Caserna Cimo Lugar 14

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CASERNA DO CIMO DO LUGAR Mais uma Nacional Agosto de 2009 A comissão dos Proprietários (pág. 4/5) Felgarenses no mundo (pág.8) Sistema de HACCP (pág.10) Crónica desportiva (pág.13) Vindimas 2009 (pág.14) A Água (pág.15) Directores: José Rachado Paginação: Mário Pinto Propriedade: União Desportiva de Felgar Redação: Felgar Quadrimestral nº14 DESTAQUES Agir contra a gripe A (pág.11/12) Em destaque na reportagem fotográfica, a segunda aventura pelas nacionais Lazer (pág.16)

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Caserna Cimo Lugar - edição nº 14 - Felgar/Torre de Moncorvohttp://felgar-online.pt.vu/

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CASERNADO CIMO DO LUGAR

Mais umaNacional

Agosto de 2009

A comissão dos Proprietários

(pág. 4/5)

Felgarenses no mundo (pág.8)

Sistema de HACCP

(pág.10)

Crónica desportiva (pág.13)

Vindimas 2009 (pág.14)

A Água(pág.15)

Directores: José RachadoPaginação: Mário PintoPropriedade: União Desportivade Felgar Redação: Felgar

Quadrimestral nº14

DESTAQUES

Agir contra a gripe A(pág.11/12)

Em destaque na reportagem fotográfica, a segunda aventura pelas nacionais

Lazer(pág.16)

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DO CIMO DO LUGAREditorial

Tempos de festa por: José Rachado

E assim se fez a festa e escreveu-se mais uma página na nossa história.No último número enaltecemos o feito de uma equipa jovem, mas talentosa, de um meio pequeno mas de uma qualidade imensa, com falta de condições de trabalho mas com uma vontade de vencer que superou tudo. Há quem o queira menosprezar, há quem nem nunca lhe tenha dado qualquer valor, há mesmo quem faça de conta que nada disto existiu, saberá-se lá porquê. O certo é que uma equipa pro-veniente de uma aldeia, com um orçamento que para pouco mais que arbitragens e deslo-cações dava foi campeã Distrital perante os pesos pesados do futsal distrital, equipas de vilas e cidades e que se vergaram à qualidade demonstrada pelos nossos pequenos e pelo trabalho desenvolvido na última década pe-las direcções e equipas técnicas da nossa al-deia. Estes miúdos estão de parabéns e não podem nem devem ser esquecidos, sendo que para eles e para a sua equipa técnica todas as homenagens são poucas, porque eles mere-cem. Nos nacionais mostraram em 2 dos 4 jo-gos uma qualidade acima da média e mostra-ram que em nada são inferiores aos campeões distritais de Braga e Porto (que veio mais tar-de a sagrar-se mesmo campeão nacional). Parabéns para eles.

Esta altura é de regresso de muitos emigrant-es que vêm rever familiares e amigos, atenuar saudades da sua terra e participar nas festivi-dades em honra de N. Senhora do Amparo, que ano após ano continuam a servir como pretexto para os felgarenses visitarem a sua terra natal. Temos sempre de relembrá-los mas sem nun-ca esquecer os que, dia após dia, lutam para que ao longo do ano os nossos jovens e menos jovens vão tendo actividades, para que contin-uem a manter-se as tradições que em muitos lados andam adormecidas mas que na nossa terra a pouco e pouco se vão reavivando, con-tribuindo assim para um dinamismo invejáv-el que a nossa aldeia vai mantendo apesar da perda cada vez mais significativa de pessoas e sobretudo da crise que a todos vem abalando. Neste intuito se pretende manter este jornal, para dar as boas vindas aos nossos emigrant-es, para quando estão fora poderem ter acesso a informações da aldeia que trazem no coração e também para enaltecer todos os que durante o ano labutam para que continue a haver pre-textos de junção de felgarenses e para que o Felgar continue a ser o orgulho de todos os que por razões de força maior tiveram de o aban-donar.Aproveito para desejar a todos que se divirtam o mais possível nas festividades de N. Sra. do Amparo deste ano.

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União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

U.D.F. em acçãoMais uma maratona e um festival que

se realizaram no complexo desportivo, para dar seguimento às já esperadas activi-dades. Este ano a maratona decorreu entre 24 e 26 de Julho, a par do festival Noites no Prado, também organizado pela União Desportiva de Felgar, que decorreu a 24 e 25 de Julho.

Esta 3ªedição da maratona de futsal contou com a participação de dez equipas que se distribuíram por dois grupos. Sendo o grupo A composto pela Açoreira, Zigue-zagueados (única equipa da terra), Bos-ch Service, Elite Café Café e Junqueira. O grupo B constituído por Canavarro Café,

Gra. Midoel/Sernor Caixilharias, Arte Sabor Douro, Pad. Rodrigues/Café Fonte Nova e Situação Bar. A equipa que levou a melhor na maratona foi a Gra. Midoel/Sernor Caixi-lhariasa, derrotando na final a equipa Cana-varro Café por 3-2.

