Casa portugues - interpretação e redação oficial

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Técnico do Seguro Social Interpretação de Textos e Redação Oficial Profª Maria Tereza

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Técnico do Seguro Social

Interpretação de Textos e Redação Oficial

Profª Maria Tereza

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Interpretação de Textos e Redação Oficial

Professora Maria Tereza

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Edital

LÍNGUA PORTUGUESA: 1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipologia textual. 11 Significação das palavras. 12 Redação de correspondências oficiais. Ortografia Oficial.

Banca: FCC

Cargo: Técnico do Seguro Social

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Último EditalCompreensão e Interpretação de textos.

Tipologia textual.

Significação das palavras.

Redação de Correspondências Oficiais.

Aula 1

• Compreensão e Interpretação de textos. • Identificação da Ideia Central. • Análise das Alternativas. • Estratégias Linguísticas. • Inferência. • Tipologias Textuais.

Compreensão e interpretação de texto

PROCEDIMENTOS

1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;

2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos, etc.);

3. leitura do enunciado.

EXEMPLIFICANDO

Administração – Suporte Administrativo Geral / 2015 / TCE/CE / FCC / Médio

Preconceitos

Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito.

Aula 1

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São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensam-nos de pensar, de reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar.

Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar.

“Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas.

(Bolívar Lacombe, inédito)

• Trata-se de gênero textual denominado BREVE ENSAIO: opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor expressa a sua opinião, abordando assuntos universais.

• O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas em determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Preconceitos –, somado à repetição do vocábulo na primeira e na sétima linhas do texto e ao uso de expressões que fazem referência à mesma ideia (“pré-juízos”, por exemplo), remete o leitor não só à ideia central, mas também ao gênero do texto que lerá: um breve ensaio baseado em fato social corrente entre os seres humanos.

• No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “sobretudo”, o que norteia a estratégia de apreensão das ideias.

• Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e verbais).

• Identificação das palavras-chave no texto.

• Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.

1. Ao avaliar a gravidade e a extensão dos preconceitos, o autor os condena sobretudo pela seguinte razão: eles

a) acabam se confundindo com nosso gosto pessoal e prejudicando nosso entendimento das coisas.

b) proporcionam uma visão de mundo excessivamente singular e viciosa, mesmo quando justificável.

c) promovem profunda injustiça ao julgarem pessoas ou coisas a partir de valores já firmados. d) acarretam máximos prejuízos para quem os alimenta, não atingindo as opiniões que

circulam socialmente. e) deformam nossa visão de mundo por serem muito detalhistas, distraindo-nos do foco

principal.

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Anotações:

Identificação da ideia central

PROCEDIMENTOS

• Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos do texto (IDEIA CENTRAL).

• Destaque das palavras-chave dos períodos (expressões substantivas e verbais).

• Identificação das palavras-chave nas alternativas.

• Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.

Administração – Suporte Administrativo Geral / 2015 / TCE-CE / FCC / Médio

EXEMPLIFICANDO

Preconceitos

Preconceitos são juízos firmados por antecipação; são rótulos prontos e aceitos para serem colados no que mal conhecemos. São valores que se adiantam e qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem distinguir o que sejam. São, nessa medida, profundamente injustos, podendo acarretar consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-juízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer: dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum preconceito.

São em geral formulados com um alcance genérico: “o povo tal não presta”, “quem nasce ali é assim”, “música clássica é sempre chata”, “cuidado com quem lê muito” etc. Dispensam-nos de pensar, de reconhecer particularidades, de identificar a personalidade própria de cada um. “Detesto filmes franceses”, me disse um amigo. “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma preconceituosa de julgar.

Não confundir preconceito com gosto pessoal. É verdade que nosso gosto é sempre seletivo, mas ele escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar. “Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se dissemina pelas pessoas, se estabelece sem apelação, e quando damos por nós estamos repetindo algo que sequer investigamos. Uma das funções da justiça institucionalizada é evitar os preconceitos, e o faz julgando com critério e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição racista, por

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exemplo, não é mais apenas preconceito: é crime. Isso significa que passamos, felizmente, a considerar a gravidade extrema das práticas preconceituosas.

2. Atente para as seguintes afirmações:

I – No 1º parágrafo, o autor define o que seja preconceito e avalia a extensão dos prejuízos que sua prática acarreta, considerando ainda a dificuldade de se os evitar plenamente.

II – No 2º parágrafo, o autor reconhece na prática algumas formulações preconceituosas, reforçando a ideia de que os preconceitos impedem uma identificação adequada das coisas e das pessoas.

III – No 3º parágrafo, o autor estabelece um paralelo entre o juízo preconceituoso, passível de penalização, e o juízo decorrente do gosto pessoal, que se rege por critérios interiorizados e difíceis de definir.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) II, apenas.

Anotações:

ERROS COMUNS

EXTRAPOLAÇÃO

Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.

REDUÇÃO

É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto é um conjunto de ideias.

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CONTRAPOSIÇÃO

EXEMPLIFICANDO

Controlador de Sistemas / 2014 / SABESP / FCC / Médio

A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será um século urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo de formação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nas cidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento.

Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado, um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, alguns veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídas por enclaves fechados e espaços exclusivos.

(Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad. Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009)

3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas

a) cujos habitantes se sentirão ameaçados. b) em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania. c) de transformação social. d) de grande aglomeração humana.e) constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso.

Comentário:a) EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades.b) EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania > arenas de transformação

social.c) REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social < áreas de transformação

social.e) CONTRAPOSIÇÃO: espaços públicos amplos e de fácil acesso ≠ De outro lado [...]

por enclaves fechados e espaços exclusivos.

Anotações:

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Análise das Alternativas – Estratégias Linguísticas

PROCEDIMENTOS

1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARÁFRASES e CAMPO SEMÂNTICO e ETIMOLOGIA.

Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-lo mais fácil ao entendimento.

Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.

Exemplo: aluno / professor / caderno / notas / caneta, etc.

Anotações:

EXEMPLIFICANDO

Estagiário de Ensino Médio Regular – Manhã / 2015 / SABESP / FCC / Médio

Logo que Santo Ivo morreu, encaminhou-se ao Céu e bateu à porta, que São Pedro não se atreveu a abrir, subestimando as razões do bom santo.

− Faço o que quiseres − repetia o porteiro do Céu, não lhe dando o devido valor −, mas não acho que deva permitir a entrada a um advogado, não só porque nenhum tem assento entre os santos, mas também porque, muito ao contrário, juraria que se encontram no inferno todos os de tua profissão.

Santo Ivo não se desconcertou; antes, como bom advogado, teve tão convincentes razões para rebater as de São Pedro que este lhe permitiu finalmente entrar no Céu, mas com a condição de permanecer junto à porta. O hóspede entrou calmamente, sentou-se no lugar indicado por São Pedro, que foi participar a Nosso Senhor o sucedido...

4. Mantendo-se a correção e o sentido, no segmento Santo Ivo não se desconcertou..., o termo sublinhado pode ser substituído por

a) atinou.b) enganou.c) perdeu.d) perturbou. e) anulou.

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5. (adaptado) Caso desconhecesse o significado da palavra “subestimando” (l. 02), a fim de apreendê-lo sem o uso do dicionário, o leitor poderia valer-se

I – sua função sintática.

II – paráfrase existente no 2º parágrafo.

III – significado dos morfemas que a compõem.

Quais afirmativas estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas II e III.

Atendente a clientes / 2014 / SABESP / FCC / Médio

Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos no universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais.

O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada. Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.

Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia.

Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de impressionar os neófitos.

(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São Paulo, 24 de março de 2013. p. 7)

6. No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo

a) da religião. b) do trabalho. c) da geografia. d) da medicina. e) do esporte.

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Anotações:

2. BUSCA DE PALAVRAS “FECHADAS” NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser incorreta):

• advérbios; • artigos; multimídia • tempos verbais; • expressões restritivas; • expressões totalizantes; • expressões enfáticas.

X3. BUSCA DE PALAVRAS “ABERTAS” NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser a

correta):

• Possibilidades; • hipóteses (provavelmente, é possível, uso do futuro do pretérito do indicativo (-ria) , modo

subjuntivo...).

Anotações:

EXEMPLIFICANDOAnalista do Tesouro Nacional / 2015 / SEFAZ-PI / FCC / Superior

Filosofia de borracharia

O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado murcho.

− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e enorme simpatia.

O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber se está na Áustria, na Suíça ou na Itália.

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Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar.

Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento para o corpo, quem sabe para a alma. * Camminando si sgonfia = andando se esvazia.

(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86)

7. A expressão em italiano, dirigida aos dois jovens casais pelo borracheiro,

a) deu oportunidade a que todos reconhecessem na frase do borracheiro a filosofia que ele havia incutido nela para orientar os jovens.

b) foi tomada em sentido puramente metafórico, já que parecia não se aplicar ao problema que os fez parar na borracharia.

c) confundiu ainda mais aqueles aventureiros, que já se sentiam um tanto perdidos no emaranhado de estradas fronteiriças.

d) deu aos turistas a certeza de que se encontravam na Itália, embora eles não atinassem com o sentido daquelas palavras.

e) acabou propiciando uma interpretação mais abrangente, que resultou numa teoria posteriormente levantada numa refeição.

Oficial de Defensoria Pública / 2011 / DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO / FCC / Médio

Estamos cercados de situações que banalizam o mal. Segundo Hannah Arendt, teórica política alemã, a brutalidade é disseminada. Gostamos de pensar que a linha entre o bem e o mal é impermeável, que as pessoas que cometem atrocidades estão no lado mau, nós no lado bom, e que jamais cruzaremos a fronteira. Para banalizar o bem, entretanto, precisamos construir circunstâncias contrárias àquelas que insidiosamente nos corrompem: uma sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a verdade. Quem sabe assim não precisaremos de super-heróis para garantir direitos básicos de cidadania.

8. ... uma sociedade detentora de sistemas que permitam a contestação, a crítica e a verdade.

O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,

a) possibilidade de realização de um fato. b) certeza imediata a respeito de uma ação real.c) dúvida plausível acerca da realização de um fato.d) ação prevista em um futuro imediato.e) fato realizado em um tempo indefinido.

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Técnico Judiciário / 2014 / TRF3 / FCC / Médio

Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em projeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo e espaço.

Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização, superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras.

(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)

09. Considere.

I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço, questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.

II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentados ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum modo, conectados à realidade.

III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredita-se que seja possível.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II. e) III.

Anotações:

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Inferência

PROCEDIMENTOS

INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.

Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.

Observe a tira.

Ao utilizar a palavra “também” (último quadro, sobretudo) – advérbio ou palavra denotativa de inclusão, que significa “do mesmo modo” –, Stock comunica conjuntamente, de modo implícito, que havia feito sexo com a noiva de Wood.

EXEMPLIFICANDO

Técnico Judiciário / 2014 / TRF3 / FCC / Médio

O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.

As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.

Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.

A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios

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ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.

Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

10. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de

a) dissimulação. b) lisura. c) observação. d) condescendência. e) intolerância.

Anotações:

INTERTEXTUALIDADE multimídia

Um texto remete a outro, contendo em si – muitas vezes – trechos ou temática desse outro com o qual mantém “diálogo”.

