve incluir a possibilidade de se repassar tanto os códigosfontes quanto os arquivos binários gerados da compilaçãodesses códigos, quando isso é possível, seja o programaoriginal ou uma versão modificada. Não se pode exigirautorização do autor ou do distribuidor do software paraque ele possa ser redistribuído.

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Inclusão Digital

O que é Inclusão Digital?

Inclusão Digital” é a denominação dada, genericamente,aos esforços desenvolvidos por governos, organizações doterceiro setor e empresas no sentido de possibilitar às pes-soas:

☞ obter os conhecimentos necessários para utilizar, comum mínimo de proficiência, os recursos de tecnologiade informação e de comunicação existentes;

☞ dispor de acesso físico regular a esses recursos.

As estruturas e o funcionamento da sociedade con-temporânea estão sendo significativamente alterados pelastecnologias de informação e de comunicação. Favorecera todos cidadãos o acesso a esses meios é um importantepasso no combate à exclusão social.

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Page 17: Cartilha Software Livre

Notação Musical Finale, Sibelius LilyPond, RosegardenGráficos

Visualizador de ima-gens

ACDSee, Image Viewer Eye of Gnome, GQView, Kview,Gthumb, GTKsee, Kuickshow

Visualizador de fotos(máquina digital)

Polaroid Drivers Gtkam, Gphoto2

Editor de imagem(básico)

Paint KPaint, Tuxpaint, Gpaint

Editor de Fotos Adobe Photoshop, Corel PhotoPaint,Macromedia Fireworks

Gimp, ImageMagick, CinePaint

Editor de imagensvetoriais

Corel Draw Inkscape, Sodipodi, OpenOffice.orgDraw, Dia, Xfig

Modelagem3D/Animacão

3d Studio Max Wings3d, Blender

Internet

Navegadores Internet Explorer, Netscape Mozilla, Firefox, Netscape, Opera,Konqueror, Epiphany, Sylpheed

Cliente e-mail Outolook, Outlook Express, Eudora,Netscape Messenger

Evolution, Mozilla Messenger, Thun-derbird, Kmail

Downloader de ar-quivos

Getright, DAP Prozilla, Kget, Gnome Transfer Mana-ger, GetLeft

Cliente FTP CuteFTP Gftp, KonquerorCliente IRC Mirc Xchat, KVirc, BitchXCliente de Mensa-gens

ICQ, ICQ Lite, MSN, AIM, Yahoo Licq, Micq, GnomeICU, Gaim, Ko-pete, aMSN, Yahoo Messenger forUnix, AIM, Everybuddy, centericq

Video Conferência eVoIP

NetMeeting, Skype GnomeMeeting, NeVoT, IVS, Skype(prop.)

Compartilhador dearquivos

Morpheus, Napster, Kazaa, eDonkey,Bittorrent

Lopster, Gnapster, eDonkey, Xmule,FreeNet, Bittorrent, Nicotine, Li-meWire, aMule

Dial-up Vdialer Kppp, gtkdial, Gppp, Modem LightsManipulação de arquivos

Gerenciador de ar-quivos

Windows Explorer Konqueror, Nautilus, gmc, Rox

Compactadores edescompactadores

WinZip, WinRar, arj, rar Ark, zip, FileRoller, gzip, bzip2

Ferramentas Desktop

Visualizador de PDF Adobe Acrobat Reader GhostView, Xpdf, GV, KghostviewGerador de PDF Adobe Acrobat Distiller OpenOffice.org, PDFLatex, GV,

GhostView, Xfig, Ghostscript,Kghostview

Programas de Scan-ner

Cds que acompanham o scanner Xsane, Kooka

Anti-vírus Norton Antivírus, TrendMicro, Dr.Web

OpenAntiVirus, Clam Antivírus

Jogos

Tetris Tetris Ltris, XWelltrisMinas Mines KMines, Perlmines, DminesJogos de tiro Doom (1, 2 e 3), Quake (1, 2 e 3), Qua-

keForge, DarkPlaces, Return to TheCastle of Wolfeinstein

Enemy Territory, Unreal 2003 e 2004,Quake (1, 2 e 3), QuakeForge, Dark-Places (proprietários), Cube