Esperava-se uma maior afluência de equipas, mas mesmo assim deu para organi-zar uma boa competição, com equipas que exibiram bastante qualidade. É de destacar a qualidade técnica de alguns jogadores, no-meadamente Nuninho, Paulo Faria e Mani-che (internacional sub 21), todos eles atletas profissionais, que proporcionaram grandes momentos de futsal a todos os que se deslo-

caram ao complexo desportivo da U.D.F..O festival Noites no Prado, também

este na sua 3ªedição, dedicou a sua pri-meira noite ao Reggae, com o DJ Peni-nha. No seu primeiro dia foram também desenvolvidas outras actividades, como o paintball e o tiro de precisão.

Na segunda noite subiram ao palco Homem Mau, os Duff e The Ratazanas, que garantiam um óptimo serão.

Mário Pinto

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DO CIMO DO LUGAREM DESTAQUE

A comissão dos proprietários de Felgar

por: Carlos Seixas1. Por o Felgar se situar numa zona das mais periféricas de Por-

tugal, isolada e profundamente rural, por aqui sempre as comuni-dades locais encontraram formas de mobilização visando uma auto regulamentação dos espaços e de apropriação social do dia a dia da vida colectiva nesta comunidade rural do interior profundo.

No Felgar, desde sempre, houve manifestações de um as-sociativismo precoce e muito peculiar, que dariam abundante tema para um excelente trabalho de investigação de cariz histórico/et-nográfico e de características mui sui generis e únicas : - reparti-ção das águas e regadio, arrematação da barca de Silhades, fornos de poia, regulamentação das matas, e, mais recentemente, a mor-domia, a filarmónica felgarense … -.

Aqui, só vamos tratar da comissão dos proprietários, ins-tituição associativa e da sua importante função social ao outorgar, por excelência, um interessante resquício do comunitarismo agro-pastoril : o sistema das Voltas.

2. Os fundamentos da vida colectiva das comunidades lo-cais começaram por ser regulados nos primórdios da nacionalida-de através da outorga das cartas de foral, onde, a par da prescrição de normas de direito público, concessão de privilégios e da auto regulamentação das mais dispares actividades concelhias e da co-lectividade, sempre regulamentavam a forma de gestão e adminis-tração dos pastos, por ser uma actividade potencialmente geradora de conflitos entre os locais.

Nas centúrias seguintes a gestão política e administrati-va da partilha dos pastos continuou a ser feita e a apoiar-se funda-mentalmente no assentimento dos interessados, reunidos em con-cillium e assente em instrumentos de base consuetudinária e cuja legitimidade e institucionalização jurídica, política e social é feita por órgãos pouco especializados e não burocráticos – a Assembleia dos vizinhos, o Juiz e o Regimento – mas dotados de grande prestí-gio social, o que dava força à gestão e dirimição dos conflitos.

_________________________________________________* Á memória dos ilustres felgarenses – António Miranda [

1900 – 1969 ], Afonso Salgado [ 1884 – 1961 ] e Dr. António Pi-res [ 1899 – 1967 ] – membros fundadores da Comissão dos Pro-prietários, relevando a sua importante função social e, infelizmen-te, já extinta.

3. No Felgar setecentista, reuniam-se estes órgãos formais de controle na casa do conselho, sita no rossio da Praça, onde, após prévia convocação pelos toques do pequeno sino que existia no seu frontispício, deliberavam através de acórdãos, aos quais toda a comunidade devia obediência, sob pena de aplicação de coimas ou mecanismos a despoletar aos não cumpridores.

A legitimidade deste direito local, vinda destes tempos ancestrais, baseava-se nos usos consuetudinários e nas próprias práticas e tradições locais que tinham força de lei e que se ma-nifestavam ou conjugavam num calendário rigoroso que cobria todo o ano agrícola, e por este era condicionado, gerindo e legis-lando sobre determinados assuntos : gados, pastos, água, contri-buição braçal, matas, abastecimentos de géneros, fontes, limpeza das ruas, baldios, posturas, regimento, etc …

Depois, e até à implantação da República em 1910, ca-bia à Junta da Parochia, sempre presidida pelo pároco local e por demais vogais por ele escolhidos e que sempre reunia e delibera-va na sacristia na igreja, a tarefa de administrar os pastos, tendo, por exemplo, em Junho de 1875, arrematado os pastos do Sairi-nho, do Vale, do Ar da Casa e Abexeiros e dos Restolhos d’Além do Rio Sabor a 4 pastores, por um total de 54 mil reis, com exi-gência de cada um apresentar o seu fiador, vindo mais tarde, em Novembro de 1908, quiçá devido aos abusos praticados, a delibe-rar que se “ prohíbisse o pastorear com gado lanígero e caprino no prado e nas vergeiras do rio Sabor pertencentes a esta corpora-ção … ”.