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EXEMPLIFICANDO

Técnico Judiciário / 2014 / TRF3 / FCC / Médio

Texto I

O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.

As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.

Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.

A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.

Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

Texto II

O consultor de empresas americano Herb M. Greenberg chegou à conclusão de que o autoconhecimento é a base do sucesso de profissionais bem-sucedidos. Ele garante que esses profissionais “conseguem compreender a si mesmos e sabem o que fazem de melhor; conhecem exatamente quais são suas fraquezas e seus pontos fortes e por isso se destacam dos demais”.

(Adaptado de: GRINBERG, Renato. A estratégia do olho de tigre. São Paulo: Gente, 2011. p.51)

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11. Atente para o que se afirma abaixo.

I – Depreende-se do Texto II que o comentário sobre profissionais feito pelo consultor citado aplica-se a Ulisses (Texto I), pois foi por meio do autoconhecimento que ele desenvolveu a engenhosa estratégia que o salvou das sereias.

II – Ao se contrapor o Texto II à fábula das sereias (Texto I), percebe-se que as estratégias realistas de um funcionário de uma empresa nada têm em comum com as decisões tomadas por Orfeu e Ulisses, pois foi a intervenção sobrenatural que mudou o curso do destino dos heróis.

III – A atitude de Orfeu não é um exemplo válido para o que se afirma no Texto II sobre profissionais bem-sucedidos, pois fica evidente que Orfeu não conhecia seus pontos fracos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e III. b) II. c) I e II. d) I e III. e) I.

EXTRATEXTUALIDADE

A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do candidato conhecimento mais amplo de mundo.

EXEMPLIFICANDO

“...inúmeros filmes vetados por famílias que se julgam no direito de determinar o que pode ou não pode ser dito sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisões.”

12. ”Exatamente o que os generais acreditavam poder fazer em relação a jornais, rádios e televisão.”

A finalidade da comparação no segmento do texto é a de

a) recordar as grandes injustiças do regime militar. b) comparar dois momentos diferentes de nossa história. c) condenar a censura no regime militar. d) elogiar certas medidas duras, mas indispensáveis.e) criticar a posição de algumas famílias de biografados.

A extratextualidade consiste em evocar o conhecimento prévio: a censura praticada por militares durante momento de nossa história, criticada à época, é inadmissível, independentemente da situação e do momento.

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Anotações:

Tipologias Textuais

Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não – que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.

EXEMPLIFICANDO

13. (12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em

I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de escrever.

II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita.

III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal.

Atende ao enunciado APENAS o que consta em

a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.

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EXEMPLIFICANDOA Carta de Pero Vaz de Caminha

De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu nós do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem.

(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)

14. A respeito do trecho da Carta de Caminha e de suas características textuais, é correto afirmar que

a) No texto, predominam características argumentativas e descritivas.b) O principal objetivo do texto é ilustrar experiências vividas através de uma narrativa fictícia.c) O relato das experiências vividas é feito com aspectos descritivos.d) A intenção principal do autor é fazer oposição aos fatos mencionados.e) O texto procura despertar a atenção do leitor para a mensagem através do uso

predominante de uma linguagem figurada.

Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da apresentação de argumentos que as defendam e comprovem.

EXEMPLIFICANDO

Técnico Judiciário – Administrativo / 2012 / TRE-SP / FCC / Médio

Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventa antes de mais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças necessárias de fora.

Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo terreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.

São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta

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aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, também "intacta, boiando no ar."

A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brás genérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira."

Adaptado de Antônio Cândido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213

15. (12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido

a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.

b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião crítica sobre a cidade que a acolheu.

c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas da época em que o autor compunha.

d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas favoráveis a respeito do compositor.

e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.

Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias. Não faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto.

EXEMPLIFICANDO

O telefone celular

A história do celular é recente, mas remonta ao passado –– e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949). Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.

Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.

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16. O modo predominante de organização textual é

a) descritivo.b) narrativo.c) argumentativo.d) expositivo.e) injuntivo.

Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo.

EXEMPLIFICANDO

Chutney de berinjela

1 pimentão amarelo

2 pimentões verdes

2 pimentões vermelhos

2 berinjelas

200 g de passas

Picar todos os ingredientes e misturar com as passas. Pôr tudo numa assadeira com sal, ½ copo de azeite, ½ copo de vinagre. Levar ao forno até a berinjela ficar bem cozida.

17. Considere as afirmações.

I – O texto insere-se em apenas uma tipologia, a saber, a injuntiva.

II – O texto insere-se predominantemente nas tipologias descritiva e injuntiva.

III – Tal gênero de texto é chamado (além de prescritivo) de instrucional.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) I, II e III.

Anotações:

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AULA 2

• Gêneros Textuais. • Semântica e Vocabulário. • Polissemia. • Conotação e Denotação. • Ortografia.

Gêneros Textuais

EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) não expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntos bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se (explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.

EXEMPLIFICANDO

Analista Judiciário – Administrativa / 2014 / TJ-AP / FCC / Superior

A expressão “política indigenista” foi utilizada por muito tempo como sinônimo de toda e qualquer ação política governamental que tivesse as populações indígenas como objeto. As diversas mudanças no campo do indigenismo nos últimos anos, no entanto, exigem que estabeleçamos uma definição mais precisa e menos ambígua do que seja a política indigenista.

Primeiramente temos como agentes principais os próprios povos indígenas, seus representantes e organizações. O amadurecimento progressivo do movimento indígena desde a década de 1970, e o consequente crescimento no número e diversidade de organizações nativas, dirigidas pelos próprios índios, sugere uma primeira distinção no campo indigenista: a “política indígena”, aquela protagonizada pelos próprios índios, não se confunde com a política indigenista e nem a ela está submetida. Entretanto, boa parte das organizações e lideranças indígenas vêm aumentando sua participação na formulação e execução das políticas para os povos indígenas.

Numa segunda distinção, encontramos outros segmentos que interagem com os povos indígenas e que também, como eles, têm aumentado sua participação na formulação e execução de políticas indigenistas, antes atribuídas exclusivamente ao Estado brasileiro. Nesse conjunto encontramos principalmente as organizações não governamentais. Somam-se a este universo de agentes não indígenas as organizações religiosas que se relacionam com os povos indígenas em diversos campos de atuação.

Aula 2

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Contemporaneamente, portanto, temos um quadro complexo no qual a política indigenista oficial (formulada e executada pelo Estado) tem sido formulada e implementada a partir de parcerias formais estabelecidas entre setores governamentais, organizações indígenas, organizações não governamentais e missões religiosas.

(Disponível em: pib.socioambiental.org. Acesso em 03/10/14. Com adaptações)

18. Depreende-se corretamente do texto que

a) a distinção entre a política indigenista e a política indígena está centrada no fato de que a primeira é implementada pelo Estado enquanto a segunda é colocada em prática pelos próprios índios.

b) a expressão política indigenista deixou de ser apropriada na medida em que uma diversidade de organizações nativas, dirigidas pelos próprios índios, passou a prevalecer sobre as práticas governamentais.

c) a tentativa de estabelecer uma definição menos ambígua do que seja a política indigenista mostrou-se inconclusa, dada a complexidade da situação atual em que a política indígena tem sido formulada.

d) os povos indígenas amadureceram nas últimas décadas, o que fez com que demandas antigas do movimento indígena, aquelas protagonizada[s] pelos próprios índios, fossem abandonadas.

e) os agentes não indígenas, apesar dos avanços atingidos desde a década de 1970, deixaram de pôr em prática diversos projetos que tratavam de interesses específicos dos índios, nos vários setores em que atuam.

ARTIGO: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.

EXEMPLIFICANDO

Técnico Judiciário – Enfermagem / 2012 / TRF 2ª / FCC / Médio

O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição de calçar um par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e com alto poder aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida e caminhada. Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos esportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes, associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável.

A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre e Florianópolis, locais de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais se exercita. Já Recife é a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem mais do que habitantes de países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos do que europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seus times, é a capital do futebol. Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre.

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A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No ranking da Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comuns de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas de diabetes, tabagismo e hipertensão. "O corpo humano foi feito para se mexer", diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. "Em movimento constante, nosso organismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece."

(Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações)

19. (12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são

a) alimentação regrada e hábitos esportivos.b) sedentarismo e modalidades favoritas.c) praias e tradição dos times de futebol.d) poder aquisitivo e questões culturais.e) parques e existência de áreas planas.

NOTÍCIA: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer.

CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente coloquial.

EXEMPLIFICANDO

Controlador de Sistemas / 2014 / SABESP / FCC / Médio

"O amor acaba", disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade.

Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é mais o mesmo aquele rio.

Uma vez vi um filme em que alguém declarava: "Se duas pessoas que um dia se amaram não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste". O mundo é um lugar triste, mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser recuperado.

(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)

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20. No texto, o autor

a) contrapõe o amor à amizade, em defesa desta. b) lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos. c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor. d) constata que o passado é irrecuperável. e) critica o caráter insondável das relações interpessoais.

PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturada por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.

CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo caricato, tece uma crítica contundente. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.

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CARTUM: retrata situações sociais corriqueiras, relacionadas ao comportamento humano, mas não necessariamente situadas no tempo. Caracteriza-se por ser uma anedota gráfica na qual se visualiza a presença da linguagem verbal associada à não verbal.

QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.

TEXTO LITERÁRIO

EXEMPLIFICANDO

Técnico Judiciário – Enfermagem / 2015 / TRT 15ª / FCC / Médio

“Você não está mais na idade

de sofrer por essas coisas”

Há então a idade de sofrer

e a de não sofrer mais

por essas, essas coisas?

As coisas só deviam acontecer

para fazer sofrer

na idade própria de sofrer?

Ou não se devia sofrer

pelas coisas que causam sofrimento

pois vieram fora de hora, e a hora é calma?

E se não estou mais na idade de sofrer

é porque estou morto, e morto

é a idade de não sentir as coisas, essas coisas? (ANDRADE, Carlos Drummond de. “Essas coisas”. As impurezas do branco. Rio de Janeiro: José Olympio, 3. ed., 1976, p.30)

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21. Infere-se corretamente do poema que

a) a alegria é maior nas horas calmas da vida. b) na vida há uma idade apropriada para sofrer por certas coisas. c) quando se é jovem, o sofrimento deve ser evitado. d) a ausência de sofrimento só é possível na morte. e) o sofrimento é mais comum na velhice do que na juventude.

Anotações:

Semântica e Vocabulário

SINÔNIMOS: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

Porém os sinônimos podem ser

• perfeitos: significado absolutamente igual (o que não é muito frequente); cambiáveis em qualquer contexto.

Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião

• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio

ANTÔNIMOS: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.

Exemplos:mal X bem

fraco X fortesubir X descer

possível X impossívelsimpático X antipático

EXEMPLIFICANDO

Analista do Tesouro Nacional / 2015 / SEFAZ-PI / FCC / Superior

Filosofia de borracharia

O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora: nenhum problema com o nosso pneu, aliás quase tão calvo quanto ele. Estava apenas um bocado murcho.

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− Camminando si sgonfia* − explicou o camarada, com um sorriso de pouquíssimos dentes e enorme simpatia.

