Caserna20

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Dezembro de 2011 Director: José Rachado Adjunto: António Gomes Subdirectores: Tiago Rachado, Élia Felício Grafismo: Mário Pinto Propriedade: União Desportiva de Felgar Redacção: Felgar Fundadores: Dinis Teixeira, Olinda Sá, José Rachado - 1994 CASERNA DO CIMO DO LUGAR Actividades da U.D.F. Pág. 3 Onde é que se Sente Mais a Crise Pág. 4 Crónica do Hospital Pág. 5 O Ferro é a Alma da Terra Pág. 6 Sim. Sou Columbófilo Pág. 9 Quem Sabe um Milagre Pág. 10 Farrapos de Memória Pág. 11 Em destaque na reportagem fotográfica as Minas de Ferro e o Vale do Sabor UMA EQUIPA PERSISTENTE Nº 20

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Jornal do Felgar

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Dezembro de 2011

União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

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Dezembro de 2011

Director: José Rachado

Adjunto: António Gomes

Subdirectores: Tiago Rachado, Élia

Felício Grafismo: Mário Pinto

Propriedade: União Desportiva de Felgar Redacção: Felgar Fundadores: Dinis Teixeira, Olinda Sá, José Rachado - 1994

CASERNA A

DO CIMO DO LUGAR

Actividades da U.D.F. Pág. 3

Onde é que se Sente Mais a Crise Pág. 4

Crónica do Hospital Pág. 5

O Ferro é a Alma da Terra Pág. 6

Sim. Sou Columbófilo Pág. 9

Quem Sabe um Milagre Pág. 10

Farrapos de Memória Pág. 11

Em destaque na

reportagem fotográfica as

Minas de Ferro e o Vale

do Sabor

UMA EQUIPA PERSISTENTE

Nº 20

Page 2: Caserna20

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Vigésimo

Com este são já 20 números. Aproveito este registo para

aqui relembrar os jovens que comigo iniciaram este

projecto, Olinda Sá e Dinis Teixeira, sempre ajudados

pelo sentido de humor, que em tantas tardes nos

motivou e entreteu, do Sr. António Sá e que, com a sua

paciência, lá nos ia orientando nos dias quentes de Julho

e Agosto para a realização dos primeiros números deste

que é hoje o jornal porque todos os nossos conterrâneos

espalhados pelo mundo esperam a cada 4 meses.

Lembro-me que, quando começámos, não tinhamos ao

nosso dispor as tecnologias que hoje nos são

disponibilizadas. Eram então recortadas letras soltas de

jornais para fazer a capa, os títulos de cada página e as

imagens que colocávamos. Era tudo muito manual, a

escrita era com ajuda de uma máquina de escrever,

depois os textos eram também ele recortados e apoiados

nos dotes decorativos da Olinda, lá iam sendo colados

de modo a embelezar as diferentes páginas do jornal.

Tudo feito num espírito de amizade e divertimento, mas

com a vontade de criar algo que perdurasse no tempo.

Relatos do que era a história da nossa terra, anedotas,

desporto e uns anúncios com um pequeno teor

malicioso, mas sem querer ofender ninguém e uns jogos

de palavras cruzadas e diferenças. Era esta a

constituição deste jornal. Nos primeiros números era

solicitada uma ajuda de 100$00 para financiar papel e

fotocópias, mesmo assim, com tanta aderência dos

nossos conterrâneos, rapidamente se esgotava. Hoje

com o apoio da União Desportiva de Felgar e do IPJ

tudo se torna mais fácil. Também a divulgação via

internet permite uma substancial poupança de papel e

uma abrangência muito maior de cada número editado.

Fui questionado este Verão do porquê de não podermos

lançar mais números, passar o jornal a mensal. Sem

dúvida uma grande ideia e um desafio bem aliciante,

mas que infelizmente não é possível de concretizar,

visto a colaboração ser cada vez mais reduzida e não me

ser possível agregar um volume suficiente de textos,

opiniões e notícias que me motivem a agarrar tal

desafio. Ficamo-nos pelo possível, sempre com a ideia

de que esta publicação é para durar e tentar que seja

abraçada já por outra geração. É este o meu repto, de

toda a equipa deste jornal e mesmo da Associação

proprietária, a União Desportiva de Felgar.