Foi esta uma deliberação tímida ou o sinal de que o plan-tio no termo ainda era muito incipiente, uma vez que só em 1915 se proibiu “ o pastorear com gado lanígero e caprino nas ladeiras do limite do Felgar desde o dia primeiro de Janeiro. ”

4. É já com a implantação da República que damos con-ta, em 1911, do estabelecimento, pela primeira vez, de uma linha divisória e delimitadora do pastoreio.

Assim, pela sua importância, extractamos da delibera-ção conjunta da Junta da Freguesia, do regedor e principais pro-prietários que :

“ … se fizessem levantar os gados lanígeros e caprinos

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de todos os terrenos de onde haja oliveiras, isto é, sendo prohibi-do pastoriar com os referidos gados desde os seguintes pontos para baixo, a principiar às Pias, direito ao Cabeço da Estrecada, à Casa do Caseiro, à Roferta, Carreirão do Valdusso, acima ao Escoura-dal, ao lagar do Sr. Dr. Bernardo, à Calçada, à Fábrica, à Fraga do Sobreiro indo pelo caminho e daí aos Pinhais do Nascedouro, às fragas do Fojo, destes pontos para baixo não poderão pastorear com os gados acima mencionados …”

Para, logo de seguida, deliberarem que, “ a apanha da azeitona se não lhe desse começo até ao dia 9 de Dezembro próxi-mo … e que se nomeassem guardadores para guardarem a azeito-na enquanto não terminasse a ceifa e que cada um proprietário des-ta freguesia se sujeitava ao pagamento que lhe coubesse da quantia de 300 reis ”.

Tal deliberação, outorgada com o objectivo primário de proteger fundamentalmente os interesses do lavrador, foi poten-cialmente criadora de situações de conflito com os pastores, o que levou a que, em 1921, se estendesse a proibição a toda a margem direita do rio Sabor e ficou consignado ser expressamente proibi-do “ aos creadores que não sejam da freguesia do Felgar pastorea-rem com qualquer espécie de gado tanto ovino como caprino den-tro do termo do Felgar … ”.

Neste mesmo ano a mesma Junta de Freguesia, por regu-lamento, manteve a linha divisória e delimitadora acima referida e elucidativamente fundamenta tal proibição na seguinte passagem : “ Que tendo-se acentuado o desrespeito pela propriedade e pelo proprietário, ameaçando-se este e destruindo-se aquela da parte de alguns pastores que não consideram o grande perigo que ameaça a vida económica do povo d’esta freguesia, tudo roendo e tudo de-vassando, a ponto de alguns proprietários se absterem de plantar e semear os seus campos, especialmente nos terrenos denominados as ladeiras, terrenos que se encontram completamente povoados de amendoeiras, oliveiras, figueiras, etc, é expressamente prohibi-do o apascentamento de gado caprino nos ditos terrenos, … ”.

Ou seja, na dirimição deste conflito ambas as partes en-volvidas cediam : os lavradores deixam pastorear nas ladeiras numa determinada época e os pastores nunca aí poderão pastorear com o gado caprino.

5. Contudo, as situações de conflito e de abusos pratica-dos no pastoreio deveriam ser muitas e graves nas propriedades do termo, de tal forma que a Junta de Freguesia, em fins de 1934, adoptou e fez publicar uma Postura muito restritiva nas zonas de-limitadas ao pastoreio.

Assim, só nos terrenos do Cabeço da Mua, Serrinha, Traz dos Palheiros, Calvário, Barreiros, Borda da Serra e Marrada, e esta enquanto não esteja semeada de qualquer cereal, era permiti-do o apascentamento do gado ovino e caprino, sendo que este em mais nenhuma zona podia pastorear, à excepção da Lameira do Prado onde era permitido o apascentamento nos meses de Julho e Agosto a esta espécie de animais e ainda ao gado cavalar, muar,

bovino, asinino e suíno ( este sempre com arganel ) durante todo o ano, mas sem prejuízo ou interrupção das debulhas dos cereais que ali se realizavam.

Também era permitido o apascentamento de gado cavalar, muar, bovino e asinino nas Vergeiras do rio Sabor, sendo aí permi-tido só ao barqueiro apascentar gado suíno.

6. Em 1940, por motivo de entrada em vigor do novo Có-digo Administrativo, a Junta de Freguesia convidou o Dr. Arman-do Martins – Advogado e que mais tarde ingressou na carreira di-plomática – a modificar a Postura de 1934 que regulamentava os pastos, tendo procedido a alterações de pequeníssima monta, só se registando o alargamento do pastoreio à Serra da Carvalhosa e La-meiras da Serrinha e a proibição do apascentamento de quaisquer animais nas Vergeiras do rio Sabor, sem prejuízo de prévio e ex-presso licenciamento por parte da Junta de Freguesia.