O italiano vem a ser um dos muitos idiomas em que a minha abrangente ignorância é especializada, mas ainda assim compreendi que o pneu do nosso carro periclitante tinha se esvaziado ao longo da estrada. Não era para menos. Tendo saído de Paris, havíamos rodado muito antes de cair naquele emaranhado de fronteiras em que você corre o risco de não saber se está na Áustria, na Suíça ou na Itália.

Soubemos que estávamos no norte, no sótão da Itália, vendo um providencial borracheiro dar nova carga a um pneu sgonfiato. Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu, embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro dos companheiros de viagem, me pus a teorizar.

Sim, camminando si sgonfia, e não apenas quando se é, nesta vida, um pneu. Também nós, de tanto rodar, vamos aos poucos desinflando. E por aí fui, inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito, infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo alento para o corpo, quem sabe para a alma.

* Camminando si sgonfia = andando se esvazia.

(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago, 2011, p. 85-86)

22. Sem prejuízo para o sentido do contexto, pode-se substituir o elemento sublinhado no segmento

a) sob o olhar zombeteiro (4º parágrafo) por exame indolente1. b) proferiu a sentença tranquilizadora (1º parágrafo) por opinião2 consoladora.c) nosso carro periclitante (3º parágrafo) por indomável3. d) um providencial borracheiro (3º parágrafo) por previdente.4 e) julguei ver fumaças filosóficas (4º parágrafo) por presunções de filosofia5.

Anotações:

1 sem vigor; insensível ≠ zombeteiro = aquele ou o que faz troça.2 parecer ≠ sentença = decisão final.3 que não pode ser domado, controlado ≠ periclitante = que está em perigo.4 precavido ≠ providencial = oportuno.5 pretensão = fumaças = maneiras presunçosas.

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Polissemia

Significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”, contudo, assim que se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico, isto é, significado contextual. Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-se o nome de acepção.

• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço. • Ele é o cabeça da rebelião. • Sabrina tem boa cabeça.

EXEMPLIFICANDO

23. Encontramos o efeito polissêmico empregado na seguinte palavra:

a) vaca.b) humano.c) costela.d) radiografia.e) conversa.

Denotação e Conotação

DENOTAÇÃO: significação objetiva da palavra – valor referencial; é a palavra em "estado de dicionário“.

CONOTAÇÃO: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades devido às associações que ela provoca.

EXEMPLIFICANDO

Atendente a Clientes / 2014 / SABESP / FCC / Médio

A marca da solidão

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

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Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.

(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

24. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é

a) menino. b) chão. c) testa. d) penumbra. e) tenda.

Anotações:

Ortografia

Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam significados diferentes.

ALGUNS EXEMPLOS

absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver)

ao encontro de (a favor) de encontro a (contra)

ao invés de (oposto) em vez de (no lugar de)

apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)

aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)

arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)

ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)

bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)

cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)

comprimento (extensão) cumprimento (saudação)

deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)

delatar (denunciar) dilatar (alargar)

descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)

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descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)

despensa (local onde se guardam mantimentos) dispensa (ato de dispensar)

docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)

emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)

eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)

eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)

esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)

estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)

flagrante (evidente) fragrante (perfumado)

fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)

fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)

imergir (afundar) emergir (vir à tona)

inflação (alta dos preços) infração (violação)

infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)

mandado (ordem judicial) mandato (procuração)

peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) pião (tipo de brinquedo)

precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)

ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

recrear (divertir) recriar (criar novamente)

soar (produzir som) suar (transpirar)

sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)

sustar (suspender) suster (sustentar)

tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)

vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados diferentes.

Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na pronúncia.

São Jorge / São várias as causas / Homem são.

Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da vogal tônica “o” / “e”.

O molho / Eu molho – A colher / Vou colher

Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente.

Acender = pôr fogo / Ascender = subir

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ALGUNS EXEMPLOS

Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se

assenta

Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante

Caçar Perseguir a caça Cassar Anular

Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção

Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura

Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas

Censo Recenseamento Senso Juízo claro

Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar

Cerrar Fechar Serrar Cortar

Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico

Círio Vela grande de cera Sírio da Síria

Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar

Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a

Estrato

Camadas (rochas); seção ou divisão de um

sistema organizado; faixa. P.ext., a classifi-cação dos indivíduos a

partir de suas condições socioeconômicas; grupo

composto por nuvens baixas.

Extrato

Que foi extraído de alguma coisa;

registro de uma conta (bancária, p.ex.);

perfume.

Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído

Incipiente Principiante Insipiente Ignorante

Intenção ou tenção Propósito Intensão ou tensão Intensidade

Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas se cortam

Laço Laçada Lasso Cansado

Maça Clava Massa Pasta

Paço Palácio Passo Passada

Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia

Senão A não ser, caso

contrário, defeito (= um senão)

Se não Caso não (condicional)

Cesta Recipiente de vime,

palha ou outro material trançado

Sexta Dia da semana; nu-meral ordinal (fem.)

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Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor, departamento Sessão = reunião

Acerca de = a respeito de, sobre

A cerca de = aproximadamente, perto (distância)

Há cerca de = tempo decorrido (aproximadamente)

Anotações:

EXEMPLIFICANDO

Técnico Judiciário – Enfermagem / 2015 / TRT 15ª / FCC / Médio

“Você não está mais na idade de sofrer por essas coisas” Há então a idade de sofrer e a de não sofrer mais por essas, essas coisas? As coisas só deviam acontecer para fazer sofrer na idade própria de sofrer? Ou não se devia sofrer pelas coisas que causam sofrimento pois vieram fora de hora, e a hora é calma? E se não estou mais na idade de sofrer é porque estou morto, e morto é a idade de não sentir as coisas, essas coisas? (ANDRADE, Carlos Drummond de. “Essas coisas”. As impurezas do branco. Rio de Janeiro: José Olympio, 3. ed., 1976, p.30)

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INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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25. é porque estou morto

O elemento sublinhado acima também pode ser corretamente empregado na lacuna da frase

a) Não entendi o ...... da sua atitude na reunião. b) Percebi logo ...... ele demorou para chegar. c) ...... você não confia nas suas ideias? d) Esclareça o ...... da necessidade desse procedimento. e) Os jovens às vezes erram ...... são muito ansiosos.

Analista Judiciário – Área Administrativa / 2012 / TRF 2ª / FCC / Superior

26. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em

a) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava na sua localização estratégica, a importância de que goza atualmente está na relevância histórica porque é reconhecida.

b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo merecimento de ser poesia e história, por que o tempo a escolheu para ser preservada e a natureza, para ser bela.

c) Os dissabores por que passa uma cidade turística devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, porque ela nasceu para disciplinar o turismo.

d) Porque teria a cidade passado por tão longos anos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis porque.

e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sempre deplorável; veja-se como e por quê Paraty acabou se tornando um atraente centro turístico.

Analista Judiciário – Análise de Sistemas / 2012 / TJ-RJ / FCC / Superior

27. É preciso corrigir, por falhas diversas, a seguinte frase:

a) Quem ouve mal não tem necessariamente mau ouvido; pode ter sido afetado pelo desconhecimento de um contexto determinado.

b) Quem não destorce6 o que ouviu de modo torto acaba por permanecer longe do caminho reto da compreensão.

c) Pelos sons exóticos das palavras, nos impregnamos da melodia poética a cujo encanto se rendem, imantados, os nossos ouvidos.

d) Há sons indiscrimináveis, como os que se apanha do rádio mau sintonizado ou de uma conversa aliatória, entre terceiros.

e) É possível elaborar-se uma longa lista de palavras e expressões em cuja recepção sonora verificam-se os mais curiosos equívocos.

Técnico Judiciário – Segurança Judiciária / 2012 / TST / FCC / Médio

28. O elemento em destaque está empregado corretamente na frase

a) O desempenho de um mau aluno deixa a desejar.b) Um mal professor não é capaz de incentivar os alunos.c) O aluno respondeu mau aos questionamentos do professor.d) Mau chegou, ouviram-se suas reclamações.e) A mudança de datas foi mau recebida pelos alunos.

6 endireitar o que estava torcido.

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Técnico Judiciário – Área Administrativa / 2011 / TRE-PE / FCC / Médio

29. O par grifado que constitui exemplo de parônimos está em

a) No espaço de uma noite, o rio havia transbordado e inundado o quintal da casa. / Pela manhã, foi possível constatar a força destrutiva das águas.

b) O rio se convertera em um caudaloso fluxo de águas sujas. / O menino se assustou com a violência barrenta das águas.

c) Famílias eminentes podiam ir para o campo, fugindo do bulício da cidade. / Eram iminentes os riscos causados pela inundação das águas barrentas do rio.

d) Era urgente a necessidade de obras para a contenção do rio. / Havia heroísmo na concentração dos homens que lutavam contra a corrente.

e) No pomar atrás da casa havia frutas, entre elas, mangas e cajus. / Em mangas de camisa, homens tentavam salvar o que as águas levavam.

30. Considere as afirmações que seguem.

I – Em “Seria ingênuo pensar que esse mito desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está.”, o sentido da expressão "mal das pernas", característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse "mal" por mau.

II – A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho “posicionado a alguns metros”, o termo “a” fosse substituído por há.

III – Em “As trevas medievais tomaram conta da Europa, fazendo-a mergulhar em mil anos de estagnação, sob as mãos de senhores feudais, reis e papas, que não conheciam outro limite senão seu próprio poder.”, a substituição do vocábulo “senão” por se não, embora gramaticalmente correta, prejudicaria o sentido do texto.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas I e III.

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Aula 3

Compreensão Gramatical do Texto.Elementos Referenciais.

Confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas.

PRONOMINALIZAÇÃO

Analista do Ministério Público Estadual – Suporte Técnico / 2012 / MPE-RS / FCC / Superior

Não há dúvida de que o preconceito contra a mulher é forte no Brasil e que cabe ao poder público tomar medidas para reduzi-lo. Pergunto-me, porém, se faz sentido esperar uma situação de total isonomia entre os gêneros, como parecem querer os discursos dos políticos.

Nos anos 60 e 70, acreditava-se que as diferenças de comportamento entre os sexos eram fruto de educação ou de discriminação. Quando isso fosse resolvido, surgiria o equilíbrio. Não foi, porém, o que ocorreu, como mostra Susan Pinker, em "The Sexual Paradox". Para ela, não se pode mais negar que há diferenças biológicas entre machos e fêmeas. Elas se materializam estatisticamente (e não deterministicamente) em gostos e aptidões e, portanto, na opção por profissões e regimes de trabalho.

31. Quando isso fosse resolvido ... (2º parágrafo)

O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto,

a) as diferenças de comportamento entre homens e mulheres. b) os problemas referentes à educação e à discriminação contra mulheres. c) as medidas governamentais para reduzir o preconceito contra as mulheres. d) o equilíbrio entre os sexos a partir das opções por profissões e regimes de trabalho. e) o cálculo estatístico quanto às preferências femininas por determinadas profissões.

Anotações:

Aula 3

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SINTAXE

Administração – Suporte Administrativo Geral / 2015 / TCE-CE / FCC / Médio

Insânia*

Não há limites para a insânia, costumava dizer um amigo meu, grande jornalista e pessoa melhor ainda, desolado ante o espetáculo da humanidade sobre a Terra. Planejava começar assim um artigo que não chegou a escrever. Uma pena. Eu próprio teria fornecido ao meu amigo umas ilustrações de insânia

sem limites, e sem que precisasse recorrer à experiência alheia: rir de si mesmo é uma virtude, e humildemente reconheço que motivos não me faltam.