Estratégia Civilization, Sim City 3000, Warcraft 2 FreeCiv, Sim City 3000 (prop.), Strata-gus

Corrida Need for Speed Tux Racer, KartlingRaceSimulador de Vôo MS Flight Simulator Simulador FlightGearLemmings Lemmings PingusXadrez ChessMaster Glchess, Xboard, Eboard

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Para que seja possível modificar o software (para usoparticular ou para distribuir), é necessário ter o código fonte.Por isso, o acesso aos fontes é pré-requisito para esta liber-dade. Caso ele não seja distribuído junto com os executá-veis, deve ser disponibilizado em local de onde possa sercopiado, ou deve ser entregue ao usuário, se solicitado.

Para que essas liberdades sejam reais, elas têm que serirrevogáveis. Caso o desenvolvedor do software tenha opoder de revogar a licença, o software não é livre.

❒ Diferenças entre Software Livre e Proprietário

“No software proprietário, o programador abdicada liberdade de controlar sua obra, em troca de sa-lário e compromisso de sigilo, O distribuidor, fanta-siado de ’fabricante’, torna-se proprietário de tudo.Desde o código fonte, tido como segredo de negó-cio, até as cópias executáveis, licenciadas ao usuá-rio sob custódia e regime draconiano. Enquanto nosoftware livre o programador abdica de um dos ca-nais de receita pelo seu trabalho, em troca da pre-servação do controle dos termos de uso da sua obra.Em contrapartida, se a obra tiver qualidades, agre-gará eficiência aos empreendimentos em torno dela.Seu valor semiológico, conversível em receita comserviços, será proporcional à magnitude do esforçocolaborativo onde se insere. O código fonte é livresob licença que preserva esta liberdade, enquanto acópia executável é tida como propriedade do usuá-rio. (...) Só tem a perder com ele (Software Livre)quem consegue galgar posições monopolistas no mo-delo proprietário. O problema é que a ganância fazmuitos acreditarem que serão os eleitos pelo deusmercado, enquanto seguem correndo atrás da ce-

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Page 18: Cartilha Software Livre

noura amarrada na ponta da vara que pende dassuas carroças digitais, não se importando com osefeitos colaterais de se tratar conhecimento comobem escasso, ao considerarem software como mer-cadoria.”

Texto de Pedro Antonio Dourado de Rezende publi-cado no Observatório da Imprensa

Licenças de Software

Para falar sobre Software Livre é indispensável que co-mecemos falando em Direitos Autorais e Copyright , umaexpressão criada pelos estadunidenses com o objetivo dedar exclusividade de edição de materiais de imprensa es-crita aos seus detentores.

Dessa forma, autores que possuíssem o Copyright desuas obras poderiam designar quem poderia, e como po-deria, copiar e distribuir cópias de seus livros, artigos ourevistas. Entretanto, como não é necessário ser autor daobra para deter o seu Copyright , não podemos dizer quedireito autoral é igual a Copyright .

“O único direito legal concedido a um escritor, a umeditor, a um compositor, ou a um distribuidor parapublicar, produzir, vender, ou distribuir um traba-lho artístico.”

E na Constituição Estadunidense (em www.copyright.

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do Blackbox que por sua vez é um dos gerenciadores maisrápidos e leves. Além disso, a sua instalação requer poucasbibliotecas, ao contrário da maioria dos gerenciadores dejanela.

Tabela de Programas Equivalentes

Esta tabela é um resumo baseado na tabela de equiva-lências entre softwares para Windows e GNU/Linux coor-denada pelo polonês Valery V. Kachurov. Alguns softwa-res listados na coluna GNU/Linux são proprietários, masestão identificados como tais.