Mas, a grande reforma nos usos e práticas agro-pastoris estava a chegar com a criação, em Outubro de 1940, de uma enti-dade que veio substituir, e muito bem, a Junta de Freguesia no que concerne à regulamentação da apascentação dos gados. Essa enti-dade, dotada de meios próprios e de enorme autonomia adminis-trativa e financeira, foi a Comissão dos Proprietários, e, sobre ela, continuaremos a escrever em próximo artigo.

( continua ) Carlos Seixas 01/08/2009

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DO CIMO DO LUGAR Reportagem fotográfica

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DO CIMO DO LUGARFelgarenses no mundo

Ser FelgarenseAo ler hoje o Fórum do FELGAR tive vontade de escrever

algo a respeito. Nasci em Felgar 03/09/1942, como comprovado no Livro próprio na Sacristia da Igreja Matriz do Felgar, cons-tatado e fotografado por mim em 2004, portanto Felgarense de gema (expressão usada por estas terras), a vida relatada por meu pai à época dura e sacrificada ainda aos dias de hoje; facto este constactado por mim nas viagens que fiz por todo Portugal. O pessimismo do povo Português é facilmente constactado em lei-turas, seja de Livros, música de fados, artigos e noticiário que acompanhamos pela TV internacional, pouco difere das histó-rias que meu saudoso pai contava em sua simplicidade. Pode-ríamos achar razões para a tristeza do povo Português simples-mente referindo a ditadura fascista de tantos anos que colocou Portugal num ferrolho. Nada lembrando as fantásticas épocas dos descobridores, história que admiro. Estes factos são a razão de tanta evasão dos portugueses para outras terras, muitos se de-ram bem e outros menos, mas certamente a coragem e tentativa de mudança em busca de melhor vida só poderiam ser de cora-josos, aqui trato em especial dos Felgarenses, sangue dos desco-bridores se aventurando por terras desconhecidas em busca do bem estar e futuro familiar focado principalmente na esperan-ça. Os Felgarenses que conheço fora de Portugal sorriem mais; e olham o mundo com outros olhos e da coragem que exerce-ram cientes da liberdade que conquistaram. Na minha estadia no Felgar constactei algumas coisas que o ser humano relega com o passar do tempo usando principalmente o lado CRISTÃO, ou seja o perdão, a compreensão a felicidade de rever irmãos, pri-mos, parentes, tive a oportunidade de ver rancores enrustidos nas pessoas tomando exemplo de irmãos que não falam com ir-mãos, seja por briga de terras, heranças ou por nada. Faço refe-rência à época dos que da África retornaram e pelas histórias co-nhecidas foram denominados de “os retornados”. Quero dizer

que entendo perfeitamente a alma Felgarense, pois quando me descuido aflora em mim esse sentimento carrancudo, sisudo, pre-cisando me fiscalizar para que minha herança não aflore.

É hora de mudar; as Festas aproximam-se onde vários Felga-renses visitam a Família, ou aqueles que simplesmente gostam das festas, lembrando que em todo Portugal o mês de Agosto em todas as aldeias há festas, aqueles que optarem pelo Felgar sejam bem recebidos com alegrias sinceras, sem rusgas que por muitas vezes não tem razão de ser. Lembrando as Festas são de cunho Cristão.

Portugal parece igual: o pessimismo, a crise, o frio, o stress no trânsito e, doutro lado, a amizade, o amor de família, o aconche-go dos aquecedores e lareiras, a televisão, a minha gata, a minha casa…........(extraído de uma crónica).

Nós que estamos fora há tantos anos e temos a coragem de di-zer sou Português, nascido no Felgar, Concelho de Torre de Mon-corvo, Distrito de Bragança, somos genuinamente FELGAREN-SES, divulgando com saudade a terra que nos viu nascer.

Um abraço a todos os FelgarensesAntonio Augusto AlmeidaSão Paulo, Brasil

Tinha 18 anos quan-do deixei a minha terra natal à procura de uma vida melhor. Parti com muita angústia, pois dei-xei a minha família e os meus amigos.

Foi devido à minha fé em Nossa Senhora do

Amparo que me permi-tiu acreditar que poderia procurar crescer na vida. E consegui, pois profis-sionalmente cresci bas-tante e tive a oportuni-dade de encontrar uma mulher excepcional com quem constitui família

e me deu três lindos fi-lhos, a quem hoje posso dar uma vida que eu não tive e proporcionar-lhes os seus sonhos.

Procurar a vida

Adriano José Gomes Aires

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DO CIMO DO LUGARInfo

por: Eduardo Sousa

O SISTEMA HACCPÉ com imenso prazer que escrevo nestas páginas para ajudar a

dar continuidade a este jornal que vai dando informação a todos os Felgarenses residentes e os que se encontram espalhados um pou-co por todo o mundo.

Agradeço desde já o convite endereçado.