*Insânia = loucura, demência, desatino

(WERNECK, Humberto, Esse inferno vai acabar. Porto Alegre: Arquipélago, 2011, p. 107)

32. A frase “sem que precisasse recorrer à experiência alheia” está-se referindo a) à pessoa do autor do texto, que está longe de ser um exemplo de insânia. b) ao amigo do autor do texto, um jornalista desolado com a insânia da humanidade. c) ao amigo do autor do texto, um jornalista que confessa ser capaz de rir de sua própria

insânia. d) à pessoa do autor do texto, que se vê como ilustração da insânia humana. e) a um insano qualquer, incapaz de ver a si mesmo como um desatinado.

Anotações:

PONTUAÇÃO

Escriturário / 2013 / BB / FCC / Médio

Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40.000 homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial.

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Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. "O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento", diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de Vermeer.

Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: "Mais gente aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos". O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata).

Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande potência empresarial do século XVII.

(Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012)

33. (12205) A Companhia das Índias Orientais – a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 – foi a mãe das multinacionais contemporâneas.

O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que

a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela Empresa.

Anotações:

TEMPOS VERBAIS multimídia

Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Enfermagem / 2012 / TRT 11ª / FCC / Superior

A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer

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agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também.

Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. "O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil."

(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)

34. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política sócio ambiental ... (1º parágrafo)

O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica

a) restrição à afirmativa anterior. b) condição da realização de um fato. c) finalidade de uma ação futura. d) tempo passado em correlação com outro. e) hipótese passível de se realizar.

Assistente de Gestão de Políticas Públicas / 2012 / Fundação Paulistana de Educação e Tecnologia / FCC / Superior

35. Pouco após chegar ao Brasil com a família real, em 1808, o piano já se tornara símbolo de status e de sintonia com uma forma mais culta de vida, mesmo quando essa de fato não acontecia.

...o piano já se tornara símbolo de status...

O tempo verbal empregado na frase acima exprime um fato

a) futuro em relação a outro já passado. b) presente em relação a uma situação passada. c) anterior ao momento da fala, mas não totalmente concluído. d) passado em relação a outro fato também passado. e) incerto, que pode ou não vir a ocorrer.

Anotações:

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NEXOS

Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Enfermagem / 2012 / TRT 11ª / FCC / Superior

A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também.

Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. "O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil."

(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)

36. ... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela ... (2º parágrafo)

O segmento grifado acima denota

a) finalidade decorrente do próprio desenvolvimento do texto. b) ressalva em correlação com o sentido da afirmativa anterior. c) temporalidade necessária à concretização da ação prevista. d) causa que justifica o posicionamento do pesquisador. e) condição para a realização da hipótese anterior a ele.

Auxiliar de Enfermagem do Trabalho / 2012 / BB / FCC / Médio

A mecanização dos meios de comunicação e da impressão foi de fundamental importância para a expansão da imprensa no início do século XX. Os novos prelos (*) utilizados pela grande imprensa eram comemorados em pequenos comentários dos semanários de narrativa irreverente paulistana. Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos, capazes de multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia sido possível. Aliados à maior capacidade de produção, impressão e composição estavam os correios e telégrafos, principais responsáveis pela distribuição dos jornais, assim como meio de comunicação fundamental para que leitores e os próprios produtores de jornais mantivessem contato com os acontecimentos do momento.

Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX em pequenas notas e comentários críticos dos jornais satíricos, por meio dos correios se faziam entregas em locais distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de várias partes do mundo e correspondências de leitores e colaboradores das folhas.

*prelo − aparelho manual ou mecânico que serve para imprimir; máquina impressora, prensa. (Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. São Paulo: Alameda, 2006. p.137-138)

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37. Apesar de sua péssima fama ...

A observação inicial do parágrafo indica

a) opinião que confirma o que vem sendo exposto desde o início do texto. b) hipótese que introduz uma afirmativa que não poderá se realizar. c) ideia oposta à que vai ser expressa, contrariando uma possível expectativa. d) conclusão das ideias contidas em todo o desenvolvimento textual. e) retificação de um engano cometido no parágrafo anterior.

Anotações:

REESCRITA: CLAREZA E COESÃO

Técnico Ministerial – Área Apoio Especializado – Especialidade Informática / 2012 / MP-PE / FCC / Médio

38. O romance policial, descendente do extinto romance gótico, conserva características significativas do gênero precursor: a popularidade imensa e os meios para obtê-la.

Mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original, uma redação alternativa para a frase acima é

a) Originário no extinto romance gótico, no romance policial conserva-se a popularidade imensa e os meios para obtê-la, características significativas do gênero precursor.

b) Características significativas do extinto romance gótico, no qual são conservadas do romance policial, como a popularidade imensa e os meios para obtê-la.

c) A popularidade imensa e os meios para obtê-la, no qual são considerados características significativas do romance policial, gênero precursor do extinto romance gótico.

d) Conservam-se no romance policial características significativas do extinto romance gótico, gênero que o precede, tais como a popularidade imensa e os meios para obtê-la.

e) Características originárias do extinto romance gótico, na qual incluem a popularidade imensa e os meios para obtê-la, conservam-se no romance policial.

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Agente de Segurança Metroviária / 2015 / METRÔ / FCC / Médio

Um filme é uma criatura muito especial, muito específica, nascida das mesmas vontades antigas que levaram nossos antepassados a narrar uma caçada ao mamute nas paredes das cavernas. Num filme está um impulso ao mesmo tempo mais primitivo que o da leitura e mais tecnologicamente sofisticado que o do teatro. Como na leitura, queremos narrativas que alimentem a nossa imaginação − mas diferentemente do livro, onde mundos interiores, paisagens distantes, estados de espírito ou intenções ocultas podem ser descritos, deixando-a preencher o vácuo, o filme tem a obrigação de nos mostrar visualmente cada uma dessas coisas. Como no teatro, ele propõe a apreciação do movimento, da presença humana, da máscara do personagem − mas apenas com a intermediação da imagem captada. E assim, desse jeito tão peculiar, o cinema tem capturado nossa atenção, nossa imaginação e nosso tempo há mais de um século.

Nos primórdios do cinema não havia montagem porque não havia o que montar: encantadas com a novidade da imagem em movimento, as plateias do final do século XIX contentavam-se com uma tomada estática, que durava algo em torno de três minutos. A necessidade de aumentar a duração das sessões só podia ser resolvida com a adição de mais imagens, um problema que Edwin Porter resolveu com inventividade. Em pouco mais de seis minutos, Porter costura cenas de um dia na vida de um bombeiro, estabelecendo o conceito narrativo que iria dominar o cinema comercial ao longo das décadas seguintes: as imagens se sucedem, convidando o espectador a organizá-las como uma história linear, com começo meio e fim.

As normas que hoje regem o mercado da produção cinematográfica mundial não são exatas e rígidas, mas, basicamente, a filosofia principal é: um filme, mesmo “barato”, é caro; antes de investir a pequena fortuna necessária para que ele se torne realidade, há que se tentar ao máximo minimizar os riscos. E esse processo interessa de perto a nós, os espectadores, porque são as decisões tomadas durante essa tentativa que, em última análise, determinam a forma final que um filme terá, se ele será ousado ou conservador, cheio de estrelas ou repleto de desconhecidos, rodado em alguma ilha paradisíaca do Pacífico ou dentro de algum estúdio.

(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012, formato e-book.)

39. O elemento que pode ser suprimido do texto, sem prejuízo do sentido, da correção e da clareza, encontra-se sublinhado em

a) Como na leitura, queremos narrativas que alimentem a nossa imaginação...b) ...as plateias do final do século XIX contentavam-se...c) E esse processo interessa de perto a nós...d) ...rodado em alguma ilha paradisíaca do Pacífico ou dentro de algum estúdio. e) ...se ele será ousado ou conservador..

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Agente de Segurança Metroviária / 2015 / METRÔ / FCC / Médio

40. A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou com o marido em estado reflexivo.

As frases acima estão reescritas em um único período, mantendo-se a coerência e a correção, em

a) A pergunta pegou Rosinha de surpresa, uma vez que ela levantou os olhos do menu para deparar-se com o marido em estado reflexivo.

b) A pergunta pegou Rosinha de surpresa, de maneira que ela levantou os olhos do menu, deparando com o marido em estado reflexivo.

c) Depois que a pergunta pegou Rosinha de surpresa, ela levantou os olhos do menu, pois se deparou com o marido em estado reflexivo.

d) Quando a pergunta pegou Rosinha de surpresa, levantou os olhos do menu, deparando-se, todavia, com o marido em estado reflexivo.

e) Embora a pergunta pegasse Rosinha de surpresa, levantou os olhos do menu, deparando com o marido em estado reflexivo.

Anotações:

Gabarito: 1. C 2. A 3. D 4. D 5. E 6. B 7. E 8. A 9. C 10. A 11. E 12. E 13. A 14. C 15. D 16. D 17. C 18. A 19. D 20. D 21. D 22. E 23. C 24. E 25. E 26. C 27. D 28. A 29. C 30. E 31. B 32. D 33. C 34. E 35. D 36. B 37. C 38. D 39. A 40. B

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Aula 4

• Redação de Correspondências Oficiais.

REDAÇÃO OFICIAL

Correspondência Oficial: maneira pela qual o Poder Público (artigo 37 da Constituição: "administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios) redige atos normativos e comunicações.

Características (atributos decorrentes da Constituição)

• Impessoalidade: ausência de impressões individuais de quem comunica; tratamento homo gêneo e impessoal do destinatário.

• Uso do padrão culto de linguagem: observação das regras da gramática formal e emprego de vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma (ausência de diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas). O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.

• Clareza: ausência de duplicidade de interpretações; ausência de vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão.

• Concisão: transmissão de um máximo de informações com um mínimo de palavras.

• Formalidade: obediência a certas regras de forma; certa formalidade de tratamento; polidez, civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.

• Uniformidade: atenção a todas as características da redação oficial e cuidado com a apresentação dos textos (clareza da digitação, uso de papéis uniformes para o texto definitivo e correta diagramação do texto).

• Emissor: um único comunicador – o Serviço Público.

• Receptor: o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).

Anotações:

Aula 4

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EXEMPLIFICANDO

Assistente Administrativo / 2010 / SERGIPE GÁS / FCC / Médio

1. (34144) A maneira pela qual o poder público redige atos normativos e comunicações denomina-se redação

a) empresarial.b) oficial.c) governamental.d) mercadológica.e) estadual.

Escriturário / 2011 / BB / FCC / Médio

2. A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é

a) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.

b) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de pessoal especializado em serviços gerais para os departamentos que foram recentemente criados.

c) Estou encaminhando a presença de V. Sa. este jovem, muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os problemas do sistema de informatização de seu gabinete.

d) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento, faltaram um número grande de servidores para os andamentos do serviço.

e) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar de quais providências vão ser tomadas para resolver essa confusão que foi criado pelos manifestantes.