Tipo de Software Windows GNU/LinuxEscritório

Editoração Eletrônica Adobe PageMaker Scribus, OpenOffice.orgSuite Office MS Office, StarOffice OpenOffice.org, GnomeOffice, KOf-

ficeProcessador de Tex-tos

MS Word Abiword, OpenOffice.org Writer,Kword

Planilhas MS Excel Gnumeric, OpenOffice.org Calc, Ks-pread

Apresentações MS PowerPoint OpenOffice.org Impress, KpresenterBanco de Dados MS Access, Oracle, MS SQL Server PostgreSQL, MySQL, Firebird, Pre-

vaylerFinanças MS Money GNU CashGerenciador de Pro-jetos

MS Project Planner (Mr. Project), Dotproject

Multimídia

Tocador deMp3/Ogg, esta-ções de rádios Web

Winamp, Windows Media Player,MusicMatch Jukebox

XMMS, Mplayer, Xine, Rhythmbox

Gravador de CD Nero, Easy CD Creater K3b, XCDRoast, Gnome Toaster,WebCDWriter, CRecord

Tocador de CD CD Player, Winamp, Windows MediaPlayer

Grip, Gnome CD, Rhythmbox

Visualizador de Ví-deos

Windows Media Player, RealPlayer,QuickTime, Winamp3

Mplayer, Xine, GXine, KDE MediaPlayer, VLC

Tocador de DVD WinDVD, MicroDVD, Windows Me-dia Player

Mplayer, Xine, Aviplayer, Ogle, VLC,GXine, Totem

Extrator de mp3 MusicMatch, Real Jukebox Grip, Lame, NotLameEditor de áudio SoundForge, CoolEdit Ardour, Audacity, WaveForge, GNU-

Sound, Glame, SweepEditor de vídeo (edi-ção não-linear)

Adobe Premiere, Avid Cinelerra, Kinox, Jahshaka

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Page 19: Cartilha Software Livre

componentes são empacotados separadamente, e o usuá-rio pode escolher e instalar alguns dos pacotes disponíveispara criar uma interface gráfica mais personalizada.

XPde

O XPde é um projeto ainda novo que tenta apro-ximar os usuários do Windows XP para o mundo

GNU/Linux. Para tanto a sua interface gráfica é parecidís-sima com o Windows XP, apesar de manter as funcionali-dades básicas de um desktop GNU/Linux.

Window Maker

Este gerenciador de janelas foi criado por um “bra-zuca” e tem sua interface gráfica toda baseada emquadrículos. Suporta integração com o Gnome e

com o KDE, é rápido, rico em funcionalidades, super con-figurável e relativamente fácil de utilizar. Possui tambémum editor de configurações chamado Wprefs, que facilitaa configuração do ambiente. É um ambiente leve que con-sume poucos recursos da máquina.

Fluxbox

O Fluxbox é um gerenciador de janelas baseadono Blackbox e possui total compatibilidade comeste. O Fluxbox herda, portanto, as características

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gov), na lei que define Copyright, está o texto abaixo (tra-dução dos editores):

“Usado para promover o progresso da ciência e dasartes úteis, fixando-se por épocas limitadas aos au-tores e aos inventores o direito exclusivo sobre suasrespectivas escritas e descobertas.”

Enquanto isso, o Direito Autoral é o direito que o au-tor do software tem de deixar seu produto sob um Copy-right (veja que o copyright pode não ser seu), sem neces-sariamente estabelecer regras de uso, cópia e distribuição.Por exemplo, um funcionário faz um software em uma em-presa e concorda em ceder-lhe o seu copyright , ele abre mãode definir como será usado, copiado e distribuído o pro-grama, mas não deixa de ser o autor e pode reclamar se osoftware for usado para um fim não previamente acordadocom a Empresa.

O sistema de copyright atribui donos ao software, eesses, pela definição apresentada acima, têm o direito deestabelecer regras de distribuição do software. Devido aesse poder, surgiu o conceito de Software Proprietário, umparadigma de distribuição de software vigente desde o iní-cio da década de 80, que foi responsável pela criação dochamado software de caixinha .

Porém, ao contrário do que muitos pensam, simples-mente existir o copyright de um software não basta paraque ele seja Software Proprietário. O copyright, ou Direitode Uso, permite que o detentor desse direito estabeleça re-gras para o uso e distribuição do software. Essas regrassão chamadas de licenças de uso e podem estabelecer, por

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Page 20: Cartilha Software Livre

exemplo, se o software pode ou não ser distribuído gratui-tamente, se pode ou não ser copiado, entre outras regras...