Mas vamos ao que interessa, o que me proponho aqui divagar vem de acordo ao que hoje em dia vem sendo essencial para uma melhor eficácia em todos os estabelecimentos que lidem com os considerados “bens alimentares”, desde restaurantes a cafés, pas-sando por supermercados, hipermercados, e claro está os famosos bares andantes, vulgos “roullotes”, onde se pode comer o cachor-ro, a bifana ou o pão com chouriço, como também acontece na nos-sa digníssima festa.

O assunto é o Sistema HACCP.

O que significam estas siglas?

Pois bem HACCP é Hazard analysis critical-control point, isto é Análise de Perigos e Controlo dos Pontos Críticos.

O sistema HACCP é um sistema preventivo de controlo ali-mentar cujo objectivo é a segurança dos alimentos para a saúde do consumidor.

O HACCP é uma abordagem documentada e verificável para a identificação dos perigos, medidas preventivas e controlo de pon-tos críticos, e implementação de um sistema de monitorização.

Como surgiu o Sistema HACCP?

Foi desenvovido nos anos 60 pela empresa Pillsbury (EUA):• Esforço conjunto para a produção de alimentos seguros

para os astronautas;• Apresentada pela Pillsbury á American National Confe-

rence for Food Protection em 1971 e desde então tem sido ajusta-do pela Indústria Alimentar Mundial.

• Década de 1970-79; rapidamente foi implementado o HACCP nas indústrias alimentares americanas (catering);

• Década de 1980-89; o HACCP expandiu-se á Europa, inicialmente ao Reino Unido – parceiro comercial estratégico dos E.U.A.

• Década de 1990-99; na última década do Séc.XX o HAC-CP é exigido pelas maiores economias mundiais – U.E., E.U.A., Japão, Austrália.

• Década de 2000-09; provavelmente o HACCP será visto como um sistema elementar, universalmente aceite e exigido.

Os benefícios do Sistema HACCP

• Aplicação na totalidade da cadeia alimentar;• Prevenir perigos relacionados com a contaminação de

alimentos;• Aumenta a confiança na segurança do produto;• Transmite segurança aos clientes e organismos oficiais

de controlo; • Incrementa a melhoria do processo;• Reduz o número de reclamações;• Desenvolve a disciplina do trabalho em equipa;• Redução de perdas, resultantes de análises, espera dos

resultados analíticos; • Facilita oportunidades de negócio;• Evidência do cumprimento de regulamentos e

especificações.

Ficamos por aqui, até uma próxima e uma óptima festa de 2009.

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AGIR CONTRAA GRIPE A

Portugal contabiliza, desde o início de Maio até 19 de Agosto de 2009, um total cumulativo de 1634 casos confirmados de Gripe A (H1N1). A quase totali-dade destas pessoas já retomou a sua vida diária, com normalidade e, na maio-ria dos casos, não houve necessidade de internamento hospitalar.

O surgimento de casos de transmissão secundária e o aumento de casos im-portados – como aconteceu nos últimos dias – eram previsíveis pelas autorida-des de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia. Não há por isso, razão para alarme, mas sim para atenção redobrada. A preparação de um país para enfrentar a pandemia de gripe é boa se for boa a preparação de cada região, concelho ou comunidade.

Organize-se contra a gripe. O objectivo é simples: dificultar ao máximo a transmissão do vírus. Em caso de sintomas de gripe deve contactar de imedia-to a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seguir as indicações que lhe forem da-das. Esta deve ser a primeira medida a tomar antes de se dirigir a um serviço de saúde (Centro de Saúde ou Hospital). O contacto com a Linha de Saúde 24 per-mite, perante os sintomas descritos e informações que prestar, reconhecer se se trata de uma suspeita de Gripe A. Isto evita o incómodo de uma ida desneces-sária a um serviço de saúde.

Acresce que, em caso de suspeita de infecção pelo vírus da Gripe A, o con-tacto inicial com a Linha de Saúde 24 garante-lhe o transporte imediato para um dos hospitais de referência, em condições que salvaguardam a sua saú-de e a das pessoas que consigo contactam, diminuindo o risco de contágio da infecção.

Finalmente, não se esqueça: é importante lavar frequentemente as mãos, proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, sempre que possível com len-ços de papel que não devem ser reutilizados, para evitar a rápida propagação do vírus.

por: Altina Pinto

“Organize-se contra a gripe. O objectivo é simples: dificultar ao máximo a transmissão do vírus”

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DO CIMO DO LUGARInfo

O que é a Gripe A (H1N1)

- É uma doença respiratória provocada por um novo subti-po de vírus influenza A (H1N1), que adquiriu a capacidade de se transmitir entre os seres humanos;

- O período de incubação (tempo que decorre entre o momen-to em que a pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas) pode variar entre 1 e 7 dias.

Situação da doença

Os primeiros casos terão ocorrido no México, com difusão para muitos países. A situação a nível mundial está em constante evolução. Para informações actualizadas, consulte o microsite da gripe em http://www.dgs.pt e o site Centers for Disease Control and Prevention em http://www.cdc.gov/h1n1flu/.