Quanto a acontecimentos pouco há a relatar neste

período, sendo no entanto que se me levanta uma

história curiosa relacionada com as festividades em

honra de Nossa Senhora do Amparo este ano.

O Domingo, dia principal no qual assenta a razão de ser

da festa, ou seja, a parte religiosa. Este ano acordámos

com um Domingo cinzento, ventoso e chuvoso que

impediu mesmo as arruadas por parte das bandas de

música. O facto é que nas horas previstas para as duas

procissões, a matinal, às 11:00 e a principal às 17:00,

nem uma gota de água caiu, sendo que ao fim da tarde a

chuva regressou com uma dimensão tal que os

felgarenses mais velhos falam não se lembrar de algo

assim em dias de festa há mais de 40 anos. Isto dá que

pensar e merece especial destaque mais à frente neste

número.

Aproveito, como de resto tem sido hábito, para louvar

os excelentes trabalhos desenvolvidos neste último ano

pelas Comissões de Festas da nossa Freguesia, não vou

aqui especificar nenhuma, porque todas as que

trabalharam estão de parabéns pela alegria e cor que

deram às nossas ruas. A Banda de Música merece todo

o nosso apoio e a sua continuidade em tempos difíceis

como os que vivemos é de salutar, presenteia-nos em

cada actuação com umas melodias que a todos agradam,

bem como a manutenção a pulso que tem mantido da

escola de música, sempre recheada de pequenos futuros

artistas.

Desejo a todos umas boas festas e que os sinos de Natal

sonorizem mensagens de saúde, esperança e

fraternidade para todos. Que o novo ano traga

prosperidade, desejo de lutar e mais colaboradores para

que este jornal se consiga manter e possa chegar a todos

os conterrâneos espalhados pelo mundo.

Por: José Rachado

Editorial

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Dezembro de 2011

União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

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As actividades da União Desportiva de Felgar

Aqui estamos mais uma vez para

relatar o que de desportivo se tem

passado na nossa querida aldeia

desde a ultima edição.

Vamos então falar da primeira parte

desportiva que se refere aos dias que

antecedem a festa da Nossa Senhora

do Amparo, em que a UDF realiza

torneios de paintball, futsal e jogos

tradicionais. Este ano o torneio de

futsal contou com uma participação

reduzida, levando assim, a que a

estrutura até agora usada tivesse de

ser alterada. Até agora as equipas

participantes eram dispostas em

grupos onde se apuravam as 2

primeiras classificadas de cada. Este

ano teve que se optar por um mini

campeonato, onde as equipas se

defrontavam umas contra outras e

ganharia a equipa que ao fim de

todos os jogos tivesse mais pontos.

Jogando neste esquema todas as

equipas deram o máximo para ficar

em primeiro lugar mas a sorte sorriu

à equipa do Café Zip, que se sagrou

campeã em igualdade pontual com a

equipa “Os Mitras” mas que tem

vantagem em diferença de golos, já

que no confronto directo entre estas

duas equipas o resultado foi um

empate a 3 bolas num jogo emotivo

de princípio a fim e com grande

espetáculo futebolístico, deliciando

assim os ainda presentes no recinto

já que o jogo foi um pouco tarde.

Passemos então ao assunto principal

e actividade em que a UDF mais se

dedica; o campeonato e taça AFB.

Este ano devido a vários factores

ficou decidido que a equipa seria

constituída pelos mais assíduos do

ano passado , mais alguns reforços

de nova temporada e com o regresso

de alguns atletas á competição. A

equipa e então formada por: Mário

Raimundo, António Gomes, Sérgio

Gomes, Jorge Abrunhosa, Luís

Rodrigues, Tiago Pontes, Tiago

Teixeira, Carlos Rainho, Aristides,

Mikel, Luís Paulo, Jorge, André.

Recentemente a equipa viu-se

privada de um dos seus jogadores;

Luis Rodrigues que se transferiu

para os juniores do Santo Cristo.