Software Livre não é de domínio público! , apesarde essa ser uma interpretação compreensível do conceitode liberdade , para quem ainda não se familiarizou com aquebra do paradigma do software proprietário.

Um programa de domínio público é aquele em que ocriador abre mão de seus direitos de autoria e de licenci-amento de cópias. Nesse caso, quem estiver de posse docódigo tem o direito de fazer dele o que desejar, sem terque obedecer a qualquer restrição ou norma.

No paradigma do Software Livre, o autor do softwareresguarda seus direitos de criador, mantendo livres o uso eo conhecimento (do código fonte) do software para quemdeles precisar através da redação adequada de um copy-right . O que se efetiva como uma subversão.

Exatamente dessa subversão do sentido do copyrightpara proibir que haja restrições , em vez de restringir ouso, vem o termo Copyleft . Um trocadilho com a palavraem inglês (deixe copiar, ao invés de direito de cópia), masque não tem significação legal.

Ao invés de encararmos o software como uma idéia,uma forma de se solucionar um problema, nós ainda o ve-mos como um item final de uma linha de produção; umartigo físico, que se desenvolveu como qualquer outro pro-duto, em escala industrial, e pelo qual se deve pagar. Nessadefinição, o software se assemelha mais a uma cadeira oua uma mesa, do que a uma fórmula matemática, ou a umaespecificação científica.

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ção e acessibilidade. Isso quer dizer que o Gnome é de-senvolvido e documentado em diversos idiomas, além depossuir programas para usuários especiais e deficientes fí-sicos. O Gnome, porém é relativamente pesado, por issonão é recomendável para máquinas com hardware obso-leto.

KDE

O K Desktop Environment surge junto ao Gnomecomo uma das opções mais populares, os dois pro-jetos são bastante parecidos. O KDE, porém, só

ganhou mais força dentro da comunidade Software Livredepois que uma das suas peças chaves, a biblioteca Qt, pas-sou de proprietária para livre. Atualmente, o KDE vem sedestacando por ser a interface gráfica nativa da distribui-ção Kurumin.

Também não é recomendável para máquinas obsole-tas.

XFce

XFce é um gerenciador de janelas bastante levedesenvolvido para qualquer sistema operacionalbaseado no Unix, incluindo o próprio GNU/Linux.

Ele objetiva ser rápido e leve, enquanto mantém uma apa-rência agradável com facilidade de uso. O XFce consisteem um número de componentes que juntos provêem to-das as funcionalidades do gerenciador de janelas. Esses

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Page 21: Cartilha Software Livre

pulação, e muitas vezes eles compõem uma peça só dentrodo sistema.

No Windows, da Microsoft, o gerenciador de janelasnão é uma peça separada do próprio sistema operacional,algo que ocorre quando vislumbramos o GNU/Linux. OWindows é um sistema no qual tudo, inclusive a interfacegráfica, faz parte de uma estrutura inflexível, não estendí-vel e pouco configurável.

No GNU/Linux, a interface gráfica se tornou uma rea-lidade viável e acessível aos usuários leigos há pouco tempo.Porém, como o sistema é modular e a interface gráfica re-presenta apenas uma parte estendida do sistema operaci-onal, a sua manipulação e extensibilidade se evidencia naenorme quantidade de gerenciadores de janelas disponí-veis na internet. Cabe ao usuário escolher aquela que maislhe agrada e configurá-la a seu gosto.

Abaixo segue uma lista dos gerenciadores de janelamais populares:

Gnome

É o gerenciador de janelas oficial do Projeto GNU.Possui uma interface gráfica intuitiva e atrativa parausuários finais e é altamente configurável. Desen-

volvido por uma comunidade, é muito mais do que umgerenciador de janelas já que possui centenas de aplica-ções associadas. Possui várias características que sinali-zam uma preocupação crescente com a inclusão de usuá-rios no mundo do Software Livre, como internacionaliza-

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Imaginem se o algoritmo para achar as raízes de umaequação do segundo grau, desenvolvido por Bháskara hádezenas de séculos, tivesse uma licença que restringisseseu uso. Todo o desenvolvimento matemático estaria res-trito à boa vontade do criador da fórmula, a quem teríamosque solicitar autorização para utilizar o método.