Como se transmite

- De pessoa a pessoa através de gotículas libertadas quando uma pessoa tosse ou espirra;

- Contacto das mãos com superfícies, roupas ou objectos con-taminados por gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa infectada.

Atenção: o vírus permanece activo nas superfícies 2 a 48 horas

Cuidado com os manípulos das portas, teclados e rato de computador e telefone

O vírus não se transmite através dos alimentos.

Sintomas / Sinais mais frequentes

- Semelhantes aos da gripe sazonal;- Febre superior a 38ºC;- Sintomas respiratórios (tosse; nariz entupido);- Dor de garganta;- Outros sintomas: dores no corpo ou musculares; dores

de cabeça; arrepios de frio; fadiga; e nalguns casos vómitos e diarreia.

Medidas gerais de protecção individual

Lavar frequentemente as mãos com água e sabão líquido ou utilizar uma solução de base alcoólica

- Cobrir a boca e o nariz quando tossir ou espirrar com um lenço de papel ou fazê-lo para o antebraço. Nunca usar as mãos;

- Utilizar lenços de papel uma única vez, colocando-os ime-

diatamente no lixo;- Lavar frequentemente as mãos com água e sabão líquido ou

utilizar uma solução de base alcoólica;- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem ter lavado as mãos;- Evitar o contacto próximo (a menos de 1 metro) com pessoas

que apresentem sintomas de gripe; - Evitar frequentar espaços públicos fechados e pouco arejados.

O que fazer no caso de apresentar sintomas

de gripe

- Permaneça em casa, ligue para a LINHA SAÚDE 24 808 24 24 24 e siga as instruções que lhe forem transmitidas. Se tiver que con-tactar com outras pessoas deve utilizar uma máscara protectora da boca e nariz assim como as pessoas que consigo contactem;

- Mantenha a distância de pelo menos 1 metro em relação às ou-tras pessoas;

- Evite o cumprimento com beijos ou abraços;- Lave as mãos com frequência (Antes e após as refeições; Após

ida à casa de banho; Após tossir ou espirrar; Após manusear lenços com secreções; Após tocar em superfícies muito manuseadas como por exemplo manípulos de portas);

- Procure usar sempre lenços de papel para se assoar, de utiliza-ção única e coloque-os de imediato no lixo. Como recurso use o an-tebraço para proteger a boca e o nariz, se tossir ou espirrar.

Colabore, protegendo-se a si e aos outros.

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União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

Crónica desportiva por: António Gomes

Depois das férias de natal passadas e com a equipa sénior da U.D. Felgar a fazer uma pri-meira parte de campeo-nato muito boa, eis que vem a 2ª volta. Esta veio revelar-se péssima para a equipa da nossa terra pois não conseguiu mais nenhum ponto na tabe-la classificativa. Fica po-rém o convívio e o es-pírito de amizade que continuou a ser uma constante.

Maiores alegrias nos

deram as nossas cama-das jovens, como os nossos infantis, que ape-sar de não terem conse-guido qualquer ponto no campeonato, e perdendo por margens um pouco grandes, mostraram uma grande evolução na sua mentalidade e estilo de jogo. Espera-se que os miúdos continuem com essa grande vontade de evoluir e serem o futuro do desporto no Felgar.

Outra equipa que se revelou por esta mag-

nifica terra neste ano desportivo foi a equi-pa de juvenis que pou-co depois de se sagra-rem campeões distritais foram aos nacionais dar luta aos seus adversá-rios e mostrando que no Felgar também há bom futsal e bons jogado-res. As equipas sortea-das para confrontos com os nossos juvenis foram as equipas de juvenis do Coahemato (Leça), que acabou por se sa-grar campeão nacional

frente ao Sporting Clu-be de Portugal e os juve-nis da histórica e primo-divisionária equipa da Fundação Jorge Antunes (Vizela). Apesar dos re-sultados não serem fa-voráveis há U.D.Felgar eles mostraram grande empenho e esforço em todos os jogos.

Para o ano espera se uma melhor participa-ção e empenho de todos os atletas da nossa terra, com grandes resultados e que sejam favoráveis

U.D.Felgar.Pede-se também à

população desta saudosa terra que se façam sentir em cada jogo do clube e assim, conseguir dar maior emoção ao jogo e maior moral aos nossos atletas.

Séniores11ºlugar distrital

Juvenis1ºlugar distrital3º nacional norte

Infantis6ºlugar distrital

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DO CIMO DO LUGAROs nossos produtos

Vindimas 2009Mais um final de Verão significa também mais um perío-

do de vindimas. Como já é costume, vou tentar ajudar, ainda que teoricamente e de uma forma resumida, a orientar os nos-sos produtores de vinho a conseguirem um produto mais está-vel e duradouro.