Deram-se então inicio aos treinos e

a respectiva pré-época sendo esta

mais prolongada pois foram menos

equipas a inscrever-se este ano e

com a subida do Sporting de

Moncorvo (campeão) e Santo Cristo

(proposta para preencher vaga) à 3ª

divisão nacional o rol de equipas

ficou muito mais reduzido passando

de 11 para 8 tendo ,por isso o

campeonato inicio um pouco mais

tarde. No que à nossa equipa diz

respeito, teve um arranque negativo

na prova pois perdeu os jogos todos

até ao momento sendo 2 desses

jogos a 1ª eliminatória da taça. Aqui

foi afastada pela equipa dos

Pioneiros de Bragança; 1-6 em casa

e 14-1 fora com este ultimo a ser

realizado com apenas 6 jogadores

onde se fez sentir o cansaço com um

resultado tao dilatado. No

campeonato os resultados continuam

negativos mas com números

relativamente baixos, excepto no

jogo frente ao Águias FC em

Vimioso onde a equipa foi

novamente jogar com 6 jogadores e

privada dos seus dois guarda-redes.

O resultado foram uns expressivos

14-0 tendo o guarda-redes sido um

jogador de campo, sem treino nem

técnica como os jogadores dessa

posição, que mesmo dando o seu

melhor não conseguiu evitar esta

pesada derrota.

Aqui ficaram as principais

actividades da UDF desde a última

edição. Agora uma pausa no

campeonato para as festividades

natalícias e passagem de ano.

Despeço-me deixando a mensagem

de um Santo Natal e um Prospero

Ano Novo a todos os Felgarense

espalhados pelo mundo e a todos no

geral. Até a próxima edição que

espero que seja repleta de vitórias

para a UDF.

Por: António Gomes

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Onde é que se sente mais a crise

O Campo como resposta aos desafios!

Quando há uns dias vi uma reportagem televisiva

passada na Horta da Vilariça, onde o entrevistador

perguntava a um homem se este sentia a crise, a sua

resposta pronta, com a autoridade conferida pelos seus

respeitáveis setenta e muitos de que “só quem não quer

fazer nenhum é que passa fome”, lembrou-me outra

reportagem que relatava uma numerosa comunidade

búlgara em Carrazeda de Ansiães (a capital Sófia fica a

3.300km!) que por ali permanece desde a apanha da

maçã até à apanha da azeitona, voltando depois para

casa, mas que retorna ano após ano e cada vez mais

numerosa.

Ao mesmo tempo, cada vez que se assiste a um

noticiário, entram-nos pela casa adentro reportagens de

dificuldades, de desemprego, de famílias falidas à

procura de ajuda e tantos outros desafios que temos para

enfrentar.

Quero que fique claro que de nenhuma forma pretendo

criticar quem procura o sustento fora do seu país ou fazer

juízos de valor sobre quem precisa de ajuda. Mas

estranho que havendo tantas pessoas a passar por

dificuldades, haja em simultâneo tão grande falta de

mão-de-obra no campo e tão vastos terrenos por cultivar,

sendo preciso virem pessoas de tão longe para fazer

aquilo que afinal nós já não queremos fazer.

Na minha concepção de imigração, os imigrantes vêm

ocupar um espaço que por natureza não é possível de

preencher por falta de pessoas disponíveis e não de

pessoas indisponíveis. Na minha concepção de combate à

necessidade, entra também o conceito de auto-sustento e

não apenas o do assistencialismo.

Calculo que a vida no campo seja dura e que obedeça a

códigos de funcionamento próprios, determinados em

particular pela natureza, tive sorte aquilo que fizeram por

mim poupa-me a isso, mas quando é preciso meter a mão

na massa não me atrapalho. A dignidade que advém da

obtenção do sustento, como paga do sacrífico e do suor,

deveria ser valorizada por todos e por cada um.

Os exemplos que tenho ao longo dos anos de ver uma

“hortinha” a ser levada como forma de complemento ao

rendimento do trabalho numa fábrica, praticada por

pessoas que deixaram o campo em procura de uma vida

melhor, mas que não abandonaram uma atitude perante a

vida onde a sabedoria do passado lhes dizia que a

verdadeira riqueza se extrai da Terra, transmite-me

sensibilidade para este tema. Para além de mais, isto

fazia-os sentirem-se tão orgulhosos porque percebiam o

que isso representava a nível de conquista pessoal!