Coisa semelhante acontece com programas de compu-tador. Se considerarmos o programa como uma maneirade se resolver determinado problema, com a ajuda do com-putador, fica mais simples aceitar o software como umaidéia, não como um bem.

E o que queremos é que as boas idéias sejam utilizadasem benefício de todos, e que todos possam usufruir dasidéias e das novidades da tecnologia e da ciência.

Para garantir essa liberdade, no caso do software paracomputador, a Free Software Foundation redigiu algumaslicenças, que aplicadas ao programa mantêm os direitos deautoria ao implementador do software, dando aos usuá-rios do programa certas liberdades.

No caso da mais conhecida das licenças para SoftwareLivre, a GNU General Public License (GPL) , essas liberda-des incluem o direito de estudar, alterar para se adequaraos seus interesses, copiar e redistribuir o software, desdeque não retire do próximo implementador/desenvolvedoresses mesmos direitos.

Há outras licenças, algumas mais, outras menos res-tritivas. A Lesser GPL (LGPL) — também redigida pela FSF— por exemplo, é mais permissiva que a GPL. Bibliotecasde funções distribuídas sob a LGPL podem ser utilizadas

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por software proprietário, apesar de serem livres. Se essasmesmas bibliotecas estiverem sob a GPL, elas podem serusadas apenas por programas também sob a GPL.

A Comunidade Software Livre

A Comunidade Software Livre Mundial hoje envolvemais de dez milhões de pessoas . Seu alicerce encontra-sena Free Software Foundation, proposta por Richard Stall-man, que ao resolver rebelar-se contra o fato de não sepoder alterar o código de um software proprietário, bus-cou expandir a prática que considera ideal para o desen-volvimento de um produto tecnológico: a de que diferen-tes programadores podem ler o código, alterar, modificar,acrescentar, resolver problemas, propor outras soluções eaté mesmo novas funções para um determinado programa.Assim, os membros da Comunidade Software Livre consi-deram o código de um produto igual à matemática: umferramenta para se chegar a algo concreto.

A Comunidade de Software Livre é muitas vezes con-siderada como somente composta por hackers, devido aofato de seus participantes possuírem um grande conheci-mento tecnológico, mas pessoas das mais diferentes árease interesses (Direito, Comunicação, Administração) passa-ram a contribuir para com os Movimentos Software Livre,devido a seus ideais libertários e lógica diferenciada deprodução.

No Brasil há vários Movimentos Softwares Livre como

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❒ Red Hat

É a distribuição comercial mais popular. Atualmentesó dá suporte à versão Enterprise, voltada para servidoresde grandes empresas. Porém a Red Hat coordena um pro-jeto chamado Fedora, que é mantido pela Comunidade deSoftware Livre.

Interfaces Gráficas ou Gerenciadores de Ja-nelas

❒ O que são “Interfaces Gráficas ou Gerenciadores de Ja-nelas”?

Após a popularização do sistema operacional Micro-soft Windows, o conceito de janelas parece ser óbvio numprimeiro instante. Mas para aqueles que acompanharamo processo de amadurecimento das interfaces gráficas, aimportância dessa tecnologia é mais evidente do que apa-renta ser. Antes de continuar, consideremos que interfacesgráficas é o que visualizamos na nossa tela de computa-dor, isto é, a aparência, representada por cores, formatosde botões, janelas e menus etc. Gerenciadores de janelassão programas que controlam a interação entre esses diver-sos elementos, além de permitir a sua direta manipulaçãopelos usuários (como fechar, minimizar, arrastar janelas,abrir menus, executar programas etc). Os dois conceitos,portanto, possuem uma estreita relação entre si, já que en-quanto um controla a aparência o outro controla a mani-

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Page 23: Cartilha Software Livre

❒ Conectiva

Conectiva Linux é uma distribuição nacional mantidapela Conectiva, baseada originalmente no Red Hat, masque já se diferenciou o suficiente para ter sua “persona-lidade” própria. Essa distribuição foca o mercado latino-americano e para isso correu atrás para ter suporte paraa maioria do hardware normalmente comercializado poraqui. Recentemente, a Concectiva se fundiu com a Man-drakesoft, que também possui sua própria distribuição: aMandrake, caracterizada pela facilidade de uso e pelo seuextenso conjunto de funcionalidades.

