Caso Clinico Pronto
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Rejeição a TransplantesCaso Clínico
4º Período de Medicina
Docente da Disciplina de Patologia Geral: José Geraldo Rigotti de Faria
Acadêmicos: Alinny Vieira
Fernando Azevedo
Juliana Bento
Stephanie Kublik
Thiago Campos
Wlaldiane Barros Araguaína – TO
Novembro – 2009
Mostrar a importância da tipagem tecidual e compatibilidade sanguínea em um transplante renal.
Explicar, através do método de caso clínico, os principais tipos de reações de rejeição à transplante renal, especificamente a rejeição celular aguda.
A rejeição continua sendo o “calcanhar-de-aquiles” dos transplantes.
É desencadeada em conseqüência do reconhecimento dos antígenos MHC do doador pelo receptor, com conseqüente ativação da imunidade humoral e celular.
O reconhecimento celular pode ser direto, na qual as células T do receptor reconhecem as moléculas MHC intactas sobre a superfície das células do doador; ou indireto sendo mediado por células apresentadoras de antígeno que processam as moléculas de MHC do doador e apresentam os polipeptídios às moléculas MHC de classe II do receptor.
O reconhecimento humoral é mediado por anticorpos antidoador pré-formados.
“Um estudante de 18 anos, com doença renal em estágio terminal devido à glomerulonefrite crônica, recebeu um transplante de rim de cadáver. Antes do transplante, o paciente passou por hemodiálise durante 2 meses e sob terapia anti-hipertensiva durante vários anos (...)”.
Exame Físico O presente caso não continha dados sobre o exame
físico do paciente.
GLOMERULONEFRITE CRÔNICA
“Seu grupo sanguíneo é A; e seu tipo de tecido é HLA-A1,-A9,-B8,-B40,-Cw1,-Cw3,-DR3,DR7. O rim do doador é também do grupo A e foi compatibilizado para um grupo sanguíneo para um antígeno DR e quatro dentre 6 antígenos ABC (...)”.
Tipagem dos tecidos
Da compatibilidade do grupo sanguíneo
Importância
“Ele tinha recebido terapia imunossupressora tríplice com ciclosporina, azatioprina e prednisolona(...)”.
Terapia Imunossupressora
Ciclosporina - bloqueia o fator de transcrição para IL-2.
Azatioprina – inibe o desenvolvimento de leucócitos a partir de precursores na medula óssea.
Prednisolona – Múltiplas ações antiinflamatórias, bloqueio de IL-1, IL-6, TNF-alfa
“No segundo dia pós-operatório ele excretou 5 litros de urina e sua Uréia e Creatinina caíram apreciavelmente (...)”.
Níveis de uréia e creatinina apreciavelmente baixos.
Exame Laboratorial• Uréia e Creatinina – não foram dados valores numéricos do exame.
“Entretanto, no sétimo dia pós-operatório, o enxerto tornou-se um pouco doloroso, a creatinina sérica subiu e ele apresentou uma pequena elevação febril (37,8° C) (...)”.
Evidências clínicas, tais como hipertensão arterial, redução do volume de diurese foram observadas.
Creatinina sérica elevada.
O enxerto tornou-se pouco doloroso.
Pequena elevação febril (37,8º C).
Níveis de creatinina normais:
0,6 a 1,5 mg/dl
Níveis de creatinina elevados:
1,5 a 3,0 mg/dlTOLKOFF-RUBIN,2005.
As hipóteses diagnósticas poderiam ser: rejeição hiperaguda (?), rejeição humoral aguda, rejeição celular aguda, rejeição crônica (?);
“O diagnóstico foi de rejeição aguda confirmado pelo encontro de uma infiltração linfocitária do córtex renal sob aspiração por agulha fina (...)”.
Diagnóstico: Rejeição aguda do tipo Celular, com base no infiltrado linfocitário e níveis de creatinina elevados. (ABBAS,2005).
Figura 6-24. ABBAS,2005. P.232
“Foi iniciada a terapia com prednisolona durante 3 dias. Após 24 horas a creatinina tinha caído e o volume urinário aumentou (...)”.
Terapia com prednisolona
Diminuição da creatinina e aumento do volume urinário
“Subseqüentemente, o paciente apresentou episódios de rejeição semelhante com 5 e 7 semanas pós-operatórios.
Em tais episódios,ele foi tratado com corticosteróides via intravenosa e permaneceu bem durante mais de 3 anos (...)”.
Tratamento com corticosteróides via
intravenosa
“A ciclosporina foi suspensa depois de 9 meses, porem ele ainda toma uma dose diária de manutenção de drogas imunossupressoras, ou seja, 5 mg de prednisolona e 50 mg de azatioprina (...)”.
Suspensão da ciclosporina
“Depois do tratamento com imunossupressores o paciente permaneceu bem durante mais de três anos (...)”.
O caso clínico não apresenta mais relatos sobre este paciente.
O autor do caso clínico não especificou o tipo de rejeição aguda (Rejeição aguda Celular ou Rejeição Aguda Humoral).
O caso clínico não apresenta dados relacionados tanto a exame físico como laboratoriais.
O restante das informações estão de acordo com as literaturas de base.
A compatibilidade sanguínea e a tipagem tecidual são critérios de fundamental importância na realização de um transplante, visando um menor risco de rejeição.
As possíveis reações em rejeição renal são: Rejeição hiperaguda, Rejeição aguda (celular e humoral) ou Rejeição crônica. Sendo que o infiltrado linfocitário e os níveis plasmáticos de creatinina elevados são característicos da rejeição aguda celular.
CHAPEL, Helen; et al. Imunologia para o clínico. 4.ed.Rio de Janeiro: Revinter,2003.338p.
Pereira, Walter Antonio, et al. Transplante renal. In: Pereira, Walter Antonio. Manual de transplantes de órgãos e tecidos. 2.ed.Rio de Janeiro: MEDSI,2000.Cap.10.p203-237
SUTHANTHIRAN, Manikkam; et al. Transplante Clínico. In:PARSLOW, Tristan G.; et al. Imunologia Médica. 10.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2004. Cap.52, p.626-647.
TOLKOFF-RUBIN, Nina; GOES, Nelson. Tratamento da insuficiencia Renal Cronica Terminal. In: GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil, Tratado de Medicina Interna. 22.ed.Rio de Janeiro: Elsevier,2005.Cap.118, p.827-839.
ABBAS, Abul K.; Doenças da Imunidade. In: KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson. Robins & Cotran, Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 7.ed.Rio de Janeiro: Elsevier,2005. Cap4, p 125 – 152.