Contudo, nas últimas décadas assistimos em Portugal,

não só ao abandono dos campos, como também à

ostracização desse modo de vida, procurando encerrar à

força um capítulo da nossa história, à procura de um

ideal de modernidade.

Mas se durante muito tempo o abandono dos campos se

fazia através da passagem para a indústria, hoje em dia os

campos já nem sequer são abandonados, pois das fábricas

passou-se para os serviços.

Porém como nem todos os empregos nos serviços são

especializados e de valor acrescentado, onde se podem

auferir bons rendimentos, o que se assiste é também à sua

ocupação por imigrantes, talvez por falta de

qualificações. Ou então, quando as dificuldades batem à

porta há lugar ao desemprego.

E quando a resposta poderia ser o regresso ao campo, o

que se vê é a permanência das pessoas nas cidades,

deixando lugares abertos no campo a serem preenchidos

por imigrantes.

É claro que há pessoas que mudam de vida, mas fico com

a impressão que se tratam de casos isolados,

aproveitando conjunturas vantajosas e não uma

verdadeira alteração de estratégias estruturadas.

Está na hora de Portugal e dos portugueses verem o

campo como uma alternativa para os desafios que

enfrentam, não basta dizer que há falta de trabalho, mas

ao mesmo tempo estar indisponível para ocupar um lugar

que os permitiria ultrapassar.

Contudo, as pessoas sozinhas não vão conseguir fazer

tudo sozinhas. O Estado tem de perceber estas

especificidades e ajudar a criar as condições para o

efeito, as quais não se devem confundir com assistência

social. O que quero dizer, utilizando uma metáfora

antiga, é que se deve entregar a cana-de-pesca e não o

peixe.

Crónica Desportiva

Por: Nuno Cardoso

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União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

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Crónica do Hospital Não sei se

sabem, mas o

mundo vai

acabar no dia 21

Dezembro de

2012. Esta

notícia é

fresquíssima, e

anda a ser

comunicada há

apenas 10 ou 11

anos (mais ou menos desde que supostamente o mundo

teria acabado da última vez). Não sei se sou só eu, mas

parece-me que se por alguma razão esotérica o mundo

tivesse que acabar, já se tinha ido embora, mais ou

menos desde a altura que entrámos em crise (ou seja,

desde sempre). Acho que nem o mundo suporta a ideia

de coexistir connosco no mesmo sítio.

Bom, mas supostamente desta vez (a terceira desde

que começámos a contar o tempo) é que é. Até os

coitados dos Maias previram que nesse dia fatídico

íamos todos prestar contas para outro lado (e não era

com o Vítor Gaspar). Mas na verdade, devemos dar

ouvidos a uns indivíduos que se deixaram conquistar

pelos espanhóis? Ainda por cima, mais grave ainda,

quando eles eram uns largos milhares e os espanhóis

apenas duas centenas?

Eu, por via das dúvidas, vou vivendo as coisinhas

todas, porque nunca se sabe. Se não me finar nesse dia,

posso sempre sofrer um acidente na Autoestrada,

porque travei a fundo por causa de um radar da GNR,

ou ainda, ir de urgência para o hospital e falecer na

sala de espera porque o Ministério da Saúde cortou no

financiamento.

De qualquer das formas, parece-me triste que com uma

coisa tão grave para acontecer, a malta ande aí

preocupada com o financiamento do Estado, a troika,

cortes nos salários e subsídios, e devermos dinheiro à

Europa (mais especificamente aos Alemães). Eu

pessoalmente acho chocante. Acho que devíamos

aproveitar o que resta do dinheiro que recebemos nas

últimas décadas do século XX, e fazer uma grande

festa à escala Nacional, já que na altura as festas foram

só em casa de meia dúzia de pessoas. Podia-se

convidar a Angela Merkel, e acenar-lhe com um

bocado de caviar no nariz. Ou ainda (esta ideia é que é

brilhante), convidar a malta da Casa dos Segredos para

falar, e a malta rir-se um bocado antes do dia fatídico.

