Reforma abre visuais da casa e renova com móveis assinados

POR Marcela Millan • FOTOS Alessandro Guimarães

Designda mata

Depois da reforma idealizada pelo escritório RAC Arquitetura, a casa ficou mais aberta e se volta para o exterior. Os caixilhos foram pintados de azul de modo a se sobressaírem sobre a base branca, enfatizando o estilo caiçara. O painel de televisão em peroba é o destaque do living, compondo com o rack executado sob projeto na Marcenaria Camburi. As poltronas Gavea, de madeira e palhinha, o sofá C11 e mesa de centro de C41, desenhados por Marcus Ferreira, contrastam com o chesterfield estampado, adquiridoem brechó.

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A casa de 205 m² em Camburizinho tinha as estruturas de madeira comprometidas pelo tempo e o piso externo de ce-râmica estava afundado. Nem mesmo a planta original va-lorizava o espaço. Como a maioria das residências antigas, era muito compartimentada, cheio de paredes. A cozinha não se comunicava com a sala. Para atualizar e personali-zar a edificação, o empresário e a sua filha jovem, amantes do mar e de confraternizações com os amigos, que desejam uma residência mais aberta para o exterior, contrataram o arquiteto Ricardo Alexandre Cesar, da RAC Arquitetura.O projeto abriu a casa para o exterior e para si mesma. Assim, removeu a parede que antes separava a cozinha do living, “tornando o espaço mais arejado e sem interferên-cias visuais”, descreve. A ideia era permitir que os grandes ambientes fossem beneficiados com a vista das praias do Camburizinho e Camburi. Agora, a sala se estende para

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Na cozinha, a madeira ganha modernidade com toques inox e coloridos de amarelo. Aqui, veja que a estrutura de peroba de demolição é evidenciada. A bancada cinza absoluto (Marmoraria Boiçucanga) divide-se em área de trabalho e de refeição. Os armários ao fundo, em traços retos e sob medida, foram projetadospara racionalizar o espaço.

o jardim, para a piscina e para a cozinha que, por sua vez, se prolonga para a sala e para a área gourmet. “A casa tem outros horizontes. Contemplar o externo, como as árvores, a praia e o mar, era essencial”, diz o arquiteto.A linguagem adotada pela proposta misturou referências das antigas casas caiçaras – brancas com caixilhos pin-tadas na cor azul – com soluções e design modernos. As escolhas recaíram para materiais naturais, como a peroba de demolição da mesa de jantar e do painel da televisão e a lona de caminhão, que reveste o sofá. As peças se misturam com mobiliário executado em marcenaria e um sofá adquirido em brechó. Ao centro de tudo uma mesa de Marcos Ferreira que mais lembra uma escultura. A ilu-minação também foi renovada com LED, com fitas atrás de elementos de destaque como da televisão e na estrutu-ra do telhado da suíte principal.

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“A integração da casa com o todo é uma das

principais marcas dos nossos

projetos”Ricardo Alexandre Cesar,

arquiteto

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