❒ Slackware

Slackware é uma criação de Patrick Volkerding sur-gida em 1993, o que faz dela uma das primeiras distri-buições GNU\Linux. Visa a estabilidade e facilidade deuso, embora nem todos a considerem fácil de se usar. Umdos preceitos do Slackware é ser a distribuição mais pa-recida com o UNIX, tornando-a uma distribuição bastantepersonalizável, uma vez que quase não possui ferramentasautomáticas de configuração como as outras distribuições.Embora a maior parte das pessoas ache que para instalarum programa no Slackware seja necessário compilar seucódigo fonte (embora isto seja sempre possível) a distribui-ção vem com vários programas compilados e prontos parausar.

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o PSL-BA, o PSL-RS, o PSL-MG, que constituem o Movi-mento Software Livre Brasil e, por sua vez, o MovimentoSoftware Livre Mundial.

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Page 24: Cartilha Software Livre

Por Que Usar Software Livre?

Para obter uma melhor compreensão dos motivos quecercam os usuários de Software Livre, vale lembrar a formacomo ele surgiu e o que representa para a sociedade nocontexto atual. O Software Livre surgiu baseado no con-ceito de liberdade , no qual as pessoas têm o direito garan-tido as quatro liberdades já mencionadas. Na visão filosó-fica do Software Livre, a liberdade não é um direito indi-vidual, é um direito coletivo e por isso deve ser mantidoe passado de pessoa para pessoa. Além disso, a premissade qualquer projeto de Software Livre é a colaboração en-tre as pessoas interessadas, sem concentração de poder ouqualquer outro artifício que venha a ferir as liberdades jámencionadas.

Tendo em vista esse cenário, podemos facilmente citaralgumas das razões de se utilizar Software Livre:

☞ Poder utilizar o software para qualquer finalidade.

☞ Ter acesso ao código fonte e poder modificá-lo, semquaisquer restrições.

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estar profundamente ligada à filosofia GNU. Isso ocorredevido ao trabalho de aproximadamente mil desenvolve-dores espalhados pelo mundo. Poucos se conhecem pes-soalmente, sendo que tudo é decidido via listas de discus-são, por e-mail e reuniões em chat IRC (canal #debian emirc.debian.org).

Para quem prefere um Debian à brasileira , o Debian-BR-CDD é uma excelente opção. Essa distribuição é atual-mente baseada na próxima versão estável do Debian (tam-bém chamada Sarge ) e é voltada para usuários Desktops.Ela traz, além de todas as novidades desta versão, umacoletânea de pacotes especialmente feita para os usuáriosbrasileiros, um instalador simplificado e um ambiente desk-top amigável.

❒ Kurumin

Kurumin é uma distribuição GNU/Linux nacional, ba-seada no Knoppix e no Debian, que roda a partir do CD(sem instalar no disco rígido), mas também pode ser ins-talada no HD. Bastante amigável, é ótima como “Meu pri-meiro GNU/Linux”. Além disso, possui diversos progra-mas para o uso doméstico como gravador de CDs, álbumde fotos digital, suporte a máquinas digitais e web-cams,suporte a diversas impressoras, fácil configuração com ainternet, aplicativos de escritório, jogos etc. Essas qualida-des porém tem um preço. Alguns softwares contidos emversões do Kurumin não são softwares livres e ele podeapresentar um pouco de instabilidade em alguns hardwa-res específicos.

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Page 25: Cartilha Software Livre

Distribuições GNU/Linux

Distribuições GNU/Linux são “estruturas” definidasatravés de uma metodologia que criam uma “personali-dade” para este sistema operacional. São maneiras dife-rentes de agrupar o software necessário para se usar o sis-tema.