Pessoalmente, acho que quem ainda vai sair a perder

desta história toda é a malta que vive do Rendimento

Mínimo há uns anos, e nunca trabalharam. Todos os

dias deles têm sido de festa, e agora vão ter de deixar

essa vida? É triste. Os outros olha, nunca viram as

festas, e também não é agora que as vão ver.

Provavelmente quando chegar a altura de prestar

contas, ainda lhes vêm com a história do “dá a outra

face”.

Mas no fundo, e vendo bem as coisas, planear um

evento desses tão perto do Natal não é um pouco

incómodo? Eu por acaso até já tinha agendado ir nesse

dia fazer as compras de Natal, e agora nada. Bem,

tinha planeado isso, se não criarem um imposto novo

sobre as

compras

efectuadas em

Dezembro

(tipo, com IVA

a 33%, ou com

portagem à

saída e entrada

das lojas, com

os pórticos

montados, e o

registo do chip do cartão do cidadão).

Por via das dúvidas, acho que vou aproveitar este

Natal, e fazer já as compras para o Natal do ano que

vem. Nunca se sabe, mas das duas uma – ou o mundo

acaba, ou o Governo acaba comigo.

Por: Nuno de Sousa

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O Ferro é a Alma da Terra

Reportagem Fotográfica

Fotografias de diversos autores

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Palavras para quê?

Fotografias de António Teixeira

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Sim. Sou Columbófilo

Boa tarde, mais uma vez vos escrevo para dar a

conhecer as últimas deste tão belo desporto,

Columbófilia.

Dia 11 de Dezembro, realizou-se a entrega de prêmios

da Federação Paulista de Columbofilia, na linda

chácara do nosso amigo Daniel, como já havia

acontecido no ano passado.

Eis os Feitos do meu Pombal Nossa Senhora do

Amparo:

Campeão da Sociedade Columbófila A Rolinha de

2011

Campeão do Campeonato Paulistano de 2011

4.º colocado no Campeonato Paulista de 2011

Campeão de Pombos designados do Campeonato

Paulista de 2011

Campeão de Pombos designados do Campeonato

Paulistano de 2011

Pombo 632222/08 neto da Miuxa 010 anilha de Ouro

do campeonato da Sociedade Columbófila A Rolinha.

Pombo 632222/08 neto da Miuxa 010 anilha de Prata

do campeonato Paulista

Pombo 632222/08 neto da Miuxa 010 anilha de Prata

do campeonato Paulistano.

Vice-campeão do Campeonato de eliminatória do

Campeonato Paulistano.

Obs. O Pai do 632222/08 o 5587210/07, foi Anilha de

Ouro do campeonato de Filhotes de 2008 da

Sociedade Columbófila A Rolinha.

A avó Miuxa 010 ganhadora de três anilhas de ouro

no ano de 2009.

A tia 632204/08 foi pomba ÁS e ganhadora de 2

anilhas de Ouro e uma de Prata em 2010.

Desejo a todos um Santo Natal, e que o significado do

Natal se cumpra. Renascimento de uma vida nova em

cada um de nós e sempre com a presença de Cristo

presente em nossas vidas.

Miuxa

Grande abraço a todos

Por: Serafim Camilo

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Quem sabe um Milagre Depois de escrever artigos sobre a

história do Santuário de Nossa

Senhora do Amparo e a Associação

da Mordomia do Santuário de

Nossa Senhora do Amparo de

Felgar, achei neste número

importante redigir um texto relativo

ao que sucedeu nas comemorações

festivas deste ano.

Como sempre as festividades em

honra de Nossa Senhora do Amparo

começam a ser preparadas com

quase um ano de antecedência. Os

mordomos desde cedo contactam

conjuntos, artistas, bandas

filarmónicas, grupos tradicionais

(bombos, cavaquinhos, concertinas,

ranchos e pauliteiros) e claro o

pároco local. Com isto visam obter

a melhor qualidade com os menores

custos, de modo a garantir a

manutenção de uma festa o melhor

possível quer em qualidade quer em

quantidade, dando a habitual

grandiosidade ao evento, enchendo

de orgulho todos os que nela se

revêm.