Começamos então a vindima, na própria vinha, a se-lecção de cachos é muito importante, pois todas aquelas uvas com excesso de podridão, as uvas dos “ladrões” ou desavinho, bem como as partes de lenha e folhas são prejudiciais a aquilo que será a saúde do vinho. A podridão cinzenta provocada pelo fungo Botritys cinerea, para o vinho que queremos, é prejudi-cial, pois dá origem a vinhos desequilibrados, bastante oxida-dos e muito susceptíveis a contaminações acéticas; as uvas do desavinho, são aquelas que ficam verdes e sem um cacho defi-nido, são igualmente prejudiciais pois apresentam níveis de aci-dez elevados, e muitos maus aromas como o de relva, que faz com que o vinho pareça maçã ácida, o que, é pouco aconselhá-vel. A parte lenhosa e folhas, são um pouco como as uvas ver-des, têm muitos aromas verdes e acidez não aconselhável.

Depois da colheita, temos então o transporte, que deve ser feito o mais rápido possível e com as uvas o mais intactas que se possa. Uvas esmagadas antes de chegar a adega, são foco de contaminações acéticas, ou seja, o futuro de um belo vina-gre, deve-se então evitar o esmagamento precoce para que não tenhamos dissabores na produção do nosso néctar fermentado.

Já na adega, durante o esmagamento, deve proceder-se a “cura” de todos os elementos maléficos das uvas, e aqui en-tra o tão controverso, mas usado em todo o mundo, não só nos vinhos mas em quase tudo que comemos e bebemos, SO2, so-lução sulfurosa. Numa adega onde as uvas chegam de parte in-certa, e com aspecto um pouco duvidoso, as doses de sulfuroso são mais elevadas do que as que eu recomendo aos nossos leito-res; para um vinho saudável e para não termos surpresas desa-gradáveis, recomendo 1 litro de solução sulfurosa a 6% por cada 1000 kg de uvas, se as uvas estiverem perfeitamente intactas e sem doenças, pode usar-se até metade deste valor, mas aí o ris-co é um pouco aumentado.

Estando as uvas no lagar, prontas a serem pisadas, deve pensar-se se a inoculação de leveduras é uma boa opção, ou se vamos usar somente as indígenas. Estas, que estão na pe-lícula da uva, são menos resistentes mas não deixam de ser boas para fermentar. Depois vem a pisa, o vinho deve ser pisado ou remontado o maior número de vezes possível ao dia, e sempre que isso não aconteça, deve cobrir-se a superfície do vinho em fermentação, para evitar a oxidação da manta e assim acelerar o mau envelhecimento do vinho. Durante a fermentação, as le-veduras vão precisar de alimento a base de aminoácidos, entra agora aqui o mito das maçãs bem como o exagero no mito e uti-

lização de carnes. Existe já no mercado uma vasta gama de produ-tos para “alimentar” leveduras, se quiserem optar por frutas, como o marmelo, maçãs ou framboesas até, podem fazê-lo, embora o resul-tado nem sempre é alcançado da melhor forma. As doses; os produ-tos de mercado têm o doseamento descrito, que varia de produto para produto, os produtos caseiros, fica ao critério de quem os utiliza, car-nes, nem pensar, esqueçam isso.

O vinho tem um pH óptimo que varia entre os 3 e os 4,3 valores de pH, o acerto do pH é feito com ácido tartárico, e convém que se faça o primeiro acerto mal entrem as uvas no lagar. Como é que se faz? É simples, para uma medida a “olho” dissolve-se em água cer-ca de 400g de ácido tartárico por cada 1000 kg de uvas e aplica-se no lagar antes de pisar, depois, para se ter um valor de pH mais exac-to, faz-se uma análise ao pH e recebem-se valores para uma adição justa.

A fermentação tem que ser levada até ao fim, ou seja, esqueçam o encubar a 7 ou 4 ou o que quer que seja, o vinho tem de estar seco, a zero ou muito próximo disso. Aqui há dois contras, primeiro, o vi-nho seco é muito mais difícil de encubar, e depois, uma fermentação para ser levada até ao fim, tem que ser tudo muito controlado, até a temperatura.

Quando o vinho estiver na cuba, ou pipa, deve proceder-se a uma trasfega, mas isso só quando começarem as geadas, para que o vinho fique limpo e sem turvar no reaquecer do tempo. Após a trasfe-ga, o acerto do sulfuroso tem que ser feito, em dose igual à inicial, ou para uma melhor correcção, através de uma análise.

Uma outra recomendação, as cubas ou pipas têm de estar sem-pre cheias, arranjem maneira de o fazer, é um princípio básico, cubas sempre atestadas, se não, todo o trabalho que eu digo aqui, é um pou-co desnecessário, é bom mas não chega.

Acabo assim a rubrica dedicada ao vinho e vindimas 2009, mais uma vez digo, a produção de vinho não é linear, cada um faz como quer tendo em conta o produto e o consumidor final. Espero que este artigo esteja ao gosto dos mais curiosos, e que possa ajudar em qual-quer coisa. Até ao próximo número, bebam com gosto e moderação.

por: Tiago Rachado

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Agosto de 2009

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União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

A água...Depois de nos últi-

mos números ter abor-dado o tema água desde a captação até chegar às torneiras de nossa casa e de inúmeras vezes ter apelado para a poupan-ça de água, bem cada vez mais escasso, venho agora findar este ciclo com o destino da água após a sua utilização em diversos fins.