Uso de Pronomes de Tratamento

1. Concordância dos pronomes de tratamento

• concordância verbal, nominal e pronominal: embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa.

Ex.: "Vossa Excelência conhece o assunto". / "Vossa Senhoria nomeará seu substituto.”

• adjetivos referidos a esses pronomes: o gênero gramatical coincide com o sexo da pessoa a que se refere.

Ex.: "Vossa Excelência está atarefado." / "Vossa Excelência está atarefada."

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INSS 2015 – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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Resumindo:

1. com quem se fala (vossa(s)): verbo e pronomes na 3ª pessoa;

2. de quem se fala (sua(s)): verbo e pronomes na 3ª pessoa;

3. adjetivos: concordam com o sexo do destinatário.

2. Emprego dos Pronomes de Tratamento (uso consagrado):

• Vossa Excelência

a) autoridades do Poder Executivo (Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado1, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais).

b) autoridades do Poder Legislativo (Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais).

c) autoridades do Poder Judiciário (Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar, Delegados2).

OBS.1: a vereadores, conforme Manual de Redação da Presidência da República, não é dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem as autoridades legislativas. Logo, o pronome a ser usado é “Vossa Senhoria”.

Vocativo Correspondente a “Vossa Excelência”

• Chefes de Poder – Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo.

Ex.: “Excelentíssimo Senhor Presidente da República” / “Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional” / “Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal”

• Demais autoridades – Senhor, seguido do cargo respectivo.Ex.: Senhor Senador / Senhor Juiz / Senhor Ministro / Senhor Governador.

1 São Ministros de Estado, nos termos do Decreto 4.118/2002, além dos titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe de Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. Posteriormente, por meio de adendos ao Decreto, foram incluídos outros cargos, entre eles, o de Presidente do Banco Central.

2 A Lei nº 12.830/2013 dispõe, no art. 3º, que “O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados.”

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• Vossa Senhoria

• empregado para as demais autoridades e para particulares.

Vocativo correspondente a “Vossa Senhoria”

• Senhor.

• Vossa Magnificência

• empregado, por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade.

Vocativo correspondente a “Vossa Magnificência”

• Magnífico Reitor.

• Pronomes de tratamento para religiosos

• de acordo com a hierarquia eclesiástica.

• Vossa Santidade: Papa. Vocativo Santíssimo Padre.

• Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: Cardeais. Vocativo Eminentíssimo Senhor Cardeal ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal.

• Vossa Excelência Reverendíssima: Arcebispos e Bispos.

• Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima: Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos.

• Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

OBS. 2: O Manual de Redação da Presidência da República – bem como outros dele decorrentes – não apresenta vocativo para Arcebispo, Bispo, Monsenhor, Cônego, Sacerdote, Clérigo e demais religiosos. Outros manuais – de forma inconsistente – recomendam Excelentíssimo Reverendíssimo para Arcebispo e Bispo; Reverendíssimo para as demais autoridades eclesiásticas.

Resumindo:

1. TRATAMENTO Vossa Excelência: autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;

2. VOCATIVO Excelentíssimo: chefes dos Três Poderes;

3. VOCATIVO Senhor: para os demais cargos;

4. TRATAMENTO Vossa Senhoria: para os demais.

5. VOCATIVO: Senhor.

OBS. 3: em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) para as autoridades da lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pú-blico, sendo desnecessária sua repetida evocação.

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OBS. 4: fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que rece-bem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

OBS. 5: doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evita-se usá-lo indiscrimina-damente; é empregado apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.

Envelope (endereçamento autoridades tratadas por Vossa Excelência):

A Sua Excelência o SenhorSenador Fulano de TalSenado Federal70.165-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o SenhorFulano de TalMinistro de Estado da Justiça70.064-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o SenhorFulano de TalJuiz de Direito da 10ª Vara CívelRua ABC, no 12301.010-000 – São Paulo. SP

Envelope (endereçamento autoridades tratadas por Vossa Senhoria):

Ao SenhorFulano de TalRua ABC, no 12370.123 – Curitiba. PR

Verso do Envelope

Remetente: NOME (em caixa alta)Cargo (em caixa alta e baixa)Setor de Autarquias SulQuadra 4 – Bloco N70.070-0400 – Brasília-DF

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Tabela de Abreviaturas

Pronome de tratamento

Abreviatura singular

Abreviatura plural

Usado para se dirigir a

Vossa Alteza V. A. VV. AA. Príncipes, duques

Vossa Eminência V. Em.a V. Em.as Cardeais

Vossa Excelência V. Ex.a V. Ex.as Altas autoridades

Vossa Magnificência V. Mag.a V. Mag.as Reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. VV. MM. Reis, imperadores

Vossa Senhoria V. S.a V. S.as Tratamento cerimonioso

OBS. 6: não se abreviam os pronomes de tratamento quando os destinatários são o Presidente da República e o Papa.

Anotações:

EXEMPLIFICANDO

Engenheiro de Segurança do Trabalho / 2012 / BB / FCC / Médio

3. Em uma correspondência oficial, em que se apuram o rigor e a formalidade da linguagem, deve-se atentar para o seguinte procedimento

a) o verbo deve conjugar-se como se a pessoa gramatical fosse você no caso de tratamentos como Vossa Senhoria ou Vossa Excelência.

b) o tratamento por vós (e não por tu) é o indicado no caso de interlocutores de alta projeção na esfera política e institucional.

c) o tratamento por Sua Senhoria ou Sua Excelência revela menos solenidade do que os tratamentos em Vossa.

d) apenas excepcionalmente o tratamento em Vossa Excelência levará o verbo a flexionar-se na 3ª pessoa do singular.

e) formas abreviadas, como V. Exa., devem reservar-se a autoridades com quem se tenha contato mais amiúde.

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Perito Médico Previdenciário / 2012 / INSS / FCC / Superior

4. Considere o trecho do documento que encaminha um relatório ao Chefe de um setor hospitalar. Está inteiramente correto e segue as orientações da redação oficial o segmento

a) Temos o enorme prazer de encaminhar a V. Exa. no devido prazo, este relatório que nos foi solicitado na semana passada, para que tomeis conhecimento da realização dos serviços próprios deste Setor, e do que precisamos para melhorá-lo ainda mais.

b) Cabe-nos, cumprindo os devidos prazos, informar à V. Sa. de tudo o que deve ser conhecido sobre os nossos serviços de atendimento ao público neste Setor, e também, sendo-lhe possível, vossa atenção para os nossos pedidos de melhoria desse atendimento.

c) Encaminhamos a V. Sa. o relatório das atividades deste Setor, para dar-lhe conhecimento da prestação dos serviços e solicitar sua atenção quanto a algumas providências a serem tomadas no sentido de agilizar o atendimento ao público.

d) Este relatório que encaminhamos deverá informar-vos do que ocorre habitualmente em nosso Setor, é para a tomada de providências que se torna necessário no andamento dos nossos serviços e na melhoria do atendimento.

e) Para V. Sa. segue este relatório, cuja a avaliação de nosso Setor do que está sendo necessário para nossos serviços o acompanha, esperando que será tomado providências para melhorar os serviços prestados por este.

Fechos para Comunicações

1. para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente.

2. para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente.

CUIDADO!!!!! NÃO use Cordialmente, Graciosamente.

É ERRADO ABREVIAR QUALQUER UM DESSES FECHOS: Att., Atcs.

Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores

Anotações:

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Analista Judiciário / 2010 / TRE-SP / FCC / Superior

5. A questão refere-se ao Manual de Redação da Presidência da República e ao Manual de Elaboração de Textos do Senado Federal. Com base nos manuais citados, analise as afirmativas a seguir: Contemporaneamente, os fechos para comunicação, com base nos manuais citados, são

a) somente "atenciosamente" e "respeitosamente".b) preferencialmente "atenciosamente" e "cordialmente".c) somente "cordialmente" e "respeitosamente".d) preferencialmente "cordialmente" e "respeitosamente".e) somente "atenciosamente" e "cordialmente".

Identificação do Signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte: Ex.: (espaço para assinatura)

Nome Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

OBS. 7: para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

OBS. 8:

• Não se empregam PRECIOSISMOS: palavras raras, muitas vezes arcaicas, antigas, em desuso (“Outrossim”, “Destarte”, “Subscrevemos mui atenciosamente.”...)

• Não se empregam NEOLOGISMOS: criação de palavras.

• Não se usam expressões que exprimam FAMILIARIDADE: “Prezados”, “caros”, no vocativo;

• Não se utilizam expressões REDUNDANTES: “Sem mais, subscrevemo-nos.”; traço para a assinatura; “Vimos por meio desta...”

• VERBORRAGIA E PROLIXIDADE constituem erro: “Temos a satisfação de comunicar...”; “Nada mais havendo para o momento, ficamos à disposição para maiores informações necessárias.”; “Aproveitamos o ensejo, para protestos da mais elevada estima e consideração.”

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO

6. Em relação à redação de correspondências oficiais, considere as afirmações abaixo.

I – As comunicações oficiais, incluindo as assinadas pelo Presidente da República, devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local da assinatura.

II – O pronome pessoal de tratamento referente ao cargo não deve ser abreviado quando se tratar de Presidente da República e Papa.

III – A forma de tratamento e o vocativo que devem ser usados em correspondência que for dirigida a Vereador são Vossa Senhoria e Sr. Vereador, respectivamente.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas II e III.

Padrão Ofício

OfícioAviso FORMA SEMELHANTE / FINALIDADE DIFERENTEMemorando

SEMELHANÇAS

1. Partes:

• tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.

Exs.: Mem. 123/2012-MF Aviso 123/2012-SG Of. 123/2012-MME

• local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.

Ex.: Brasília, 15 de março de 2015.

• destinatário (o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação; no ofício, deve ser incluído também o endereço).

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Ex.:

Ofício nº 524/2012/SG-PR

Brasília, 27 de maio de 2015.

A Sua Excelência o SenhorDeputado [Nome]Câmara dos Deputados70.160-900 – Brasília – DF

• assunto (resumo do teor do documento; também chamado de ementa).

Ex.: Assunto: Produtividade do órgão em 2015.

• texto (padrão ofício) • introdução – apresentação do assunto que motiva a comunicação; evita-se o uso das

formas "Tenho a honra de", "Tenho o prazer de", "Cumpre-me informar que”;

• desenvolvimento – detalhamento do assunto; se houver mais de uma ideia, deve haver parágrafos distintos;

• conclusão – reafirmação ou reapresentação do assunto.

OBS. 9: os parágrafos devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.

• texto (mero encaminhamento de documentos)

• introdução – referência ao expediente que solicitou o encaminhamento; caso contrário, informação do motivo da comunicação (encaminhar) indicando os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado.

Ex: "Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 2012, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 2011, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal."

ou"Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 2012, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste."

• Desenvolvimento – normalmente, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.

• fecho.

• assinatura do autor da comunicação.

• identificação do signatário.

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Anotações:

EXEMPLIFICANDO

Defensoria Pública / 2010 / DPE-SP / FCC / Superior

7. A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redação de um ofício, é

a) o local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento à direita da página.b) devem constar o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.c) deve haver identificação do signatário, constando nome e cargo abaixo da assinatura,

exceto se for o Presidente da República.d) o fecho deve conter as expressões Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com a

autoridade a que se destina o documento.e) é facultativa a indicação do teor do documento, ou seja, o assunto, pois ele vem expresso

no corpo do ofício.