Tudo é pensado ao pormenor, nada

pode falhar, porque muitos são os

olhos postos numa festa de 4 dias

que leva quase um ano a preparar.

Muitos são os comentários feitos,

muitas são as pressões nos dias que

antecedem o evento, mas o que

importa no fim é que a festa

mantenha os níveis de sucesso

ímpares em todo o concelho.

Mas o sucesso de uma festa não

depende só dos seus eventos

pagãos. A componente religiosa é e

será sempre o alicerce de tudo o que

envolve, a cada ano, as festividades,

em honra de N. Sra. do Amparo.

É a fé que encaminha os felgarenses

presentes e ausentes. É a fé que faz

com que a cada ano os ausentes

façam um esforço suplementar para

poderem vir, no penúltimo

Domingo de Agosto, prestar uma

homenagem a Nossa Senhora do

Amparo. É a fé o motivo do re-

encontro massivo de felgarenses

nesta época do ano.

Quando o cristão e o pagão estão

devidamente coordenados, há que

equacionar as questões climatéricas.

A cada ano paira a incerteza de

como vai estar o tempo, se as noites

serão frias ou quentes, calmas ou

ventosas, se a chuva vem ou não.

Nos últimos anos verificou-se que

na semana da festa a chuva

presenteia os nossos agricultores.

Este facto leva a que as actividades

da União Desportiva de Felgar

acabem por ser postas em causa,

sobretudo a maratona, que por mais

que uma vez contou com chuva em

pelo menos um dos dias de

realização. As noites ventosas de

Sexta-feira têm também, nos

últimos anos, afastado os que

querem vir escutar as saborosas

melodias que o já tradicional

encontro de bandas nos presenteia.

Sempre, claro está, com a nossa

querida Banda de Música a ser o

factor comum a todos eles.

Este ano nada disso aconteceu, a

semana que antecedeu a festa foi

perfeita, muito calor de dia, muito

calor de noite, tudo levando a

indicar que a festa este ano ia ter as

melhores condições climatéricas de

que me lembro. Eis que chega a

Sexta-feira, o primeiro dia de festa,

uma manhã e tarde bem agradável

que certamente levaria muita gente

ao Santuário nessa noite. As bandas

de música chegam ao Cimo do

Lugar. Este ano o encontro contava,

para além da nossa banda, com as

bandas de Lamas e de Alfândega da

Fé, todas elas bem apetrechadas de

elementos, o que prometia um bom

espectáculo. Com uma noite

fantástica as pessoas prenderam-se e

de que maneira ao encanto das

melodias trazidas pelas bandas.

Uma noite em que tudo correu bem

e que acabou com um concorrido e

divertido Karaoke, prometendo

muito para o que aí vinha.

No Sábado a alvorada matinal com

o grupo de bombos de Vale da

Porca, despertou os felgarenses para

mais um dia quente de festa. De

tarde o grupo de cavaquinhos e os

Pauliteiros animaram os que se

deslocaram à Praça. A tarde de

Sábado na Praça permite a que

muitos, que com dificuldades de

locomoção, não se podem deslocar

ao santuário, sintam um pouco o

prazer das festividades. A noite, de

novo calorosa, trazia-nos a actuação

do Padre Victor que encheu por

completo o Santuário numa hora de

espectáculo inesquecível. Seguiram-

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se 2 conjuntos a abrilhantar a noite

quente até de madrugada.

Tudo corria de feição, noites

apelativas, espectáculos acima das

expectativas, muita gente e muita

alegria. Até que a manhã de

Domingo nasce cinzenta com umas

gotas de água.

A Banda de Música do Felgar

estava no Cimo do Lugar à espera

de receber a banda visitante, Paço

de Sousa, as primeiras gotas

ameaçam estragar as arruadas

matinais. As bandas

cumprimentam-se, o céu acalma e

permite que ambas arranquem, uma

para o Povo, outra para o Bairro.

Mas eis que a meio as nuvens

decidem descarregar parte do seu

peso e vemos ambas as bandas a

procurar abrigo, encurtando o

circuito.