Como um dia profe-riu Lavoisier na Nature-za nada se cria, nada se perde, tudo se transfor-ma, esta premissa assen-ta que nem uma luva ao que sucede à água. Ela em nossas casas, para além do imenso desper-dício sem qualquer uso útil, não sofre mais que uma transformação, pas-sando do seu estado po-tável para impróprio para consumo ou mesmo nocivo para o ambiente.

Mas o que será isto da água imprópria. Ac-tualmente usam-se cada vez mais químicos nas lides diárias da casa, que sucessivamente são lan-çados na rede de sanea-mento em mistura com água, o que provoca um incremento nas con-centrações de fosfatos, amoníaco entre outros compostos que deterio-ram a qualidade química da água. Para além des-tes há que adicionar ain-da pequenos restos de comida que durante a la-

vagem e escorrência de alimentos acabam por ir parar à rede de sane-amento, bem como de-jectos provenientes das necessidades fisiológi-cas de cada um. Estes compostos vão enrique-cer a água em nutrientes promovendo o desen-volvimento de bactérias e reduzindo o oxigénio dissolvido na água.

Sendo o oxigénio um elemento fundamental na degradação de ma-téria orgânica, uma vez que permite que a sua decomposição se faça com recurso a microrga-nismos aeróbios, seres com maior capacidade de transformação da ma-téria, com a sua ausência os microrganismos vão realizar o seu trabalho em anaerobiose, ou seja, sem recurso a oxigénio, o que vai manter a água contaminada por um pe-ríodo superior. Esta água será lançada nas massas de água naturais e caso não sofra um tratamento adequado vai degradar a qualidade dos meios de recepção.

A estas formas de po-luição há que somar tam-bém a poluição térmica, proveniente sobretudo da refrigeração de cen-trais térmicas que ele-vam a água a uma tem-peratura nociva ao meio onde esta aflui, sobretu-do pela destruição que

pode provocar nos mi-crorganismos decompo-sitores que não supor-tam grandes variações térmicas.

Felizmente o avan-ço da tecnologia permi-te já contornar estes pro-blemas, no entanto para garantia de um adequa-do tratamento da água, os sistemas eficazes têm ainda custos financeira-mente muito elevados, pelo que a sua imple-mentação está ainda pou-co difundida nos nossos meios. O sistema de tra-tamento mais usual pas-sa pelo recurso a Fossas Sépticas que como não permitem o arejamen-to do efluente não con-seguem atingir níveis de tratamento desejá-veis, sobretudo quando visam servir populações acima de 40 habitantes.

Para isso deve recorrer-se a sistemas de trata-mento com arejamento a fim de promover o de-senvolvimento de bac-térias em aerobiose au-mentando assim o seu rendimento na decom-posição da matéria or-gânica que se deposita e após sofrer um processo de correcção do pH po-derá ser utilizada como estruturante de solos de uso agrícola ou florestal. A água resultante deste processo pode também ser utilizada para rega, devendo para tal haver uma cuidada monitori-zação da sua qualidade. Há ainda processos com recurso a osmose inver-sa que têm custos avul-tados mas que garantem um tratamento da água com um nível tal que a mesma pode ser de novo

incorporada numa al-bufeira para chegar no-vamente à torneira do consumidor.

Apesar de se ca-minhar cada vez mais para uma grande eficá-cia no tratamento e rea-proveitamento da água a melhor política conti-nua a ser a da poupança, criando individualmen-te hábitos que maximi-zem o aproveitamento de água. Neste ponto os países nórdicos, apesar de menos necessitados de água, desenvolveram já diversas soluções de aproveitamento de água, tema este a abordar num próximo número.

por: José Rachado

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CASERNA

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DO CIMO DO LUGARLazer

Palavras cruzadas Horizontais1-Rua histórica; 2- O nosso

Rio; 3- Tradicionalmente movidos a água; 4-Rua que nos leva em di-recção à Igreja; 5- Fontanário no Cimo do Lugar; 6- Capela classi-ficada (Santa…); 7- Santo padroei-ro da nossa terra; 8- Cabeço com cruzeiro no topo; 9- Camada cam-peã distrital, 10- Largo com nome de árvore.

Verticais1- Associação que une os jo-

vens do Carvalhal; 2- Furo de onde vem muita e boa água para consu-mo; 3- Bairro de intensa extracção mineira no séc. passado; 4- Local onde a ponte nunca foi acabada; 5- Bairro central do Felgar; 6- Bair-ro de saída do Carvalhal rumo ao Felgar; 7- Pequeno bairro do Car-valhal; 8- Fraga de grande tradição para a juventude.

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