Escriturário / 2011 / BB / FCC / Médio

8. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é INCORRETO afirmar que

a) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.b) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o local de onde é expedido e a data em

que foi assinado.c) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do documento.d) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta, respeitando-se a formalidade que

deve haver nos expedientes oficiais.e) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez como, por exemplo, Agradeço a V. Sa. a atenção

dispensada.

2. Forma de diagramação:

• Fonte

Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé. Símbolos não existentes na fonte Times New Roman – fontes Symbol e Wingdings.

• Número de páginas

É obrigatório constar a partir da segunda página.

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• Tamanho da folha

Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm.

• Orientação

O documento deverá ser impresso como Retrato.

• DestaquesNão deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento.

• Impressão

Os Ofícios, Memorandos e anexos poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”). A impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações.

• Arquivo

Deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto. Dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos.

• Início de parágrafo

O início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda.

• Espaçamento entre parágrafos

Deve ser utilizado espaçamento de 2,5cm.

• Espaçamento entre linhas

Deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo (uma linha em branco).

• Alinhamento

O texto deve ser justificado.

• Margem esquerda

O campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura.

• Margem direita

O campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm.

• Margem superior

O campo destinado à margem superior terá 2 cm.

• Margem inferior

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O campo destinado à margem inferior terá 2 cm.

• Armas nacionais

É obrigatório o uso das Armas Nacionais nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações de âmbito federal (artigo 26, inciso X, da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971), único emblema que figurará nos modelos padronizados. As Armas Nacionais poderão ser omitidas nos papéis e nas publicações de uso interno das repartições federais.

• Cabeçalho

É composto pelo Brasão da República, centralizado na página, juntamente com os dizeres necessários, em caixa-alta (maiúsculas), fonte do tipo Times New Roman, corpo 9, nesta ordem (exemplo):

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICAINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

• RodapéDeve constar apenas nas correspondências oficiais (por exemplo, ofícios), sendo suprimidos em outros documentos institucionais (regimentos, regulamentos, atas etc.). O rodapé será alinhado à direita da página, fonte do tipo Times New Roman, corpo 9, composto pelo nome da Instituição (em caixa-alta e negrito), unidade, Caixa Postal, CEP, Cidade/Estado, telefone e e-mail do setor emitente, nesta ordem. Exemplo:

INSTITUTO FEDERAL GOIANOREITORIA

Caixa Postal 5074.001-970 – Goiânia – GO

55-62-3506-3600 –[email protected]

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO

Escriturário / 2011 / BB / FCC / Médio

9. Analise.

1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima referido, vimos encaminhar a V. Sa. as informações referentes ao andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.

2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o atingimento das metas estabelecidas.

A redação do documento acima indica tratar-se

a) do encaminhamento de uma ata.b) do início de um requerimento.c) de trecho do corpo de um ofício.d) da introdução de um relatório.e) do fecho de um memorando.

DIFERENÇAS Padrão Ofício

Finalidade

Aviso e Ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas.

1. Aviso: expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia; tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si.

Uso de vocativo seguido de vírgula.

Exemplo de Aviso

Aviso nº xxx/SG-PRBrasília, xx de maio de xxxx.

A Sua Excelência o Senhor[nome e cargo]

Assunto: Blá-blá-blá

Senhor Ministro,

CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.

Atenciosamente,

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Anotações:

EXEMPLIFICANDO

Redator de Acórdão / 2007 / TCE-MG / FCC / Médio

10. Considerados os padrões definidos para comunicações oficiais, é correto afirmar que

a) estão em conformidade com o padrão de “Aviso” as seguintes partes de uma comunicação oficial:

A Sua Excelência o Senhor

Mário dos Santos Barbosa

Ministro de Estado das Relações Exteriores

Assunto: Seminário sobre Segurança Pública

Senhor Ministro,

.....................................................................................

.....................................................................................Atenciosamente,

Margarida Sousa Dias

Ministra de Estado da Justiça

b) o vocativo a ser empregado em texto dirigido a autoridade que não exerce a função de Chefe de Poder é Excelentíssimo Senhor, como em “Excelentíssimo Senhor Senador da República”.

c) em correspondência encaminhada ao Presidente do Congresso Nacional, como a qualquer outro Chefe de Poder, é indispensável o tratamento digníssimo, como expressão do apreço pelo atributo pessoal do destinatário.

d) são fechos adequados a todas as modalidades de comunicação oficial, independentemente da hierarquia envolvida, “Respeitosamente” e “Atenciosamente”, mas adotado um, ou outro, na dependência do assunto tratado.

e) é desejável que o texto de um encaminhamento simples de documento observe a seguinte fórmula, com adequação aos dados específicos daquilo que se encaminha: “Honra-nos encaminhar anexa, em atendimento à solicitação feita, com a presteza habitual, pelo Sr. Chefe do Departamento de Administração, cópia do telegrama de 2 de março de 2005, do Presidente da Confederação Nacional de Atletas, a respeito de projeto de atendimento a jovens em situação de risco.

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2. Ofício: expedido para e pelas demais autoridades; tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e também com particulares.

Uso de vocativo seguido de vírgula.

No cabeçalho ou no rodapé: nome do órgão ou setor; endereço postal; telefone e endereço de correio eletrônico.

Exemplo de Ofício[Ministério]

[Secretaria / Departamento / Setor / Entidade][Endereço para correspondência]

[Telefone e endereço de correio eletrônico]

Ofício nº xxxxxxx/SG-PR

Brasília, xx de maio de xxxx.

A Sua Excelência o Senhor

Deputado Fulano

Câmara dos Deputados

CEP – município – estado

Assunto: Blá-blá-blá

Senhor Deputado,

CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.

Atenciosamente,

[nome][cargo]

INSTITUTO FEDERAL XXXX Caixa Postal 000 74.001-970 – Brasília – DF 61-XXXXXXXX – [email protected]

AB / CD

OBS. 10: a numeração dos ofícios recomeça a cada ano.

OBS. 11: quando houver documentos a anexar, escreve-se a palavra anexo na margem esquerda e a sua descrição.

Ex.: Anexo: Recibo do pagamento.

OBS. 12: na última linha do papel, à esquerda, devem constar as iniciais de quem redigiu e de quem digitou o texto, separadas por uma barra. Se forem a mesma pessoa, basta colocar a barra e as iniciais.

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EXEMPLIFICANDO

Oficial de Defensoria Pública / 2010 / DPE-SP / FCC / Médio

11. A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redação de um ofício, é

a) o local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento à direita da página.b) devem constar o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.c) deve haver identificação do signatário, constando nome e cargo abaixo da assinatura,

exceto se for o Presidente da República.d) o fecho deve conter as expressões Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com a

autoridade a que se destina o documento.e) é facultativa a indicação do teor do documento, ou seja, o assunto, pois ele vem expresso

no corpo do ofício.

Anotações:

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2.1 Ofício Circular: segue os mesmos padrões de forma e estrutura do ofício. Entretanto, é utilizado para tratar de um mesmo assunto com destinatários de diferentes setores/unidades.

Exemplo de Ofício Circular

[Ministério][Secretaria / Departamento / Setor / Entidade]

[Endereço para correspondência][Telefone e endereço de correio eletrônico]

Ofício Circular nº xxxxxxx/&&-&&Brasília, xx de maio de xxxx.

Aos Senhores Diretores das Escolas da Rede Estadual Região Metropolitana de ZZZZZ

Assunto: Blá-blá-blá

Senhor(a) Diretor(a),

.......

EXEMPLIFICANDO

12. Assinale a opção correta e completa a respeito da correspondência oficial.

a) O formato adotado para os expedientes ofício e aviso é o mesmo. Ambos se diferenciam, entretanto, em relação ao remetente e destinatário. O aviso é expedido exclusivamente por ministros de Estado a autoridades da mesma hierarquia; o ofício é expedido pelas demais autoridades da administração pública a empresas privadas, para tratar de assuntos oficiais.

b) Em memorando para o encaminhamento de informações ou para a solicitação de providências, o destinatário deve ser identificado apenas pelo cargo que ocupa; caso se trate de memorando que contenha documento anexo, o destinatário deve ser identificado pelo nome e pelo cargo que ocupa.

c) O campo assunto pode ser dispensado caso o ofício seja de mero encaminhamento de documento, uma vez que não há necessidade de resumir o texto.

d) Denomina-se ofício circular o instrumento de comunicação que se envia a vários destinatários simultaneamente para tratar de um mesmo assunto.

e) Memorando, ofício e aviso, expedientes da comunicação oficial que servem ao mesmo propósito funcional, são usados, geralmente, no padrão formal denominado "padrão ofício", em virtude de poderem adotar a mesma diagramação na distribuição das partes.

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3. Memorando: comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna; caráter meramente administrativo ou de exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.

Característica principal: agilidade.

OBS. 13: o destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

Ex.: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.

OBS. 14: os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação.

OBS. 15: após a numeração de controle, devem constar, no máximo, três níveis de siglas: a da unidade emitente, a da imediatamente superior e a do órgão/unidade responsável pela competência regimental.

Ex.: Memorando nº xx/Seata/Coseg/Cglog

OBS. 16: contém somente a identificação do órgão, não sendo admitido, portanto, o brasão.

Exemplo de Memorando

Mem nº xxx/DJ

Brasília, xx de maio de xxxx.

Ao Senhor Chefe do Departamento de yyyy

Assunto: Blá-blá-blá

CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.

Atenciosamente,

[nome]

[cargo]

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO

Procurador de Contas / 2007 / TCE / FCC / Superior (adaptada)

13. Considere a hipótese de que o documento a seguir tenha sido redigido para ser encaminhado ao diretor de segurança no trânsito do DETRAN/DF.

Memorando nº 3/NUCETA

D.D. Diretor de Segurança no Trânsito do DETRAN/DF

Assunto: ...............................................

Motoristas quanto à perigosa mistura bebida + direção, nos dias de folia carnavalesca, onde a ingestão de bebidas alcoólicas se eleva, em nome da descontração e da alegria próprios dos brasileiros.

Pobre e rico, jovem e velho, mulheres e homens, e todos se lançam à folia, como se o mundo fosse acabar amanhã.

Presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do DI, reduto dos foliões mais intempestivos, onde se verificam muitas ocorrências de trânsito irresponsável, no intuito de intensificar as atividades educativas em Taguatinga, neste ano.

Como em preitos anteriores, coloco-me à disposição para o que for de seu desejo.

( ) O campo "Assunto" do documento em pauta estaria corretamente preenchido com a frase: Solicitação da presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do DI.

( ) Não é indicada a forma de memorando para transmitir mensagens de solicitação, como a contida no texto apresentado; a modalidade correta de expediente oficial, nesse caso, seria o requerimento, uma vez que o signatário do texto solicita.

( ) Por ser expedido por um chefe de núcleo a um diretor – cargos situados em níveis hierarquicamente diferentes -, o texto em questão deve ser substituído pela modalidade ofício, mesmo se tratando de comunicação interna.