Algumas distribuições focam o uso do sistema opera-cional para um fim específico (servidores, super compu-tadores, uso doméstico etc.). Outras procuram ser o maisabrangente possível, oferecendo tudo o que pode ser ne-cessário (e até o que provavelmente nunca o será) em suadistribuição. Algumas enfocam a estabilidade, outras omoderno, outras a quantidade de opções; algumas queremser a mais amigável ao usuário, com a intenção de tornar ainstalação ou o uso mais fácil, entre tantas outras caracte-rísticas.

A distribuição ideal é aquela que satisfaça melhor asnecessidades específicas do usuário. Cabe a cada um esta-belecer quais são suas necessidades, e a partir daí buscar adistribuição que melhor atenda a seus desejos.

❒ Debian

Debian é pronunciado “débien” que vem do nome deseu criador, Ian Murdock, e de sua esposa, Debra. Essa dis-tribuição é conhecida pela sua grande estabilidade conse-guida por um rigoroso esquema de testes, bem como por

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☞ Poder copiá-lo e executá-lo em quantas máquinas de-sejar.

☞ Poder distribuí-lo, sem violar, é claro, essas liberda-des a que todos têm direito.

☞ Ter o seu computador equipado com software de qua-lidade a um custo baixo ou nulo.

☞ Não ficar preso às restrições impostas pelas licençasde softwares proprietários.

☞ Não ficar dependente de novas versões com preçosabusivos que eventualmente apresentam incompati-bilidades com versões antigas.

☞ Ficar livre da pirataria.

☞ Incentivar o desenvolvimento de tecnologia nacio-nal.

☞ Interagir e compartilhar soluções com sua comuni-dade, seja física ou virtual.

☞ Lutar contra o monopólio de grandes corporações quebuscam se apropriar do conhecimento intelectual co-letivo.

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Page 26: Cartilha Software Livre

GNU/Linux

Sobre o GNU/Linux

O Linux é um sistema operacional criado pelo finlan-dês Linus Torvalds e mantido, atualmente, por vários de-senvolvedores pelo mundo. O nome “Linux” veio de umamistura do primeiro nome do criador: “Linus” + “Unix”.O Unix é um sistema operacional proprietário desenvol-vido pela Bell Labs no início dos anos 70, e que serviu debase para uma variedade de outros sistemas operacionais.

O desenvolvimento do Linux teve início em 1991, quan-do Linux, na época estudante de Ciência da Computaçãona Universidade de Helsinki, Finlândia, resolveu desen-volver um sistema baseado no Minix , porém mais robusto.O Minix é um sistema operacional simples criado por An-drew S. Tanenbaum, com o objetivo de ser usado para es-tudos acadêmicos.

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Então, por que chamar de GNU/Linux ? Aconteceque Linus Torvalds desenvolveu a parte central do sistemaoperacional, conhecida como kernel, e o nome Linux deveser atribuída somente a esse núcleo. Como ninguém vaiutilizar um sistema operacional que só possui o kernel, eranecessário para Linus Torvalds desenvolver os aplicativosa serem executados.

Enquanto Linus estava desenvolvendo o Linux, Ri-chard Stallman objetivava a criação de um sistema com-putacional totalmente livre e (ao contrário de Linus) come-çou a desenvolvê-lo pelos aplicativos, como compiladores,editores de textos etc.

Foi da união dos aplicativos desenvolvidos pelo pro-jeto GNU (de Richard Stallman) com o kernel do Linux(criado por Linus Torvalds) que surgiu o GNU/Linux, co-mumente chamado de Linux pela grande maioria das pes-soas e também pelos meios de comunicação.

O bom desempenho, aliado à segurança e à possibili-dade de personalização do sistema devido ao código fonteser aberto, tornou o GNU/Linux ideal para ser utilizadoem servidores. Seu uso em máquinas de usuário comumtem crescido bastante após a melhoria das interfaces grá-ficas, o que está levando o GNU/Linux a ser o alicerce demuitos projetos de inclusão digital.

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