Chegadas à Praça e não havendo

perspectivas de melhoria do tempo a

Mordomia tomou a difícil decisão

de cancelar a primeira procissão do

dia, marcada para as 11 horas e que

levaria a imagem de Nossa Senhora

do Amparo desde o Santuário à

Igreja. O objectivo era proteger a

imagem e o arranjo do andor, de

modo a que na procissão da tarde

tudo estivesse perfeito. Mas eis que,

após mobilização de uma carrinha

tapada e sem nada o fazer prever, a

chuva pára, precisamente às 11

horas. Mas como a banda estava já

desmobilizada e os meios de

transporte mobilizados a imagem

acabou por ser transportada de

forma mais segura. A missa decorre

a partir do meio-dia, também sem

chuva. Acabada a manhã com as

actividades religiosas, eis que a

chuva regressa, impedindo a

realização do concerto a meio da

tarde por parte da banda forasteira.

Aproximava-se a hora da procissão

da Igreja ao Santuário, passando

pelas ruas Nova e Direita, evento

principal da festa, momento porque

todos os felgarenses, sobretudo

emigrados, esperam a cada ano. A

chuva não queria ir embora e

estávamos já a menos de 1 hora da

procissão. É então que, por volta

das 16:20 a chuva decide acalmar e

a esperança da realização da

procissão volta a pairar por entre

todos, sobretudo mordomos. E foi

mesmo, a procissão começou com

um ligeiro atraso mas decorreu sem

qualquer gota de água vinda do céu.

Iniciou-se com céu nublado, um

nublado cada vez menos pesado,

terminando com o sol a espreitar

precisamente no momento que a

imagem de Nossa Senhora do

Amparo entra na capela.

Imagem recolhida e eis que as

nuvens voltam a querer encobrir o

céu. Era tempo de concluir a

procissão levando as restantes

imagens para os seus devidos locais.

Imagens recolhidas,

inexplicavelmente, a chuva

regressa, desta vez com uma

intensidade inimaginável para a

época do ano. A destruição foi total,

o fogo-de-artifício, preparado para

ser lançado, ficou quase por

completo destruído. Os aparelhos

eléctricos dos conjuntos que

animariam a noite sofreram graves

prejuízos. Os relatos vindos de todo

o país descreviam situações de

prejuízos incalculáveis, havendo

mesmo uma morte no concelho de

Celorico de Basto.

A noite acabava cedo, sem música,

sem foguetes, mas com a satisfação

de que o importante tinha sido

realizado. A procissão não sofreu

nada e muitas foram as pessoas que

a viram passar.

Na Segunda-feira a animação

voltou, com o calor. A missa dos

emigrantes voltou a colorir o

Santuário e a mostrar a fé dos

felgarenses espalhados por todo o

mundo. O Sr. Padre João fez

questão de benzer todas as viaturas,

dentro e fora do recinto e as

buzinadelas do adeus a Nossa

Senhora do Amparo

acompanharam-na até ao seu

regresso à capela. A noite de

Segunda-feira mais animada dos

últimos anos, exteriorizando o

desejo de que cada felgarense tinha

dentro de si e que não conseguiu

libertar na noite anterior.

E foram assim as festividades em

honra de Nossa Senhora do Amparo

2011, marcadas pela animação

habitual, mas que ficarão para a

história com o episódio que aqui

relato. Milagre ou coincidência?

Feitiço ou obra do acaso? Para mim

foi milagre, a chuva não parou

naqueles momentos por acaso, o Sol

não espreitou precisamente na

entrada da imagem de Nossa

Senhora do Amparo por

coincidência. Cada um é livre de

pensar o que quiser, mas certo é que

quem esteve presente vai relembrar

por muitos anos precisamente o que

eu aqui escrevi.

Por: José Rachado

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Dezembro de 2011

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Farrapos de Memória

FOGUETEIROS, LOUCEIROS, TECEDEIRAS

O Felgar estava na minha agenda por várias razões,

uma delas pessoal: é de lá, e lá tem a mãe, o meu

camarada de redacção Afonso Praça. Como primeiro

contacto que este havia-me indicado o chefe da

estação dos correios, um homem amável e bem-

disposto, excelente cicerone – o sr. Guimarães.

Quando o procurei, entretinha-se a colar selos numa

série de cartas de gente da aldeia para a parentela

emigrada.