( ) Desconsiderado o espaçamento entre linhas e partes do texto, estão em conformidade com a forma e a estrutura do memorando oficial: a identificação do documento e do local de origem, a data, o vocativo, e a assinatura.

Assinale a alternativa em que esteja correta a sequência de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo.

a) V – F – F – F.b) V – V – F – F.c) V – F – V – F.d) F – F – V – V.e) F – V – F – V.

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OUTROS TIPOS DE CORRESPONDÊNCIAS

4. Ata: relatório escrito do que se fez ou disse em sessão de assembleia, sociedade, júri, corporação. É o registro claro e resumido das ocorrências de uma reunião de pessoas, com fim determinado.

Forma

• localizadores temporais: dia, mês, ano e hora da reunião (sempre por extenso); • espaço da reunião: local (sede da instituição, rua, número, cidade); • nome e sobrenome das pessoas presentes, com respectivas qualificações; • declarações do presidente e secretário; • assuntos tratados (ordem do dia); • fecho; • assinaturas, por extenso, do presidente, secretário e participantes da reunião.

EXEMPLIFICANDO

Técnico Judiciário / 2008 / TRT2ª / FCC / Médio

14. Um grupo de jornalistas tem um encontro para a escolha de alguns assuntos a serem publicados no jornal em que trabalham.

Foi redigido um documento oficial, necessário a esse tipo de encontro, que deverá obedecer a certo padrão, EXCETO que

a) deverão constar no corpo do documento o dia, o local e a hora do início do encontro.b) o fecho deverá conter necessariamente a fórmula Atenciosamente.c) serão relacionados os nomes dos participantes e de quem presidiu o encontro, além do

responsável pelo registro dos fatos e das resoluções tomadas.d) o documento só será validado pelo conhecimento de todos os participantes, que aporão

suas assinaturas após leitura do que nele consta.e) o documento será redigido em corpo único, sem parágrafos e espaços, e também sem

rasuras que, se ocorrerem, deverão ser retificadas.

5. Apostila: averbação feita abaixo dos textos ou no verso de decretos e portarias pessoais (nomeação, promoção, etc.), para que seja corrigida flagrante inexatidão material do texto original (erro na grafia de nomes próprios, lapso na especificação de datas, etc.), desde que essa correção não venha a alterar a substância do ato já publicado.

Forma

• título, em maiúsculas e centralizado sobre o texto: APOSTILA;

• texto, do qual deve constar a correção que está sendo feita, a ser iniciada com a remissão ao decreto que autoriza esse procedimento;

• data por extenso;

• identificação do signatário (nome em maiúsculas) abaixo da assinatura;

No original do ato normativo, próximo à apostila, deverá ser mencionada a data de publicação da apostila no Boletim de Serviço ou no Boletim Interno.

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Exemplo de Apostila:

APOSTILAO cargo a que se refere o presente ato foi transformado em Assessor da Diretoria-Geral de

Administração, código DAS-102.2, de acordo com o Decreto no 99.411, de 25 de julho de 1990.Brasília, xx de xxxx de xxxx.

NOMESubchefe da Secretaria-Geral da Presidência da República”

6. Atestado: documento firmado por uma pessoa a favor de outra, asseverando a verdade acerca de determinado fato. Difere da CERTIDÃO – que atesta fatos permanentes – visto que afirma convicção sobre os transitórios.

7. Correio Eletrônico

Forma: um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura.

Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

OBS. 17: O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

Analista Judiciário / 2006 / TRE-SP / FCC / Superior (adaptada)

15. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise os itens a seguir.

I – Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.

II – Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text.

III – Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento via fax.

Assinale

a) se nenhum item estiver corretob) se apenas os itens II e III estiverem corretos.c) se apenas os itens I e III estiverem corretos.d) se apenas os itens I e II estiverem corretos.e) se todos os itens estiverem corretos.

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8. Decisão Administrativa: utilizada para formalizar informações pertinentes a dispensas, feriados, recessos etc.

Forma: além do cabeçalho e rodapé, são elementos constitutivos da Decisão Administrativa

a) título: Decisão Administrativa nº ... de ... de 20XX; em caixa-alta, centralizado e negrito;b) data, alinhada à direita;c) atribuições da pessoa que está expedindo o documento;d) texto;e) assinatura.

9. Declaração: utilizada para afirmar a existência de um fato; a existência ou não de um direito.

Forma

Pode-se iniciar uma declaração assim: “Declaro para fins de prova junto ao órgão tal...”, “Declaro, para os devidos fins, que...”, ...

10. Exposição de Motivos: expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente (geralmente, por um Ministro de Estado) para informá-lo de determinado assunto; propor alguma medida; ou submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Caso envolva mais de um Ministério, é assinada por todos os Ministros é chamada de Exposição Interministerial.

Forma: modelo do padrão ofício, se o caráter for tão somente informativo – pode conter comentários se a exposição submeter à consideração do Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada.

OBS. 18: Havendo necessidade de duas assinaturas, fica à esquerda a da autoridade responsável (no uso das atribuições) e à direita a do co-responsável (que fornece apoio técnico e logístico). A autoridade responsável é aquela que responde diretamente pelas competências e pelas atribuições da unidade e o co-responsável é a autoridade da unidade que fornecerá o apoio técnico e/ou logístico para o desempenho da atividade. Na maioria dos casos, o próprio documento define quem é o responsável direto e o responsável indireto.

Forma de identificação:

(assinatura) (assinatura)

(Nome do responsável) (Nome do co-responsável)

(Cargo do signatário) (Cargo do signatário)

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EXEMPLIFICANDO

Analista Judiciário – Arquivologia / 2012 / TRT6ª / FCC / Superior

16. As considerações que antecedem os textos dos projetos de lei, para mostrar suas vantagens e justificar as medidas propostas, configuram a chamada

a) ordem de serviço. b) instrução normativa. c) carta declaratória. d) exposição de motivos. e) resolução de consulta.

Anotações:

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Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo

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OBS. 19: Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo – embora sigam também a estrutura do padrão ofício –, além de outros comentários julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar:

a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medida ou do ato normativo proposto;

b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e eventuais alternativas existentes para equacioná-lo;

c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.

Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o modelo previsto no Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002.

11. Despacho: encaminhamento com decisão proferida por autoridade administrativa em matéria que lhe é submetida à apreciação. É muito empregado na tramitação de processos. Pode conter apenas: aprovo, defiro, em termos, de acordo ou ser redigido de forma mais complexa.

Forma

Segue o padrão ofício, incluindo-se o nome do interessado e o número do processo e suprimindo-se o vocativo e o fecho.

EXEMPLIFICANDO

17. Os pronomes de tratamento são de extrema importância na comunicação oficial. Assinale a alternativa correta sobre o uso de pronomes de tratamento e as correspondências oficiais.

a) Despacho é uma decisão emitida por uma autoridade administrativa, sobre exposição de motivos, parecer, informação, requerimento ou outros papéis submetidos pelas partes a seu conhecimento e solução.

b) Os pronomes de tratamento Vossa Excelência e Sua Excelência podem ser abreviados em qualquer circunstância, independente do cargo do agente público a quem for dirigido.

c) Os documentos oficiais Ordem de Serviço, Instruções Reguladoras e Normas de Execução servem exclusivamente para estabelecer normas para o cumprimento de determinado serviço.

d) Os presidentes de autarquias pertencem ao primeiro escalão do governo, por isso recebem o tratamento Vossa Excelência ou Sua Excelência.

e) João Paulo, Procurador-Chefe da Procuradoria de Pessoal, poderia usar o pronome de tratamento Vossa Excelência para enviar correspondências oficiais às pessoas de cerimônia.

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12. Edital: ato pelo qual se publica pela imprensa, ou em lugares públicos, certa notícia, fato ou ordenança que deve ser divulgada para conhecimento das pessoas nele mencionadas e de outras tantas que possam ter interesse pelo assunto.

Forma

• timbre do órgão que o expede; • título: denominação do ato: Edital nº ... de ... de 20XX; • ementa: facultativa; • texto: desenvolvimento do assunto tratado. Havendo muitos parágrafos, recomenda-se

numerá-los com algarismos arábicos, exceto o primeiro que não se numera; • local e data: se a data não for colocada junto ao título, deve aparecer após o texto; • assinatura: nome da autoridade competente, com indicação do cargo que ocupa.

13. Fax

O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.

Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.

Estrutura

Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:

[Órgão Expedidor][setor do órgão expedidor]

[endereço do órgão expedidor]_______________________________________________________

Destinatário:_____________________________________________

No do fax de destino:_____________ Data:_______/_______/_____

Remetente:______________________________________________

Tel. p/ contato:________ Fax/correio eletrônico:________________

Nº de páginas: esta +______ No do documento: _________________

Observações:_____________________________________________

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Analista Judiciário / 2007 / TRE-SP / FCC / Superior (adaptada)

18. Em relação ao Manual de Redação da Presidência da República, avalie os itens a seguir.

I – O campo "assunto" do formulário de mensagem de correio eletrônico deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.

II – Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

III – Se necessário o arquivamento de fax, pode-se fazê-lo com o próprio papel de fax, não sendo necessário fazer cópia dele.

Assinale

a) se apenas os itens I e III estiverem corretos.b) se todos os itens estiverem corretos.c) se apenas os itens II e III estiverem corretos.d) se apenas os itens I e II estiverem corretos.e) se nenhum item estiver correto.

14. Mensagem: instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública.

Forma

• indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da margem esquerda: Mensagem nº;

• vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda;

• texto, iniciando a 2 cm do vocativo: Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal;

• local e data, verticalmente, a 2 cm do final do texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita.

OBS. 20: a mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signatário.

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EXEMPLIFICANDO

19. Considere as afirmações que seguem.

I – A comunicação de veto a projeto de lei pelo presidente da República ao presidente do Senado Federal deve ser realizada por meio de mensagem.

II – O documento utilizado por ministro de Estado que desejar convidar outro ministro para a mesa de abertura de um seminário é a mensagem.

III – A estrutura da exposição de motivos de caráter meramente informativo segue o modelo do padrão ofício.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas I e III.

15. Nota Técnica: tem como finalidade oferecer subsídios e contribuições a debates, esclarecer gestores sobre a importância de determinada ação, dar orientações, no mais das vezes em atenção a consultas recebidas.

Exemplo de Nota Técnica

NOTA TÉCNICA Nº 018/2013

Brasília, 09 de maio de 2013.

ÁREA: Finanças

TÍTULO: Certificado Digital e a Importância para os Municípios.

REFERÊNCIA(S): Cartilha SIOPS;

Comunicado CGSN/SE nº 3, de 10 de março de 2009; Portal Receita Federal do Brasil (RFB) Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte);

CORPO DO TEXTO (BLÁ-BLÁ-BLÁ)

16. Ordem de Serviço: uma instrução (ato interno) dada a servidor ou órgão administrativo. Encerra orientações a serem tomadas pela chefia para execução de serviços ou desempenho de encargos. É o documento, o ato pelo qual se determinam providências a serem cumpridas por órgãos subordinados.

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Forma

• título: Ordem de Serviço nº …...., de …... de …...................... de 20XX (Em caixa-alta e centralizado);

• texto; • nome e cargo do chefe.