Do sr. Guimarães vieram-me indicações concretas

sobre a terra e os habitantes. O Felgar, uma das

aldeias mais importantes do concelho, está em

mutação como praticamente todas elas: a variante

chama-se «emigração». Constroem-se casas, recebe-

se dinheiro, aplica-se este num sem-número de

investimentos (não apenas as casas). Velhos ofícios

vão morrendo: se passou a era dos ferreiros, famosos

muito quilómetro em redor, o mesmo destino parece

vir a ser o dos louceiros e das tecedeiras. Porque já

não há quem queira agenciar a vida sentada ao tear ou

diante da roda, na perspectiva de ocupações mais

pingues. Tecedeiras são actualmente três ou quatro, e

nenhuma jovem. Louceiro resta um.

Até os fogueteiros lançam mão de outros trabalhos. O

mais conhecido criou de raiz uma fábrica de pimentite

(colorau) …

O Felgar, onde existem dois cafés, está a mudar. Para

melhor? É essa a opinião de residentes, diferente a de

moncorvenses cépticos. Rica do ponto de vista

agrícola, a aldeia tem neste momento, uma fonte de

rendimento mais notória: as remessas da emigração.

Se um dia as minas de hematite rearrancarem no

Carvalhal, a dois ou três quilómetros do Felgar, o

ritmo de vida dos felgarenses poderá vir a ser diverso.

In TORRE DE MONCORVO , Março de 1974 a

2009. De Fernando Assis Pacheco ,Leonel Brito,

Rogério Rodrigues. Edição da Câmara Municipal de

Torre de Moncorvo

21.09.1942 – Carta da direcção da Casa do Povo do

Felgar para o administrador de Moncorvo:

- Comunico a Vª Exª de que o Presidente da

Assembleia Geral desta Casa do povo, Snr Acácio da

Cruz Bento, em vez de ocupar o seu lugar e defender

os interesses desta Casa do povo, faz propaganda

subversiva, aconselhando os sócios contribuintes a que

não paguem…

04.11.1767 – António Rodrigues, da freguesia

de Felgar requer ao juiz de fora de Moncorvo que

mande registar a Carta de Exame de Carpinteiro, pois

foi examinado e aprovado pelo juiz do dito ofício.

Este longo documento é interessante pois apresenta

uma tabela de preços extremamente minuciosa que

começa assim:

- Não levarão os carpinteiros (…) pelas arcas que

fizerem, sem fechadura, a saber, de castanho, por

alqueire 80 réis; de pinho 50 réis, sendo arcas bem

feitas e boas madeiras e sem rebolo e bem pregadas, o

que examinarão os compradores. Por uma masseira de

castanho, ordinária, para amassar um saco de paão…

10.10.1804 – Por a trovoada ter levado a Barca de

Silhades, a câmara de Moncorvo deliberou mandar

fazer uma nova, adjudicando a obra ao

carpinteiro Francisco Teixeira Lúcio por 51.500 réis.

05.09.1772 – Os moradores do Felgar obtêm

autorização para fazer uma feira no dia de S. Lourenço,

10 de Agosto a qual solicitaram por requerimento a Sua

Majestade “por conta de venderem a seda, que há

numerosa naquele lugar”.

Nesta data se registou também na câmara de Moncorvo

“ a carta de examinação e taxa de mestre pedreiro a

Pedro António, assistente nesta vila”

Page 12: Caserna20

12

Horizontais: 1- O Padroeiro do

Felgar; 2- A mãe da obediência; 3-

Mártir católico e um dos sete

primeiros diáconos; 4- O centro da

nossa devoção; 5- Que apareceu aos

pastorinhos.

Verticais: 1- Soldado que em 283

d.C. quis afirmar o coração dos

cristãos; 2- Santo nascido em lisboa

que começou como frade

agostiniano; 3- Protector da igreja

católica, padroeiro dos

trabalhadores; 4- A padroeira do

Carvalhal; 5- Padroeira de Portugal;

6- Aparição em França por volta do

ano 1858, presenciada por

Bernardete.

SUDOK

U

Palavras Cruzadas (Os nossos Santos)

Passatempos