17. Parecer: opinião escrita ou verbal, emitida e fundamentada por autoridade competente, acerca de determinado assunto.

Forma

Segue o padrão ofício, suprimindo-se o destinatário, o vocativo e o fecho e incluindo-se o nome do interessado e o número do processo.

O título deve apresentar as iniciais em caixa alta e as demais letras em caixa baixa, seguido do número sequencial do documento e da sigla da unidade que o emitiu, alinhados à esquerda. Tal documento não se encontra padronizado no Manual de Redação da Presidência da República, mas em outros tantos Manuais deste decorrentes. A “urgência urgentíssima” é um mecanismo de deliberação instantânea de matéria considerada de relevante e inadiável interesse nacional. Por ele, são dispensadas todas as formalidades regimentais – exceto as exigências de quorum, pareceres e publicações -, com o objetivo de conferir rapidez ao andamento da proposição.

EXEMPLIFICANDO

20. Baseado nas normas de correspondências oficiais, assinale a alternativa correta.

a) O Parecer é um exame apurado que se faz sobre determinado assunto, com apresentação fundamentada de solução e, conforme as circunstâncias, pode ser de opinião favorável ou contrária.

b) O título e o número do processo são sempre em letra minúscula. c) O Parecer, por ser um documento oficial sem vinculação nenhuma com outra

correspondência, tem como objetivo principal fornecer subsídio para a tomada de decisões.d) Com as exigências de quorum, pareceres e publicações, todas as demais formalidades

regimentais, entre elas os prazos, são dispensadas com a adoção da urgência urgentíssima.

18. Portaria: empregada para formalizar nomeações, demissões, suspensões e reintegrações de funcionários.

Forma

• numeração: número e data de expedição: Portaria nº ..., de ... de ... de 20XX. • título: denominação da autoridade que expede o ato, em geral já impresso no modelo

próprio. • fundamentação: citação da legislação básica, seguida da palavra RESOLVE. • texto. • assinatura: nome da autoridade competente, com indicação do cargo que ocupa.

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19. Regimento: juridicamente, o regimento é uma ordenação ou conjunto de regras destinado a estabelecer as condições ou o desempenho de cargos ou funções. Desse modo, apresenta normas de conduta ou formas de ação e direção. Muitas vezes, dispõe sobre a aplicação da lei. Na administração pública, é o ato que regula o funcionamento de um órgão e indica sua competência e atribuições.

Forma

Além de cabeçalho e rodapé,

• título: Regimento Interno do...;

• texto: artigos numerados como na lei, decreto, isto é, do 1º ao 9º a numeração é ordinal; do 10 em diante, a numeração é cardinal;

• local e data.

20. Regulamento: é o conjunto de regras que se estabelece com a finalidade de executar a lei. Nesse sentido, é o ato emanado do executivo com o objetivo de estabelecer as providências necessárias ao cumprimento da lei. São as regras em que se determinam o modo de direção e o funcionamento de uma associação ou entidade.

Forma

Além de cabeçalho e rodapé,

• nome: Regulamento dos...; • texto: artigos numerados como na lei, decreto, isto é, do 1º ao 9º a numeração é ordinal;

do 10 em diante, a numeração é cardinal; • local e data.

21. Relatório: tem por finalidade expor ou relatar atos e fatos sobre determinado assunto para descrição de atividades concernentes a serviços específicos ou inerentes ao exercício do cargo. A linguagem de um relatório deve ser clara, objetiva e concisa. Deve, ainda, apresentar a descrição das medidas adotadas. Trata-se de texto administrativo escrito para prestar conta de trabalho realizado. O relatório subsidia decisão a ser tomada pelo destinatário. Por isso, é sempre conclusivo: apresenta sugestão de caminho a ser tomado pelo superior, a quem dirigido, a partir do exame direto da situação feito pelo autor. O relatório não é simples relato do ocorrido ou presenciado (narração). Deve trazer a posição do signatário sobre a situação examinada, o que significa dizer que é um texto argumentativo. A linguagem de um relatório deve ser clara, objetiva e concisa. Deve, ainda, apresentar a descrição das medidas adotadas.

Partes:

• registro – parte expositiva; traz dados obtidos por meio da observação direta da situação;

• análise – conteúdo argumentativo; confronto entre o dado da realidade e a norma aplicável (verificar se o que ocorre ou ocorreu está de acordo com a lei);

• conclusão: segunda parte argumentativa; traz avaliação da situação (normal ou anormal, regular ou irregular) e sugestão de providências.

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EXEMPLIFICANDO

21. Considere as afirmações que seguem.

I – O caráter público dos textos oficiais e sua finalidade, conforme disposto em instruções normativas, impõe o emprego do nível culto da linguagem e não comporta o emprego de linguagem técnico-científica nem de vocábulos de origem estrangeira.

II – O final de um relatório sobre o tema do texto respeitaria a norma culta e as normas de redação de documentos oficiais se fosse assim redigido:

“Ante do exposto, recomenda-se as instituições financeiras esforços conjuntos no sentido de manter a rentabilidade de seus clientes.

Brasília, 30 de abril de 2014

Respeitosamente,

Maria Silva Pedro Pereira João SouzaConselheiros

III – Não é indicada a forma de memorando para estabelecer diretrizes a serem adotadas por determinado setor do serviço público; a modalidade correta de expediente oficial, nesse caso, seria o requerimento, uma vez que o signatário do texto solicita o cumprimento de algo que o destinatário pode ou não acatar.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas II e III.e) Nenhuma.

22. Requerimento: documento utilizado para obter um bem, um direito ou uma declaração de uma autoridade pública. É uma petição dirigida a uma entidade oficial, organismo ou instituição por meio da qual se solicita a satisfação de uma necessidade ou interesse. Em sua elaboração, usa-se linguagem objetiva; incluem-se elementos como identificação, endereço...; emprega-se a 3ª pessoa do singular e do plural; utiliza-se o Padrão Ofício, contido no Manual de Redação da Presidência da República, para linguagem, identificação, tipo de letra, dentre outras características.

Estrutura:

• Designação do órgão administrativo a que se dirige; • Identificação do requerente pela indicação do nome, estado civil, profissão, morada e

número de contribuinte; • Exposição dos fatos em que se baseia o pedido e, quando tal seja possível ao requerente os

respectivos fundamentos de direito; • Indicação do pedido em termos claros e precisos; • Data e assinatura do requerente ou de outrem a seu rogo, se o mesmo não souber ou não

puder assinar.

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MODELO

Destinatário/invocação Requerente Identificação O que requer Justificativa (Amparo legal, se houver) Fecho: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar uma ou duas linhas. Não é obrigatório. (“Termos em que pede deferimento”) (Localidade e data) (Assinatura)

EXEMPLIFICANDO

22. Para se solicitar à autoridade pública algo que tenha amparo legal, tal como auxílio doença, ajuda de custo, férias e salário família, qual documento deve ser utilizado?

a) Ata.b) Telegrama.c) Procuração.d) Requerimento.e) Carta comercial.

23. Resolução: é um ato emanado de autarquias ou de grupos representativos, por meio do qual a autoridade determina, delibera, decide, ordena ou baixa uma medida. As resoluções, em geral, dizem respeito a assuntos de ordem administrativa e estabelecem normas regulamentares. Podem expedi-las os conselhos administrativos ou deliberativos, os institutos de previdência e assistência social, as assembleias legislativas.

Forma

Além de cabeçalho e rodapé,

• título: Resolução nº ..., de ... de 20XX (centralizada, em caixa alta/maiúsculas e negrito); • ementa (em negrito, alinhada a esquerda no documento); • texto (alinhado à esquerda); • assinatura e cargo de quem expede a resolução.

24. Telegrama

Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc.

Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu custo elevado, essa forma de comunicação deve pautar-se pela concisão.

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Forma

Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet.

NUMERAÇÃO DAS PARTES DE UMA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

Artigo: até o artigo nono (art. 9º), adota-se a numeração ordinal. A partir do de número 10, emprega-se o algarismo arábico correspondente, seguido de ponto-final (art. 10). Os artigos serão designados pela abreviatura "Art." sem traço antes do início do texto. Cada artigo deve tratar de um único assunto.

Parágrafos (§§): desdobramentos dos artigos; numeração ordinal até o nono (§ 9º) e cardinal a partir do parágrafo dez (§ 10). No caso de haver apenas um parágrafo, adota-se a grafia Parágrafo único (e não "§ único").

Incisos: elementos discriminativos de artigo se o assunto nele tratado não puder ser condensado no próprio artigo ou não se mostrar adequado a constituir parágrafo. Os incisos são indicados por algarismos romanos.

Alíneas: desdobramentos dos incisos e dos parágrafos; são representadas por letras. A alínea ou letra será grafada em minúsculo e seguida de parêntese: a); b); c); etc. O desdobramento das alíneas faz-se com números cardinais, seguidos do ponto: 1.; 2.; etc.

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO

SERGIPE GÁS / 2010 / FCC / Médio

23. (34146) Os artigos de um ato oficial são numerados por algarismos cardinais a partir do

a) décimo.b) terceiro.c) vigésimo.d) segundo.e) décimo quinto.

24. Assinale a única definição INCORRETA das partes de uma lei.

a) ArtigoUnidade básica para agrupamento de

assuntos, representada pela abreviação “art.”

b) Parágrafo único Disposição solitária de um artigo, representada pelo símbolo “§ único”.

c) Parágrafo Divisão de um artigo, que explica ou modifica a disposição principal.

d) Incisos Elementos discriminativos de um artigo, representados por algarismos romanos.

e) Alíneas Desdobramentos dos incisos e parágrafos, representados por letras.

SIGLAS

Siglas que são pronunciáveis: no mesmo corpo do texto e somente com a inicial maiúscula. (não se usam pontos intermediários ou pontos finais)

Exemplo: Detran

Maiúsculas: siglas com quatro letras ou mais quando se pronunciar separadamente cada uma das letras ou parte delas.

Exemplo: INSS, BNDES, IBGE

Maiúsculas: siglas até três letras.

Exemplo: SUS

Siglas consagradas pelo uso: a primeira referência no texto deve ser acompanhada de explicitação de seu significado.

Exemplo: Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde (Ascom).

Manutenção da forma original: siglas que em sua origem trazem letras maiúsculas e minúsculas na estrutura.

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Exemplo: CNPq

Siglas dos órgãos estrangeiros 1: as traduzidas para o português deverão seguir essa designação, e não a original.

Exemplo: Organização das Nações Unidas (ONU)

Siglas dos órgãos estrangeiros 2: mantém-se a sigla estrangeira não traduzida, mesmo que o seu nome em português não corresponda perfeitamente à sigla.

Exemplo: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) Plural: acréscimo de “s”, sem apóstrofo.

Exemplo: Organizações Não Governamentais (ONGs).

Anotações:

EXEMPLIFICANDO

Analista Judiciário / 2007 / TRE-SP / FCC / Superior (adaptada)

24. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, assinale a alternativa em que não esteja correta a indicação de horas.

a) cinco horas.b) 20h30min.c) 22 horas.d) 19h.e) 14:30h.

Gabarito: 1. B 2. B 3. A 4. C 5. A 6. E 7. E 8. E 9. C 10. A 11. E 12. D 13. A 14. E 15. D 16. D  17. A 18. D 19. E 20. A 21. E 22. D 23. A 24. B